Semillon e Risoto de Camarão

Me dando bem! Ando na fase de harmonizar, não que seja uma fobia, mas como gosto de tomar vinho ás refeições (especialmente aos Domingos) tento sempre fazer com que haja uma certa harmonia entre prato e taça! rs Ás vezes dá certo, outras não, mas  me divirto sempre até porque a companhia é sempre muito boa e valoriza o todo, mas que quando acerto me divirto mais, isso não posso negar.

Eu e minha loira estávamos só e decidimos nos tratar. Achei uns camarõezinhos de bom preço, o vinho já estava na geladeira, e optei por por um singelo risoto com um leve toque de brie na finalização. Ficou bom o danado do prato e quase não sobra para meu almoço de Segunda! Ainda bem que exagerei na dose, porque quase que me ferro!! rs

A esta altura os amigos já estão perguntando, mas esse tuga não vai falar do vinho?? Calma, vou sim, mas como diz o ditado, ” o apressado come cru”! Gente, tinha na geadeira aguardadno um momento destes um Mendel Semillon, do qual somente umas 10 mil garrafas são produzidas por safra e que é uma obra prima do Roberto de La Mota, um dos grandes enólogos argentinos. Já o destaquei aqui no blog como um dos melhores vinhos brancos argentinos e, mais uma vez, não negou fogo não, um vinho marcante de personalidade própria que a Expand traz ao Brasil.

mendel-semillon-e-risotoA Semillon já foi mais presente na Argentina,de acordo com a Wines of Argentina, “a casta é amante dos climas frescos e moderados, existindo somente dois lugares no país onde dá bons resultados: no Valle de Uco (Mendoza) e no Valle de Río Negro (Patagônia). Trata-se de um vinho seco, equilibrado, de bom corpo e sabor de notas frutadas. Em Cuyo adquire nuances aromáticos de frutas brancas com um interessante toque de mel, ao passo que na Patagônia aparecem toques de maçãs e terra. Em ambos os casos, evolui muito bem em garrafa até formar complexos nuances olfativos”. Roberto de la Mota explica assim do porquê ter elaborado este vinho; “lo primero que destaco es el valor histórico del varietal para la vitivinicultura local. El Semillón llegó al país junto con el Malbec de la mano de Michel Pouget y no tardó en convertirse en una de las cepas más cultivadas. su principal virtud son sus aromas y sabores sutiles ideales para definir equilibrio. Si bien en Argentina la historia la ubicó en el mismo lugar y más tarde como componente vital para los espumosos locales, hoy la apuesta es por varietales tranquilos.”

Neste caso falamos de uvas do Valle do Uco, vinhedos de mais de 70 anos plantados em pé franco, sendo que de quinze a vinte porcento do vinho passa em barrica por uns seis meses, que é o que lhe dá a untuosidade porém sem cobrir o frescor e a fruta muito presentes. Floral (frutos secos) nos aromas, meio de boca rica, fresco, médio corpo e muito boa persistência com uma acidez muito bem balanceada. A untuosidade do vinho bateu muito bem com o toque de brie do risoto enquanto seu frescor “maridou” perfeitamente com os camarões grelhados.

Enfim, mais um dia de privilégios apesar da fase difícil que atravessamos e são estes momentos que fazem a vida valer a pena depois dos sessenta!! rs Abastecido para mais um tempinho, vamos tocar porque se pararmos o bicho pega e assim, talvez, consigamos escapar. Amigos um ótimo fim de semana, kanimambo pela visita e muita sabedoria na hora de votar. Não lave as mão, nem que seja para escolher o menos ruim, porém não deixe de comparecer nas urnas e fazer valer sua cidadania neste próximo Domingo. Que Baco lhe dê serenidade e sabedoria nesta hora!

 

Salvar

Montalcino Não é Só Brunellos

Para os amantes do vinho há regiões no mundo que são pura idolatria; Douro, Rioja, Bordeaux, Champagne, Mosel, Piemonte e Toscana, entre muitas outras. Na Toscana, Montalcino e seus Brunellos e Rossos de Montalcino (elaborados com 100% da casta Sangiovese Grosso) reinam absolutos, porém a Toscana tem outras regiões incríveis que pouco são divulgadas ao consumidor e o mesmo ocorre com Montalcino que não é feita só de Brunellos!

Afora esses ícones da vitivinicultura italiana toscana, Montalcino possui outros DOCs;

  1. Sant’Antimo DOC fundada em Janeiro de 1996 – Tanto Bianco como Rosso, elaborado com todas as uvas autorizadas na Toscana. Os tintos pode também ser elaborado em varietal, porém nesse caso deverá se especificar a uva no rótulo, mas restrito somente às castas; Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Nero. Nos brancos; Chardonnay, Sauvignon Blanc ou Pinot Grigio. Também se produzem Vin Santo branco e tinto nesta mesma DOC.
  2. Moscadello de Montalcino – apresentado tanta na forma de espumante como de vinhos doces de sobremesa.

Bem, depois dessa pequena introdução, deixa eu falar para vocês do vinho que provei no Winebar promovido pela Expand com um vinho DOC Sant’ Antimo, o IRRosso diIR Rosso Casanova di Neri 2013, não confundir com o Rosso di Montalcino que é outro vinho, deste conceituado produtor de Brunellos! Aqui a Sangiovese é complementada por uma parte de Colorino (muito usada em Chianti), com passagem de 15 meses por barrica e mais 6 meses em garrafa antes de sair para o mercado. O vinho mostrou bem a marca da casa produtora que, pelo menos do que já provei, possui um estilo mais austero, mas não duro!

Cor escura (muito jovem), aromas terrosos, frutos negros, boca densa, de ótima textura e volume de boca, concentrado, taninos presentes, firmes mas sem agressividade, longo, um belo vinho que pediu o que não lhe dei, um tempo de aeração, creio que se mostraria mais com 30 a 45 minutos no decanter. Vinho que promete muito com mais uns três anos de garrafa para quem puder guardar. Eu após complementar meus sessenta anos, não guardo mais nada a não ser meus Porto Vintage! rs

Passou por cima de meu Caldo Verde, é o que tinha no momento (rs), mas posteriormente preparei um sanduíche de chouriço português e aí o baile ficou legal, pena que a bateria do celular tenha ido para a glória! O sanduba talvez não tenha feito jus à nobreza do vinho (R$180), mas não é de hoje que alguns casamento entre realeza e plebe dão certo, este deu! rs

Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou vem passear comigo pelos vinhos de altitude de Santa Catarina dia 28 de Outubro a 2 de Novembro. Detalhes em elaboração, mas como serão somente 12 vagas, me avise desde já de seu interesse e lhe enviarei roteiro completo em primeira mão tão logo esteja pronto.

