Vinhos do Mundo

Sacando a Rolha de Vinhos Exóticos

Juntos numa mesma noite colocamos; Tahiti, Peru, Venezuela, Mexico, Georgia, Marrocos, Israel e China! Já fazia um bom tempinho que andava juntando com os amigos Uncorking-Old-Sherry-Gillrayda Confraria Saca Rolha alguns vinhos de regiões produtoras pouco ou nada conhecidas, regiões de onde pouco ou nada se espera. Finalmente chegou o dia e surpresas para os dois extremos ocorreram; positivo de onde nada se esperava e negativo de onde algo se esperava, com alguns performando o que esperava deles, um exercício muito interessante este, mas deixo a Raquel contar sua percepção de mais esta agradável noite. Eu apenas tecerei alguns curtos comentários em seu texto, dá-lhe Raquel.
Acho que quase todo mundo tem uma atração pelo exotismo. Seja aquela comida cheia de aromas, aquele país longínquo, com paisagens coloridas que sempre vemos em fotos da Nacional Geographic, ou mesmo aquela pessoa com hábitos diferentes dos que estamos acostumados e que parecem tão naturais à elas. O diferente nos incita a curiosidade pela possibilidade de oferecer uma nova opção de viver sensações de prazer. Por outro lado, também nos causam um certo temor, pois sendo algo desconhecido, exige que sejamos corajosos para o novo experimento.

Por muito tempo, ficaram guardadas algumas garrafas provenientes de lugares diversos, não conhecidos pela produção de vinho. Amigos que viajaram por lugares fora do conhecido eixo “velho e novo mundo” e que se depararam com a bebida, não resistiram e pagaram pra ver o que teriam ali dentro! Ou mesmo aquele presente que um amigo trouxe para surpreender, enfim, a lista foi ficando grande. Eu sempre ouvia da existência dessas preciosidades e que um dia elas seriam abertas todas juntas. E esse dia chegou, virou tema do encontro da confraria!

Estávamos todos munidos de coragem, a mente aberta para novidades, mas sempre com aquele pezinho atrás. Ficamos sabendo que haviam outras garrafas sobressalentes caso tivéssemos uma experiência ruim. Afinal, não poderíamos ficar sem vinho na taça!
Para começar, que tal um espumante da Venezuela?

Venezuela > POMAR – BLANC DE BLANC – DEMI SEC – MÉTODO TRADICIONAL
Brindamos ao grande momento e aos poucos os olhares foram se cruzando como quem busca cumplicidade nas sensações. De coloração amarela intensa e pérlage maior que o comum, os aromas de maçãs foram se desprendendo à medida que as bolhinhas sumiam. E só nessa hora percebemos que tratava-se de um Demi Sec. Muito frutado, pouca acidez, deixando na boca um rastro amargo. Alguns torceram o nariz rapidinho, outros resistiram um pouco mais, enquanto já estava sendo providenciada a garrafa que esperava no banco de reserva.

Chile > SANTA DIGNA –ESTELADO ROSÉ – BRUT – MÉTODO TRADICIONAL
O escolhido não poderia ser algo comum, já que o nome do jogo era exotismo. Era um espumante chileno, feito pelo enólogo espanhol Miguel Torres, e elaborado com 100% das uvas País. O resultado foi bem interessante. Um rosé bem seco, com um nariz floral muito agradável.

Tahiti – DOMAINE DOMINIQUE AUROY – VIN DE TAHITI – BLAN DE CORAIL
Hora de partirmos para os vinhos tranquilos. Um branco do Tahiti. Muito bem feito por uma enóloga que também faz vinhos na Borgonha : Dominique Auroy. As castas Itália e Muscat of Hamburg , juntaram-se com o sotaque francês da polinésia, as frutas tropicais do local e a brisa marinha. O resultado além de exótico foi surpreendente! Um vinho muito fresco, com uma mineralidade forte, além de aromas e sabores frutados como manga, abacaxi e maracujá. Já me imaginei naquela paisagem de águas azuis e límpidas, areia branca e sol brilhando no céu. Com aquelas comidas a base de peixes e frutos do mar então, deve ficar perfeito!(talvez a maior e melhor surpresa da noite, pelo menos para mim!)

Georgia > TELIANI VALLEY – SAPERAVI – 2011
A Geórgia é um país que poucos saberiam dizer onde se localiza no mapa. E muito menos diriam que lá se produz vinhos! Pois saibam que foi exatamente ali o berço da vinificação. Existem evidências arqueológicas de 7000 anos A.C. onde foram encontradas as vinhas mais antigas cultivadas no mundo. Cientistas acreditam que esses são os primeiros indícios de viticultura (plantio de uvas organizadas pelo homem).
Está localizado entre o Mar Negro, Rússia, Turquia, Armênia e Azerbaijão.
O vinho que provamos foi feito com a uva local, Saperavi, cuja característica principal é a cor muito escura da pele e o suco rosado. O vinho tinha aromas intensos de frutas maduras, algo mineral (ferroso), muito encorpado e denso. Uma leve doçura, gordo e pesado. Faltou acidez para levantá-lo um pouco mais. Produzido pela Teliani Valley desde 1997.(pode ter história, mas é fraquinho, fraquinho e não agradou)

Venezuela > RESERVA POMAR – 2006
Resolvemos dar outra chance à Venezuela. Do mesmo produtor do espumante, esse vinho já era conhecido por alguns ali presentes e havia surpreendido muita gente em outra ocasião em que foi colocado à prova. Feito à partir de 60% Petit Verdot, 20% Syrah e 20% Tempranillo. Mostrou uma personalidade própria, com muita fruta, especiarias, madeira molhada e um adocicado ao fundo revelando o álcool residual. Os que já o conheciam disseram que estava muito menos vibrante que o provado anos antes. Talvez já estava em sua fase de decadência.(Em 2009, dois dos presentes confrades e eu, participamos de um Desafio de Vinhos Ìcones em que coloquei esse vinho às cegas. Para surpresa de muitos, este se deu muito bem e você pode ler o que ocorreu naquela época clicando aqui. O vinho já passou o cabo da boa esperança e está cansado com fortes notas evolutivas, porém ainda dava pistas do bom caldo que um dia esteve por lá!)

Exóticos

Peru > INTIPALKA – RESERVA CABERNET SAUVIGNON/SYRAH – 2009
Da Venezuela fomos para o Perú. Esses dois países tiveram as primeiras mudas de vitis viníferas trazidas pelos jesuítas que chegaram junto com os colonizadores espanhóis. O clima tropical, quente e úmido, o solo muito rico em material orgânico, não favoreceu o desenvolvimento das vinhas. Mas as poucos, a busca por locais mais adequados a esta cultura, investimento em tecnologia e know-how importados fizeram com que se desenvolvessem. O Perú tem se destacado no mundo pela sua alta gastronomia. Porque então sua produção de vinhos ficaria para trás? Da bodega Santiago Queirolo, o vinho provado mostrou qualidade. Aromas florais delicados, taninos presentes, porém bem integrados ao corpo e balanceados com a acidez. Gastronômico que seca a boca e pede comida.(gosto e conheço há um tempinho. Seu Sauvignon Blanc também é bastante interessante e num dia que abri às cegas bateu um monte de chilenos!)

