Malbec ou Tannat no Churrasco?

            Para quem está menos embrenhado nos segredos de nossa vinosfera, fica a impressão de que a Malbec é uma uva argentina e a Tannat uruguaia. Ledo engano, pois as duas se originam na França e daí saíram para o mundo tendo se tornado ícones da vinicultura nestes dois países. A Malbec é originária da região de Cahors sendo também uma das cepas autorizadas a fazer parte do corte bordalês, apesar de pouco usada, tendo encontrado em seu novo habitat, Mendoza/Argentina, sua Shangrila! A Tannat, por outro lado, nasceu no Madiran onde ainda se elaboram potentes vinhos de longa guarda, para mostrar-se em toda a sua plenitude no nosso vizinho Uruguai. Os vinhos tannat do Uruguai ainda são meio desconhecidos do grande publico, mas estes varietais ou blends com merlot, vêm gradativamente ganhando destaque na mídia especializada e espero que façam rapidamente a transposição para sua taça.

        Pergunte para um uruguaio e ele certamente lhe dirá que não tem nada como tannat para fazer companhia a uma boa carne. Já os argentinos, estes juram que a Malbec gera vinhos que têm tudo a ver com sua carne! Achei que estava na hora de conferir isso e no fim de semana fui a um churrasco na casa de um amigo com duas garrafas de baixo de braço; um Alta Reserva Tannat da Gimenez Mendez e um  Malbec  Reserva Tomero da bodega Vistalba.  Na churrrasqueira, os amigos Márcio e Raffa preparavam alguns cortes deliciosos que faziam antever um grande embate entre esses dois vinhos. Tinha costela de cordeiro, maminha, costela de porco com mostarda, picanha, enfim um verdadeiro pitéu que prometia! Sem bairrismos, somos neutros (um português e dois brasileiros), abrimos as duas garrafas e nos deixamos levar nas ondas dos mais intensos sabores.

           Com o cordeiro não teve nem graça, o Gimenez Mendez literalmente arrasou seu adversário combinando taninos firmes, mas elegantes com nuances terrosas e riqueza de sabores que harmonizou muito bem com a carne de gosto mais forte. O Tomero com seus 14.6% de álcool, taninos macios, doces e fruta compotada, não foi páreo. Porém, ainda tínhamos outras carnes a provar e vinho a tomar, a batalha mal começava!  Com a maminha, de sabores mais delicados, o Tomero mostrou suas armas mostrando-se mais equilibrado, mas na picanha e costela dançou de novo. Neste encontro, com estas carnes e estas pessoas, deu Gimenez Mendez na cabeça, mas faça você seu próprio juízo. No próximo churrasco, leve seu Malbec, mas não esqueça de colocar um Tannat na bagagem, você pode se surpreender!

Salute e kanimambo pela visita

Desafio de Petit Verdot, Desvendando os Ganhadores

              Adoro estes meus Desafios de Vinhos quando coloco às cegas uma série de rótulos sob um mesmo tema. Falar e provar desta cepa ainda pouco divulgada no mercado foi em si, já um grande desafio e uma experiência riquíssima para mim e, tenho a certeza, também para boa parte da banca degustadora. Aliás, quase deu casa cheia!

     Venho ao longo dos tempos verificando os benefícios que um pouco desta cepa bordalesa nos cortes de diversos vinhos consegue fazer por eles. Sempre em pequenos porcentuais, a Petit Verdot aporta cor, sabor e corpo aos vinhos dando-lhes uma riqueza e complexidade que muito me satisfazem. É uma cepa difícil em sua terra natal, de amadurecimento muito tardio o que muitas vezes faz com que boa parte da colheita se perca tornando seu uso escasso e caro devido à quebra de produtividade. Nos países mais quentes no entanto, esse tempo de amadurecimento se dá de forma mais administrada devido ás condições climáticas. Um exemplo no Velho Mundo são os vinhos espanhóis, região de verões mais quentes e longos, elaborados com ela.

