Desmistificando Enochatices – Taças de Vinho, Necessidade ou Frescura

RiedelA melhor e única forma de descobrir se isso é mesmo só mais uma enochatice de nossa vinosfera, é provando! A Vino & Sapore se associou à Riedel para promover mais um tira-teima, é a Riedel Tasting. Limitado a 50 pessoas, vinte dessas vagas já está pré-reservadas, vamos descobrir o quanto a diferença de formato de uma taça pode ou não mudar sua percepção de sabor e aromas. No final de 2012 promovemos esta mesma degustação e os mais de 30 participantes naquele evento puderam sentir pessoalmente o que a engenharia pode fazer por um vinho. O sucesso foi enorme e todos saíram de lá com uma opinião bem diferente da que entraram, então o repeteco se fazia necessário, era só uma questão de tempo, e dia 16 de Abril a partir das 20:00h mais um grupo poderá tirar suas próprias conclusões, enochatice ou fato?

Riedel Tasting Clipboard

Lógico que para provar as taças precisamos de vinhos e por uma exigência da própria Riedel, os vinhos não poderão ter menos do que 90 pontos, afinal; para as melhores taças os melhores vinhos, ou vice versa! Com isso em mente creio que caprichamos na escolha, porém, mais uma vez, cabe a você conferir.

Riedel Cardonnay com nQTaça de ChardonnaynQ Chardonnay da I-Wines uma vinícola boutique chilena que produz tão somente umas 9 mil garrafas desta preciosidade. Oito meses em barricas de carvalho francês, das quais 30% de 1º uso, geraram esse vinho que surpreende á primeira fungada se desenvolvendo de forma primorosa na taça. Sempre que abro em confrarias e eventos, vira o vinho da noite. Bastante expressivo, untuoso, madeira bem integrada, ótima textura e corpo, um belo vinho de final bem longo e fresco. A safra de 2011 obteve 90 pontos do Guia Descorchados (principal guia de vinhos argentinos e chilenos) e o 2012, na minha opinião, está ainda melhor.

Taça de Pinot Noir – William Févre Espino Grand Cuvée Pinot Noir 2011. De um dos Riedel Pinot com Espino Pinotgrandes produtores de Borgonha que hora investe no Chile com uma série de vinhos altamente premiados, vem este Pinot que consegue unir de forma sutil a madeira com a fruta fresca do vale, a alma francesa com seu perfil de maior finesse a fruta sul americana formando um conjunto muito harmonioso e fresco em que um final mineral e longo nos faz pedir bis. Na taça adequada mostra-se ainda melhor com uma sedutora paleta olfativa. A conferir!

Riedel Cabernet com EspinoTaça de Cabernet Sauvignon – De novo a William Févre presente mostrando que também sabem trabalhar, e muito bem, com esta uva de extrema importância na vitivinicultura chilena. Espino Grand Cuvée Cabernet Sauvignon 2010,  em que 25% passa 12 meses em barricas francesas de 1º uso e mais 8 em afinamento na garrafa, tendo recebido 94 pontos do guia Descorchados de 2012 e sobre o qual teceram os seguintes comentários; frutado, suculento, acidez rica, sabores maduros de frutos negros. Prima pelo profundo equilíbrio.

Taça de Syrah –  Montes Alpha Syrah 2009, 12 meses deRiedel Syrah com Montes Alpha barrica de carvalho francês, leva um tempero de 7% de Cabernet Sauvignon e 3% de Viognier. Com 90 pontos da Wine Spectator e 91 de Robert Parker é o vinho desta linha de produtos com menor tiragem. A Wine Enthusiast disse sobre ele; repleto de aromas de café, framboesas, ameixas e cravo; um vinho profundo e cheio de nuances. Imagino tudo isso aparecendo na taça adequada!

 Ao final da degustação, serviremos um menu degustação especial pois estaremos num lugar também muito especial, um lugar com a cara e o jeitinho da Granja Viana, o “restaurante Escondidinho”! O EscondidinhoEscondidinho fica escondidinho numa travessa da Av. São Camilo á altura do 3.500 e tem como prato principal o ……………. Escondidinho. Desta forma, ao final, serviremos uma entradinha com bolinhos de arroz e uma porção degustação de escondinho de carne seca, costela ou lasanha de beringela que você escolhe no ato da efetivação de sua reserva. Para acompanhar, uma taça de Cabal Malbec Reserva (sugestão minha) para encerrar a noite.

Taças serão disponibilizadas, inclusive o kit degustação, a preços especiais válidos tão somente para esse evento e todos os vinhos terão um desconto de 10% sobre o preço de prateleira. Tudo isso por apenas R$100,00 por pessoa com efetivação das reservas mediante pagamento. Nossos eventos têm tido, graças a Deus e apoio dos amigos, lotação esgotada em poucos dias do lançamento e como já temos 20 pré-reservas, sugiro ligar  logo para (011) 4612-6343 ou enviar seu mail para comercial@vinoesapore.com.br. 

Parceiros neste evento, sem o qual nada conseguiríamos realizar; Restaurante Escondidinho, Mistral (Montes), Riedel (Mistral), Berenguer Imports (nQ) e Dominio Cassis (William Févre e Cabal). Um kanimambo enorme a eles e a você que segue fazendo deste blog um dos mais lidos no Brasil em seu segmento. Salute e aguardo vossas reservas lá na Vino & Sapore.

*Ps. O Little Quino foi substituido porque não ia chegar a tempo!

Nova Zelândia e Isabel Estates

A Nova Zelândia é para a maioria de nós, uma eterna desconhecida como produtora de vinhos e não só!????????????? Terra dos All Blacks (rugby), do Kiwi (fruta), Koala (ursinho) e da Sauvignon Blanc, calma estava chegando lá, possui 10 regiões produtoras com cerca de 700 vinícolas ativas e uma produção anual em torno de 250 milhões de litros dos quais cerca de 70% é exportado. Uma população pequena, em torno de 4 milhões de habitantes consumindo cerca de 21 litros per capita (mais de dez vezes a média brasileira). Como curiosidade, a população de ovelhas no país é de cerca de 80 milhões ou seja, 20 vezes superiores à de habitantes!

Em 1981 haviam cerca de 100 vinícolas e foi aí que entrou um projeto de desenvolvimento do setor que fez com que, depois de estabelecidas as bases para crescimento, a partir de 1995 a vitivinicultura disparasse se tornando um importante player mundial (8º maior exportador do mundo) baseando sua produção e exportação na Sauvignon Blanc (66% do volume exportado) que virou marca registrada da Nova Zelândia no mundo. Aqui o foco não é a diversidade, até agora, e mais em se concentrar no que realmente o terroir produz de melhor, os brancos e em especial a Sauvignon Blanc, porém também a Chardonnay e a Riesling uvas que gostam de climas frios.

Foi nessa época, em 1982, que a família Tiller montou sua vinícola no vale de Wairau em Marlborough, a maior região produtora com cerca de 50%. Suas uvas de Sauvignon Blanc fizeram parte, por muito tempo, do blend de uvas usadas pelo produtor do icônico Cloudy Bay um dos mais famosos e conceituados vinhos da Nova Zelândia.  Empresa familiar trabalhando de forma sustentável, algo importante no cenário produtor do país, num sistema de single vineyards com parcelas únicas divididas por clones e terroirs específicos,  desde 1994 engarrafa seus próprios vinhos e tive a oportunidade de conhecer quatro deles; Sauvignon Blanc, Dry Riesling, Pinot Gris e um Pinot Noir, todos em torno dos US$50 na Mistral, exceto o último (tinha que ser o que mais me seduziu!) que está na casa dos US$85.

O Riesling, com apenas 2grs de açúcar residual, é marcadamente seco, fino e elegante com um mineral típico bem sutil e o Sauvignon Blanc exala Nova Zelãndia por todos os poros sendo exuberante na fruta cítrica, ótima acidez e longo final de boca. Os mais marcantes para mim, no entanto, foram o Pinot Gris e o Pinot Noir que me seduziram e recomendo.

