vinho do porto

Vinhos do Porto na Vino & Sapore – Retratos de um Encontro

      Como divulguei amplamente aqui, promovi neste último mês dois encontros entre os sabores e sensações harmonizadas de Vinhos do Porto mostrando sua diversidade e hoje começo a semana compartilhando com vocês esse momento (31/10) através de imagens (clique nela para aumentar) que, como dizem, valem mais que mil palavras! Na fotos dos Tawnies e branco a ordem da harmonização está invertida na foto e o branco acompanhou as amêndoas e as azeitonas gregas recheadas. Para quem quiser saber das harmonizações, basta ver o post anterior. Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos!

Clipboard Vinhos do Porto na Vino & Sapore

Outubro é 10 na Vino & Sapore!

       Amigos, neste mês comemoramos 3 anos de vida na Vino & Sapore, era bem mais fácil só falar de vinho (rs), e os eventos do mês estão da hora!

Dia 23 – Degustação Temática de Vinhos do Porto – História, Vinificação, Tipos, Estilos e Harmonização. Para este dia nos sobrou somente uma vaga e em função da demanda abrimos um segundo grupo para dia 31. ÚLTIMA VAGA TOMADA, OBA!! Turma nova em 31/10, veja abaixo.

Recepção :  Port Tonic elaborado com Graham´s Extra-Dry acompanhado de salgadinhos diversos

Porto Branco Casa de Santa Eufêmia com azeitonas verdes gregas, recheadas de amêndoas e pimentão doce, e amêndoas salgadas.

Tawny Reserva Quinta do Infantado Dª Margarida com Panetone de frutas Fasano / Ballas de Chocolate Isa Amaral

Porto Graham´s Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas / mini-pastel de Belém

Porto Quinta Vale Dª Maria Ruby Reserva com torta de chocolate 1/2 amargo e frutas silvestres /  Brownie.

Porto LBV Graham´s 2005 com Walker´s English Rich Fruit Pudding / Torradinha com queijo Edam e geleia de Mandarino.

Porto  Warre´s Quinta da Cavadinha Vintage 1996 com Queijo da Serra da Estrela e torradinhas.

Chamada Vinhos do Porto

    Será apresentado um áudio visual e material impresso. O valor de investimento será de R$150 por pessoa porém casais ou grupos terão direito a um desconto de 10% a ser pago no ato da reserva. São somente 12 vagas por encontro. Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820! O representante da Graham´s no Brasil nos dará o prazer de sua presença e poderá nos ajudar a dirimir quaisquer eventuais dúvidas sobre o tema.

Obs: harmonizações poderão ser alteradas sem aviso prévio e sempre para cima

Dia 26 – Sábado das 16 às 20 horas uma mini-feira de vinhos brasileiros para somente 40 pessoas. Minha posição com relação aos vinhos nacionais é amplamente conhecida e nada tem a ver com relação à qualidade e sim aos aspectos comerciais e estratégicos dos grandes barões e outros que os seguem, ao estilo truculento da Ibravin, à falta de respeito para com o consumidor a quem, literalmente, viraram as costas na época das tentativa de golpe com as salvaguardas, porém há gente pequena e de médio porte fazendo coisas muito interessantes e que respeito.

Um Taste & Buy especial para você quebrar, ou confirmar, seus preconceitos para com os vinhos e espumantes brasileiros. Garimpei alguns rótulos, produtores e regiões diferenciadas que possuem uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer e gostaríamos de compartilhar esses achados com você.  Por apenas R$30,00 você é nosso convidado para vir provar mais de 15 vinhos tranquilos e espumantes e tirar a prova dos nove!  Se gostar, teremos algumas garrafas para venda também e você terá um crédito de R$10 para compras dos rótulos em degustação .

As vinícolas; Aracuri Vinhos finos (Campos de Cima/RS), Bela Quinta (Flores da Cunha/RS), Vinícola Campos de Cima (Campanha Oriental/RS),  Identidade (Encruzilhada do Sul/RS),  Valmarino & Churchill Prestige Brut Nature e Churchill Cabernet Franc 2011 (Pinto Bandeira/RS),  Villaggio Grando (Caçador/SC), e Maximo Boschi (Vale dos Vinhedos/RS) que trabalha com um projeto diferenciado .

Dia 31 – o segundo grupo da Degustação Temática de Vinhos do Porto que já tem 6 pré-reservas ou seja, já só faltam 6!! Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820!