               Já no Novo Mundo, de condições climáticas mais adequadas, a cepa vem sendo vinificada como varietal com a ocorrência de um fato que já verificamos na vinificação de vinhos Tannat, que é a “amansada” nos vinhos, produzindo rótulos mais harmônicos, menos tânicos enquanto preserva suas características de estrutura  e riqueza de sabores. Foi para ver como estes vinhos se comportam que, desta feita, reuni dez exemplares para este Desafio na busca do Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra.

                  Nos reunimos no bonito e bom restaurante Ávila, que por sinal possui uma bela adega climatizada construida pela Joshuá Adegas, onde o Tavares e sua equipe nos atenderam muito bem.  Nove rótulos de que todos tinham conhecimento mais um surpresa, foram servidos ás cegas e em ordem aleatória após alguns saborosos e refrescantes goles de dois espumantes sobre os quais falarei em outra altura. Certamente o que os amigos querem mesmo saber, é o resultado desse gostoso embate, então falemos um pouco de cada um desses vinhos participantes julgados por uma competente banca de degustadores conforme já listado em meu post anterior com a lista dos participantes .

              Como o aereador que iríamos testar não chegou a tempo, os vinhos foram decantados por cerca de uma hora cada um. Eis os vinhos com suas notas conforme ordem de serviço.

Enrique Mendoza Petit Verdot 2005 representante espanhol de Alicante, trazido pela Peninsula e que possui um preço de mercado ao redor de R$120,00. No nariz uma presença  herbácea e algum foral que fazia lembrar violetas. A fruta apareceu mais no palato, de taninos redondos e macios, complexo, um pouco fechado abrindo-se com o tempo em taça, final algo defumado e quente sem prejudicar o conjunto que agradou bastante e posteriormente acompanhou bem a fraldinha. Média de 86,7 pontos.

Pisano RPF Petit Verdot 2007 representando os bons vinhos uruguaios. Importação da Mistral, custa USD31,50 ou seja, algo próximo a R$57 nas taxas atuais. Uma paleta olfativa muito rica, o que não é tão tradicional á cepa, em que o café com aniz estava bem presente, toffee, baunilha, realmente muito interessante e convidativa. Na boca a boa estrutura da cepa, taninos aveludados e de boa qualidade, algo balsâmico com um final suave onde apreceram alguns toques de especiarias. Obteve a média de 86,20 pontos

Morkell Petit Verdot 2004, sul-africano trazido pela d’Olivino, preço ao redor de R$130,00, o mais evoluído de todos os rótulos participantes. Halo de evolução presentes na taça mostrando sua idade, trazendo ao olfato suaves notas tostadas e fruta vermelha. Na boca é um vinho resolvido, de boa textura e volume de boca adequado, algo de couro com nuances terrosas, maduro, muito rico, complexo, de taninos finos, macios e elegantes, final de boca sutil e saboroso mostrando toques minerais. Um vinho literalmente encantador, sem a pujança que se poderia esperar da cepa, porém mostrando uma personalidade muito própria e impressionando muito positivamente a totalidade da banca degustadora. Um belo Petit Verdot, um grande vinho que merece ser conferido, aliás como a maioria dos outros rótulos presentes, tendo faltado garrafa para tanta demanda. Delicioso e a nota só confirma isso, média de 90,70 pontos.

Perez Cruz Limited Edition PV 2008, o primeiro chileno da noite e ainda não disponível no Brasil. O importador dos bons vinhos deste produtor, a Wine Company, deverá estar por trazê-lo dentro em breve, mas este viajou somente para este encontro. Baseado no preço do Syrah, acredito que deverá chegar por volta dos R$130,00. Nariz complexo, herbáceo, algo de farmácia e um tico a mais de álcool do que necessário, porém sem ser algo marcante que incomode. Na boca, presença de mentol, alguma casca de laranja confeitada, taninos de qualidade ainda um pouco adstringentes, mostrando-se muito novo, grande estrutura, vinho que precisa de mais tempo em garrafa quando deverá mostrar todo o seu potencial. Vinho para guardar por mais uns dois ou três anos. Média de 87,10 pontos.

