setembro 2009

Desvendando o Desafio de Uvas Ícones

Zahil - Loja 300  Em Setembro, o Desafio de Vinhos teve como temas as Uvas Ícones de cada país. Difícil determinar qual a uva ícone italiana ou francesa, mas optei pela Pinot Noir por ser a principal casta vinificada em varietal, e na Itália optei pela Barbera por uma questão de disponibilidade, mas poderia ter sido Sangiovese, Nebbiolo, etc.. De qualquer forma, reuni nesta prova de vinhos ás cegas, um total de onze vinhos representando onze países e uma surpresa, um rótulo para dar nó na cabeça de todos os participantes da banca de degustação. Como sempre, já tradição neste tipo de prova, interessantes surpresas no evento realizado com o apoio da Zahil, onde a degustação ocorreu, e das demais importadoras e produtores que enviaram seus representantes para mais este embate. Sem este apoio todo seria impossível realizar estes Desafios, razão pela qual inicio meus posts sobre os resultados com este agradecimento. É o mínimo que posso fazer pelo apoio e confiança depositados neste trabalho de garimpo, de mostrar através destes eventos que há vida, e muito boa vida, abaixo de R$100,00 e quem nem sempre o melhor vinho é o mais caro. Insisto na tese de que nome, origem e camisa não ganham título, mas sim performance o que, no nosso caso, significa o caldo na taça e na boca, o resto é marketing.

            Colaboraram, enviando seus Desafiantes, os já costumeiros parceiros como Decanter, Zahil, D’Olivino, Peninsula e Wine Society, os amigos da Brasart, Dominio Cassis e Portal dos Vinhos com o Emilio nos cedendo o que já se tornou uma raridade, o Valduga Storia 2005, assim como o produtor, Quinta Mendes Pereira e, “last but not least”, um novato nestas degustações, a Wine Lover´s, uma importadora nova especializada em rótulos americanos que, no apagar das luzes, nos cedeu um Zinfandel. Como já comentei, a degustação foi realizada às cegas e os vinhos foram todos decantados por cerca de 40 minutos e retornados às garrafas e adega climatizada de onde saíram para serviço devidamente envolvidas em papel alumínio e numeradas de forma aleatória.

             Para escolher o Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra, uma banca composta de 14 pessoas: Emilio Santoro (Portal dos Vinhos) / Zé Roberto Pedreira e  Fábio Gimenes (Confraria de Embu) / Simon Knittel (Kylix) / Ralph Schaffa (Restauranteur) / nosso convidado especial José Luiz Pagliari (Colunista e pesquisador) / Dr. Luis Fernando Leite de Barros (Enófilo) / Ricardo Tomasi (Sommelier/Specialitá) / Marcel Proença (Assemblage Vinhos) / Bernardo Silveira (Sommelier da Zahil) / Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos) / Francisco Stredel e Evandro Silva (Confraria 2 Panas) e eu. Dos 13, desconsideramos o Bernardo por uma questão ética, mesmo considerando-se que a prova foi às cegas, com notas em ficha de avaliação padrão ABS sendo a mais alta e a mais baixa eliminadas e o restante somado e dividido por 11 dando-nos o resultado de pontuação e ganhador, o Melhor Vinho do Desafio. Você arrisca chutar quem foi o ganhador?

Uvas Ícones 002

             O Melhor Custo x Beneficio que sempre foi eleito pelos degustadores presentes, desta feita virou uma equação matemática sendo apurado através da divisão pura e simples da nota obtida pelo preço. Para a Melhor Compra, foi mantida a regra, sendo apontada por voto direto. Quem serão os ganhadores? Isto veremos amanhã, porém já antecipo o vinho surpresa que, tivesse sido servido com rótulo aberto, certamente teria notas bem menores que as recebidas e muito provavelmente teria comentários pejorativos só por sua origem o que me leva a reforçar a necessidade de arquivar todos os eventuais preconceitos que possamos ter ao levar uma taça à boca. O vinho, que acabou surpreendendo a todos e obtido boas notas como veremos amanhã, foi nada mais nada menos que um Pomar Reserva 2006 da região de Lara na, na, na… ……. Venezuela! Veja mais sobre este vinho trazido pelo confrade Francisco, que é venezuelano e um amante do vinho, gracias viejo, amanhã.

           Mas estes desafios não servem somente para provar os vinhos do Desafio, garimpar novos rótulos e mostrar que existe vida em nossa vinosfera sem ter que gastar muito, nestes casos limitados a R$120,00 preferencialmente em torno de R$100. Serve também para provarmos novos espumantes disponíveis no mercado que são tomados na Desafio Uvas Ícones - Zahil 006recepção dos degustadores com o objetico de prepararmos as papilas gustativas para o que vem a seguir. Temos, com isso, tido o privilégio de tomar diversos espumantes de boa qualidade e muito saborosos. Desta feita, o amigo Bernardo (Zahil) nos apresentou um espumante argentino elaborado pelo método tradicional com um corte de Chardonnay e Pinot Noir, que foi muito bem comentado pelos membros da banca, o El Portillo Brut das Bodegas Salentein, importação e distribuição exclusiva desta simpática importadora que possui um excelente portfólio com preços bastante convidativos. Bastante aromático com forte presença de frutos tropicais convidando a beber, na boca apresenta bom volume, bom frescor, com uma acidez não muito comum aos espumantes argentinos, balanceado com um final algo cítrico e um sutil toque de leveduras muito sedutor. Perlage bastante abundante, fina e de boa persistência. Uma grata e agradável surpresa que merece ser conferida pelos amigos leitores e que espero faça bonito em uma degustação às cegas de espumantes que estou tentando orquestrar para o mês de Novembro.

Salute, kanimambo e amanhã veja os resultados e comentários apurados.

Pequeno Dicionário de Português x Brasileiro – Parte III

dicionario1           Bem, na verdade ia postar mais uma das quatro listas de meu pequeno dicionário somente na Terça, mas a preguiça e a necessidade de apresentar a coluna ao jornal nesta Segunda tomaram todo o meu fim de semana. Pretendia postar os resultados e comentários do Desafio de Vinhos de Uvas Ícones hoje e Quarta, mas fica para amanhã já que aproveitei esta parte III do Dicionário que já estava pronta. Aproveitem, agora já têm a maior parte do dicionário, e destrinchem as frases que listei nos posts interiores e mais esta:

“O gajo, um trinca-espinhas que usava verniz, peneirento e aldrabão, gostava de entrar em tascas e pedir sapateira, como se isso fosse casual. No fundo era um Zé dos anzóis que mal e mal trincava uns rebuçados velhos e vivia de restolhos que a vizinha mista lhe deixava na porta de seu apartamento de dois assoalhados, morada que a maioria desconhecia. Tomates lhe faltavam, mas lata não e era comum vê-lo na zona a soltar piropos ás miúdas que passavam o que, invariavelmente, o metiam em sarilhos quando algum namorado matolão por lá aparecia e aplicava-lhe uma valente tareia, deixando-o bastante magoado e com algumas nódoas negras pelo corpo. Uma vez, tentou engatar uma rapariga que andava pelo passeio com um cão que lhe acabou mordendo, fazendo com que tivesse que tomar uma pica, só por garantia, já que nem massas tinha para fazer um penso. Emfim, um sorna que mais estava para partir um choco do que para enveredar pelos caminhos da labuta diária na busca do pão de cada dia. Preferia tentar meter o barrete a um e a outro e, com isso , lá ia levando a vida aos trambulhões.”

Este pequeno dicionário poderá receber verbetes e adições por parte dos amigos tendo alguns, inclusive, já feito isso. Mande-as via comentário que eu agrego e, se tiverem mais contribuições na área de enogastronomia, tanto melhor. Por sinal, estava me esquecendo do Esparregado! Inclui na parte II e não recuse quando lhe oferecerem, é muito gostoso. Aproveitando, quero pedir uma ajuda para, de forma sintetizada, explicar a palavra, ou melhor prato, MIGAS. Alguém se arrisca? Seio que é, gosto mais ou menos, mas não consigo explicar.

