Retrospectiva 10 anos

Que Vinhos Guardar?

Desde seu começo, Falando de Vinhos teve como seu propósito não só compartilhar experiências como também difundir conhecimento, quebrar alguns paradigmas, desmistificar a  nossa vinosfera de forma simples numa linguagem coloquial, sem frescuras. Parte desse “trabalho” está contido na categoria ABC do Vinho aqui do lado, porém alguns posts se tornaram campeões de acesso, um deles, por sinal, mencionei há dias em meu post sobre as falácias do mundo do vinho, o tempo de guarda de um vinho, que escolhi para repostar hoje em mais uma passagem por minha Retrospectiva 10 anos de Falando de Vinhos.

Nesse sentido, uma dica baseado em minha experiência é usar o preço como parâmetro lembrando que sempre haverão exceções.  Está em dúvida quanto ao vinho que você tem no armário ou na adega, joga no google e veja a faixa de preço, compare com a lista abaixo e tire suas próprias conclusões sobre o tempo de guarda que se pode esperar deles. É uma forma bem simplista de análise, mas funciona bem, vai por mim. Este post teve os valores revisados em Junho de 2023.

  • Vinhos até uns  80Reais, dois a três anos está de bom tamanho, tome logo não enrola não! rs
  • Vinhos de 80 a 120 Reais, até quatro/cinco anos há bastante segurança
  • Vinhos de 120 a 180 Reais, certamente um degrau acima, entre cinco a seis anos numa boa.
  • Vinhos de 180 a 300 Reais, falar de seis a 10 anos é uma aposta bastante segura.
  • Vinhos de 300 a 500 Reais deverão chegar fácil nos 12 anos
  • Vinhos acima de 500 Reais, aí já embarcamos num outro patamar e se você já está nessa fase acho que seguir lendo este post não deverá lhe agregar nada! rs Mais de 12 anos, obviamente, e o quanto depende de um monte de outras variáveis, entre elas as condições de guarda.

Abaixo o post publicado em 2008 com mais algumas dicas genéricas que podem lhe ajudar na compra e na avaliação do que você tenha na adega. Ao final, seguem alguns outros links que valem ser explorados.

Tempo de Guarda – Vinho, quanto mais velho melhor

Uma das mais emblemáticas, e falsas, crendices do universo do vinho, é de que “quanto mais velho  melhor”. O conceito é, comprovadamente, furado! O vinho passa por vários estágios de evolução. O vinho tem infância, passa pela juventude e maturidade, alcança a velhice e morre. Idealmente, o vinho se deveria tomar no auge de sua maturidade quando o vinho adquire um equilíbrio perfeito entre taninos e o buquê de aromas adquirido com o tempo. Como nós seres humanos, todavia, cada vinho tem seu ponto de maturidade, cada um apresenta caráter e personalidades únicos o que torna esta definição de tempo de guarda ainda mais difícil. É neste aspecto que a avaliação da idade de um vinho se complica pois, um vinho leve, feito para ser tomado jovem, pode estar decrépito aos três anos e um outro clássico, estar extremamente jovem e duro aos dez!

Apesar de alguns, muito poucos, vinhos já trazerem, no rótulo do verso, uma indicação de validade ou ponto de maturação, este serviço ao consumidor ainda não é comum. Para os apreciadores de vinho e enófilos de plantão, este é realmente um dilema a ser encarado especialmente quando de grandes ofertas feitas pelas lojas. Será que ainda estão bebíveis? Será que não passaram do ponto? Cuidado, sempre repito isto, com grandes ofertas. Nesta época em que importadores e lojas começam suas grandes liquidações, há que se prestar bem atenção quanto à idade dos vinhos oferecidos.

De qualquer forma, enquanto os produtores, que são quem melhor conhecem as características de seu produto, não nos brindarem com esta gentileza, seguem algumas dicas genéricas, mesmo que falíveis pois sempre há exceções, que acho podem ajudar nesta definição.

Até 4 anos – Vinhos mais jovens, normalmente mais baratos, não ganham nada com a guarda e perdem bastante qualidade ao serem guardados por tempo excessivo. Os vinhos brancos jovens e leves, assim como os rosés, não se devem tomar após três anos quando já perdem muito de seu frescor e estão em fase declinante, melhor nos primeiros dois. Já os tintos, eventualmente podem ter alguma evolução no primeiro e segundo anos, alguns podem chegar nos 4 anos. Vinhos baratos são vinhos para serem tomados jovens, não têm estrutura para guarda, entre eles os famosos “reservados” da vida.

. Vinhos Verdes

. Vinhos varietais básicos de Sauvignon Blanc, Torrontés, etc.

. Espumantes comuns, Proseccos e Cavas. Como não são safrados, muito cuidado onde se compram e se estiverem muito baratos cuidado, podem estar mortos.

