Pomar Reserva

Desafio de Uvas Ícones – Quem Faturou?

           Talvez uma das mais enriquecedoras degustações que já realizamos. Um Desafio diferente que fez com que tomássemos consciências de nossas limitações e o quanto ainda temos para aprender. Aos amigos que compuseram a banca de degustadores que julgariam esta prova, lancei um desafio extra, descobrir qual a cepa de cada um desses vinhos servidos às cegas. Fácil? Então, você que pensa que já sabe tudo, experimente fazer um exercício semelhante e depois falamos. Passamos por dois processos, provar e analisar os vinhos e puxar por nossas memórias para tentar achar as tipicidades de aromas e sabores que compunham cada cepa na taça. Muito bom, mas por outro lado, também nos mostra o quanto isso é menos importante no vinho quando comparado ao todo, se tornando um “mero” detalhe do conjunto!

            Nosso principal objetivo, no entanto, é apurar os ganhadores da noite e, como sempre nestes desafios, algumas surpresas;  atletas de primeiro nível que não estão numa boa noite, outros menos cotados que se superam, momentos em que o vinho se assemelha à vida. Não existem verdades absolutas em nossa vinosfera e duas garrafas do mesmo vinho e safra, guardadas de forma igual e no mesmo local, podem evoluir de forma diferente então cada um destes Desafios vem carregado de indagações de como os vinhos se comportarão. Mais uma vez, um belo painel que tenho o privilégio de organizar com o apoio de um monte de gente que já destaquei em posts anteriores. Agora quero compartilhar a experiência., comentando um pouco sobre os vinhos conforme a ordem em que foram servidos, lembrando que notas e comentários são a média e coletânea do que colhi nas planinhas de degustação. Ao final listo o vinho preferido de cada degustador e a nota dada por ele.

Uvas Ícones 006Barbera Le Orme 2006 de Michele Chiarlo (Zahil) representando a Itália, com 88 pontos da Wine Spectator, é um vinho da região de Asti mostrando bem sua tipicidade com uma cor rubi, brilhante com bastante fruta vermelha ao nariz. Na boca é macio, sedoso e equilibrado, rico com um final muito fresco pedindo comida. Um vinho gastronômico, mas versátil que também se toma muito bem sozinho ou acompanhado de um bom prato de queijos e frios, sendo fácil de agradar desde os mais neófitos dos enófilos até aos mais tarimbados. Muita elegância num vinho que costumo denominar como amistoso e confirmou minha opinião anterior. Obteve a média de 85,73 pontos e custa R$79,00.

 

Uvas ìcones 001Touriga-Nacional Reserva 2005 da Quinta Mendes Pereira (Malbec do Brasil) representando Portugal, recebeu 16,5/20 pontos da Revista de Vinhos portuguesa, tendo-se mostrado á altura das expectativas. De nariz intenso, fruta confeitada e algo balsâmico com sutis nuances florais . Na boca apresentou-se com taninos firmes porém finos, harmônico, saboroso, complexo, acidez no ponto mostrando-se também bastante gastronômico (arroz de pato?) com um final de boa persistência. Um belo vinho que alcançou a pontuação média de 86,36 e custará, assim que chegar, por volta de R$90,00.

 

Uvas Ícones 010Zinfandel Pezzy King 2005 (Wine Lover’s) o competidor mais difícil de conseguir já que quem tinha não quis participar e quem queria não tinha o rótulo disponível. Ao falar com a Giselda, por indicação do amigo Álvaro, no entanto, a coisa mudou de figura. Não são muito os rótulos disponíveis no Brasil e, consequentemente, não são sabores a que estejamos acostumados. Este possuía uma paleta olfativa muito intensa e convidativa onde se destacavam toques de licor de cereja, fruta em compota e amoras. Na boca segue intenso, de bom volume de boca, taninos maduros e sedosos, harmônico com um final algo adocicado com coco e chocolate perfeitamente balanceado por uma acidez correta que deixa um retrogosto de quero mais. Belo Vinho que obteve a média de 88,91 e custa R$110,00. Tem uma história de que cliente VIP tem 20% de desconto, então vale conferir no site deles.

