Quinta Mendes Pereira

Noticias do Mundo do Vinho

Quinta Mendes Pereira – De Portugal, a Raquel me manda mensagem com noticia de que a Revista de Vinhos de Maio saiu com uma matéria de cinco páginas sobre sua Quinta e seus bons vinhos com a chamada “Dão tradicional com cheirinho a Brasil”. Na matéria publicada, que aqui precisaremos esperar uns 4 ou 5 meses para ver ao vivo e a cores, uma nova prova com seus vinhos que antecipo aqui. Mais uma vez o destaque para o Garrafeira que listei como um dos meus Melhores de 2008. Para ler a matéria na íntegra, só comprando a revista, sorry! Estão de importador novo (Malbec) que espero mantenham a competividade dos preços.

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Espumante Moscatel Garibaldi – Leva medalha de prata e bronze respectivamente no  Challenge International do Vin, realizado em Bordeaux, moscatel Garibaldina França, um dos principais concursos do mundo em que foram analisadas mais de cinco mil amostras provenientes de diversos países, e no International Wine Challenge, que envolveu 400 degustadores e 41 países realizada em Londres. O concurso inglês, por exemplo, tem um grande diferencial. Segundo Maiquel, cada vinho premiado é provado pelo menos três vezes. Os espumantes nacionais ganham cada vez mais espaço e reconhecimento no mercado internacional, em especial os Moscatel.

Zahil – Mais um bom vinho com preço camarada na Zahil. Chegou o vinho tinto Aquitania Reserva 2006, exclusividade da importadora no Brasil, considerado por Patrício Tapia – renomado crítico de vinhos sul-americanos – como o melhor Cabernet Sauvignon do Vale do Maipo. Produzido pela Viña Aquitania, no Chile, o rótulo recebeu 4 estrelas e 92 pontos em uma avaliação promovida por Tapia para o jornal chileno El Mercurio. Com ótima relação custo-benefício – na Zahil, ele pode ser encontrado por R$ 49,00 -, o Aquitania Reserva 2006 ainda foi bastante elogiado pelo crítico: “Mais que potência ou superconcentração, este Cabernet é elegância e distinção. Muy rico.”, disse Patrício. A conferir, mas as recomendações são boas.

 

Domno lança mais dois espumantes na sua linha de produtos .Nero – o .Nero Rosé e .Nero Extra Brut que recebeu muitos elogios entre os apreciadores presentes à Expovinis. Sua apresentação Ponto Nero Extra-Brutmoderna e quase enigmática instiga a curiosidade dos consumidores para entender o seu nome. O novo rótulo do espumante Rosé é ousado, apresentando um vermelho intenso para destacar na prateleira o seu Rosé. Sua produção é feita a partir das uvas Pinot Noir (40%) e Chardonnay (60%), ambas as cepas tradicionais na produção de espumantes e do Champagne. Já o .Nero Extra Brut apresenta baixo teor de açúcar o que lhe confere mais vivacidade e frescor. O .Nero Extra Brut também é produzido com as castas Pinot Noir (30%) e Chardonnay (70%), e tem a estrutura ideal para o acompanhamento de diversos pratos de nossa culinária ou da culinária japonesa.

                 Estes dois espumantes completam a linha no portfólio dessa jovem produtora, parte do grupo Famiglia Valduga, junto com o .Nero Moscatel e o .Nero Brut, lançados na Expovinis do ano passado, quando do lançamento da empresa. As novidades chegam ao mercado com  valores em torno de R$ 42  – (.Nero Extra Brut) e de R$26 (.Nero Rosé Brut)

 

Casa de Madeira lança suco de uva Kasher – Mais uma empresa do grupo Famiglia Valduga que traz novidades ao mercado. Mas que coisa é essa, o que é um alimento Kasher? É um conceito religioso usado dentro da comunidade judaica mundial como uma “garantia da qualidade de alimentos supervisionados por um rabino ou rabinato”, o que os torna alimentos autorizados para consumo dentro das normas religiosas, conforme as leis judaicas, preparado de acordo com a Torá, o livro sagrado dos judeus. Kasher (ou kosher) em hebraico quer dizer “permitido”, “próprio” ou “bom”. O processo de Kasherização (adequação e higienização kosher) do suco passou pelo crivo dos rabinos Ezra Dayan, Salomon Moise Bari, e Tzur Isaac Albus que acompanharam todo o processo de elaboração desde o início até seu envase.