Trumpeter Reserva Petit Verdot 2008, o primeiro argentino a se apresentar, novo, com nariz tímido, frutado com algumas nuances florais bem sutis. Na boca sobra um pouco de álcool, taninos um pouco rústicos e doces, final de especiarias com algo de noz moscada, conforme lembraram alguns dos degustadores. Não chega a encantar, mas acredito que precisa de mais tempo em garrafa já que ainda não encontrou seu equilíbrio. Trazido pela Zahil e custando cerca de R$64,00, obteve a média de 84,95 pontos

Landelia Petit Verdot 2005, importado pela Ana Imports e gentilmente cedido pelo colega e membro da banca, o Jeriel da Costa, com preço de mercado ao redor de R$60,00, foi um vinho ansiosamente esperado diversos dos amigos presentes. Foi também o vinho que mais criou polêmica com um pedaço da mesa achando que estava prejudicado e aoutra metade enchendo-o de elogios. No nariz mostrou notas de torrefação e algo químico que foi se dissipando com o tempo. Na boca, fruta compotada, taninos potentes e algo rústicos, alcaçuz, acidez alta e final de boca macio. A nota média não foi das melhores, 83,90, mas por tudo o que falaram deste vinho, certamente é um rótulo que merece uma segunda chance.

Tomero Petit Verdot 2006, mais um argentino presente, desta feita trazido pelas mãos da Domno do Brasil produtor dos saborosos espumantes Ponto Nero, em especial do extra-brut de que tanto gosto. Um vinho que já se encontrou, tendo mostrado sua maturidade tanto nos aromas como no sabor. Fruta madura de boa intensidade com sutis nuances de baunilha, mostrando-se com ótimo volume de boca e boa textura. Os taninos estão sedosos, muito boa acidez, rico, com um final muito saboroso e mineral onde aparece também um toque cítrico muito interessante e cativante. Muito consistente com minhas experiências anteriores, um vinho que obteve a boa média de 88,10 pontos.

Casa Silva Gran Reserva Petit Verdot 2007, de importação exclusiva da Vinhos do Mundo com um preço de mercado ao redor dos R$89,00, foi um vinho que insisti que estivesse presente já que o tinha conhecido, e adorado, numa degustação da Casa Silva em que estive presente no ano passado. Chileno, demonstrou notas herbáceas, couro e nuances balsâmicas no olfato, formando uma paleta algo peculiar e não muito convidativa. Na boca mostrou-se melhor, redondo, taninos aveludados, bom corpo e um final especiado bastante acentuado de média persistência que não chega a encantar.  Achei que o 2006 (recomendo) que provei estava bem superior a este, talvez mais pronto? Média de 84,45 pontos.

Pomar Petit Verdot 2008, o nosso vinho surpresa e sim, Cristiano, é Venezuelano sem importador no Brasil. Da mesma bodega que nos surpreendeu a todos no Desafio de Cepas Ícones, desta feita ficou aquém do que se esperava e mais um dos rótulos em que as notas variaram demais. Tipo ame-o ou deixe-o!  Nariz intenso, frutado, mas algo monocromático, sem grande complexidade que não chega a empolgar. Entrada de boca algo dispersa que necessita de tempo para se encontrar. Acidez instável, algum álcool em excesso, taninos macios e um final algo doce. Um adolescente irrequieto e imprevisível que melhorou com um tempo em taça e, mesmo com todas essas variáveis, obteve a surpreendente média de 85,11 pontos. Preferi o Reserva, um blend mais equilibrado.

