Rosé com Good Vibrations

Casa do Lago Rosé é o nome deste exemplar de rosé português que tem tudo a ver com nosso verão. Realmente um vinho delicioso, muito fresco, frutado, cerejas frescas, leve mas não ligeiro! Cem porcento Touriga Nacional da região Lisboa, só passagem por inox, um mês em garrafa e já sai para o mercado, pronto a beber e a seduzir. Vinho para ser tomado jovem em seus primeiros três anos de vida, mas quanto mais jovem melhor. Vinho de verão, para acompanhar frutos do mar, comida japa, para bebericar com os amigos sem compromisso, mas com qualidade que é uma marca da DFJ que o produz. Cheio das medalhas, rs, foi apontado como o melhor rosé de 2016 pela revista portuguesa Grandes Escolhas. Para mim um vinho alto astral, vibrante que não me cansa e me faz feliz, sem frescuras, sem complexidades, que deixa a emoção tomar conta da razão, vinho para curtir sem parcimônia.

Se fosse uma música seria Good Vibrations dos Beach Boys e daí a chamada! rs Abra a garrafa, clique no link abaixo e depois me diga se estou errado! Preço de mercado em torno de R$80 uma boa pedida para este verão e férias de final de ano, eu curto e recomendo. Kanimambo e aos poucos retomarei o ritmo por aqui, tem coisa demais represada, saúde!

Bulldog Branco na Taça

Da DFJ, região Lisboa em Portugal, vem mais este vinho branco para me fazer companhia ao almoço de Sábado. Há mais de dez anos atendendo e servindo culinária chinesa, boa e de bom preço, por aqui na Granja Viana, o Xin Hua desta vez me trouxe um bom Chop Suey de frango para saciar minha fome neste Sábado algo morno.

Para ornar, e ornou (rs), um Bulldog Blend Branco. Um corte de Arinto, Fernão Pires (Maria Gomes), Alvarinho e Chardonnay sendo que este último passa por 12 meses em barrica francesa de primeiro uso. O saldo é um vinho muito bem elaborado de médio corpo (Chardonnay e Fernão Pires garantem isso), fresco (Arinto e Alvarinho), uma certa untuosidade, bem seco, equilibrado, notas cítricas, toque mineral, boa persistência, uma boa surpresa na taça com preço ao redor de R$80 em média no mercado de São Paulo.

A harmonização ficou muito boa e acho que acompanhará bem carnes brancas em geral, peixes, crustáceos, ceviches um vinho bastante versátil e gastronômico, gostei. Como sobrou, de Sábado sempre sobra, terminei com ela fazendo mais um teste, desta feita com um Risoto de Camarão home made.

Gente, o que eu já tinha gostado, agora extrapolou! Terminei o Risoto com queijo Brie, a liga foi perfeita e me lambuzei tudinho!! rs Harmonizar não é, nem deve se tornar uma obsessão, mas convenhamos que quando orna a coisa muda de patamar ainda mais se bem acompanhado e eu, há 43 anos, ando bem acompanhado, praise the Lord, o que torna qualquer tentativa de harmonização meio caminho andado! rs O prato ganhou peso e untuosidade que se casaram à perfeição com o vinho, sábia escolha esta. rs

Enfim, esta garrafa veio da Lusitano Import que me enviou o vinho para prova e como gostei, cá estou compartilhando com os amigos, prove você e comprove, faça seu próprio juízo de valor, pois essas são apenas as minhas impressões.

Por hoje é só! Kanimambo pela visita, saúde e até um próximo encontro.

Conheça as Castas do Douro.

Impossível para nós pobres mortais amantes de Baco conhecê-las todas porque o Douro é a região DOC do mundo, com mais variedades de uvas homologadas. São, mais de cem variedades de uvas , todas autorizadas pelo Instituto do Vinho do Douro e Porto. Uma enormidade de uvas a escolher não sendo, portanto, à toa que volta e meia nos deparemos com um vinho de uva totalmente desconhecida para a maioria de nós.

