Noticias do Mundo do Vinho

Vinho em Latinha, Modismo ou Veio Para Ficar?

Um monte de colegas e amigos cronistas do mundo do vinho levantaram essa bola recentemente e aí me lembrei de que já comentei isso em 2008 (clique no link para ler). Sempre achei que poderia ser algo interessante, um projeto que pudesse atrair um público mais jovem para momentos mais descompromissados. Mais para vinhos brancos e rosés frescos, espumantes e, eventualmente, algum tinto leve. Pesquisando vi que já tem um monte de produtos no mercado e até alguns grandes players do mercado estão entrando nessa e aí me lembrei que em 2009 dei uma notícia sobre o tema que achei interessante e tratava de qualidade, algo que sempre me preocupou, “Vinho em lata, eis que me chega a notícia de que no Berlin Wine trophy 2009, com mais de 3400 vinhos de mais de 40 países, o Baroke Cabernet/Shiraz/Merlot fez história ao ganhar a primeira medalha de ouro num concurso internacional de respeito. É gente, podemos olhar de esguelha para essas latinhas, mas acho que temos que olhar com mais cuidado o seu conteúdo”. Sempre quis conferir e sem preconceitos porque acho que em cada faixa de preços se pode encontrar qualidade e vinhos palatáveis, vinhos descompromissados de preço idem, porém, como sabemos, quanto menor for a faixa mais complicado será o garimpo, mas há!

Como nos Bag-In-Box que acabaram ficando, na sua grande maioria, restrita a vinhos de baixíssima qualidade, esta talvez seja a maior dificuldade de todas, colocar nessas latinhas um vinho minimamente de qualidade com um preço que seja tão descompromissado como o projeto pretende ser. Vender uma latinha desse vinho por 16,50 a 35 Reais a latinha (3 latas = 1 gfa 750ml) como tenho visto por aí, não me parece que seja algo que vá pegar, pode virar moda numa elite em balada chique, mas será que atrairá mais seguidores à causa? Duvido, o preço não é condizente e não vai atrair um público cativo, talvez uma ou outra para prova. Sou aberto a todas as vertentes, exploro, gosto disso e está no meu DNA luso, sempre busquei falar mais de vinhos “terrenos”, buscar os vinhos que entregam uma percepção de valor superior ao preço pago e tem momento para tudo, afinal, como já dizia o poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena, mas … Por uma questão de quantidade, meia garrafa ou até um quarto são boas opções e se encontram produtos de qualidade no mercado a preço convidativo.

Foto da coluna da Suzana Barelli no caderno Paladar do Estadão em 21/02/20

Há uns dois anos provei os vinhos da Baroke, finalmente, e sinceramente não me entusiasmei a falar deles não. Verifiquei inclusive que havia problemas de envelhecimento precoce e espero que as latinhas venham com data de validade, pois diferentemente das garrafas seu tempo de maturação é outro e parece que possuem um shelf time bem menor. Para quem importa volumes maiores e o produto não escoe como previsto, certamente um possível problema a encarar a não ser que se jogue no colo do consumidor!

Certamente não seria algo que eu compraria, mas cada um é cada um, preferiria uma prática garrafa de rosca, um vinho (tranquilo ou espumante) de 60 pratas e um copo de plástico, coisa que já fiz e voltaria a fazer numa boa dependendo da circunstância, talvez até uma boa cerveja artesanal nessa faixa de preço a um vinho fraquinho. Sem preconceito algum a questão é outra, critério de qualidade independentemente do invólucro. Se tomaria? Lógico que sim e dependendo da situação, porém não gastaria meu suado dinheiro nisso, como disse, teria outras alternativas.

Tiro o chapéu para os empreendedores e inovadores de tudo o que é setor da economia, torço para que dê certo, mas não sou tão otimista assim, o tempo dirá como o consumidor brasileiro aceitará essa inovação a esses preços. Isso sou eu, pois, como já disse anteriormente, cada um é cada um e que seja feliz como melhor lhe prouver, sem frescuras! Saúde e Kanimambo pela visita.

Nasceu o Caviste Online, Ufa!!

Um parto, dizem (rs), é muito doloroso e certamente iniciar e lançar um novo projeto comercial também não é mole não! Tá bom, a dor é incomparavelmente menor, sei (rs), mas a ansiedade e o longo trabalho até o nascimento é igualmente angustiante e depois que nasce, quantos ses!!

Bem meus amigos, espero que agora entendam a minha ausência, me desculpem, o foco tem estado em fazer nascer a Caviste.Online (assim mesmo sem .com nem .br) e prepará-la para enfrentar esse mundo virtual assim como, paralelamente, ter passado o difícil ano de 2019 correndo atrás do vil metal.

Foi a convite de um amigo, Fábio Barnes que se tornou sócio desse projeto, que este projeto iniciou sua construção e seu nome veio de um vídeo que outro amigo fez comigo na Vino & Sapore, quando ele me “rotulou” (rs) como um Caviste que nada mais é do que um verdadeiro fuçador, um garimpador de pepitas nesta vasta vinosfera.