Hospedeira Aeromoça
Imperial Chopp
Inversão de sentido ou de marcha Retorno
Invisuais Cegos
Ir a baixo, carro Deixar o carro morrer
Ir aos copos Ir tomar umas biritas, ir a um bar tomar uma cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica. Happy hour.
Iscas com elas Prato de tiras de bife de fígado com batatas. Bom demais!
Joaquinzinho Manjuba
Jogo de singulares ou pares Jogo de simples ou duplas
Ladrar Latir
Lambe-botas Puxa saco
Lanço Trecho
Lés-a-lés Ponta a ponta
Ligeiros Carros de passeio
Lixívia Água Sanitária
Lomba Lombada
Lume Fogo
Lume brando Fogo baixo
Maçada Chato/saco. Ex. Posso te levar em casa, não é maçada nenhuma.
Magoar Machucar
Mala de mão Bolsa de mulher
Malta Turma
Mandrião Preguiçoso
Maningue (origem africana) Muito
Maple sofá
Marcação (mesa) Reserva
Marco Caixa de correio
Massas Grana
Matabicho (origem Africana) Café da manhã
Matolão Pessoa grande
Matraquilhos (matrecos) Pimbolim
Matricula Placa de carro
Mau feitio Mau gênio
Me causa impressão Me incomoda, me é estranho.
Mesa de cabeceira Criado-mudo
Meter o Barrete Tapear. Ex. não tentes me meter o barrete que não sou parvo.
Mista Morena (mulata)
Miudo/a Garoto/a
Monhé Gíria depreciativa para denominar um Indiano
Montra Vitrine
Morada Endereço
Mudança (carro) Cambio
Mulher-a-dias Faxineira diarista
Multibanco Cartão usado para débito
Natas Creme de leite
Nódoa Mancha
Nódoa negra Roxo (hematoma)
Oferta Presente
Ovos escalfados Ovos poché
Pai Natal Papai Noel
Panasca O mesmo que paneleiro, pederasta, homossexual.
Paneleiro Gay, homossexual
Pão ralado farinha de rosca
Papa-açordas Cara lento, molenga, indolente
Papo-seco Pãozinho
Paragem Estação, ponto
Partir Quebrar
Partir um choco Tirar uma soneca (contribuição da Fátima Santoro)
Passadeira Faixa de pedestres
Passeio Calçada
Pastel Doce
Pastelaria Doceira
Pastilha elástica goma de mascar, também conhecido como xoinga.
Patuscada reunião de pessoas com comes e bebes repleta de guloseimas, festança.
Pato Trouxa, também pato
Peixeira Mulher que vende peixe
Pele Couro. Ex. casaco de pele ou carteira de pele.
Peneirento(a) Tipo vaidoso. Ex. pessoa cheia de peneiras.
Penso curativo
Penso higiênico Absorvente intimo
Penso rápido curativo tipo band-aid
Peões Pedestres
Pequeno almoço Café da manhã
Perceber Entender
Peugas Meias
Pevide Caroço
Pica (tomar uma) Injeção
Picadura Picada, mordida de inseto
Picante Ardido, usado com relação à pimenta
Pildra Xadrez, prisão
Pionés Percevejo, tachinha
Pipa Muita quantidade. Ex. esse restaurante cobra uma pipa de massas.
Piri-piri Pimenta
Piropo Galanteio
Policia judiciária Policia Civil
Ponta de um corno Coisa de pouca valia, insignificante.
Porreiro Legal, muito bom
Portagem Pedágio
Pouquexinho Pouquinho
Praça de restauração Parece mas não tem nada a ver com restauração. É alusivo a restaurante, seria uma praça de alimentação em um shopping ou área semelhante
Prego Sanduíche de contra filé, churrasquinho. Também, prego.
Prenda Presente
Prolongamento Prorrogação
Propina Gorjeta / Mensalidade
Pulha Pessoa sem dignidade, sacana
Punheta de bacalhau Um delicioso prato de bacalhau desfiado á mão.
Puto Moleque
Quanto baste (usado em receitas) A gosto
Quebrado Partido
Quinta Sitio
Rabo O próprio, bunda, ou o fim de alguma coisa. Ex. rabo da bicha (fim da fila)
Rafeiro Vira-lata
Ralhar Dar bronca
Rameiras Prostitutas
Rapariga Moça
Rasca Coisa ruim sem qualidade. Também usado como estar com dificuldades, aflito.
Rato (computador) Mouse
Rebuçado Bala doce
Refilar Reclamar, resmungar
Reforma Aposentadoria
Reguila Traquina, levado

Assim que der publico a Parte IV, que finalizará, por enquanto, este Pequeno Dicionário. Por hoje é só, amanhã retomo com o Desafio de Uvas Ícnones que produziu duas belas surpresas.

Salute e kanimambo

Salvar

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Entre alguma pesquisa e uma série de press-releases recebidos, eis um pouco do que mais novo existe no mercado e faz noticia em nossa vinosfera.

Palo Alto são inúmeras as minhas recomendações sobre este vinho, uma das últimas com a sua participação em nosso Desafio de Vinhos Assemblage do Novo Mundo, uma degustação às cegas, em que entrou como vinho surpresa e se deu muito bem. Realmente é um rótulo que surpreende, ainda por cima porque o preço é super convidativo, por volta dos R$31,00. Desta feita, a Expand confirma a chegada de dois irmãos mais novos, o Palo Alto Rosé e o Palo Alto Sauvignon Blanc que vêm se unir à família. Mais dois rótulos a conferir .

 

Fausto Brut – A PIZZATO Vinhas e Vinhos apresenta o Fausto Espumante Brut Branco, elaborado pelo processo charmat utilizando a uva Chardonnay e a base Blanc de Noir, com as castas Merlot e Cabernet Sauvignon.  Com o novo espumante, a PIZZATO amplia a linha FAUSTO, que já conta com os varietais Merlot, Cabernet Sauvignon e Rosé Merlot. “É uma opção jovem e frutada, mantendo a elegância no conjunto”, exemplifica o enólogo Flávio Pizzato.

 

Varanda Grill – A melhor Carne, o melhor ambiente, a melhor carta de vinhos. Estes pilares que nortearam o restaurante churrascaria Varanda desde sua inauguração, há 13 anos, foram mais uma vez reconhecidos pelo mercado e pelas publicações especializadas. Nos últimos dias o Varanda foi apontado pela revista Veja SP, edição especial Comer e Beber, como a Melhor Carne de São Paulo e pelo Guia 4Rodas Edição 2010 como a melhor carta de vinhos do Brasil. “São os dois dos mais importantes prêmios enogastronômicos do Brasil”, comemora Sylvio Lazzarini, sócio e criador do Varanda. “Eles são um importante reconhecimento do trabalho que todos nós realizamos na casa desde sua inauguração”. Lazzarini destaca que a equipe do Varanda – dos gestores aos garçons, passando por maîtres, cozinheiros, cumins e profissionais em geral – sempre trabalhou para que a casa se tornasse a melhor steakhouse de São Paulo. “Agora nossa missão será ainda maior, pois vamos trabalhar muito para manter este reconhecimento”, acrescenta ele.

Não freqüento assiduamente, mas nas duas vezes que estive por lá tenho que tirar o chapéu, comida e serviço de prima. Recomendo conferir!

 

Freixenet - KitFreixenet em dose dupla – Grupo Freixenet, maior produtor mundial de espumantes – lança dois packs promocionais ideais para presentear os amigos e clientes nas comemorações de final de ano. Os kits estarão à venda a partir de novembro e apresentam duas garrafas de suas duas variedades de cavas: Cordón Negro e Carta Nevada. Para arrematar, duas belas taças de cristal acompanham o conjunto. Além disso, o cliente pode optar por compor um pack com duas variedades diferentes de espumantes. O preço sugerido dos packs é R$ 120.