 

Uvas Ícones 005Tempranillo Sierra Cantabria Crianza 2004 (Peninsula) foi o desafiante espanhol que veio com um senhor retrospecto, o de ter obtido 90 pontos da Wine Spectator e ficando entre os top 100 de 2008 dessa conceituada revista. Acho que os 40 minutos de decantação foram pouco para este renomado vinho que se apresentou fechado, nariz tímido em que aparecem aromas de fruta vermelha fresca (ameixa) e algum tostado. Na boca segue fechado, algo austero, taninos ainda jovens e firmes ‘pegando” um pouco, acidez muito boa que convida a comer e pede um prato com “sustança”. Final de boca mostra um certo desiquilibrio, coisa que um tempo mais em garrafa, ou o dobro do tempo em decanter, devem harmonizar mostrando todo o potencial do caldo. Obteve uma média de 83,41 pontos e custa ao redor de R$109,00. Um vinho que necessita de uma segunda visita!

 

Uvas Ícones 007Carmenére Ochotierras Gran Reserva 2005 (Brasart), o representante Chileno desta cepa que possue amantes e ferrenhos opositores. Eu não sou fã, mas gosto de alguns rótulos, entre eles este. Vinho pronto não devendo melhorar mais do que já está. Nariz balsâmico com nuances vegetais e alguma especiaria. No palato apresenta-se redondo, macio, equilibrado com taninos sedosos, boa acidez e estrutura mostrando-se muito elegante e saboroso. Obteve a média de 84,68 pontos e custa em torno de R$90,00.

 

Uvas Ícones 012Pinotage Morkell PK 2004 (D’Olivino), o desafiante sul africano desta cepa que também é pouco conhecida por aqui com muita coisa bastante rústica e barata (existem exceções) e caldos como este, com muita qualidade, um vinho que enobrece a casta. Classificado por alguns membros da banca como, misterioso e intrigante, mostra no olfato aromas complexos em que aparecem com maior destaque cacau e frutas secas, com boa evolução em taça. Na boca é harmônico, boa estrutura, denso e rico de sabores com um final muito agradável com toques de especiarias. Vinho para tomar com calma e mais uma boa participação dos vinhos desta importadora. Obteve a média de 87,73 pontod e custa ao redor de R$120,00.

 

Uvas Ícones 015Pomar Reserva 2006, o nosso vinho surpresa da noite, e que surpresa! Da Venezuela, Bodegas Pomar, região de Lara a 480mts de altitude vem este saboroso corte de 60% Petit Verdot, 23% Syrah e o restante de Tempranillo, um assemblage diferente e criativo que surpreendeu a todos tendo sido escolhido por um dos membros da banca, como o melhor vinho da noite. Como vinho surpresa, posso introduzir qualquer coisa no painel, então a escolha por um vinho que não fosse varietal, mas que trazia consigo uma enorme dose de exotismo. Por ser um corte foi fácilmente identificado pela maioria, porém a sua origem deixou a todos perplexos. Fruta madura, ervas e alguma especiaria compõem uma paleta olfativa muito agradável que convida levar a taça à boca onde se mostra muito equilibrado, elegante, complexo com boa evolução em taça, taninos aveludados e muito gostoso. Um conjunto sem arestas que obteve o reconhecimento de quase todos, houve uma única nota mais baixa, que resultou numa média de 86,45 pontos e não está disponível para venda.

 

Uvas Ícones 018Pinot Noir J. Cacheux Bourgogne Les Champs D’Argent 2006 (Decanter), nosso desafiante  francês e talvez o vinho mais fácil de identificar pois já no exame visual se mostrava com toda a sua tipicidade com uma cor rubi clara, brilhante, quase clarete. Nos aromas muita sutileza com a presença de frutos do bosque como morangos e framboesas assim como leves nuances florais. Na boca, taninos finos e sedosos ainda bem presentes, rico e complexo mostrando nuances de salumeria, um vinho sedutor como são a maioria dos bons Pinots, em especial os da Bourgogne. Obteve a média de 86,45 pontos e custa ao redor de R$119,00.