A ideia foi construir um site comercial de vinhos na internet que aliasse:

  • Atendimento personalizado dentro das óbvias limitações de uma plataforma virtual. Uma maior interação, consultoria e interatividade com os clientes aficionados pelos caldos de Baco.
  • Compartilhamento de conhecimento, informação e curiosidades de nossa vinosfera. O objetivo não é só vender, é informar, é quebrar paradigmas, é abrir a mente para novos e interessantes sabores e incentivar descobertas mesmo que apresentando alguns portos seguros.
  • Uma seleção de vinhos feita dentro dos meus critérios > Diversidade (não só o que eu gosto), vinhos menos midiáticos, vinhos diferentes (mas não só), vinhos de boa a ótima qualidade com preços terrenos (80% do portfolio abaixo dos 150 Reais), vinhos que surpreendam (por preço, por uva, por estilo, por origem) e emocionem, vinhos de produção limitada, vinhos orgânicos, etc..

Ontem, apesar do desastre das águas em São Paulo, fizemos o lançamento junto à mídia especializada no bonito espaço do Gola Solta, na Rua Loefgren, Vila Clementino, a apenas duas quadras do metrô Hospital São Paulo. Ali, falamos um pouco do projeto que agora se materializa e colocamos 20 vinhos em prova como mostra, na prática, do que estamos trazendo ao mercado. Apesar da litragem, muitos dos amigos se depararam com vinhos e castas que não conheciam, região desconhecida e tudo isso nos foi muito grato, era isso que queríamos mostrar. Esta nossa vinosfera é um mar a ser navegado sem parcimônia, ninguém sabe tudo e não existem verdades absolutas, por isso ser um mundo para as almas inquietas!

Bem, mais não falo, ainda tem “fine tuning” a fazer, coisinhas a corrigir, mas desde já conto com os amigos para visitar e divulgar, ficarei imensamente grato pela ajuda. Se puderem comprar ótimo, se puderem dar feedback inclusive sugerindo melhorias melhor ainda, se gostarem gritem ao mundo! rs Cliquem no link acima para acessar o site, sigam no Insta e no Face, agora acho que posso votar às minhas atividades por aqui de forma mais amiúde, já negligenciei demais o Falando de Vinhos, a partir da semana que vem tem mais.

Kanimambo, sempre, pela paciência, por seguir me visitando aqui. Saúde

Porto Vintage 2016 o Que Aconteceu por Lá!

Ao final dos dois anos como é de praxe, saem as garrafas de Porto Vintage para o mercado e se iniciam as avaliações. Conforme o jornal português Público, o ano de 2016 teve um Inverno ameno, com níveis elevados de precipitação, que também se sentiram na Primavera. O Verão foi muito quente e seco e apresentou alguns picos de calor em Agosto e Setembro. Estas condições já indicavam que a colheita pudesse ser extrema qualidade, como se lê no comunicado divulgado pela Quinta do Noval através de seu diretor geral Christian Seely, “a declaração de Porto Vintage 2016 se deu apesar de – ou talvez devido a – às condições climáticas incomuns e extremas do ano, o resultado final é de excelente qualidade. Os vinhos são equilibrados e frescos com excelente estrutura, fruta intensa muito pura e expressiva

Já Luís Sottomayor, enólogo da Sogrape, realça a “robustez e estrutura” dos vinhos da colheita de 2016 e garante um perfil de vintage “com níveis de complexidade, cor e  estrutura absolutamente excepcionais, com taninos presentes, perfeitos para evoluírem na garrafa durante muitos anos”.

Apesar de boa parte dos produtores terem declarado seus vintages 2016 como clássicos, não vi alusão disso por parte do IVDP que oficializa essa condição (ano clássico), porém se alguém tiver informação outra por favor comente. Eis a avaliação feita pela Wine Spectator com os Vintage 2016 e seus preços em Dólares americanos. O Churchill e o Quinta dos Malvedos me parecem uma ótima opção! Agora esperar 2020 para ver como a safra de 208 vai se sair, por aqui foi boa, duas netas!! rs Precisarei escolher duas garrafas para elas tomarem no aniversário de 30 anos, aguardando ansioso.

QUINTA DO NOVAL

Vintage Port Nacional 2016
99 points | $1,000 |

DOW
Vintage Port 2016
98 points | $150 |

GRAHAM
Vintage Port 2016
98 points | $150 |

TAYLOR FLADGATE
Vintage Port 2016
98 points | $120 |

QUINTA DO VESUVIO
Vintage Port Capela 2016
98 points | $182 |

WARRE
Vintage Port 2016
98 points | $98 |

GRAHAM
Vintage Port The Stone Terraces 2016
98 points | $230 |

QUINTA DO NOVAL
Vintage Port 2016
98 points | $125 | J.M.

CROFT
Vintage Port 2016
97 points | $100 |

FONSECA
Vintage Port 2016
97 points | $120 |

SMITH WOODHOUSE
Vintage Port 2016
97 points | $82 | .

QUINTA DO VESUVIO
Vintage Port 2016
97 points | $115 |

CHURCHILL
Vintage Port 2016
96 points | $110 |

COCKBURN
Vintage Port 2016
96 points | $110 |

SANDEMAN
Vintage Port 2016
96 points | $90 | J.M.