Líder mundial no segmento de cavas – como é conhecida a bebida produzida na Espanha feita a partir de uma combinação de uvas do país – os espumantes da Freixenet são originados na Catalunha e elaborados pelo método tradicional (ou champenoise).  Produtora e exportadora de espumantes desde 1917, a marca fechou parceria exclusiva com a importadora Preebor do Brasil planejando conquistar o mercado nacional.

 

Vistalba é abençoada por Robert Parker – ou melhor, por seu “menino” prodígio Jay Miller e é aquinhoada com alta pontuação. A vinícola argentina Vistalba, do enólogo Carlos Pulenta, obteve grande reconhecimento na última avaliação de Robert Parker, na revista Wine Advocates de Agosto de 2009, nos estados Unidos. Motivo de muito Foto  Tomero Petit Verdotorgulho para os enólogos da Vistalba e seu proprietário, já que trata-se de uma vinícola jovem. Os vinhos avaliados receberam nota superior ou igual a 90, classificação dada a vinhos de alta qualidade.  Os vinhos Tomero Petit Verdot 2006 e Vistalba Corte B 2005 receberam 90 pontos. O Vistalba Corte A 2006 recebeu 91 pontos enquanto o Tomero Malbec Gran Reserva 2005 obteve a nota mais alta, com 92 pontos.  Os vinhos são importados para o Brasil pela Domno do Brasil, empresa do Grupo Valduga, e já provei todos. Apesar de não ser um seguidor do Sr. Parker e sua turma, tenho que reconhecer  que concordo com ele, em especial o Tomero Petit Verdot e o Corte B que, na minha modesta opinião, são muito bons. Belos vinhos.

 

Espumante Garibaldi Moscatel recebe mais um ouro – O Moscatel da Vinícola Garibaldi, novamente, foi o único espumante brasileiro a conquistar Medalha de Ouro em concurso realizado na Europa. O reconhecimento se deu na Alemanha durante o Concurso Mundus Vini, realizado de 28 a 30 de agosto e de 4 a 6 de setembro em Neustadt. O evento reuniu 5.720 amostras avaliadas por 275 degustadores de várias nacionalidades.

O produto, elaborado com uvas Moscato Bianco e Moscato Giallo, que já havia conquistado duas Medalhas de Ouro no Concurso Effervescents du Monde França, em 2007 e 2008, recentemente também foi premiada no Concurso San Francisco International Wine Competition (Estados Unidos), VI Concurso do Espumante Brasileiro e no Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. Bem, com tanta medalha, acho que está na hora de provarmos, ou não? Eu já coloquei na minha lista!

 

Licor de Ginja com Chocolate – sei, não é vinho, mas é de Portugal, então tem espaço cativo aqui. rsrs Ginjinha é um Licor Musacélebre e tradicional licor português que vem, normalmente, com elas. Sim, elas as ginjas, um tipo de fruto de bosque vermelho muito saborosa parecido com uma pequena cereja. Quem anda por terras de Portugal tem que provar e trazer uma garrafinha, é muito bom. Aqui, sei que a Adega Alentejana importa uma de Óbidos, que ainda não provei, e eu tenho em casa uma bem tradicional, a Paraiso da caves Império, que volta e meia visita meu cálice. Agora uma novidade,  o licor de Ginja com Chocolate MUSA. Não provei, mas se alguns dos amigos que andam por lá quiserem me trazer, prometo que não recuso. Achei a embalagem extremamente simpática o que nos desperta ainda mais a curiosidade e nos convida a provar. Esta disponível na Aromas e Sabores de Portugal, falem com a Manuela. Por falar em licores, aromas e sabores de Portugal, uma outra dica para os amigos é o licor Beirão, o preferido de meu cunhado. Tenho que esconder a garrafa quando ele vêm em casa!rsrs

 

Vinhos da Miolo recebem recomendação na Decanter Wine Awards  – Quatro rótulos da Miolo Wine Group receberam comenda do Decanter World Wine Awards 2009, concurso realizado pela Revista Decanter, uma das mais importantes publicações internacionais do segmento de vinhos. Os produtos da empresa foram os únicos brasileiros destacados naquela que é considerada uma das principais distinções de vinhos no mundo. O resultado de toda a premiação será divulgado na edição de outubro da publicação. Os vinhos premiados foram: Fortaleza do Seival Tempranillo 2007, Fortaleza do Seival Pinot Noir 2008, Quinta do Seival Castas Portuguesas 2005, elaborados no Projeto Fortaleza do Seival Vineyards, na Campanha do RS, e o Merlot Terroir 2005, produzido no Vale dos Vinhedos (RS).

             “Ter nosso trabalho reconhecido por uma publicação da seriedade e credibilidade da Decanter nos dá a confiança de que estamos no caminho certo na busca constante da excelência na elaboração de vinhos”, afirma o diretor-técnico, Adriano Miolo. Neste ano a revista Decanter avaliou 10.285 amostras. Conforme a publicação, nenhum outro concurso atrai tantas empresas como este. Lembro que seu Castas Portuguesas recentemente participou do nosso Desafio de Vinhos Portugueses e se deu muito bem. Como surpresa, numa degustação ás cegas enfrentando 13 outros vinhos, obteve a oitava melhor avaliação e o mais barato de todos os vinhos em prova.

 

Decanter em Destaque – Aliás, tanto a Decanter como seu sommelier e peça fundamental na estrutura da empresa. O Guilherme é pessoa respeitadíssima no setor e, mais do que isso, uma pessoa super simpática e solicita.  Já tinha dado a noticia no post extra, extra, extra. mas não custa dar um destaque especial para ambos.

Decanter

 

Logo CVR TejoVinhos da CVR Tejo Faturam Mais Premios – Oito medalhas, quatro de ouro e quatro de prata, distinguiram os Vinhos do Tejo no MUNDUSvini, um dos mais prestigiados concursos oficiais de vinhos do Mundo, que decorreu na sua nona edição, no passado dia 28 de Agosto na Alemanha. Com esta distinção, a Região do Tejo alcançou o primeiro lugar nacional, a par com o Alentejo, sendo a região a somar o maior número de medalhas de ouro. A concurso estiveram mais de 5,700 vinhos de 44 países de tradição vitivinícola, onde Portugal esteve representado pelas suas Regiões do Norte ao Sul do país.

           Dos vinhos do Tejo, Vale D’Algares foi o produtor que arrebatou maior número de distinções, duas de prata e uma de ouro, seguido da Encosta do Sobral, com uma de ouro e outra de prata. Falua e Enoport mereceram uma distinção de ouro cada um e a Herdade de Cadouços alcançou ainda uma medalha de prata. (Fonte: Infovini)

Salute e kanimambo

Uvas & Vinhos – Barbera

Barbera - Italian Wine HubBarbera, uma das uvas tintas mais plantadas na Itália, divide com a Nebbiolo o protagonismo de vinhedos na região do Piemonte. Existe ainda uma versão branca, conhecida por Barbera Bianca. Não devemos confundir a uva Barbera com o vinho Barbaresco que é elaborado na região do mesmo nome, também no Piemonte, porém com a uva Nebbiolo.

          Sua origem mais freqüentemente citada é a cidade de Casale Monferrato, no Piemonte. Na Catedral da cidade existem documentos que indicam o plantio de videiras de Barbera já no século XIII. É uma variedade que amadurece relativamente tarde, quase duas semanas após a variedade mais tardia do Piemonte, a Dolcetto. Sua principal característica é o alto nível de acidez natural, ainda que muito madura. Essa característica a torna uma ótima opção para regiões de clima quente desde que sua produtividade seja controlada.

         No Piemonte é amplamente utilizada, gerando vinhos desde os mais baratos e produzidos em longa escala, até vinhos encorpados, com muito boa estrutura e bastante longevidade. Algumas características são comuns aos vinhos de Barbera, coloração ruby intenso e profundo, bom corpo ainda que com moderada presença de taninos, pronunciada acidez e teor alcoólico relativamente baixo, podendo variar de acordo com as regiões onde é cultivada.