Mendel Malbec e Expand Revival

Foi através do amigo e colega enoblogueiro Cristiano do Vivendo Vinhos, gente fina e blog de prima, com o apoio do novo importador, a Expand, que tive a oportunidade de conhecer os vinhos da Mendel. Muito já se escreveu, afinal estávamos numa degustação com nada menos nada mais que dez blogueiros, mas também quero dar meus pitacos mesmo que tardios.

         A Mendel é um produtor boutique com vinhedos velhos, parte em pé-franco, sob a tutela do conceituado enólogo Roberto de la Mota. São vinhos bem pontuados tanto pela Wine Spectator quanto por Robert Parker, leia-se Dr. Jay Miller, o que aguça ainda mais minha curiosidade. O Cristiano possuía em casa uma vertical destes vinhos e decidiu convidar os amigos para prová-los. Ao saber disso, a Expand que recém tinha conquistado essa representação e distribuição exclusiva, sugeriu que essa degustação fosse realizada em suas bonitas instalações no Bar des Arts em São Paulo.

               Numa noite agradável, chegamos e fomos recebidos pela simpática e competente Ana Rita  e a Eliane Alves, que tive o prazer de conhecer, que nos serviram um gostoso e fresco Prosecco Fontini, que mesmo não chegando a empolgar, deu conta do recado e preparou nosso palato para o que estava por vir. Por sugestão do Álvaro Galvão, mais um amigo do peito e pessoa boníssima , a degustação ocorreu às cegas com todo mundo “chutando” as safras provadas – 2004/2005/2006/2007 e 2008.

    • O vinho 4, foi mais facilmente identificado pois já mostrava de forma mais clara traços de sua idade tanto na cor quanto na boca. Paixão da maioria, especialmente do amigo Álvaro,  este 2004 foi o vinho que ganhou a escolha de melhor vinho da prova, mesmo não tendo meu voto.
    • Meu preferido, o vinho 1 se mostrou muito vibrante e elegante. Jurava que era o 2006 por uma característica da safra, porém parece-me que a safra de 2007 apresentou muitos dos traços da anterior. Neste caso, de paleta olfativa mais tímida precisando de tempo na taça para abrir, boca consistente com o nariz mostrando uma harmonia muito interessante e sedutora. Taninos macios, boa fruta, cremoso e longo mostrando-se muito elegante e fino com um final de boca que pede sempre mais um gole. Definitivamente, o meu vinho da noite!
    • O Vinho 5, esse sim da safra de 2006 se apresentou bem e foi meu terceiro escolhido, depois do 2004, mostrando-se também muito elegante sem excessos ou arestas. Um caldo muito agradável de tomar.
    • O Vinho 3, da safra 2008 foi o que menos me cativou mostrando um perfil herbáceo que fugia ao padrão do resto que provamos. Taninos ainda muito jovens pedindo tempo.

              A surpresa maior ainda estava por vir, pois fomos convidados a jantar acompanhados do vinho top da bodega, o Mendel Unus. Um vinho com toda a tipicidade dos grandes Malbecs da região ao qual foi adicionado cerca de 30% de Cabernet Sauvignon que lhe aporta uma complexidade adicional. Mostrou enorme estrutura, taninos muito firmes, alto teor alcoólico num estilo potente que tanto faz a cabeça de boa parte dos consumidores brasileiros. Um bom vinho que precisa de tempo de garrafa e um pouco de paciência por parte de quem o compre, pois este é mais um caso típico em que o apressado perderá muito ao toma-lo agora pois ainda está muito fechado e o tempo que pedimos de aeração foi muito curto.

             Expand revival porque foi gostoso ver a Expand de volta á ação interagindo com formadores de opinião mostrando sua nova cara, mas sem perder a fidalguia de seus áureos tempos, ficando a presença dos dois Otávios, pai e filho, como evidencia disso. Quem gosta de vinho e do mundo do vinho, sabe que muito devemos ao pioneirismo e visão de futuro que o Otávio sempre teve seja com a famosa (importante na expansão e divulgação do vinho no país) e hoje execrada garrafa azul com vinhos alemães seja com o projeto Rio Sol no nordeste, especificamente no Vale do  Rio São Francisco. Meus agradecimentos ao Cristiano por ter-nos permitido compartilhar destes caldos e aos “Otávios” e  Expand pela cortesia e hospitalidade, foi uma noite sem retoques.

             Antes de ir embora ainda fomos mui gentilmente, como de praxe na Expand, presenteados com um Prosecco Fontini Superiore, um degrau acima do que tínhamos provado antes, e este sim um belo espumante de Valdobbiadene que seduz e dá muito prazer de tomar.

          Para finalizar, minha recomendação é procurar o Mendel Malbec 2007 no mercado, pois o vinho é muito bom e está, a meu ver, um degrau acima de seus irmãos. Como sempre faço, dou o preço que a Expand pratica em suas lojas, R$78,00 e minha percepção de valor, algo entre R$65 a 70,00.

Salute e kanimambo pela visita

Dicas da Semana

Uma semana com muitas dicas de compra recebidas de alguns amigos e parceiros, outros nem tanto, mas que em minha avaliação valem ser conferidas:

Enoteca Decanter – è hoje, é hoje, é hoje! Taste & Buy e algumas boas dicas do vasto portfólio desta importadora com destaque para rótulos Ibéricos.

Encontro Mistral 2010 – para muitos o mais importante evento de nossa vinosfera, mas sem duvida alguma está entre os principais programas para os aficionados pelo doce néctar.  Não em tamanho, mas certamente em qualidade é difícil bater este encontro que se realiza a cada dois anos. Como o número de ingressos é muito limitado, é essencial reservar com antecedência e dias 7, 8 e 9 de Junho estão aí, no dobrar da esquina. Não haverá venda de ingressos no local então ligue logo para (11) 3372.3400 e garanta já seu lugar. Mais informações no WWW.mistral.com.br/encontro.