CHINA > GREAT WALL Cabernet Sauvignon
Os grandes imperadores chineses já consumiam vinhos e hoje quando se junta na mesma frase “vinhos e China” os números estatísticos são de assustar!
Nos últimos 10 anos a China mais que duplicou o número de hectares plantados no pais (de 300 mil para 800mil) tornando-se o 2º maior produtor de uvas do mundo, ficando atrás da Espanha e à frente da França. Além do seu próprio território, tem comprado terras pelo mundo para a produção de vinhos, como na França, Chile e estão na mira da Austrália e EUA. Esse vinho que provamos é de um grande produtor cuja marca está em 2º lugar em quantidade de vendas no mundo, ficando atrás apenas da americana Gallo, responsável por 1 bilhão de litros comercializados por ano.
Apesar desses números enormes e o grande investimento que estão fazendo o vinho chinês foi o mais decepcionante para todos…(já são os segundos maiores “plantadores” de uvas vitivinífera do mundo, porém a qualidade, pelo menos por este vinho, ainda tem muito chão pela frente antes de chegar a ser razóavel!)

Israel > GOLAN HEIGHTS – YARDEN MOUNT HERMON – 2011
A história de Israel é conhecida desde os tempos bíblicos. O cultivo das vinhas e o consumo do vinho acompanha sua civilização desde então. Passou por várias destruições e guerras, e por volta de 1882 os judeus da Europa do leste voltaram para Israel, empenhados na sua reconstrução. Os altos investimentos feito pelo Barão Edmond de Rothschild foram fundamentais para o desenvolvimento da produção vitivinícola no país. O clima mediterrâneo, seco e frio, com altitudes até 800m e verões quentes com muito sol, favoreceram esse desenvolvimento com qualidade na região da Galileia. O vinho que experimentamos foi elaborado com o clássico corte bordalês (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec e Petit Verdot). Muito leve, fresco e fácil de beber. (Muito agradável)

México > L. A. CETTO – RESERVA PRIVADA NEBBIOLO 2008
O México foi o primeiro país na América Latina a produzir vinho, com uvas trazidas pelos espanhóis para consumo da Igreja. As principais regiões vinícolas estão na divisa com os EUA, ao sul da Califórnia. O consumo da população é baixo, sendo que a maior parte da produção das uvas vão para Brandy. O restante da produção de vinhos é exportada principalmente para os EUA.
Esse vinho apesar de ser feito apenas com uma uva de origem italiana, a Nebbiolo, tinha um estilo bem espanhol. Austero, com madeira bem integrada, taninos presentes, porém refinados. Bom corpo com muita fruta madura e especiarias. Equilibrado.(já tinha lido sobre este vinho e o vinho esteve à altura dos comentários apurados. Bem feito e quem for ao México já pode pedir, sem medo de errar, um vinho nacional no restaurante. Gostei!)

Marrocos – OULED THALEB – TANDEM – SYRAH DU MAROC 2010
O rótulo diz muito da história deste vinho. Quando um viticultor do vale do Rhône ( Alain Graillot ) viajava de férias pelo Marrocos, durante um passeio de bicicleta conheceu o produtor da Domaine Ouled Taleb. Decidiram fazer um vinho juntos à partir de vinhas localizadas nas imediações de Casablanca, usando os princípios biodinâmicos. O resultado disso foi um vinho elegante, fácil de beber, muito equilibrado que reflete bem os aromas e sabores exóticos daquele lugar. Chamaram-no de Tanden, palavra de origem latina que significa uma bicicleta conduzida por dois ciclista, ou mais genericamente, qualquer veículo conduzido por duas forças, mostrando a ideia de colaboração.(gostei, uma grata surpresa já sendo importada por aqui pela World Wine)

Foi uma viagem e tanto. Muitas histórias para contar e de grande diversidade para os sentidos. O exótico, que parece tão distante à primeira vista, quando se tem uma experiência mais estreita, ajuda-nos a compreender a nossa própria história.
No caso da história do vinho, serviu para ampliar um pouco os nossos conceitos do que significa “velho mundo e novo mundo”. Quando voltamos no tempo e percebemos que existiu um mundo ancestral ao chamado “velho mundo”, como a Geórgia, China, Israel, Marrocos, entre outros, fica mais fácil entender a importância que essa cultura tem na evolução da nossa própria história. E que ela continua caminhando a passos largos como mostra esse “novíssimo mundo” no Tahiti, Venezuela, Perú e México. E através dos seus vinhos podemos ver refletido essa longa trajetória que ainda tem muito chão a ser percorrido.

Para muitos o líbano também é uma região produtora exótica, porém já estão no mercado há anos e não achei que caberiam aqui, pois já possuem produtores consagrados internacionalmente. O que vimos é que não podemos fechar os olhos, nariz e boca a essas regiões. Com os avanços da tecnologia e as mudanças climáticas, muito ainda está por acontecer e somente quem tiver a mente aberta poderá se surpreender.

Saúde e kanimambo.

Desafio de Petit Verdot, Desvendando os Ganhadores

              Adoro estes meus Desafios de Vinhos quando coloco às cegas uma série de rótulos sob um mesmo tema. Falar e provar desta cepa ainda pouco divulgada no mercado foi em si, já um grande desafio e uma experiência riquíssima para mim e, tenho a certeza, também para boa parte da banca degustadora. Aliás, quase deu casa cheia!

     Venho ao longo dos tempos verificando os benefícios que um pouco desta cepa bordalesa nos cortes de diversos vinhos consegue fazer por eles. Sempre em pequenos porcentuais, a Petit Verdot aporta cor, sabor e corpo aos vinhos dando-lhes uma riqueza e complexidade que muito me satisfazem. É uma cepa difícil em sua terra natal, de amadurecimento muito tardio o que muitas vezes faz com que boa parte da colheita se perca tornando seu uso escasso e caro devido à quebra de produtividade. Nos países mais quentes no entanto, esse tempo de amadurecimento se dá de forma mais administrada devido ás condições climáticas. Um exemplo no Velho Mundo são os vinhos espanhóis, região de verões mais quentes e longos, elaborados com ela.

               Já no Novo Mundo, de condições climáticas mais adequadas, a cepa vem sendo vinificada como varietal com a ocorrência de um fato que já verificamos na vinificação de vinhos Tannat, que é a “amansada” nos vinhos, produzindo rótulos mais harmônicos, menos tânicos enquanto preserva suas características de estrutura  e riqueza de sabores. Foi para ver como estes vinhos se comportam que, desta feita, reuni dez exemplares para este Desafio na busca do Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra.

                  Nos reunimos no bonito e bom restaurante Ávila, que por sinal possui uma bela adega climatizada construida pela Joshuá Adegas, onde o Tavares e sua equipe nos atenderam muito bem.  Nove rótulos de que todos tinham conhecimento mais um surpresa, foram servidos ás cegas e em ordem aleatória após alguns saborosos e refrescantes goles de dois espumantes sobre os quais falarei em outra altura. Certamente o que os amigos querem mesmo saber, é o resultado desse gostoso embate, então falemos um pouco de cada um desses vinhos participantes julgados por uma competente banca de degustadores conforme já listado em meu post anterior com a lista dos participantes .

              Como o aereador que iríamos testar não chegou a tempo, os vinhos foram decantados por cerca de uma hora cada um. Eis os vinhos com suas notas conforme ordem de serviço.

Enrique Mendoza Petit Verdot 2005 representante espanhol de Alicante, trazido pela Peninsula e que possui um preço de mercado ao redor de R$120,00. No nariz uma presença  herbácea e algum foral que fazia lembrar violetas. A fruta apareceu mais no palato, de taninos redondos e macios, complexo, um pouco fechado abrindo-se com o tempo em taça, final algo defumado e quente sem prejudicar o conjunto que agradou bastante e posteriormente acompanhou bem a fraldinha. Média de 86,7 pontos.