Ruca Malen Reserva Petit Verdot 2007, o último representante de uma noite muito gostosa e intrigante repleta de bons vinhos. Argentino, importado pela Hannover Vinhos, foi para mim a mais agradável surpresa de todas, especialmente em função do preço, somente R$54,00. Possui uma paleta olfativa com forte presença de frutas negras compotadas com um leve toque de farmácia, mostrando-se bastante convidativa. Na boca possui boa estrutura, volume de boca adequado, taninos finos ainda presentes, mas sem qualquer agressividade, equilibrado com uma acidez interessante e gastronômica, final saboroso ainda que a madeira tenha aparecido um pouco.  Nota média de 86,25 pontos.

 Sempre listo a preferência de cada um dos membros da banca degustadora, mas hoje não “carece”! Pela primeira vez em mais de um ano destes Desafios, tivemos uma unanimidade em torno do Melhor Vinho Petit Verdot da noite, o Morkell. Realmente um grande vinho e Nelson Rodrigues que me perdoe, neste caso a unanimidade foi sábia! Para compor o pódio, em segundo lugar o ótimo Tomero, seguido pelo Perez Cruz, Enrique Mendoza e Ruca Malen. Pelo voto direto, a Melhor Compra foi o Pisano RPF e pelo cálculo matemático inventado pelo amigo e confrade (médico fisiologista do glorioso alvinegro praiano, salve/salve, campeão paulista 2010) Dr. Luis Fernando, tivemos como Melhor Custo x Beneficio o Ruca Malen.

             Uma grande noite em que ficou constatado que há muito mais vida além dos cabernets e malbecs que andam por aí. Temos que nos abrir para as novidades, para novas experiências, para as cepas menos comuns, porém extremamente ricas. Kanimambo à banca degustadora pela agradável presença, lembrando que os comentários, assim como as notas, são o resultado da média do pensamento de todos e que, certamente, cada um tem sua própria avaliação/opinião que deverá aparecer nos blogs do Alexandre, Jeriel, Álvaro e Evandro que são sempre ótimas fontes de informação. Por sinal, meus parabéns ao Evandro, seu blog da Confraria 2 Panas está detonando, legal!

              Salute, e agora preciso pensar no próximo desafio, o de Junho. Que tema, que vinhos, que lugar? Nos vemos por aqui.

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Entre alguma pesquisa e uma série de press-releases recebidos, eis um pouco do que mais novo existe no mercado e faz noticia em nossa vinosfera.

Palo Alto são inúmeras as minhas recomendações sobre este vinho, uma das últimas com a sua participação em nosso Desafio de Vinhos Assemblage do Novo Mundo, uma degustação às cegas, em que entrou como vinho surpresa e se deu muito bem. Realmente é um rótulo que surpreende, ainda por cima porque o preço é super convidativo, por volta dos R$31,00. Desta feita, a Expand confirma a chegada de dois irmãos mais novos, o Palo Alto Rosé e o Palo Alto Sauvignon Blanc que vêm se unir à família. Mais dois rótulos a conferir .

 

Fausto Brut – A PIZZATO Vinhas e Vinhos apresenta o Fausto Espumante Brut Branco, elaborado pelo processo charmat utilizando a uva Chardonnay e a base Blanc de Noir, com as castas Merlot e Cabernet Sauvignon.  Com o novo espumante, a PIZZATO amplia a linha FAUSTO, que já conta com os varietais Merlot, Cabernet Sauvignon e Rosé Merlot. “É uma opção jovem e frutada, mantendo a elegância no conjunto”, exemplifica o enólogo Flávio Pizzato.