 
 
Mais de 80 das maiores personalidades do mundo do vinho
  França – Champagne Ayala | Joseph Drouhin
Cos d’Estournel | Domaines Barons de Rothschild Château Tour de Mirambeau | Chapoutier / Daumas Gassac | Domaine Cazes / Château de Haute Serre | Dopff-au-Moulin | Delamain Château du Tariquet
  Itália – Masi | Cà del Bosco | Livio Felluga | Biondi Santi / Altesino | Costanti | Castello di Ama
Badia a Coltibuono | Poliziano | Avignonesi
Castello di Montepó | Castello del Terriccio
Le Macchiole | Tenuta di Trinoro
Tenuta di Capezzana | Luigi d’Alessandro
Paolo e Noemia D’Amico | Tasca d’Almerita
Tenuta delle Terre Nere | Passopisciaro | Nonino
  Portugal – Quinta do Carmo | Luis Pato | Campolargo
Quinta da Pellada | Quinta do Vale Meão | Symington Family Estates | Niepoort | Quinta do Pôpa | Quinta da Lagoalva | Blandy’s | Palácio do Buçaco
  Espanha – Pesquera | Martinez Bujanda | Bodegas Valdemar | Artadi | Marqués de Vargas | Paisajes y Viñedos | Julián Chivite | Artazu | Mas Doix | Clos Figueres | Jané Ventura | Tomàs Cusiné | Ànima Negra | El Sequé / Pazo de Señorans | Alión | Perez Páscuas | Finca Antigua
  Grécia – Gaía
  Alemanha – Dr. Bürklin-Wolf | Domdechant Werner
Robert Weil | Hans Wirsching
  Hungria – Tokaji Oremus
  Nova Zelândia – Felton Road
  Austrália – Penfolds | Coldstream Hills | Wynns
  África do Sul – Boekenhoutskloof | De Wetshof
  EUA – Paul Hobbs | Seghesio
  Argentina – Catena Zapata | Altos las Hormigas | Tikal
Bodegas Caro | Masi Tupungato
  Chile – Casa Lapostolle | Viña Carmen | Nativa Viñedos Orgánicos | Viña Montes | Viña Garcés Silva (Amayna)
  Uruguai – Pisano
  Brasil – Vallontano

 

Enoteca Fasano – ligue e fale com o Felipe Massa, não é o baixinho mas dá conta do recado. Gosto especialmente dos vinhos da Joffré e o Maycas Limari Chardonnay é especial.

Wine Dinner da Batassiolo no North Grill – bons vinhos na companhia da boa carne deste restaurante que prima por cortes divinos dignos de serem provados. Eu aprecio sobremaneira o Prime Rib deles, mas há outros. Sei que está meio em cima da hora, mas veja se ainda há vagas e aproveite este Wine Dinner para conhecer a casa e degustar esses bons vinhos.

Expand – grandes vinhos argentinos de alma européia! Rótulos de grande qualidade produzidos por europeus em terras hermanas. Eu sou gamado no Chacra 55 (ano bom esse!), mas o Barda cabe melhor no meu bolso, mesmo que só de forma esporádica. O GrandVin da Cuvelier los Andes, especialmente se for o 2006, é um dos meus vinhos argentinos preferidos. Enfim, podendo, é um prato cheio especialmente com as reduções de preços proporcionado pela importadora.

Kylix –  Last, but not least, como dizem os ingleses, o amigo Simon armando das suas e desta vez com alguns italianos maravilhosos e um jovem espanhol. Pessoalmente, me amarro muito no Il Brusciato!

 

          É isso meus amigos, havendo bolso há muita coisa legal nesta semana. Por aqui, tudo dando certo, ao longo da semana ainda terei o resultado do Desafio de Petit Verdot que pela primeira vez na história destes eventos teve um campeão por unanimidade,  comentarei os vinhos italianos trazidos pela Gam Affari – I Mori e Canneta – assim como falarei um pouco sobre algumas degustações de que tenho participado. Uma bela semana para todos, salute e kanimambo. Nos vemos por aqui.

Dicas da Semana

             Bem, não precisa dizer que os dois principais eventos da semana, imperdíveis diga-se de passagem, são a Expovinhoff e a Expovinis. A roda de nossa vinosfera tupiniquim basicamente pára por uma semana e tudo acontece em torno destes eventos que, junto com a Decanter Wine Show e o Encontro Mistral, são os principais do ano. Partimos numa viagem de exploração, visitando terras já conhecidas, porém sem deixar de usar os momentos para percorrer mares nunca navegados. Há, no entanto, vida fora desses dois eventos como veremos abaixo:

Quinta de Jazz no Villa – O empório da Villa, dos amigos Armando e Denise, lançam a Quinta de Jazz. Ótima pedida de boas pizzas, bons vinhos, chopp bem tirado e música ao vivo para satisfazer os amigos do Morumbi e região.

Madre de Dios! Deu a louca no Enopira – è, o Luis Otavio desta feita botou para quebrar e, como sempre, os lugares são poucos, então viaje pela região da Ribera Del Duero/Espanha a bordo de alguns dos mais importantes rótulos disponíveis por aqui, veja só:

  • Protos Gran Reserva 2001- R$ 399,00 (Conheço, maravilha)
  •  Viña Sastre Pago de Santa Cruz 2004- R$ 407,00 (Grande Vinho, um dos meus Top de 2009)
  •  Aalto PS 2005- R$ 728,00 (Bão demais da conta!)
  •  Pago de los Capellanes El Picón 2004- R$ 825,00
  •  Abadia Retuerta Pago Negralada 2003- R$ 1.032,00 (seu irmão menor, não mais produzido, o El Campanario é fantástico, imagino este!)
  • Pago de Carraovejas Cuesta de Las Liebres 2004- R$ 1.090,00 (eh, eh, agora o Luis chutou o balde!)
  • Finca Villacreces Nebro 2006- R$ 1.320,00

APÓS A DEGUSTAÇÃO SERÁ SERVIDO: Lechazo Asado

PREÇO POR PESSOA: R$ 350,00, uma barbada considerando-se os vinhos sendo servidos e o jantar, um privilégio a que somente 15 pessoas terão acesso no dia 6 de Maio. Ligue ou envie e-mail para o Luis como segue: FONE: (019 ) 3424-1583-  Cel. ( 19 ) 82040406 – luizotavio@enopira.com.br . Lembrando, o Enopira é em Piracicaba, interior do Estado de São Paulo.

Enogastronomia no Caminho de Santiago – certamente é para poucos, as coisas exclusivas normalmente o são, mas quem sabe alguém esteja à procura de uma viagem diferente?

A Expand também tem suas Dicas da Semana – recebido deles no dia 22, estas dicas de Bordeaux estão muito boas. Tenho especial apreço pelo Chateau Jalousie que acho uma tremenda relação Custo x Beneficio. Confira preços e validade direto com eles, as dicas são tentadoras.

