Vinho & Saúde

Medicina Contra o Vinho?

healthandwineEste espaço é democrático e se há controvérsias estas precisam ser mostradas. Pois bem, ultimamente tenho lido algumas matérias em que os benefícios de doses moderadas de vinho tomadas diariamente não são assim tão saudáveis como se dizia. Isto, inclusive, vem provocando grande irritação junto aos produtores franceses. Eis as noticias.

 1 – De acordo com estudo elaborado por pesquisadores na Oxford University que pesquisou um milhão de mulheres de 50 anos de idade e acima, mostrou que aquelas que tomam uma taça de vinho diária (125ml) apresentaram 6% mais chance de contrair câncer. Aquelas que consumirem duas taças diárias, dobram o porcentual de risco de acordo com a pesquisa.

 2Dominique Maraninchi, presidente da INCA (Intituto Nacional do Câncer na França), alega que “doses diárias e constantes de álcool, são danosas à saúde independentemente da quantidade” podendo aumentar o risco de câncer de boca e garganta em até 168% o que levou o ministério da saúde na França, a determinar em suas cartilhas, que o consumo de álcool, especialmente vinho, é desaconselhável. Óbvio que isso está dando o que falar na França, mas Roger Corder, professor de terapias experimentais do William Harvey Research Institute em Londres, especialista no assunto, ficou imensamente surpreso já que essas alegações não foram baseadas em pesquisas francesas e sim mundiais, afora cobrirem consumo de álcool de forma generalizada.  

Xavier de Volontat, presidente da associação de produtores do sul da região do Languedoc coloca a seguinte interessante questão; “Se isso é verdadeiro, como explicar que o consumo de vinho na França caiu 50% nos últimos vinte anos, e no mesmo período houve um aumento drástico de ocorrência de câncer no país?”. Mais ainda, não é que esse tal de Maraninchi também meteu bronca nos embutidos, charcutaria e queijos! O cara está querendo acabar com a cultura enogastronômica francesa?!! Com esse sobrenome tou achando que é “intriga” da oposição!

               Enquanto isso, do outro lado do mundo, na Austrália, mais precisamente na West Australia University em Perth, pesquisa efetuada mostra que existe correlação entre consumo moderado diário de álcool e redução de disfunções eréteis nos homens. Apesar de sabido que o consumo de álcool é tradicionalmente associado à baixa performance na cama, quando analisados 1700 homens na região, se verificou que quem consumia de uma a vinte taças por semana (não de uma vez!), apresentava 20 a 30% de redução no risco de disfunções eréteis, já se considerando outros aspectos como idade, fumo e doenças cardíacas. O Dr. Kew-Kim Chew, epidemiologista da universidade, pede, no entanto, por estudos mais conclusivos e lembra que seria socialmente irresponsável recomendar o consumo de álcool para esse fim. 

Por via das duvidas e baseado em todas as pesquisas já efetuadas até aqui, eu estou mesmo é com os produtores franceses e seguirei no meu regular e gostoso hábito de tomar minhas duas ou três taças diárias com visitas, também regulares, ao meu médico. Agora, verdade seja dita, depois de um ano de absoluto e danoso sedentarismo com consumo regular diário, meus recentes exames laboratoriais se mostraram excelentes. Vai explicar!!

wine-smile-despagne1Salute a Kanimambo.

Vinho e a Saúde das Mulheres

women-wineO Vinho e a Mulher têm tudo a ver um com o outro e, talvez até por isso, enlouqueçam de paixão os homens. Será a finesse, a elegância, a complexidade, o mistério, o tempo exigido para que a conhecemos a pleno, o prazer da descoberta ou o mero olhar sedutor que parecendo submissa nos enfeitiça por inteiro? A meu ver, um conjunto de tudo isso aliado a uma extrema sensibilidade. Este post, com algumas desculpas adicionais para que elas sigam se deliciando com os doces néctares das taças, é uma homenagem ao dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher, esse incrível ser que, cada vez mais, assume um papel de destaque na sociedade e em nossa vinosfera. Um salute e um kanimambo muito especial neste dia lembrando que o desenvolvimento de diversas pesquisas médicas tem mostrado que o consumo moderado de vinho pelas mulheres, afora os já conhecidos benefícios ao coração, trás alguns outros bem específicos á condição feminina. Vejamos algumas matérias colhidas na rede:

 

Mulheres Que Bebem Vinho Regular e Moderadamente, Junto às Refeições Têm 50% Menos Chance De Desenvolverem Câncer De Ovário. O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade dela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama. Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002.

 Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos dois anos), no entanto, mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer. As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolverem câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco.

A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias. E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menos Derrame Cerebral e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença.

Fonte: Dr. Jairo Monson de Souza Filho no site Vinhos Net

 

Vinho Ajuda a Reduzir Risco de Demência nas Mulheres. Esse é o titulo de uma matéria que aparece na Revista de Vinhos portuguesa tendo como base um artigo da Wine Spectator e já publicado aqui mesmo em Falando de Vinhos. Na verdade, falamos aqui de halzeimer e este é um assunto sério apesar da chamada meio desajeitada deste artigo. Este é o resultado de cerca de 34 anos de estudo de uma equipe da Academia de Sahlgreska da Universidade de Gohtemburg na Suécia. Neste estudo em que 1458 suecas entre 38 e 60 anos foram acompanhadas se verificou que as mulheres que bebiam vinho todas as semanas tinham 70% menos possibilidade de contrair a doença, sendo que esta taxa caía para 40% nas mulheres que também tomavam destilados e cerveja. Já as mulheres que somente tomavam cerveja e destilados a probabilidade de contrair a doença crescia em 20%. Também se concluiu que as mulheres suecas estão tomando mais vinho e, que estas, têm a tendência a viver por mais anos. O artigo termina com uma pérola; “Apesar destes dados, os cientistas acham que é ainda muito cedo para se recomendar o consumo de vinho às mulheres”.

 

A Ingestão moderada de álcool leva a um ganho de massa óssea. Beber regularmente de 1 a 3 taças por dia de vinho tinto durante as refeições leva a um aumento da massa óssea, sobretudo em mulheres na menopausa. Este fato tem levantado muitas dúvidas uma vez que a Medicina nos ensina que bebidas alcoólicas são um fator de risco para a osteoporose. Mas esse efeito deletério das bebidas alcoólicas sobre o osso só ocorre para quem tem uma ingesta diária superior a 29 g de álcool – o equivalente a 3 taças de vinho.

A ingestão moderada de álcool, ou seja 11 a 29 g – o equivalente a 1 a 3 taças de vinho – leva a um ganho de massa óssea. Eis a chave para a compreensão desse paradoxo. Foi publicado em 2000 um Estudo de Epidemiologia da Osteoporose (EPIDOS) feito na França com um número muito grande (7598) de mulheres idosas (todas com mais de 74 anos de idade) que deixou isso muito claro.

Esse mesmo estudo evidenciou que as mulheres “menopausadas que tomam de 1 a 3 taças de vinho por dia têm ganho significativo de massa óssea, independente de outros fatores.Dr. Jairo Monson de Souza Filho para a Confraria do Vinho –BG (Bento Gonçalves)

 

Domingo tem mais.

 

Essa imagem divina no inicio do post só podia ser arte advinda da sensibilidade e delicadeza de uma mulher. Vejam e conheçam a artista Jamie Adams no site – http://www.jamieadamsartist.com/gallery/index.htm

Uma Taça ao Dia?

uma-tacaPara aqueles que abusaram neste carnaval, cairam na gandaia e trocaram a taça pela latinha e/ou destilados, é importante revermos os aspectos medicinais do doce néctar e também dar um descanso ao fígado com algo mais light, vinho. Como já disse anteriormente, há gente que recomenda uma taça por dia e outros vão até quatro, ou seja, a variável do que seja o ideal para colher todas as benesses que o vinho aporta à saúde é muito ampla. Eu sou um adepto das três taças diárias, mas depois deste carnaval acho que poderíamos dar um break e ficar com uma taçinha diária, eheheh, só por um tempinho, não?