. Beaujolais. Se for Beaujolais Noveau não tome com mais de um ano, este vinho é elaborado para consumo rápido, idealmente 6 meses.

. Tintos leves e jovens, especialmente os do Novo Mundo, quase todos os tintos Brasileiros, Chiantis e Valpolicellas básicos.

4/8 anos – Apesar da maioria dos vinhos brancos deverem ser tomados jovens, alguns melhoram com o tempo. Existem tintos que devem ser tomados jovens, dependendo da variedade das uvas ou se passaram por carvalho, dando-lhes uma estrutura diferenciada. No caso dos tintos, quanto mais elaborados mais podemos aumentar o tempo de guarda com a certeza da evolução do mesmo.

. Bordeaux brancos e Chardonnays de qualidade.

. Vinhos tintos do Sul da França.

. Topo de gama dos tintos Brasileiros.

. Varietais de Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Malbec  e Pinot Noirs mais simples.

. Vinhos tintos de gama média, da regiões do Alentejo, Dão, Tejo, Lisboa e Setubal em Portugal

. Champagnes não safrados, muito cuidado onde se compram e se estiverem muito baratos cuidado, podem estar mortos.

. Vinhos genéricos (básicos) de Bordeaux e Bourgogne.

8/12 anos – Aqui já entramos num nível superior de vinhos, tanto em qualidade como preço, e a maioria dos vinhos top de qualquer região do planeta, produtora de vinhos, estará presente nesta lista.

. Tintos reservas da Espanha e Portugal.

. Champagnes safrados, Chablis 1er Cru

. Varietais de Syrah, Merlot e Cabernet Sauvignon de produtores de primeira linha.

. Vinhos de Bordeaux  e Bourgogne com denominação de origem

. Vinhos top do novo mundo; Argentina, Chile, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai

12 anos e acima – Vinhos fortificados, tintos elaborados e até alguns brancos especiais aparecem nesta lista. Neste nível encontramos o “Crém de la Crém” da produção mundial e normalmente a preços inacessíveis para a maioria dos mortais. Certamente são, na sua imensa maioria, grandes vinhos que requerem imenso cuidado na sua guarda. Neste caso uma boa adega climatizada é essencial. Não compre vinho antigo sem histórico de guarda, prefira uma loja especializada de confiança sua. Vinhos de guarda são como animais de raça pura, precisam de cuidados especiais já que são mais delicados, há que serem guardados em adegas climatizadas para garantir uma evolução adequada e saúde do vinho.

. Vinhos superiores e de safras excepcionais da região de Bordeuax e Bourgogne na França.

. Vinhos Gran Reserva.

. Vinhos fortificados como Madeira, Porto e Jerez.

. Os grandes Italianos; Super Toscanos, Barolos e Brunello de Montalcino entre outros.

. Grandes vinhos Portugueses em especial os da região do Douro

. Grandes vinhos do Velho mundo.

. Grandes vinhos do Novo Mundo

Eis alguns links para outros interessantes temas a rever e que estão entre os mais lidos. Kanimambo pela visita e aproveite a viagem!

A importância da temperatura de serviço dos vinhos

Decantar ou Aerar vinho – o que é, quando e porquê faze-lo

A Importância, ou não, das safras.

A Importância das Taças

O que é Filoxera?

Sur Lie, que bicho é esse?

Melhores Degustações dos Últimos 10 anos!

Eleger uma fica complicado, mas algumas me saltam à mente quando puxo pela memória. Entre elas três se destacam, uma de Portos Antigos da Andresen quando provei o melhor vinho de minha vida até agora, um magnifico Tawny 1910 que já postei aqui por duas vezes e que foi uma experiência mística! rs A do Conzorzio di Montalcino quando finalmente pude entender a razão de tanto auê sobre a região, com uma diversidade de estilos em que descobri este aqui, talvez o melhor Brunello que já tomei, um vinho que transcende os conceitos de elegância, sofisticação e complexidade, um deleite hedonístico, o Poggio di Sotto!

Houveram grandes degustações da Mistral, da Decanter, de diversos outros produtores, do Wines of Argentina Premium Tasting, quando confirmei a existência de uma outra Argentina, enfim o que não faltou ao longo destes últimos dez anos foi degustação marcante e grandes eventos. Uma no entanto faço questão de repostar aqui hoje, foi a apresentação que a associação de produtores Grand Cru fez aqui em 2012 promovendo a grande safra de 2009! Até hoje sinto os aromas e sabores de três vinhos que me colocaram de joelhos agradecendo a Baco por tamanho privilégio! O Chateau Figeac de Saint-Emilion, o Malescot Saint-Exupery de Margaux e o Chateau Coutet de Sautern/Barsac entre outras preciosidades. Veja mais aqui abaixo no post que intitulei como:

As Portas do Céu se Abriram e eu Entrei ou, Bordeaux Extasy!

