Wines od Argentina

Hola Amigos, Retorné Pero Aun No A La Normalidad!

É amigos, depois de dez dias rodando pelas estradas (3.580kms) e vinícolas argentinas da Patagônia a La Rioja, faz alguns dias que retornei, porém está difícil voltar à normalidade. Tanta coisa a fazer e tão pouco tempo!! Sem contar o choque da volta!!!

Estas viagens de garimpo são sempre extremamente proveitosas e o ganho de conhecimento é enorme. Eu, que sempre fui avesso aos bombados e doces vinhos argentinos com super extração, fico imensamente feliz de acompanhar uma mudança, não só da boca para fora, nos conceitos e estratégias produtoras de boa parte dos vinhos dos Hermanos.

Quando levei um grupo lá em Agosto (veja mais em Wine & Food Travel Experience), focamos muito os vinhos de assemblage (blend/corte) e voltei extremamente feliz com o que provei. Não estão baratos e rivalizam em preço com bons rótulos europeus que pagam bem mais imposto, mas não posso negar que certamente dariam a estes últimos muito trabalho numa prova ás cegas. Fica aqui a idéia para a Wines of Argentina!

Desta feita, a viagem buscou trabalhar a diversidade em diversos aspectos; nas uvas, no tamanho dos produtores, nas regiões, nos estilos e nos conceitos. Provamos mais de 270 vinhos (eu um pouquinho menos) e vimos de tudo! Do pequeno produtor orgânico á grande cooperativa, do produtor com mais de 100 anos de história ao mais recente com pouco mais de 4 anos de vida, vinhos caros e vinhos baratos, tendo sido uma viagem de descobertas extremamente interessantes e um aprendizado incrível. Desconfie de quem acha que sabe tudo!!

A partir da semana que começarei a publicar um diário da viagem com slide shows, contando um pouco do que vimos e provamos, porém como não faço só isso e não posso só ficar falando de Argentina, vamos ter algumas semanas pela frente juntos. Afora uma série de gostosas surpresas, tanto na taça quanto de conceitos e destaques, talvez o que mais tenha me impressionado é esse enorme contraste de aridez com oásis ainda mais presente quando nos dirigimos ao norte do país. Nasci em África e lá me criei até os 18 anos, a natureza faz parte do meu ser e me encanta, chamando a minha atenção, mas não só. Hoje quero compartilhar com os amigos essa parte menos prática da viagem, um outro enfoque que acredito ser de igual valia já que nem só do vinho vive o homem! Salute, kanimambo por me seguir nesta viagem pelos mistérios de nossa vinosfera e continuamos nos encontrando por aqui esperando que curtam este primeiro slide show (clique na imagem abaixo) que montei. A partir da semana que vem os posts falando de vinhos retornarão, inté!

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Um Espumante Rosé Peso Pesado

DSC03250      Navarro Correas Brut Rosé de Malbec, eis aqui um espumante rosé diferenciado e isso a gente vê já na cor escura e densa na taça. A perlage é intensa e duradoura, porém o maior impacto vem na boca onde ele se mostra de forma mais marcante deixando claro que ele veio para ser diferente e certamente requer uma harmonização mais criativa e definitivamente não ó tipo de espumante ligeiro para se tomar descompromissadamente numa tarde verão. Extração mais intensa, denso e encorpado, notas de frutos vermelhos bem presentes, boa acidez que me fez pensar em duas coisas com que harmonizá-lo, musica e prato. No prato, acredito que deva ser uma ótima opção para acompanhar o inicio de um churrasco com costela de porco e linguiça, quem sabe até uma bela morcilla uruguaia ou panceta, porém foi muito interessante a harmonização com os figos com nozes!  Já na música, esse estilo mais pesado de personalidade marcante tem tudo a ver com uma batida sonora do mesmo peso e intensidade, algo como a Pork n Beans do Left Lane Cruiser

       Nunca tinha tomado um espumante rosé desse estilo o que só vem corroborar minha tese de que independente da “litragem” do enófilo, sempre há uma surpresa em cada esquina que nos coloca no lugar mostrando o quanto ainda temos a aprender e por isso curto essa viajem!  Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.

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