Vinhos Brasileiros

Vinhos Brasileiros x Importados

Interessante este tema que segue atual há anos! rs A polêmica é sempre a mesma e normalmente gera debates bem acalorados. No fim de semana quando quando indaguei no Face sobre qual o Melhor Chardonnay Brasileiro, os comentários foram os mais diversos, desde criticas ao produto brasileiro, elogios e o sempre quente tema dos preços como impeditivo de crescimento do consumo e reconhecimento. Daí ter surgido a necessidade, para mim obviamente, de mais uma vez voltar a escrever sobre o tema.

A indagação colocada, visava buscar um rótulo nacional para enfrentar algumas feras de outros países representados por excelentes vinhos de Napa, Borgonha, Sicília, Argentina, Chile e Austrália. Lógico que cá tenho a minha opinião e até já tenho um em mente caso o consiga encontrar, porém quis ter um feedback dos amigos ligados ao mundo do vinho e vieram sugestões bastante interessantes, tanto de reconhecidos grandes vinhos como de vinhos bons, saborosos mas que dificilmente teriam porte para encarar as feras, mas esse é papo para outro momento pois me deu uma ideia que espero poder vir a colocar em prática brevemente.

Creio que o que tem que ficar claro, é que a grande maioria de nós não mais nega a qualidade dos vinhos nacionais, especialmente os espumantes, mas também de uma série de brancos e tintos. O grande problema, em minha modesta opinião, segue sendo política comercial e marketing, que atinge também diversos importadores com suas crises de personalidade, de precificação e obviamente cultural por parte do consumidor que segue achando que por ser nacional deve ser mais barato. Viver no Brasil é caro, produzir no Brasil é caro e ponto final! O mercado de vinhos finos brasileiro não cresce essencialmente por isso e quem toma vinhos finos é a classe média que perdeu poder de compra de forma implacável e devastadora nos últimos anos, então …

Voltando ao cerne da questão, há que se comparar alhos com alhos, não com bugalhos, e o preço no Brasil é a referência a ser levada em consideração em qualquer análise comparativa séria e isenta que obrigatoriamente deverá ser executada às cegas. Vou dar dois exemplos disso que aconteceram em minha vida de enófilo ao longo deste últimos 10 anos em que compartilho idéias e experiências aqui com os amigos.

1 – publiquei durante anos meus Melhores Vinhos do Ano por faixa de preços, pois meu foco como consumidor sempre foi esse, Melhores Vinhos com a Melhor Relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer)! Num determinado ano me vi deixando de lado um vinho que tinha ganho todos os uaus de degustadores e meus porque eu o achava fora da faixa de preço, “era caro para um nacional”! Mas espera aí, ele não bateu todos seus concorrentes, entre eles diversos estrangeiros, com preços até mais altos? Então que tipo de descriminação idiota eu estava fazendo? Óbvio que, no final, entrou né? Não como um vinho brasileiro, não faço esse tipo de distinção entre meus vinhos, mas por ser bom e se encaixar no preço de seus pares.

2 – mais recentemente o mercado todo e críticos renomados decidiram eleger mais um campeão de pontuação que acabei comprando para conferir. Demorei um tempão para o fazer, estava bastante cético. Esperei o momento certo, uma degustação ás cegas daquela determinada uva. Juntei seis rótulos de muita qualidade e em duas confrarias coloquei esse vinho ás cegas e ele ganhou ambas! É um vinho de valor alto, sim, mas ganhou de gente mais cara!! Ficaram meio soberbos, opinião minha, porém a qualidade é indiscutível e dentro do contexto, preços aqui com toda a carga tributária que assola o setor assim como custo Brasil que é altíssimo, sendo sim páreo para qualquer vinho de alta gama no mundo.

Desde a época da tentativa da indústria nacional do vinho ter tentado emplacar as malfadadas SALVAGUARDAS, (quem não lembra ou não viveu o momento siga o link, para entender) peguei a reputação de ser contra o vinho brasileiro, tremenda asneira! Quem quiser saber minha opinião basta ler um pouco do que escrevi sobre os vinhos brasileiros que provei, basta clicar aqui do lado em Categorias, Brasil e fuçar, depois faça seu juízo de direito. Fui e sou contra qualquer ação que afete o consumidor enófilo tupiniquim (como eu), só isso, e sou critico da filosofia comercial e de marketing da maioria, mas há muiiito tempo que não mais discuto qualidade. Há coisas ruins por aqui, há coisas boas e até algumas muito boas beirando a excelência, apesar de mais raros, como o é em muita parte do mundo produtor.