                 A “Kasherização” dos utensílios, também não é tarefa fácil. Primeiro, foi necessário que os rabinos entendessem a função e modo de usar de cada máquina e equipamento utilizado pela vinícola para a elaboração do suco de uva da Casa da Madeira. Depois, consultar as leis judaicas para saber como cada um deles deveria ser “Kasherizado”.  A  “Kasherização” levou mais de três dias, pois os tanques onde os sucos são estocados, deveriam ser enchidos com água e esvaziados por 24 horas, por 3 vezes. Depois de tudo limpo segundo as normas judaicas, deram início à produção propriamente dita.

 

Vinhos da CVR Lisboa fazem bonito em Bruxelas – A Casa Santos Lima e a Companhia Agrícola do Sanguinhal são os dois grandes protagonistas do Concours Mondial de Bruxelles que se realizou de 25 a 27 de Abril em Valência, Espanha em que concorreram 6.289 vinhos e bebidas espirituosas provenientes de 54 países, apreciados por 250 jurados de 41 países. A Casa Santos Lima ganhou três medalhas de Ouro com dois tintos: Bons Ventos Vinho Tinto 2007 e Palha-Canas Vinho Tinto 2006 e o vinho branco 2008 Casa Santos Lima – Moscatel.

A Companhia Agrícola do Sanguinhal também levou um Ouro para a Região de Lisboa com o seu Sanguinhal Vinho Tinto 2004 – Syrah e Touriga-Nacional. Para além destes prémios, a Região de Lisboa também se distinguiu na Medalha de Prata com 8 premiados: Casa Santos Lima, Companhia das Quintas e Enoport.

Dal Pizzol lança espumantes em meia garrafa – A Dal Pizzol Vinhos Finos coloca no mercado anualmente 60 mil garrafas de espumantes, o correspondente a 20% do total de sua produção de vinhos e espumantes que chega a 300 mil garrafas ao ano. Das 60 mil garrafas de espumantes 80% são brut (champenoise e charmat) e 20% moscatel (processo asti). O aumento do consumo de espumante pelos brasileiros levou a vinícola a adoptar uma nova estratégia para atrair ainda mais apreciadores. É o Dal Pizzol Espumante Charmat agora também em meia garrafa (375 ml).

                     O espumante, dirigido especialmente ao público jovem, já pode ser encontrado em bares e restaurantes do Brasil. O lançamento decorreu durante a Expovinis 2009, de 5 a 7 de maio, em São Paulo. Este primeiro lote coloca no mercado 13 mil unidades do produto, o que representa um incremento de 10% na produção de espumantes da vinícola.

 

Quinta Nova Nossa Sra. do Carmo em plena forma em Londres – Os vinhos da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, situada no Alto Douro vinhateiro, voltam a surpreender, tendo sido distinguidos com duas medalhas de ouro no International Wine and Spirits Competition e International Wine Challenge Competition. No International Wine & Spirits Competition, o Quinta Nova Touriga Nacional 2006 arrecadou a única medalha de ouro portuguesa com a distinção de Best in Class, na categoria Vinhos Tranquilos. O Quinta Nova Touriga Nacional 2006 foi lançado pela primeira vez em 2008. O Quinta Nova Reserva 2006 foi galardoado com uma medalha de ouro no International Wine Challenge Competition (IWC), o maior e mais prestigiado concurso de vinhos, que este ano reuniu 9000 amostras de todo o mundo. Os vinhos desta conceituada Quinta você encontra na Vinea.

                    De acordo com o regulamento destes concursos, para se obter uma medalha de ouro é necessária uma pontuação entre 95 e 100 pontos – Portugal arrecadou 33 medalhas (15 nos vinhos tranquilos e 18 nos vinhos generosos), ficando apenas atrás da França (47, incluindo 17 de champanhe), da Austrália (41) e da Itália (34), e à frente do Chile (21), da Nova Zelândia  (19) e da Espanha (14).