Pisano RPF Petit Verdot 2007 representando os bons vinhos uruguaios. Importação da Mistral, custa USD31,50 ou seja, algo próximo a R$57 nas taxas atuais. Uma paleta olfativa muito rica, o que não é tão tradicional á cepa, em que o café com aniz estava bem presente, toffee, baunilha, realmente muito interessante e convidativa. Na boca a boa estrutura da cepa, taninos aveludados e de boa qualidade, algo balsâmico com um final suave onde apreceram alguns toques de especiarias. Obteve a média de 86,20 pontos

Morkell Petit Verdot 2004, sul-africano trazido pela d’Olivino, preço ao redor de R$130,00, o mais evoluído de todos os rótulos participantes. Halo de evolução presentes na taça mostrando sua idade, trazendo ao olfato suaves notas tostadas e fruta vermelha. Na boca é um vinho resolvido, de boa textura e volume de boca adequado, algo de couro com nuances terrosas, maduro, muito rico, complexo, de taninos finos, macios e elegantes, final de boca sutil e saboroso mostrando toques minerais. Um vinho literalmente encantador, sem a pujança que se poderia esperar da cepa, porém mostrando uma personalidade muito própria e impressionando muito positivamente a totalidade da banca degustadora. Um belo Petit Verdot, um grande vinho que merece ser conferido, aliás como a maioria dos outros rótulos presentes, tendo faltado garrafa para tanta demanda. Delicioso e a nota só confirma isso, média de 90,70 pontos.

Perez Cruz Limited Edition PV 2008, o primeiro chileno da noite e ainda não disponível no Brasil. O importador dos bons vinhos deste produtor, a Wine Company, deverá estar por trazê-lo dentro em breve, mas este viajou somente para este encontro. Baseado no preço do Syrah, acredito que deverá chegar por volta dos R$130,00. Nariz complexo, herbáceo, algo de farmácia e um tico a mais de álcool do que necessário, porém sem ser algo marcante que incomode. Na boca, presença de mentol, alguma casca de laranja confeitada, taninos de qualidade ainda um pouco adstringentes, mostrando-se muito novo, grande estrutura, vinho que precisa de mais tempo em garrafa quando deverá mostrar todo o seu potencial. Vinho para guardar por mais uns dois ou três anos. Média de 87,10 pontos.

Trumpeter Reserva Petit Verdot 2008, o primeiro argentino a se apresentar, novo, com nariz tímido, frutado com algumas nuances florais bem sutis. Na boca sobra um pouco de álcool, taninos um pouco rústicos e doces, final de especiarias com algo de noz moscada, conforme lembraram alguns dos degustadores. Não chega a encantar, mas acredito que precisa de mais tempo em garrafa já que ainda não encontrou seu equilíbrio. Trazido pela Zahil e custando cerca de R$64,00, obteve a média de 84,95 pontos

Landelia Petit Verdot 2005, importado pela Ana Imports e gentilmente cedido pelo colega e membro da banca, o Jeriel da Costa, com preço de mercado ao redor de R$60,00, foi um vinho ansiosamente esperado diversos dos amigos presentes. Foi também o vinho que mais criou polêmica com um pedaço da mesa achando que estava prejudicado e aoutra metade enchendo-o de elogios. No nariz mostrou notas de torrefação e algo químico que foi se dissipando com o tempo. Na boca, fruta compotada, taninos potentes e algo rústicos, alcaçuz, acidez alta e final de boca macio. A nota média não foi das melhores, 83,90, mas por tudo o que falaram deste vinho, certamente é um rótulo que merece uma segunda chance.

Tomero Petit Verdot 2006, mais um argentino presente, desta feita trazido pelas mãos da Domno do Brasil produtor dos saborosos espumantes Ponto Nero, em especial do extra-brut de que tanto gosto. Um vinho que já se encontrou, tendo mostrado sua maturidade tanto nos aromas como no sabor. Fruta madura de boa intensidade com sutis nuances de baunilha, mostrando-se com ótimo volume de boca e boa textura. Os taninos estão sedosos, muito boa acidez, rico, com um final muito saboroso e mineral onde aparece também um toque cítrico muito interessante e cativante. Muito consistente com minhas experiências anteriores, um vinho que obteve a boa média de 88,10 pontos.

Casa Silva Gran Reserva Petit Verdot 2007, de importação exclusiva da Vinhos do Mundo com um preço de mercado ao redor dos R$89,00, foi um vinho que insisti que estivesse presente já que o tinha conhecido, e adorado, numa degustação da Casa Silva em que estive presente no ano passado. Chileno, demonstrou notas herbáceas, couro e nuances balsâmicas no olfato, formando uma paleta algo peculiar e não muito convidativa. Na boca mostrou-se melhor, redondo, taninos aveludados, bom corpo e um final especiado bastante acentuado de média persistência que não chega a encantar.  Achei que o 2006 (recomendo) que provei estava bem superior a este, talvez mais pronto? Média de 84,45 pontos.

Pomar Petit Verdot 2008, o nosso vinho surpresa e sim, Cristiano, é Venezuelano sem importador no Brasil. Da mesma bodega que nos surpreendeu a todos no Desafio de Cepas Ícones, desta feita ficou aquém do que se esperava e mais um dos rótulos em que as notas variaram demais. Tipo ame-o ou deixe-o!  Nariz intenso, frutado, mas algo monocromático, sem grande complexidade que não chega a empolgar. Entrada de boca algo dispersa que necessita de tempo para se encontrar. Acidez instável, algum álcool em excesso, taninos macios e um final algo doce. Um adolescente irrequieto e imprevisível que melhorou com um tempo em taça e, mesmo com todas essas variáveis, obteve a surpreendente média de 85,11 pontos. Preferi o Reserva, um blend mais equilibrado.

Ruca Malen Reserva Petit Verdot 2007, o último representante de uma noite muito gostosa e intrigante repleta de bons vinhos. Argentino, importado pela Hannover Vinhos, foi para mim a mais agradável surpresa de todas, especialmente em função do preço, somente R$54,00. Possui uma paleta olfativa com forte presença de frutas negras compotadas com um leve toque de farmácia, mostrando-se bastante convidativa. Na boca possui boa estrutura, volume de boca adequado, taninos finos ainda presentes, mas sem qualquer agressividade, equilibrado com uma acidez interessante e gastronômica, final saboroso ainda que a madeira tenha aparecido um pouco.  Nota média de 86,25 pontos.

 Sempre listo a preferência de cada um dos membros da banca degustadora, mas hoje não “carece”! Pela primeira vez em mais de um ano destes Desafios, tivemos uma unanimidade em torno do Melhor Vinho Petit Verdot da noite, o Morkell. Realmente um grande vinho e Nelson Rodrigues que me perdoe, neste caso a unanimidade foi sábia! Para compor o pódio, em segundo lugar o ótimo Tomero, seguido pelo Perez Cruz, Enrique Mendoza e Ruca Malen. Pelo voto direto, a Melhor Compra foi o Pisano RPF e pelo cálculo matemático inventado pelo amigo e confrade (médico fisiologista do glorioso alvinegro praiano, salve/salve, campeão paulista 2010) Dr. Luis Fernando, tivemos como Melhor Custo x Beneficio o Ruca Malen.

             Uma grande noite em que ficou constatado que há muito mais vida além dos cabernets e malbecs que andam por aí. Temos que nos abrir para as novidades, para novas experiências, para as cepas menos comuns, porém extremamente ricas. Kanimambo à banca degustadora pela agradável presença, lembrando que os comentários, assim como as notas, são o resultado da média do pensamento de todos e que, certamente, cada um tem sua própria avaliação/opinião que deverá aparecer nos blogs do Alexandre, Jeriel, Álvaro e Evandro que são sempre ótimas fontes de informação. Por sinal, meus parabéns ao Evandro, seu blog da Confraria 2 Panas está detonando, legal!