Te aguardo, me envie sua reserva via comentário que entro em contato, ou então via a mail comercial@vinoesapore.com.br. Até lá, ótima semana e kanimambo pela visita.

Vinho do Porto – Uma Incrível e Rara Experiência

            Quantas vezes na vida se tem o privilégio de tomar um vinho com 36 anos de idade? E se esse vinho for um Porto branco?! Eu, apesar de ser gamado num Porto, nem sabia que havia brancos tão antigos! Pois bem, essas e outras foram palco de uma incrível degustação com harmonização realizada pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) há alguns meses em São Paulo e repetida no Rio e Brasilia. A apresentação, esta ficou a cargo de José Maria Santana, representante do Solar do Vinho do Porto no Brasil junto com o “inventor” de delicados e saborosos docinhos, que harmonizavam com cada estilo de Vinho do Porto degustado, o Chef Pastissiére Henri Schaeffer do Le Vin Boulangerie . Como dizem que também comemos com os olhos, eis uma foto que mostra bem o que nos esperava!

 Porto e doces

Foram apresentados cinco estilos de Vinho do Porto, um deles uma verdadeira raridade, que marcaram este meu caminho de aprendizado pelos caminhos de nossa vinosfera. Adoro Vinho do Porto, dos Tawnies envelhecidos, passando pelos LBV até chegar aos maravilhosos Vintages e esta degustação foi um verdadeiro privilégio. Cada vinho foi harmonizado com dois docinhos (foto) especialmente criados para este evento, mostrando toda a capacidade deste incrível Chef, numa experiência sensorial magnífica.

 1 – Porto Branco Envelhecido Santa Eufémia (vide baixo)

  • Bugnes Lyonnaise com Mel
  • Creme Brulée Catalane com Framboesa

 2 – Vallegre Porto Tawny 10 anos (Muito bom – Importadora NOR-Import. Prove também o LBV)

  • Praline de Avelã com Sal no copo e Biscoito com Limão Siciliano
  • Torta de Amêndoas

3 – Noval Porto Tawny 20 anos (Grande vinho. Importadora Grand Cru)

  • Speculoos de Canela com Frutas Secas e Mousse de Chocolate Branco
  • Macaron de Nozes com Damasco e Roquefort

4 – Graham´s Porto LBV 2003 (Um dos mais tradicionais e bons LBVs no mercado – Mistral)

  • Calisson D’Aix eu Provence
  • Éclair Romeu e Julieta

5 – Niepoort Porto Vintage 2005 (Muito bom Vintage, mas muito jovem, prefiro com mais de 15 anos. Vintage é para comprar, guardar e deixar envelhecer – Mistral – Prove também o LBV 2004, está divino)

  • Mil Folhas de Chocolate Amargo
  • Cone de Mousse de Cassis.

         Pois bem, todas as harmonizações deliciosas e ótimos portos muito bem escolhidos, mostrando toda a tipicidade de cada estilo. Os participantes desta degustação, no entanto, foram agraciados com o especial privilégio provar um Porto Branco envelhecido, datado de 1973, uma verdadeira raridade e o néctar mais marcante de toda esta degustação, até em função de ser algo inusitado. Por isso mesmo destaco o Santa Eufémia Branco 1973, um verdadeiro néctar dos Deuses, desde já candidato a um dos assentos disponíveis no meu “Deuses do Olimpo” anual.

         Os Vinhos do Porto brancos, são tradicionalmente vinhos mais leves, secos ou doces, próprios para serem tomados jovens. Este Santa Eufémia 1973, foi obra do acaso e até hoje é a única safra engarrafada. Apesar de não ser muito comum, aparentemente começa a existir, de forma tímida ainda, um segmento de Vinhos do Porto brancos envelhecidos ainda por ser regulamentado pelo IVDP. Isto, no entanto, não é razão para que não nos esbaldemos nas delicias deste verdadeiro caudal de emoções que é este vinho. Certamente, a degustação como um todo ficou meio que ofuscada por este néctar, até porque foi o primeiro a ser servido, então vou me permitir expor minhas sensaçõesvinhos-eufemia e contar um pouco da história por trás do vinho que possui o nome correto de Reserva Especial Branco da Casa Santa Eufémia. Nas palavras do enólogo e proprietário, Pedro Carvalho; “Pois bem, este vinho é da colheita de 1973, não é um vinho datado porque o meu Pai deixou caducar o seu registro, na altura a Quinta de Santa Eufêmia só produzia vinho mas não comercializava, pois só estavamos sediados no DOURO (e não em Gaia), como tal vendíamos parte das colheitas para a casa Exportadora que melhor nos pagasse. Normalmente o meu Pai ia para Vila Nova de Gaia vender os vinhos entre Março e Maio e foi ai que no ano de 1974 houve a revolução Portuguesa de 25 de Abril (Revolução dos Cravos) e como tal o meu Pai nesse ano não vendeu nada. A partir daí, esse vinho branco começou a ficar mais louro deixando de ter interesse para os exportadores, pois eles só queriam brancos jovens, e foi ficando.”