Hoje em dia, a tendência para as recentes plantações está voltada principalmente para cinco castas tintas (Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz) e cinco variedades de uvas brancas (Malvasia Fina, Gouveio, Viosinho, Códega e Malvasia Rei), ambos utilizados para a vinificação de vinho do Porto e vinhos tranquilos. Existem 29 variedades de castas recomendadas na legislação, estas 29 variedades são divididas em dois grupos, o primeiro deve ser usado em pelo menos 60% do vinho (blend de castas diferentes). A composição dessas uvas no blend elaborado, a maioria dos vinhos, compõem o famoso corte duriense tão importante quanto o tal do bordalês, só que mais complexo por unirem mais castas! rs Brincadeiras à parte, lembro que o Douro é a primeira DOC do mundo datada de 1756 criada pelo Marquês de Pombal para assegurar a qualidade dos Vinhos do Porto.

As uvas do segundo grupo devem ser usadas em um máximo de 40% do blend. Finalmente, um terceiro grupo, cuja castas podem ser adicionadas aos grupos anteriores, ” castas autorizadas ”  … algumas dezenas, no final podem facilmente atingir as 100. 

As características das principais castas tintas utilizadas: 

Touriga Nacional – No passado, foi uma casta bastante evitada por causa do baixo rendimento e muito frágil em relação a doenças das videiras.Atualmente, representa apenas 2,5% da área plantada, mas é a única que está sendo usada como mono-varietal na produção de vinhos tranquilos, devido à sua complexidade e elegância, os aromas característicos são: ameixas, cassis e violetas. Taninos doces e extremamente concentrados, grande capacidade de envelhecimento, é portanto, uma casta obrigatória no blend dos Vintage.

 Touriga Franca – É a mais plantada na região do Douro Superior, por causa da resistência a diferentes condições climatéricas, esta casta origina vinhos vigorosos, com frutas negras notas e notas florais, como rosas. Apresenta uma boa capacidade de estágio dos vinhos. É comum estabelecer-se uma associação entre o seu bom desenvolvimento durante o ano e uma boa declaração de Vintage . 

Tinta Roriz – também conhecida como Aragonêz no Alentejo e Tempranillo em Espanha, esta casta é caracterizada pela alta qualidade e rendimento. Esta variedade oferece uma mistura de geleia de frutas negras e especiarias, oferece alto teor alcoólico . 

Tinta Barroca – datada do século XVII, é caracterizada pelo bom rendimento, média intensidade, taninos sedosos, aromas doces e frutados de cerejas e ameixas, alto teor alcoólico . É normalmente a primeira casta tinta a ser vindimada, adquirindo mais cedo do que todos as outras, o pico de maturação. É plantada nas regiões do Baixo e Cima Corgo, uma vez que em áreas mais quentes, como no Douro Superior, irá certamente desidratar.

Tinto Cão – Tradicionalmente, origina vinhos mais leves, de baixa intensidade em cor, com aromas elegantes a frutos vermelhos, especiarias e perfil floral, embora para vinhos envelhecidos, esta casta se revele bastante importante, mostrando uma enorme resistência à oxidação. 

Tinta Amarela – Facilmente encontrada no Baixo Corgo, é de difícil plantação, devido à sua fragilidade em resistir às doenças das videiras, no entanto, oferece bastante intensidade em cor e aromas, muitos aromas frutados, com notas vegetais e uma boa capacidade para vinhos de guarda. Esta casta é amplamente plantada no Alentejo, onde é conhecida como Trincadeira. Em outras regiões vitivinícolas portuguesas é ainda conhecida como: Espadeiro (presente nos rosés do Minho), Crato Preto, Mortágua, Murteira ou Rabo de Ovelha Tinto. 

 Normalmente, as castas brancas são plantadas em áreas mais frescas e com alto relevo. As características das principais castas brancas utilizadas:

Malvasia Fina – Esta variedade de uva produz vinhos muito refinados, frutados e encorpados. É cultivada em algumas regiões vitivinícolas portuguesas, como a ilha da Madeira. É praticamente considerada como obrigatória no que toca á produção de vinhos do Porto e Douro brancos

Gouveio – É cultivada em algumas regiões vitivinícolas portuguesas, como a ilha da Madeira, onde ele é conhecida como Verdelho. Produz vinhos aromáticos (aromas de maçã), textura suave, boa acidez e concentração de açúcar.