Ao fazer comparações entre importados e nacionais no mercado brasileiro há que fazê-lo com todos o custo Brasil e impostos embutidos. Não dá para comparar preço aqui versus um em qualquer outro país produtor, aí é covardia! rs Em minhas confrarias e desafios o preço é seleção essencial, mas que pagarmos caro o vinho não há dúvidas, porém fica aqui uma indagação; o que é que no Brasil não é caro?

Nos meus Desafios de Vinho, volta e meia colocava um vinho brasileiro como um intruso na prova que sempre era ás cegas e dentro de uma faixa de preço pré-determinada, em muitos levou e em outros foi a surpresa do evento Minha recomendação é só uma, sem preconceitos nem com xiitismos nacionalistas, mente aberta!

Finalizando, apesar do tema não ter fim e a diversidade de opiniões ser enorme, cada um sabe de si, de seu bolso e de seu gosto.  Compare, não caia nos contos dos Melhores do Mundo (tem até site de produtor com essa aberração!), use seu discernimento para seguir viajando por nossa imensa vinosfera colocando qualidade como quesito número um adequando-o a seu bolso, não importa se é brasileiro ou importado. Como já dizia o saudoso Saul Galvão, “o vinho existe para te dar prazer, se o fez cumpriu com seu papel!”, que assim seja.

Entre importados ou nacionais não tome partido, opte por você. Compre seu vinho pensando no momento, na companhia, no seu prazer, sendo bom e cabendo no seu bolso, pode ser de qualquer lugar, who cares!  Saúde, kanimambo pela visita e nos vemos aqui em breve ou por aí numa das esquinas dos caminhos de Baco. Boa semana

 

 

 

Outubro é 10 na Vino & Sapore!

       Amigos, neste mês comemoramos 3 anos de vida na Vino & Sapore, era bem mais fácil só falar de vinho (rs), e os eventos do mês estão da hora!

Dia 23 – Degustação Temática de Vinhos do Porto – História, Vinificação, Tipos, Estilos e Harmonização. Para este dia nos sobrou somente uma vaga e em função da demanda abrimos um segundo grupo para dia 31. ÚLTIMA VAGA TOMADA, OBA!! Turma nova em 31/10, veja abaixo.

Recepção :  Port Tonic elaborado com Graham´s Extra-Dry acompanhado de salgadinhos diversos

Porto Branco Casa de Santa Eufêmia com azeitonas verdes gregas, recheadas de amêndoas e pimentão doce, e amêndoas salgadas.

Tawny Reserva Quinta do Infantado Dª Margarida com Panetone de frutas Fasano / Ballas de Chocolate Isa Amaral

Porto Graham´s Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas / mini-pastel de Belém

Porto Quinta Vale Dª Maria Ruby Reserva com torta de chocolate 1/2 amargo e frutas silvestres /  Brownie.

Porto LBV Graham´s 2005 com Walker´s English Rich Fruit Pudding / Torradinha com queijo Edam e geleia de Mandarino.

Porto  Warre´s Quinta da Cavadinha Vintage 1996 com Queijo da Serra da Estrela e torradinhas.

Chamada Vinhos do Porto

    Será apresentado um áudio visual e material impresso. O valor de investimento será de R$150 por pessoa porém casais ou grupos terão direito a um desconto de 10% a ser pago no ato da reserva. São somente 12 vagas por encontro. Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820! O representante da Graham´s no Brasil nos dará o prazer de sua presença e poderá nos ajudar a dirimir quaisquer eventuais dúvidas sobre o tema.

Obs: harmonizações poderão ser alteradas sem aviso prévio e sempre para cima

Dia 26 – Sábado das 16 às 20 horas uma mini-feira de vinhos brasileiros para somente 40 pessoas. Minha posição com relação aos vinhos nacionais é amplamente conhecida e nada tem a ver com relação à qualidade e sim aos aspectos comerciais e estratégicos dos grandes barões e outros que os seguem, ao estilo truculento da Ibravin, à falta de respeito para com o consumidor a quem, literalmente, viraram as costas na época das tentativa de golpe com as salvaguardas, porém há gente pequena e de médio porte fazendo coisas muito interessantes e que respeito.

Um Taste & Buy especial para você quebrar, ou confirmar, seus preconceitos para com os vinhos e espumantes brasileiros. Garimpei alguns rótulos, produtores e regiões diferenciadas que possuem uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer e gostaríamos de compartilhar esses achados com você.  Por apenas R$30,00 você é nosso convidado para vir provar mais de 15 vinhos tranquilos e espumantes e tirar a prova dos nove!  Se gostar, teremos algumas garrafas para venda também e você terá um crédito de R$10 para compras dos rótulos em degustação .