             Foi dessa “sobra” que acidentalmente nasceu este grande vinho. Um Vinho com história, com V maiscúlo, caráter e personalidade. Um vinho que deixa rastros por onde passa tendo-me marcado a memória, daqueles vinhos de exceção que quando provados jamais são esquecidos. Uma obra, até hoje, única e rara, mas certamente ainda veremos novidades num futuro próximo. Quanto ao vinho, difícil descrevê-lo e mais ainda todas as emoções sentidas, é um vinho que mexe com a gente. De extrema complexidade tanto no nariz quanto na boca, possui, antes de mais nada, uma perfeita harmonia em que nada se destaca a não ser o conjunto. A cor é âmbar, mostrando sua idade, linda e convidativa. Nos aromas, algo de pêssego, frutos secos, damasco tudo muito sedutor e delicado. Na boca demonstra mais uma vez todo o seu equilíbrio de uma forma untuosa, gorda e macia num ótimo volume de boca lembrando um tawny envelhecido, enorme riqueza de sabores, complexo, muito equilibrado com a acidez ainda bem presente e balanceada, final muito longo em que as amêndoas, mel e frutos secos se apresentam muito presentes e com enorme persistência. Surpreendente e arrebatador!

          Mandarei vir umas garrafas, mas quem quiser comprar por aqui, a importação é da World Wine e é um daqueles néctares que não devemos deixar de provar, especialmente se acompanhando doces conventuais portugueses á base de ovos e amêndoas, algo para não esquecer fácilmente e para fazer de qualquer momento, algo muito especial! Preço aqui está ao redor de R$300.

Salute e kanimambo

Dicas da Semana – Poucas mas Ótimas!

            Como estive fora, tive pouca oportunidade de fuçar junto aos amigos parceiros do blog. De qualquer forma, algumas consegui juntar e são de primeira com, inclusive, uma grande dica para quem é de Porto Alegre e região.             

           Começando pelos amigos da Lusitana que trazem um evento imperdível para quem gosta de Vinhos do Porto, no próximo dia 28. Até para quem não sabe se gosta e tem curiosidade em mergulhar de cabeça nesse mundo, (veja o video sobre a alquimia e sensibilidade por trás da elaboração de tawnies com identificação de idade) estes vinhos são soberbos e uma oportunidade de ouro de conhecer a elite dos Vinhos do Porto. O Porto Tawny 20 anos da S. Leonardo é um dos meus Deuses do Olimpo, um verdadeiro néctar daqueles que deveriam ser servidos com uma almofada para ajoelharmos e agradecermos aos Deuses por tão soberbo caldo. O Miguel é um cara super simpático e boa gente, bom de papo o que torna este evento realmente único e precioso. Eu ainda estou tentando me livrar de um outro compromisso que tenho, mas espero poder estar presente.

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Ontem falei da linha de vinhos da Planeta, vinhos sicilianos de respeito e fama mundial. Mesmo que de qualidade e com alguns rótulos me conquistando, os preços estavam um pouco salgados o que não me animava muito. Pois agora a Interfood botou os pontos nos “is” e posicionou os preços, depois de uma batalha com o produtor, num nível em que fazem mais sentido. Vejam abaixo e não deixem de comprar o La Segreta Rosso que a este preço ficou imperdível. Tem mais no entanto, para quem está com a carteira um pouco mais recheada a linha é toda bastante interessante e eu certamente consideraria um Syrah e/ou Merlot dos quais gostei bastante.        

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Esta é para os amigos de Porto Alegre e região, que são apixonados por vinho e têm uns trocados guardados. Pois bem, é tempo de quebrar o cofrinho e participar de uma oportunidade única, provar vinhos de grande qualidade com idade avançada. Uma experiência diferente até porque, “Quanto mais velho, melhor” nem sempre é verdadeiro, apenas um ditado que corre em meio a sabedoria popular do vinho. Onde ele teria surgido? Qual é esta magia e sensação única ao degustar vinhos antigos? Trariam eles história, viagens, conceitos em cada gota, talvez traduzidos em um tom de cor já desbotado, num aroma mais sutil, taninos macios, os toques da idade?