Postado em Setembro de 2015, demorou três anos para conseguir decifrar minhas emoções. A experiência foi tamanha que fiquei sem palavras e sigo sem as encontrar, já que descrever emoções é sempre um exercício dos mais difíceis. Todos ou pelo menos a maior parte dos aficionados por vinho, sabe que 2009 foi um graaande ano para os vinhos de Bordeaux e em 2012 os produtores de Grand Crus estiveram em São Paulo para dar a provar alguns néctares da região. Grandes produtores, vinhos com pontuações perfeitas (100 pontos), brancos, tintos, doces, um festival hedonístico difícil de ser esquecido, daqueles que ficam na memória ad eternum.

A grande maioria, para não dizer todos, está longe dos bolsos de nós pobres mortais então minha sugestão é, tem interesse, vai viajar, traga de fora! São esses grandes vinhos que, em minha opinião, devem ser aproveitados nas viagens e, neste caso, mesmo assim precisa ter um bolso algo gordo! Para não dizer que nunca falo das estrelas, ganhei coragem e decidi compartilhar com vocês alguns destaques do que provei e que comporiam maravilhosamente uma grande degustação com uma visão regional deveras interessante, vamos lá!

Bordeaux Pessac

Pessac- Léognan – esta AOC, mesmo tendo uma maior produção de tintos, gera os melhores e mais importantes brancos de Bordeaux. Três grandes vinhos de muita classe, Chateau Carbonnieux, Chateau Pape Clement e, para mim o destaque entre eles, o incrível Chateau Larrivet Haut-Brion, uma grande forma de se iniciar uma degustação deste porte.

Bordeauxs Tintos – mesmo não sendo um expert nas apelações (AOCs) de Bordeaux, tenho as minhas regiões preferidas e na prova confirmaram na taça as razões de minhas preferências. Destas AOCs, escolhi alguns vinhos (tinha mais de 50 não dava para ver tudo) para provar e destes alguns destaques que certamente colocaria na mesa dessa imaginária degustação, caso houvesse “cascalho” o bastante para tal.

Bordeaux Saint Emilion
Saint-Émilion – Por aqui reinam a Cabernet Franc e Merlot, vinhos teoricamente mais suaves (na prática nem sempre), de menor estrutura porém de boa guarda, profundo equilíbrio com fruta mais presente e macios. Alguns grandes vinhos como os; Chateau Troplong Mondot, Chateau Pavie Macquin, Chateau Angélus e meu preferido, um dos melhores, se não o melhor, vinho do evento. O Chateau Figeac! ABSOLUTAMENTE ESPETACULAR, um daqueles vinhos que figuram entre meus TOP 10 de todos os tempos e não dá para descrever, tem que lhe sacar a rolha e desfrutar com um outro grande apaixonado por este néctares. Este já estava divino, imagino daqui a mais uns cinco ou seis anos!

Bordeaux Pomerol

Pomerol – Terra do famoso Chateau Petrus e por isso muito valorizada, gera vinhos elegantes e finos porém de maior estrutura que os de St Émilion, idade média de maturação entre 6 a 8 anos com alguns grandes vinhos de guarda. Daqui se destacaram o Chateau Clinet a quem Robert Parker deu 100 pontos. Provei, não mudou minha vida (rs), não vale a nota perfeita (que não dou a nada nem ninguém), mas é um grande vinho. Com ele, mais dois destaques, o Chateau L’Évangile e meu xodó deste AOC, o Chateau Gazin do qual tomaria garrafas se a grana permitisse. Rico, delicado e complexo, absolutamente sedutor.

Bordeaux margaux
Margaux – Nas grandes safras estes vinhos costumam se superar e é, certamente uma das mais emblemáticas apelações de Bordeaux. Mesmo tendo a Cabernet Sauvignon como protagonista, são conhecidos como os vinhos mais elegantes, perfumados e sedosos de Bordeaux, especialmente da margem esquerda. Curto os vinhos desta parte de Bordeaux! Provei algumas preciosidades, entre elas os; Chateau Angludet, Chateau du Tertre e Chateau Giscours foram destaque e são todos grandes representantes da AOC, mas o Chateau Malescot Saint-Exupery está, em minha modesta opinião, um degrau acima dos outros escolhidos e é o que eu colocaria para representar a região nesta verdadeira seleção de craques. Pura poesia engarrafada, nada a falar, só beber!!

Bordeaux Pauillac

Pauillac – Três dos cinco Premier Crus de Bordeaux, vêm desta região, vinhos algo mais potentes e muito estruturados com enorme potencial de guarda, décadas! Aqui provei menos e só dois rótulos ambos muito parelhos; o Chateau Lynch-Bages e por nariz, ficaria com o Chateau Pichon-Longueville mesmo sabendo que o melhor seria guarda-lo por mais uns 15 anos antes de abrir. O problema é que já fiz 60, então guardar vinhos ficou meio relativo! rs Graaande e complexo vinho que mostra bem todo seu potencial de guarda.