CHURCHILL
Vintage Port Quinta da Gricha 2016
94 points | $75 |

FERREIRA
Vintage Port 2016
94 points | $95 |

QUINTA DE RORIZ
Vintage Port 2016
94 points | $90 | J.M.

GRAHAM
Vintage Port Quinta dos Malvedos 2005
93 points | $65 |

POÇAS JUNIOR
Vintage Port 2016
93 points | $75 |

QUINTA DA ROMANEIRA
Vintage Port 2016
93 points | $75 |

Rafael Mauaccad, grato pela inspiração e informação postada em sua página do Facebook que serviu de base para este. Saúde, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Tem “Caviste” na Granja Vina!

Essa foi a chamada para um vídeo que o amigo Didu Russo fez em seu site sobre a visita que me fez na Vino & Sapore. Adorei, foi de supetão, sem nada de pré-avisos ou textos pré elaborados, chegou e começou a filmar! rs Bem informal e difícil de na hora e em questão de segundos escolher algo para mostrar pois ao longo dos anos venho recolhendo em minhas prateleiras muitas coisas interessantes, fora os portos seguros que sempre há que ter, sem descuidar de preço porém jamais deixando de olhar qualidade em suas gamas específicas, coisa que é prioridade total para mim. Até os baratinhos lá na Vino & Sapore primam pela qualidade em sua faixa de preço, há vida sim fora dos grandes vinhos de preços nas alturas, só precisa fuçar e abrir mão de eventuais preconceitos.

Há quase dez anos que escrevo regularmente minhas mal traçadas linhas tentando compartilhar experiências e conhecimento, mas há bem mais anos que isso tomo vinho e sempre trabalhei muito para garantir meu sustento, seio o quanto a conta pesa ao final do ano para os fiéis seguidores de Baco, especialmente no reino dos impostos e altos custos chamados Brasil. Foram estes mesmos objetivos que tracei para Falando de Vinhos e na filosofia por trás de cada post ao longo destes anos que, posteriormente, levei para as prateleiras da Vino & Sapore:

O intuito principal desta coluna é o de demonstrar que há “vida” fora do mundo dos; Romanée Conti, Mouton Roschild, Veja Sicilia Único, Barca Velha, Gaja Costa Russi, Ornellaia Toscana, Opus One, Penfolds Grange, Chateau Margaux e Chateau Petrus, entre outros vinhos excepcionais, mas a preços fora do alcance da grande maioria de nós pobres mortais. Encontrar, e tomar, excelentes vinhos nos níveis destes maravilhosos néctares não é tarefa difícil, mesmo que não se tenha mínima ideia do que eventualmente haja na taça! Qualquer um o pode fazer, basta que tenha a disponibilidade financeira para bancar algumas destas garrafas que podem custar 800, 1000, 2000 , 12.000 Reais e até mais.

Encontrar vinhos de qualidade a preços acessíveis em nossa terra brasilis é um processo mais complexo que requer muita leitura, muita degustação, garimpo e pesquisa. Esta é a ambição desta coluna, buscar descobrir e trazer aos leitores, essas pérolas escondidas num mar de mais de 25.000 rótulos disponíveis hoje no mercado Brasileiro, tentando desmistificar os preconceitos em torno do vinho. Existe muita coisa boa, entre muita ruim, a preços acessíveis mas que poucos tratam de divulgar, pois não dá ibope o povo gosta é de glamour.

São essas descobertas que espero poder compartilhar com os leitores e amigos do vinho. Vinhos de R$200, 300, 400 e 700 são bons? Tem obrigação de o ser, muitos são ótimos, mas quantos de nós os podemos tomar com regularidade. Como explorador, ou garimpeiro, que sou, quero achar alegria e prazer em vinhos bons de R$40 (que são poucos) nos de R$60 (que são muitos) e nos de R$80 , 100 e 150 (que já são um montão) e compartilhar isso com quem nutre os mesmos valores e interesses”

Tudo isso está lá na Vino & Sapore e fiquei imensamente feliz que o Didu tenha percebido isso ao fazer este vídeo. Acompanhem a entrevista/reportagem feita pelo Didu clicando na imagem abaixo. Valeu Didu, valeu gente! Kanimambo e sigo por lá e por aqui aguardando a visita dos amigos e amantes de bons vinhos, sáude!

Um caviste por Didu Russo

 

 

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Vinhos Ibéricos em Destaque

Wine globe 3Os vinhos portugueses e espanhóis vêm tendo destaque no mundo inteiro e no Brasil não é diferente. Sua participação no mercado brasileiro vem crescendo bastante com os vinhos apresentando uma relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer) incomparável em sua faixa de preço, especialmente nas gamas média e de entrada. Eis duas boas notícias recebidas hoje e que quis compartilhar com os amigos.

 

O Paco & Lola Albariño (importada pelos amigos da Almeria) foi escolhido como o melhor vinho branco da Galícia. Eu conheço diversos vinhos brancos da região e ser o melhor entre eles é certamente um feito a ser comemorado.

