Quinta da Neve

Desbravando os Vinhos de Altitude de Santa Catarina – Dia I

Já fiz um curto resumo de alguns dos vinhos de maior destaque provados nesta dura viagem que se iniciou em Floripa, passou por São Joaquim, Lages (Campo Belo do Sul), Treze Tílias e Caçador (Água Doce) desbravando algumas das boa vinícolas regionais, mas nem só de vinho vive o homem então provamos outras cositas más.

IMG_20160205_194421Nosso primeiro encontro ao chegar foi com a gastronomia do Luiz e da Neiva no Barba Negra que fica na Lagoa da Conceição, uma acertada dica do amigo Nilson que ainda nos indicou uma sorveteria da hora. Deliciosas e frescas ostras, natural e gratinadas, seguidas de Polvo à Lagareiro que estava divino! Uma cerveja genial, Coruja Extra Viva, nos acompanhou e servio de abre alas para os dias de vinhos que viriam pela frentes. Ótimo serviço, comida boa, preço condizente, só resta recomendar o lugar para quem estiver por lá. Tendo a oportunidade, certamente voltarei pois o cardápio tem várias opções apetecíveis! rs

Saindo de lá, pensamos em fazer um pouco de stand up paddle (rs), bem na frente, mas o tempo estava curto e precisamos voltar para o hotel, porém antes aquela paradinha naSC dia 1 - 11 sorveteria Max Gelateria. Gente, baita gelato! Sorvete delicioso, diversos sabores incríveis e eu me deliciei com o de pistache e o de cacau que montei num copinho. Cremoso, feito à mão e o marketing da vitrine com um buraquinho para vocês espiar o sorvete sendo batido é um charme a mais e uma bela sacada de marketing.Para quem gosta de sorvete, imperdível!

À noite lá fomos nós para a visita ao Acari Amorim, presidente da ACAVITIS, em seu lindo restaurante Amorim Vinho & Arte que fica num lugar especial de Floripa,Santo Antônio de Lisboa, pena que o Carnaval de rua atrapalhou um pouco. Lindo lugar e muito bem recebidos, escutamos um pouco da história dos vinhos em Santa Catarina e de como a vinícola sc dia 1 - 14Quinta da Neve, da qual é sócio, se tornou pioneira na elaboração de vinhos em Santa Catarina no não tão longínquo ano de 1999 . Seu enólogo consultor é o respeitado Anselmo Mendes que vem ao Brasil umas três vezes ao ano para supervisionar os vinhedos e acompanhar a vindima e viníficação dos vinhos. Numa próxima oportunidade quero ver se visitamos a vinícola, mas pudémos conhecer três ótimos vinhos que compõem seu portfólio, só lamentando que seu ótimo Pinot Noir não estivesse disponível pois se encontra esgotado. Três foram os vinhos provados:

Quinta da Neve Chardonnay – Muito bom, fresco e madeira quase imperceptível. Mantém a untuosidade da uva, mas seu frescor e mineralidade são marcantes dando-lhe uma personalidade diferenciada.

Quinta da Neve Cabernet Sauvignon – Para mim sempre foi um clássico mostrando a elegância da Cabernet na região. Mostrou-se novamente muito bem com aromas de boa intensidade, muita fruta vermelha, e gostoso de boca, taninos macios, algum defumado, boa persistência, um vinho que dá prazer e cumpre seu papel com galhardia.

Quinta da Neve Blend de Cabernet Sauvignon, Touriga Nacional e Merlot, que lá está disponível como Amorim Reserva. Fruta mais madura, algum floral presente (Touriga dando o ar de sua graça), acidez bem balanceada,final com leve especiado e de média persistência.

Bem, para o primeiro dia estava de bom tamanho, no segundo dia temos programado os queijos da Queijo com Sotaque, Serra do Rio do Rastro e jantar com a Quinta de Santa Maria, seu enólogo e seus vinhos no restaurante Cristal de Gelo. Até lá, saúde e kanimambo pela visita.

Quarenta e Cinco Razões Para Tomar Vinho Brasileiro.

