H&H Bual 15 years Madeira

Mais dos Melhores 2014

Desta feita de momentos pra lá de especiais que, como os grandes vinhos, são extremamente longos de grande persistência na memória.

Melhor Harmonização

Um ano de grandes momentos inclusive nas bodegas argentinas e não só. Uma, no entanto, fez minha cabeça, o Incrível momento de harmonização fruto de telepatia minha e do mestre cozinheiro Ney Laux na confraria Vino Paradiso. Um verdadeiro elixir dos deuses que conseguiu melhorar ainda mais pelo aporte de uma torta de nozes com figos e maçã, uma verdadeira benção que arrebatou quem estava presente e os levou ao nirvana, eu incluso. Maravilha, nem sempre se consegue esse resultado em harmonizações e quando acontece desta forma, é para pensar em repeteco!! Magnifico vinho Madeira, um Bual 15 anos da Henrique & Henrique’s.

Madeira com torta de nozes

Melhor Degustação

foram muitas e muitos grandes vinhos passaram na taça, mas em função do local, da harmonização, dos vinhos e especialmente das pessoas, não tem como não elevar a centésima potência o encerramento da primeira viagem a Mendoza da Wine & Food Travel Experience em Agosto de 2014. Os belos vinhos da Dominio del Plata (Susana Balbo) e aquele Nosotros tomado no jardim com um brinde aos deliciosos dias que passamos juntos, estava ainda mais saboroso e não tem preço! Comprovação clara de que vinho harmoniza mesmo é com pessoas!

Nosotros com Nosotros

Melhor Momento

só poderia ser a esbórnia promovida pelo amigo Joaquin Alberdi (JÁ) em Buenos Aires na companhia dos amigos antigos e alguns novos, que desbravaram juntos 3850 kms de terroirs argentinos e mais de 270 vinhos. Um “pontapé” inicial que mexeu com todos e fez com que a saída para ir jantar, roteiro que a Wines of Argentina tinha para a gente, fosse um verdadeiro sacrifício. Isso mais sete horas de Van entre San Juan e la Rioja, o que era para ser um saco virou épico, ficarão para sempre na memória! Veja este video que o Didu fez e que acho que exemplifica tudo, uma bela mensagem do amigo Joaquin. Um lugar para não deixar de ir quando em Buenos Aires, vai por mim.

Uma ótima semana para todos, cheers e kanimambo pela visita.

 

Grandes Vinhos de Sobremesa Lusos

Nas últimas semanas encerramos as atividades do ano com quatro confrarias que administro e dou consultoria, só com grandes vinhos (falarei deles no ano que vem) pois os saldos de caixa estavam excelentes. O incrível foi que terminamos as festividades de cada um com um vinho de sobremesa e em todas o final se deu com um vinho português mostrando, também aqui, uma enorme diversidade e singularidade, uma marca lusa! Vinhos doces, de sobremesa, fortificados, podemos chamá-los de diversos nomes porém em todos reina a excelência e o fator de que eles, por si só, já são a sobremesa. Na duvida, no entanto, qualquer um deles vai muito bem com tortas de frutos secos, amêndoas, nozes, doces conventuais portugueses e, certamente, queijos azuis!

Quatro vinhos, três regiões, porém a mesma excelência e sedução a cada fungada, a cada gole uma nova sensação e emoção. São elixires como estes que nos levam ao nirvana e surpreendem a maioria dos que desconhece essas preciosidades. As garrafas vazias foram para meu altar de Bacco, onde ficam as lembranças dos grandes vinhos tomados!

Henrique e Henrique’ Madeira Bual 15 anos – Os Madeira também são vinhos fortificados que em sua elaboração passam por um processo único, o “cozimento” ou como eles denominam por lá, “estufagem” que consiste em uma passagem por no mínimo três meses em tanques especiais de inox com serpentinas de água quente circulando dentro do tanque. Posteriormente são colocados em cascos de madeira para envelhecimento. Magnifico exemplar de madeira elaborada com essa uva que poucos conhecem; a Bual ou Boal. Desta uva saem vinhos meio doces com notas de frutos secos e este mostrava claramente figos secos que harmonizou magistralmente com uma torta de nozes com figos e maçã que o amigo Ney Laux, cozinheiro de mão cheia, fez na Confraria Vino Paradiso. Maravilha engarrafada, notas de caramelo, complexo com notas oxidativas, deixou muita gente suspirando!