Viosinho – É uma casta com baixa produtividade, mas muita qualidade, oferece estrutura e intensidade aromática, é habitualmente misturada com Malvasia Fina no blend dos vinhos do Porto brancos . 

Códega – Uma casta muito antiga, hoje em dia é a casta branca com mais área plantada na região duriense, altamente produtiva, origina vinhos com alto teor alcoólico e baixa acidez. 

Malvasia Rei – Casta altamente produtiva, embora resulte em vinhos com falta de riqueza aromática e complexidade, geralmente é utilizada em associação com outras variedades de uvas brancas 

Kanimamambo pela visita, saúde e boa semana

Cheers, Santé, Prosit, Salud

Fonte: C. da Silva produtor duriense http://www.cdasilva.pt/quemsomos

1982, O Vinho!

Um dos destaques provados na Vinhos de Portugal deste ano no J.K. em São Paulo, um vinho surpreendente! Antes de falar sobre o vinho, deixa eu compartilhar o que a Revista Adega falou dessa safra; 1982 – Talvez a mais aclamada e unânime safra de todos os tempos para a França, Itália, Espanha e Portugal, que produziram vinhos espetaculares em diversas de suas regiões .

Ao sentir seus aromas e colocá-lo na boca as sensações eram de um Moscatel, mas ledo engano, este vem da região Lisboa! Aos poucos me dei conta que estava provando um vinho com história, um Fernão Pires (uva branca regional portuguesa conhecida no Norte de Portugal como Maria Gomes) fortificado que a Vidigal Wines descobriu num cantinho de uma vinícola que eles arrendaram vizinha da sua, coisa rara que não sei se um dia será repetida e, certamente, eu não verei. A herdeira (neta) não sabia ao certo o que aquelas barricas continham e, para surpresa de todos, o pessoal da Vidigal se deparou com esse vinho fortificado, lá conhecido como licoroso. Essas barricas geraram apenas sete mil garrafas, tendo algumas delas chegado até nós, ainda bem!

Casa do Cônego 1982 é o nome desta belezura e a garrafa de 375ml com lacre de cera é um charme à parte confirmando que grandes perfumes vêem em pequenas embalagens, umas gotinhas deste verdadeiro néctar atrás das orelhas deve garantir interessantes fungadas! rs Brincadeiras à parte, o vinho possui uma sedutora e complexa paleta olfativa onde se destaca um certo floral, notas de frutos secos e daquela casca de laranja confitada. Na boca os frutos secos estão bem presentes, figo, notas de mel de laranjeira, caramelo, uma acidez incrível equilibra a doçura tornando-o especialmente prazeroso de se beber e o álcoól de 16.5% some no conjunto harmonioso. Panetone de frutas, torta de amêndoas ou noz pecan, doces conventuais portugueses, queijos fortes, foie gras (para quem gosta e pode, rs), creme catalana, apfelstrudel, solito num final de refeição, bão demais da conta e quem fez esse vinho há 37 anos atrás está de parabéns!

Com preço no mercado entre 180 a 220,00 Reais, é um vinho cativante para quem, como eu, aprecia este estilo porém fica uma certa tristeza ao final pois não haverá outro tão cedo. Para mim uma grande surpresa que me agradou sobremaneira e portanto assino em baixo.

Uma boa semana, kanimambo pela visita e fica a pergunta, já se programou para a prova de Vinhos & Queijos que estou promovendo na Vino & Sapore? É, não esquece e se puder ajudar a promover junto aos amigos eu agradeço. Veja mais clicando aqui.

Vinhos de Portugal de Volta ao RJ e SP!

Falei que entramos na estação das grandes degustações! Pois bem, neste fim de semana no Rio de Janeiro e no próximo em São Paulo mais uma edição desta importante exposição de vinhos lusos das mais diversas regiões produtoras (14) com cerca de 75 expositores e algo ao redor de 600 rótulos a degustar, maratona e tanto. rs Vai pela primeira vez? Então dá uma olhada nestas dicas para você aproveitar melhor o evento e programe seu roteiro de provas previamente.