Symington lança Quinta do Vesúvio – 2007 foi um ano de grande qualidade na região demarcada do Douro. As condições frescas, embora secas e solarentas nas semanas que antecederam a vindima, proporcionaram uvas com maturação excelente, produzindo vinhos de qualidade. É caso dos novos vinhos da Família Symington 100% produzidos na sua Quinta do Vesúvio (a jóia da coroa da família), o Pombal do Vesúvio DOC Douro 2007, um vinho para ser consumido mais cedo, e o Quinta do Vesúvio DOC Douro 2007, um vinho de grande complexidade, que poderá ser guardado durante vários ano e furo que dei no Encontro Mistral 2008 quando tive o privilégio de degustar algumas provas de barril.

Fonte: Essência do Vinho

 

Cai consumo médio per capita no mundo – Em 2008 o mundo consumiu algo ao redor de 3.5 litros per capita por ano, versus 4,5 em 1990. Enquanto os mercados emergentes aumentam consumo, os europeus, tradicionalmente grandes tomadores de vinho, vêm seu consumo anual cair em função de ritmo de vida e mudanças culturais. A Itália e França que representavam cerca de 45% do mercado em 1980, hoje mal chegam a 24%. Não fossem mercados como China, Índia, Rússia, Taiwan e Coréia e o mercado mundial estaria em sérios apuros!

Fonte: Wine Spectator

Salute e kanimambo

Vinhos do Dão – Quinta Mendes Pereira, um Achado.

panorama-mendes-pereira3Há cerca de 50 anos, o Comendador José Mendes Pereira aporta no Brasil onde se estabeleceu profissionalmente e onde teve seus filhos. No contra-fluxo, Raquel, sua filha, volta a Portugal com Carlos, seu marido e parceiro, com desejos de revitalizar uma velha e histórica quinta da família. Nascida em Campinas, ela deu inicio a esse processo de renovação a começar com a mudança do nome da quinta de “Quinta da Sobreira” para “Quinta Mendes Pereira” em homenagem ao nome de seus ancestrais.

Apaixonada pela Quinta, onde já se plantavam vinhas desde o século XVII, sua dedicação e ambição de produzir vinhos de qualidade na região do Dão já dá grandes resultados apesar dos seus parcos cinco anos, já tendo sido premiada quatro vezes pela Comissão de Vinhos do Dão. Em 2006, e sob a insígnia “A Arte do Vinho”, dois dos seus vinhos tintos de 2003 – o Garrafeira e o Colheita DOC – foram incluídos na lista dos 160 melhores vinhos de Portugal. Em 2007 o Garrafeira 2003 foi reconhecido pela Revista de Vinhos como o melhor tinto do Dão desse ano de produção, num alargado painel dedicado a esta região demarcada. Não é pouca coisa, para quem há pouco aportou nestas coisas de fazer vinho. Pois bem, no limiar do ano de 2008, tive o enorme prazer e privilégio de bater um papo informal com ela e conhecer seus vinhos.

O que mais me surpreendeu, foi a opção por produzir vinhos sem madeira e por um vinho de quinta, artesanal, susceptível a precipitação e depósito natural na garrafa, vinhos como antigamente num lagar de pedra granítica com pisa a pé, de quatro a cinco dias. A propriedade possui 25 hectares dos quais 15 com vinhas em que as videiras foram parcialmente renovadas de forma a garantir a homogeneidade da produção e de acordo com as castas tintas selecionadas Touriga Nacional, Tinta Roriz (Aragonês) e Alfrocheiro, bem como as castas brancas Encruzado, Cerceal e Bical. Um lago com um hectare de extensão,assegura continuamente a riqueza de água do solo de profundidade, evitando a necessidade da rega e eliminando as doenças de podridão das plantas. Mantendo a tradição da região, a fermentação processa-se em cubas metálicas revestidas, sendo o estágio assegurado em cubas tradicionais de cerâmica. O vinho estabiliza com uma graduação alcoólica próxima a 13,5º, não estando previsto o estágio prolongado em madeiras de carvalho, por não ser julgado aconselhável para este tipo de vinho. O descanso mínimo dos vinhos é de 24 meses, o Garrafeira descansa por 36, sono este perturbado apenas pela recolha de amostras para análise e controle.