 

Varanda Grill – A melhor Carne, o melhor ambiente, a melhor carta de vinhos. Estes pilares que nortearam o restaurante churrascaria Varanda desde sua inauguração, há 13 anos, foram mais uma vez reconhecidos pelo mercado e pelas publicações especializadas. Nos últimos dias o Varanda foi apontado pela revista Veja SP, edição especial Comer e Beber, como a Melhor Carne de São Paulo e pelo Guia 4Rodas Edição 2010 como a melhor carta de vinhos do Brasil. “São os dois dos mais importantes prêmios enogastronômicos do Brasil”, comemora Sylvio Lazzarini, sócio e criador do Varanda. “Eles são um importante reconhecimento do trabalho que todos nós realizamos na casa desde sua inauguração”. Lazzarini destaca que a equipe do Varanda – dos gestores aos garçons, passando por maîtres, cozinheiros, cumins e profissionais em geral – sempre trabalhou para que a casa se tornasse a melhor steakhouse de São Paulo. “Agora nossa missão será ainda maior, pois vamos trabalhar muito para manter este reconhecimento”, acrescenta ele.

Não freqüento assiduamente, mas nas duas vezes que estive por lá tenho que tirar o chapéu, comida e serviço de prima. Recomendo conferir!

 

Freixenet - KitFreixenet em dose dupla – Grupo Freixenet, maior produtor mundial de espumantes – lança dois packs promocionais ideais para presentear os amigos e clientes nas comemorações de final de ano. Os kits estarão à venda a partir de novembro e apresentam duas garrafas de suas duas variedades de cavas: Cordón Negro e Carta Nevada. Para arrematar, duas belas taças de cristal acompanham o conjunto. Além disso, o cliente pode optar por compor um pack com duas variedades diferentes de espumantes. O preço sugerido dos packs é R$ 120.

Líder mundial no segmento de cavas – como é conhecida a bebida produzida na Espanha feita a partir de uma combinação de uvas do país – os espumantes da Freixenet são originados na Catalunha e elaborados pelo método tradicional (ou champenoise).  Produtora e exportadora de espumantes desde 1917, a marca fechou parceria exclusiva com a importadora Preebor do Brasil planejando conquistar o mercado nacional.

 

Vistalba é abençoada por Robert Parker – ou melhor, por seu “menino” prodígio Jay Miller e é aquinhoada com alta pontuação. A vinícola argentina Vistalba, do enólogo Carlos Pulenta, obteve grande reconhecimento na última avaliação de Robert Parker, na revista Wine Advocates de Agosto de 2009, nos estados Unidos. Motivo de muito Foto  Tomero Petit Verdotorgulho para os enólogos da Vistalba e seu proprietário, já que trata-se de uma vinícola jovem. Os vinhos avaliados receberam nota superior ou igual a 90, classificação dada a vinhos de alta qualidade.  Os vinhos Tomero Petit Verdot 2006 e Vistalba Corte B 2005 receberam 90 pontos. O Vistalba Corte A 2006 recebeu 91 pontos enquanto o Tomero Malbec Gran Reserva 2005 obteve a nota mais alta, com 92 pontos.  Os vinhos são importados para o Brasil pela Domno do Brasil, empresa do Grupo Valduga, e já provei todos. Apesar de não ser um seguidor do Sr. Parker e sua turma, tenho que reconhecer  que concordo com ele, em especial o Tomero Petit Verdot e o Corte B que, na minha modesta opinião, são muito bons. Belos vinhos.

 

Espumante Garibaldi Moscatel recebe mais um ouro – O Moscatel da Vinícola Garibaldi, novamente, foi o único espumante brasileiro a conquistar Medalha de Ouro em concurso realizado na Europa. O reconhecimento se deu na Alemanha durante o Concurso Mundus Vini, realizado de 28 a 30 de agosto e de 4 a 6 de setembro em Neustadt. O evento reuniu 5.720 amostras avaliadas por 275 degustadores de várias nacionalidades.

O produto, elaborado com uvas Moscato Bianco e Moscato Giallo, que já havia conquistado duas Medalhas de Ouro no Concurso Effervescents du Monde França, em 2007 e 2008, recentemente também foi premiada no Concurso San Francisco International Wine Competition (Estados Unidos), VI Concurso do Espumante Brasileiro e no Concurso Internacional de Vinhos do Brasil. Bem, com tanta medalha, acho que está na hora de provarmos, ou não? Eu já coloquei na minha lista!