Vinhos Isabel Estates

Isabel Estate Pinot Gris – não é uma uva que conheça bem, porém o vinho me seduziu por seu frescor, frutos cítricos, cremosidade e, essencialmente, seu tremendo balanço de tudo isso com enorme finesse bem diferente daquele estilo mais rústico e gritante dos pinot grigios italianos. Frutos do mar, salmão grelhado, queijinho de cabra fresco, salada cesar, comida asiática, me deu uma água na boca! Uma surpresa muito agradável e apetecível.

Isabel Estate Pinot Noir – apenas 6000 garrafas produzidas, uma planta por garrafa, um belo exemplo de Pinot Noir com boa tipicidade da casta, suave floral no nariz sobre uma base de fruta (ameixa), boa textura, delicado mas bem estruturado, taninos aveludados, madeira muito bem aplicada ressaltando a fruta , um vinho que, novamente, seduz pelo enorme equilíbrio. Bom para tomar já e que deve seguir evoluindo pelos próximos 4 a 5 anos, gostei muito!

Enfim, com a Nova Zelândia, país que preciso conhecer pois os amigos que por lá andaram falaram maravilhas, e os vinhos da Isabel Estates me retiro para o fim de semana. Amanhã é dia da criança (não sempre?!), mas abrirei a loja das 11 ás 16 para tentar garantir o leite do netinho, espero você lá! Semana que vem falo dos tintos do TOP 50 dos Vinhos de Portugal e outras cositas más, salute e kanimambo. Ótimo fim de semana para todos.

ps. Clique nas fotos para aumentar.

 

Soalheiro, melhor Vinho de 2010 para a Revista Wine.

            Soalheiro Primeiras Vinhas 2009 eleito o “MELHOR VINHO DO ANO” pela revista Wine – A Essência do Vinho em Portugal. De acordo com a revista, “Não raras vezes é apresentado como o “Riesling português”. A comparação é elogiosa, ainda que o Soalheiro seja um vinho bem português, do Alto Minho fronteiriço com a Galiza. Fruta, frescura e acidez são atributos que o fazem distinguir-se entre semelhantes e que também lhe permitem uma guarda por períodos mais longos que os habituais no caso dos brancos.” Eu tive a oportunidade de o tomar e comentar, tendo ainda há poucos dias falado dele para uns amigos. Realmente há Alvarinhos mais famosos em terras lusas, mas poucos são páreo para os vinhos deste produtor. Do mais simples rótulo aos mais complexos, sempre garantia de grande prazer e satisfação! ir a Portugal e não trazer umas garrafas na mala é crime inafiancável!! por aqui, quem o traz é a Mistral.

Um salute especial ao Soalheiro!

Desafio de Petit Verdot, Desvendando os Ganhadores

              Adoro estes meus Desafios de Vinhos quando coloco às cegas uma série de rótulos sob um mesmo tema. Falar e provar desta cepa ainda pouco divulgada no mercado foi em si, já um grande desafio e uma experiência riquíssima para mim e, tenho a certeza, também para boa parte da banca degustadora. Aliás, quase deu casa cheia!

     Venho ao longo dos tempos verificando os benefícios que um pouco desta cepa bordalesa nos cortes de diversos vinhos consegue fazer por eles. Sempre em pequenos porcentuais, a Petit Verdot aporta cor, sabor e corpo aos vinhos dando-lhes uma riqueza e complexidade que muito me satisfazem. É uma cepa difícil em sua terra natal, de amadurecimento muito tardio o que muitas vezes faz com que boa parte da colheita se perca tornando seu uso escasso e caro devido à quebra de produtividade. Nos países mais quentes no entanto, esse tempo de amadurecimento se dá de forma mais administrada devido ás condições climáticas. Um exemplo no Velho Mundo são os vinhos espanhóis, região de verões mais quentes e longos, elaborados com ela.

               Já no Novo Mundo, de condições climáticas mais adequadas, a cepa vem sendo vinificada como varietal com a ocorrência de um fato que já verificamos na vinificação de vinhos Tannat, que é a “amansada” nos vinhos, produzindo rótulos mais harmônicos, menos tânicos enquanto preserva suas características de estrutura  e riqueza de sabores. Foi para ver como estes vinhos se comportam que, desta feita, reuni dez exemplares para este Desafio na busca do Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra.

                  Nos reunimos no bonito e bom restaurante Ávila, que por sinal possui uma bela adega climatizada construida pela Joshuá Adegas, onde o Tavares e sua equipe nos atenderam muito bem.  Nove rótulos de que todos tinham conhecimento mais um surpresa, foram servidos ás cegas e em ordem aleatória após alguns saborosos e refrescantes goles de dois espumantes sobre os quais falarei em outra altura. Certamente o que os amigos querem mesmo saber, é o resultado desse gostoso embate, então falemos um pouco de cada um desses vinhos participantes julgados por uma competente banca de degustadores conforme já listado em meu post anterior com a lista dos participantes .

              Como o aereador que iríamos testar não chegou a tempo, os vinhos foram decantados por cerca de uma hora cada um. Eis os vinhos com suas notas conforme ordem de serviço.

Enrique Mendoza Petit Verdot 2005 representante espanhol de Alicante, trazido pela Peninsula e que possui um preço de mercado ao redor de R$120,00. No nariz uma presença  herbácea e algum foral que fazia lembrar violetas. A fruta apareceu mais no palato, de taninos redondos e macios, complexo, um pouco fechado abrindo-se com o tempo em taça, final algo defumado e quente sem prejudicar o conjunto que agradou bastante e posteriormente acompanhou bem a fraldinha. Média de 86,7 pontos.

Pisano RPF Petit Verdot 2007 representando os bons vinhos uruguaios. Importação da Mistral, custa USD31,50 ou seja, algo próximo a R$57 nas taxas atuais. Uma paleta olfativa muito rica, o que não é tão tradicional á cepa, em que o café com aniz estava bem presente, toffee, baunilha, realmente muito interessante e convidativa. Na boca a boa estrutura da cepa, taninos aveludados e de boa qualidade, algo balsâmico com um final suave onde apreceram alguns toques de especiarias. Obteve a média de 86,20 pontos

Morkell Petit Verdot 2004, sul-africano trazido pela d’Olivino, preço ao redor de R$130,00, o mais evoluído de todos os rótulos participantes. Halo de evolução presentes na taça mostrando sua idade, trazendo ao olfato suaves notas tostadas e fruta vermelha. Na boca é um vinho resolvido, de boa textura e volume de boca adequado, algo de couro com nuances terrosas, maduro, muito rico, complexo, de taninos finos, macios e elegantes, final de boca sutil e saboroso mostrando toques minerais. Um vinho literalmente encantador, sem a pujança que se poderia esperar da cepa, porém mostrando uma personalidade muito própria e impressionando muito positivamente a totalidade da banca degustadora. Um belo Petit Verdot, um grande vinho que merece ser conferido, aliás como a maioria dos outros rótulos presentes, tendo faltado garrafa para tanta demanda. Delicioso e a nota só confirma isso, média de 90,70 pontos.

Perez Cruz Limited Edition PV 2008, o primeiro chileno da noite e ainda não disponível no Brasil. O importador dos bons vinhos deste produtor, a Wine Company, deverá estar por trazê-lo dentro em breve, mas este viajou somente para este encontro. Baseado no preço do Syrah, acredito que deverá chegar por volta dos R$130,00. Nariz complexo, herbáceo, algo de farmácia e um tico a mais de álcool do que necessário, porém sem ser algo marcante que incomode. Na boca, presença de mentol, alguma casca de laranja confeitada, taninos de qualidade ainda um pouco adstringentes, mostrando-se muito novo, grande estrutura, vinho que precisa de mais tempo em garrafa quando deverá mostrar todo o seu potencial. Vinho para guardar por mais uns dois ou três anos. Média de 87,10 pontos.