As vinícolas; Aracuri Vinhos finos (Campos de Cima/RS), Bela Quinta (Flores da Cunha/RS), Vinícola Campos de Cima (Campanha Oriental/RS),  Identidade (Encruzilhada do Sul/RS),  Valmarino & Churchill Prestige Brut Nature e Churchill Cabernet Franc 2011 (Pinto Bandeira/RS),  Villaggio Grando (Caçador/SC), e Maximo Boschi (Vale dos Vinhedos/RS) que trabalha com um projeto diferenciado .

Dia 31 – o segundo grupo da Degustação Temática de Vinhos do Porto que já tem 6 pré-reservas ou seja, já só faltam 6!! Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820!

Te aguardo, me envie sua reserva via comentário que entro em contato, ou então via a mail comercial@vinoesapore.com.br. Até lá, ótima semana e kanimambo pela visita.

Destaques 2011 – Brasil

        É achavam que eu não ia falar de Brasil né?! Bem, não ia deixar de fora não até porque a vitivinicultura brasileira, a despeito dos malfadados; Maledetto (selo fiscal) e Aberração (ST) vem comprovando que já sabemos fazer vinho e bom, restando-nos agora a esperança de, quem sabe num futuro não muito distante, também aprendamos a comercializá-lo! Enquanto isso, alguns bons rótulos vão surgindo, alguns ótimos, dos quais destaco estes que provei em 2011. Não estão aqui, mas devo dar menção honrosa a quatro vinhos que me surpreenderam muito positivamente na degustação de vinhos nacionais promovida pelo Gustavo (Enoleigos); Miolo Lote 43 2008, Salton Talento 2006, Dal Pizzol 200 anos Touriga Nacional 2009 e Pizzato Concentus 2005.

      Ainda deixarei pendentes os Destaques 2011 de vinhos de Sobremesa e Espumantes, mas como tinha prometido iniciar Fevereiro com minhas diversas listas de Melhores 2011 por faixa de preços, volto a estes Destaques mais adiante em Fevereiro. Falemos agora de meus caldos brazukas!

 

  • Valduga Identidade Arinarnoa – Já provei alguns dos outros rótulos desta linha da valduga, mas de longe é esse que mais me agrada. Arinarnoa é nascida de um enxerto entre a Merlot e a Petit Verdot, sendo uma uva que me agradou bastante. Preciso tomar outros, inclusive argentinos e uruguaios que também se iniciam nesta cepa. Muito elegante e fresco, com taninos macios, um vinho fácil de se gostar com notas olfativas e palativas diferentes e sedutoras. Preço ao redor dos R$70,00.
  • Churchill Cabernet Franc 2008 – Um projeto de Nathan Churchill com a Valmarino, é um vinho complexo e boa textura e nariz muito interessante em que frutos negros e notas tostadas dão suas caras. Mais para encorpado, este 2008 está muito jovem e precisa de uma de aeração para mostrar todo seu potencial e uma temperatura mais para alta, em torno dos 19 a 20º C. Um belo, complexo e elegante vinho que deve melhorar muito com o tempo e custa por volta dos R$70,00.
  • Chesini Gran Vin 2005 – este quem trouxe foi o amigo Gustavo (Enoleigos) e, pasmem, para abrir após uma vertical de seis safras de Don Melchor. Pessoalmente achava que o vinho iria sumir perto dos Hermanos mais robustos, mas se apresentou muito bem tendo surpreendido a maioria dos presentes. Vinho único porque o vinhedo de onde as uvas se originaram não existe mais! Coisas de nossa vitivinultura tupiniquim. Bom vinho, encorpado e equilibrado. Dificil de achar, porém ronda os R$65,00.
  • Bella Quinta Cabernet Sauvignon Reserva 2005 – na praça hoje é difícil de se encontrar o 2005, mas o de 2006 já provei e também está bem saboroso. O 2005 está algo mais complexo, taninos de boa qualidade já equacionados, boa fruta, um vinho muito agradável para se tomar no dia a dia e seu preço o permite, em torno dos R$38,00. Elaborado em Flores da Cunha sob encomenda para a Bella Quinta que é uma vinícola de São Roque, é um vinho que vale bem a pena e bateu por nariz um outro forte contendedor a estar aqui, o Don Giovanni Reserva Merlot.
  • Antonio Dias Tannat – do Alto Uruguai (RS), nova fronteira produtora de vinhos próximo a Chapecó, vem este vinho que mexeu com minhas estruturas ao primeiro gole na Expovinis de 2011 e de lá para cá só fez confirmar que estávamos diante de um vinho surpreendente de um produtor pioneiro numa nova e surpreendente região produtora. Já falei bastante sobre ele aqui no blog então não vou me extender, mas fiquemos de olho neste ano em dois lançamentos o Pinot Noir e o Touriga Nacional que provei de barrica e prometem muito! Por R$49,00 certamente uma boa compra.
  • Sesmarias  2008 – o melhor vinho nacional que já tomei e só por isso merece estar aqui com todas as honras. Seu preço é para colecionador, sua produção idem, e tem que comprar só na Miolo. Muitíssimo bom, equilibrado, complexo, bom volume de boca e gostosa textura, taninos finos e sedosos ainda por serem devidamente integrados (muito jovem), longo é um vinho que mexe com a gente e quem quiser ter uma garrafa dessas prepare-se para pagar a bagatela de R$250,00 ou mais. Pequena produção, cerca de 600 garrafas, e marketing do bom faz com que o preço seja esse disparate, mas como tem quem compra certos estão eles em cobrar tudo isso. Na minha avaliação, meramente hedonística e sem qualquer ciência, baseado no que tem por aí no mercado, um vinho que, apesar de alguns poderam me achar presunçoso, na minha opinião vale,  uns 130 a 160 Reais tops.