              Salute, e agora preciso pensar no próximo desafio, o de Junho. Que tema, que vinhos, que lugar? Nos vemos por aqui.

Dicas da Semana

         Devagarinho e ainda meia boca, mas seguem algumas dicas que, por enquanto, mesclo com noticias que acho de interesse geral da nação enófila. Fevereiro já é devagar, carnaval então…….!!

Grande Prova de Vinhos Rosé – Viram a prova que o Marcelo Copello fez com 93 rótulos? Não? Então aqui vai um aperitivo dos primeiros dez:

Parece que estou começando a entender deste negócio! Os primeiros dois foram alvo de destaque em duas matérias aqui no blog. O Sciaccarellu, na verdade essa é a uva e o rótulo é Terranostra, do Emporio Sorio (Tilintar é o representante no Rio) que conheci e me seduziu durante a Expovinis do ano passado, época em que o destaquei como um dos Best in Show, aliá o Terrazas  é mais um dos vinhos destacados que valem a pena ser provados, eu gostei demais. Já o Protos comentei em Março no meu painel de Brancos e Rosés. Para ver o resultado geral acesse o site do Marcelo, Mar de Vinho.

Quinta Mendes Pereira – por falar em, “eu não disse” eis mais uma que me honra ter anunciado aos ventos em Fevereiro de 2009 quando ainda estavam na Lusitana de Vinhos e Azeites, mas sendo hoje representada pela Malbec do Brasil. Vinhos que certamente farão parte do portfólio da Vino & Sapore e que me seduziram no apagar das luzes do ano de 2008, apesar de já ter recomendado o Garrafeira antes disso. A Raquel merece todos os louvores pelo excelente trabalho que vem fazendo em sua Quinta no Dão e seu pai, olhando lá de cima, deve estar muito orgulhoso! Desta feita, um reconhecimento oficial de uma das mais importantes e representativas revistas de vinho de Portugal. Depois disso, dizer o quê?  Só tomando!

Promoções na Kylix – As importadoras estão detonando nas promoções de inicio de ano para ajuste de portfólio e limpeza de estoques velhos ou de pouco giro. Na Kylix, no entanto, o ritmo é o de sempre e afora esta promoção especial de vinhos italianos, há também chilenos com a linha dos vinhos da Los Vascos e um monte de bons rótulos (sem riscos) em promoção de Bota-fora. Vale conferir porque as ofertas do amigo Simon são sempre muito boas.

 

Vinhos do Mundo – está com algumas novidades em brancos refrescantes como mostra a imagem abaixo. Me assopraram no ouvido que existem diversos parceiros da importadora com promoção em cima destes rótulos, entre eles a Kylix. Dê uma ligada e confira!

Petit Chateaus – o Ricardo Bohn Gonçalves da Wine School promove mais um saboroso Wine Dinner, desta feita todo francês. A região de Bordeaux, na França, é conhecida pelos seus famosos vinhos e renomados Chateaux. Mas também, existem os Petit Chateaux, muitas vezes desconhecidos, que produzem ótimos vinhos em condições muito mais acessíveis. No tradicinal bistrô francês La Casserole um jantar com seis desses Chateaux. Abaixo o Menu dos pratos e vinhos servidos.

 Menu

Entrada

  • Terrine de coelho e saladinha verde acompanhada dos seguintes vinhos: Chateau de Mauves Graves 2006 / Chateau Les Tuilerries 2007 / Chateau Bel Air 2206.

 Prato Principal

  • Fraldinha grelhada, manteiga de ervas e rösti de mandioquinha acompanhada dos vinhos: Chateau Grand Moueys 2005 / Chateau de Lugagnac 2006 / Légende “R” 2006 Barons de Rothschild

 Sobremesa

  • Profiterolles de doce de leite caramelizado com amêndoas

Será dia 24 de fevereiro (4ªfeira) próximo às 20:30 e custará módicos R$140,00 por cabeça (preço incluindo jantar, vinhos, água, café e serviço. Para reservas e informações adicionais: tel: (011) 36.76.17.81 / 81.62.61.17 com Silvia.

Emporio Sorio – aquele que importa os deliciosos vinhos da Córsega, entre eles os rosés em destaque e alguns brancos divinos (gosto especialmente dos doces), está com uma promoção em cima dos seus já bons preços. Confira.

Salute e kanimambo

Desafio de Espumantes Rosés

             Passamos pela primeira etapa destes embates de espumantes com a prova de Moscatel e agora entramos na de Rosés, um segmento que vem crescendo bastante como o de vinhos tranqüilos. Com o apoio de diversos importadores, produtores e lojistas amigos, reunimos doze rótulos bastante interessantes, alguns já velhos conhecidos e outros novos. A maior parte destes vinhos, especialmente os produzidos por aqui, advém de uma única cepa, sendo elaborado por um processo de maceração pelicular que pode ser de 45 minutos a 10 ou 12 horas, dependendo do que o enólogo busca produzir. Também podem ser adotados cortes de uvas tintas ou, uma curiosidade, os rosés espumantes podem ser resultado de mostos de uvas brancas e tintas o que é impensável nos vinhos rosé tranqüilos.

              Os métodos usados são tanto o charmat quanto o champenoise, opção feita pelo enólogo de cada empresa dentro de seus conceitos e objetivos assim como das especificações de cada região produtora. Nesta lista de desafiantes escolhidos, tentei fazer uma mescla bem representativa de tudo o que está disponível no mercado com ambos os métodos de elaboração e cepas diversas. Para avaliar e analisar estes espumantes buscando encontrar o Melhor Vinho deste embate e a Melhor Compra, uma banca de degustadores acostumados a participar destes Desafios: Augusto (sommelier), Ricardo Tomasi (Sommelier/Specialitá), Emilio e Fátima Santoro (Portal dos Vinhos), Marcel Proença (Assemblage Vinhos), Denise Cavalcante (Assessora de Imprensa), Dr. Luiz Fernando Leite de Barros e Evandro Silva (Enófilos), Daniel Perches (Vinhos de Corte) e eu.

Vejam abaixo a relação dos desafiantes com o que pude obter de informações:

Rótulo: Codorniu Pinot Noir Brut

Produtor: Codorniu

Importador: Interfood

País: Espanha     Região: Penedés

Método:   Clássico                   Safra: n/s

Assemblage: Pinot Noir

Envelhecimento:                   Álcool:12%

Preço Médio no Mercado  R$: 85,00

Rótulo: Stellato Brut

Produtor: Santo Emilio

Importador: Distribuição Eivin

País:  Brasil      Região: Serra Catarinense

Método: Charmat Longo         Safra: 2008

Assemblage: Cabernet Sauvignon / Merlot

Envelhecimento:                   Álcool: 13%

Preço Médio no Mercado  R$: 52,00

Rótulo: Paralelo 8

Produtor: Vinibrasil

Importador: Distribuição Expand

País: Brasil     Região: Vale do São Francisco

Método:  Charmat          Safra: 2008

Assemblage: Syrah

Envelhecimento:                   Álcool: 12%

Preço Médio no Mercado R$: 25,00

Rótulo: Vallontano

Produtor: Vallontano Vinhos Nobres

Importador: Distribuição Mistral

País: Brasil   Região: Vale dos Vinhedos

Método: Charmat longo          Safra: n/s

Assemblage: Chardonnay/Pinot/Riesling Itálico

Envelhecimento:                   Álcool: 12%

Preço Médio no Mercado R$:40,00

Rótulo: Marrugat Brut Rosado Reserva

Produtor: Pinord

Importador: Winery

País:  Espanha                    Região: Penédes

Método: Clássico            Safra: n/s

Assemblage: Trepat

Envelhecimento:  24 meses    Álcool: 11,5%

Preço Médio no Mercado  R$: 48,00

Rótulo: Dal Pizzol Brut

Produtor: Vinicola Monte Lemos (Dal Pizzol)

Importador:

País: Brasil    Região: Vale dos Vinhedos

Método: Charmat Longo                Safra: n/s

Assemblage: Chardonnay/Pinot

Envelhecimento:                   Álcool: 12%

Preço Médio no Mercado R$: 35,00

Rótulo: Cave Geisse Brut Rosé

Produtor: Cave Geisse

Importador: Distribuição Vinhos do Mundo

País:  Brasil   Região: Vinhos de Montanha

Método:  Clássico                  Safra: 2004

Assemblage:  Pinot Noir

Envelhecimento: 3 anos       Álcool: 12,5%

Preço Médio no Mercado R$: 85 a 95,00

Rótulo: Incontri Spumante Rosé

Produtor: Piera Martelozzo Spa.