Nossa, pesquisando no blogue achei este post que, por sinal, mostra bem para aqueles que ainda acham que tenho algo contra os vinhos brasileiros o quão errados estão!  Independente disso, achei legal recuperá-lo hoje porque é interessante fazer um acompanhamento da evolução dos preços nesse período. Está certo, muitos não mais estão no mercado, mas pesquise e constate o que eu estou constatando, para minha surpresa, que o aumento ficou abaixo dos aumentos de impostos e inflação neste período de 8 anos!! Alguns no entanto, …!!! vejam abaixo

Como já de praxe, termino o mês do país tema com uma lista de rótulos, das regiões estudadas, que eu colocaria na minha adega. São, entre os vinhos provados e aprovados, aqueles que me mais me atrairam e conquistaram meus sentidos independentemente de faixa de preços. São, todavia, ótimos vinhos dentro de cada faixa e contexto especifico, até porque vinho premium não é para toda a hora. Há muitos anos, ainda em Moçambique, me lembro de uma propaganda de cerveja que dizia “Contra fatos não há argumentos, um fato num copo é ….”, e esta frase me inspirou no título deste post. Não são fatos na taça, mas verdadeiras razões que só quem toma esses vinhos de qualidade, cada um com seu estilo, pode entender.

             Se você ainda não entendeu é porque necessita, urgentemente, de se desarmar e encher sua taça com alguns destes vinhos que demonstram claramente que a nossa produção mudou muito e para melhor. Isto sem falar de nossos muito bons espumantes que, estes sim, vêm obtendo um pouco mais de reconhecimento. Seja para dia-a-dia com ótimos produtos nas faixas mais em conta, seja em vinhos premium, hoje produzimos vinhos de muita qualidade. Quanto aos preços, em São Paulo está complicado e tenho visto preços bem melhores em outros Estados, especialmente no Rio Grande do Sul.

            Muitos outros rótulos certamente mereceriam estar aqui, mas só listo o que eu provo e não há como provar tudo em tão curto espaço de tempo e sem a ajuda dos próprios produtores. A lista, todavia, não é fechada e sempre estarei aberto a provas e a compartilhar outras experiências com você amigo leitor e apreciador de vinhos. Conforme for tomando vinhos que ache que mereçam ser recomendados, os farei em diversos posts conforme for dando tempo. Enfim, por enquanto fique com esta lista e os comentários feitos ao longo deste mês de Novembro. Liberte-se de seus preconceitos e aproveite com sabedoria alguns desses bons e saborosos vinhos. Os preços são aproximados e referência média encontrada em lojas de São Paulo neste mês de Novembro. Já no Rio Grande do Sul, por exemplo, creio que estão entre 10 a 20% abaixo destes preços, então os valores abaixo são meramente indicativos podendo variar entre os Estados e distância das áreas de produção.  

Vinho

Tipo

 Preço  R$

Cordelier Merlot

2005

17,00

Rio Sol Cabernet/Syrah

2005

19,00

Salton Volpi Sauvignon Blanc

2008

21,00

Aurora Reserva Cabernet Sauvignon

2007

22,00

Cordelier Merlot Reserva

2002

23,00

Marson Reserva Cabernet Sauvignon

2005

24,00

Marco Luigi Merlot

2005

24,00

Salton Volpi Merlot

2005

24,00

Casa Valduga Premium Gewurtzraminer

2008

24,00

Fausto Rosé de Merlot – Pizzato

2008

25,00

Angheben Barbera

2007

29,00

Dal Pizzol Tannat

2005

35,00

Dal Pizzol Touriga Nacional

2007

35,00

Pizzato Reserva Cabernet Sauvignon

2004

35,00

Pizzato Reserva Merlot

2005

35,00

Pizzato Reserva Egiodola

2005

35,00

Marco Luigi Merlot Reserva da Familia

2003

36,00

Casa Valduga Premium Cabernet Sauvignon

2005

37,00

Don Laurindo Assemblage

2005

37,00

Larentis Reserva Especial Ancellotta

2005

37,00

Don Cândido Marselan 4º Geração

2005

40,00

Nubio Rosé

2006

40,00

Quinta da Neve Cabernet Sauvignon

2005

40,00

Salton Volpi Pinot Noir

2007

40,00

Marco Luigi Tributo Assemblage

2003

42,00

Cordilheira de Sant’Ana Tannat

2004

46,00

Cordilheira de Sant’Ana Chardonnay

2006

46,00

Cordilheira de Sant’Ana Gewurtzraminer

 