    Meus amigos, ontem cumpri mais um de meus muitos anos, ainda não sou um clássico, como meu saudoso sogro falava, mas estou a caminho! Tive o prazer de, via face, receber um montão de mensagens me felicitando pelo dia, uma prova de carinho e reconhecimento que me deixou muito comovido e certo de que a mensagem está sendo bem entendida. Vinho é, acima de tudo, desculpa para reunir GENTE em volta da mesa para COMPARTILHAR bons MOMENTOS, CALDOS e PRATOS independentemente de valores e espero seguir tendo saúde para seguir fazendo isso por algumas décadas mais dividindo essas experiências com vocês. Valeu GENTE, kanimambo e salute.

Conclusões

          Quanto mais milito nesta nossa vinosfera, mais conclusões tiro das coisas que nela acontecem. Eis algumas que me têm chamado a atenção:

Vinho Brasileiro – apesar de minhas sérias restrições á filosofia comercial da grande maioria das vinícolas, limitações/erros na distribuição e certa miopia mercadólogica, temos que reconhecer o grande avanço tecnológico e de qualidade alcançado, uma verdadeira revolução se compararmos o hoje com dez anos atrás. O mercado, no entanto, ainda padece de muito preconceito que os fatos contestam. Só neste blog, em degustações às cegas com uma banca de 13 degustadores experientes, temos alguns claros exemplos disto:

  • Desafio de Vinhos Merlot – Campeão Valduga Storia 2005 entre 12 vinhos do mundo inteiro.
  • Desafio Assemblages do Novo Mundo (até R$85,00)-  Campeão Salton Talento 2005 entre 12 vinhos da Argentina, Chile, África do Sul, Austrália e Estados Unidos.
  • Desafio Bordeauxs até R$100,00 – O vinho surpresa foi um corte bordalês brasileiro de santa Catarina e um dos melhores vinhos tintos nacionais, VF da Vila Francioni que ostentou um elogiadíssimo segundo lugar.
  • Desafio de Vinhos Portugueses até R$100 – O vinho surpresa foi mais uma vez um brasileiro, o Castas Portuguesas 2005 da Miolo que alcançou um honroso oitavo lugar entre 14 vinhos de diversas regiões produtoras portuguesas.
  • Desafio Uvas Ícones – Este foi recém realizado e ainda não postei, mas mais uma vez um Merlot brasileiro foi muito bem obrigado (veja na semana que vem aqui).

        Contra fatos não há argumentos, e existe gente que precisa abrir a mente e coração deixando-se emocionar pelos bons vinhos tintos nacionais, inclusive os de gama média. Nem falo dos espumantes!