 Mais do que degustar, um momento único para refletir diante do vinho. Uma degustação especialmente garimpada e preparada para ser uma ocasião exclusiva, para ver até onde um vinho pode ir ou o limite de nossas percepções. A degustação se dará na Adega Uniagro, Av. A. J. Renner 185 eem Porto Alegre, no próximo dia 29 às 19 horas. Vejam só as preciosidades que serão abertas nessa noite

  • Viña Tondonia Lopez de Heredia Reserva Blanco 1989 . Rioja . Espanha . Uva . Viura (90%) Malvasia (10%)
  • Chateau Mouton Rothschild AOC Pauillac 1978 . Bordeaux, França
  • Concha y Toro Don Melchor Puente Alto 1995 . Maipo, Chile
  • Viña Alicia Nebbiolo 1997 . Mendoza, Argentina
  • Domaine St Diego Angel Mendoza Cabernet Sauvignon 1996 . Lulunta, Mendoza, Argentina
  • Aurora Millesime 1991 . Serra Gaúcha, Brasil
  • Porto Messias 20 anos. Douro, Portugal
  • (eventual inclusão de um vinho surpresa).

 Os vinhos foram adquiridos em lojas especializadas ou nas prórpias vinícolas e foram conservados nas condições apropriadas; não nos responsabilizamos por eventuais alterações causadas pela própria idade das amostras. Reservas exclusivamente pelo fone 51 9331 6098 ou mariaamelia@vinhoearte.com. Valor individual R$ 280,00 | Acompanham tábuas de frios, pães e frutas secas. Recepção com espumantes e vagas limtadas, não dê moleza.

    

   De volta a Sampa, o Daniel do Empório Frei Caneca junto com o North Grill, que possui ótimas carnes, promovem um Wine Dinner com os vinhos da Trapiche que será um outro evento de primeira. Vale a pena anotar em sua agenda, será dia 24 de Abril (a data está errada na imagem abaixo), nesta próxima Sexta-feira.

 

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              Ainda em Sampa e recém chegado por mail, mais uma degustação desta vez na região do Morumbi/Pananby, no Emporio da Villa que fica na Rua Dr. Fonseca Brasil 108. O local é super agradável, as pizzas 10 e os donos (Armando e Denise) estão sempre presentes esbanjando simpatia. Para quem é do pedaço, uma oportunidade para conhecer vinhos novos, comer bem e se divertir sem gastar muito dinheiro.

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Vinhos do Porto Tawny

“A Hora de Baco”, é um programa semanal da RTP (Rádio e Televisão de Portugal) que trata das coisas do vinho, em especial dos vinhos Portugueses. Descobri este vídeo com uma verdadeira aula sobre os vinhos tawny e seus segredos, mostrando a verdadeira alquímia que é elaborar um Tawny com identificação de idade. É longo, são 26 minutos de muita informação, mas é genial. Para quem quer conhecer esta maravilha, vale cada minuto.

Para quem quer conhecer, na boca, estas maravilhas, veja as dicas do que há no mercado em Tomei e Recomendo – Vinhos do Porto, aqui no blog.

Salute, kanimambo e bom fim de semana.

Late Bottled Vintage – LBV

               Esta é uma de minhas categorias preferidas de Vinho do Porto. Obvio que prefiro o melhor, e aí o Nivarna é mesmo um bom Vintage de uma safra clássica. O Vintage, todavia, tem três inconvenientes; primeiramente é bem mais caro, especialmente quando ele já está envelhecido e quando, em minha opinião, ele está melhor para ser tomado, segundo em função do tempo que há que esperar para um vinho destes amadurecer e por fim, abriu tem que tomar todinho, na hora. Com isto, o Vintage se torna um vinho de celebração para tomar com os amigos e família naquela data super especial. O LBV, por outro lado, se assemelha muito aos vintages, apesar de não possuir a mesma complexidade de aromas e sabores, porém está pronto quando sai para o mercado, ganhando com uns 4 a 6 anos de garrafa, depois de aberto agüenta bem, se usado o vacuvin, pelo menos uns 10 a 15 dias e é muito mais barato.

             No Brasil estão disponíveis quatro rótulos com preços incríveis que, certamente valem a pena. Existem outros, também de grande qualidade, mas os preços já ficam acima de R$90 e 100,00.