Importador: Vinea

País: Itália                   Região: Alto Adige

Método: Charmat                         Safra: n/s

Assemblage: Raboso (85%) e Pinot Nero

Envelhecimento:                   Álcool: 11,5%

Preço Médio no Mercado R$:67,00

Rótulo: Duc de Raybaud Brut

Produtor: Les Vin Breban

Importador: KB – Vinrose (gentileza BR Bebidas)

País: França                  Região: Provence

Método:                         Safra: 2007

Assemblage: Pinot Noir

Envelhecimento:                   Álcool: 11,5%

Preço Médio no Mercado  R$: 60,00

Rótulo: Faìve

Produtor: Nino Franco

Importador: Inovini (Aurora Importadora)

País:  Itália Região: Valdobbiadene/Veneto

Método:  Charmat        Safra: 2007

Assemblage: Merlot / Cabernet Franc

Envelhecimento:                   Álcool: 12%

Preço Médio no Mercado  R$:88,00

Rótulo: 3b

Produtor: Filipa Pato

Importador: Casa Flora (gentileza da Portal dos Vinhos)

País: Portugal            Região: Bairrada

Método:  Clássico           Safra:2008

Assemblage: Baga e Bical

Envelhecimento:  4 meses        Álcool: 12%

Preço Médio no Mercado R$:53,00

Rótulo: Amante

Produtor: Famiglia Valduga

País: Brasil

Região: Serra do Sudeste / Encruzilhada

Método: Clássico                    Safra: 2008

Assemblage: Malbec

Envelhecimento:  10 meses   Álcool: 12,5%

Preço Médio no Mercado  R$: 57,00

           Desta feita o Emilio e a Fátima foram nossos anfitriões em sua loja recheadissíma de bons rótulos a preços justos e algumas boas promoções com numero limitado de garrafas. Foi assim que comprei um Bonarda 4 Passion de Jofre y Hijas por apenas R$29,00 e um Quinta do Engenho Porto Ruby por R$39,00. Parceiro antigo, a Portal dos Vinhos é um marco de nossa vinosfera no bairro do Morumbi e uma loja que prima pela ótima diversidade e rótulos escolhidos a dedo assim como pela simpatia no atendimento. Sugiro e recomendo a loja dos amigos aos amigos.

           Na Segunda-feira publico os resultados desta, espero, saborosa experiência com a resposta a uma pergunta que me fizeram; afinal, rosé não é tudo igual?!

Salute e kanimambo

Dicas da Semana

          Produtos para compra, gastronomia, degustações um pouco de tudo para permitir que você aproveite os prazeres de nossa vinosfera e se dê bem. Aproveitem.

Encontro Papo de Vinho – Um lembrete deste primeiro encontro promovido pelo colega blogueiro Beto Duarte que promete ser muito bom e conta com diversas importadoras e produtores nacionais, mais de 16 pelas últimas contas. Eu e diversos outros colegas do Enoblogs estaremos por lá, quem sabe não nos encontramos?

Flyer+Papo+de+Vinho

 

Degustação de Néctares de Bordeaux – mais um lembrete para esta incrível degustação que, a meu ver, é uma tremenda oportunidade de conferir alguns dos melhores vinhos do mundo. Considerando-se a frota estrelar presente mais o gabarito do apresentador, o preço possui uma ótima relação custo x beneficio e ainda tem o jantar com novidades Suiças da Vitis Vinifera.

Odisseia

 

Grandes Vinhos Argentinos na Portal dos Vinhos – na sequência das muito boas degustações temáticas promovidas pelo Emilio, esta neste Sábado é muito interessante.

Argentino na Portal dos Vinhos

 

Kits CultVinho. A nova importadora de vinhos espanhóis que já apresentei aqui, já está com disponibilidade de alguns kits para as festas de fim de ano que se avizinham. Abaixo duas dicas, mas vejam só como eles são cuidadosos no atendimento de seus pedidos e no trato do vinho; além do tradicional e nem sempre realizado transporte dos vinhos da Europa para o Brasil em containeres climatizados, a guarda dos vinhos e sua entrega aos clientes também mereceu atenção especial da importadora. Em São Paulo, onde fica a sede da empresa, os vinhos são mantidos em armazéns refrigerados com temperatura constante de 18°C. “Além disso, investimentos na criação de estrutura de entrega com mini-caminhões climatizados para manter as condições ideais constantes, garantindo assim o sabor e as características dos vinhos íntegros até ele chegar ao consumidor”, explica Armando Gaspar, sócio da CultVinho, lembrando que os engarrafamentos no trânsito e o calor que normalmente atinge a cidade de São Paulo pode afetar a qualidade dos vinhos durante a entrega. “Queremos garantir que nosso consumidor receba um produto como se estivesse na Espanha”, destaca. É pouco?! Veja os kits.

CultVinho Kit 1Kit Casado Morales, que leva o nome de uma das bodegas representadas pela empresa, traz dois tintos da região de Rioja Alavesa ao preço de R$ 140,00: o estruturado Nobleza Dimidium 2007 e o equilibrado Casado Morales Crianza 2006. Ambos os vinhos são feitos majoritariamente com a uva Tempranillo e levam 10% de Graciano.

CultVinho Kit 2Kit Luiz Alegre (outra bodega da região de Rioja Alavesa que a CultVinho está trazendo com exclusividade ao Brasil), conta com dois vinhos tintos e um espumante Cava. Os escolhidos foram o encorpado e aromático Luis Alegre Reserva 2004, feito com 90% de Tempranillo e 10% de Graciano e Mazuelo, e o saboroso e elegante Luis Alegre Crianza 2005, produzido com 85% de Tempranillo e 15% de Garnacha, Graciano e Mazuelo. A cava é a Fincalegre Brut, de aroma de fruta e jasmim e sabor refrescante. O valor do kit é de R$ 290,00.

Gostou, então contate o pessoal acessando o site >> www.cultvinho.com

 

Casa Marin na Portal dos Vinhos.  Esta é de parar o trânsito da região, os vinhos da Casa Marin chegam ao Morumbi e você terá a aoportunidade de provar, e comprar, algumas preciosidades. São vinhos de excelente qualidade, ícones de uma região e recomendo muito fortemente o espetacular Miramar Syrah e os estupendos Sauvignon Blanc Laurel e La Abarca Pinot. Esta é uma degustação imperdível para os apreciadores de bons vinhos do Morumbi/Pananby e arredores conferirem o porquê de tanta fama mundial e tanta pontuação. Pelo que me lembro, acho que eles não têm um vinho avaliado abaixo de 90 pontos. Eu estarei no encontro Papo de Vinhos, mas depois venho para cá, é bom demais da conta sô!!