46,00

Portento – Quinta Santa Maria

2005

58,00

Sanjo Maestrale Cabernet Sauvignon

2005

59,00

Joaquim da Villa Francioni

2005

60,00

Marco Luigi Gran Reserva da Familia Cabernet Sauvignon

2003

62,00

Quinta da Neve Pinot Noir

2006

63,00

Salton Desejo

2004/05

65,00

Marson Gran Reserva Cabernet Sauvignon

2004

68,00

Villaggio Grando Chardonnay

2006

68,00

Salton Talento

2004

69,00

Miolo Terroir Merlot

2004/05

75,00

Villaggio Grando Cabernet Sauvignon

2006

76,00

Villaggio Grando Merlot

2006

76,00

Villagio Grando Innominabile lote II

2006

82,00

Villa Francioni Francesco

2005

85,00

Storia – Casa Valduga

2005

90,00

Villa Francioni

2004

110,00

         Estes rótulos estão disponíveis nas boas lojas de vinhos espalhadas pelo país assim como em alguns supermercados. Dê sempre preferência ao locais que tratam bem o vinho mantendo-o em locais e temperatura adequados, longe do sol e de produtos de limpeza.

Foi isso e fico feliz ao ver que já naquela época eu ressaltava os vinhos de Santa Catarina, não é de agora não! Seguem evoluindo e assim que começar a postar sobre o tour que fiz por aquelas bandas creio que você também ficará curioso caso ainda não os conheça. Valeu, grato pela paciência e gradativamente retorno à minha periodicidade de sempre. Salute e Kanimambo.

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Os Vinhos de Santa Catarina

Logo Vinho-de-Altitude-600x423Semana passada foi tempo de descobrir o que de novo anda brotando das fontes de Baco originárias na Serra Catarinense. Há tempos que venho cultuando esta nova fronteira vitivinícola brasileira de pouco mais de quinze anos de vida e após esta última semana com mais de 600kms rodados de Floripa a Caçador (só vinho, porque até voltar por Curitiba passou dos 1.000) conhecendo e revendo vinhos de altitude com um perfil diferenciado do que mais se faz por terras brasilis devido a um terroir bem diferenciado. A confirmação de que os vinhos bons abundam por aqui e cada vinícola apresentou pelo menos um destaque que marcou, mas a seleção apresentada (foram cerca de 52 rótulos) mostrou ser de primeira com a qualidade mostrando ser uma característica que os une a todos. .

Ao longos das próximas semanas darei algumas dicas, comentarei alguns vinhos e mostrarei em vídeos um pouco do que vivemos em mais esta viagem de descobrimentos desbravando uma região ás vezes de difícil acesso, mas que ao chegar nos destinos nos deparamos com exuberantes paisagens, bons vinhos e atendimento impecável!

Por hoje, só uma curta lista do que eu considerei destaque em cada uma das vinícolas visitadas, sendo que em muitas delas a escolha foi feita na moedinha pois qualquer um dos rótulos provados poderia estar aqui. Não são necessariamente os melhores vinhos de cada produtor, mas sim aqueles que mais me marcaram, seja por; preço,uva, qualidade,inusitado, o conjunto da obra, …

Quinta da Neve – Cabernet Sauvignon (“cumplidor”, constante, ótima relação Qualidade x Preço)

Quinta Santa Maria – Passionado (inusitado)

Vila Francioni – Comendador (Surpresa do Tio Vilson – Casa do Vinho)

Monte Agudo – Rosé Brut (vibrante, sabor de festa)

Villaggio Basseti – Sangiovese (UAU! ainda por etiquetar e reduzidíssima produção)

Sto Emilio – Leopoldo (classico Cab. Sauvignon/Merlot da região que impõe respeito)

Hiragami (na Casa do Vinho) – Tori (surpreendente Cabernet Sauvignon do mais alto vinhedo brasileiro a 1427m)

Abreu Garcia – Sauvignon Blanc (marcante em sua sutileza)

Kranz – Sucos naturais (bons vinhos, mas os uaus na mesa vieram mesmo foi de outras plantações! rs).

Villaggio Grando – Marila (ainda por finalizar e rotular, um “Jurançon” doce de tirar o chapéu! Uvas Petit e Gros Manseng)

Bem, por hoje é só e em breve destrincharei as visitas, inclusive de outros mares como a cerveja da Bierbaum e os queijos da Queijo com Sotaque. Cansativa, mudanças já definidas para tornar uma próxima viagem menos exaustiva, porém de grandes descobertas e diversas constatações sendo que a principal delas é de que existe sim vida vitivinícola no Brasil além das fronteiras gaúchas e com muita qualidade!