Brincadeiras á parte, vejam esta interessante tabela que tem como fonte o manual de nutrição e saúde da Petrobrás obtida através do site http://www.habitossaudaveis.com

tabela-de-nutricao

60% dos Polifenóis vêm da semente da uva, 33% da casca, o resto da polpa, pedicelo e madeira. É por isso que, como regra, os vinhos tintos têm mais virtudes para a saúde que os vinhos brancos. Dentro esses polifenóis, o RESVERATROL presente no vinho tinto, ajuda a aumentar o colesterol bom evitando o acúmulo de gordura nas artérias, prevenindo doenças do coração. Quantidade recomendada, por eles, dois copos de suco de uva ou uma taça de vinho tinto por dia. Esse negócio de suco de uva sem álcool não sei se está muito bem comprovado não então, por via das duvidas, eu opto pelo conjunto e fico no vinho mesmo!

Salute e kanimambo.

Ps. Imagem da taça obtida de http://triviaveg.blogspot.com

Paradoxo Francês.

Apesar de ser, aparentemente, noticia mais que batida, muitos ainda me perguntam o que é isso e como foi levantado. Publicado no British Medical Journal em 1991, o estudo desenvolvido pelos Drs. Serge Renaud e Lorgeril, da Universidade de Bordeaux, com um universo de 34.000 homens, constatou que mesmo com uma dieta repleta de gorduras, o povo francês sofria de menos problemas coronários e se mostravam comparativamente menos gordos do que seus vizinhos e, especialmente, os americanos. A conclusão do estudo atribuía o fenômeno ao fato dos franceses terem o hábito de tomar vinho diariamente com suas refeições.

Que o vinho faz bem à saúde, nenhuma grande surpresa, o porquê é que não se sabia e virou fonte de pesquisa. Desde 400 A.C. que as qualidades terapêuticas do vinho são conhecidas e exploradas a começar por Hipócrates, passando por Louis Pasteur, até aos dias de hoje. Na verdade, já em 1819 um médico irlandês, Dr. Samuel Black, tinha observado fenômeno semelhante. Em 1979 a revista The Lancet, publicou o “Estudo dos 18 países”, elaborado pelo Dr Selwyn St Leger e alguns colaboradores. A grande diferença é que o estudo de Renaud e Lorgeril teve uma abrangência maior e, mais importante que isso, veio num momento propicio o da massificação da comunicação e da televisão. Foi pelas mãos do programa “60 minutes” da rede CBS em 17 de Novembro de 1991, que o agora denominado “Paradoxo Francês” correu mundo e fez a festa dos produtores que viram suas vendas de vinho tinto crescerem em quase 45%. Quem quiser assistir o original desse programa, clique aqui.

 

paradoxo

 

Existem indícios de que o numero de patologias cardíacas levantadas à época na França, estavam muito abaixo do real e que outros fatores, afora o consumo regular de vinho, tem grande participação tanto no índice de infartos como no de obesidade. Com relação ao americanos, com quem foi feita a comparação, os franceses comem menos, comem menos vezes, comem gorduras vegetais no lugar de animal, comem mais peixe, etc.. É, no entanto, aceitável pela comunidade cientifica mundial, que o vinho possui sim, propriedades benéficas à saúde desde que seja consumido moderadamente. Em 1995, cientistas dinamarqueses da Copenhaguen Heart Study, destacaram os efeitos do vinho em relação a outras bebidas alcoólicas através de pesquisa realizada com 13 mil pessoas durante 12 anos. A pesquisa traz evidências de que as taxas de mortalidade diminuem mais entre pessoas que bebem vinho do que naquelas que tomam cerveja ou destilados.

No site da Uvibra tem uma página sobre este assunto de onde destaquei o que segue; “Entre os mais de 200 componentes do vinho, existem substâncias químicas conhecidas como flavenóides, encontrados em vegetais como a cebola e a maçã, comprovadamente com propriedades antioxidantes, ou seja, que protegem as células do organismo da ação dos radicais livres, causadores de doenças do envelhecimento. Nas uvas, esses Flavenóides podem ser encontrados nos pigmentos que dão cor à casca. Os Flavenóides, como Luteonina e Quercitina, presentes no vinho tinto, tem poder antioxidante até maior que a Vitamina E, e por isso, protegem o coração dos efeitos das gorduras”.” Por outro lado, o Resveratrol presente no vinho tinto e conhecido por suas propriedades antiinflamatórias e anticancerígenas, controla as atividades de uma proteína, que é capaz de ativar ou desativar certos genes no interior de um núcleo celular, frisa uma das principais autoras do estudo, a doutora Minnie Holmes-McNary, da Universidade de Carolina do Norte em Chapel Hill”.