 

Que preço é mera indicação de qualidade, não fato – mais uma vez os Desafios de Vinhos são clara comprovação disto com diversos vinhos surpresa de baixo valor, o Desafio Merlot e o Desafio Assemblage do Novo Mundo são ótimos exemplos, superando os “big shots”.  Aliás, fica muito claro que nome e camisa não ganham jogo, aqui interessa performance na taça e na hora H, às cegas, é que o bicho vira homem e mostra ao que veio. Os laureados nem sempre demonstram na taça o glamour apregoado pela mídia e, como não tomamos rótulo nem pontuação, ( ou você toma?) o que realmente importa é o doce néctar dentro da garrafa e na sua taça!

 

Vinhos baratos são ruins – Há uns 50 dias que estou trabalhando num novo painel de vinhos até R$50,00 (já tenho algumas listas postadas em outros momentos), que divido em duas faixas; até R$30 e acima. Abaixo de R$30 tem gente que, com o preconceito acima mencionado, nem olha. Bem, se o bolso está recheado e só se toma vinho de vem em quando, tudo bem já que realmente os muito bons e ótimos vinhos estão na sua grande maioria acima disto, porém tenho me surpreendido com uma série de rótulos altamente recomendados que tenho garimpado. Como tomo vinho diariamente, os vinhos do dia-a-dia são essenciais  e, se o preço não se adequar ao bolso, é falência na certa! rsrs Aguardem, na semana que vem começo a falar disso, mas existe sim muita coisa interessante e, na faixa de R$31 a 50 então, nem se fala!

 

Que gosto pessoal influi na pontuação – Existem críticos que querem nos convencer de que suas pontuações são meramente técnicas, para mim uma verdadeira falácia. Impossível não nos deixarmos levar por subjetividades que fazem a própria essência do vinho. Por isso as notas dadas por Robert Parker e equipe serem tão diferentes do Hugh Johnson, Decanter e companhia. Por isso um vinho que alguém detesta, ser apreciado por outro.  Seu guru? Definitivamente aquele com que você tenha mais sinergia de gostos e estilo. Tome alguns rótulos recomendados por diversos criticos, avaliadores, degustadores, amigos, blogueiros, etc., defina os que mais têm a ver com você e seu paladar usando suas dicas como referência na hora da compras futuras.

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Moscatel de Setúbal  Brilha no Exterior – e não só pela mão dos mais famosos como Bacalhôa e José Maria da Fonseca. Gosto de produtores mais “low profile”, mas de igual competência como Horácio Simões, Sivipa e Venâncio Lima. Na “Muscats du Monde” , pela segunda vez consecutiva, a Venâncio da Costa Lima recebeu a Medalha de Ouro pelo seu Moscatel de Setúbal e o Moscatel de Setúbal da Sivipa mereceu a Medalha de Prata.

               A adega Venâncio da Costa Lima obteve novamente a Medalha de Ouro no concurso “Muscats du Monde”. Prémio com o qual já tinha sido premiado no ano passado, no mesmo concurso internacional.  Desta vez, o galardão foi para o Moscatel de Setúbal Reserva 2002 premiado com ouro, no concurso realizado em França, nos passados dias 17 e 18 de Julho, que avalia e premeia os melhores vinhos do mundo que são elaborados única e exclusivamente com a casta “Muscat”, que em Portugal é conhecida também por Moscatel de Setúbal. Este ano, competiram mais de vinte países num total de mais de 200 amostras provenientes de todo o mundo. A adega Venâncio da Costa Lima localiza-se em Quinta do Anjo, onde funciona desde 1914. A sua principal actividade tem sido desde o início, a da produção e comercialização de vinho. A actualização tecnológica e a modernização dos equipamentos, têm vindo a permitir um aumento constante dos níveis de qualidade dos vinhos produzidos, mantendo as características tradicionais da região vitícola de Palmela.

             Também a Sivipa – Sociedade Vinícola de Palmela SA, foi distinguida neste concurso internacional, com uma Medalha de Prata pelo vinho generoso Moscatel de Setúbal 2006. De salientar que esta foi a quarta medalha de prata que este Moscatel ganhou durante o corrente ano (Paris, Bordeaux, Coimbra e agora Frontignan). (Fonte: Infovin)

 

Leasingham Bin 7 Riesling(lo-res)Leasingham, boas noticias – Semana passada recebi uma chamada do Brendan, diretor da Wine Society, informando que a noticia dada sobre o fechamento da vinícola não era totalmente correta já que os vinhos continuariam a ser produzidos, porém em outra cantina. Corrigi o post, mas queria ressaltar o fato com uma chamada específica, ao fim ao cabo temos responsabilidade quando noticiamos algo e o dever de bem informar. Se nos equivocamos, o que pode ocorrer, há que se tomar ações corretivas então deixemos claro que podemos celebrar já que seguiremos podendo curtir os bons vinhos desta casa.