Muito simpática, Raquel, nos recebeu de forma simples e aconchegante, bom papo, bons vinhos e …. um azeite muito interessante que a Raquel trouxe da propriedade. Agora falemos dos vinhos.

Quinta Mendes Pereira Branco 2005, um vinho que já não é novo, mas segue com uma acidez muito boa, bem balanceado e muito saboroso. Tenho verificado que os vinhos à base de Encruzado tem uma capacidade de envelhecer muito bem preservando seu frescor. Uma boa introdução aos bons vinhos desta vinícola e aos brancos do Dão. Um saboroso corte de 50% Encruzado e o restante uma composição de Bical e Cerceal, que está com um preço em torno de R$ 52,00.

Quinta Mendes Pereira Rosé 07. Uma enorme e grata surpresa mendes-pereira-rose1porque foram apenas algumas garrafas que a Raquel trouxe consigo. Nem sei se a Lusitana já tem esse vinho em seu portfolio, mas este rosé de Touriga Nacional tem tudo a ver. Muito aromático, um delicioso vinho, com alguma estrutura e ótima acidez que lhe permite fazer frente a diversos pratos afora ser um agradável aperitivo. Deste primeiro lote engarrafaram somente 3.000 garrafas então. Um vinho cativante, de teor alcoólico comedido e muito frescor, como um rosé deve ser, porém acho que não virá ao Brasil em função da baixa produção.

Quinta Mendes Pereira Tinto Colheita 04, elaborado com um blend de uvas regionais como Touriga Nacional, Jaen, Tinta Roriz e Alfrocheiro, permaneceu descansando por dois anos antes de ser engarrafado em Fevereiro de 2007. Um belo vinho algo herbáceo no nariz em que também aparece fruta madura em abundância e de boa intensidade, que se confirmam na boca com bastante elegância e equilibrio. Mostra boa estrutura com final de média persistência e taninos aveludados já equacionados. Bom preço pela qualidade, algo em torno de R$52,00.

mendes-pereira-garrafeiraQuinta Mendes Pereira Garrafeira 2003, engarrafado em 2006, foi, a meu ver, o melhor vinho provado neste agradável encontro e, certamente, um achado pelo preço, melhor relação Qualidade x Preço x Prazer, tanto que constou de minha lista de Melhores de 2008 em sua faixa de preços. Um vinho complexo, muito rico e denso, de ótima estrutura, untuoso e pronto a beber apesar de ainda poder evoluir algo com mais um par de anos em garrafa. Para mim, no entanto, eu traço agora em 2009, eheheh. Bom demais, um vinho vibrante, de boa paleta olfativa em que se destacam frutos vermelhos maduros com nuances florais, na boca é muito saboroso, boa acidez, grande harmonia, corpo médio, bom volume de boca, taninos finos, saboroso e looongo final de boca que deixa aquele gostinho de quero mais. A protagonista aqui é a Touriga Nacional com 80% do corte e o restante uma composição de Alfrocheiro e Tinta Roriz, talvez por isso o vinho tenha me encantado tanto. Para quem queira conhecer os vinhos do Dão, este é imperdível e por cerca de R$84,00 (espero que não tenha mudado) é uma excelente compra.

Duas observações finais. A primeira quanto à renovação da marca e rótulos que deram uma outra cara mais simpática, moderna e convidativa aos vinhos. A segunda, que fiquei com água na boca para provar os Touriga Nacional de vinificação em extreme (varietais). Produtor para ficar de olho, e na taça preferencialmente, com mais assiduidade, pois prometem muito. Para quem os quiser conhecer melhor clique aqui, ou melhor ainda, coloque um vinho deles na taça e sorva seus recados, imagens e sabores. A importação e distribuição no Brasil é de exclusividade da Malbec do Brasil.

Salute e kanimambo.