Portal & Casa Marin

 

Vinhos do Mundo e BrancoTinto – Para quem é do interior de São Paulo, especialmente os amantes do vinho na região de Indaiatuba e campinas, eis uma interessante Mostra de Vinhos a ser visitada neste Sábado. Por sinal, esse Petit Verdot da Casa Silva é estupendo!

Mostra de Vinhos - BrancoTinto

 

Wine Week, uma bela sacada do amigo Didú Russo e alguns produtores nacionais. A um preço subsidiado pelos produtores, os restaurantes participantes disponibilizarão dez rótulos escolhidos a dedo e, a cada garrafa comprada, R$1 vai para a AACD no período de 19 de Outubro a 1 de Novembro. Muito legal esta iniciativa só acho que poderiam elevar esse valor de um para cinco Reais, quem sabe da próxima vez. Você pode checar no site http://www.wineweek.com.br/ quais os restaurantes e vinhos que participam do evento, mas dou aqui duas dicas que recebi :

Praça São Lourenço by NightPraça São Lourenço – A casa completou quatro anos em 2009  e,  para celebrar,  reformulou completamente seu menu sob a batuta da chef Ana Soares e execução do competente chef Cristiano Xavier . Agora, quem freqüentar o restaurante Praça São Lourenço – famoso por ser um refúgio de bom gosto na agitada Vila Olímpia – pode provar pratos produzidos de forma rústica no forno a lenha e com influências italianas. O preparo dos pratos no forno a lenha traduz, de forma harmoniosa, o calor e a simplicidade sofisticada presentes no restaurante. A nova cozinha dialoga com este espaço chique e despojado. “É uma cozinha de sabor, de memória e dos sentidos”, diz um dos sócios, João Paulo Gentille. Para acompanhar, todos os 10 vinhos da Wine Week estarão disponíveis.

Salton Volpi Gewurztraminer2Salton – Um dos principais produtores brasileiros participa deste evento com seu Volpi Gewurztraminer. “A linha Volpi da Salton sempre é uma boa escolha. Esse Volpi Gewurztraminer sorteado para participar do Wine Week representa senão o melhor, um dos melhores gewurz brasileiros. Um vinho que merece ser provado com sabores de lichia, creme nívea, muito floral, fresco e sedutor. Você vai adorar”, indica Didú. O Salton Volpi Gewurztraminer será vendido nos restaurantes participantes do evento a R$32,00 a garrafa. Essa linha de vinhos que tem também os muito bons Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e um dos meus brancos favoritos o Sauvignon Blanc, é uma das boa opções de vinhos disponíveis no mercado e, muito importante, com bons preços.

 

Magia dos Vinhos Biodinâmicos em Porto Alegre – Dia 28 de Outubro na Adega Uniagro , a incansável Maria Amélia Duarte reúne amigos para um bate-papo e degustação de vinhos orgânicos e biodinâmicos. O termo vem grego bio(vida), e dunamis (força); a biodinâmica é a “força da vida”, “teoria das forças vitais”.  Uma maneira de estar e sentir agricultura e vida como parte integrante de um ecossistema com extensão cósmica, mais do que uma ciência aplicada. Tem o pensamento mais radical que o orgânico, mas a mesma origem: o excesso de química do século XX aumentou a produção, destruindo pestes, mas também destruiu ecossistemas e, assim, o terroir.

              Várias práticas biodinâmicas nascem em agriculturas primitivas proibidas pela Inquisição, vistas como bruxarias, como o calendário lunar e marés. Steiner organizou conceitos, agregando o lado filosófico e esotérico da questão. Uma das diferenças essenciais entre orgânicos e biodinâmicos é o tempo do plantio, regulado conforme as fases da lua. Além de uma teoria ou prática, o biodinamismo é também um estilo de vida da maioria dos viticultores que o seguem; o mercado gosta de chamá-los de “neo-hippies” devido a esta forma de viver vinculado a natureza e energias do universo.

             O biodinamismo considera a polaridade dos seres vivos, equilíbrio entre forças materiais da terra e forças energéticas: a influência do sol, lua e outros astros, mínimo de interferência humana, nada de química. Acredita-se que esses vinhos potencializem o terroir, em aromas, sabores e longevidade, sem filtros de defeitos. Não precisa ser bom, tem que ser verdadeiro, “não há safras boas ou ruins, são as formas de expressão da natureza em cada ano, em cada momento. O agricultor deve compreender a essência da vida e ajudar esta reconstrução. Se a natureza é agredida, ela responde.”

Vinhos:

  • Domaine Zind Humbrecht, Riesling, Alsace, França
  • EQ Matetic Sauvignon Blanc . DO San Antonio, Chile
  • Marimar Torres Estate Chardonnay, DO Russian River Valley, Estados Unidos
  • Viña Emiliana Coyam 2005 . Chile
  • Avondale “The Owl House” Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2003 . Paarl, África do Sul
  • EQ Matetic Syrah 2006 . DO San Antonio, Chile
  • Il Segreto Chardonnay Brut Organico . San Rafael, Mendoza, Argentina
  • (degustação de um vinho surpresa)

Valor individual – R$ 120,00 (incluso palestra, vinhos, apostila, certificado, pães, tábuas de frios e brinde com espumantes). Como são apenas 12 vagas, sugiro contatá-los logo pelo telefone (051) 9331 6098 ou por e-mail  mariaamelia@vinhoearte.

 

Assemblage Wine Dinner no Batuto, aqui na Granja Viana. Uma boa dica para os apreciadores de vinho da região. Jantar harmonizado com os vinhos da argentina Malma por um preçinho camarada e ainda ganha um bônus para gastar na loja, nada mau e vale conferir.

Assemblage Wine Dinner

Desafio Merlots do Mundo – Resultado

            Bem, eis finalmente os resultados desta gostosa prova com desafiantes de todos os lados de nossa vinosfera, um total de 10 países presentes ao Desafio. Prepare-se, são doze vinhos então este post tem chão! Como sempre, ressalto o fato de que o conceito destes Desafios de vinhos é tentar mostrar uma visão do produto por parte do consumidor através de um perfil bastante heterogêneo dos participantes da banca degustadora não sendo, consequentemente, uma visão de criticos profissionais do setor. Ou seja, aqui, afora aspectos técnicos, considera-se a emoção que o vinho despertou ao ser tomado. Não é para isso que você toma vinho? 

          Exceção feita ao Casillero Del Diablo Merlot 2007, todos os outros vinhos foram decantados, tendo depois voltado para a garrafa e adega, de forma a não perder a temperatura de serviço. Antes de iniciar, quero agradecer aqueles que contribuiram para que este Desafio pudesse ser realizado; A Trattoria do Pietro no Shopping Open Center no Morumbi, os importadores, Expand / Interfood / Decanter / Mistral / Wine Society / Casa Flora / Portuscale / Vinhos do Mundo e VCT Brasil assim como a Miolo e Valduga.

             Eis o resultado conforme ordem de serviço, lembrando que a degustação foi feita totalmente às cegas. Por serem 12 membros na banca, optei por eliminar as menores e maiores notas dadas a cada um dos vinhos. Ao final, listo os jurados e a escolha de cada um como melhor vinho da noite e, afora este resultado, apuramos também, o Melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra através do voto de todos. Não tive muito tempo para pesquisar pontuações internacionais de cada vinho, para mero efeito comparativo, porém como tenho acesso à Wine Spectator, pesquei o que deu lá. Quem tiver outras fontes de pontuação e queira colaborar, basta enviar-me a informação como comentário. Os comentários são um mix do que os degustadores marcaram em suas fichas padrão ABS. Vamos lá.