 

Dicas no stand da ViniPortugal na Expovinis – Aproveitando o maior evento do gênero na América latina, a ViniPortugal bota pra quebrar em seu stand. Entre as novidades que estão sendo lançadas, veja:

  • Henriques & Henriques  Rainwater (blend de três anos), Verdelho de 10 anos, Bual de 15 anos (DOS DEUSES!!!) e Medium Rich Single Harvest 1998.
  • Soberanas – XS 
  • Quintas das Arcas – Vinho Verde Arca Nova Branco, Tinto e Alvarinho/Trajadura , Herdade Penedo Gordo DOC, Quinta da Fonte Nova, Fuseiro 2006 Touriga Nacional, Quinta da Fonte Nova Grande Reserva 2005
  • Enoforum – Além e Alentex Reserva, Casa Hermelinda Freitas, Casa Hermelinda Freitas Touringa Franca 2008,  Pernord Ricard Portugal-Casa Macieira, Aldeia Velha – Aguardente Bagaceira Envelhecida, D´Alma XO – Aguardente Vinica Velha 10 anos – Edição Limitada
  • Quinta D. Maria – Quinta Vale D. Maria 2007 Douro Tinto, VZ 2008 Douro Branco, Quinta Vale D. Maria Reserva Porto, VZ 10 Year Old Tawny Porto (estarei lá).
  • Symington – Altano Reserva 2008 Doc Douro, Pombal de Vesuvio 2008 Doc Douro, Post Scriptum 2008 Doc Douro, Prazo Roriz 2008 Doc Douro (Imperdível).
  • Fita Preta – Preta, Sexy Tinto, Sexy Rose, Sexy Branco 2008, Sexy Branco 2007
  • Cabrita Wines – Quinta de Santana – Mafra, Herdade do Arrepiado Velho

É isso por hoje, juizo nas feiras e kanimambo pela visita. Nos vemos por aí.

Salute

Roda, Roda, Roda …..

               Nada a ver com Chacrinha nem mudança de ano, até porque o encontro com a Bodegas Roda e seu diretor comercial de exportação, o simpático Gonzalo Lainez Gutierrez, realmente se deu no ano passado! Uma deliciosa degustação vertical do Roda  II, que desde 2002 simplesmente mudou para Roda Reserva. A Bodegas Roda (nome originado das primeiras duas letras do sobrenome de seus proprietários – ROtland e DAurella) da região de Rioja na Espanha, é uma vinícola com cerca de 160 hectares de vinhedos entre próprios (60%)  e controlados por eles, distribuídos entre 28 ecossistemas que variam entre 380 a 650 metros de altitude onde se encontram plantadas as cepas Tempranillo, Garnacha e Graziano, sendo três na Rioja Baja e os restantes vinte e cinco na Rioja Alta.

             Exportam 50% de sua produção (Suiça, Reino Unido, Russia, Alemanha, Estados Unidos e Brazil entre outros) e a filosofia é de elaborar vinhos mais modernos sem perder a essência e elegância dos vinhos da Rioja. A produção iniciada em 1992, gera três rótulos o Roda Reserva, Roda I e Cirsion , este último o seu mais importante vinho. A degustação vertical contemplou as safras de 1999, 2000, 2001 e 2002 , degustação esta que o Gonzalo batizou de Luzes & Sombras em função das características de cada safra:

  • 1999 – ano muito difícil com frio excessivo ao norte.
  • 2000 – ano médio com calor mediterrâneo.
  • 2001 – ano fantástico em que tudo deu certo.
  • 2002 – ano terrível em que quase tudo o que podia dar errado, deu.

A madeira, essencial aos vinhos da Rioja, está lá dando suporte aos taninos e acidez para produzir vinhos equilibrados e de boa guarda. A cada ano, escolhem os 17 melhores vinhedos, entre os 28 existentes, com os quais elaboram seus três rótulos. Porquês dos melhores 17, porque este é também o número de balseiros disponíveis na vinícola. Os vinhos são ótimos e cada  um deles apresentou características diferentes mostrando bem o impacto do clima de cada safra:

Roda Reserva  1999, na minha opinião já passando de seu apogeu mas ainda com mais um ou dois anos para ser apreciado, foi o vinho mais encantador de todos neste momento. Um vinho mais complexo, algo mineral, corpo médio com taninos de grande finesse e aquela personalidade muito característica presentes nos grandes vinhos da região, apesar de um pouco curto na sua persistência,  mostrando nuances tostadas e algo terroso. Meu amigo Emilio que adora vinhos de idade, iria se lambuzar todo com ele! Eu gamei e possui somente 13% de teor alcoólico totalmente integrado e equilibrado. Um estilo de Rioja que faz mais a minha cabeça.

Roda Reserva 2000, um vinho mais fechado tanto na nariz quanto em boca, mais denso com fruta mais presente e com maior intensidade. Um vinho que se mostrou bem equilibrado, sedoso, madeira e fruta bem integrados, concentrado, mineral mais presente com um final em que apareceram notas de chocolate, mostrando um estilo mais moderno do que o 99. Deve evoluir bem nos próximos dois anos.

Roda Reserva 2001, talvez o melhor vinho mostrando uma paleta olfativa de boa intensidade e bem frutada, muita complexidade, uma boca de ótimo volume, muito rico, longo, boa acidez  mostrando-se ainda algo viril porém com um toque de elegância que creio ser um exemplo claro do que a vinícola busca na elaboração de seus vinhos. Um ótimo vinho hoje, mas que com mais uns dois ou três anos de garrafa certamente mostrará melhor todo o seu glamour. Certamente o melhor exemplo da filosofia da Bodega conseguindo unir a modernidade e o clássico da região.

Roda Reserva 2002, muito bom, mas perde nesta comparação direta com seus irmãos mais velhos. Mesmo com a competência dos enólogos em ano tão difícil na Espanha, o vinho se apresentou menos intenso, mais ligeiro, taninos sedosos, saboroso, franco de menor complexidade e mais fácil de agradar desde já.

              Os vinhos são elaborados com um corte de Tempranillo, Garnacha e Graziano, de vinhedos com mais de trinta anos de idade, passando um mínimo de dezesseis  meses em barrica e vinte em garrafa antes de serem colocados no mercado. Ao todo, vinhos muito saborosos que nos deixam pensando como serão seus irmãos mais graduados, especialmente o Cirsion , um 100% Tempranillo elaborado com uvas de plantas especiais, mais antigas e escolhidas à mão. O Kit degustação (para você fazer seu próprio vertical), assim como toda a linha da Bodega, está disponível nas 40 lojas da Expand, seu exclusivo importador e distribuidor para o mercado Brasileiro.

Salute e kanimambo

Rioja x Ribera del Duero, um Grande Páreo.

           Como em Portugal em que existem duas grandes e principais regiões produtoras de maior reconhecimento internacional Alentejo e Douro, a Espanha também tem as suas; Ribera Del Duero e Rioja. Ambos os países são extremamente ricos em diversidade de terroir e regiões, mas estas são as principais conhecidas. Pensando bem, cada país produtor do velho mundo tem lá sua rivalidade viníca de maior destaque; na Itália é Piemonte e Toscana, na França Bordeaux e Bourgogne, na Alemanha Mosel e Rhein, etc. A revista Freetime, uma revista que todo o executivo deveria ter em casa ou escritório pois tem uma diversidade editorial muito interessante, recentemente fez uma degustação às cegas de vinhos destas duas principais regiões produtoras e, gentilmente, nos cedeu a matéria. Todas as amostras dos vinhos foram escolhidas e enviadas diretamente pelas importadoras e casas especializadas. Foram convidados cerca de 14 experts para formar a banca degustadora que se utilizaram de fichas de degustação padrão de 50 a 100 pontos, em que o aspecto visual vale 10, o olfativo 30, e o gustativo 60, básicamente a mesma que uso em meus Desafios de Vinhos.   Na média das notas, visando evitar distorções, toma-se o cuidado de eliminar a nota mais alta e a mais baixa de cada vinho analisado.