Bordeaux Sautern
Sautern et Barsac – Mais que uma apelação (AOC), uma marca mundial de excelência em vinhos doces que harmoniza maravilhosamente bem com Foie Gras (ops é proibido! rs) e queijos azuis e frutas frescas, mais que com sobremesas. Dizem que um Sautern deve ser tomado com mais de quatro anos e os bons (como estes baixo) precisando de tempo para mostrarem todo seu esplendor. Os “velhos” com trinta ou quarenta anos nas costas, dizem ser verdadeiros elixires, não sei, nunca provei, mas topo convites! rs Para encerrar em grande estilo dois grandes representantes e um que extrapola e nos deixa boquiabertos com tanto esplendor. Chateai Doisy Daëne e Chateau Guiraud, ambos excelentes, mas o Chateau Coutet é verdadeiramente um vinho classe I, de Inesquecível e Incuspível! DIVINO, um conjunto de emoções na taça indescritível, e a uma fração do preço dos mais famosos, muito próximo da perfeição!

O que pode causar estranheza é como vinhos que são de longa guarda como estes podem já despertar tais emoções e prazer hedonístico. Pois bem, o que tenho verificado ao longo destes longos anos de provas, é que a grande safra costuma apresentar esse perfil, vinhos com grande capacidade de guarda, porém já muito palatáveis desde cedo! Só para citar alguns; Safra 2007 e 2011 em Portugal, 2006 na Itália, 2005 no Chile, 2015 no Uruguai entre outros, e agora 2009 em Bordeaux. Enfim, mais uma grande experiência e as características de cada uma dessas regiões foram colhidas no livro de meu saudoso mestre e mentor, Tintos & Brancos de Saul Galvão, que segue sendo meu principal socorro em momentos de dúvida sobre nossa vinosfera.

Fui, espero que tenham curtido e semana que vem tem mais. Um ótimo fim de semana e kanimambo pela visita, saúde!

 

Melhores Desafios de Vinho!

O que são esses Desafios de Vinho e porquê da existência deles? Na minha coluna no Jornal Planeta Morumbi (já falecido) e posteriormente aqui no blog, uma dúvida sempre pairava em minha cabeça, como os vinhos se comportam para nós seguidores de Baco sBlind tastinge omitirmos rótulo, safra, origem desse vinho? Foi dessa duvida que nasceram os Desafios de Vinhos às cegas que posteriormente vim a estender, de forma algo mais didática, nas confrarias que administro e que recomendo a todas.

Como implementar? Encontrei diversos parceiros com espaço e que ao final serviam um prato (pago pelos participantes), eu entrava com os vinhos, em parceria com os importadores e produtores, e taças. Quis sempre executar esses Desafios com uma mescla de experts e “simples” enófilos chegados nestes caldos e muito dos resultados foram enorme surpresas. Entre a turma presente a estes encontros, os enófilos José Roberto Pedreira, Dr. Luis Fernando Leite de Barros e Fábio Gimenes / os blogueiros Álvaro Galvão (Divino Guia), Daniel Perches (Vinhos de Corte), Alexandre Frias (Diario de Baco), Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos), Evandro Silva e Francisco Stredel (Confraria 2 Panas), Claudio Werneck (Le Vin au Blog) / os lojistas e profundos conhecedores Simon Knittel (Kylix) e Emilio Santoro (Portal dos Vinhos) / o restauranteur Ralf Schaffa / a Denise Cavalcante na época assessora de imprensa e amiga, convidados eventuais como os experts Eduardo Milan, José Luiz Pagliari e Breno Raigorodski entre outros perfazendo sempre um grupo entre 10 a 14 participantes na banca degustadora.

Na Retrospectiva 10 Anos, um dos melhores desses Desafios foi o de Uvas Ìcones realizada nas instalações da Zahil em Setembro de 2009 em que um vinho VENEZUELANO surpreendeu! Este post copio abaixo, porém ao final dou uma série de links para quem quiser explorar outros desses momentos e ver algumas das gratas surpresas encontradas.

Agora quero compartilhar a experiência, comentando um pouco sobre os vinhos conforme a ordem em que foram servidos, lembrando que notas e comentários são a média e coletânea do que colhi nas planinhas de degustação há época (Set/2009) e os preços, óbviamente, não são mais válidos. Ao final listo o vinho preferido de cada degustador e a nota dada por ele. Foi uma tremenda experiência sensorial em função da diversidade de uvas representando cada país e um intruso!