Paco e Lola o Melhor

De Portugal, ou melhor da Alemanha, vem a notícia de que a DFJ Vinhos, conceituado produtor de vinhos portugueses, levou o troféu de melhor produtor português de vinhos tranquilos na Berliner Wein Trophy. Alguns destes rótulos, destacados em azul na lista abaixo, estão disponíveis no Brasil trazidas pela Lusitano Import, exceto pelo Bigode que não sei quem traz. Eis o press release recebido e dos rótulos em destaque, conheço todos e recomendo!

A DFJ Vinhos, um dos mais inovadores e reconhecidos produtores de vinho em Portugal, recebeu no Berliner Wein Thophy 2017 o troféu “BEST PRODUCER “Still Wine” PORTUGAL”.
Para além disso recebeu ainda uma medalha de duplo ouro, cinco ouros e duas pratas com os seus vinhos, cuja listagem segue abaixo.
Este concurso alemão é um dos mais respeitados no mundo, sendo de enorme importância para as empresas produtoras que apostam na Exportação.
O Engº. José Neiva Correia, enólogo-chefe e administrador da DFJ Vinhos considera que “estes prémios são um reconhecimento do trabalho que temos feito e muito expressivos do empenho e exigência que temos na produção dos nossos vinhos”.

DFJ proweinMedalha de Duplo Ouro

Paxis DOC Douro 2013

Medalhas de Ouro

Escada Reserva 2013 – DOC Douro,
Patamar Reserva 2013 – DOC Douro
Bigode red 2015 – Vinho Regional Lisboa
Vega 2013 – DOC Douro
DFJ Touriga Nacional & Touriga Franca 2014 – Vinho Regional Lisboa.

Medalha de Prata

Paxis Pinot Noir 2013 – Vinho Regional Lisboa
Grand’Arte Alvarinho 2016 – Vinho Regional Lisboa

Bom proveito e apostem nos vinhos Ibéricos, se é que ainda não entraram nessa onda, pois valem muito a pena. Da gama de entrada, tão competitiva quanto argentinos e chilenos se não mais, aos vinhos mais caros e divinos, há para todos os gostos, estilos e bolsos. Embarque nessa viagem, garanto que vale a pena. Fui, saúde e kanimambo pela visita. Um ótimo fim de semana para todos.

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17 Vinhos Brasileiros Premiados na Decanter Wine Awards

Certamente um motivo de orgulho para nossa ainda “engatinhante” vitivinicultura de medalhas decanter wine Awardsvinhos finos tupiniquim. Afinal, a DECANTER WINE AWARDS é um evento que está entre os melhores, maiores e, principalmente, mais respeitados concursos de vinho internacional.

Este ano, algumas ótimas surpresas ao vermos alguns vinhos brasileiros pontuados. Só espero que não comecem com aquele marketing ridículo de “melhor do mundo” usando essa premiação como base, menos gente, menos! Enfim, isso não é importante, o que vale mesmo é que, como digo faz anos, aprendemos a fazer vinho (meu problema é com a estratégia comercial que adotam) e alguns rótulos são realmente muito bons e esse reconhecimento internacional em concursos sérios é primordial inclusive para o próprio mercado (consumidor) nacional. Vamos a alguns destaques brasucas entre os “apenas” (rs) 16.000 vinhos do mundo inteiro inscritos na edição 2016:

Medalha de Platina (2) – Valduga com dois rótulos > Leopoldina Chardonnay 2015 e Leopoldina Merlot 2012 (RS)

Medalha de Ouro  (1) – Guaspari Vista do Chá Syrah 2012 (SP)

Medalha de Prata (5)- Só espumantes; Aurora Brut, Valduga 130, Perini Moscatel, Salton Séries Brut Rosé e Salton Intenso Brut. (RS)

Medalha de Bronze (9)- Valduga Raizes Cabernet Franc e Raízes Gran Corte ambos 2012, Aurora Moscatel, Aurora Premium Selection Cabernet Sauvignon 2013, Aurora Procedências Chardonnay Brut, Aurora Reserva Merlot, Ponto Nero Conceptual Edition Brut Rosé de Noir, Ponto Nero Brut Rosé, Guaspari Vista de Serra Syrah 2012

Talvez este resultado sirva de incentivo a outras vinícolas investirem na participação deste renomado e respeitado concurso no ano que vem e aí, certamente, outros nomes aparecerão por aqui.

Para boa ordem, vejam a pontuação necessária para que uma medalha seja outorgada a um vinho no Decanter Wine Awards:

Platina – foi introduzida nesta edição e substitui o troféu de melhor vinho regional. Vinhos de altíssimo gabarito! Foram somente 130 vinhos os agraciados este ano.

Ouro – de 95 a 100 pontos / Prata – de 90 a 94 pontos / Bronze – de 86 a 89 pontos.

Kanimambo pela visita e, tendo a oportunidade, porquê não um vinho brasileiro na taça? A evolução na qualidade é fato, basta a gente perceber o vinho e seu preço (sim importante também) dentro de seu contexto. Saúde, tchin-tchin!