 

Uvas Ícones 008Shiraz Bridgewater Mill de Adelaide Hills 2005 (Wine Society), o representante da Austrália onde essa cepa virou rainha. De boa tipicidade, nariz discreto mostrando alguma fruta vermelha e especiarias. Na boca aparece uma madeira mais presente, porém sem subjugar o caldo, e álcool um pouco saliente sem ofuscar um conjunto muito agradável, de bom corpo, taninos presentes, aveludado e macio, acidez moderada, elegante com um final bem saboroso que satisfaz e nos faz pedir mais. Obteve 86,91 pontos e custa ao redor de R$87,00.

 

Uvas Ícones 017Malbec Rutini 2006 (Zahil), o nobre desafiante desta cepa que já virou sinônimo de Argentina, mesmo sendo francesa (como a maioria), mas que vem crescendo também no Chile e até aqui no Brasil já começam a aparecer alguns exemplares. Rubi violáceo, bem típico da casta, apresenta um perfil aromático composto de frutas escuras, algo vegetal e nuances florais que despistaram muitos da banca. De boa estrutura, no palato é suave, com taninos finos e sedosos, elegante, equilibrado com um final muito agradável e levemente frutado mostrando boa persistência. Um Malbec algo diferenciado que obteve 85,59 pontos e custa R$119,00.

 

Uvas Ícones 009Merlot Valduga Storia 2005 (Portal dos Vinhos), uma cepa que já se tornou símbolo da Serra Gaúcha. Eu que adoro este vinho, não o dentifiquei em função de uma intensidade aromática muito além do que tinha experimentado em vezes anteriores. A forte presença de café tostado, moka, que impacta a primeira “fungada” mostra a forte presença de madeira e a necessidade de um período maior de decantação para que o vinho encontre seu melhor equilíbrio olfativo quando aparece um pouco mais os aromas frutados com nuances florais. Na boca, alguma fruta negra, leve toque químico, untuoso, rico e complexo com um final algo tânico com retrogosto que nos lembra caramelo e muito boa persistência. Obteve uma média de 88,14 pontos e custa algo ao redor de R$110, porém devido à raridade, já se houve falar de R$130 e mais!

 

Uvas Ícones 014Tannat Abraxas 2002 (Dominio Cassis), rótulo premium do produtor, do qual somente 600 garrafas foram produzidas numa região diferente das tradionais áreas produtivas no Uruguai, em Rocha. Mais um dos vinhos que mostraram bem o que são, muita tipicidade num tannat de prima que ainda se apresenta fechado com taninos ainda bem presentes e firmes, porém sem qualquer agressividade, mostrando que ainda tem muito anos de vida e avolução pela frente. Nos aromas, algo herbáceo com nuances frutadas ainda tímidas que evoluem na taça. Na taça é uma explosão de sabores, rico e complexo com alguma madeira ainda por integrar, mas sutil, dando suporte a um conjunto gordo e harmonioso que enche a boca de prazer e ainda promete mais para daqui a alguns anos. As garrafas rareiam por aí, eu ainda tenho uma, e acredito que em 2012 estaremos perante um verdadeiro néctar. Obteve 86,77 pontos e custa por volta de R$105,00.