            Foram um total de 25 vinhos em prova, dos quais 16 de Rioja e 9 de Ribera Del Duero. Como não houve número igual de participantes, tomei a liberdade de pegar somente os primeiros nove colocados de Rioja para efeito comparativo tendo dado Rioja com um total de 805,90 pontos contra os 798,7 alcançada pela Ribera Del Duero. No entanto, os dois primeiros colocados foram de Ribera Del Duero, tendo o incrível Pago de Santa Cruz da Vina Sastre, sido o grande campeão. Aliás, quando somamos todos os pontos por região e apuramos a média, aí a Ribera Del Duero leva uma pequena vantagem ou seja, um páreo duríssimo. O pago de Santa Cruz é um estupendo vinho que tive o privilégio de provar recentemente e um dos meus melhores provados em 2009, então fico feliz com esse resultado. Por sinal, o Prado Rey Elite, também biquei e é outro grande vinho que me chamou a atenção em uma degustação de vinhos de Espanha de que participei. Bem, mas chega de lero, na verdade você está interessado mesmo é em saber como os participantes da prova “perfomaram”, então vamos ao que interessa, eis os vinhos e comentários em ordem de classificação na prova:

PAGO DE SANTA CRUZ – VIÑA SASTRE – RIBERA DEL DUERO – 2003  Rubi profundo com alta concentração e leve halo de evolução. Complexo, frutas vermelhas em compota, ameixas, chocolate, café, lácteo, toffee, especiarias, tostado, lembra um Bordeaux. Carnudo com ótima acidez, taninos muito finos, envolvente, volumoso, persistência longa e retrogosto frutado com toques de alcaçuz. PENÍNSULA – (011) 3822- 3986 – Preço R$ 429,00 – Nota 91,2

 PRADO REY ELITE – RIBERA DEL DUERO – 2005 – Rubi violáceo, alta concentração, sem halo. Complexo, frutas negras, cerejas, floral, violetas, resinoso, tostado bem integrado, toques lácteos. Estruturado, alta acidez, taninos ainda verdes mas muito finos, persistência longa e retrogosto frutado, um vinho ainda jovem que irá evoluir muito. DECANTER – (047) 3326-0111 – Preço R$ 303,00 – Nota 90,4

CONDE SIRUELA RESERVA – RIBERA DEL DUERO – 2001 – Violáceo, alta concentração, sem halo. Nariz instigante, frutas negras, defumado, café, baunilha, chocolate, herbáceo e toques terrosos. Redondo, ótima acidez, taninos finos, encorpado, persistência longa e final de boca frutado, traz características de vinhos do Novo Mundo. D’OLIVINO – (011) 5532-1820 – Preço R$214,00 – Nota 90,2

 SOMSIERRA RESERVA – RIOJA – 2002 – Granada, média concentração e halo de evolução. Muito complexo, frutas vermelhas maduras, ameixas, chá-preto , funghi, ervas aromáticas, menta, ligeiro químico e toques terrosos. Elegante, acidez correta, taninos finos, corpo médio e persistência longa com final de boca frutado lembrando figos secos. CASA DO WHISKY – (011) 5055-5244 – Preço R$ 96,20 – Nota 90,2

 OSBORNE MONTECILLO GRAN RESERVA – RIOJA – 1998 – Granada, média concentração, halo de evolução presente. Balsâmico, ameixa, chá, toques terrosos, sottobosco, animal e tostado agradável lembrando madeira de longo uso. Macio com acidez correta, taninos maduros e finos, bom corpo e persistência, final de boca vivo e fresco com retrogosto frutado.  MIOLO – (0800) 9704165 – Preço R$ 131,00 – Nota 90,1

DON JACOBO GRAN RESERVA – RIOJA – 1995 – Granada, média concentração, leve halo de evolução. Frutas passas lembrando figo e uva, floral, chá, chocolate, caramelo e toques herbáceos. Alta acidez, taninos bem presentes, encorpado, persistência longa, com final de boca muito elegante. Retrogosto balsâmico. Vinho evoluído que não perdeu o vigor. SEM IMPORTADORA – BODEGAS CORRAL www.donjacobo.es . Preço R$? – Nota 90,1

 AMAREN LUIZ CAÑAS – RIOJA – 2002 – Rubi violáceo, média concentração, sem halo. Frutas lembrando cereja, floral, violetas, tostado elegante, café, especiarias, anis, toques balsâmicos.  Excelente exemplo de vinho equilibrado, acidez correta, taninos finos, bom corpo e persistência, retrogosto frutado e final de boca muito agradável. DECANTER – (047) 3326-0111 – Preço R$ 284,00 – Nota 90,0

FUENTESPINA RESERVA – RIBERA DEL DUERO – 2001 – Rubi, boa concentração e halo de evolução. Complexo, Frutas negras em compota, chá-preto , tabaco, animal, carne, terroso, chocolate,  borracha, ligeiro mentolado e tostado agradável.  Alta acidez, taninos marcados, corpo amplo e persistência longa, retrogosto frutado. EXPAND GROUP – (011) 3847-4700 – Preço R$275,00 – Nota 90,0

MARQUÉS DE RISCAL GRAN RESERVA – RIOJA – 2000 – Rubi com toques de evolução, boa concentração. Predominância de aromas terciários, tostado, animal, couro, especiarias, sottobosco, frutas vermelhas maduras, floral, violetas. Redondo, acidez correta, taninos finos, encorpado e persistência longa, retrogosto frutado. INTERFOOD CLASSIC – (011) 2602-7255 – Preço R$ 243,30 – Nota 89,8

ONTAÑON RESERVA – RIOJA – 2001 – Violáceo,  média concentração, sem halo. Frutas passas, ameixas, especiarias, couro, tabaco, herbáceo e toques florais. Ótima acidez, taninos presentes, bom corpo e persistência, retrogosto frutas passas. D’OLIVINO – (011) 5532-1820 – Preço R$ 141,00 – Nota 89,7

 VINA ARDANZA RESERVA – RIOJA – 2006 – Rubi com baixa concentração, leve halo. Frutas maduras, ameixa, madeira bem presente, baunilha, sottobosco e toques terrosos. Elegante, com ótima acidez, taninos finos, corpo médio, persistência longa. GRAND CRU – (011) 3062-6388 – Preço R$ 198,00 – Nota 89,6