Top 50 Vinhos de 2014

Estou de volta, mas ainda não com os meus destaques do ano (estou trabalhando neles), mas sim os da respeitada revista inglesa Decanter. Dos cerca de 4800 vinhos provados, cinquenta deles tiveram um destaque especial e estão listados por ordem alfabética de país de origem. Diferentemente de outras renomadas revistas, a Decanter não promove um número 1.

Cada um dos listados possui um “Q” de destaque que o diferencia de seus pares e eu fiquei especialmente interessado no espumante inglês, pois sei que há uma série de bons rótulos despontando por lá e que o terroir, depois de tantas mudanças climáticas, começa a despertar o interesse de produtores de Champagne que lá começam a investir, mas tem mais e comento algumas coisas que me chamaram a atenção:

  • A quantidade de vinhos italianos do Veneto
  • A quantidade de vinhos de Navarra na Espanha
  • A quantidade de vinhos de Grenache / Garnacha varietais ou com esta cepa no corte
  • Feliz por ver o John Duval Entity Shiraz ( da KMM e tenho na Vino & Sapore) nessa lista, pois acho um Shiraz inebriante que arrebata corações (incluindo o meu) quando o abro.
  • Especialmente feliz por meus amigos Wilton e Martin (Dominio Cassis) e Luiz e Javier (La Calandria) por ver seu sonho ser reconhecido internacionalmente pela critica internacional. Curti aqui e tenho na Vino & Sapore.
  • Feliz por ver diversidade e um TOP 50 com muita coisa diferente; regiões, produtores e uvas!
  • Só dois espumantes, mas uma ótima seleção de brancos!
  • Há tempos falo dos ótimos Syrahs do Chile, bom saber que não estou solo nessa avaliação. Veja aqui.
  • Curti ver a Atamisque aqui, ela que já teve o Viognier de sua linha Serbal em destaque em listas de 2014.

Boekenhoutskloof, Semillon, Franschhoek 2010 África do Sul
Chamonix, Chardonnay Reserve, Franschhoek 2012 África do Sul
Kloster Eberbach, Hessische Staatsweingüter, Rüdesheimer Berg Schlossberg, Grosses Gewächs, Rheingau 2012 Alemanha
Atamisque Serbal Assemblage 2012 – Argentina
Chacra Barda Pinot Noir 2011 – Argentina
Zorzal Piantao Cabernet Franc 2011 – Argentina
Shaw & Smith, Shiraz, Adelaide Hills, South Australia 2012 – Australia
Heemskerk Chardonnay/Tasmania 2012 – Australia
Tolpuddle Chardonnay/Tasmania 2012 – Australia
Adelina Grenache/ Clare Valley 2012 – Australia
Ben Glaetzer Bishop Shiraz / Barossa 2012 – Australia
John Duval Entity Shiraz / Barossa 2012 – Australia
Leeuwin Estate Art Series Cab. Sauvignon / Margaret River 2010 – Australia
Schiefer, Eisenberg Blaufränkisch, Burgenland 2009 – Austria
Casa Marin, Syrah, Miramar Vineyard, Lo Abarca, San Antonio 2010 – Chile
Casas del Bosque, Gran Reserva Syrah, Casablanca 2011 – Chile
Gramona, Brut Nature Gran Reserva, Cava 2008 – Espanha
Contino Blanco / Rioja 2010 – Espanha
Bastión de la Luna, Tintos de Mar / Rias Baixas 2011 – Espanha
Bodegas Artazu, Artadi Garnacha, Santa Cruz de Artazu / Navarra 2009 – Espanha
Domaines Lupier, La Dama Garnacha / Navarra 2009 – Espanha
Dominio do Bibei, Lalama / Ribeira Sacra 2010 – Espanha
La Calandria, Pura Garnacha, Cientruenos, Navarra 2011 – Espanha
La Rioja Alta, 890, Rioja Gran Reserva 1998 – Espanha
Bodegas Hidalgo, Napoleon, Manzanilla Amontillado / Jerez – Espanha
Château Gruaud-Larose, Bordeaux / St-Julien 2010 – França
Château Haut- Batailley, Bordeaux / Pauillac 2010 – França
Château Prieuré- Lichine, Bordeaux / Margaux 2010 – França
Château de Rayne-Vigneau, Bordeaux / Sauternes 2009 – França
Domaine Jean Teiller, Loire / Menetou- Salon 2012 – França
Le Grand Cros, L’Esprit de Provence, Côtes de Provence 2013 – França
Bosquet des Papes, Chante le Merle Vieilles Vignes, Rhône / Châteauneuf-du-Pape 2012 – França
Domaine Les Grands Bois, Cuvée Maximilien, Cairanne / Rhône 2012 – França
Paltrinieri, Solco, Lambrusco dell’Emilia, Emilia- Romagna 2012 – Itália
Villa Medoro, Rosso del Duca, Montepulciano d’Abruzzo 2010 – Itália
Pietracupa, Greco di Tufo / Campania 2012 – Itália
Il Molino di Grace, Il Margone, Chianti Classico Gran Selezione / Toscana 2010 – Itália
Melini, Vigneti La Selvanella, Chianti Classico Riserva / Toscana2010 – Itália
Pian dell’Orino, Brunello di Montalcino / Toscana 2008 – Itália
Cà dei Frati, Brolettino, Lugana / Veneto 2011 – Itália
Cà Lojera, Lugana / Veneto 2012 – Itália
Selva Capuzza, Selva, Lugana / Veneto 2012 – Itália
Viviani, Amarone della Valpolicella Classico / Veneto 2008 – Itália
Greywacke, Pinot Noir / Marlborough 2012 Nova Zelândia
Kusuda, Riesling / Martinborough 2013 – Nova Zelândia
Ata Rangi, Pinot Noir / Martinborough 2011 – Nova Zelândia
Felton Road, Calvert, Pinot Noir, Bannockburn / Central Otago 2012 – Nova Zelândia
Fromm, Clayvin Vineyard, Pinot Noir / Marlborough 2011 – Nova Zelândia
Filipa Pato, Nossa Calcário Branco / Bairrada 2011 – Portugal
Sugrue Pierre, South Downs, England 2010 (espumante) – Reino Unido