Uvas Ícones 006Barbera Le Orme 2006 de Michele Chiarlo (Zahil) representando a Itália, com 88 pontos da Wine Spectator, é um vinho da região de Asti mostrando bem sua tipicidade com uma cor rubi, brilhante com bastante fruta vermelha ao nariz. Na boca é macio, sedoso e equilibrado, rico com um final muito fresco pedindo comida. Um vinho gastronômico, mas versátil que também se toma muito bem sozinho ou acompanhado de um bom prato de queijos e frios, sendo fácil de agradar desde os mais neófitos dos enófilos até aos mais tarimbados. Muita elegância num vinho que costumo denominar como amistoso e confirmou minha opinião anterior. Obteve a média de 85,73 pontos e custa R$79,00.

 

Uvas ìcones 001Touriga-Nacional Reserva 2005 da Quinta Mendes Pereira (Malbec do Brasil) representando Portugal, recebeu 16,5/20 pontos da Revista de Vinhos portuguesa, tendo-se mostrado á altura das expectativas. De nariz intenso, fruta confeitada e algo balsâmico com sutis nuances florais . Na boca apresentou-se com taninos firmes porém finos, harmônico, saboroso, complexo, acidez no ponto mostrando-se também bastante gastronômico (arroz de pato?) com um final de boa persistência. Um belo vinho que alcançou a pontuação média de 86,36 e custará, assim que chegar, por volta de R$90,00. (Importador mudou)

 

Uvas Ícones 010Zinfandel Pezzy King 2005 (Wine Lover’s) o competidor mais difícil de conseguir já que quem tinha não quis participar e quem queria não tinha o rótulo disponível. Ao falar com a Giselda, por indicação do amigo Álvaro, no entanto, a coisa mudou de figura. Não são muito os rótulos disponíveis no Brasil e, consequentemente, não são sabores a que estejamos acostumados. Este possuía uma paleta olfativa muito intensa e convidativa onde se destacavam toques de licor de cereja, fruta em compota e amoras. Na boca segue intenso, de bom volume de boca, taninos maduros e sedosos, harmônico com um final algo adocicado com coco e chocolate perfeitamente balanceado por uma acidez correta que deixa um retrogosto de quero mais. Belo Vinho que obteve a média de 88,91 e custa R$110,00. Tem uma história de que cliente VIP tem 20% de desconto, então vale conferir no site deles. (hoje tenho na Vino & Sapore safra 2009)

 

Uvas Ícones 005Tempranillo Sierra Cantabria Crianza 2004 (Peninsula) foi o desafiante espanhol que veio com um senhor retrospecto, o de ter obtido 90 pontos da Wine Spectator e ficando entre os top 100 de 2008 dessa conceituada revista. Acho que os 40 minutos de decantação foram pouco para este renomado vinho que se apresentou fechado, nariz tímido em que aparecem aromas de fruta vermelha fresca (ameixa) e algum tostado. Na boca segue fechado, algo austero, taninos ainda jovens e firmes ‘pegando” um pouco, acidez muito boa que convida a comer e pede um prato com “sustança”. Final de boca mostra um certo desiquilibrio, coisa que um tempo mais em garrafa, ou o dobro do tempo em decanter, devem harmonizar mostrando todo o potencial do caldo. Obteve uma média de 83,41 pontos e custa ao redor de R$109,00. Um vinho que necessita de uma segunda visita!

 

Uvas Ícones 007Carmenére Ochotierras Gran Reserva 2005 (Brasart), o representante Chileno desta cepa que possue amantes e ferrenhos opositores. Eu não sou fã, mas gosto de alguns rótulos, entre eles este. Vinho pronto não devendo melhorar mais do que já está. Nariz balsâmico com nuances vegetais e alguma especiaria. No palato apresenta-se redondo, macio, equilibrado com taninos sedosos, boa acidez e estrutura mostrando-se muito elegante e saboroso. Obteve a média de 84,68 pontos e custa em torno de R$90,00. (importador fechou)

 

Uvas Ícones 012Pinotage Morkell PK 2004 (D’Olivino), o desafiante sul africano desta cepa que também é pouco conhecida por aqui com muita coisa bastante rústica e barata (existem exceções) e caldos como este, com muita qualidade, um vinho que enobrece a casta. Classificado por alguns membros da banca como, misterioso e intrigante, mostra no olfato aromas complexos em que aparecem com maior destaque cacau e frutas secas, com boa evolução em taça. Na boca é harmônico, boa estrutura, denso e rico de sabores com um final muito agradável com toques de especiarias. Vinho para tomar com calma e mais uma boa participação dos vinhos desta importadora. Obteve a média de 87,73 pontos e custa ao redor de R$120,00. (Importador fechou)

 