Trumpeter Reserva Petit Verdot 2008, o primeiro argentino a se apresentar, novo, com nariz tímido, frutado com algumas nuances florais bem sutis. Na boca sobra um pouco de álcool, taninos um pouco rústicos e doces, final de especiarias com algo de noz moscada, conforme lembraram alguns dos degustadores. Não chega a encantar, mas acredito que precisa de mais tempo em garrafa já que ainda não encontrou seu equilíbrio. Trazido pela Zahil e custando cerca de R$64,00, obteve a média de 84,95 pontos

Landelia Petit Verdot 2005, importado pela Ana Imports e gentilmente cedido pelo colega e membro da banca, o Jeriel da Costa, com preço de mercado ao redor de R$60,00, foi um vinho ansiosamente esperado diversos dos amigos presentes. Foi também o vinho que mais criou polêmica com um pedaço da mesa achando que estava prejudicado e aoutra metade enchendo-o de elogios. No nariz mostrou notas de torrefação e algo químico que foi se dissipando com o tempo. Na boca, fruta compotada, taninos potentes e algo rústicos, alcaçuz, acidez alta e final de boca macio. A nota média não foi das melhores, 83,90, mas por tudo o que falaram deste vinho, certamente é um rótulo que merece uma segunda chance.

Tomero Petit Verdot 2006, mais um argentino presente, desta feita trazido pelas mãos da Domno do Brasil produtor dos saborosos espumantes Ponto Nero, em especial do extra-brut de que tanto gosto. Um vinho que já se encontrou, tendo mostrado sua maturidade tanto nos aromas como no sabor. Fruta madura de boa intensidade com sutis nuances de baunilha, mostrando-se com ótimo volume de boca e boa textura. Os taninos estão sedosos, muito boa acidez, rico, com um final muito saboroso e mineral onde aparece também um toque cítrico muito interessante e cativante. Muito consistente com minhas experiências anteriores, um vinho que obteve a boa média de 88,10 pontos.

Casa Silva Gran Reserva Petit Verdot 2007, de importação exclusiva da Vinhos do Mundo com um preço de mercado ao redor dos R$89,00, foi um vinho que insisti que estivesse presente já que o tinha conhecido, e adorado, numa degustação da Casa Silva em que estive presente no ano passado. Chileno, demonstrou notas herbáceas, couro e nuances balsâmicas no olfato, formando uma paleta algo peculiar e não muito convidativa. Na boca mostrou-se melhor, redondo, taninos aveludados, bom corpo e um final especiado bastante acentuado de média persistência que não chega a encantar.  Achei que o 2006 (recomendo) que provei estava bem superior a este, talvez mais pronto? Média de 84,45 pontos.

Pomar Petit Verdot 2008, o nosso vinho surpresa e sim, Cristiano, é Venezuelano sem importador no Brasil. Da mesma bodega que nos surpreendeu a todos no Desafio de Cepas Ícones, desta feita ficou aquém do que se esperava e mais um dos rótulos em que as notas variaram demais. Tipo ame-o ou deixe-o!  Nariz intenso, frutado, mas algo monocromático, sem grande complexidade que não chega a empolgar. Entrada de boca algo dispersa que necessita de tempo para se encontrar. Acidez instável, algum álcool em excesso, taninos macios e um final algo doce. Um adolescente irrequieto e imprevisível que melhorou com um tempo em taça e, mesmo com todas essas variáveis, obteve a surpreendente média de 85,11 pontos. Preferi o Reserva, um blend mais equilibrado.

Ruca Malen Reserva Petit Verdot 2007, o último representante de uma noite muito gostosa e intrigante repleta de bons vinhos. Argentino, importado pela Hannover Vinhos, foi para mim a mais agradável surpresa de todas, especialmente em função do preço, somente R$54,00. Possui uma paleta olfativa com forte presença de frutas negras compotadas com um leve toque de farmácia, mostrando-se bastante convidativa. Na boca possui boa estrutura, volume de boca adequado, taninos finos ainda presentes, mas sem qualquer agressividade, equilibrado com uma acidez interessante e gastronômica, final saboroso ainda que a madeira tenha aparecido um pouco.  Nota média de 86,25 pontos.

 Sempre listo a preferência de cada um dos membros da banca degustadora, mas hoje não “carece”! Pela primeira vez em mais de um ano destes Desafios, tivemos uma unanimidade em torno do Melhor Vinho Petit Verdot da noite, o Morkell. Realmente um grande vinho e Nelson Rodrigues que me perdoe, neste caso a unanimidade foi sábia! Para compor o pódio, em segundo lugar o ótimo Tomero, seguido pelo Perez Cruz, Enrique Mendoza e Ruca Malen. Pelo voto direto, a Melhor Compra foi o Pisano RPF e pelo cálculo matemático inventado pelo amigo e confrade (médico fisiologista do glorioso alvinegro praiano, salve/salve, campeão paulista 2010) Dr. Luis Fernando, tivemos como Melhor Custo x Beneficio o Ruca Malen.

             Uma grande noite em que ficou constatado que há muito mais vida além dos cabernets e malbecs que andam por aí. Temos que nos abrir para as novidades, para novas experiências, para as cepas menos comuns, porém extremamente ricas. Kanimambo à banca degustadora pela agradável presença, lembrando que os comentários, assim como as notas, são o resultado da média do pensamento de todos e que, certamente, cada um tem sua própria avaliação/opinião que deverá aparecer nos blogs do Alexandre, Jeriel, Álvaro e Evandro que são sempre ótimas fontes de informação. Por sinal, meus parabéns ao Evandro, seu blog da Confraria 2 Panas está detonando, legal!

              Salute, e agora preciso pensar no próximo desafio, o de Junho. Que tema, que vinhos, que lugar? Nos vemos por aqui.

Noticias de Nossa Vinosfera

         Mais um “time out” na sequência dos Melhores de 2009 para divulgarmos algumas noticias, umas nem tão novas, sobre nossa vinosfera. A falta de tempo, outros focos e as férias me tem impossibilitado de manter estes posts atualizados, mas estas são noticias que não podem ficar na gaveta. Para alguns, umas poucas noticias podem ser chover no molhado, mas para outros creio que são informações interessantes e, por outro lado, tem sempre coisa nova interessante neste imenso universo do vinho.

Marketing – Meu prêmio de ação de marketing do ano de 2009 vai definitivamente para a Miolo com sua grande e bem sucedida sacada de venda de espumantes Terranova na praia. Nota dez, e olha que sou duro de dar dez para qualquer coisa, mas veja o resultado; Os carrinhos personalizados da Miolo Wine Group que vendem desde dezembro os espumantes da linha Terranova à beira-mar têm causado alvoroço nas praias de Florianópolis (SC). A inusitada ação desperta o interesse dos veranistas e leva muitos a registrarem o momento em fotos. Além de oferecer espumantes na temperatura ideal na beira da praia, a novidade tem conquistado consumidores que ainda não conheciam os produtos da Miolo Wine Group. “Uma veranista ligou para o marido que fazia naquele momento compras de espumantes para o final do ano para encomendar o Terranova Moscatel”, conta Carlos Eduardo Nogueira, diretor de marketing da empresa. Em duas semanas, foram comercializadas 2 mil garrafas na praia somente na Ilha. (foto cedida pela Miolo)

Confraria Branco Leve – Há uns meses atrás, mais precisamente em 14 de Julho comentei aqui um vinho branco português produzido pela Adega Cooperativa do Cadaval (Estremadura/CVR Tejo) que ainda não tinha importador. Pois bem, a boa noticia é de que este rótulo está agora disponível na Lusitana de Vinhos & Azeites. Um boa pedida neste quente inicio do ano.

Concurso Gastronômico Fenaostra – Esta eu duvido que vocês conheçam, mas é importante evento em Santa Catarina edentro da programação, um concurso denominado Pérola da Ostra – categoria Gourmet, destinado aos amantes da cozinha, a caminho da profissionalização ou não, e tem como objetivo incentivar a cultura gastronômica, a produção de receitas e o consumo de ostras, um produto típico do Estado. Para participar do concurso, é necessário apresentar uma criação própria e original e os amigos da Marithimus marcaram presença.

                Foi no final de Outubro passado, e a dupla Marcelo Wippel da Silva e Antonio Carlos de Novaes e Silva (Marithimus) venceu o concurso na categoria Gourmet. A receita apresentada, Ravióli de ostras defumadas com calda de laranja aromatizada com gengibre, foi elaborada com ostras defumadas da empresa. O ravióli de ostras defumadas chamou a atenção dos jurados pelo contraste de sabor entre o defumado das ostras com o adocicado da calda de laranja. O gengibre deu um toque especial, emprestando o seu frescor, sem a esperada ardência que lhe é peculiar. Por isso, surpreendeu a todos. A tendência monocromática do prato também foi destaque. Quer ver a receita? Então clique aqui . Não sei não, mas em função dessa calda, eu arriscaria um Confraria Leve no lugar do tradicional espumante.