  • Vista Allegre LBV 2000, se encontra na Casa Santa Luzia por R$57,00 e é muito bom. Tenho-o tomado com uma certa constância, e, por experiência própria, agüenta três semanas depois de aberto com muita galhardia. Uma grande pedida, num vinho bem equilibrado, suave, de uma safra muito boa e pronto a beber.
  • Quinta das Tecedeiras LBV 2001, da Expand, está em falta e, parece, está por chegar. Encontei algumas garrafas na loja do Shopping Iguatemi. Estava muito curioso para conhecer este vinho e não me arrependi da compra. Um pouco mais encorpado e com uma certa rusticidade, mas muito saboroso na boca. O preço também é especial, R$59,00.
  • Graham´s LBV 2001 provei agora no Encontro da Mistral. Está maravilhoso e o pessoal da Graham’s me confirmou que este vinho é responsável por 30% do faturamento da empresa, salvo erro porque minhas anotações sumiram, o que é uma responsabilidade imensa para um produto. Salvo erro, porque não me lembro se o porcentual era das vendas, do faturamento ou do resultado. De qualquer forma, com esta participação, a empresa tem que cuidar muito para que o produto permaneça sempre num alto nível de qualidade o que só nos favorece. Encantei-me com o produto que é macio, aveludado, ótima paleta aromática e muito saboroso, e me apaixonei pelo preço, em USD como padrão na Mistral, que pelas taxas de cambio em vigência, nos dá algo como R$62,00. Eu já comprei duas garrafas, é uma incrível relação Qualidade x Preço x Satisfação!
  • Niepoort LBV 2001, também da Mistral, outro produtor de grande prestigio que produz um LBV de grande qualidade. Este servi no casamento de minha filha, ao final da recepção. Sumiu! O preço está aí com o do Graham’s, por volta de R$65,00. Muito boa qualidade, um pouco mais encorpado e denso, mas muito saboroso.

               Para quem quer dar um salto de qualidade, saindo dos Ruby básicos, estas são grandes opções por preços bem camaradas. Garanto que quem entrar nessa, não sai mais, os LBVs são deliciosos. Para quem gosta de variar e estudar estilos, eis aqui uma sugestão; compre um de cada e faça as comparações escolhendo o seu preferido. Depois nos conte como foi e qual o escolhido.

Salute e kanimambo.

Vinho do Porto II

                 Hoje continuamos nossa viagem pelos Vinhos do Porto falando dos Tawnies, um outro estilo de vinho mas tão divino quanto o Ruby. Em Portugal, os vinhos mais vendidos são os tawny. Prove você, e escolha o seu estilo. Eu adoro sentar na sala após uma refeição, e tomar um cálice de um bom Porto Ruby, se possivel o LBV ou Reserva, com um pedaço de chocolate meio-amargo. É um grande final do dia. Dos tawnies gosto mais dos reservas, já que os de Indicação de idade e colheita são caros para o dia-a-dia, especialmente nas festas de final de ano acompanhando panettone e bolo rei, mas não só. Bem, chega de devaneios, falemos dos tawnies:

   Tawny – Da mesma forma do Ruby existem diversas categorias. Seu processo de envelhecimento é realizado em pipas 550 litros onde permanecem pelo tempo determinado pelo IVP conforme a categoria do produto que se quer elaborar. Apesar da oxidação que se busca neste estilo de vinho se dar de forma mais rápida nas pipas, alguma parte do vinho poderá ser envelhecida em balseiros. Pelo maior contato com a madeira e maior oxidação, o vinho adquire uma cor mais aloirada e com aromas diferenciados dos Ruby. Nos Tawny, se sentem mais aromas tostados, chocolate, café, frutas secas e amêndoas. Servido levemente refrescado, uma ótima companhia para um panettone e doçes conventuais Portugueses à base de ovos e amêndoas!

Os Colheita são tawny de uma única safra envelhecido em pipas por, no mínimo, sete anos. Os de maior qualidade entre 12 a 15 anos, quando não mais. Vinhos de grande complexidade no nariz e na boca. Depois de abertos, poderão se manter relativamente bem por um período de um a quatro meses. Quanto mais idade tenham, mais aguentam, mas se você demorar mais que uma semana ou duas para tomar a garrafa, se tanto, ou existe algo de errado com o vinho ou com você!