Uvas Ícones 015Pomar Reserva 2006, o nosso vinho surpresa da noite, e que surpresa! Da Venezuela, Bodegas Pomar, região de Lara a 480mts de altitude vem este saboroso corte de 60% Petit Verdot, 23% Syrah e o restante de Tempranillo, um assemblage diferente e criativo que surpreendeu a todos tendo sido escolhido por um dos membros da banca, como o melhor vinho da noite. Como vinho surpresa, posso introduzir qualquer coisa no painel, então a escolha por um vinho que não fosse varietal, mas que trazia consigo uma enorme dose de exotismo. Por ser um corte foi fácilmente identificado pela maioria, porém a sua origem deixou a todos perplexos. Fruta madura, ervas e alguma especiaria compõem uma paleta olfativa muito agradável que convida levar a taça à boca onde se mostra muito equilibrado, elegante, complexo com boa evolução em taça, taninos aveludados e muito gostoso. Um conjunto sem arestas que obteve o reconhecimento de quase todos, houve uma única nota mais baixa, que resultou numa média de 86,45 pontos e não está disponível para venda.

 

Uvas Ícones 018Pinot Noir J. Cacheux Bourgogne Les Champs D’Argent 2006 (Decanter), nosso desafiante  francês e talvez o vinho mais fácil de identificar pois já no exame visual se mostrava com toda a sua tipicidade com uma cor rubi clara, brilhante, quase clarete. Nos aromas muita sutileza com a presença de frutos do bosque como morangos e framboesas assim como leves nuances florais. Na boca, taninos finos e sedosos ainda bem presentes, rico e complexo mostrando nuances de salumeria, um vinho sedutor como são a maioria dos bons Pinots, em especial os da Bourgogne. Obteve a média de 86,45 pontos e custa ao redor de R$119,00.

 

Uvas Ícones 008Shiraz Bridgewater Mill de Adelaide Hills 2005 (Wine Society), o representante da Austrália onde essa cepa virou rainha. De boa tipicidade, nariz discreto mostrando alguma fruta vermelha e especiarias. Na boca aparece uma madeira mais presente, porém sem subjugar o caldo, e álcool um pouco saliente sem ofuscar um conjunto muito agradável, de bom corpo, taninos presentes, aveludado e macio, acidez moderada, elegante com um final bem saboroso que satisfaz e nos faz pedir mais. Obteve 86,91 pontos e custa ao redor de R$87,00. (Importador fechou)

 

Uvas Ícones 017Malbec Rutini 2006 (Zahil), o nobre desafiante desta cepa que já virou sinônimo de Argentina, mesmo sendo francesa (como a maioria), mas que vem crescendo também no Chile e até aqui no Brasil já começam a aparecer alguns exemplares. Rubi violáceo, bem típico da casta, apresenta um perfil aromático composto de frutas escuras, algo vegetal e nuances florais que despistaram muitos da banca. De boa estrutura, no palato é suave, com taninos finos e sedosos, elegante, equilibrado com um final muito agradável e levemente frutado mostrando boa persistência. Um Malbec algo diferenciado que obteve 85,59 pontos e custa R$119,00.

 

Uvas Ícones 009Merlot Valduga Storia 2005 (Portal dos Vinhos), uma cepa que já se tornou símbolo da Serra Gaúcha. Eu que adoro este vinho, não o dentifiquei em função de uma intensidade aromática muito além do que tinha experimentado em vezes anteriores. A forte presença de café tostado, moka, que impacta a primeira “fungada” mostra a forte presença de madeira e a necessidade de um período maior de decantação para que o vinho encontre seu melhor equilíbrio olfativo quando aparece um pouco mais os aromas frutados com nuances florais. Na boca, alguma fruta negra, leve toque químico, untuoso, rico e complexo com um final algo tânico com retrogosto que nos lembra caramelo e muito boa persistência. Obteve uma média de 88,14 pontos e custa algo ao redor de R$110, porém devido à raridade, já se houve falar de R$130 e mais!

 

Uvas Ícones 014Tannat Abraxas 2002 (Dominio Cassis), rótulo premium do produtor, do qual somente 600 garrafas foram produzidas numa região diferente das tradionais áreas produtivas no Uruguai, em Rocha. Mais um dos vinhos que mostraram bem o que são, muita tipicidade num tannat de prima que ainda se apresenta fechado com taninos ainda bem presentes e firmes, porém sem qualquer agressividade, mostrando que ainda tem muito anos de vida e avolução pela frente. Nos aromas, algo herbáceo com nuances frutadas ainda tímidas que evoluem na taça. Na taça é uma explosão de sabores, rico e complexo com alguma madeira ainda por integrar, mas sutil, dando suporte a um conjunto gordo e harmonioso que enche a boca de prazer e ainda promete mais para daqui a alguns anos. As garrafas rareiam por aí, eu ainda tenho uma, e acredito que em 2012 estaremos perante um verdadeiro néctar. Obteve 86,77 pontos e custa por volta de R$105,00. (Hoje o 2011 tem na Vino & Sapore)