Kanimambo especial hoje a todos os que me acompanharam nessa viagem, saúde e seguimos nos encontrando por aqui ou pelos mais diversos caminhos de nossa vinosfera.

Vem à Serra Catarinense Comigo?

Amigos, seguimos na busca por enófilos com sede de conhecimento e, porquê não, bons vinhos! Dia 28 de Outubro zarparemos com destino a Florianópolis onde nossa odisseia se inicia numa viagem de descobrimentos hedonística juntando paisagens deslumbrantes com boa comida, cultura e vinhos surpreendentes. Sabe que também temos nossos vinhos de altitude com vinícolas localizadas a mais de 1300 metros de altitude o que é acima dos vinhedos de Mendoza na Argentina?

Terroir diferente gera vinhos diferentes mesmo que com as mesmas uvas e isso fica claro nos vinhos de grande elegância produzidos nesta região. Quero compartilhar com você essa experiência numa viagem onde visitaremos seis vinícolas, conheceremos os vinhos de mais duas em jantares exclusivos e numa degustação especial seremos apresentados os vinhos de mais três! Acompanharei os amigos pessoalmente durante seis dias, cinco noites, 1000 kms rodados em micro ônibus exclusivo fretado com ar condicionado, banheiro e bar abordo. Veja aqui abaixo o roteiro e ligue logo para o Murilo da Mais Viagens que é meu novo parceiro nestas viagens e quem estará encarregado da venda e gestão de toda a parte operacional da viagem, porém se tiverem alguma dificuldade ou dúvida que precisem de mim é só gritar! rs Contatos do Murilo Cassador; Tel. (11) 3255-5681/(11) 97113-1188/(11) 9475-1334 ou por E-mail: contato@maisviagens.net.br. Voos podem ser ajustados e amigos vindos de qualquer lugar do Brasil e do mundo são bem vindos, o Murilo certamente cuidará de encontrar a melhor forma de o incluir nesta jornada.

mapa da rota

Saída dia 28 de Outubro cedo de Congonhas (SP) para Florianópolis onde passaremos uma lindo dia livre e algumas sugestões de passeios como no mercado municipal e na Lagoa da Conceição. À noite seremos recebidos pelo presidente da ACAVITIS (Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude) Sr. Acari Amorim na Vinho e Arte Amorim onde jantaremos e receberemos informações sobre os projetos da ACAVITIS e os Vinhos de Altitude de Santa Catarina. Na oportunidade teremos nosso primeiro contato com os vinhos da região pois o jantar será harmonizado com os vinhos da Quinta da Neve. Quem não puder ir cedo e preferir chegar lá no final da tarde para nos encontrar para o jantar ou estiver em outra cidade que não São Paulo, o Murilo poderá ajudar a solucionar isso, liguem para ele.

Dia 29 de Outubro – Check out ás 8:00 para que possamos nos dirigir a São Joaquim Estrada do Rio do rastroatravés da primeira emoção do dia, subir a Serra do Rio do Rastro onde o almoço será livre no restaurante Mensageiro da Montanha no mirante da Serra. Depois, um pequeno passeio pela paisagem da região e chegada a São Joaquim no final da tarde. Às 20 horas, saímos do hotel para o restaurante Cristal de Gelo onde jantaremos acompanhado do enólogo da Quinta de Santa Maria que nos falará de seus vinhos, novidades e harmonizará os pratos.

Dia 30 de Outubro – Saímos ás 9:30 com destino à Villa Francioni nossa primeira VF Casaparada do dia. A vinícola é ícone na região e eu sou especialmente fã do VF que surpreendeu a todos numa degustação ás cegas com vinhos de Bordeaux (link), mas há muito mais. Um dos pioneiros e ícone da região, é uma visita obrigatória para quem por lá passa. Seremos recebidos pelo enólogo da casa, conheceremos o projeto e provaremos alguns de seus bons vinhos.
Vinícola Monte Agudo – conheceremos a vinícola e Monte agudo rest 1degustaremos os vinhos enquanto almoçamos em seu lindo restaurante onde seremos recebidos como merecemos (rs)! Este produtor iremos explorar juntos pois não conheço seus vinhos, ainda, porém as criticas são muito boas e de gente que respeito.
villaggio-bassetti 1Após o almoço, visitaremos a Villaggio Bassetti que me surpreendeu muitíssimo na Expovinis de 2014, em especial seu Sauvignon Blanc. Seremos recebidos pelo proprietário ou o enólogo da casa, caso ele não esteja, que nos levará a conhecer os vinhedos e provaremos seus vinhos. Retornamos ao hotel no final o dia e jantar livre