 

Licor de Ginja com Chocolate – sei, não é vinho, mas é de Portugal, então tem espaço cativo aqui. rsrs Ginjinha é um Licor Musacélebre e tradicional licor português que vem, normalmente, com elas. Sim, elas as ginjas, um tipo de fruto de bosque vermelho muito saborosa parecido com uma pequena cereja. Quem anda por terras de Portugal tem que provar e trazer uma garrafinha, é muito bom. Aqui, sei que a Adega Alentejana importa uma de Óbidos, que ainda não provei, e eu tenho em casa uma bem tradicional, a Paraiso da caves Império, que volta e meia visita meu cálice. Agora uma novidade,  o licor de Ginja com Chocolate MUSA. Não provei, mas se alguns dos amigos que andam por lá quiserem me trazer, prometo que não recuso. Achei a embalagem extremamente simpática o que nos desperta ainda mais a curiosidade e nos convida a provar. Esta disponível na Aromas e Sabores de Portugal, falem com a Manuela. Por falar em licores, aromas e sabores de Portugal, uma outra dica para os amigos é o licor Beirão, o preferido de meu cunhado. Tenho que esconder a garrafa quando ele vêm em casa!rsrs

 

Vinhos da Miolo recebem recomendação na Decanter Wine Awards  – Quatro rótulos da Miolo Wine Group receberam comenda do Decanter World Wine Awards 2009, concurso realizado pela Revista Decanter, uma das mais importantes publicações internacionais do segmento de vinhos. Os produtos da empresa foram os únicos brasileiros destacados naquela que é considerada uma das principais distinções de vinhos no mundo. O resultado de toda a premiação será divulgado na edição de outubro da publicação. Os vinhos premiados foram: Fortaleza do Seival Tempranillo 2007, Fortaleza do Seival Pinot Noir 2008, Quinta do Seival Castas Portuguesas 2005, elaborados no Projeto Fortaleza do Seival Vineyards, na Campanha do RS, e o Merlot Terroir 2005, produzido no Vale dos Vinhedos (RS).

             “Ter nosso trabalho reconhecido por uma publicação da seriedade e credibilidade da Decanter nos dá a confiança de que estamos no caminho certo na busca constante da excelência na elaboração de vinhos”, afirma o diretor-técnico, Adriano Miolo. Neste ano a revista Decanter avaliou 10.285 amostras. Conforme a publicação, nenhum outro concurso atrai tantas empresas como este. Lembro que seu Castas Portuguesas recentemente participou do nosso Desafio de Vinhos Portugueses e se deu muito bem. Como surpresa, numa degustação ás cegas enfrentando 13 outros vinhos, obteve a oitava melhor avaliação e o mais barato de todos os vinhos em prova.

 

Decanter em Destaque – Aliás, tanto a Decanter como seu sommelier e peça fundamental na estrutura da empresa. O Guilherme é pessoa respeitadíssima no setor e, mais do que isso, uma pessoa super simpática e solicita.  Já tinha dado a noticia no post extra, extra, extra. mas não custa dar um destaque especial para ambos.

Decanter

 

Logo CVR TejoVinhos da CVR Tejo Faturam Mais Premios – Oito medalhas, quatro de ouro e quatro de prata, distinguiram os Vinhos do Tejo no MUNDUSvini, um dos mais prestigiados concursos oficiais de vinhos do Mundo, que decorreu na sua nona edição, no passado dia 28 de Agosto na Alemanha. Com esta distinção, a Região do Tejo alcançou o primeiro lugar nacional, a par com o Alentejo, sendo a região a somar o maior número de medalhas de ouro. A concurso estiveram mais de 5,700 vinhos de 44 países de tradição vitivinícola, onde Portugal esteve representado pelas suas Regiões do Norte ao Sul do país.