Apurados os resultados, o grande campeão da noite, o Melhor Vinho foi o Pezzy King Zinfandel (atropelando por fora). Pelos pontos obtidos e bom preço, a Melhor Relação Custo x Beneficio ficou com o Barbera D’Asti Le Orme e o vinho considerado como a Melhor Compra, o Bridgewater Mill Shiraz. Na segunda colocação no rol dos Melhores Vinhos da noite, o nosso Valduga Storia Merlot, seguido do Morkell PK Pinotage, do Bridgewater Mill Shiraz e completando o podio, o Abraxas Tannat 2002. O nosso vinho surpresa vindo da Venezuela direto para este Desafio de Vinhos na Zahil, obteve um honroso oitavo lugar entre vinhos e países produtores já consagrados mundialmente. Mas quais foram os vinhos preferidos de cada membro da banca de degustadores? Pois bem, para matar a curiosidade dos amigos, aqui está:

  • Emilio Santoro – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos
  • Marcel Proença – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • José Luiz Pagliari – Morkell PK Pinotage – 91 pontos
  • Francisco Stredel – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • Evandro Silva – Bridgewater Mill Shiraz – 90 pontos
  • Ralph Shaffa – Storia Merlot – 91 pontos
  • Ricardo Tomasi – Storia Merlot – 91 pontos
  • Cristiano Orlandi – Rutini Malbec – 93 pontos
  • Fabio Gimenes – Pomar Reserva – 92 pontos
  • José Roberto Pedreira – Pezzy Kink Zinfandel – 92 pontos
  • Simon Knittel – Storia Merlot – 88,5 pontos
  • João Filipe Clemente – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos

Como prometi, eis alguns links para outros interessantes Desafios de Vinho realizados:

Desafio de Vinhos Portugueses Agosto 2009

Desafio Alentejo x Douro Outubro 2009

Desafio de Bordeauxs abaixo de R$100 Julho 2009 – Surpresa com um intruso brasileiro

Desafio Decanter de vinhos Syrah Maio 2009 – um dos preferidos do Zé Roberto e Fabio Gimenes

Desafio Merlots do Mundo Junho 2009 – o Brasil dando as cartas

Desafio Luso x Brasileiro de Espumantes, em Lisboa Fevereiro de 2010 – memorável momento compartilhado com colegas blogueiros portugueses Pingas no Copo e Copo de 3! Saudades dos amigos.

Desafio de Petit Verdot Maio 2010

Blends do Novo Mundo que Cabem no Bolso Junho 2009 – vinhos do novo mundo até R$85,00 e mais uma vez aparecendo a força brasileira.

Divirta-se! kanimambo pela visita e um ótimo fim de semana. Segunda tem mais, fui!

Cheers Smile

 

 

 

 

 

 

 

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A Importância das Taças de Vinho

Necessidade ou frescura? A meu ver é necessidade, porém o quanto dependerá do nível dos vinhos que você costumeiramente toma. Sempre digo que comprar a chuteira do Neymar não vai adiantar nada se você for um perna de pau assim como não adianta pegar a raquete do Nadal e achar que por isso operará milagres na quadra!! Agora, dependendo do nível de seu jogo, pode sim ajudar e o mesmo vale para os vinhos.

Nesta fase de retrospectiva 10 anos em que alterno posts novos com alguns antigos, decidi revisitar este tema porque desde 2007, quando publiquei meu primeiro artigo sobre taças, este tem sido um dos posts mais buscados em Falando de Vinhos. Já montei três degustações de taças em parceria com a Riedel e até os mais céticos tiveram que se curvar, com vinhos de qualidade a mudança de aromas e sabores é impressionante. Também tive a oportunidade de participar de uma outra com a Schott-Zwiesel que veio a confirmar isso, mostrando que independentemente do produtor a taça faz sim diferença!

Aproveito para contar uma pequena história de quando abri a Vino & Sapore. Comprei um monte de taças de espumante porque iria servir no local. Dois dias antes de abrir decidi abrir uma garrafa de espumante para celebrar o fato que depois de 9 meses (sim demorou tudo isso mesmo!) finalmente iríamos abrir as portas. Abri a garrafa, rolha mostrou boa pressão, enchi a taça e nada de perlage!! Ué, como assim??? Abri outra garrafa, e nada! Lavei as taças novamente e nada!! Fui em casa e peguei uma taça, o mesmo espumante mostrou perlage abundante e persistente. Não tive duvidas, liguei para o fornecedor informando que iria devolver todas e saí feito louco no dia seguinte para comprar alguma que funcionasse. Fui com uma garrafa debaixo do braço, rs, testando até que achei e me garanti para a inauguração! Essa foi minha primeira experiência com o “milagre” das taças. Agora, quem não tem cachorro caça com gato, já diz o ditado, não percamos o momento por isso, sem ser xiita nessa hora!!