Dia 31 de Outubro – Check out às 9:30 pois ás dez precisaremos estar na Casa do Casa-do-Vinho DegustaçãoVinho do Sr. Vilson onde faremos uma prova de alguns vinhos especiais que escolhemos em conjunto. Entre duas preciosidade esgotadas no mercado, faremos uma visita aos vinhos da Pericó, Santo Emilio e Hiragami. Especializado em vinhos da região, possui uma incrível infraestrutura para receber grupos do porte do nosso e ainda tem preços (para quem quiser se esbaldar) imbatíveis!

Abreu CasaSaída para Treze Tilías (Dreizehnlinden), uma vila Austríaca encrustada na serra, ás 11:30 porém teremos uma parada em Campo Belo do Sul para conhecer, almoçar e provar os vinhos da Vinícola Abreu Garcia que conhecerei junto com todos, porém amigos foram unânimes em recomendar, não perca! Não perderemos!

Chegada em Treze Tilías no inicio da noite com check in no hotel. Jantar no hotel (incluso) ou saída para jantar (livre) no restaurante da Cervejaria Bierbaum, uma parada estratégica no vinho! rs

Dia 1 de Novenbro visita à Vinícola Kranz às 10 horas, com degustação e algunsKranz acepipes. Numa feira de vinhos brasileiros na Fecomercio, conheci seus vinhos e me surpreendi com, especialmente, um rosé muito diferenciado e complexo, mas tem mais!
Passeio e almoço livres e à noite jantar no hotel com show Tirolês. Jantar e show inclusos no preço do tour exceto por bebidas.

VG LagoDia 2 de Novembro, saída ás 9:00 com destino a Caçador e à belíssima Villaggio Grando, um dos principais players dos vinhos de altitude. Um portfolio de vinhos com muita diversidade e muita pesquisa. Visita, provas e um bate-papo com tira gosto para nos prepararmos para a viagem a Navegantes de onde embarcaremos de volta a São Paulo. No caminho, parada para um lanche (livre).

HOTEIS: Intercity Premium Florianópolis / São Joaquim Park Hotel / Treze Tilías Park Hotel todos 4 ****.

Bem, têm pela frente um longo fim de semana para pensarem no assunto e adequarem vossas agendas! Quanto a preço, quando falar com o Murilo ele vos passará tudo. Bom feriado, kanimambo e espero poder tê-lo a bordo!

Ps. Clique nas imagens para ampliá-las.

Vinhos de Altitude Uma Experiência Diferente em Santa Catarina no Feriado de Finados

Mendoza tem seus mais altos vinhedos a 1500 metros de altitude, a maioria entre 900 a 1100 metros. Na serra catarinense os vinhedos estão em média nos 1300 metros com alguns poucos a 900m e outros acima, 1400m o que gera um terroir totalmente diferente das regiões vinícolas gaúchas e, consequentemente, um estilo de vinhos também.

Me lembro que há uns dois anos promovi uma mini feira só de vinhos nacionais e entre eles um Cabernet Sauvignon da Villaggio Grando que meu amigo Olivier Bourse, sommelier francês criado em Bordeaux não só elogiou por seu estilo mais bordalês de ser, como ainda comprou duas garrafas! Creio que isso diz muito do patamar de qualidade dos vinhos.

O terroir da serra catarinense é diferenciado e tem seu epicentro em São Joaquim, porém se espalha devagarinho por toda a região. Ainda é uma região em fase de desenvolvimento longe da maturidade e que demonstra um potencial enorme. Se hoje já possui a qualidade, acho que precisa ainda investir mais na diversidade, eu fico imaginando no que esta região aliada a uma beleza única de canions e paisagens ímpares ainda poderá nos dar no quesito bons vinhos e férias inesquecíveis. A diversidade cultural (origem de emigrantes), as paisagens e os bons vinhos tornam o sucesso algo eminente e já está mostrando a sua cara.