Os de Indicação de Idade, Tawny 10, 20, 30 ou mais de 40 anos, são uma mescla de vinhos de diversas safras que estagiam em madeira durante períodos de tempo variáveis, nos quais a idade mencionada no rótulo corresponde à média aproximada das idades dos diferentes vinhos participantes do lote, apresentando características inerentes a um vinho dessa idade. Não, necessariamente, tenha sido todo o lote envelhecido por esse tempo mencionado. Nunca tomei os de 30 e mais anos, mas já degustei alguma preciosidades de 10 e 20 anos, são grandes vinhos. Pela alquimia na elaboração de um destes deliciosos vinhos, diz-se que um tawny destes é feito pelo homem com a ajuda de Deus, enquanto um Ruby Vintage é feito por Deus com a ajuda do homem. O tempo de durabilidade do néctar, depois da garrafa aberta, segue os mesmos parâmetro dos Colheitas.

Tawny Reserva, são uma mescla de vinhos de diversas safras que, obrigatoriamente, passem por um mínimo de 7 anos em pipas. Depois de abertos, se mantêm bem por cerca de três a quatro semanas. Se na geladeira um pouco mais.

Tawny básico são elaborados com vinhos de diversas safras e envelhecimento em pipas por um período de dois a três anos, podendo eventualmente também passar um tempo em balseiros. Dependendo da casa produtora, o vinho envelhece por bem mais anos, caso do Quinta de Baldias que envelhece por oito anos antes de ser engarrafado. Neste caso, depois de abertas as garrafas, o recomendável é tomar dentro de umas seis a oito semanas. Por experiência própria, todavia, já tive alguns poucos casos, já que é anormal um Porto durar tanto aqui em casa,  em que deixei a garrafa na geladeira com vacuo-vin e fui consumindo ao longo de um puco mais de dois meses sem que a evolução significasse uma grande perda de suas características.

                      Os Vinhos do Porto se produzem ao longo do Rio Douro e, antigamente, desciam o rio em barcos chamados Rabelo, até Vila Nova de Gaia onde o envelhecimento dos Vinho do Porto era obrigatoriamente feito nas caves dos produtores. Vila Nova de Gaia se situa em frente à cidade do Porto por onde eram exportados os vinhos. Apesar de muitos produtores já envelhecerem seus vinhos em suas próprias instalações nas suas vinícolas, muito ainda segue sendo transportado, hoje por ferrovia e rodovia, para as caves, muitas delas centenárias, em Vila Nova de Gaia. Para quem vai a Portugal e à cidade do Porto, uma visita é obrigatória e inesquecível. Apesar da forte pressão por modernização na produção dos vinhos, muitos produtores ainda usam métodos tradicionais como a pisa a pé nos lagares de pedra ou granito, realizada normalmente por volta do mês de Setembro. Existe uma áurea de cultura e tradição á volta do Vinho de Porto e é comum que vinhos Tawny Colheita ou Vintages, sejam presenteados quando uma criança nasce para que seja aberto quando faça 50 anos momento em que se espera que ambos, vinho e pessoa, estejam no auge de seu amadurecimento.

                 Como apaixonado que sou pela região e, em especial, pelos Vinhos do Porto, me sinto um privilegiado por ter podido visitar as cidades do Porto e Vila Nova de Gaia e fazer provas nas caves. Posso afirmar, sem qualquer sombra de duvida, é uma emoção muito especial e inesquecível. Boa comida, bons restaurantes e tascas, ótimos vinhos do Douro, simpatia do povo, maravilhosos Vinhos do Porto, cenários idílicos ao longo do Douro, Cais da Ribeira certamente uma região imperdível numa eventual visita a Portugal. Das Caves, minha preferência ficou para a da Barros, muito antiga, e da Croft. Tendo tempo, há muito que ver e degustar. Aí, desçam ao cais para comer maravilhosamente com uma linda vista do cais da Ribeira e cidade do Porto, e recuperar energias no popular restaurante do Adão, no sofisticado Tonho’s ou no Tromba Rija. Comida para diversos gostos e diversos tamanho de bolso.

Para informações mais detalhadas, inclusive com dicas de provas e visitas às caves, visitem os sites www.ivdp.pt , http://www.cavesvinhodoporto.com,  http://www.aevp.pt, http://www.theportwine.com bom local para compra também, http://www.portoturismo.pt/index.php?c=3&m=7&s=7 e http://www.rvp.pt ou comprem o livro do Carlos Cabral (http://www.carloscabral.com.br/04livros.htm), talvez o maior  expert de Vinhos do Porto fora de Portugal.

[youtube=http://youtube.com/watch?v=HHPkmW-HkUg] 

Este anuncio dos Vinhos do Douro, em que se incluem os Vinhos do Porto, é de uma criatividade e sensibilidade únicas. Adorei e acho que você também gostará.