Riedel – As famosas taças de vinho mudaram de casa no Brasil se instalando na Mistral que de agora em diante é sua importadora e distribuidora exclusiva. Com uma tradição de quase três séculos, a perfeccionista família de origem austríaca mudou completamente a história das taças de vinho, abandonando os modelos de pequena capacidade, grossos e lapidados, em favor de taças grandes e finas, impecavelmente transparentes e produzidas artesanalmente com o mais fino cristal, uma para cada tipo de vinho. “A famíla Riedel nunca colocou seu nome em uma única garrafa de vinho, mas, nos últimos 50 anos, fez mais para aumentar o prazer dos enófilos que praticamente qualquer outra dinastia do mundo do vinho”, publicou a revista norte-americana Time. Boa sorte na casa nova.

Planeta Oceano – Jornal da região oceânica de Niterói já iniciou a distribuição da edição de Janeiro com a coluna Falando de Vinhos tratando do tema “Achados de 2009”. Quer ver, então clique aqui.

Gula – Por falar em mídia impressa, nesta próxima semana deve sair a primeira edição do ano de 2010 da Revista Gula com dicas dos Melhores de 2009. Sugestão, compre assim que chegue e aproveite para ler os pitacos que este vosso humilde servo deu por lá!

Tannat Vallontano – O amigo Didu e sua Confraria dos Sommeliers promovem mensalmente provas ás cegas com diversos temas. Dessa feita foi de vinhos Tannat em que estiveram presentes 13 rótulos uruguaios e um surpresa, o Tannat da Vallontano que acabou obtendo a quarta melhor nota do encontro. Uma ótima noticia para a Vallontano que mostra o atual estágio da indústria do vinho brasileiro e nos deixa com água na boca de provar mais este rótulo. Tá na lista!

Decanter Wine News: Algumas curtas com noticias interessantes dadas por esta importante revista inglesa:

  • USA – templo do consumo e dos vinhos de USD 100 e acima, a crise criou um novo marco no mercado que deve perdurar por pelo menos mais uns dois anos, o patamar hoje virou USD50! A grande faixa de consumidores entre 45 e 55 anos viu sua receita cair cerca de 45% nos últimos dois anos e com isso um crescimento na preocupação com consumo. Maior penalizado nesse processo foi a indústria local de vinhos que, tradicionalmente, vinha posicionando seus vinhos na faixa mais alta de preços e o crescimento de fatia de mercado dos produtores argentinos e chilenos.
  • Boom australiano chegando ao fim? – a produção australiana está cerca de 100 milhões de caixas acima da demanda prevista o que traz sérios problemas à industria. Esta situação se agravou com a crise mundial e o crescimento na presença internacional de vinhos de outros países do novo mundo como Argentina, Chile e África do Sul. Uma política de reestruturação da industria está sendo criada para ajudar os produtores de uvas a reformular produção e até eliminar vinhedos ou mudar de atividade. Ouch!
  • Flavescence Dorée – já ouviu falar disso? Pois bem, talvez venhamos a ouvir bem mais nos próximos anos já que esta doença das vinhas pode vir a se tornar uma nova phyloxera caso a devida atenção não lhe seja dada. Presente há um tempo em terras francesas, ressurgindo com mais força agora em Bordeaux, a presença dessa doença transmitida pela cicadelle, um pequeno gafanhoto que pula de folha em folha, amarela a folha antes de destruir a vinha. Isto, inicialmente, reduz a produtividade, mas pode levar à eliminação total de vinhedos. Ojo!!
  • Nicolas Patel no Chile – como dizem, se você não consegue batê-los, una-se a eles! Famoso produtor da Borgonha, se une à Vinícola “Vina Corpora” na região de Bio-Bio num projeto novo em que pretende produzir grandes Pinot Noir. É esperar para checar, já que teremos a primeira safra neste ano.
  • Singapore Airlines – apesar de algumas dificuldades financeiras que fizeram com que o CEO cortasse seu próprio seu salário em 20% (deve ser troco) na busca por uma reestruturação de custos para reduzir os prejuízos acumulados nos dois últimos trimestres, o orçamento de cerca de 5 milhões de libras para compras de vinho permanecerá! Algum produtor nacional de habilita?

Amanhã a volta da coluna do Breno – depois de merecidas férias e na expectativa de ser mais um avô fresco este ano, o Breno volta com suas deliciosas e certeiras crônicas, reflexões do fundo de copo. Amanhã, Sábado (16/01)

Uvas & Vinhos retoma sua trajetória – Alternando com as Crônicas do Breno aos Sábados, Uvas & Vinhos está voltando e, desta feita, com uma grande noticia, uvas autóctones portuguesas serão comentadas pelo amigo e enólogo do projeto Quinta do Seival da Miolo, o Miguel de Almeida. Alguém melhor para falar das uvas, sua história e sua característica do que quem trabalha com ela? Mais, o Miguel tem mostrado grande capacidade á frentes deste projeto, então será uma grande honra recebê-lo aqui. Estréia com Touriga Nacional no Sábado dia 23, não perca!

SISAB – Falando de coisas portuguesas, eis uma boa oportunidade para os amigos que estejam de férias em Portugal no final de Fevereiro e para os empresários da área enogastronômica que queiram conhecer um pouco mais do que Portugal tem de bom nessa área. Dias 22 a 24 de Fevereiro,o Pavilhão Atlântico do Parque das Nações, será palco desta importante feira de negócios, o Salão Internacional do Vinho, Pescado e Agro-industrial. Afora o salão a ser visitado, passar alguns dias em Lisboa e região é sempre um grande prazer, especialmente para os amantes da boa enogastrônomia, então não perca a oportunidade. Quer saber mais, clique aqui.

Por hoje é só. Amanhã é dia da volta do Breno e na Segunda e Terça a finalização da lista dos melhores Vinhos de 2009.

Salute, kanimambo e um ótimo final de semana.

Tabela de Safras 2010

             Uma pausa nos Melhores de 2009 para falar da nova tabela de Safras que nos foi gentilmente cedida pela Mistral. Como sempre digo, tabela de safras é como nota de critico, tem que sorver moderadamente e ser usado com parcimônia. São meros indicativos que servem como parâmetro de avaliação e decisão quando nos deparamos com produtores ou rótulos desconhecidos. Já tomei ótimos vinhos de safras muito ruins e vinhos não tão bons de safras ótimas então tudo é muito relativo e, creio eu, o produtor é fator essencial nessa equação. Uma dica sobre os vinhos portugueses de 2007 (dados não disponíveis na tabela abaixo) é de que essa safra foi especialmente boa no Douro. Tive oportunidade de tomar alguns vinhos dessa safra e estão realmente bons, me recordando bem do Duorum, Post Scriptum, Altano Biologico e Pombal do Vesuvio que achei muito bons,  então aproveitem e estoquem, pois os bons vinhos serão longevos. Imprima e guarde em sua carteira, nunca se sabe o momento em que a tentação nos bate à porta e importante estar prevenido!

Se quiser mais detalhes das safras até 2007, uma boa fonte de informação é a tabela da Wine Enthusiast  disponível aqui. Salute e kanimambo

Grande Desafio de Espumantes

Esta é a terceira prova do grande painel que estou avaliando este mês. Já tivemos uma dúzia de espumantes moscatel, uma dúzia de espumantes rosés e agora quarenta e dois rótulos entre Champagnes, grandes Cavas, cremants de Bourgogne, de Alsace, Prosecco  e espumantes de qualidade da Austrália, Chile, Argentina, Portugal e, obviamente, a maioria dos tops brasileiros sejam eles elaborados pelo método charmat ou tradicional/clássico. Ao final deste mês, teremos provados 66 espumantes que só vêm agregar aos muitos já comentados, sugeridos e recomendados ao longo destes primeiros dois anos de vida de Falando de Vinhos.