Amigos, uma lista com muita coisa nova a experimentar, boa viagem por esses caldos e que Baco lhes seja especialmente generoso neste ano de 2015! Leia sobre cada um desses vinhos no site da Decanter Magazine Cheers, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui, nas viagens com a Wine & Food Travel Experience ou em qualquer outro caminho de nossa vinosfera.

Noticias de Nossa Vinosfera

Wine-globe 2Eis algumas noticias e curiosidades sobre este mundo regido por Baco.

A Carmenére faz 20 anos – Dada como extinta após a praga da filoxera, que dizimou vinhedos da Europa no século XIX, a variedade francesa foi identificada em terras da Viña Carmen, um dos reputados produtores chilenos. Originária de Bordeaux, a variedade foi redescoberta em meio a plantações de uva Merlot nas propriedades da Viña Carmen, a mais antiga e tradicional do Chile, fundada em 1850.

O feito coube ao ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot que, fazendo uso da engenharia genética – uma novidade no campo da vitivinicultura na época –, decidiu investigar a fundo as uvas que teimavam em amadurecer tardiamente nos vinhedos chilenos de Merlot. Muito provavelmente, as mudas de Carménère chegaram ao país pelas mãos de produtores imigrantes misturadas a outras variedades francesas.

Em 1994, a Viña Carmen lançou o Carmen Grand Vidure-Cabernet Reserve, o primeiro vinho chileno produzido com a Carménère, ou “Grand Vidure”, como também é conhecida. Em comemoração aos 20 anos da redescoberta da uva, neste ano, a propriedade lançou o vinho comemorativo IIII Lustros (cada lustro representa um período de cinco anos), que não é comercializado por aqui e acho que só lá na bodega para conseguir provar essa preciosidade. Fiquei curioso!!

french Wine mapFrança volta a Assumir a Dianteira na Produção Mundial de Vinhos – Relatório deste ano da Organização Internacional do Vinho aponta a França como a maior produtora de vinhos do mundo e mostra outros dados da produção mundial.

Os relatórios das colheitas deste ano da Organização Internacional do Vinho (OIV) mostram a França em primeiro lugar entre os maiores países produtores de vinho do mundo. A França derrotou a Itália, que no ano passado ocupava o posto de maior produtora, mas em 2014 teve os rendimentos muito abaixo das expectativas em virtude das fortes chuvas que atingiram o país no mês de Julho. Segundo dados da OIV, são esperados 271 milhões de hectolitros para a produção mundial de vinhos deste ano, o que representa uma queda de 6% em relação ao ano de 2013.

Apesar de apresentar alguns problemas com o clima este ano, a França mostrou um aumento de 10% na produção em comparação ao ano passado. Houve também melhora significativa de 16% na Alemanha, com volumes atingindo a marca dos 9,7 milhões de hectolitros. Entretanto, na Espanha não houve variação nos níveis de produção, permanecendo na média do país de 37 milhões de hectolitros.

Fora da Europa, os Estados Unidos marcaram seu terceiro ano consecutivo de aumento na produção, com 22,5 m de hl. O Chile caiu 22%, a Argentina se manteve estável na marca dos 15,2m de hl, enquanto a África do Sul apresentou melhora de 4%, atingindo 11,4m de hl. Na Nova Zelândia, as metas foram superadas em quase 30% em relação ao anterior, e na Austrália houve tímida melhora, alcançando a marca dos 12,6 m de hl. (Fonte – REVISTA ADEGA – 24/10/2014).

Beaujolais Noveau está por “arrivar” – Todo ano, a terceira quinta-feira do mês de Novembro é aguardada pelos entusiastas do vinho. Na mesma data, no mundo inteiro, milhares de pessoas comemoram a chegada de uma nova safra, abrindo uma garrafa do Beaujolais Nouveau, o primeiro vinificado após a colheita. A tradição, que teve início em Lyon, na França, no século passado, hoje acontece em mais de 190 países, envolvendo uma megaoperação de logística.