[youtube=http://youtube.com/watch?v=-Qh0oWM4jBM&feature=related]

Vinho do Porto I

                  Este mês, dentro de nossa volta ao mundo pelos países produtores, previa falar dos vinhos da França. Já tinha uma série de vinhos listados e parte da matéria pronta, mas recebi mais de 30 novos rótulos para provar, sem contar os que ainda estão por chegar, e achei que não seria justo para quem me enviou os vinhos e para com você, caro leitor amigo, correr com a avaliação. Por outro lado, a França talvez seja dos países mais complexos para se falar de vinhos. Tanto que, a principio, decidi que irei falar dos vinhos Franceses por dois meses seguidos, tamanho o número de rótulos interessantes e regiões sobre as quais falar. Neste mês de Maio, mês especialíssimo em que se comemora o dia das Mães, falaremos dos Vinhos do Porto, umas das minhas paixões, e suas características. Em Junho e Julho, retomando a viagem, falaremos sobre a França e suas regiões produtoras; um mar de opções, estilos e preços. Lancei alguns desafios aos importadores e lojas no sentido de encontrar bons vinhos com preços baixos, coisa difícil nos vinhos Franceses que por cá perambulam, vamos ver no que vai dar. Acho que poderemos ter diversas surpresas agradáveis!

                Vinho do Porto, um dos vinhos mais antigos do mundo e de enorme capacidade de guarda dependendo da categoria. Um grande vinho Vintage, é para se tomar com mais de 20 anos quando começa o seu período de maturidade e é vinho para 50, 70, 80 anos de vida, e mais um pouquinho ainda se for de uma grande safra e de respeitado produtor. A característica do Vinho do Porto é de ser um vinho elaborado com uvas da região que, no meio do processo de fermentação, lhe é adicionado aguardente vínica, interrompendo o processo, o que faz com que o açúcar que iria se converter em álcool permaneça no vinho lhe deixando um residual de doçura. É um vinho fortificado, generoso como é chamado em Portugal, que fica com um nível de teor alcoólico entre 19 a 22º. No caso dos brancos, um pouco menos, algo próximo a 17º.

                  Vinho do Porto não é todo igual, e isso é que buscarei mostrar aqui, junto com algumas sugestões de bons vinhos a preços que caibam no seu bolso na seção Tomei e Recomendo que publicarei mais tarde, ao longo da semana, Expovinis permitindo. Por exemplo, você sabia que o Vinho do Porto é produzido na região do Douro, norte de Portugal, e que esta foi a primeira região demarcada do mundo, em 1756? Mas quais os tipos de Vinho do Porto produzidos? Apesar do grande consumo no Brasil e o grande aumento de demanda que, de 2003 para 2007 cresceu 100% atingindo um total de mais de um milhão e cem mil garrafas, pouco se conhece sobre os estilos do vinho produzidos. O que é um Tawny, um Ruby, Colheita, Vintage, LBV, Reserva, etc. Na maioria das vezes simplesmente se compra um Porto sem conhecimento de causa. Existem Portos para tudo o que é gosto, momento e preço. Quando se prova um vinho do porto de qualidade, jamais se esquece!

                 Existe o tipo Branco, mais suave e menos comum por aqui. Este pode ser seco, doce ou meio-doce normalmente produzido com um corte das castas Malvasia Fina, Rabigato, Viosinho, Gouveio e Códega. È o de menor consumo e, em Portugal se tornou muito comum sendo preparado como um drink na forma de um Portônica. Uma dose de Porto branco seco, casquinha de limão, gelo e tônica a gosto. Super referescante e saboroso, ótimo para ser servido como aperitivo.

                 Dos tintos existem basicamente dois estilos, o Tawny que é aloirado na cor, e o Ruby, de um vermelho mais intenso, cada um deles com algumas variáveis e características próprias conforme demonstrado abaixo. As uvas usadas na elaboração dos vinhos são a Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz (tempranillo), Tinto Cão, Tinta Amarela e Touriga Franca ou Francesa. A grande maioria dos vinhos exportados é tinto e o Brasil é hoje o 11º país importador em valores totais. Os maiores consumidores mundiais, na ordem de valor são; França, Portugal, Holanda, Reino Unido e Bélgica que totalizam cerca de 80% do consumo. Não por acaso, são os países Europeus de maior migração Portuguesa.

