Orus Pas Dosé Rosé

Desafio de Espumantes Rosé

Na verdade deveria ter sido em Outubro, mas todo mês é mês para levar a mensagem assim como todo o dia é dia de comemorar os dias das: crianças, dos namorados, das mães, dos pais e, porquê não, dos idosos! rs Já cantava Vandré, que quem sabe faz a hora não espera acontecer então eis o meu Final de Ano Rosa! A idéia deste saboroso e refrescante evento veio de uma degustação montada pela ABS São Paulo que achei muito bacana tanto pela criatividade quanto pelo conteúdo então me animei a montar minha prova também.

As quatro maiores forças do mundo espumante de nossa vinosfera são, na minha opinião e considerando-se a relação Quantidade com Qualidade na ordem: França, Espanha, Itália e Brasil então, com a ajuda de parceiros, selecionei entre eles alguns rótulos de muita qualidade a serem abertos, ás cegas obviamente. No entanto, coloquei um intruso nesse meio, um argentino!

Champagne Barnaut Grand Cru Autenthique Rosé Brut – imp.Decanter

Franciacorta Lo Sparviere Monique Rosé – Imp. Vinica

Cava Sumarroca Rosado Brut – Imp. Almeria

Labet Cremant de Bourgogne Rosé – imp. Decanter

Orus Pas Dosè Rosé – Adolfo Lona

Bellavista Desirée Rosé Brut – Bueno Wines

Vicentin Malbec Rosé Brut – Imp. Galeria dos Vinhos.

Prova às cegas, curta apresentação sobre a elaboração de espumantes, tira gosto, água, café e uma surpresa a ser apresentada na hora! Dia 10 de Dezembro a partir das 20 horas na Vino & Sapore e tão somente 12 vagas disponíveis das quais 6 já foram tomadas. Preço R$138,00 por pessoa pagas no ato da reserva, vEspumantes rosé Iai dar mole? Amantes das borbulhas não poderão perder por nada!!!

Kanimambo e fico no aguardo de sua confirmação, fui!

 

Oito Anos Falando de Vinhos e Alguns Destaques – Brasil III

Neste primeiro lote de Destaques destes últimos oito anos dedicados aos vinhos do Brasil, os espumantes teriam que obrigatoriamente estar presentes e com eles termino esta série. Temos bons vinhos tintos, porém é nos espumantes que o vinho brasileiro se projeta internacionalmente como, em minha modesta opinião, a quarta força mundial no quesito Quantidade com Qualidade. São inúmeros os bons rótulos, porém dois vinhos são especiais, o Orus Rosé do Adolfo Lona e o Geisse Terroir Nature do Mário Geisse ambos conceituados enólogos com anos de serviço prestados ao desenvolvimento do espumante nacional.

DSC03152Orus Pas Dose Rosé– O provei pela primeira vez em 2011 num evento promovido pelos amigos de longa data e blogueiros, Evandro e Francisco (2 Panas). Postei o que segue; “um espumante rosé nature apaixonante, de pequena produção e uma incrível delicadeza! Daqueles caldos que deveriam vir, como costumo definir, de fraque e cartola para a mesa. Uma surpreendente criação de alguém que tem história na vinicultura tupiniquim, o Sr. Adolfo Lona, é o ORUS Pas Dose Rosé! A cor já impressiona saindo fora daqueles tradicionais tons rosados e cereja, para algo mais sutil. Visualmente a perlage se mostra muito fina, abundante e consistente nos convidando a levar a taça á boca onde ele se mostra em todo o seu esplendor deixando-nos sentir estrelas no céu da boca. Elegante e fino, rico, equilibrado, complexo e sedutor, um rosé que conseguiu desbancar vinhos de maior renome e preço. Corte de Chardonnay, Pinot Noir, Merlot vinificado em branco e Merlot vinificado em rosé. Doze meses em contato com as leveduras e mais doze descansando em garrafa e somente 608 garrafas produzidas, ou seja, mais uma daquelas raridades para poucos e entusiastas amantes do doce néctar.” De lá para cá já andou por diversas vezes em minha taça e nos meus posts, só confirmando a minha primeira impressão sobre este que se tornou um clássico dos espumantes nacionais e a cada ano estou lá na fila esperando algumas das poucas (não chega a 700) garrafas produzidas.

DSC03123Cave Geisse Terroir Nature 2009 – mais um nature, desta feita branco, e mais uma maravilha engarrafada. Já o conhecia de velhos carnavais, mas sempre achei que o Nature “básico” deles já era muito bom e que este não merecia as glórias que lhe atribuíam. Este da safra 2009 no entanto, me virou a cabeça e mostrou que é realmente um grande espumante que, entre os brancos, é a meu ver o que mais se destaca nacionalmente mesmo havendo alguns fortes concorrentes no mercado. Em Novembro de 2013 o coloquei numa degustação às cegas com mais outros sete concorrentes entre eles alguns grandes espumantes das regiões de; Champagne, Franciacorta, Cava e Trento tendo o Terroir Nature ganho a degustação na opinião de 23 consumidores que estiveram presentes ao evento. A produção não passa das sete mil garrafas e é um corte de meio a meio (varia em função das safras) do melhor Chardonnay e Pinot Noir do vinhedo localizado em Pinto Bandeira. Tremendamente sofisticado, com uma perlagem fina, intensa e de longa duração que explode na boca com notas de macã verde, citrinos e alguma levedura, o famoso brioche, sutil, delicado, fino e sedutor, um grande espumante que deixa muito champagne famoso no chinelo.

            Ambos os vinhos estão na casa dos 125 Reais, metade de alguns importados renomados, porém ainda tem gente insistindo em beber marca, que pena porque estão perdendo preciosos caldos, trocando qualidade e prazer por pretenso glamour! Enfim, hoje é Sexta, “the day after” a abertura da copa e por um mês só se vai falar disso, mas não aqui, porque navegar é preciso. Um ótimo fim de semana para todos e nesta Segunda (16/06) todo mundo de olho em Salvador quando Portugal e Alemanha protagonizam a final antecipada da copa! rs Salute e kanimambo.