Os estudos seguem em diversas partes do mundo e já se fala em remédios á base de flavenóides dentro de um curto espaço de tempo. As benesses são enormes e, como iremos ver ao longo de outros posts que estarei divulgando com o tempo, vão desde a diminuição de risco de adquirir Alzheimer na mulher à impotência no homem. Alguns desses pseudo estudos podem ser exagerados e só servir de estimulo para induzi-lo ao consumo? Pode até ser, mas a comunidade cientifica está aí com estudos e pesquisas sérios, não é balela nem campanha de marketing. Por outro lado, também não é garantia de isenção de possíveis problemas e nem deve ser razão para se começar a beber. Agora, não exagere, como em tudo na vida, as coisas só são boas mesmo quando usadas com inteligência e moderação. O “quanto” é o moderado é que é a grande questão e existem diversas versões vindas de tudo o que é fonte.

 A que me parece mais lógica, especifica três taças para o homem e duas para as mulheres diariamente, preferencialmente acompanhando as refeições e com bastante água. No entanto, a UVIBRA publica este quadro em seu site, que recomendo visitar para mais informações sobre o tema. Estes são alguns dos beneficios extras, porque tomo vinho mesmo é porque gosto, me dá prazer e me desperta curiosidade para um mundo complexo e repleto de diversidade, cultura e história. Salute

 

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Vinho & Saúde II

healthandwineNão é de agora que o tema de Vinho & Saúde está na moda. Este assunto é constante pauta de estudos e matérias das mais diversas, não é moda e sim importante assunto de interesse geral e estudo acadêmico. Seja por conhecimento ou apenas para ter desculpa para tomar umas taças do doce néctar, este tema é sempre atual, mas só para mostrar que não é de hoje que se fala disto, eis uma matéria garimpada da Internet e escrita por André Freire de Carvalho – Médico e enófilo – no Jornal Tribuna da Bahia em 7 de Janeiro de 2005 e muito atual.

“Todo ano começa com resoluções e esperanças. As pessoas definem objetivos e almejam situações que tornem suas vidas mais produtivas e prazerosas. Neste contexto, nada melhor que começar o ano falando sobre vinho e saúde. Muito se fala sobre os benefícios do consumo moderado do álcool e especialmente do vinho tinto sobre o bem-estar do ser humano. Existem vários estudos realizados por conceituadas instituições médicas, material suficiente para que tracemos um perfil do efeito do vinho sobre a saúde. Ao decidir falar sobre o tema, o fiz pensando em um querido casal de amigos que, apesar de sempre terem sido abstêmios, já admitem em nome da saúde beber uma taça diária de vinho, mudando assim seus hábitos de vida. Ressalto que nossa intenção não é fazer apologia ao consumo abusivo do álcool, substância que ainda que socialmente aceita, pode ser extremamente danosa ao corpo humano. Recomendamos a ingestão diária e moderada de álcool, preferencialmente na forma de vinho tinto, o que equivale a uma ou duas taças. É importante deixar claro que apesar das diferenças quanto a sexo, tipo físico, condições de saúde e tolerância, além de outras variáveis, a dose diária de uma taça a duas que contém aproximadamente 15 a 30 gramas de álcool traz benefícios sem riscos à saúde. Nociva, contudo, é a ingestão de álcool em curtos períodos de tempo. Ou seja, você deve beber uma taça de vinho a cada dia da semana, mas não deve beber sete taças de vinho em um dia.