 

O formato é algo diferente. Você compra uma sessão de degustação, são três horários diferentes, cada uma de duas horas. Após cada sessão a sala de degustação é esvaziada e entra uma nova turma e as sessões têm ingressos limitados, desta forma se evita a zorra que volta e meia a gente vê neste tipo de eventos. O preço em média dos ingressos a cada sessão varia um pouco em função do dia, porém a média é em torno dos 150 Reais e, pasmem, tem meia entrada inclusive para idosos.

Eu vou estar na de São Paulo (J.K.) no Domingo dia 7 desde a primeira hora fuçando um pouco para ver se consigo achar algumas pepitas por lá, porque navegar é preciso (está no DNA, rs) e garimpar idem.Obviamente estarei com meu amigo Fernando Rodrigues da Lusitano Import provando os vinhos da DFJ, mas não só porque tem muita coisa a descobrir. Depois dou um feedback por aqui, mas certamente é um programa diferente de fim de semana que pode, inclusive, ser feito em família salvo crianças menores de 18 anos logicamente. Para saber mais da programação, horários, expositores, sessões, preços clique na imagem abaixo.

No meu radar, alguns produtores em especial, por região:

Alentejo

Malhadinha Nova – Tapada de Chaves – Cortes de Cima – Monte da Capela

Bairrada

Kompassus – Niepoort – Luis Pato

Dão

Quinta dos Carvalhais – Casa de Mouraz – Juliana Kelman

Lisboa

DFJ Vinhos – Chocapalha

Setúbal

Pegões – Venâncio da Costa Lima – José Maria da Fonseca

Douro

Alves de Sousa – Quinta do Porttal – Wine & Soul – Niepoort – Ferreirinha

Tejo

Alorna e Falua

Minho (Vinhos verdes)

Ameal – Anselmo Mendes – Lima & Smith – Ponte da barca

Quem for ao evento do Rio e puder adiantar alguma descoberta somos todos ouvidos aqui em São Paulo. Um ótimo fim de semana, kanimambo pela visita e saúde, sempre!

Montes Ermos Códega de Larinho Grande Reserva

Que bela surpresa e um tremendo de um companheiro para seu Bacalhau santo! rs A Códega de Larinho é uma casta pouco conhecida por nós aqui no Brasil, mas isso não é de se estranhar já que acredito que poucos a conheçam também em Portugal. Afinal, a saudosa terrinha tem mais de 250 uvas autóctones então volta e meia acabamos por nos deparar com algo “novo” na taça.

A casta é oriunda do nordeste português em especial no Douro (não confundir com Côdega que na verdade é Siria ou Roupeiro) e em Trás-os-Montes onde costuma participar em blends brancos com a Gouveio e Viosinho sendo pouco comum aparecer em varietal. Boa intensidade aromática, frutos tropicais e floral, é de amadurecimento médio, cachos densos e normalmente apresenta pouca acidez, características estas bem presentes neste vinho.

Monte Ermos Códega de Larinho Grande Reserva 2013, um vinho que na sua maturidade de seis anos, perdeu sua cor citrina adquirindo uma capa amarelo dourado, bonita e brilhante. Monovarietal, já que como sabemos um vinho varietal pode possuir em sua elaboração até 15% de outras castas, o vinho é elaborado com 100% de Códega de Larinho do Concelho de Freixo de Espada à Cinta no Douro superior, pela adega cooperativa do mesmo nome. Toques florais e laranja compotada, sutis notas amadeiradas e lácticas compõem um perfil aromático de boa intensidade. Na boca mostra untuosa textura, bom corpo, acidez balanceada, frutos tropicais maduros, leve abaunilhado e uma dose de mineralidade no final de boca com boa persistência. Muito bom vinho que certamente irá harmonizar com Bacalhau com Natas e receitas de pratos de bacalhau de maior intensidade e estrutura. Preço entre R$130 a 140,00 Reais em São Paulo.

Kanimambo pela visita, saúde e uma ótima Páscoa para todos, volto depois compartilhando mais novidades. Fui!

 

 

E a Dalva Chega a São Paulo!

Demorou, mas chegou! rs Meu primeiro contato com os vinhos da Dalva foi em 2011 na Expovinis quando declarei, metido eu (rs), o Golden White 63 como o melhor vinho do evento. Me apaixonei e mesmo custando entre 100 a 120 Euros por lá, sempre que consigo juntar uns trocados e tenho portador, faço questão de trazer uma garrafa. Tremendo Porto Branco envelhecido, quem tiver a oportunidade não perca!