 

              Apurados os resultados, o grande campeão da noite, o Melhor Vinho foi o Pezzy King Zinfandel (atropelando por fora). Pelos pontos obtidos e bom preço, a Melhor Relação Custo x Beneficio ficou com o Barbera D’Asti Le Orme e o vinho considerado como a Melhor Compra, o Bridgewater Mill Shiraz. Na segunda colocação no rol dos Melhores Vinhos da noite, o nosso Valduga Storia Merlot, seguido do Morkell PK Pinotage, do Bridgewater Mill Shiraz e completando o podio, o Abraxas Tannat 2002. O nosso vinho surpresa vindo da Venezuela direto para este Desafio de Vinhos na Zahil, obteve um honroso oitavo lugar entre vinhos e países produtores já consagrados mundialmente. Mas quais foram os vinhos preferidos de cada membro da banca de degustadores? Pois bem, para matar a curiosidade dos amigos, aqui está:

  • Emilio Santoro – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos
  • Marcel Proença – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • José Luiz Pagliari – Morkell PK Pinotage – 91 pontos
  • Francisco Stredel – Pezzy King Zinfandel – 93 pontos
  • Evandro Silva – Bridgewater Mill Shiraz – 90 pontos
  • Ralph Shaffa – Storia Merlot – 91 pontos
  • Ricardo Tomasi – Storia Merlot – 91 pontos
  • Cristiano Orlandi – Rutini Malbec – 93 pontos
  • Fabio Gimenes – Pomar Reserva – 92 pontos
  • José Roberto Pedreira – Pezzy Kink Zinfandel – 92 pontos
  • Simon Knittel – Storia Merlot – 88,5 pontos
  • João Filipe Clemente – Pezzy King Zinfandel – 89 pontos

       È isso gente, mais um Desafio de Vinhos terminado e mais um monte de lições a serem devidamente registradas. Por falar nisso, já ia-me esquecendo, quem acertou mais rótulos/cepas? O amigo Marcel da Assemblage Vinhos, com nove cepas identificadas tendo sido premiado pelos amigos da Zahil com uma garrafa do saboroso e recém chegado Barbera d’Asti I Cipressi Della Court de Michele Chiarlo. Vosso humilde servo aqui ficou nas cinco! Como disse, muito que aprender, um “pequeno gafanhoto’ em nossa vinosfera, na busca de conhecimento.

UFA, terminei! Salute e kanimambo, curtam o slide show abaixo e seguimos nos encontrando por aqui.

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Desvendando o Desafio de Uvas Ícones

Zahil - Loja 300  Em Setembro, o Desafio de Vinhos teve como temas as Uvas Ícones de cada país. Difícil determinar qual a uva ícone italiana ou francesa, mas optei pela Pinot Noir por ser a principal casta vinificada em varietal, e na Itália optei pela Barbera por uma questão de disponibilidade, mas poderia ter sido Sangiovese, Nebbiolo, etc.. De qualquer forma, reuni nesta prova de vinhos ás cegas, um total de onze vinhos representando onze países e uma surpresa, um rótulo para dar nó na cabeça de todos os participantes da banca de degustação. Como sempre, já tradição neste tipo de prova, interessantes surpresas no evento realizado com o apoio da Zahil, onde a degustação ocorreu, e das demais importadoras e produtores que enviaram seus representantes para mais este embate. Sem este apoio todo seria impossível realizar estes Desafios, razão pela qual inicio meus posts sobre os resultados com este agradecimento. É o mínimo que posso fazer pelo apoio e confiança depositados neste trabalho de garimpo, de mostrar através destes eventos que há vida, e muito boa vida, abaixo de R$100,00 e quem nem sempre o melhor vinho é o mais caro. Insisto na tese de que nome, origem e camisa não ganham título, mas sim performance o que, no nosso caso, significa o caldo na taça e na boca, o resto é marketing.

            Colaboraram, enviando seus Desafiantes, os já costumeiros parceiros como Decanter, Zahil, D’Olivino, Peninsula e Wine Society, os amigos da Brasart, Dominio Cassis e Portal dos Vinhos com o Emilio nos cedendo o que já se tornou uma raridade, o Valduga Storia 2005, assim como o produtor, Quinta Mendes Pereira e, “last but not least”, um novato nestas degustações, a Wine Lover´s, uma importadora nova especializada em rótulos americanos que, no apagar das luzes, nos cedeu um Zinfandel. Como já comentei, a degustação foi realizada às cegas e os vinhos foram todos decantados por cerca de 40 minutos e retornados às garrafas e adega climatizada de onde saíram para serviço devidamente envolvidas em papel alumínio e numeradas de forma aleatória.