Caso tenha curiosidade, abaixo seguem alguns links a diversos posts já publicados sobre o assunto, começando com o de 2007.

Taças de Vinho, Sem Elas Não Dá

Taças de Vinho, Necessidade ou Frescura?

Degustando Taças

Taças de Vinho, Redescobrindo Sabores e Aromas

A Importância das Taças no Serviço de Vinho

Taças Schott - Diva.psd 

Agora, não precisa ser xiita! Nos próprios posts dou exemplos de momentos que até o copinho de requeijão vai então sem exageros, há momentos e vinhos para cada situação, livremo-nos de quaisquer amarras nesta viagem por nossa vinosfera porque afinal, “tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Por hoje é isso meus amigos, para quem tem bons vinhos e curte essa nossa vinosfera a sério, há que se prestar atenção neste tema e para quem trabalha com vinhos então, aí é essencial! Uma ótima semana a todos e kanimambo pela visita. Cheers, tchin-tchin, saúde, prosit, salud, ..

Cheers Smile

 

 

 

 

 

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Espumantes, tudo o que você queria saber mas tinha medo de perguntar!

Em mais um post da retrospectiva de 10 anos, tinha que fazer alusão ao post mais lido aqui em Falando de Vinhos. Já são quase 80 mil pageviews nesta fase (2014 a 2018) e mais 105 mil antes (2007 a set 2014) totalizando cerca de 185 mil pageviews ao longo deste tempo e, pelo que vejo na Vino & Sapore, pouco mudou. As pessoas seguem entrando nas lojas e pedindo um champagne ou prosecco quando na verdade querem um espumante nacional de 50 pratas! Nada errado com isso, simplesmente elas não sabem e muitos atendentes nas lojas também não explicam, mais fácil empurrar um prosecco baratinho e tudo bem, isso me incomoda.

Em função disso não poderia deixar de trazer este post como um dos destaques de minha retrospectiva 10 anos ainda mais porque foi um dos primeiros (tem 121 meses) e o que me catapultou nesta mídia permanecendo bem atual. Como já dizia Napoleão, “necessário nas derrotas e merecido nas vitórias”! Uma bebida de celebração, basta abrir uma que já é festa, não precisa de razão a não ser a de ser feliz. Clique na imagem abaixo para acessar o post original completo.

Perlage

Fui, kanimambo pela visita, saúde, tchin-tchin

Cheers Smile

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Harmonizando Vinho e Música

Já parou para pensar nisso? Como a música, o vinho gera emoções, sensações diversas e há MusicWine_Cover 2_ver5momento para tudo, do vinho mais leve e refrescante ao mais estruturado e denso, de um branco, rosé ou tinto assim como a música em que podemos estar num dia mais propenso a Bach, Strauss ou a Blues, Jazz, Beatles, MPB, Caipira (raiz) até heavy rock! Eu passei por essa experiência e volta e meia me vejo ainda fazendo minhas harmonizações pessoais mesmo que só na minha cabeça. E você, que música exala de sua taça?

Pode até parecer estranho, mas é bem menos do que você imagina e tem até um site especializado nisso nos Estados Unidos onde vinhos avaliados são também harmonizados com música, Wine And Music  que vale fuçar.  Como parte da retrospectiva de dez anos, trago dois links sobre as duas harmonizações com que participei do concurso promovido pela Wines of Argentina há pouco mais de três anos, quando fui instado a fazer essa viagem sensorial diferente fora de minha caixinha! Com uma delas, o Navarro Correa Brut Rosé, ganhei um dos prêmios que me permitiu uma viagem de quase 1700kms por bodegas e vinhedos argentinos da Patagônia a La Rioja junto com alguns colegas como o Didu. A outra foi com um muito bom rosé de malbec/pinot noir da Lagarde, o Blanc de Noir que de branco não tem é nada! rs Com um harmonizei com um som mais pesado de Left Lane Cruise e com outro uma salsa cubana, para quem estiver a fins, eis os links, clique nas imagens para acessar os posts e o som com que harmonizei, venha comigo nessa viagem sensorial descobrir novas emoções e despertar sua sensibilidade.

Navarro Correas Brut Rosé e Left Lane Cruise

Navarro Correa brut rosé

Lagarde Rosé de Malbec/Pinot & Salsa

 

Lagarde rosé de malbec

 

É isso, esse foi só o primeiro post da retrospectiva DEZ ANOS que ainda vai trazer coisas muito interessantes que vivi e talvez os amigos não tenham conhecimento ou não se lembrem. Fica aqui a mensagem, expanda seus horizontes, viaje, descubra novas sensações, viva novas emoções! A partir de agora, a cada vinho comentado e caso ele me desperte a inspiração, vou harmonizar com vinho. Saúde, kanimambo pela visita e um ótimo fim de semana.

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