        As principais denominações de origem do Piemonte onde a Barbera é considerada a principal variedade são; Alba, Asti e Monferrato, esta última menos conhecida por aqui. Na região de Barbera d’Asti DOC existe uma sub-zona chamada Nizza, reconhecida como a melhorBarbera região para o desenvolvimento da variedade, por ser a parte mais quente de Asti, onde a uva atinge seu melhor ponto de maturação. Os Barbera d’Alba tendem a ser mais complexos, de maior estrutura e de cor mais escura, enquanto os Barbera d’Asti tendem a ser mais frutados, claros e brilhantes (lembrando os vinhos Beaujolais), muito elegantes e finos. Em 2008, Monferrato virou DOCG e seus Barbera de Monferrato Superiore são vinhos a serem garimpados assim como os produzidos na sub-região de Langhe também no Piemonte. Nos anos 80 e 90, em paralelo ao surgimento dos Supertoscanos, o uso de barricas em Barberas passou a ser considerado e utilizado de fato, agregando complexidade aos vinhos, especialmente em relação à maciez dos taninos, controle da elevada acidez e riqueza aromática tornando-os, também, mais longevos.

        Além do Piemonte, a Barbera é também cultivada na Lombardia, na região de Oltrepò Pavese, na Emilia Romagna, em Colli Piacentini, em Bologna e Parma. Na maioria do país a variedade é utilizada em cortes com outras uvas. Na Sardegna existe ainda a Barbera Sarda. E, alguns defendem que, a Perricone ou Pignatello, autóctones sicilianas, são variações da Barbera.

        Fora da Itália, a variedade é cultivada em países como Eslovênia e EUA, na região da Califórnia assim como Grécia, Austrália, Israel e Romenia. Se desenvolveu muito bem na América do sul, especialmente na Argentina, nas regiões de Mendoza e San Juan, porém não são muitos os vinhos de qualidade disponíveis no mercado. Também existe algo no Brasil com um expoente máximo no momento como veremos mais abaixo em nossa recomendação de vinhos.

Harmonização: (hoje sem as dicas do amigo Álvaro Galvão que está viajando e aproveitando merecidas férias)

Uma das características dos vinhos de Barbera é sua capacidade gastronômica em função de seu corpo médio e boa acidez que chama comida. Quando falamos em harmonização, recorrer à regionalidade é sempre uma boa escolha e, neste caso, não poderia ser diferente. Em geral os vinhos de Barbera são ótimos parceiros para antepastos e embutidos italianos. Massas com molhos mais estruturados, com um belo ragù alla bolgnese, prosciutto di Parma, ou ainda pratos com funghi secchi e salmão defumado.

Vinhos Tomados e Recomendados: (preços aproximados nesta data)Pio Cesare Fides

Vinhos a garimpar:

  • Araldica Barbera d’Asti Ceppi Storici 2006 – Decanter – R$59,00
  • Barbera d’Asti Camp du Rouss 05 – Mistral – R$91,00
  • Barbera d’Asti Superiore DOC – Vinea – R$114,00
  • “La Court” Barbera d’Asti Superiore Nizza 2004 – Zahil – R$275,00
  • Braida Barbera d’Asti Brico Dell Uccellone – Expand – R$298,00

Sugestões do Oz Clarke retiradas de seu excepcional guia “Grapes & Wines”, um de meus livros de cabeceira e fonte de referência para todos estes posts. Estes rótulos são de origens outras que não Alba e Asti.

  • Bonny Doon Ca’del Solo Barbera – California
  • Dromana Estate “I” Barbera – Austrália
  • Norton Barbera – Argentina – esse está fácil e já entrou na minha mira!
  • Renwood Amador County Barbera – California
  • Giulio Accornero e Figli Barbera del Monferrato Superiore Bricco Battista
  • Colli Piacentini Barbera della Stoppa
  • Elio Altare Langhe Larigi

Vinhos Sugeridos pelo Paulo Queiroz: Para quem ainda não conhece, o Paulo é um nobre colega de blog (Nosso Vinho) que, apesar de sua descendência Lusa, cisca mesmo é em terreiro italiano! rsrs. Brincadeira porque ele possui um gosto bastante eclético e prova de tudo o que seja bom, mas verdade seja dita, tem uma queda pelos vinhos italianos. Pedi-lhe ajuda para finalizar estas dicas já que minha experiência com os vinhos italianos é bem mais limitada e a idéia aqui é prover o leitor com as mais diversas opções possíveis. Eis as sugestões do amigo, sendo que o Pio Cesare Barbera d’Alba foi comum aos dois.

Post elaborado a quatro mãos! O texto sobre as uvas chega pelas mãos da amiga Mariana Morgado e minha, e as sugestões de vinhos são minhas. Como convidado especial, o amigo Paulo Queiroz do blog Nosso Vinho. Para ver como contatar os importadores e checar onde, mais próximo de você, o rótulo está disponível, dê uma olhada em Onde Comprar, post em que constam os dados dos importadores e lojistas assim como de produtores brasileiros.

Esperando que este post e suas dicas lhe possam ser úteis nesta viagem por terras de Baco, fica aqui um arriverdeci especial aos amici del vino.

Salute e kanimambo

Dicas da Semana

            Batendo ponto todas as Sextas, cá estou com mais algumas dicas de bem viver pois, como o mestre Saul já dizia, “O Negócio é Passar Bem”.

Tops do Novo Mundo na Portal dos Vinhos – Não sei nem se as poucas vagas já não estão esgotadas, mas para quem busca algo especial para fazer hoje à noite esta degustação é dez! Ligue e veja se ainda dá ou reserve já uma das próximas degustações temáticas já agendadas.

Portal Tops do Novo Mundo

 

Tops do Chile no Mar de Vinho – é lá no Rio, com o Marcelo Copello, um embate entre alguns TOPS do Chile do ano de 1999, uma das melhores, se não a melhor, safra chilena.

Conteúdo da palestra/degustação de 50 ml de cada vinho por participante.

  • Santa Rita Casa Real 1999, Santa Rita
  • Altazor 1999, Undurraga
  • Sena 1999, Robert Mondavi & Eduardo Chadwick
  •  Don Melchor 1999, Concha Y Toro
  • Almaviva 1999, Concha Y Toro & Château Mouton Rothschild

            Para acompanhar o jantar, menu preparado pela chef Ciça Roxo: “Biryani de Cordeiro”, uma taça com 100ml de Cabernet Sauvignon Reserva 2005, Viu Manent . Todos os participantes recebem certificado e chocolates finos como brinde. Com somente 14 vagas disponíveis, o preço é de R$295,00 até o dia 09/10 e após,  R$350,00 (Pagamentos parcelados sob consulta). Faça suas reservas com: Renata no tel: (21) 3507-0337 ou pelo email marketing@mardevinho.com.br ou, ainda, com a Andréa ou Lourdes no local ou pelo tel: (21) 2285-6087.

 

Roux bistrôRoux Bistrô – Este jovem bistrô celebra o inicio da primavera com quatro novos pratos no cardápio. São quatro receitas desenvolvidas pelo chef Arthur Sauer, um dos indicados na categoria “chef revelação” do prêmio ‘Comer & Beber 2009 – 2010’ da revista Veja São Paulo

  • Polenta mole com lagostim em molho de tomates frescos (R$ 26,00)
  • Carré de cordeiro com manteiga de ervas e risoto trufado (R$ 53,00)
  • Pernil de vitelo servido no próprio molho, acompanhado de cuscuz marroquino (R$ 45,00)
  • Contra filet grelhado com batata rústica e molho bernaise (R$ 29,00)

       Mas não fica só nisso não, até ao final deste mês de Setembro, o cardápio especial de sobremesas com o Festival de Chocolate continua valendo. São cinco preciosidades a R$16 cada e que, pela cara, devem ser um espetáculo!

  •  Mousse de chocolate crocante
  •  Salame de chocolate com nozes e sorvete de baunilha
  •  Pudding de chocolate com frutas
  •  Rocambole de chocolate diabólico
  •  Pera cozida com calda de chocolate e sorvete de cardamomo

Clipboard Roux Choco

             Arthur Sauer foi um dos indicados à categoria de ‘chef revelação’ no prêmio ‘Comer & Beber 2009 – 2010’ da revista Veja São Paulo. “O Roux Bistrô foi inaugurado em fevereiro deste ano. Estou muito feliz por já ter sido indicado a um prêmio tão respeitado com este”, diz o chef.  Dica que a Sofia Carvalhosa enviou e eu achei legal, merecedora de ser conferida e de dar água na boca.