               Ruby – Envelhece, inicialmente, em balseiros de mais de 5000 litros (existem balseiros de 20 até 50.000 litros) por um mínimo de dois anos quando o produtor testa seus vinhos para ver o quanto ele evoluiu e se está apto, em função da qualidade, a ser declarado um Vintage, top da linhas dos Vinhos do Porto. Caso ache que o vinho tem esse potencial, terá que apresentar o pleito, e amostras, ao Instituto do Vinho do Porto que ratificará, ou não, a declaração de Vintage. Se ratificado, o vinho será engarrafado de imediato e sem filtragem, ficando em caves por um curto espaço de tempo para aclimatização, e rapidamente colocado no mercado onde irá envelhecer nas adegas e caves de lojas, distribuidores, importadores e, porquê não, na sua casa. Neste caso o envelhecimento se dará na garrafa. A ratificação de vintage poderá ser dada somente a alguns produtores e, em caso de grandes safras como 1994, 2000 e 2003 , dizem que também a de 2005, o Instituto poderá declarar a safra como Vintage, o que configura os vinhos como de Vintage Clássico,  após a solicitação da grande maioria dos associados e confirmada/ratificada a qualidade dos produtos apresentados. De qualquer forma, a solicitação de Vintage parte sempre do produtor junto ao instituto, que fiscaliza detalhadamente os produtos e produtores garantindo que os níveis de qualidade exigidos sejam cumpridos. São vinhos que podem podem ser tomados de imediato, pois ainda retém um pouco da fruta e da juventude, mas se passar de uns dois ou três anos dependendo do produto, o vinho se fecha e fica difícil de beber, voltando a estar pronto a beber e com muito mais complexidade, a partir dos 10 ou 15 anos de garrafa. Os Single Quinta Vintages, são produtos elaborados com uvas vindas de uma só propriedade com características próprias do terroir. Os Americanos gostam de tomar os Vintages novos com bastante potência, os Ingleses preferem-no mais velho e maduro com mais elegância, questão de culturas e gostos. Por suas características e idade, o vinho dever ser decantado para subtrair as borras e bebido logo, não devendo ser guardado depois de aberto já que se oxidará. Um néctar próprio para grandes eventos e meu favorito!

Quando os vinhos nos balseiros, não atingem qualidade de Vintage, eles podem permanecer por mais uns três a quatro anos no balseiro para serem posteriormente engarrafados, com ou sem filtragem, já vindo para o mercado pronto; são os LBV (Late Bottled Vintage). Normalmente são engarrafados entre quatro a seis anos após a colheita, dependendo do produtor e do produto pretendido. Alguma melhora ocorre com o tempo na garrafa, em geral por uns três a cinco anos e quando aberto deverá ser consumido no dia ou no máximo em uns três ou quatro dias, eventualmente uma semana se usado o vacu-vin. Em ambos estes casos, os vinhos são fruto de uma só colheita. Na falta do Vintage, o LBV é uma grande opção por uma fração do preço.

O Character, ou Reserva, é uma mescla de vinhos de diversas safras que ficam em balseiros entre 4 a 6 anos quando é engarrafado e colocado no mercado pronto para beber. Neste casos, pode-se consumir o vinho em até umas três ou quatro semanas desde que guardado com vacu-vin na geladeira, sem grandes alterações na qualidade. Existem produtos de grande qualidade e ótimo preço que merecem ser conhecidos.

Finalmente ou Ruby básico que é uma mescla de vinhos de diversas safras envelhecido em Balseiros por um período de cerca de 3 anos. Não melhora na garrafa e vem pronto para beber. Depois de aberto poderá se manter, relativamente bem, por umas quatro a seis semanas desde que guardado na geladeira com o uso de vacuo-vin. Neste segmento, existe de tudo no mercado e há que se ter um pouco de cuidado na escolha.

Os vinhos Ruby, por seu pouco contato com a madeira, são vinhos tradicionalmente mais encorpados, densos, cor vermelho escuro (daí o nome), levemente doces e com aromas de fruta bem presentes.

O mês de Maio é, também, o mês das noivas e acho que um brinde com Vinho do Porto é o que há! Um bom LBV ou Reserva Ruby, representando a longevidade e a evolução que se esperam do enlaçe entre duas pessoas que se amam, tem tudo a ver. Na Quarta-feira, complementarei este post com mais informações sobre a região e, especialmente, sobre os vinhos de estilo Tawny. Posteriormente, algumas dicas de ótimos produtos em Tomei e Recomendo. Aguardo você por aqui. Salute e kanimambo.