 

Crescem Vendas de Vinhos Brasileiros. A Ibravin me envia informações sobre importantes aumentos de venda de vinhos brasileiros nesta primeira metade do ano. Não acho que as razões para isso sejam tão simplistas e precisamos ver se isso é algo meramente pontual ou se consolida como uma tendência. Espero que seja a segunda opção, porém vamos esperar para ver. De qualquer forma são boas notícias a começar ela comercialização de espumantes que cresce 22,5% nos primeiros seis meses de 2009.

                A venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul somou 2,63 milhões de litros no primeiro semestre do ano, um incremento de 22,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 2,15 milhões de litros.  Os moscatéis inflaram em 47,4% sua presença nas taças brasileiras, segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). O crescimento segue a tendência de alta no consumo de espumantes moscatéis comprovada pelo salto de 20% nas vendas totais de 2008. “O consumo de moscatéis puxa todo o mercado de vinhos para cima, pois eles costumam ser a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”, afirma o gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini. Os espumantes do tipo brut e demi-sec cresceram 17%.

Venda de vinhos (tranquilos) aumenta 8% no primeiro semestre do ano

A vendas de vinhos produzidos no Rio Grande do Sul no primeiro semestre do ano merece um brinde. O crescimento alcançado foi de 8% nos primeiros seis meses de 2009, na comparação com o mesmo período do ano passado. A comercialização positiva interrompe dois anos seguidos de queda nas vendas. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), foram vendidos 102 milhões de litros de vinhos finos e de mesa no primeiro semestre de 2009, ante 94,5 milhões de litros colocados nos primeiros seis meses de 2008. O último incremento na comercialização havia ocorrido em 2006. A elevação do dólar em relação ao ano passado e a maior divulgação do produto nacional são apontados pelo diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani, como os principais motivos no incremento de vendas dos vinhos no primeiro semestre. Uma prova é a queda de 2% nas importações de vinhos pelo Brasil. “Outro fator relevante é a maior confiança dos consumidores em relação à qualidade do vinho gaúcho e brasileiro”, salienta Paviani. A qualidade reconhecida pode ser comprovada pelo crescimento nos vinhos tintos finos, que chegou a 10,7%.

              O gerente de Promoção e Marketing do Ibravin, Diego Bertolini, comenta que, tradicionalmente, as vendas de vinhos e espumantes são maiores no segundo semestre. A maior alta no mercado acontece entre os meses de outubro e dezembro. “Estamos otimistas em fechar o ano com bons resultados”, afirma. “O desempenho foi bom nesta primeira metade do ano, cujo maior desafio é estancar o ritmo de queda na comercialização do vinho brasileiro, produto de maior volume e importância econômica na cadeia produtiva”, comenta. Em 2008, ocorreu um recuo de 13% nas vendas, acumulando a terceira queda seguida no mercado .

 

Quinta de Lemos Touriga Nacional 2008 considerado “O Grande Vinho Do Dão” – De entre um total de 109 amostras de 33 diferentes produtores, o júri final, composto por sete elementos, avaliou os vinhos presentes a concurso durante dois dias (15 e 16 de Julho), tendo determinado a atribuição de prémios a 30% dos vinhos apresentados, entre medalhas de Ouro (16) e Prata (17). O grande vencedor é um vinho com origem em Passos de Silgueiros, num dos mais recentes projectos vitivinícolas do Dão que se espraia por 25 hectares de vinha em que dominam as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen e Alfrocheiro.

                 Adquirida em 1997 por Celso de Lemos e Esteves, a Quinta de Lemos conheceu uma profunda replantação de vinhas até à data da primeira colheita, em 2003. Desde aí, os vinhos produzidos anualmente na Quinta de Lemos, sob trabalho enológico de Hugo Sousa, apenas podem ser adquiridos na própria adega. A partir do próximo mês de Setembro serão lançados no mercado. (Fonte:  Revista Wine a Essência do Vinho)

 

Steven Spurrier, não chega a ser nenhuma noticia mas vale a pena conferir o que os mestres têm a dizer. Um dos mais conceituados críticos e experts nossa vinosfera e consultor da revista Decanter, Spurrier dá uma aula de degustação só que, lamentavelmente, sem tradução então esta é só para os amigos mais fluentes no idioma de Shakespeare. Cliquem no link a seguir >>>>>> http://link.brightcove.com/services/player/bcpid23803811001?bctid=29052607001.