 

Lusitana nos traz o Colecção Privada Martim d’Avillez 2003 – A amiga Eliza nos informa que o conceituado enólogo Martim d’Avillez fez uma edição limitadíssima de garrafas Magnuns, recheadas com o seu melhor Cabernet Sauvignon da vindima de 2003 ao qual acresecntou um tempero de Merlot. Esta vindima, para aqueles que não se recordam, foi abençoada por Bacco, sendo considerada uma das melhores vindimas de todo o sempre em Portugal, produzindo vinhos excepcionais, potentes, intensos…

           Martim, visando presentear seus amigos e familiares com essa preciosidade, assinou as garrafas com o seu nome e as guardou a sete chaves, esperando o vinho evoluir. Foram 22 meses de barrica e 48 meses em garrafa, até que o homem fosse convencido e ceder 80 garrafas para o Brasil. Se estiver a fim de uma raridade, eis aqui uma boa oportunidade: de R$ 327,00 por R$ 220,00 (mais de 30% de desconto) e se duas garrafas: de R$ 654,00 por R$ 380,00 (mais de 40% de desconto). vejam o que a Revista adega tem a dizer sobre o vinho.

Coleção Privada Martim Avillez

Tá interessado? Então liga lá (11) 4508-8880 e fala com a Morgana, quem sabe ainda sobrou algo!

 

Kylix  – Como sempre o amigo Simon nos presenteia com uma bela promoção. Tenho especial apreço pelo Chianti Tosca Valdipiatta 2004 , um vinho pronto e muito saboroso que a este preço é um tremendo achado para aquele almoço de Domingo na casa da mamma ou com os amigos e o A Sirio Sangervasio 2001, um tremendo vinho. Para qualquer um deles, você paga dois e leva o terceiro na faixa!

  • Tosca Valdipiatta – com 87 pontos de Jorge Carrara na Folha, tem o preço unitário de R$59,00 o que equivale a R$39, quando se compram duas.
  • A Sirio Sangervasio – com 88 pontos da Wine Spectator e entre os Top 100 de 2007 da revista Prazeres da Mesa, é um vinho de reconhecidas qualidades. Preço unitário de R$149,00 que na compra de duas equivale a R$99,00 já que a terceira vem junto.

 

Casa do Porto – esta tradicional importadora com uma charmosa loja nos Jardins em São Paulo possui em seu portfolio uma série de muito bons vinhos tanto de preços mais acessíveis, como de alguns néctares mais salgados. Recebi hoje a informação de que eles estão com 10% de desconto em diversos rótulos, inclusive algumas preciosidades, e apesar de eles normalmente só aplicarem essa redução para compras de no minímo seis garrafas de cada, para os leitores do blog que ligarem para lá e falarem com o Charles, vale qualquer quantidade. O telefone para os amigos que estejam interessados, é (11) 3061-3003.

Icones na casa do Porto

 

Festival Bordeaux.Bordeauxs que Cabem no Bolso, no Paris 6 – o restauranteur Isaac Azar, oferece até o dia 04 de outubro o “Festival Bordeaux ao seu alcance”, promovido pelo C.I.V.B – Conseil Interprofessionnel du Vin de Bordeaux, aquele mesmo que promoveu o evento que gerou o post “Garimpando Bordeaux“. Entre os destaques do evento, estão vinhos como Chateau Fondarzac – Entre-deux-mers 2007 (R$ 60), Chateau Fondarzac 2005 (R$ 65), Chateau Puycarpin – 2006 (R$ 90), Lês Granges Domaines Rothschild – Médoc 2004 (R$ 90), Chateau Peyre Lebade – Haut Médoc 2002 (R$100) e Chateau dês Laurets (R$ 100).

          Especialista em azeites, proprietário e chef do restaurante Paris 6 – aberto 24 horas nos Jardins/Sampa –, Isaac prepara receitas do cotidiano parisiense utilizando-se do azeite de oliva extra-virgem em substituição a óleos e gorduras vegetais. Como resultado, pratos mais saudáveis, frescos e saborosos, que ajudam a fazer do Paris 6 uma das casas francesas mais freqüentadas da Cidade. Um restaurante que se notabiliza também por possuir a maior variedade gastronômica francesa em São Paulo. Clique no link, conheça melhor o local (um charme) e faça sua reserva. O festival termina agora, no próximo dia 4 de Outubro.

            É isso meus amigos, aproveitem as dicas e bom fim de semana. Amanhã tem Uvas & Vinhos, no Domingo Noticias do Mundo do Vinho e na Segunda, começo a desvendar os ganhadores do Desafio de Uvas Ícones realizado na Zahil nesta semana.

Salute e kanimambo.

Wines of Argentina em Seis Destaques

          Para variar com tempo curto para tanta coisa disponível, mas eis as minhas impressões sobre os destaques, a meu ver, dentro aquilo provado.

Wines of Argentina 002Familia Shroeder – importante produtor da Patagônia trazido pela KMM que possui um ótimo Sauvignon Blanc e que apresentou como novidade nesta pequena feira, um espumante diferenciado. No nariz teve gente achando que fosse Chenin Blanc, outros Viognier. Na boca, muito saborosa, balanceada e fresca apostávamos que era Moscatel, o que não é comum na Argentina. Na verdade, um incrivelmente aromático espumante elaborado com TORRONTÉS, pelo método tradicional com perlage fina, abundante e persistente que encanta na boca. Uma opção muito interessante e um espumante a ser conhecido.

Wines of Argentina 003Septima – dois lançamentos desta bodega que pertence à Codorniu e já foi aqui comentada, tendo uma linha de bons vinhos importada pelos amigos da Interfood. Das novidades, um Pinot Noir interessante, mas o que mais me chamou a atenção foi o Septimo Dia Chardonnay 2008 que se apresentou diferente do 2007 que já tinha provado. Os aromas estão mais delicados, sem grande intensidade, na boca mostra-se muito elegante mais fresco e com menos presença de madeira do que o da safra de 2007, um caldo cativante e bem equilibrado em que a madeira serve de apoio á fruta ressaltando os sabores e não os abafando. Muito bom.

Wines of Argentina 011Zuccardi – com sua nova importadora no Brasil, a Ravin, apresentou sua boa linha “Serie A” e, apesar da foto horrível, provei este Chardonnay/Viognier muito gostoso e sedutor com toques de frutos brancos e pêssego em contraponto ao abacaxi e alguma leve baunilha advinda do Chardonnay formando um conjunto de boa complexidade, corpo médio, mostrando um ótimo frescor e um mineral cativante. Um dos bons vinhos brancos disponíveis no mercado que pode tanto acompanhar entradas com frutos do mar, saladas com queijo de cabra, peixe ou até carnes brancas. Eu arriscaria com um Peru à Califórnia ou, quem sabe, uma costelinha de porco na brasa!

Wines of Argentina 001Famiglia Bianchi – um dos tradicionais produtores argentinos importado pela Mr. Man. Seu Cabermet Sauvignon é campeão e um dos que mais gosto neste país mais conhecido por seus Malbecs. Este, da ótima safra de 2005, só vem confirmar a classe deste rótulo de médio corpo para encorpado, taninos finos e aveludados, rico, algo terroso e especiado, harmônico com um final agradável e saboroso de boa persistência, um belo vinho que me agrada sobremaneira.