               Trabalho insano, nem sempre entendido e se arrependimento matasse, eu estaria ….. vivo! Não está sendo fácil não, ainda mais depois de um acidente (todos bem) que me deixou sem um carro durante todo o mês, mas não me arrependo não pois estou coletando dados e ganhando muita experiência que tento, na medida de minhas limitações, partilhar com os amigos que me visitam  quase que diariamente o que, por sinal, é uma baita responsabilidade que levo muito a sério. A organização de tudo isto é complicada e juntar a banca de degustadores tantos dias um outro quebra-cabeças nem sempre bem sucedido até pelos afazeres profissionais de cada um e convites mais interessantes que o meu.  

           Para compor a banca de degustadores desta prova que é dividida em dois dias de degustação os amigos; Álvaro Galvão (Divino Guia), Breno Raigorodsky (cronista e juiz FISAR), Simon Knittel (Kylix), Emilio Santoro (Portal dos Vinhos), Alexandre Frias (Diario de Baco/Enoblogs), Daniel Perches (Vinhos de Corte), Dr. Luís Fernando Leite de Barros (enófilo), Evandro Silva e Francisco Stredel (confraria 2 panas), Ralph Schaffa (restauranteur) e eu que nos reuniremos nas aconchegantes instalações da casa dos amigos Armando e Denise, o Emporio da Villa. Afora degustarmos esses deliciosos e refrescantes caldos, nada como algumas deliciosas pizzas da casa. Tem diversas ótimas e criativas opções, mas quatro em especial eu recomendo; a de abobrinha temperada com queijo brie, a de alcachofra e as de salmão e al mare que sugiro acompanhar com um Sauvignon Blanc bem fresco, yummy!

             Mas vejamos o que nos espera nesses dois dias. Certamente muito outros rótulos e produtores poderiam estar aqui, alguns foram convidados e não se manifestaram e outros, bem a quantidade de rótulos é enorme! De qualquer forma, creio que com os rótulos aqui listados temos um grupo de desafiantes bastante heterogêneo e  uma mostra razoável do que de bom existe no mercado.

DIA 1

DIA 2 

Champagne De Sousa Zoémie Cuvée Merveille Brut – Decanter – R$256,00 Champagne Piper Heidsieck – Interfood – R$180,00
Champagne Taittinger Brut – Expand – R$200,00 Champagne Drappier Brut Carte d’Or– Zahil – R$185,00
Champagne Tsarine Brut – KB-Vinrose/BR Bebidas – R$170,00 Cremant Bourgogne Picamelot Cuvée Jeaune Thomas Brut 2004 – D’Olivino – R$147,00
Cava Juve y Camps Brut Nature 2004 – Peninsula – R$168,00 Marrugat Cava Gran Reserva Nature 2004 – Winery – R$75,00
Cave Geisse Nature – Cave Geisse/Vinhos do Mundo – R$45,00 Don Giovanni Nature – R$50,00
Chandon Excellence – BR Bebidas – R$85,00 Miolo Millesime – R$75,00
Moinet Millesimato Prosecco Brut 2007 – Winery – R$ 65,00 Incontri Prosecco VSAQ – Vinea – R$97,00
Cremand Cuvée Sylvain (Loire) – Cave Jado – R$59,00 Marc Brédif Vouvray Brut – Mistral – R$86,00
Marco Luigi Reserva da Familia Brut 2006 – R$30,00 Pizzato Brut – R$45,00
Valduga Extra Brut Gran Reserva 2004 – R$90,00 . Nero Extra Brut – Domno do Brasil – R$45,00
Cava Freixenet Cordon Negro – R$49,00 Cava L’Hereu Reserva Brut  de Raventós i Blanc – Decanter – R$87,00
Don Giovanni Ouro 30 – R$75,00 Valduga 130 – R$65,00
Salton Evidence – R$70,00 Anna de Codorniu – Interfood – R$75,00
Barton & Guestier Cuvée Reservée Chardonnay Brut (Loire) – Interfood – R$65,00 Cremand Cuvée Plaisir Perlant (Alsace) – Cave Jado – R$86,00
Marson Brut método tradicional – Eivin – R$59,00 V. G. Brut – Villaggio Grando – R$40,00
Spumante Incontri Muller Thurgau – Vinea – R$73,00 Bridgewater Mill Sparkling (Austrália) – Wine Society – R$78,00
Santa Julia Brut – Ravin – R$43,00 Trapiche Extra Brut – Interfood – R$35,00
El Portillo Reserva Brut – Zahil – R$58,00 Casillero Sparkling  – VCT Brasil – R$75,00
Raposeira (Portugal) – Vinhas do Douro/BR Bebidas – R$85,00 Irresistibile Reserva Brut (Portugal) – Sem importador
Do Lugar Charmat – Dal Pizzol -R$32,00 Dal Pizzol Brut tradicional – R$45,00
Espumante surpresa Veuve Paul Brut Brut – Zahil – R$49,00
   

            O porquê deste melange?  Primeiro porque gosto de desafiar o establishment, segundo porque a única forma plausível, pelo menos a meu ver, de comparar qualidade e sabores de vinhos é numa comparação direta ás cegas e terceiro porque quero conferir algumas “verdades” de nossa vinosfera. Por outro lado, é um tremendo exercício sensorial para quem participa da banca. Se os tomasse a todos em casa, tranquilo, avaliando todos os aspectos com calma e curtindo o caldo, certamente seria mais prazeroso, mas longe de ser tão didático. Afora isso, importante que um painel deste porte não ficasse apenas restrito a uma pessoa e sim a dez o que lhe dá outro valor.

           Bem amigos, isto foi só para vos deixar com água na boca no aguardo dos resultados que publicarei na próxima segunda dia 30 e mais detalhadamente em outros posts ao longo do mês de Dezembro assim como na coluna dos jornais Planeta Morumbi e Planeta Oceano.  Por enquanto é só, salute e kanimambo por visitar.

Dicas da Semana

                 Manhã preguiçosa de feriado em São Paulo e, para quem não viajou, há um passeio imperdível ao ITM Expo, algumas promoções de espumantes, restaurantes e otras cositas más. Dá até para dar uma passada em Indaiatuba para um passeio diferente. Enfim, como em toda a semana, um pouco de cada coisa:

I Expand Wine Festival em pleno período de festas em que mais se consome e se compra vinhos. É o Otávio e sua turma inovando novamente. Sob o slogan “se você gosta de vinho, este é o seu lugar”, a empresa realiza o I Expand Wine Festival no ITM Expo, a partir de 20 de novembro – até 06 de Dezembro.

            Trata-se de um grande evento promovido pela maior rede de lojas de vinhos, com vendas de rótulos em promoção. Os 3 mil m2 do ITM Expo estarão lotados com caixas e caixas de vinhos, de 12 países, de diferentes estilos e preços, e com descontos de até 50%. A logística do evento foi estruturada como uma grande operação de varejo: não haverá degustação, nem a presença de produtores. A idéia é aproveitar a época que é uma das mais propícias para as compras de vinhos e espumantes – as festas de final de ano – e dar aos clientes a chance de adquirir vários rótulos, a preços  super convidativos. São cerca de 150 diferentes rótulos e um volume de 150 mil garrafas.

          Além do desconto nas garrafas, a Expand vai dar ainda 10% em cima da compra da caixa de vinhos com 12 unidades, em todos os rótulos – com exceção do Espumante Paralelo 8. Como exemplo, dá pra citar o vinho italiano Casanova di Neri que tem o preço de tabela de R$ 380,00. Aplicando o desconto de 20% na garrafa e mais 10% na caixa fechada, tem-se uma economia de R$ 1276,80 para quem levar a caixa fechada. Esta iniciativa está alinhada à filosofia da Expand, que há mais de 30 anos vem desenvolvendo o mercado de vinho no Brasil. Por isso, haverá produtos para todos: tanto para aqueles que já são  conhecedores e consumidores de grandes vinhos, como para os novos consumidores. Para esses, haverá também uma programação com cursos de noções básicas de vinhos. Ainda no local, os clientes vão poder adquirir caixas e embalagens de presentes.