Depois, numa outra Expovinis em 2014, me esbaldei com uma seleção de Tawnies Colheita antigos (1967 e 75) e um branco com 40 anos inesquecível!

Agora, pelas mãos da Lusitano Import, ela finalmente chega a São Paulo e eu andei provando algumas coisas, inclusive seus vinhos tintos de mesa DOC Douro que aqui compartilho com os amigos. C. Da Silva (Vinhos) SA é uma Casa de forte tradição no vinho do Porto. Fundada em 1862, o seu nome atual foi definido nas primeiras décadas do século XX, quando o Sr. Clemente (não sei porquê esconde nome tão nobre! rs) da Silva recebeu a empresa através de casamento. Não conhecia seus vinhos de mesa e tão pouco o LBV, me surpreendi!

Dalva Colheita tinto, de vinhas velhas com predominância de Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca tem passagem por madeira em barricas de 600 litros de carvalho francês, aparentemente de segundo uso, por apenas seis meses. A madeira no vinho é sutil para não dizer imperceptível, médio corpo, o vinho prima pela fruta intensa e uma acidez que nos faz pedir bis, um vinho vibrante em boca com final levemente especiado. No mercado entre 80 a 85 reais

Dalva Reserva Tinto 2015, com as mesmas uvas de seu irmão mais novo com a adição de Tinta Barroca, porém com mais tempo de barricas de 600 litros, oito a doze meses, o que faz com que ganhe robustez e complexidade. Os taninos estão mais presentes mas aveludados e finos, bom volume e textura, rico meio de boca, notas tostadas, frutos negros (cereja madura, cassis), especiarias, médio corpo para encorpado, elegante, um vinho para beber ou guardar ainda por mais um par de anos. No mercado ao redor de 145,00 Reais acompanhou muito bem o delicioso Filé a Poivre Vert do Cascais, onde o Caio anda mandando bem no fogão!

Dalva Porto LBV 2012 – Equilíbrio é o nome deste belo exemplar de Late Bottled Vintage, um Porto Ruby para ser desfrutado sem parcimônia, podendo ser aberto já ou para guarda por mais uma meia dúzia de anos. Com 92 pontos no Decanter Wine Awards de 2017, este é certamente a estrela desta seleção, até porque não provei o Colheita 2007. Fruto intenso, notas vegetais e um toque de especiarias, prima pelo equilíbrio entre a doçura e a acidez, um belo exemplar que, dizem, era para ser declarado Vintage mas por falta de pedidos acabou ficando e engarrafaram como LBV, realmente muito bom. Bom queijos fortes, torta de chocolate, figos e nozes, chocolate amargo com laranja ou cramberry, bom demais. Preço médio de 185 Reais, excelente relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer).

Também me chamou a atenção o Colheita Tawny 2007, na faixa dos 280 a 290 Reais, mas esse não tive oportunidade de provar. Todavia, me baseando no 75 e 67 que tomei na Expovinis de 2014 mais o fato de que a safra de 2007 no Douro foi excepcional, creio que deve estar muito bom e me deixou ansioso por prová-lo. Engarrafado em 2018, arriscaria dizer que para quem gosta de vinhos de guarda 2025 está logo aí, para celebrar meus 70 anos! rs Grande parceiro para sobremesas com frutos secos, torta de amêndoas ou pekan, doces conventuais portugueses, panetone ou colomba. Quem sabe na Páscoa abro uma, acompanhamento não faltará! rs

Tem duvidas sobre o que seja um LBV e um Tawnie safrado, então clica aqui e conheça mais sobre esse incrível mundo dos Vinhos do Porto que não, não são todos iguais. Na lista tem ainda os Ruby e Tawny “básicos”, Branco e Rosé estes último mais próprios para drinks. Kanimambo pela visita e espero que goste da dica, eu gostei e acabei colocando  na confraria Frutos do Garimpo deste mês.

Saúde!

Porto Vintage 2016 o Que Aconteceu por Lá!