Pois bem, eu convido os amigos enófilos que guardaram uns dólares para viajar ao exterior e que estão revendo seus projetos, a trocar um pouco dos dólares comprados e me acompanhar em cerca de 1.000 kms de viagem de descobrimentos por esta imensa região num roteiro muito especial aero rodoviário dentro de minha filosofia vínica, a busca por experiências fora da mesmice. Cinco noites, seis dias período em que conheceremos os vinhos de onze vinícolas, das quais visitaremos seis, micro ônibus com ar condicionado, banheiro e bar (água e sucos) a bordo que nos receberá em Floripa e nos deixará 6 dias depois em Navegantes para nosso retorno, vejam detalhe do mapa abaixo com nossa rota de descobrimentos clicando aqui.

mapa da rota

Tenho uma nova parceria com a Mais Viagens que será quem estará encarregado da venda e toda a parte operacional da viagem, porém se tiverem alguma dificuldade ou dúvida que precisem de mim é só gritar! rs Lá vocês poderão falar com o Murilo Cassador
Contatos: 11 3255-5681 / 11 97113-1188 / 11 9475-1334 ou por E-mail: contato@maisviagens.net.br . Seremos no máximo 14 pessoas, então não dê mole não!

Saída dia 28 de Outubro cedo de Congonhas (SP) para Florianópolis onde passaremos uma lindo dia livre e algumas sugestões de passeios como no mercado municipal e na Lagoa da Conceição. À noite seremos recebidos pelo presidente da ACAVITIS (Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude) Sr. Acari Amorim na Vinho e Arte Amorim onde jantaremos e receberemos informações sobre os projetos da ACAVITIS e os Vinhos de Altitude de Santa Catarina. Na oportunidade teremos nosso primeiro contato com os vinhos da região pois o jantar será harmonizado com os vinhos da Quinta da Neve. Quem não puder ir cedo e preferir chegar lá no final da tarde para nos encontrar para o jantar ou estiver em outra cidade que não São Paulo, o Murilo poderá ajudar a solucionar isso, liguem para ele.

Dia 29 de Outubro – Check out ás 8:00 para que possamos nos dirigir a São Joaquim através da primeira emoção do dia, subir a Serra do Rio do Rastro onde o almoço será livre no restaurante Mensageiro da Montanha no mirante da Serra. Depois, um pequeno passeio pela paisagem da região e chegada a São Joaquim no final da tarde. Às 20 horas, saímos do hotel para o restaurante Cristal de Gelo onde jantaremos acompanhado do enólogo da Quinta de Santa Maria que nos falará de seus vinhos, novidades e harmonizará os pratos.
Dia 30 de Outubro – Saímos ás 9:30 com destino à Villa Francioni nossa primeira parada do dia. A vinícola é ícone na região e eu sou especialmente fã do VF que surpreendeu a todos numa degustação ás cegas com vinhos de Bordeaux (link), mas há muito mais. Um dos pioneiros e ícone da região, é uma visita obrigatória para quem por lá passa. Seremos recebidos pelo enólogo da casa, conheceremos o projeto e provaremos alguns de seus bons vinhos.
Vinícola Monte Agudo – conheceremos a vinícola e degustaremos os vinhos enquanto almoçamos em seu lindo restaurante onde seremos recebidos como merecemos (rs)! Este produtor iremos explorar juntos pois não conheço seus vinhos, ainda, porém as criticas são muito boas e de gente que respeito.
Após o almoço, visitaremos a Villaggio Bassetti que me surpreendeu muitíssimo na Expovinis de 2014, em especial seu Sauvignon Blanc. Seremos recebidos pelo proprietário ou o enólogo da casa, caso ele não esteja, que nos levará a conhecer os vinhedos e provaremos seus vinhos. Retornamos ao hotel no final o dia e jantar livre

Dia 31 de Outubro – Check out às 9:30 pois ás dez precisaremos estar na Casa do Vinho do Sr. Vilson onde faremos uma prova de alguns vinhos especiais que escolhemos em conjunto. Entre duas preciosidade esgotadas no mercado, faremos uma visita aos vinhos da Pericó, Santo Emilio e Hiragami. Especializado em vinhos da região, possui uma incrível infraestrutura para receber grupos do porte do nosso e ainda tem preços (para quem quiser se esbaldar) imbatíveis!

Saída para Treze Tilías (Dreizehnlinden), uma vila Austríaca encrustada na serra, ás 11:30 porém teremos uma parada em Campo Belo do Sul para conhecer, almoçar e provar os vinhos da Vinícola Abreu Garcia que conhecerei junto com todos, porém amigos foram unânimes em recomendar, não perca! Não perderemos!