             Para escolher o Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio e Melhor Compra, uma banca composta de 14 pessoas: Emilio Santoro (Portal dos Vinhos) / Zé Roberto Pedreira e  Fábio Gimenes (Confraria de Embu) / Simon Knittel (Kylix) / Ralph Schaffa (Restauranteur) / nosso convidado especial José Luiz Pagliari (Colunista e pesquisador) / Dr. Luis Fernando Leite de Barros (Enófilo) / Ricardo Tomasi (Sommelier/Specialitá) / Marcel Proença (Assemblage Vinhos) / Bernardo Silveira (Sommelier da Zahil) / Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos) / Francisco Stredel e Evandro Silva (Confraria 2 Panas) e eu. Dos 13, desconsideramos o Bernardo por uma questão ética, mesmo considerando-se que a prova foi às cegas, com notas em ficha de avaliação padrão ABS sendo a mais alta e a mais baixa eliminadas e o restante somado e dividido por 11 dando-nos o resultado de pontuação e ganhador, o Melhor Vinho do Desafio. Você arrisca chutar quem foi o ganhador?

Uvas Ícones 002

             O Melhor Custo x Beneficio que sempre foi eleito pelos degustadores presentes, desta feita virou uma equação matemática sendo apurado através da divisão pura e simples da nota obtida pelo preço. Para a Melhor Compra, foi mantida a regra, sendo apontada por voto direto. Quem serão os ganhadores? Isto veremos amanhã, porém já antecipo o vinho surpresa que, tivesse sido servido com rótulo aberto, certamente teria notas bem menores que as recebidas e muito provavelmente teria comentários pejorativos só por sua origem o que me leva a reforçar a necessidade de arquivar todos os eventuais preconceitos que possamos ter ao levar uma taça à boca. O vinho, que acabou surpreendendo a todos e obtido boas notas como veremos amanhã, foi nada mais nada menos que um Pomar Reserva 2006 da região de Lara na, na, na… ……. Venezuela! Veja mais sobre este vinho trazido pelo confrade Francisco, que é venezuelano e um amante do vinho, gracias viejo, amanhã.

           Mas estes desafios não servem somente para provar os vinhos do Desafio, garimpar novos rótulos e mostrar que existe vida em nossa vinosfera sem ter que gastar muito, nestes casos limitados a R$120,00 preferencialmente em torno de R$100. Serve também para provarmos novos espumantes disponíveis no mercado que são tomados na Desafio Uvas Ícones - Zahil 006recepção dos degustadores com o objetico de prepararmos as papilas gustativas para o que vem a seguir. Temos, com isso, tido o privilégio de tomar diversos espumantes de boa qualidade e muito saborosos. Desta feita, o amigo Bernardo (Zahil) nos apresentou um espumante argentino elaborado pelo método tradicional com um corte de Chardonnay e Pinot Noir, que foi muito bem comentado pelos membros da banca, o El Portillo Brut das Bodegas Salentein, importação e distribuição exclusiva desta simpática importadora que possui um excelente portfólio com preços bastante convidativos. Bastante aromático com forte presença de frutos tropicais convidando a beber, na boca apresenta bom volume, bom frescor, com uma acidez não muito comum aos espumantes argentinos, balanceado com um final algo cítrico e um sutil toque de leveduras muito sedutor. Perlage bastante abundante, fina e de boa persistência. Uma grata e agradável surpresa que merece ser conferida pelos amigos leitores e que espero faça bonito em uma degustação às cegas de espumantes que estou tentando orquestrar para o mês de Novembro.

Salute, kanimambo e amanhã veja os resultados e comentários apurados.