Wines of Argentina 007Pascual Toso – Faltei a uma degustação para a qual tinha sido convidado e, portanto, fiz questão de me demorar um pouco mais por aqui até porque a simpática e bonita presença de Maria Laura assim o exigia. Uma boa decisão já que revi seu gostoso Sauvignon Blanc que já recomendei aqui no painel de brancos em Março deste ano e conheci a linha inteira de muito bons vinhos dos quais destaquei três. Gostei muito do Pascual Toso varietal Malbec 2008, um vinho muito agradável, equilibrado, redondo e fácil de agradar, ainda por cima com um ótimo preço. Muito bom o Malbec Reserva também 2008 com aromas especiados e toques florais (violeta?) que, apesar de ainda muito novo, apresenta taninos muito finos, aveludados algo firmes ainda, mostrando ótimo volume de boca, grande riqueza de sabores, boa estrutura e boa acidez.

          Uma menção honrosa ao Malbec Alta Reserva 2007, mas o vinho que mais me encantou foi mesmo o Fincas Pedregal Single Vineyard 2005, um vinho vibrante corte de Malbec com Cabernet Sauvignon que possui uma entrada de boca sedutora e impactante com grande elegância e finesse, complexo, harmônico, um grande vinho que, por cerca de R$135,00 é um achado que certamente ainda poderá ser apreciado por mais três ou quatro anos, mas que já está absolutamente delicioso com um final de longa persistência. Um senhor vinho de muita classe.

Wines of Argentina 008Melipal – Estava com a Wine Company, onde permanecerá até ao final do ano, mas busca novo importador. Uma bodega que acredito não terá problemas para encontrar outro bom canal, porque seus vinhos são muito saborosos, a começar por sua linha básica Ikella, mas é na linha Melipal que eles mostram toda a sua categoria. Em Março quando fiz o painel de Brancos & Rosés, destaquei seu Rosé como um dos melhores na Argentina, muito rico, saboroso e fresco com gosto de vinho e não suco de frutas. A razão por isso é que colhem uma parte das uvas mais cedo, preservando a acidez, e o restante deixam madurar no pé por mais uns 30 dias para obter a fruta que desejam e aí fazem a mescla das colheitas resultando nesse vinho delicioso que acompanha muito bem lombo agridoce e paella valenciana. Seu Melipal Malbec 2007, com apenas seis meses de garrafa, ainda está um pouco duro, mas tradicionalmente é macio, rico, com taninos finos e aveludados, carnoso, médio corpo, boa textura, muito equilibrado e um longo e saboroso final de boca com alguma mineralidade. Um dos meus malbecs preferidos.

           Pela primeira vez provei o Reserva, este da Safra 2006, que é um vinho elaborado com vinhas de mais de 80 anos com uma produção de apenas cerca de 500grs por planta, mostrando grande concentração. Setenta por cento do caldo passa por barricas francesas novas por 18 meses e é um vinho na linha dos grandes e encorpados malbecs argentinos, porém com um toque de elegância, acidez e equilíbrio que demonstram enorme potencial. Não é, a meu ver e para o meu gosto, um vinho para se abrir agora, e sim um vinho de guarda, para se tomar dentro de mais uns três ou quatro anos pelo menos ou, eventualmente, tomá-lo agora, porém após pelo menos uma hora e meia de decanter. Vinhos ótimos e a simpática presença de Santiago Santamaria fizeram o fechamento desta minha breve, intensa e muito agradável visita aos vinhos argentinos.

          Provei alguns outros rótulos, outros fiquei sem provar, mas nada mais que pudesse efetivamente destacar. Como disse em entrevista ao Didu, tremo só de o ver chegar com aquela pequena “derringer” que ele chama de câmera, os vinhos argentinos estão com uma tendência a serem meio  que monocromáticos, com muita extração, muita fruta, muito álcool, muito tudo, muito iguais! Algo que os produtores devessem, talvez, rever já que os consumidores mundialmente começam a mostrar cansaço com essa receita. Enfim, enquanto existirem compradores para esse estilo creio que ainda veremos muito desses vinhos por aqui e, na crise mundial, o pessoal anda mais condescendente ajustando o vinho ao bolso. Ainda bem que existem vinhos e produtores como estes acima!

Salute e kanimambo

Conclusões

          Quanto mais milito nesta nossa vinosfera, mais conclusões tiro das coisas que nela acontecem. Eis algumas que me têm chamado a atenção:

Vinho Brasileiro – apesar de minhas sérias restrições á filosofia comercial da grande maioria das vinícolas, limitações/erros na distribuição e certa miopia mercadólogica, temos que reconhecer o grande avanço tecnológico e de qualidade alcançado, uma verdadeira revolução se compararmos o hoje com dez anos atrás. O mercado, no entanto, ainda padece de muito preconceito que os fatos contestam. Só neste blog, em degustações às cegas com uma banca de 13 degustadores experientes, temos alguns claros exemplos disto:

  • Desafio de Vinhos Merlot – Campeão Valduga Storia 2005 entre 12 vinhos do mundo inteiro.
  • Desafio Assemblages do Novo Mundo (até R$85,00)-  Campeão Salton Talento 2005 entre 12 vinhos da Argentina, Chile, África do Sul, Austrália e Estados Unidos.
  • Desafio Bordeauxs até R$100,00 – O vinho surpresa foi um corte bordalês brasileiro de santa Catarina e um dos melhores vinhos tintos nacionais, VF da Vila Francioni que ostentou um elogiadíssimo segundo lugar.
  • Desafio de Vinhos Portugueses até R$100 – O vinho surpresa foi mais uma vez um brasileiro, o Castas Portuguesas 2005 da Miolo que alcançou um honroso oitavo lugar entre 14 vinhos de diversas regiões produtoras portuguesas.
  • Desafio Uvas Ícones – Este foi recém realizado e ainda não postei, mas mais uma vez um Merlot brasileiro foi muito bem obrigado (veja na semana que vem aqui).

        Contra fatos não há argumentos, e existe gente que precisa abrir a mente e coração deixando-se emocionar pelos bons vinhos tintos nacionais, inclusive os de gama média. Nem falo dos espumantes!

 

Que preço é mera indicação de qualidade, não fato – mais uma vez os Desafios de Vinhos são clara comprovação disto com diversos vinhos surpresa de baixo valor, o Desafio Merlot e o Desafio Assemblage do Novo Mundo são ótimos exemplos, superando os “big shots”.  Aliás, fica muito claro que nome e camisa não ganham jogo, aqui interessa performance na taça e na hora H, às cegas, é que o bicho vira homem e mostra ao que veio. Os laureados nem sempre demonstram na taça o glamour apregoado pela mídia e, como não tomamos rótulo nem pontuação, ( ou você toma?) o que realmente importa é o doce néctar dentro da garrafa e na sua taça!

 

Vinhos baratos são ruins – Há uns 50 dias que estou trabalhando num novo painel de vinhos até R$50,00 (já tenho algumas listas postadas em outros momentos), que divido em duas faixas; até R$30 e acima. Abaixo de R$30 tem gente que, com o preconceito acima mencionado, nem olha. Bem, se o bolso está recheado e só se toma vinho de vem em quando, tudo bem já que realmente os muito bons e ótimos vinhos estão na sua grande maioria acima disto, porém tenho me surpreendido com uma série de rótulos altamente recomendados que tenho garimpado. Como tomo vinho diariamente, os vinhos do dia-a-dia são essenciais  e, se o preço não se adequar ao bolso, é falência na certa! rsrs Aguardem, na semana que vem começo a falar disso, mas existe sim muita coisa interessante e, na faixa de R$31 a 50 então, nem se fala!

 

Que gosto pessoal influi na pontuação – Existem críticos que querem nos convencer de que suas pontuações são meramente técnicas, para mim uma verdadeira falácia. Impossível não nos deixarmos levar por subjetividades que fazem a própria essência do vinho. Por isso as notas dadas por Robert Parker e equipe serem tão diferentes do Hugh Johnson, Decanter e companhia. Por isso um vinho que alguém detesta, ser apreciado por outro.  Seu guru? Definitivamente aquele com que você tenha mais sinergia de gostos e estilo. Tome alguns rótulos recomendados por diversos criticos, avaliadores, degustadores, amigos, blogueiros, etc., defina os que mais têm a ver com você e seu paladar usando suas dicas como referência na hora da compras futuras.