O ITM Expo fica na Av Eng Roberto Zuccolo, 555 – Vila Leopoldina – e o horário de funcionamento será das 12 às 22. Para mais informações ligue para, (011)3847-4747 e boas compras.

 

Restaurante Emprestado – Não conhece? Pois bem, eu também não porém adorei o conceito inovador e criativo, razão de publicar esta nota que a amiga e confrade  Denise Cavalcante me enviou. O recém inaugurado Emprestado tem esse nome por servir pratos “emprestados” de diversos restaurantes do país, mostrando a versatilidade da culinária brasileira. Os cardápios especiais serão servidos no almoço e no jantar durante a semana dos Chefs. Nesta próxima semana eles recebem a vista do pessoal do renomado restaurante paraense Lá em Casa, um dos mais conceituados restaurantes brasileiros.

O Pará tem ingredientes únicos que já fizeram fama entre cozinheiros internacionais e sabores únicos que a maioria dos paulistanos não conhece. O chef Paulo Martins é o responsável por mostrar a versatilidade e sabores da cozinha paraense para todo o mundo e agora estarão disponíveis em SP. À convite do restaurante Emprestado, a Chef Daniela Martins, filha de Paulo e atual chef do restaurante, executará receitas de seu restaurante, entre os dias 24 e 26 de novembro em SP, aqui na Vila Madalena. Uma oportunidade de conferir e apreciar pratos exóticos e diferenciados como, o prato mais famoso do Amazonas, o Pato no Tucupi, também a Maniçoba (uma espécie de feijoada paraense), mas tem mais.

  • Filhote Pai D´égua – brochete de peixe com salada de feijão manteguinha de Santarém, arroz de jambú e farofa molhada
  • Picadinho de Tambaqui (foto),  servido com arroz de jambú, banana frita e farofa.
  • Filé Marajoara – filé de carne de búfalo coberto com queijo do Marajó, acompanhado de arroz de maniçoba

Se quiser conferir esses sabores diferentes, o cardápio especial do Lá em Casa será servido durante o almoço e jantar entre os dias 24 e 29 de novembro, de terça a domingo, sendo que a chef só fica na casa até quinta-feira, quando volta para o Pará. O Emprestado fica na Rua Mourato Coelho 992. Sugiro ligar antes e reservar, só por via das dúvidas,  (011) 3034-0214

Le Beaujolais Nouveau est Arrivé  – Todo ano, a terceira quinta-feira do mês de novembro é aguardada pelos amantes do vinho. Seguindo uma antiga tradição, presente em diversos países, essa é a data que anuncia a chegada da nova safra do vinho Beaujolais Nouveau em todo o mundo e a Mistral informa que os prestigiados rótulos de Joseph Drouhin também já estão disponíveis .

            A safra de 2009 tem sido bastante elogiada na região de Beaujolais como uma das mais clássicas dos últimos anos, com rendimentos muito baixos nos vinhedos, o que faz aumentar a qualidade do vinho. As quantidades foram as menores dos últimos 15 anos, mas a qualidade e o estilo lembram os ótimos 2006. Os Beaujolais Nouveau de 2009 estão com mais concentração e uma coloração púrpura profunda. Cheios de frescor, são vinhos repletos de aromas de cerejas e framboesas pretas. Este ano, estão especialmente sedosos e aveludados, com um caráter redondo, rico e generoso, e são ótimos com frios e aperitivos. Além do sabor e frescor deste vinho, o grande charme está na festa, uma tradição que começou no início do século passado nos bistrôs, restaurantes e brasseries de Lyon, e que hoje acontece simultaneamente no mundo inteiro.                    

            Por treze anos consecutivos, o Beaujolais Nouveau de Joseph Drouhin foi considerado o melhor em todas as degustações organizadas pela imprensa especializada no Brasil. A partir do dia 19 de novembro*, já estarão disponíveis na Mistral Importadora o Beaujolais Nouveau 2009 (R$ R$69,50/ garrafa) e o Beaujolais Villages Nouveau 2009 (R$ 89,00/ garrafa), ambos assinados por Joseph Drouhin. As reservas podem ser feitas pelo telefone (11) 3372-3400. Estes preços são válidos para a compra por telefone (3372-3400), na loja (Rua Rocha, 288 – São Paulo) ou no site (www.mistral.com.br). 

Kylix & “Pasta en Casa” – O amigo Simon firmou uma acordo operacional com a Pasta em Casa, do grupo Pasta Gialla, e agora tem almoço e jantar. Desta forma os amantes das boas pastas têm uma rica carta de vinhos à disposição e os apreciadores de vinhos a opção de conhecer os deliciosos pratos que esta casa prepara. Este encontro enogastronômico recém aconteceu, então só para conferir dê uma ligada para a Kylix (011) 3825-4242 antes de passar por lá, mas desde já tem minha recomendação.

Lusitana, Brancotinto e a Cantina da Gula em Indaiatuba prepararam um sábado muito especial para vocês! Neste sábado (21), a trupe da Lusitana estará nas deéndências da principal loja de vinhos da região divulgando seus vinhos e os cosméticos de vinhos da Vinotage. Você paga R$ 40,00 por pessoa de entrada, mas essa entrada é convertida 100% em crédito para compra de vinhos que estarão sendo degustados e promovidos.

Quando a fome apertar, você escolhe um vinho, atravessa a rua e almoça na Cantina da Gula, 3 opções de Menu, por um preço fechado de R$ 25,00 por pessoa (inacreditável, né? coisas que só encontramos no interior). Ah! Não será cobrado taxa de rolha se você levar vinhos da mostra! Depois do almoço, fique a vontade para relaxar na varandinha ou ainda vvoltar para a Brancotinto e continuar degustando os vinhos da Lusitana!

 

 Promoção de Natal da Zahil – Um bom mimo com segundas intenções, para curtir a dois, é a Champagne Drappier Charles Degaulle (R$ 275), que vem com duas elegantes taças de brinde. O rótulo foi batizado com o nome do herói de guerra e ex-presidente da França pela exclusiva produtora Drappier, que tinha no francês um fã assumido e dedicado consumidor.

          Para os enófilos de carteirinha, a Zahil conta com três promoções especiais para comemorar os “10 Anos de Bodegas Salentein”, oferecendo excelentes preços no saboroso vinho argentino do Valle de Uco, em Mendoza, além de presentes exclusivos.

  • Adquirindo doze garrafas de diferentes variedades da linha Salentein Reserve (por R$73 cada), a décima terceira sai por conta da importadora: uma Magnum de Salentein Malbec (1,5l), engarrafada exclusivamente para a ocasião.
  • Na compra de seis garrafas Salentein Reserve, combinando dois Merlot, dois Cabernet Sauvignon e dois Malbec (R$ 438), ganha-se um decanter exclusivo.
  •  Já o Trio Salentein (R$ 219), com uma garrafa de cada tinto favorito da linha Reserve (Merlot, Malbec e Cabernet), presenteia com um belo par de taças, perfeito para ocasiões especiais

 

 Sugestão de Cavas – um dos espumantes mais saborosos de nossa vinosfera produzido na Espanha com uvas autócotones, são uma ótima dica para este festivo final de ano em que uns celebram o ano que passou, outros brindam a anos melhore e outros simplesmente fazem festa!

  • Peninsula, a mais importante e tradicional importadorade vinhos espanhóis faz uma promoção especial com sua premiada Juve y Camps Cinta Púrpura Vintaje Reserva, exclusiva para os leitores deste blog, de R$103,00 por R$92,00. tel. (011) 3822-3986.
  • Casa Palla, aqui na Granja Viana, tel. (011) 4612-9402  – Cava Codorníu Clássico por R$49,00 e se for de caixa (6) o preço cai para R$45,00.
  • Cultvinho, a mais nova importadora especializada em vinhos espanhóis, traz duas opções da Fincalegre; o Brut elaborado com 95% Viura e 5% Chardonnay por R$68,00 e o Brut Nature com 90% Viura e 10% Chardonnay por R$88,00.