Label La ButteChateau La Butte Viellies Vignes 2005, o desafiante Francês de Bordeaux, berço da Merlot, originado de vinhedos com mais de 50 anos. Preço USD43,50 estando disponível na Mistral. Aromas delicados de frutas madura, algo resinoso com nuances herbáceas, na boca mostra-se saboroso, com taninos sedosos, boa acidez algo ligeiro e não muito longo. Um vinho com uma personalidade “amistosa” , fino e elegante, corpo médio, bastante agradável e fácil de tomar. Nota média obtida 82,15.

 

Label Fabre Montmayou Gran Reserva MerlotFabre-Montmayou Patagônia (Infinitus) Gran Reserva 05, a Argentina não é berço de grandes Merlot, mas este eu conhecia e fiz questão de o colocar na roda como digno representante de nuestros irmanos! Com 89 pontos na Wine Spectator, é um vinho de que gosto bastante e tem um preço de R$98,00 estando disponível na Expand. Balsâmico, especiarias, com nuances químicas no nariz. Na boca é bastante complexo, de bom corpo, boca cheia, equilibrado e muito saboroso com final de boa persistência em que aparece baunilha e algo de chocolate. Nota média obtida 86,25 pontos.

 

label - Miolo TerroirMerlot Terroir 2005, o primeiro de nossos representantes tupiniquins com um preço ao redor de R$65,00 tendo sido pontuado na degustação da Freetime, com 88,7 pontos. Frutas negras, madeira algo de tabaco no nariz. Na boca apresenta-se frutado, equilibrado mostrando boa acidez e taninos aveludados, bom volume de boca, saboroso com um final de boca longo deixando um leve amargor residual que não chega a incomodar. Obteve a média de 85,35 pontos.

 

Label Planeta MerlotPlaneta Sicília Merlot 2005, o desafiante italiano, que conheci numa degustação promovida pela Interfood, o importador deste produtor. Preço R$143,00 possuindo uma pontuação de 85 pontos na Wine Spectator. Eu dei mais, a média deu menos, uma degustação ás cegas é isso mesmo e tem que ser respeitada. Aromas de frutos negros, algo de especiarias, talvez cravo, na boca é um vinho encorpado de perfil moderno, robusto com o álcool um pouco predominante. Final longo e complexo, talvez presicasse de um pouco mais do que a uma hora que teve de decantação e, certamente, cresceria muito com comida. Nota média obtida 84,20.

 

Label Marques de Casa ConchaMarqués de Casa Concha 2006, desafiante chileno (produzido pela Concha y Toro) e mais um que fiz questão que estivesse presente até porque é reconhecidamente conceituado como um dos melhores Merlots chilenos, neste caso com 90 pontos da Wine Spectator e um preço na Expand, sua importadora, de R$78,00. Bastante químico no nariz, fruta madura e nuances de café que se intensificam com o tempo em taça. Equilibrado, firme e harmônico com taninos finos, corpo médio, cremoso com taninos aveludados e muito saboroso com bom volume de boca e bastante longo. Confirmou o que se esperava dele tendo obtido uma nota média de 88,35 pontos.

 

Merlot Storia labelStoria 2005, mais um Desafiante tupiniquim produzido pela Casa Valduga e merecidamente reconhecido hoje como um dos melhores vinhos nacionais tendo obtido 88,7 pontos na degustação de Merlots brasileiros da Freetime. Saiu para o mercado a R$85,00, mas as poucas  garrafas que se acham no mercado estão entre R$110 a 120,00. Complexo nos aromas, fruta madura, capuccino, algo floral entrada de boca marcante, denso, fruta compotada, taninos doces em total equilíbrio com a boa acidez deixando-o redondo, rico, aliando potência e elegância num final de muito boa persistência. Alguns dos adjetivos das fichas; belo, vinhaço, espetacular o preferido de seis dos doze degustadores. Efetivamente um grande vinho que se comportou especialmente bem no Desafio desta noite tendo obtido uma nota média de 90,75 pontos.

 

Label Smithbrook MerlotSmithbrook 2005 foi o Desafiante australiano e o único com uma maior participação de outras cepas que não Merlot. A regra é no mínimo 85% e este apresentou 86%, com o restante sendo composto de 12% Cabernet Sauvignon e 2% Petiti Verdot. Já tinha provado, e gostado, deste vinho em uma outra ocasião e apesar de esta não ser uma uva relevante na produção australiana, assim como na Argentina, este mostrou-se um digno representante. É trazido pela Wine Society e é comercializado por cerca de R$75,00. No nariz mostrou-se algo químico, especiado com nuances de menta. Na boca é bastante rico, bom volume de boca, complexo com alguns toques herbáceos, taninos aveludados, corpo médio, de final elegante e bem equilibrado que evolui na taça para aromas achocolatados. Obteve a média de 86,80 pontos.

 

Label Fleur du Cap UnfilteredFleur du Cap Unfiltered Merlot 2005, importação da Casa Flora com preço sugerido ao consumidor, em torno de R$83,00 e foi o Desafiante que representou a África do Sul nesta agradável noite. Aromas de boa tipicidade e intensidade. Taninos doces ainda com forte presença, equilibrado, algo fechado mostrando todo o seu potencial de guarda. Mais um país onde a Merlot não é das uvas de maior destaque, mas este mostra muitas qualidades, boa persistência e potencial de desenvolvimento. Nota média obtida 86,70.

 

Label Casillero MerlotCasillero Del Diablo Reserva 2007, o vinho surpresa da noite, colocado na lista sem o conhecimento de nenhum dos convidados. O Pizatto Reserva 2005, o outro surpresa que pretendia colocar, lamentavelmente foi um “no show”, então este ficou sozinho disputando contra rótulos de valor agregado bem mais alto. O vinho é importado e distribuído pela VCT Brasil (Concha y Toro) e custa em média R$30,00. Aromas, mais uma vez, mostrando fruta madura, nuances herbáceas e algo químico uma constante em boa parte dos vinhos provados. Na boca é macio, rico de sabores, redondo, taninos doces e sedosos, acidez balanceada, um vinho muito saboroso e fácil de se gostar. Talvez não apresente a mesma complexidade de outros vinhos, mas é muito bem feito, confirmando minha primeira impressão ao degustar toda a linha 2007 da Casillero em meados do ano passado, este varietal é certamente um dos melhores. Na Wine Spectator obteve 85 pontos e neste Desafio obteve uma média de 86,05 pontos sendo o preferido de dois dos degustadores.

 

Label Abadal 5Abadal 5, o representantes espanhol trazido pela Decanter é um corte de cinco clones de origens (Califórnia, França e Itália) e parcelas diferentes dentro do vinhedo. Seu preço estão ao redor de R$113 e esperava ansioso por conhecê-lo. É tímido nos aromas algo balsâmicos e químicos com fruta compotada em segundo plano. Na boca mostrou-se algo herbáceo, taninos ainda firmes e adstringentes, carnoso e untuoso, boa estrutura, aparecendo um certo desiquilibrio e amargor final que incomodou a maioria. Como o Innominabile II no Desafio Assemblage, acho que este vinho merece uma segunda chance pois, apesar de a rolha não apresentar problemas aparentes, é certo que não se apresentou bem neste embate. A Wine Spectator deu-lhe 78 pontos e o Guia Penin 89, aqui ele obteve a média de 80 pontos.