Casa de Sta. Eufêmia Special Reserve Porto branco 1973 – uma obra do acaso e da qual sobram alguns poucos mil litros por engarrafar. Um Porto Branco Envelhecido de tirar o fôlego. Nos aromas, algo de pêssego, frutos secos, damasco tudo muito sedutor e delicado. Na boca demonstra mais uma vez todo o seu equilíbrio de uma forma untuosa, gorda e macia num ótimo volume de boca lembrando um tawny envelhecido, final muito longo em que as amêndoas, mel e frutos secos se apresentam muito presentes e com enorme persistência. Surpreendente e arrebatador! Se deu muito bem com o Panetone Loison Tradicional com frutos secos, que aliás também serviu de harmonização para outros vinhos. Um grande vinho que embalou as Enoladies em mais um final de ano, o quarto!

Quinta da Bacalhôa Moscatel Roxo 98 – de Setúbal, um vinho que passa 9 anos em cascos de whisky usados trazidos da Escócia, mais uma obra prima lusa advinda de uma uva com cultivo limitado á região. Gosto dos vinhos moscatel lusos, sejam eles de Setúbal, tradicionalmente melhores, ou do Douro de onde já provei alguns grandes exemplares, mas a Moscatel Roxo é diferente. Extremamente sedutor, com notas florais que me fazem recordar laranjeira e rosas, com algo de frutos secos e mel, talvez até influenciado pela incrível cor amarelo dourado, quase topázio, uma verdadeira preciosidade. Tudo isso, no entanto, não convence se quando chega à boca esses aromas morrem e são substituídos por um liquido xaropento, enjoativo e sem vida. Este Moscatel Roxo da Quinta da Bacalhôa é o oposto de tudo isso, pois possuí uma acidez maravilhosa que lhe aporta uma personalidade muito vibrante, elegante, de grande leveza e maciez que convidam ao próximo gole. Também acompanhamos com Panetone Loison, mas nem precisava e os amigos confrades da Quinta Divina não me deixam mentir!

Taylor’s Tawny 20 anos – sempre preferi os 20 anos á maioria dos 30 anos e quase sempre dos de 40 anos, não sei porquê então não me peçam para explicar! Este tinha provado recentemente num evento do Douro, porém tomá-lo e ainda por cima na companhia dos amigos da Confraria Saca Rolha teve um gosto para lá de especial. Grande Tawny de Idade que certamente a porta voz da confraria saberá descrever quando escrever o relato de sua experiência que publicarei aqui, como sempre. Por agora, só digo que este tinha um toque de especiarias que não apareceu em nenhum dos outros três. Um vinho de incrível harmonia, obrigado Raquel, um encerramento à altura dos outros grandes vinhos da noite!

Vinhos de Sobremesa Portugueses FV

Mais um ano se foi e mais um montão de bons vinhos provados enriquecendo a vida enófila dos participantes das confrarias. Vinhos baratos, vinhos caros, vinhos complexos, vinhos francos, vinhos tintos, brancos e rosés, de todas as origens, de diversos estilos e uvas, o foco é sempre a diversidade! Cada confraria conheceu no mínimo dez diferentes espumantes (todos os encontros são abertos com eles) e provou 80 diferentes vinhos então, pelo menos enófilamente falando, foi um ano bastante proveitoso. Por sinal, tenho amigos perguntando quando abrirei confrarias em São Paulo, pois bem eis uma noticia em primeira mão para quem estiver interessado, 2015 está chegando e há planos para duas novas confrarias mensais na zona oeste de Sampa. Quem tiver interesse em receber um grupo de até 14 pessoas mensalmente ou queira participar de uma destas confrarias, deixe seu interesse registrado nos comentários que entrarei em contato.

Salute e kanimambo pela visita. Espero seguir sendo merecedor de sua visita em 2015 e caso precise, estarei de plantão na Vino & Sapore até dia 24 ás 18 horas e se quiser começar o Ano Novo em grande estilo, venha comigo a Mendoza!