Chegada em Treze Tilías no inicio da noite com check in no hotel. Jantar no hotel (incluso) ou saída para jantar (livre) no restaurante da Cervejaria Bierbaum, uma parada estratégica no vinho! rs

Dia 1 de Novenbro visita à Vinícola Kranz às 10 horas, com degustação e alguns acepipes. Numa feira de vinhos brasileiros na Fecomercio, conheci seus vinhos e me surpreendi com, especialmente, um rosé muito diferenciado e complexo, mas tem mais!
Passeio e almoço livres e à noite jantar no hotel com show Tirolês. Jantar e show inclusos no preço do tour exceto por bebidas.

Dia 2 de Novembro, saída ás 9:00 com destino a Caçador e à belíssima Villaggio Grando, um dos principais players dos vinhos de altitude. Um portfolio de vinhos com muita diversidade e muita pesquisa. Visita, provas e um bate-papo com tira gosto para nos prepararmos para a viagem a Navegantes de onde embarcaremos de volta a São Paulo. No caminho, parada para almoço (livre).

HOTEIS: Intercity Premium Florianópolis / São Joaquim Park Hotel / Treze Tilías Park Hotel todos 4 ****.

Eu acompanharei o grupo do inicio ao fim, mas isso você já sabia, o que você quer mesmo saber é do preço né? Vamos ver; este tour cobre todas as degustações e visitas, almoços e lanches nas vinícolas, passagens aéreas, ônibus fretado pelos seis dias, quatro jantares ou seja, afora algumas poucas refeições livres que normalmente poderão ser pagas no cartão de crédito sem adicional de IOF (mais um beneficio da viagem local), o custo abrange quase tudo. Clicou nos links, já fez a viagem virtual, pois bem; se realmente estiver interessado contate o Murilo ou me envie um e-mail para wineandfoodtravelexperience@gmail.com e lhe passarei os preços e condições de imediato.

Kanimambo e espero ver você a bordo. Das cerca de 20 vínicolas na região, provaremos vinhos de mais da metade, uma experiência ímpar e um enorme aprendizado sobre os Vinhos de Altitude Brasileiros, não perca esta oportunidade.

Brasil, Regiões Produtoras – II

Estamos diante de uma realidade incontestável, Santa Catarina. Com suas diversas sub-regiões de vinhedos de altitude, vinhedos plantados entre 900 e 140 metros, esta é uma região com grande potencial que já começa a apresentar belos resultados com vinhos diferenciados e complexos num pedaço do Brasil onde somente se planta Vitís Viníferas. São três sub-regiões; São Joaquim, Caçador e Campos Novos. No total, devem existir algo como 35 produtores com projetos em andamento, mas das dez que já estão no mercado, destaque especial para a Villa Francioni e Villaggio Grando (as duas principais), Quinta da Neve, Quinta Santa Maria, Sanjo, Suzin (pioneira na região) e Pisani Panceri sendo que a maioria, sete para ser exato, estão situados na região de São Joaquim. Até ao momento, são cerca de 300 hectares plantados produzindo cerca de 500 mil litros do doce néctar, mas a expectativa é de que até 2010 esta produção seja quadruplicada gerando cerca de 2 milhões de litros. Uma das maiores dificuldades encontradas na região, são as fortes geadas e eventuais chuvas de granizo que exigem grandes investimentos em coberturas plásticas sobre as vinhas. Eis algumas das vinícolas que tive a oportunidade de conhecer na Expovinis e dos quais provei alguns bons vinhos que, em post em separado, depois comentarei em maiores detalhes. A ACAVITIS, foi a associação criada para gerir projetos de qualidade dos vinhos produtores na região certificando produtos, viabilizando qualificação, divulgando a região e defendendo os interesses de seus associados.

       mapa-acavitis-opcao-final-de-190420071 

     

    Quinta da Neve. Lomba Seca em São Joaquim. Plantando desde 1999, apresenta, neste momento, uma produção em torno de 8000 garrafas de Pinot Noir e cerca de 12.000 de Cabernet Sauvignon derivado de seus 12 hectares de vinhas. Como consultor enólogo, trouxeram o Anselmo Mendes, grande enólogo e produtor Português, para elaborar alguns de seus vinhos. O Anselmo Mendes produz alguns dos melhores Alvarinhos em Portugal e tem um vinho branco elaborado com a uva Loureiro que é um espetáculo! Bem, mas esse é outro papo, importante é que o nome de Anselmo Mendes para assessorar a vinícola, foi uma grande e acertada escolha que o tempo de certo virá a comprovar. Gente de visão! Por enquanto só tintos, Um Cabernet Sauvignon e um Pinot Noir sobre os quais falarei mais adiante, mas não duvidaria nada da chegada de um branco logo, logo aproveitando todo o know-how do enólogo.