Na Mistral, a estrela que estará presente em selecionados do país é o Beaujolais Nouveau de Joseph Drouhin, eleito o melhor Beaujolais nas degustações organizadas pela imprensa especializada no Brasil. Mesmo sendo um vinho jovem, nas mãos de um produtor perfeccionista, como Drouhin, o Beaujolais Nouveau pode ser um tinto muito agradável e frutado, saboroso e macio e com um sedutor aroma de frutas vermelhas, como cereja e framboesa. É um vinho feito para ser tomado levemente refrescado, combinando muito bem com os dias mais quentes e perfeito para acompanhar aperitivos, como frios e salsichão.

Neste ano, os dias ensolarados na região de Beaujolais permitiram um ótimo amadurecimento das uvas Gamay e, com rendimentos menores, a safra 2014 teve bagos de ótima qualidade e cascas espessas. Os Beaujolais Nouveau de Joseph Drouhin estão especialmente repletos de notas de frutas do bosque, com um caráter fresco e elegante. O Villages, elaborado com uma seleção ainda mais rigorosa, mostra mais camadas e concentração de fruta madura. Quer reservar o seu ou quer saber em que restaurantes o vinho estará disponível, então entre em contato com a Mistral.

Champagne-Bubbles - Ministry of AlcoholESPUMANTES ESTÃO EM ALTA – Espumantes estão desfrutando de uma fase inigualável de sucesso no mercado, sendo o Prosecco o de mais destaque nas vendas. Não é nenhum segredo que o comércio de espumantes no Reino Unido está aumentando a cada dia. Cerca de 110 milhões de garrafas foram consumidas no país só no ano passado e as vendas subiram 20% no segundo trimestre de 2014. Embora esse crescimento mostre pequenos sinais de queda, o mercado dos não-Champagne continua sendo dominado pelo Prosecco, levantando a questão sobre se há ou não mais espaço para as outras marcas se expandirem dentro do segmento.

Na última década, a categoria dos espumantes evoluiu muito, com o volume de vendas global do Prosecco ultrapassando o do Champagne pela primeira vez. Uma análise mais detalhada revela uma estrutura de mercado não muito equilibrada. De acordo com Nielsen, analista sênior da Natasha Kendall, os espumantes italianos vêm apertando a competição entre as marcas.
A italiana Prosecco e a espanhola Cava controlam atualmente 70% do mercado varejista entre elas. No panorama geral, as vendas de espumantes no Reino Unido movimentaram 500 milhões de libras nos últimos anos, enquanto as vendas de vinho enfrentam declínio gradual desde 2009. (Fonte – REVISTA ADEGA – 10/10/2014).

Salute e kanimambo.

Quantas horas você precisa trabalhar para comprar uma garrafa de vinho?

Wine globe cópiaUma pesquisa da revista online francesa La Feuille de Vigne revelou o tempo que uma pessoa precisa trabalhar para ganhar dinheiro suficiente para adquirir uma garrafa de vinho. Segundo os dados, a média mundial gira em torno de 7 horas e 15 minutos de “labuta”. O Brasil aparece no meio da tabela, com o consumidor tendo que gastar cerca de 2 horas de trabalho para poder levar um vinho para a casa. O estudo utilizou dados estatísticos do Numbeo, banco de dados da Organização Internacional do Trabalho, órgão que mede o custo de vida no mundo. De acordo com a revista, o tempo estimado para a aquisição do vinho em cada país foi elaborado a partir do preço médio do produto vendido em lojas de varejo do salário médio por hora de cada nação citada.

Os 19 países onde o vinho é mais acessível para os cidadãos se encontram na Europa. Em Luxemburgo, líder do ranking, por exemplo, uma pessoa precisa trabalhar apenas 14 minutos para conseguir uma garrafa da bebida, um minuto a menos do que o necessário para os austríacos. Dinamarqueses, suíços e franceses também precisam de menos de 20 minutos de trabalho para garantir seu vinho. Agora, fora da Europa, destaca-se a Austrália, onde seus habitantes precisam também trabalhar em média 20 minutos para efetuar a compra do produto. Nos Estados Unidos, por outro lado, o cidadão precisa trabalhar 44 minutos para garantir uma garrafa, aparecendo na 27a posição do ranking.

A pesquisa também constatou, sem surpresa, que no caso dos países produtores de vinho, as pessoas conseguem encontrar o produto a preços mais baixos, pois no valor da bebida não há a adição do custo de transporte nem do custo da importação, o que a torna mais acessível à população. Ainda assim, em países como a Argentina, por exemplo, um consumidor precisa empenhar quase 3 horas de seu trabalho para adquirir um vinho. (Há tempos que digo que os vinhos argentinos, lá mesmo, estão ficando caros!)

Nos últimos postos da lista estão Irã, Indonésia e Bangladesh. No Irã, onde a religião proíbe o consumo de bebidas alcoólicas, é preciso trabalhar por quase 60 horas para conseguir uma garrafa de vinho. (Fonte – Revista ADEGA – 11/03/2014).

Abra o Olho, Os Chineses Estão Chegando!