 

Amantes de Catena Zapata – É, tem uma legião por aí, e eu me incluo entre os que apreciam muito seus bons vinhos que conseguem combinar potência e concentração, sem abrir mão da elegância, e ostentando uma finesse dificilmente encontrada nos vinhos do Novo Mundo.  Pois bem, num evento especial e único a importadora Mistral traz ao Brasil Fernando Buscema, um dos enólogos da Catena Zapata, para jantar e degustar alguns grandes rótulos da vinícola mendocina, dentre eles, os aguardados Angelica Zapata Cabernet Franc e Angelica Zapata Merlot, no dia 23 de novembro, segunda-feira, às 20h30, no restaurante Templo da Carne – Marcos Bassi. Para o jantar, foram selecionados seis grandes rótulos da vinícola, são eles:

  • Catena Alta Chardonnay 2007
  • Angelica Zapata Merlot 2004
  • Angelica Zapata Cabernet Franc 2004
  • Catena Zapata Malbec Nicasia 2005
  •  Nicolás Catena Zapata 2005
  • Catena Sémillon Doux 2007

Acompanhando os vinhos, o restaurante prepara um menu especial. Para obter mais informações e/ou fazer sua reserva, ligue para (11) 3372 3409.

Salute e kanimambo

Uvas & Vinhos – Tannat

tannat2Apesar das alegações e grande probabilidade de que a cepa tenha origem Basca, é na região francesa do Madiran, ao pé dos Pirineus, onde ela criou raízes profundas. Diversos estudos mostram que esta cepa é campeã de polifenóis e, consequentemente, gera vinhos com mais quantidade de resvesterol e de grande “tanicidade”, tanto que o próprio nome da cepa é derivado da palavra; taninos.  Retinto na cor, muita fruta negra, algo defumado, chocolate, especiarias, tradicionalmente geram vinhos de boa complexidade aromática, mostrando-se no palato muito rico, um vinho de grande estrutura e poderoso com grande capacidade de guarda. Tudo vero e uma cepa que, até pouco mais de uma década atrás possuía poucos admiradores e, mesmo na França, era considerada uma uva secundária de baixa penetração no mercado internacional se restringindo a um consumo mais regionalizado. Foi com a chegada do Uruguai ao mercado, que os vinhos desta cepa ganharam espaço e se revigoraram mundialmente.   

              Os emigrantes bascos trouxeram as cepas em sua viagem para o Uruguai nos idos de 1870 onde virou um ícone da vitivinicultura local assim como a malbec o é para a Argentina. Os uruguaios trabalharam muito bem esta cepa conseguindo “domá-la” e com isso gerando vinhos mais amistosos que os destacaram em nossa vinosfera. Essa “doma” feita através de micro-oxigenação durante a fermentação, e a extração dos caroços (grainhas) assim como a aplicação adequada de madeira, tende a amansar a fera produzindo taninos mais redondos tornando o vinho mais amistoso.  A adição de merlot no corte, uma tradição uruguaia, tem o objetivo de amansar o tannat tornando-o mais palatável. No Mandiran é comum a adição de Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon com o mesmo intuito. Como a natureza é sábia, a cepa também possui uma acidez bastante acentuada que ajuda a equilibrar os fortes taninos e alimenta a longevidade dos vinhos.

            São vinhos de que gosto muito, mas não tenho provado tanto quanto gostaria. Para mim, apesar da fama dosTannat4 Malbec, são os Tannats o perfeito acompanhamento para um churrasco e produzem vinhos com uma variedade bastante grande de estilos, dos mais simples e suaves aos de extrema complexidade e capacidade de guarda. Eis o que o amigo Álvaro Galvão (Divino Guia) especialista em harmonização fala sobre esta cepa; “Carnes gordurosas em geral vão bem por causa dos taninos, e podem ser levadas à cocção do mesmo modo que o Barolo em reduções lentas e demoradas, para amaciar as carnes :”brasato “é isso, por que não usar a Tannat? Carnes de caça, mesmo as aves, dependendo da cocção,(preferencialmente em molhos, pois o tanino ajuda a enxugar a suculência, assim como o álcool é hidrófilo) ficam muito bem.Ex Galinha D’angola, Pato, Cabrito ao molho (carnes fortes, partes mais suculentas). Alguns queijos de mofo branco, que hoje se usam colocar geléias as mais variadas, como os Brie e os Camembert, ficam excelentes, claro que em porções pequenas, aperitivo e sem exagero das geléias, preferencialmente as de frutas vermelhas maduras.

Como se vê, harmonizar não é tão difícil, basta pensar um pouco, correlacionar a gastronomia milenar usada com uvas semelhantes, e ousar um bocadinho!

              Em corte ou varietal, dos mais suaves e fáceis introduções á cepa até aos mais complexos e de guarda, vejamos alguns bons vinhos que recomendo aos amigos, com preços aproximados em Novembro/09. Rótulos quase que totalmente do Uruguai, mas há um francesinho de tirar o fôlego pelo preço. São vinhos provados e aprovados, vinhos que compro, alguns só provei, e que espero também vos agradem:

  • Pattio Sur Tannat/Merlot – Decanter – R$21,00
  • Cisplatino Tannat/Merlot 2008 – Mistral – R$26,00
  • Recuerdos 2007 (corte de Tannat/Cab. Franc e Syrah) – Dominio Cassis – R$28,00
  • Don Pascual Tannat 2007 – Expand – R$28,00
  • Dal Pizzol Tannat 2006 (gostei muito do 05) – R$32,00
  • Rio de Los Pajaros Tannat/Merlot – Mistral – R$33,00
  • Pisano RPF Tannat – Mistral – R$44,00
  • Oceanico Tannat Reserva 2006 – Dominio Cassis – R$45,00
  • Alain Brumont Tannat/Merlot VdP Côtes de Gascogne – Decanter – R$48,00
  • Carrau Tannat de Reserva 2006 – Zahil – R$52,00
  • Cordilheira de Santa’Ana 2004 – (leva um pouco de Merlot)– Eivin – R$57,00
  • Bouza Tannat – Decanter – R$62,00
  • Filgueira Enigma 2004 – Decanter – R$69,00
  • Carrau Pujol Grand Tradicción 2004 (corte Tannat/Cab. Sauvignon e Cab. Franc) – Zahil – R$82,00
  • Bouza Tannat/Merlot – Decanter – R$85,00
  • Pisano Arretxea Tannat/Petit Verdot 2004 – Mistral – R$92,00
  • Abraxas 2002 – Dominio Cassis – R$98,00
  • Bouza Tempranillo/Tannat – Decanter – R$104,00
  • Amat  Tannat – Zahil – R$122,00
  • Luis Gimenez Tannat Super Premium 2006 – Hannover – R$155,00
  • Familia Deicas 1er Cru Garage 2002 – Expand – R$280,00

           Para finalizar, recomendo provarem os licores de Tannat produzidos no Uruguai. Muito saborosos, são ótimas companhias para sobremesas à base de chocolate. Minha dica; O Licor de Tannat da Dominio Cassis por cerca de R$38,00, um achado!

           Li algures, que a região do Mandiran possui a maior incidência de pessoas com mais de 90 anos na França. Dado interessante que gera uma pergunta; acaso ou será que que a alta concentração de  resvesterol nos vinhos da região tem algo a ver? 

           Para ver como contatar os importadores/produtores e checar onde, mais próximo de você, o rótulo está disponível, dê uma olhada em Onde Comprar, post em que constam os dados dos importadores e lojistas assim como de produtores brasileiros.

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Uma série de novidades no mercado que gostaria de compartilhar com os amigos:

Mistral lança seu novo catálogo recheado de novidades – Tanto novos produtores, incrível o tamanho do portfólio, como novos rótulos de seus tradicionais produtores. Dos novos produtores destaque para; o prestigiado Max Graillot, filho de Allain Graillot, os cultuados vinhos El Nido, da Espanha, Terlato & Chapoutier, a nova empreitada de Michel Chapoutier na Austrália, a vinícola chilena totalmente orgânica Nativa Viñedos Orgánicos  e a americana Paul Hobbs Winery. Dos produtores já consagrados, também  novos vinhos, como o Montes Alpha Carmenère, da Viña Montes, o branco da argentina Masi Tupungato, o torrontés de Ernesto Catena, o espumante Rosé da brasileira Vallontano,  entre outros lançamentos.  Vale checar e garimpar.