 PROTOS RESERVA – RIBERA DEL DUERO – 2003 – Rubi,  boa concentração, sem halo. Frutas vermelhas maduras, floral, violetas, tostado, baunilha, chocolate, pimenta-do-reino. Alta acidez, taninos finos, bom corpo e persistência, retrogosto frutado. PENINSULA – ( 011)  3822-3986 – Preço R$ 261,00 – Nota 89,1

 RODA RESERVA – RIOJA – 2004 – Rubi,  média concentração, sem halo. Predominância de aromas terciários, tabaco, tostado, especiarias, pimenta, frutas negras e toque lácteo. Ótima acidez, taninos firmes e doces, bom corpo e persistência, retrogosto frutado.  EXPAND GROUP – (011) 3847-4700 – Preço R$ 198,00 – Nota 88,8

 BÁRBARO RESERVA – RIOJA – 2005 – Violáceo, boa concentração, leve halo de evolução. Aromas de frutas vermelhas maduras, floral, anis, tostado agradável, toque químico. Acidez alta, seco, taninos ainda verdes, corpo e persistência longa, vinho jovem de muita potência. SEM IMPORTADORA – BODEGAS FRANCO ESPAÑOLAS www.francoespanolas.com – Preço R$? – Nota 87,6

TORRES CELESTE CRIANZA – RIBERA DEL DUERO – 2005 – Rubi escuro, boa concentração, sem halo. Aroma terroso, funghi, bala de cevada, frutas negras, tostado agradável, pimenta-branca, toque herbáceo. Boa acidez, estruturado, taninos ainda jovens, bom corpo e persistência, final de boca muito agradável. RELOCO – (021) 2215-8055 – Preço R$ 160,00 – Nota 87,5

 TAMARAL CRIANZA – RIBERA DEL DUERO – 2003 – Granada, média concentração, leve halo. Complexo, chá-preto , frutas vermelhas evoluídas, ameixa, funghi, terroso, chocolate, caramelo e toque resinoso. Alta acidez, taninos presentes, bom corpo e persistência, retrogosto lembrando ameixas. CASA DO WHISKY (Barrinhas)-  (011) 5055-5244 – Preço R$ 107,00 – Nota 87,4

 OSBORNE MONTECILLO RESERVA – RIOJA – 2005 – Rubi brilhante, média concentração, halo de evolução. Aromas terciários, chá-preto, tostado, chocolate, especiarias, frutas secas, herbáceo, toque químico. Acidez correta, taninos presentes, corpo médio e persistência longa. MIOLO – (0800) 9704165 – Preço R$ 71,00 – Nota 87,1

 ATALAYAS DE GOLBAN CRIANZA – RIBERA DEL DUERO –  2005 – Rubi, alta concentração, sem halo. Floral, violetas, frutas vermelhas, tostado, chocolate, menta, terroso com ligeiro toque químico. Acidez correta, taninos presentes, corpo médio e persistência longa, retrogosto de after eight (menta e chocolate). MISTRAL – (011) 3372-3400 – Preço R$ 130,00 – Nota 86,8

 ORBEN CRIANZA – RIOJA – 2005 – Rubi, alta concentração, sem halo. Frutas vermelhas maduras, especiarias, canela, herbáceo, erva-doce, tostado. Alta acidez, taninos ainda verdes, corpo médio e persistência longa, retrogosto lembrando erva-doce. Bom potencial de envelhecimento. PENINSULA – ( 011)  3822-3986 – Preço R$ 198,00 – Nota 86,7

 CANTIGA DE DANIEL PURAS CRIANZA – RIOJA – 2004 – Granada, média concentração, leve halo. Nariz austero, sottobosco, tostado marcado,frutas negras maduras,químico, toque de ervas aromáticas. Acidez correta, quente, taninos finos, corpo e persistência longa, final ligeiramente adocicado. TERROIR – ( 011)  3168-2200 – Preço R$ 105,00 – Nota 86,1

 RACAMONTE CRIANZA – RIBERA DEL DUERO – 2004 – Violáceo, média concentração, sem halo. Floral, violetas, alcoólico, pimenta-do-reino, frutas negras, ameixas, toque herbáceo. Acidez correta, taninos verdes, encorpado, persistência longa. Ainda muito alcoólico. SEM IMPORTADORA www.grupoyllera.com – Preço R$ ? – Nota 86,1

VIÑA CERRADILLA CRIANZA – RIOJA – 2004 – Rubi, média concentração, sem halo. Floral, lavanda, sottobosco, frutas em compota, especiarias, chocolate, leve mentolado. Alta acidez, taninos ainda verdes, corpo médio e persistência longa. SEM IMPORTADORA www.vallemayor.com – Preço R$? – Nota 86,1

 MILETO CRIANZA – RIOJA – 2005 – Granada, média  concentração, leve halo. Frutas maduras, cereja, chocolate, químico e toques florais, madeira de longo uso. Boa acidez, taninos presentes, bom corpo e persistência, retrogosto lembrando cereja. SEM IMPORTADORA www.bodegasalvar.com – Preço R$? – Nota 85,9

 ALLENDE CRIANZA – RIOJA – 2004 – Rubi, boa concentração, sem halo. Frutas vermelhas maduras, químico, pimenta-do-reino, tostado bem integrado, chocolate. Alta acidez, taninos finos, corpo médio e persistência longa, ligeiro amargor. PENÍNSULA – (011) 3822-3986 – Preço R$ 159,00 – Nota 85,4

DON FAUSTINO VII JOVEN – RIOJA – 2007 – Granada, média concentração, leve halo. Frutas vermelhas maduras, tostado intenso, caramelo, toque químico. Acidez correta, taninos presentes, corpo médio e persistência média. Rústico. CAVA DE VINHOS – (011) 3467-9917 – Preço R$ 60,00 – Nota 84,9

 Os campeões em suas classes:

 Gran Reserva

Pago de Santa Cruz – Ribera Del Duero – Nota 91,2 – Península – Preço R$ 429,00

Reserva

  • Somsierra – Rioja  – Nota  90,2 – Barrinhas /Casa do Whisky – Preço R$ 96,20
  • Conde de Siruela – Ribera Del Duero – Nota 90,2 – D’Olivino – Preço R$ 214,00

Crianza

Torres Celeste – Ribera del Duero – Nota 87,5 – Reloco – Preço R$ 160,00

          Interessante o resultado de dois vinhos que, a meu ver e mesmo não tendo estado presente nessa degustação, me chamaram a atenção pois mostraram possuir uma tremenda relação custo x beneficio que foram o Somsierra (na minha regra de desempate, menor preço, seria terceiro na classificação geral) e o Osborne Montecillo Reserva, dois rótulos que entram na minha lista de vinhos a conferir e os seus? Quais são os rótulos que lhe aguçaram a curiosidade? Podendo, não hesite em tomar o Pago de Santa Cruz, um dos grandes vinhos de Espanha.