           Dos vinhos do Tejo, Vale D’Algares foi o produtor que arrebatou maior número de distinções, duas de prata e uma de ouro, seguido da Encosta do Sobral, com uma de ouro e outra de prata. Falua e Enoport mereceram uma distinção de ouro cada um e a Herdade de Cadouços alcançou ainda uma medalha de prata. (Fonte: Infovini)

Salute e kanimambo

Domno Traz Vistalba

                Domno, o novo projeto da Famiglia Valduga tem como objetivo produzir bons espumantes em sua sede em Garibaldi, no Vale dos Vinhedos, e importar e distribuir vinhos em geral. Uma de suas primeiras aquisições como importador foi a Vistalba, como já informado, e fui convidado a conhecer a linha de produtos trazidas por eles degustando alguns dos rótulos já disponíveis no mercado. Duas linhas principais de duas regiões diferentes, a Tomero e a Vistalba com os cortes A, B e C.

Foto  Tomero Petit VerdotA Linha Tomero é bastante ampla com oito varietais elaboradas com uvas do Valle do Uco advindas de 400 hectares de vinhedos plantados a cerca 1.100 metros de altitude. Destes oito, provamos o Sauvignon Blanc, Semmillon,  Malbec, Malbec Gran Reserva, Pinot e Petit Verdot Reserva. Todos bons vinhos; o Sauvignon Blanc por sua sutileza, frescor e equilíbrio resultando num vinho muito agradável de tomar. O Malbec Gran Reserva é um vinho de grande potência, robusto, firme e, em se tratando de um 2006, ainda muito novo para se apreciar todo o seu potencial. Pinot agradável, de maior potência e volume de boca do que estamos acostumados mostrando uma cara bem “novo mundista”, mas foi o Petit Verdot que me encantou. Já tinha provado alguns varietais desta cepa, comumente usada em cortes, e não me tinham agradado por sua rusticidade e agressividade. Este mostra força, mas sob controle, nariz de boa intensidade, boa concentração, taninos finos e aveludados com um final algo quente, mas de boa persistência e muito saboroso, um vinho que surpreende e é isso que mais me agradou.

         A gama de vinhos Vistalba é diferente a começar pelo conceito, já que são todos cortes. Vêm de Vistalba, LujanVistalba Corte B 2004 de Cuyo, de um vinhedo de 53 hectares plantado a cerca de 980 metros de altitude onde se plantam Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Bonarda. A linha é composta de de três cortes. O Corte “C” que é um blend  majoritário de Malbec com Merlot, o Corte “B” um pouco mais complexo em que se juntam quatro cepas; Malbec, Cabernet Sauvignon, Bonarda e Merlot e, finalmente, o topo da linha o Corte “A” em que se usa a Malbec e Cabernet Sauvignon em partes iguais e complementa-se com 20% de Bonarda. Já tinha provado anteriormente e mais uma vez confirmei a minha impressão, os Cortes B e C me parecem mais equilibrados e harmônicos do que o A que, ainda por cima é bem mais caro e com algo de excesso de álcool que já se sente no nariz e confirma na boca. Já os outros dois me agradam muito, em especial o Corte B que se apresenta muito bem equilibrado, rico e denso na boca com boa concentração, mas sem excessos mostrando taninos sedosos e uma acidez equilibrada num final de boca aveludado e longo, um belo vinho.

         O único senão desta equação é o preço já que estes rótulos estão chegando mais caros do que na importadora anterior que já não tinha fama de econômica. Talvez fosse interessante rever a estratégia, mas essa não é seara minha e sim de quem está envolvido com o negócio. De minha parte ficam aqui duas ótimas dicas de vinhos muito bons que valem a pena ter na adega, o Tomero Petit Verdot Reserva e o Vistalba Corte B. Esses eu teria na minha.

Salute e kanimambo.