Villa Francioni lança o Michelli 2005 – Com apenas 2500 garrafas produzidas e após longos 48 meses de processo de elaboração e amadurecimento, chega este que pretende ser o vinho super Premium da vinícola, um corte de Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Merlot com umteor alcoólico de 14%. Preço de vinho ícone, por volta de R$198,00, um novo rótulo brasileiro a ser conferido. Veja mais no site da vinícola; www.villafrancioni.com.br.

Prosecco Corte Viola 1FOX Imports traz Proseccos – Um dos meus preferidos proseccos Low Budget que frequentemente  recomendo para eventos, casamentos, festas, etc. é o Corte Viola.  É um espumante leve, fresco e muito agradável com uma excelente relação custo-benefício. Afora isso a empresa também importa um prosecco DOC num degrau de qualidade superior e na versão Brut o que não é muito comum se ver no mercado. Em Novembro entrará em meu painel de espumantes com degustação às cegas e veremos como se comporta. Enquanto isso procure no seu fornecedor mais próximo ou contate o importador para checar onde obter seus produtos

Garibaldi Segue Colecionando Ouro – Mais dois espumantes da Vinícola Garibaldi conquistaram premiações em concurso internacional. Desta vez foi na Espanha, durante a 3ª edição do Concurso Internacional Vinos y Espirituosos (CINVE), realizado no Hotel Alfonso XIII, em Sevilha, entre os dias 25 e 27 de setembro. Os espumantes Garibaldi Moscatel e Brut Chardonnay receberam Medalha de Prata, confirmando o reconhecimento por sua qualidade, refrescância e aromas marcantes. O concurso reuniu 642 amostras de 14 países, que foram avaliadas por um painel de 49 degustadores internacionais.

Vinhos da Miolo Premiados na Alemanha –  concurso Anuga Wine Special 2009, da Alemanha, analisou mais de 220 vinhos de 12 países e premiou sete vinhos brasileiros, sendo dois da Miolo Wine Group. O Lote 43 (2004) e o Fortaleza do Seival Tannat (2006) receberam, respectivamente, medalha de prata e bronze. Os vinhos foram degustados às cegas do master of wine alemão Marcos del Monego e sua equipe de sommeliers. A Alemanha é um dos quatro grandes mercados visados pela Miolo para ampliar suas exportações e chegar a 34 países – hoje a empresa vende para 28 países e a linha de produtos do projeto Quinta do Seival seguem dando bons frutos graças ao trabalho competente do enólogo e amigo, Miguel de Almeida.

Alentejo x Douro Quinta-do-fredoQuinta do Fredo – Produção limitada a 2.000 garrafas, Douro, pisa a pé, corte tradiciomal de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Francesa e Tinta Barroca com seis meses de barrica, está chegando o vinho especialmente elaborado para o Fredo da BR Bebidas. Logo, deverá estar na loja onde é sempre interessante  garimpar novos rótulos com bons preços, marca registrada da casa.

Berenguer Imports – Mais uma nova importadora no pedaço, só que esta vem com o experimentado e capaz Charlston Dalmonico capitaneando a nau em seus aspectos comerciais. É uma questão de tempo para que os amigos venham a conhecer o resultado dos investimentos e escolhas selecionadas feitas pela equipe. Só para deixar alguns com água na boca e antecipando algumas informações, porque estou para fazer uma prova quando poderei tecer mais comentários, sobre os produtos que serão importados:

  • Da Argentina vêm a família Filosur do conceituado produtor Andeluna, vinhos de autor de Carlos Balmaceda Arroba 2006 e os vinhos da AVE Wines, um projeto italiano  em Mendoza.
  • Do Chile, a linha de vinhos Pirque Estate Reserva que dispensa apresentações, Pacifico Sur e I Wines, vinhos de autora (Irene Paiva)  que terá o rótulo I Latina um gran reserva syrah como seu rótulo de apresentação ao mercado.

Depois falo mais, mas como já dizem os hermanitos, OJO neles!

Decanter News – um resumo de algumas das novidades recebidas em newsletters recebidas:

  • Redução de conteúdo alcoólico – Cerca de 50% dos consumidores do reino Unido afirmaram em pesquisa, que prefeririam vinhos de menor teor de álcool desde que essa redução não acarretasse detrimento no sabor. Fato que não é isolado no mundo, onde as pessoas começam a fugir de vinhos excessivos.
  • Bordeaux – 2009 está prevista ser uma grande safra, mas preocupações existem quanto a excesso de extração e altos teores alcoólicos, contramão do mercado, devido a uvas muito maduras. Um grande desafio para os enólogos com, os melhores, provavelmente trabalhando muito bem esses excessos da natureza, outros não. Esperemos 2011 para conferir!
  • Penfolds Grange em Hong Kong – esta é para os ricaços e colecionadores de plantão. Um vertical completo (750ml) deste mítico vinho australiano de 1951 a 2004 e outro de garrafas magnums de 1979 a 2004. Leilão para poucos, mas se tiver a fins, é dia 5 de Novembro, clique aqui.
  • Bar de Degustação em Bordeaux – esta é para os amigos que estão com viagem programada para aquelas bandas e querem provar um Cheval Blanc, Chateu Ausonne e Chateau Smith Haut Lafitte entre outras preciosidade da margem direita que estarão á disponibilidade dos aficionados. Com máquinas Enomatic como as que o Santa Maria tem (veja matéria aqui) e cartões pré-pagos de 25 a 75 Euros, você poderá se esbaldar e conhecer diversos desses mitos, dizem que o Petrus e Chateai Le Pin ainda virão, por muito pouco. A Decanter não diz o nome do local, baita sacanagem, mas estando lá não deve ser difícil de encontrar. Bon Voyage.

Noticias de Portugal:

  • RegiaodeLisboaCVR Lisboa, reformula sua imagem – A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, acabou de realizar um rebranding que passou pela alteração da sua linguagem gráfica e comunicacional, tendo alterado também o seu logótipo. A nova imagem, desenhada pela Opal Publicidade, transmite, por um lado, uma característica de “modernidade” e por outro, representa alguns dos aspectos mais marcantes e característicos da região de Lisboa, como o mar (cor azul e forma ondulada), as encostas (cor castanha e com inclinação), bem como as vinhas representadas pela cor verde. A origem dos vinhos neste caso, ganha, na nova imagem, uma maior relevância, permitindo que os seus clientes, nomeadamente nos mercados internacionais, identifiquem claramente a geografia da sua proveniência.
  • National Geographic Society Coloca Douro em 7º Lugar – O Douro conquistou o sétimo lugar de um total de 133 Vinhas no Douro 3destinos turísticos sustentáveis da National Geographic Society, ficando à frente de regiões como a Toscana (Itália) ou o centro histórico de Salzburg. O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, afirmou que “este é um reconhecimento excepcional que confirma o sentido do trabalho que tem sido realizado para converter o Douro num destino turístico de excelência, com elevados critérios de sustentabilidade e qualidade”.  Depois da classificação como Património Mundial da Humanidade em 2001, a mais antiga região demarcada do mundo – o Douro – participou no concurso das “7 Maravilhas da Natureza”, ficando entre os 77 melhores, e foi agora destacada pela National Geographic. (Fonte: Infovini)
  • Colheita 2009 será Magnífica para a Alvarinho – Devido às ótimas condições climáticas que se fizeram sentir durante o período de maturação, nomeadamente temperaturas favoráveis, associadas às reduzidas amplitudes térmicas e a diminuta precipitação, a maturação foi ideal para produção de uvas com uma excelente relação açúcares/acidez. Segundo o Presidente da APA Monção e Melgaço, José Aleixo Caldas, “este tempo quente e seco que se fez sentir nos meses de Agosto e Setembro foram formidáveis para uma correcta maturação da casta Alvarinho”. José Aleixo Caldas afirma que “nunca se viu um período de vindima com estas temperaturas. A Colheita 2009 será uma das melhores colheitas que a Sub-região de Monção e Melgaço apresentou aos apaixonados dos monovarietais de Alvarinho.” José Aleixo refere, “Neste momento os mostos apresentam um potencial aromático extraordinário. Vamos ver como irão evoluir nos próximos meses” (Fonte: Essência do Vinho)

Salute e kanimambo.