Salute e kanimambo

Grande Desafio de Espumantes – os Champagnes

               Dentro os quarenta e dois rótulos apenas cinco de Champagne, mas deu para tirar as eventuais dúvidas existentes. A primeira delas, como aliás comentado pelo amigo Álvaro (Divino Guia) na degustação, é de que a Pinot Meunier faz diferença no assemblage (todos com a participação das três cepas tradicionais – Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier) e a segunda de que realmente são excelentes espumantes que não é á toa que possuem a fama que têm. Estão num patamar algo acima dos demais e se, alguns pontuais concorrentes existem, esses são poucos num universo de tanta coisa boa disponível naquele pedacinho de céu chamado Champagne.

               O que falar sobre os cinco champagnes provados que já não tenha sido dito por outros? Gente muito mais capacitada já comentou e destrinchou esses vinhos de uma forma que, provávelmente, eu já jamais conseguirei, então fica aquele negócio de chover no molhado. Já provei muitos, entre eles um que me deixou apaixonado e inebriado sendo um dos melhores vinhos que já tomei, mas confesso que tomei poucos porque, lamentavelmente, o bolso não alcança, então são objetos de desejo que, efetivamente, são consumidos em momentos muito especiais de celebração.

            De qualquer forma não há como fugir da raia e, como já dizia o saudoso e “complexo”  Vicente Mateus, “quem sai na chuva é para se queimar”, então vamos lá, por ordem de classificação entre os cinco champagnes presente a este Grande Desafio, ressaltando que todos eles estão entre os TOP 10 da prova. Como não podia deixar de ser, a perlage em todos eles mostrou-se constante, muito fina e persistente, dentro do que se espera de um bom champagne. Apesar de não divulgar as notas hoje, deixo como curiosidade o fato de que entre o primeiro e o último champagne, meros 1,5 pontos ou seja, nada!

1º – Zoémie De Sousa Cuvée Marveille Brut  – importado pela Decanter e, na minha opinião um dos melhores do desafio, se não o melhor, que se mostrou algo mais evoluido e sedutor que os outros concorrentes da região.  De uma finesse impar tanto no olfato como no palato, foi o que mais entusiasmou a maioria dos degustadores.  Nariz muito complexo onde afloram aromas de coco queimado, baunilha, brioche, leveduras, uma verdadeira boulangerie (rs) com alguma nuance cítrica. Na boca é denso, cítrico, incrivelmente harmônico , mousse clássico lhe dando leveza , frescor na medida certa formando um conjunto que chega a empolgar e por isso se colocou melhor que seus pares. Entre todos os Champagnes, o meu preferido deste embate.

2º – Taittinger Brut Reserve – pêssego, damasco, algum floral numa paleta olfativa de não tanta intensidade, mas muito elegante e sedutora que nos atrai a levar a taça á boca onde essa elegância persiste com muita classe. Macio, cremoso, equilibrado e muito delicado terminando bastante longo, fresco e agradável com uma perlage muito fina e abundante que acaricia o céu de boca. Sedutor. É trazido com exclusividade pela Expand, mas encontrado em diversas outras boas lojas do ramo.

3º – Tsarine Cuvée Premium –  como característica, uma perlage extremamente fina, persistente mas não muito abundante. Muito rico, denso, cremoso e gentil ao palato, é um espumante algo diferente produzido por casa de grande tradição, Chanoine. Uma paleta olfativa complexa com intensa presença  de notas lácteas, torta de morango e fermento com algo de caramelo e cevada no final de boca em que também aparecem nuances cítricas. Bastante complexo e interessante. Quem o traz é a KB-Vinrose do Rio de janeiro, mas este apareceu na prova devido á gentileza da BR Bebidas  (São Paulo) que nos disponibilizou  a garrafa.

4º – Drappier Carte d’Or Brut – Borbulhas muito finas presentes  em  grande número e de boa persistência formando um bonito colar na taça. Bem mineral, pêra, brioche, frutas secas, lembra panetone, presentes no nariz. No palato mostra-se cítrico, fresco e saboroso com um final com amêndoas tostadas sob laranja confeitada. Muito gostoso e disponível na Zahil (seu importador e distribuidor exclusivo) e diversas lojas especializadas.

5º – Piper-Heidsieck Brut – Talvez o mais fresco e vibrante de todos eles e, arriscaria dizer, mais jovial e franco. Fermento e aromas de frutas cítricas (grapefruit?), nectarina presentes no nariz e que se repetem na boca de forma delicada e bastante suave em comparação com os outros champagnes presentes. Vibrante, bem balanceado, elegante e fino, suculento, um champagne cativante e apetecível a qualquer dia e hora. Importado pela Interfood e disponível na maioria das boas lojas especializadas.

              Pela fórmula matemática que usamos nos Desafios, a Melhor Relação Custo x Beneficio ficou com o Tsarine Cuvée Premium Brut. Muito bons produtos e fico imaginando se o vencedor do Grande Desafio de Espumantes será um deles? Provavelmente sim, porém nunca se sabe pois acidentes e surpresas acontecem. De qualquer forma, este é o momento do ano em que pipocam promoções com espumantes e champagnes (veja algumas nos posts Dicas da Semana nesta útima Sexta e Sábado) para tudo o que é lado e nada melhor, podendo, do que comprar um destes bons rótulos, garanto que sairá satisfeito com a experiência. Para saber mais dados, inclusive preços, de cada um, clique aqui. Outros poderiam estar aqui, porém ou não tive acesso ou não houve interesse das importadoras convidadas. Quem sabe no próximo ano?!

            Salute, kanimambo e siga acompanhando nossa viagem de descobertas  pelo mundo dos espumantes neste mês de Novembro passado. Quem será que faturou? Vai arriscar?!

Vinhos da Semana Passada

Fazia tempo que não escrevia sobre Vinhos da Semana e neste calor nada como vinhos e espumantes brancos e rosés. Já gosto e bebo normalmente o ano inteiro, agora então se tornam imprescindíveis e esta pequena e refrescante seleção me deu muito prazer tomar. Um grupo de vinhos bastante diverso de cinco origens diferentes que me geraram diferentes sensações que agora compartilho com vocês.