 

Villagio-Grando é uma vinícola de porte maior, um pouco mais conhecida no mercada em função do delicioso Innominabile, um dos melhores tintos do país. Estão em Caçador, onde o grupo exerce suas atividades agro-florestais já há muitos anos tendo plantado cerca de 52 hectares de vinhedos com diversas cepas plantadas acima de 1350 metros de altitude. Produz cerca de 180.000 garrafas anuais, com previsão de chegar a 300 mil  tendo em mim um fervoroso fã já que gosto muito dos seus vinhos. Sua linha de produtos inclui hoje um total de 5 vinhos sendo três tintos e dois brancos. Os dois brancos, Chardonnay e Sauvignon Blanc são vinhos bastante interessantes e diferenciados, mas o grande destaque, a meu ver, fica mesmo com os tintos onde brilham, o novo Cabernet Sauvignon e o Innominabile um vinho de corte elaborado com um corte de 5 uvas e duas safras! É, isso mesmo que você leu, duas safras! Mais à frente comentarei este vinho e outros.

 

Sanjo, mais conhecida por sua produção de maçãs, a empresa investiu na implantação de cerca de 26 hectares de vinhedos com uma produção de cerca de 70 mil litros anuais. Apesar de terem outras cepas plantadas, os vinhos hoje produzidos são todos baseados na Cabernet Sauvignon; Nobrese, Maestrale e a linha de entrada o Nubio. De todos, a meu ver os destaques são três; O Nubio Rosé, o Maestrale e sua política de preços.

 

Quinta Santa Maria, também situada em São Joaquim, a sub-região mais importante, tem sócios portugueses e cerca de 20 hectares plantados, planeja chegar a 40  em 2010, entre 1200 e 1300 metros de altitude onde plantam Pinot, Touriga Nacional e Aragonez afora as tradicionais Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay e Sauvignon Blanc. Produz hoje dois vinhos. Um, o Utopia é um vinho tinto de guarda e um fortificado, muito interessante, o Portento no estilo dos vinhos do porto.

 

Villa Francioni, talvez a mais famosa e o maior projeto vinícola da região, um exemplo de perseverança e visão de um homem, assumida por uma família. Um projeto grandioso que se completou em 2002 e gerou seus primeiros vinhos ao final de 2005. Uma história curta, porém escrita com maestria e grande investimento já gerando alguns dos melhores vinhos nacionais produzidos de cepas diversas plantadas em seus cerca de 50 hectares. A cantina foi construída em seis níveis e projetada para que a gravidade fizesse com que a matéria-prima passasse de um tanque de fermentação para outro sem a intervenção humana, obtendo um processo mais natural evitando-se o bombeamento mecânico que é sempre mais agressivo. Produz hoje algo próximo a 200 mil litros com bons rótulos entre os quais dois se destacam, considerados pela imprensa especializada como alguns dos melhores do Brasil, são o top de gama Villa Francioni, que conheço e assino embaixo pois é um grande vinho, e o Sauvignon Blanc que ainda não tive o prazer de provar.

 

Durante os próximos dias produzirei alguns posts com degustações de alguns destes vinhos onde penso poder explorar um pouco mais alguns desses belos produtos assim como outros da Campanha Gaúcha e do Vale dos Vinhedos. Quem ainda duvida dos vinhos nacionais, acho que não teve a oportunidade de degustar a maior parte desses bons rótulos e deve cair na real, o vinho Brasileiro está com ótimos produtos e mostrarei o resultado de duas degustações às cegas que exemplificam isto muito claramente. O único senão, talvez seja o alto preço cobrado por alguns desses bons exemplares que, ao receberem boas criticas, mostram uma tendência enorme de dispararem. Isto, se visto pelo ângulo do consumidor logicamente, porque do ponto de vista do produtor, se eles cobram o que cobram e seguem vendendo, porquê não seguir nessa mesma política comercial?

Por hoje é só, salute e kanimambo.