Outro dado importante é que consumir álcool com alimento é mais saudável que apenas beber, pois o alimento ajuda a metabolizar o álcool, diminuindo pela metade seu nível no sangue, e o álcool promove a metabolização mais eficiente das gorduras dos alimentos. O uso moderado de álcool sob a forma de bebida fermentada ou destilada não traz os efeitos positivos apresentados pelo vinho, especialmente o tinto, pois este além do álcool apresenta mais de trezentas substâncias químicas em sua composição, entre elas os polifenóis, sendo, portanto a bebida alcoólica preferencial quando se busca benefícios a saúde. O Vinho promove:

  • No coração, diminuição em até 50% o risco de doenças coronarianas como infarto, insuficiência cardíaca congestiva e doença vascular periférica. Tais efeitos ocorrem por aumento do bom colesterol, o HDL, alterações dos mecanismos de coagulação, diminuindo o risco de formação de trombos, e aumento da dissolução de trombos que circulam na corrente sanguínea.
  • Diminuição de 45% no risco de desenvolver diabetes.
  • Melhoria na capacidade da memória e de funções cognitivas, o que sugere que o vinho ofereça mecanismos de proteção à demência e doença de Alzheimer.
  • Aumento de 5% na longevidade
  • Nos olhos, prevenção da degeneração macular.
  • Na pele diminuição do risco de câncer e da formação de quelóides
  • Diminuição do risco de doença pulmonar crônica, possivelmente devido à presença de Revesratrol, substância presente apenas nos vinhos tintos.
  • Diminuição do risco de aterosclerose
  • No estômago, diminuição da flora bacteriana, proporcionando uma diminuição do risco de úlcera gástrica.
  • No útero, diminuição do risco de câncer.

Algumas pessoas têm alergia a sulfito, substância utilizada principalmente no vinho branco e, portanto devem evitá-lo. São geralmente pessoas asmáticas ou em uso de esteróides e podem desenvolver dor abdominal ou problemas respiratórios. É recomendável àqueles que sentem dores de cabeça que ao beber, além de associar comida à bebida, utilizem um analgésico 30 minutos antes de beber. Apesar de uma taça de vinho conter em torno de 150 calorias acredita-se que devido à ação de seus componentes sobre a insulina e a metabolização das gorduras, a bebida não concorre para obesidade quando utilizado às refeições. É relevante notar que nas sociedades onde o consumo de álcool não é proibido ou é associado a cerimônias religiosas, datas festivas ou uso familiar e moderado o abuso do álcool por adolescentes e a dependência do álcool em indivíduos adultos, é menos comum que nas culturas puritanas, nas quais existe a proibição do uso da substância e a sua associação a algo nocivo ou diabólico. A desmistificação é ferramenta importante para evitarmos o abuso de bebidas alcoólicas. Em resumo, vinho consumido com parcimônia pode ser um grande remédio, algo que já se sabia há centenas de anos atrás.”

Tenho um amigo que, brincando, disse; “ se uma ou duas taças diárias  fazem bem à saúde, imaginem uma garrafa!”. Sabemos que não é bem por aí, porém também sabemos que há benefícios e as novidades decorrentes de estudos são constantes. Estou coletando diversos artigos sobre este tema e, como já prometido, em breve volto com mais informações sobre Vinho & Saúde.

Salute e kanimambo

Vinho & Saúde

 

healthandwine1Para inicio de conversa, este post e nova categoria em Falando de Vinhos, não tem como objetivo incitar ninguém a beber. O objetivo é discutir, apresentar e mostrar matérias que demonstram que o uso equilibrado, moderado e parcimonioso do vinho no dia-a-dia, pode sim ser benéfico à saúde e ao espírito, sendo que este ultimo é por minha conta! Por outro lado, já me dizia minha saudosa mãe, no sentido figurativo, que “tudo o que é demais cheira mal”. E fede mesmo! Todo o exagero é ruim e de efeitos nefastos, seja ele qual for. O importante em tudo é o equilíbrio e é este ponto que devemos ressaltar nestas matérias, o uso equilibrado e moderado dentro dos limites e capacidades de cada individuo.

Sem querer criar uma regularidade e compromisso que me amarre aos dias da semana ou periodicidade na publicação dos posts, tentarei publicar algo sobre este tema regularmente; se não semanal, pelo menos quinzenalmente, já que existe muita matéria para trabalhar. Antes de falar sobre o “Paradoxo Francês”, talvez o primeiro trabalho feito nesta área e que motivou a curiosidade de cientistas e médicos para estudar mais a fundo os efeitos do vinho no organismo humano, vejamos o que o Dr. Luís Fernando F. Leite de Barros, amigo leitor, apreciador de vinhos, pai da Bruninha, médico do esporte (CRMSP 112979) e, agora, colaborador do blog tem a dizer sobre o assunto:

 

Vinho e Exercícios: Parceiros

 

luis-fernandoPraticar exercícios faz bem à saúde! Com certeza esta é uma afirmação que todos já ouviram e que, certamente, já não causa polêmicas ou controvérsias, tamanho o número de evidências científicas que a suportam. Os exercícios físicos praticados de forma moderada, de 30 a 60 minutos por dia, pelo menos 3 vezes por semana trazem benefícios indiscutíveis para diversos sistemas de nosso organismo, como o cardiovascular, o respiratório, o músculo-esquelético e o endócrino.