Salute e kanimambo

Pequeno Dicionário de Português x Brasileiro – Parte II

dicionario1         Para seguir desbravando o idioma Luso na sua essência. Eis a segunda parte do dicionário que elaborei para  facilitar a vida dos amigos brasileiros de férias por terras Lusas. Para ir preparando o espírito, que tal traduzir para o português com “acento” aqui da terra brasilis, estas curtas frases:

  • Ao passar a lomba, deixou o carro ir abaixo mesmo ali, no ponto de inversão de sentido.
  • Passa-me lá no supermercado e compra uma caixa de diósperos e uma chucha e biberon para o bebé.
  • Final de tarde na Sexta-feira, nada como juntar a malta, pedir uns joaquinzinhos e uma imperial, sentarmos na esplanada, ver os elétricos passarem cheios de turistas giras e deitar conversa fora. 
  • Com essa conversa de tretas não tens hipótese de engatar essa miúda que é explicadora e inteligentissíma. Ela é capaz é de ficar lixada contigo!
  • Ó pá, dá-se-me nas tintas se quiseres ir aos copos, mas vê lá não te metas em zaragatas. Na volta passa na farmácia e compra-me um creme para picaduras e duas caixas grandes de durex.
Carta de condução Carteira de motorista
Carteira Bolsa de mulher
Casa de banho Banheiro
Casaco Paletó
Chamussa Pastel de carne bem temperada – Origem Indiana. Muito saboroso
Champô Xampu
Chávena Chicara
Chiça Expressão de espanto e surpresa com algo.
Chocos Lula pequena
Choque Batida
Chucha Chupetinha de criança
Chulo Gigolô, gente grossa, mal educada, de baixo nível.
Chumbar Reprovar. Ex. O Carlos chumbou de novo na prova de condução.
Chumbar o dente Fazer uma obturação
Chupa-chupa Picolé, pirulito
Coboiada Farra, diversão.
Côdea Crosta, Casca crocante do pão. Ex. Prefiro a côdea ao miolo do pão.
Coluna Caixas de som
Comboio Trem
Condutor Motorista
Constipado Gripado
Contrafacção Falsificação, cópia fraudulenta.
Conversa de treta Papo furado
Copo d´água Recepção de casamento
Coxia Coxia do teatro mas também corredor em cinema, avião, etc.
Coxo Manco
Cozer Cozinhar. Ex. panela ao lume para cozer o arroz.
Cueca Cueca, calcinha.
Cunha Indicação (quem indica), pistolão. Ex. emprego neste país só com uma boa cunha!
Dador Doador. Campanha de doação de sangue em caixas de fósforos “Dê, vai ver que não dói nada.”
Dar em águas de bacalhau Dar em nada.
Dar Explicação Aulas particulares
Dar o berro Falecer, acabar
Dar para o torto Dar errado
Dar um bigode Grande vantagem numa disputa.
Dáse-me nas tintas Não estou nem ai
Défice Déficit
Deitar. Usado no sentido de jogar. Ex. deite o papel no lixo, não na rua.
Descapotável Conversível
Desculpe lá Expressão muito usada  pelos Portugueses. Tem a função do nosso com licença ou perdoe. Desculpe lá, não a conheço de algum sitio?
Despassarado Distraído, desorientado.
Despedido Demitido
Dióspero Caqui
Direção assistida Direção hidráulica
Disparate Besteira
Do quilé Expressão que demonstra muito. Ex. está um frio do quilé!
Dobrar (filme) Dublar
Dona-elvira Calhambeque
Doutor É comum chegar para uma reunião e a recepcionista lhe perguntar o nome. Você diz e ela pergunta se é doutor. Não tem nada a ver com médico. Na verdade os portugueses são bastante formais e ela quer saber se deve anunciar o Senhor Doutor (pessoa com formação superior) …….
Duche Ducha, chuveiro
Durex Camisinha
É mato de montão. Ex. aqui em Portugal, produtor de vinho é mato.
Ecrã Tela
Elétrico Bonde
Ementa Cardápio
Encarnado A cor vermelha
Encastrar Embutir
Engatar Paquerar
Engraxar Adular, puxar o saco.
Ensaboadela Levar uma baita bronca.
Entornar Derramar. Vê lá se não entornas a àgua, o balde está muito cheio.
Escanção Sommelier
Esferovite Isopor
Esparragado Verduras com creme branco, usualmente usa-se espinafre.
Esplanada Mesas ao ar livre, num café, bar ou restaurante.
Esquadra Delegacia
Estafado Cansado
Estafermo Pessoa sem qualidade, grosso e inconveniente. Um bruta montes sem educação.
Estafeta Boy (escritórios), mensageiro
Estar deserto por algo Estar com muita vontade. Ex. Estou deserto por ir-me embora ou estar deserto por um copo de vinho.
Estar lixado Estar P da vida com algo. Ex. Estou lixado contigo pá!
Estendal Varal
Estilo Classe
Estrelar, ovo Ovo frito
Fala barato Papo furado, um tipo tagarela
Fato Terno
Favas contadas Estar no papo
Fazenda Tecido, normalmente de lã ou similar, para elaboração de roupas.
Febras São filezinhos de porco normalmente preparadas na brasa. Imperdível.
Fecho ou fecho éclair Zíper
Feitio Jeito, gênio, personalidade, forma
Fiambre Presunto cozido
Ficheiro Arquivo
Filete Filé de peixe
Fita-cola Durex
Fixe Legal, ponta firme, individuo confiável.
Forreta Pessoa pão dura. Ex. O gajo é muito forreta, não toma uma bica só para não gastar uns tostões!
Fresca Gelada. Quando se pde uma água a pergunta é tradicionalmente, “quer fresca?”.
Fufa Sapatão
Fumado Defumado
Gabardine Um tipo de tecido, normalmente impermeabilizado, que neste caso virou sinonimo de capa ou casaco.
Gajo Cara
Galão Pingado, café com leite.
Gambas Camarões
Ganga Brim (jeans)
Garrafeira Adega, loja de vinhos. Também classificação, normalmente o topo de gama de alguns vinhos.
Gasóleo Diesel
Gazeta O ato de faltar, tanto às aulas como às suas responsabilidades.
Gelado Sorvete
Genica Vigor, força, energia
Giro Engraçado, bonito
GNR Policia Militar (Guarda Nacional Republicana)
Golpe de Rins Jogo de cintura. Ex. haja golpe de rins para resistir a esta situação econômica.
Gozar Se divertir, tirar sarro. Ex. Estás a gozar comigo?
Grainha Semente da uva
Gramar Ter que aturar. Ex. Estou aqui a gramar há duas horas e esse jogo não começa.
Grandes Superfícies Grande áreas de comércio como hipermercados, shoppings, etc.
Grelos Um tipo de couve.
Grossistas Atacadistas
Guardafatos Guarda-roupa
Guisar Refogar
Hipótese Chance. Ex. sem hipótese, nem me convides que não irei.
Hora de ponta Horário de pico

Tem uma que tinha esquecido e é bastante interessante. Por terras lusas, as lojas encerram de domingo e na hora do almoço! No entanto abrem depois, ou seja, a palavra encerrada não tem a mesma conotação definitiva que lhe damos por cá, onde as lojas somente fecham depois das 22 no shopping! Salute, kanimambo e boa viagem pelas terras e sabores de Portugal.

Desafio de Vinhos – Uvas Ícones

        O Desafio de Vinhos deste mês é no mínimo “sui generis”. Cada país baseia sua imagem mercadológica em cima de alguns parâmetros, entre eles a escolha de uma uva especifica que simbolize os vinhos dessa terra. Foi atrás dessas uvas que saí neste novo Desafio. Do ponto de vista técnico é inviável comparar bananas com maçãs e abacaxis, todavia acredito que qualquer um de nós tem a capacidade de analisar dentre elas, quais as que gosta mais, no sentido de percepção sensitiva, e o que lhe dá maior prazer. Logicamente que uma maçã tem que ter gosto de maçã assim como o abacaxi terá que apresentar suas próprias características, isso é essencial, mas a partir daí vem outra etapa que é a subjetividade sensorial de cada um. O principal objetivo deste Desafio será avaliar se o vinho de determinada uva apresenta as características básicas dessa cepa assim como a qualidade do vinho e sua capacidade de nos encantar com seus aromas e sabores. Qual será o vinho que mais encantará a banca de degustadores nessa noite?