Chinese dragonSim, no vinho também! Com o crescimento do mercado, o nascimento de uma classe média (real) ávida por novidades e símbolos de status, sem contar a quantidade de milionários (!), também o consumo de vinho e produção local cresceram a ritmo alucinante. Os leilões de grandes vinhos, especialmente os de Bordeaux que são algo como uma obsessão dos milionários chineses, em Hong Kong não param de bater recordes e o mercado virou a meca para os produtores mundiais.

Sabia que os chineses são os maiores importadores de vinhos de Bordeaux?

As importações chinesas já totalizam 27% das exportações dessa importante região produtora francesa fazendo jus aqueles que afirmam que o caos só não aconteceu na região em função desse novo player no mercado exatamente em época de crise econômica mundial.

Sabia que os chineses já são os investidores predominantes em Bordeaux?

De acordo com a Wine Spectator, ao final de 2013 se estimava que investidores chineses  seriam donos de algo em torno de 60 Chateaus e a previsão é de que em 2014, para desespero de muitos na região, haverá um crescimento bastante acentuado nesses investimentos. O filme Red Obsession mostra bem esse novo cenário de nossa vinosfera. Veja o trailer e não se assuste com os primeiros 20 segundos em alemão! rs

Porém Bordeaux não é o único alvo, vejam Napa!

Sabia que a China já é o quinto maior produtor de vinhos?

Afora os investimentos locais, gente do porte de Antinori e Gaja, ícones produtores italianos, também estão por lá. Um dia, num bate papo com o conceituado enólogo Luís Pato ele me disse que; “o futuro do vinho chinês é garantido devido à existência de uma diversidade de terroirs muito grandes, disponibilidade financeira, grande mercado consumidor local e muito chineses. Tanto que dá para colocar um cuidando de cada parreira! “ rs. Pois eles já são o quinto depois de passar a Argentina, então não vai tardar e veremos algumas garrafas deles por aqui nas prateleiras dos supermercados. Os principais (volume) produtores hoje são; Great Wall, ChangYu e Dynasty, só uma questão de tempo!

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De acordo com matéria publicada no China Daily em 06/12/2013, a previsão de diversos centros de estudo franceses e norte americanos indicam de que a China deverá, a continuar o ritmo de crescimento e investimento, se tornar o maior produtor mundial daqui a cinco ou ste anos.

Você sabia que a China já bateu a França como o maior consumidor de  vinho tinto no mundo?

Em 2013, chineses consumiram 156 milhões de caixas de vinho tinto, que é o preferido dos chineses. Segundo informações da Vinexpo, evento global do mercado do vinho e bebidas que ocorre a cada ano ímpar, atualmente a China tem desbancado a França no cenário mundial de vinho tinto e se tornando um mercado tão grande e importante quanto o francês. Em 2013, os chineses chegaram a consumir cerca de 156 milhões de caixas de vinho tinto, o equivalente a 1,86 milhões de garrafas, número que fez do país responsável por 136% do aumento do mercado de vinho global. Em comparação, a França chegou a absorver 150 milhões de caixas, seguida da Itália (141 milhões), Estados Unidos (134 milhões) e Alemanha (112 milhões).

         Estes números mostram a sede cada vez maior da China pelo vinho tinto, justificada pelos seus benefícios à saúde e pela importância simbólica que a cor vermelha exerce no país. “Houve uma mudança real nas atitudes chinesas. As vinhas receberam plantação em larga escala e as redes de distribuição tem se esforçado para atender à demanda”, afirmou o CEO da Vinexpo, Guillaume Deglise. Entre 2007 e 2013, o consumo de vinho tinto aumentou quase três vezes mais na China, sendo que na França houve uma queda de 18% e 5,8% na Itália. No entanto, quando se trata de todos os tipos de vinho, o mercado chinês é o quinto maior consumidor, bem atrás dos Estados Unidos, França e Itália.

         De acordo com a Vinexpo, a crescente popularidade do vinho tinto na China se deve ao fato de que, na cultura chinesa, a cor vermelha é associada à riqueza, poder e boa sorte. “Vinho tinto é, portanto, uma escolha óbvia para a hospitalidade empresarial, onde os parceiros podem beber à saúde de cada um. Além disso, a bandeira do país é de cor vermelha com estrelas douradas, representando a revolução”, afirma Deglise. (Fonte – Revista ADEGA – 18/02/2014)

Sabia que China já é o 5º maior consumidor mundial.

a-bottle-of-imported-wine-in-a-shanghai-wine-bar-costs-152-on-averageEntre brancos (consumo é pequeno) e tintos, a China já é o quinto maior consumidor mundial depois de França / EUA / Itália e Alemanha. Recentemente me contaram que o que fez o preço do Catena Zapata Estiba Reservada (uma maravilha por sinal!) saltar de cerca de R$250 para 950 em pouco menos de um ano, foi exatamente a alta demanda de lá em função de um Leilão em Hong-Kong. Alta demanda e quantidade limitada deu nisso! Agora, até 2011 o consumo per capita ainda era inferior ao nosso, algo próximo de 1,10 litros pelo que pude pesquisar. Já pensou se dobrar, vai faltar vinho!!!!

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.