Ao final dos dois anos como é de praxe, saem as garrafas de Porto Vintage para o mercado e se iniciam as avaliações. Conforme o jornal português Público, o ano de 2016 teve um Inverno ameno, com níveis elevados de precipitação, que também se sentiram na Primavera. O Verão foi muito quente e seco e apresentou alguns picos de calor em Agosto e Setembro. Estas condições já indicavam que a colheita pudesse ser extrema qualidade, como se lê no comunicado divulgado pela Quinta do Noval através de seu diretor geral Christian Seely, “a declaração de Porto Vintage 2016 se deu apesar de – ou talvez devido a – às condições climáticas incomuns e extremas do ano, o resultado final é de excelente qualidade. Os vinhos são equilibrados e frescos com excelente estrutura, fruta intensa muito pura e expressiva

Já Luís Sottomayor, enólogo da Sogrape, realça a “robustez e estrutura” dos vinhos da colheita de 2016 e garante um perfil de vintage “com níveis de complexidade, cor e  estrutura absolutamente excepcionais, com taninos presentes, perfeitos para evoluírem na garrafa durante muitos anos”.

Apesar de boa parte dos produtores terem declarado seus vintages 2016 como clássicos, não vi alusão disso por parte do IVDP que oficializa essa condição (ano clássico), porém se alguém tiver informação outra por favor comente. Eis a avaliação feita pela Wine Spectator com os Vintage 2016 e seus preços em Dólares americanos. O Churchill e o Quinta dos Malvedos me parecem uma ótima opção! Agora esperar 2020 para ver como a safra de 208 vai se sair, por aqui foi boa, duas netas!! rs Precisarei escolher duas garrafas para elas tomarem no aniversário de 30 anos, aguardando ansioso.

QUINTA DO NOVAL

Vintage Port Nacional 2016
99 points | $1,000 |

DOW
Vintage Port 2016
98 points | $150 |

GRAHAM
Vintage Port 2016
98 points | $150 |

TAYLOR FLADGATE
Vintage Port 2016
98 points | $120 |

QUINTA DO VESUVIO
Vintage Port Capela 2016
98 points | $182 |

WARRE
Vintage Port 2016
98 points | $98 |

GRAHAM
Vintage Port The Stone Terraces 2016
98 points | $230 |

QUINTA DO NOVAL
Vintage Port 2016
98 points | $125 | J.M.

CROFT
Vintage Port 2016
97 points | $100 |

FONSECA
Vintage Port 2016
97 points | $120 |

SMITH WOODHOUSE
Vintage Port 2016
97 points | $82 | .

QUINTA DO VESUVIO
Vintage Port 2016
97 points | $115 |

CHURCHILL
Vintage Port 2016
96 points | $110 |

COCKBURN
Vintage Port 2016
96 points | $110 |

SANDEMAN
Vintage Port 2016
96 points | $90 | J.M.

CHURCHILL
Vintage Port Quinta da Gricha 2016
94 points | $75 |

FERREIRA
Vintage Port 2016
94 points | $95 |

QUINTA DE RORIZ
Vintage Port 2016
94 points | $90 | J.M.

GRAHAM
Vintage Port Quinta dos Malvedos 2005
93 points | $65 |

POÇAS JUNIOR
Vintage Port 2016
93 points | $75 |

QUINTA DA ROMANEIRA
Vintage Port 2016
93 points | $75 |

Rafael Mauaccad, grato pela inspiração e informação postada em sua página do Facebook que serviu de base para este. Saúde, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Casa do Lago Rosé, Campeão do Wine Tasting!

É, foi na Vino & Sapore no último Sábado! Afora os vinhos dos amigos da Lusitano Import e da Almeria, tivemos também a presença do Bruno Mestre Queijeiro, da Pé de Geleia e da Raquel com seus pães artesanais. Muito provavelmente dia 24 de Novembro outro Wine Tasting com a companhia de outros parceiros do vinho, mas desse falarei em outra hora!