          Acredito que será mais um interessante exercício que, posteriormente, compartilharei com os amigos tanto aqui como na coluna mensal do Jornal Planeta Morumbi e Planeta Oceano de Niterói. Por enquanto, fiquemos com a lista dos Desafiantes da noite aos títulos de; Melhor Vinho, Melhor Relação Custo x Beneficio e Melhor Compra em evento a ser realizado nas bonitas e aconchegantes instalações da loja da Importadora Zahil.

Clipboard Zahil

         Eis a lista dessas Uvas Ícones dos 11 países escolhidos, cepas que claramente indicam o país de origem, não necessariamente as que originam seus melhores vinhos, com rótulos em torno de R$100, tendo como limite máximo o valor de R$120,00.

  • Malbec – Argentina – Rutini Malbec 2006 – Importado pela Zahil com preço ao redor de R$119,00, é um vinho muito bem avaliado pela Wine Spectator que, entra ano/sai ano, lhe confere notas entre 89 e 91 pontos. Nesta linha de produtos da Bodega, é seu principal rótulo e um dos mais vendidos. Nunca tive a oportunidade de provar este vinho, conheço diversos outros rótulos deles que me seduziram, então estou bastante ansioso para o conhecer.
  • Tannat – Uruguai – Abraxas 2002 – Importado pela  Dominio Cassis com preço ao redor de R$105,00. A Dominio Cassis produz este vinho no “departamento de Rocha”, ao norte de Punta Del Este e a 10kms do Atlântico, uma região produtora menos conhecida e quando provei este rótulo pela primeira vez, há cerca de uns 18 meses, me encantei pelo vinho e por seu potencial de evolução que iremos conferir agora. Do pouco que se produziu, poucas garrafas restaram, mas acho que estaremos frente a frente com um grande vinho. Publiquei post sobre esta vínicola e os vinhos degustados, em Fevereiro de 2008, se quiser rever, clique aqui.
  • Carmenére – Chile – Ochotierras Gran Reserva 2005 – Importado pela Brasart com preço ao redor de R$90,00. Não sou fã desta cepa, mas ocasionalmente me deparo com alguns bons rótulos. Destes, o Ochotierras foi um dos que mais me seduziu e fiz questão que o amigo Fernando participasse com este rótulo que é de sua importação exclusiva.
  • Pinot Noir – França – J. Cacheux Bourgogne Les Champs D’Argent 2006 – Importado pela Decanter com preço ao redor de R$117,00. Produtor com apenas 5 hectares em Vosne Romanée, Echézaux e Nuits-saint-George , produz vinhos com um estilo rico, macio e elegante sendo umas das estrelas em ascensão na região. Este é seu vinho de entrada, impossível obter Pinots outros nesta faixa de preços, que esperamos possa mostrar toda a tipicidade desta grande cepa e região.
  • Zinfandel – EUA – Pezzi King Sonoma County 2005 – Importado pela Wine Lover’s, uma nova importadora especializada em vinhos americanos, com preço ao redor de R$110,00. De acordo com os importadores, um vinho de lamber os beiços mostrando bem a tipicidade dos bons Zinfandel da região de Sonoma County famosa por produzir alguns dos melhores exemplares desta cepa nos Estados Unidos. Ansioso por provar!
  • Pinotage – África do Sul – Morkell PK 2004 – importadora D’Olivino – preço ao redor de R$120,00 e uma cepa difícil de ser trabalhada com poucos rótulos que possam ser considerados grandes. Os grandes vinhos sul africanos vêm sendo os Syrah, tanto em varietal como em corte, mas existem vinhos Pinotage de categoria sim, e este da Bellevue Estates, um dos pioneiros a trabalhar com esta cepa em varietal, foi sugestão de um dos membros de nossa banca degustadora, o Emilio Santoro. De acordo com ele, um vinho para mudar a percepção de quem não aprecia vinhos elaborados com esta cepa.
  • Touriga Nacional – Portugal – Quinta Mendes Pereira Reserva 2005 – Importador Malbec do Brasil – Preço ao redor de R$90,00 e um velho conhecido meu sobre o qual falei faz poucos dias, tendo finalizado o nosso Desafio de Vinhos Portugueses com fidalguia. Foi a própria produtora (Raquel Mendes Pereira) conjuntamente com seus familiares aqui em São Paulo que fizeram questão de atender a meu pedido, entregando-me esta garrafa para mais um Desafio. No de Portugal participaram com o Garrafeira. Este Touriga Nacional obteve 16,5/20 pontos da Revista de Vinhos em Portugal.
  • Shiraz – Austrália – Bridge Water Mill Shiraz 2005 (Adelaide Hills) – Importador Wine Society – Preço de R$87,00 e um rótulo muito elogiado pela imprensa australiana tendo a safra de 2005 sido considerada a melhor já produzida. Vejamos como se comporta neste embate.
  • Barbera – Itália – Barbera d’Asti  “Le Orme” 2006 – Importadora Zahil – Preço de R$79,00, um Best Value da Wine Spectator  com 88 pontos, um dos representantes indicados pelo Bernardo para esta contenda. Já tomei o ano passado, e foi um vinho que me agradou muitíssimo, porém estava acompanhado de comida. Vamos ver como se comporta solo e numa degustação às cegas.
  • Merlot – Brasil – Storia Valduga 2005 – Preço, quando se acha, ao redor de R$110,00, um vinho que virou ícone da vinícola e reconhecidamente um dos grandes vinhos da atualidade no Brasil. Aqui mesmo neste blog, já faturou o Desafio de Merlot contra uma série de desafiantes de peso, obteve também a vitória numa degustação da Freetime com Merlots brasileiros tendo se tornado objeto de desejo de muitos. É hoje uma raridade no mercado e quem o tem está cobrando uma bela grana por garrafa, não fosse a contribuição do Emilio Santoro da Portal dos Vinhos e certamente não estaria aqui.
  • Tempranillo – Espanha – Sierra Cantabria Crianza 2004 – importador Peninsula – preço ao redor de R$109,00 e um vinho muito confiável que obteve 90 pontos da Wine Spectator tendo ficado entre os top 100 da lista da revista no ano passado. Boa concentração, porém mantendo as características riojanas que fizeram fama da região mundo afora. Certamente um digno representante desta importante casta espanhola.

Como décimo-segundo vinho, uma rótulo surpresa e muito pouco habitual. Um verdadeiro enigma a ser desvendado por uma seleta banca de degustadores que desta feita será ainda mais abrilhantada pela presença de Bernardo Silveira, sommelier da Zahil, e do respeitado pesquisador enófilo e colunista José Luiz Pagliari, pessoa que aprendi a respeitar muito neste pouco de tempo de estrada e que, como o Saul, é um verdadeiro gentleman e profundo conhecedor. Os outros componentes da banca são os experientes enófilos e profissionais do ramo, já costumeiramente presentes a estes Desafios; Ralph Schaffa (restauranteur); Simon Knittel (Kylix); Emilio Santoro (Portal dos Vinhos); Marcel Proença (Assemblage Vinhos); Ricardo Tomasi (sommelier/Specialità); Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos); Francisco Stredel e Evandro Silva (Confraria “Dos Panas”); Fábio Gimenes e José Roberto Pedreira (Confraria de Embu); Dr. Luis Fernando Leite de Barros (enófilo) e eu.

             Como sempre, a degustação será realizada ás cegas e sem ordem de serviço, passando todos os vinhos por um período de decantação antes de voltarem à adega para que voltem à temperatura adequada de serviço. Como é usual nos casos em que o Desafio é realizado nas dependências de uma loja ou importadora, o anfitrião tem o direito de nomear dois desafiantes, o que a Zahil fez. Desta feita estou mais ansioso que o normal, quem será o ganhador?

Salute e kanimambo