Mas, e o consumo de bebidas alcoólicas? Faz bem ou mal à saúde? E combina com exercícios?

Esta sim é uma questão extremamente polêmica… ou era, pois um recente estudo publicado em Janeiro de 2008 no European Heart Journal, publicação científica conceituada internacionalmente, traz dados suficientemente concretos para afirmarmos que o álcool, ingerido de forma regular e moderada, ou seja, até 14 doses por semana, pode diminuir em até 32 % o risco de morte por doença cardíaca isquêmica. E quando associamos a prática regular de atividades físicas os benefícios se somam e esse risco diminui ainda mais, para até 50 % quando comparamos com o grupo controle, ou seja, aqueles pobres indivíduos que não bebem nem praticam exercícios regularmente.  

E tem mais! Se analisarmos que o estudo considerou somente a ingestão de álcool, independentemente do tipo de bebida, não tenho dúvidas que ao escolhermos o vinho somaremos a esses benefícios as propriedades dos polifenóis presentes nas cascas e sementes das uvas.

É claro que ninguém deve sair por aí enchendo a cara, pois também ficou demonstrado que os bebedores de mais de 2 doses diárias aumentam as chances de morrer do coração e de outras várias causas. Mas, com moderação e bom senso, talvez estejamos próximos de afirmar que encontramos a fórmula da longevidade… e ela está aí, engarrafada, bem debaixo da rolha!

Apenas um conselho: faça uma coisa de cada vez, pois correr com um copo de vinho na mão pode causar acidentes!

 

Dr. Luís Fernando F. Leite de Barros, médico do esporte (CRMSP 112979

Vinho Ajuda Mulheres a Evitar a Demência.

Eu, por via das duvidas, estou me garantindo fazendo minha esposa tomar sua dose diariamente! As feministas de plantão já vão dizer que para evitar a demência basta não se casar, tudo bem, mas calma, não precisam jogar pedras não fui eu que inventei isso não! rsrsrs Esse é o titulo de uma matéria que aparece na Revista de Vinhos portuguesa tendo como base um artigo da Wine Spectator. Na verdade, falamos aqui de halzeimer e este é um assunto sério apesar do inicio meio desajeitado deste post. Este é o resultado de cerca de 34 anos de estudo de uma equipe da Academia de Sahlgreska da Universidade de Gohtemburg na Suécia. Neste estudo em que 1458 suecas entre 38 e 60 anos foram acompanhadas se verificou que as mulheres que bebiam vinho todas as semanas tinham 70% menos possibilidade de contrair a doença, sendo que esta taxa caía para 40% nas mulheres que também tomavam destilados e cerveja. Já as mulheres que somente tomavam cerveja e destilados a probabilidade de contrair a doença crescia em 20%. Também se concluiu que as mulheres suecas estão tomando mais vinho e, que estas, têm a tendência a viver por mais anos. O artigo termina com uma pérola; “Apesar destes dados, os cientistas acham que é ainda muito cedo para se recomendar o consumo de vinho às mulheres”.

Na última edição da Wine Spectator, a revista volta à carga só que desta vez não se limitando às mulheres. O Journal of Neuroscience, publicou um estudo de Giulio Pasinetti, professor de neurociência da Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai, que descobriu que os polifenóis encontrados nos vinhos tintos, e nas sementes das uvas, ajudou na redução do nível de deterioramento de células cerebrais em ratos de laboratório. Nesses testes, estes extratos polifenóis injetados em ratos com halzeimer, mostrou que a degeneração de células cerebrais foi praticamente eliminada. Estão agora na fase de designar estudo clinico mais completo em um grupo de humanos então, é uma questão de tempo para que possamos, através do vinho, eventualmente chegar a boas notícias no combate a esta terrível doença.