Porquê campeão? Melhor vinho? Não, mas foi o que o pessoal mais comprou e os elogios foram muitos, tanto que tive que repor estoque nesta semana. Realmente um vinho delicioso, muito fresco, frutado, cerejas frescas,leve mas não ligeiro! Cem porcento Touriga Nacional da região Lisboa, só passagem por inox, um mês em garrafa e já está sendo distribuído, vinho para ser tomado jovem em seus primeiros três anos de vida, mas quanto mais jovem melhor. Vinho de verão, para acompanhar frutos do mar, comida japa, para bebericar com os amigos sem compromisso mas com qualidade que é uma marca da DFJ que o produz. Cheio das medalhas, rs, foi apontado como o melhor rosé de 2016 pela revista portuguesa Grandes Escolhas.

Toda esta linha de vinhos é muito boa e de preço acessível, havendo também um branco muito bom (mais um que vendeu muito), um blend tinto esgotado todos na casa dos 70 a 74,00 Reais e um inusitado Gran Reserva Cabernet Sauvignon num patamar mais alto de preços e que surpreende! Importação da Lusitano Import

É isso, kanimambo pela visita e em breve nos encontraremos novamente por aqui. Sáude

Nem Todo o Dia é Dia!

Digo isso de forma tranquila, tem dia que não estou a fins e tem dia dia que estou, porém cada vez mais tenho tentado tomar vinho acompanhando refeições e cada vez menos solo, menos tomar por tomar. Há dias que pedem uma cervejinha, outros uma dose de Bourbon ou um bom Whisky, quiçá um gin ou port tônica, porquê não! Meu lema sempre foi diversidade, então porquê sempre vinho? Sou um apaixonado pelos caldos de Baco, mas neste quesito não sou monógamo não, deixo a infidelidade correr solta para saciar minhas vontades sem culpa! rs

Neste sentido, cada vez mais meus vinhos tendem a ser escolhidos de acordo com o que vou comer, sem obsessões, mas há que existir um mínimo de bom senso em fazer o vinho “ornar” com o prato. “Malbecão” com salmão não rola, sorry, mesmo respeitando quem cometa esse harakiri gustativo! Temos o costume de tomar vinho como “drink”, eu venho perdendo essa tendência já faz um tempinho e ando mais light, menos despretensioso nos pratos que venho comendo. Por outro lado, grandes vinhos não são para todos os dias né?

Cada momento tem seu vinho e neste último Domingo, bem preguiçoso e sem frescuras, peguei um resto de costela bovina congelada que tinha sobrado do Dia das Mães e pensei num risoto de funghi para acompanhar a carne, aqui um tinto já ia bem! Aí me deparei com o fato de que o funghi que tinha estava velho e realmente não estava a fins de sair, então fucei alguma alternativa com o que tinha em casa e saiu um risoto de chouriço português que, por sinal, ficou da hora! rs Uma verdadeira salada de sabores, então preferi um vinho mais neutro, de taninos médios e macios, pouco marcantes tendo minha escolha recaído sobre um vinho da região Lisboa do bom produtor DFJ Vinhos, o Casa do Lago Tinto*.

Tenho um carinho especial por este vinho que é um corte de cinco uvas Syrah, Touriga Franca, Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon vinificados separadamente e o blend afina por três meses em barricas francesas (só um toque) e três em garrafa antes de sair ao mercado. Vinho de corpo médio, frutado, taninos muito bem trabalhados e aveludados, presentes mas finos, acidez balanceada, final de boca gostoso com leve apimentado, vinho que agrada fácil e muito versátil. Ornou, rs, não se sobrepôs, não ficou aquém, os sabores se complementaram de forma bastante harmônica e equilibrada.

Já harmonizei com massas e vai muito bem, achei que se deu muito bem com o prato e com um tempero adicional, tem bom preço! Sim, para a maioria de nós esse segue, se não ainda mais importante em tempos de crise, um importante fator e um vinho desses entre 65 e 70 pratas acredito ser um bom achado, por isso estar compartilhando aqui com vocês até porque, como já disse, nem todo o dia é dia, inclusive para botar a mão no bolso!! rs

Casa do Lago Tinto

É isso amigos, por hoje é só, mas na Quinta passada fui de Curry de Frango com Chutney de manga e coco ralado, que será que abri?? Essa conto outro dia, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui, fui!

Cheers Smile

 

 

 

 

 

 

* Importador Lusitano Import.

 

 

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