 

Label Wente Crane RidgeWente Crane Ridge Merlot 2004, elaborado por um dos mais antigos produtores americanos, este californiano representou a terra de Tio Sam, 79 pontos da Wine Spectator, neste Desafio. Este foi o segundo rótulo que não era 100% merlot, apresentando um corte de 2% , acreditem, de Touriga Nacional. É trazido pela Vinhos do Mundo e custa em torno de R$98,00. Lembrando que o Desafio era às cegas, os principais comentários aos seus gostosos e intensos aromas era de que nos lembrava Vinho do Porto! Será que 2% de Touriga podem fazer toda essa diferença? Untuoso, rico, ótima estrutura com bom volume de boca, taninos sedosos, macios, muito harmônico com um longo e saboroso final de boca lembrando bala toffee. Um vinho que talvez fosse tecnicamente inferior a alguns outros, mas que teve a ousadia de mexer com as emoções das pessoas tendo gerado um burburinho na mesa. Só por isso já levou uns pontos a mais tendo totalizado a média de 89,30.

 

Label Ma PartilhaMá Partilha 2001, produzido pela Quinta da Bacalhôa nas Terras do Sado em Portugal, é o digno representante Luso, mostrando que os vinhos varietais de uvas internacionais também têm vez por lá. Como o La Butte, é um vinho mais elegante e fino, pronto a beber, talvez até já mostrando alguma fadiga pelo tempo já que era o único no painel com 8 anos de vida. Em função disso, somente o decantamos por meia hora, evitando uma maior oxigenação do vinho. Nos aromas é algo tostado, frutas secas e café sem muita intensidade. Na boca é sedoso, macio e harmônico, faltou-lhe um pouco mais de corpo (idade?), saboroso, mostrando uma certa finesse que normalmente a idade nos traz. Odiado por uns e esnobado por outros, a nota final obtida foi de 86,05.

               O resultado final comprovou a fama e mostrou uma performance incrível de nosso representante Brasileiro o Storia da Casa Valduga como o grande campeão da noite, um verdadeiro “Best in Show” especialmente bom neste Desafio mostrando porque o elegi como um dos Melhores Vinhos de 2008 ! Só para que se tenha uma idéia, a nota mais baixa recebida pelo Storia nesta noite, foi de 88,5 pontos. Este eu gostaria de ver em mais degustações ás cegas num embate com os grandes de outros países tanto do velho como no novo mundo. A meu ver, é um vinho que extrapola a origem tendo se transformado num vinho marcante em qualquer lugar do mundo. Opinião de plebeu, mas vero!  Logo a seguir, em segundo lugar, uma das grandes surpresas da noite, o desafiante americano Wente Crane Ridge e em terceiro o sempre seguro Marquès de Casa Concha, o representante chileno nesta disputa. Para finalizar o pódio, em quarto lugar o australiano Smithbrook e em quinto o sul africano Fleur du Cap Unfiltered. Como Melhor Relação Custo x Beneficio o Casillero del Diablo 2007,  escolhido por unanimidade, e a Melhor Compra o Wente Crane Ridge, provavelmente em função de sua capacidade de emocionar.

           Como disse ontem, acho que a banca mostrou uma certa tendência “novo mundista” neste embate de bons e representativos Merlots do Mundo, mas não acredito que isto possa ter influência direta já que os primeiros lugares dificilmente mudariam em qualquer outra circunstância.  Alguns vinhos poderiam ter se dado melhor, mas o resultado e a performance dos ganhadores, nesta noite específica, é incontestável. Pois bem, estes foram os vinhos escolhidos como o melhor da noite por cada um dos membros da banca e sua pontuação:

  • Emilio – Storia – 92 pontos
  • Denise – Wente Crane Ridge – 93pontos
  • Evandro – Casillero – 91 pontos
  • Luis Fernando – Marqués – 89 pontos
  • Cristiano – Storia – 91 pontos
  • Marcel – Wente Crane Ridge – 90 pontos
  • Jaerton – Storia – 94 pontos
  • Fabio – Storia – 90 pontos
  • Francisco – Casillero – 90 pontos
  • Zé Roberto – Wente Crane Ridge– 92 pontos
  • Alexandre – Storia – 93 pontos
  • João Filipe – Storia – 93 pontos (tinha dado 90 na Freetime)

Panorama Desafio Merlots da Trattoria do Pietro

Trattoria do Pietro – Av. Dr. Guilherme D. Vilares 1210 – Shopping Open Center – Morumbi – São Paulo – Tel. (11) 2579.6749

Novo Desafio – Merlots do Mundo.

Meus amigos, mais um Desafio de Vinhos se avizinha, desta vez com 13 rótulos! Não será um Desafio, será uma maratona, mas vamos que vamos. Colocarei na disputa Merlots do Mundo com a inclusão de dois fortes participantes brasileiros o Miolo Terroir e o Storia, ganhadores que foram da degustação de merlots nacionais realizada pela revista Freetime. Vejam abaixo a lista dos Desafiantes a; Melhor Vinho, Melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra, títulos que serão outorgados pela média de notas e votação dos membros da banca presentes.

  • De Portugal o Má Partilha 01, para mostrar que o país não só vive de uvas autóctones – Quinta da Bacalhôa / Portuscale – R$120,00
  • Da Argentina o Fabre Montmayou Patagonia Gran Reserva 05, vinho que provei há uns tempos atrás e me encantou mostrando que a Merlot também dá bons vinhos por lá – Expand – R$98,00
  • Da Espanha o Abadal 5 de 2003, um corte de cinco clones de origens (Califórnia, França e Itália) e parcelas diferentes dentro do vinhedo – Decanter – R$113,60.
  • Da Australia o Smithbrook 05, dentro do limite mínimo exigido pela banca (85%) possuindo 86% de Merlot. Um dos poucos a não ser 100% Merlot – Wine Society – Austrália– R$75,00.
  • Do Chile o Marqués de Casa Concha 05, desafiante que dispensa apresentações – Expand – R$78,00
  • Da África do Sul o Fleur du Cap Unfiltered Merlot 05 – África do Sul – Casa Flora – R$83,00
  • Do Brasil o Storia 05Valduga – Brasil – R$105,00 (de R$90 a 120)
  • Do Brasil Miolo Terroir 05Miolo – Brasil – R$65,00
  • Da Itália o Planeta Merlot 05, mais precisamente da Sicília e um dos Desafiantes mais respeitados e conceituados – Interfood – R$143,00.
  • Dos Estados Unidos o Wente Crane Ridge Merlot 04, de um dos produtores americanos mais antigos, este vinho contém 98% de Merlot, os outros 2% conto depois – California/EUA – Vinhos do Mundo – R$98,80
  • Da França o Chateau La Butte Vieilles Vignes 2005, um Desafiante de peso vindo da região berço da Merlot no mundo – Bordeaux/França – Mistral – USD43,50.

Afora estes onze Desafiantes listados acima, escalei dois desafiantes surpresa que serão apresentados somente após o término da contenda que, como de praxe, será realizada às cegas. Como 13 não é um Fotos Pietro 005número que traz bons fluidos, talvez ainda inclua um décimo-quarto desafiante ainda a ser escolhido. O Embate será realizado nas aconchegantes instalações da Trattoria do Pietro no Morumbi, ali próximo ao Portal do Morumbi na Av. Guilherme D. Vilares 1210, no shopping Open Center. Parceiro da Decanter, como este blog, possui uma carta de bons vinhos e pratos saborosos com preços honestos, tendo tudo para vir a se tornar mais um parceiro de Falando de Vinhos.

Em breve retorno com mais noticias sobre este embate. Quem ganhará, brasileiro ou estrangeiro? Quer arriscar um palpite?

Salute e kanimambo.