Afora todos os outros benefícios à saúde, agora mais estes fatos contundentes comprovando que o consumo regular, porém comedido, de vinho é uma dádiva de Deus que o homem sabiamente soube aproveitar. Para quem quiser se aprofundar sobre este tema de vinho & saúde, sugiro uma visita ao blog Descomplicando o Vinho que está com um post muito legal sobre o assunto. Por via das duvidas, buscando evitar o envelhecimento precoce e aumentar a longevidade com o risco de, no processo, causar demência em minha loira preferida, seguirei me medicando diariamente!

Salute e kanimambo.

Vinho – Saúde e Prazer

                 Ao proferir sua Conferência de Abertura no Primeiro Simpósio Mineiro de Viticultura e Enologia, realizado de 16 a 19 de abril de 2002, em Andradas, conferência intitulada “Vinho e Saúde”, o médico e pesquisador Dr. Jairo Monson de Souza Filho fez uma abordagem excelente sobre as condições em que o vinho deve ser consumido, para que apresente suas virtudes terapêuticas relacionando os dados científicos que o valor dos cerca de duzentos (200) polifenóis presentes no vinho podem ter para a prevenção de moléstias, preservação do equilíbrio psíquico e físico dos consumidores tidos “moderados” do produto. O Dr. Souza Filho relaciona, em sua conferência, os seguintes benefícios para os tomadores regulares e moderados de vinho:
– o vinho combate os radicais livres;
– o vinho exerce excelentes efeitos na proteção do coração e das veias (usa o exemplo do Paradoxo Francês);
– o vinho tem ação como agente inibidor do desenvolvimento de qualquer tipo de câncer;
– o vinho é protetor do organismo contra a úlcera nervosa;
– o vinho é a bebida mais favorável à digestão;
– o vinho, através de seus antioxidantes, atua como auxiliar importante na prevenção da esofagite de refluxo;
– o vinho tem ação antiséptica e bactericida, uma vez que alguns tipos de polifenóis só agem na presença de álcool;
– o vinho inibe o crescimento de vários vírus;
– o vinho inibe o desenvolvimento do HIV (vírus da AIDS) na fase inicial em até 80%;
– o vinho tem uma ação antiinflamatória;
– o vinho é reconhecido como antídoto de vários alcalóides, responsáveis pela intoxicação no homem;
– o vinho possui efeito benéfico sobre alergias;
– o vinho, através de alguns de seus polifenóis, inibe a osteoporose;
– o vinho retarda o envelhecimento, exercendo ação antioxidante, antienvelhecimento e trazendo um envelhecimento com melhor qualidade de vida;
– o vinho pode ser uma barreira para o desenvolvimento de demências;
– o vinho, através de algumas enzimas, como o colágeno e a elastina, dá consistência à pele;
– o vinho inibe a progressão da cegueira, pois seus polifenóis são potentes varredores de radicais livres que geram dificuldades à visão;
– o vinho não é muito calórico, e as catequinas do vinho (composto fenólico) diminuem a absorção de gordura pelo organismo;
– o vinho bebido regularmente com moderação ajuda a baixar a pressão arterial;
– o vinho previne ou inibe acidentes vasculares cerebrais (AVC);
– o vinho, bebido com moderação às refeições, é favorável para quem tem diabete melitus.
                O texto, escrito por Henry Paulo Dias da Faculdade da Serra gaúcha, foi publicado em Agosto de 2004 no blog http://www.icout.net, onde o encontrei enquanto pesquisava um outro tema. Não pretendo fazer uma apologia da bebida, mas se você já curte uma boa taça de vinho, eis aqui uma boa porção de desculpas para o continuar fazendo. Ah, uma observação; moderado são duas, três taças no máximo, diariamente e metade disso para nossas queridas enófilas. Não vale, também, achar que; se duas taças fazem tão bem, porquê não tomar logo a garrafa inteira! Aí é procurar encrenca e lembre-se sempre, se beber não dirija. Por todas essas razões (eheheh) e, essencialmente, pelo prazer que me dá, é que me tornei um estudioso, divulgador e apreciador desse néctar. O resto, na verdade, é bonus! Salute e kanimambo.