Chateau St. Michelle 2006, um Riesling muito saboroso e de bom corpo de Columbia Valley (Estados unidos) importado pela Expand. Muito mineral, boa textura num vinho que é menos aperitivo e leve e sim de maior peso e gastronômico apresentando uma característica intermediária entre os leves vinhos do Mosel e os mais encorpados da Alsácia. Pêssego, nectarina, algum açúcar residual muito leve, saboroso, um tico de acidez a mais não lhe faria mal melhorando seu equilíbrio. Um vinho bastante agradável que me agradou, tendo acompanhado um curry de frango levemente apimentado com galhardia. Preço ao consumidor por volta dos R$55,00.  I.S.P .$    

 

Filosur Torrontés 2009, o frescor em pessoa num novo rótulo argentino que chega pelas mãos da Berenguer Imports, uma nova importadora sediada em Curitiba. Uma marca do grupo Andeluna, que tem em seu portfólio diversos varietais. Este Torrontés é muito saboroso com aquele floral muito característico da cepa bem presente no nariz aliado a aromas de frutas cítricas, tudo com um equilíbrio harmônico que nos convida à taça. Na boca é vibrante, saboroso, fresco com ótima acidez que aguça as papilas gustativas e combina muito bem com comida oriental levemente apimentada, como aperitivo, uma delicia de vinho e há muito não tomava um torrontés tão equilibrado. O amigo Charlston acertou na escolha (o Malbec que comentarei em outra ocasião, também é muito bom) e na política comercial já que o preço deverá rondar os R$36 em São Paulo.  I.S.P .  $ 

 

Cave Antiga Moscatel, um espumante nacional que se deu bem em meu Desafio de Espumantes Moscatel. Vieram duas garrafas para o Desafio, esta sobrou na minha adega (eheh) e não resistiu ao calor de Sábado passado tendo sido rápidamente consumido no final do dia sentado no terraço acompanhando morangos com sorvete de creme. Incrível como bons espumantes moscatel como este somem rápido da taça! Um nariz cativante em que aparecem aromas de pêra em calda, maracujá doce com nuances florais de boa presença e intensidade comprovando o resultado da prova. A perlage é de borbulhas finas e abundantes com boa persistência. Na boca é onde ele mais seduz sendo bastante fresco, saboroso, balanceado apesar do residual de açúcar se sobressair um pouco sobre a acidez. Harmonizou bem com os morangos que aportaram um pouco mais de acidez ao conjunto. O preço está ao redor de R$25,00 . I.S.P. 

 

Maycas Del Limari Reserva Especial Chardonnay 2007, um senhor vinho de bom corpo sem se tornar pesado o que, para o meu gosto, mata qualquer branco. Um Chardonnay com C maiúsculo mesmo, no estilo que gosto, bem mineral, fresco, aromas de frutos tropicais e nuances florais. Untuoso, rico, textura algo cremosa e sedosa, com um final muito saboroso e persistente em que aparece algo de maçã verde e um delicado toque tostado. Um belo vinho que acompanhou bem um risoto de frutos do mar, mas que penso caberia que nem uma luva harmonizado com um prato de camarão à Mary Stuart. Esta garrafa meu filho me trouxe do Chile, só a titulo de curiosidade a Bodega pertence ao grupo Concha y Toro, mas está disponível no Brasil pelas mãos da Fasano e custa ao redor de R$90.   I.S.P .  

Rosé d’Anjou Remy Pannier 2008, da região do Loire na França, importado pela Inovini (divisão de vinhos da Aurora Importadora), uma delicia vibrante, algum residual de açúcar, e refrescante com apenas 10.5% de teor alcoólico resultado de um assemblage de Cabernet Franc, Gammay e Grolleu Gris. Começou como aperitivo e acompanhou maravilhosamente o almoço de Domingo, peito de peru à Califórnia, e penso que deverá se dar muito bem com lombo agridoce. A cor é linda, o primeiro impacto olfativo algo doce com frutas como morango e framboesa bastante sutis, dá lugar a algo mais cítrico que se confirma na boca onde a boa acidez lhe aporta um frescor que tem tudo a ver com este quente verão, digo primavera, e uma ótima pedida  para acompanhar uns petiscos como patê de queijo de cabra com ervas ou canapés de frutos do mar. Um vinho fácil de agradar e descompromissado que cumpre muito bem seu papel e que eu serviria, como o fiz, a cerca de 6 a 8% no máximo. Custa em torno de R$43, mas se não fosse essa maledetta substituição tributária e o ICMS nas alturas em São Paulo, poderia estar por volta de R$36 e, nessa faixa, certamente seria um visitante mais assíduo na minha adega .  I.S.P    

Salute, kanimambo e amanhã tem mais resultados do Grande Desafio de Vinhos. Quem será o ganhador da noite? Um espumante Brasileiro, Champagne, Cava ou será que algum outro rótulo cometeu essa proeza?

Desafio de Espumantes Rosés – O Vencedor é?

 Dando sequência aos Desafios de Espumantes deste mês, recebemos na simpática loja Portal dos Vinhos, dos amigos Emilio e Fátima, a visita dos Desafiantes e da banca degustadora para resolver a questão que tinha ficado em aberto, afinal, Rosés são todos iguais? Obviamente que não, assim com os brancos e tintos não o são. Aliás, nem na cor se consegue um padrão, apesar de haver algumas semelhanças, porém a diversidade impera como pode ser visto pelas fotos. Foi uma prova muito legal que nos deixou bastantante empolgados quanto ao resultado provando que, se é verdade que se come com os olhos, definitivamente se bebe também!

         Mais uma vez 12 contestantes, com um deles, lamentavelmente porque o conheço e sei que possui qualidades razão de meu convite, prejudicado. Vejamos  como nossa banca de degustadores avaliou os rótulos em prova com os rótulos aparecendo na ordem de serviço:

Faìve de Nino Franco – Inovini – Cor muito bonita, aliás uma das coisas que encantam neste estilo de espumante, puxando para o ocre/ferrugem claros. No olfato uma forte presença de queijo roquefort, fruta (romã) e um leve perfumado que, acreditem, resulta bem apesar de intrigante. Bem balanceado na boca, perlage fina e adequada, boa acidez, saboroso com um final longo e fresco. Obteve a média de 85,38 pontos.

Marrugat Brut Rosado – Winery – sedutor na cor rosa avermelhado. Nariz tímido, produz uma espuma adequada formando um colar de pouca persistência. Perlage de tamanho médio e muito boa persistência, boa textura, frutado (cerejas) com um final longo e leve amargor. Já o tinha provado anteriormente e tinha se apresentado melhor, porém não desapontou. Obteve a média de 84 pontos.

Amante – um dos espumantes rosés da Valduga, de nome bem sugestivo. Cor cereja, aromas de cantina, vinhoso numa paleta olfativa menos sutil. Perlage abundante e fina no inicio, porém de curta duração. Na boca, alguma fruta vermelha fresca presente, mineral com nuances cítricas e um final agradável de média persistência. Obteve a média de 79,50 pontos.

Dal Pizzol Rosé Brut – um vinho que sempre me agradou e, para nossa tristeza, estava prejudicado, sem perlage, aromas estranhos, sem nota.

Spumante Incontri Rosé – Vinea – Baby Pink na cor, brilhante, espuma abundante formando uma bonita coroa, que permaneceu por longo tempo, e algo floral ao nariz com nuances de ervas frescas. Perlage fina e elegante, intensa e persistente. Entrada de boca vibrante, fresca, frutada (cerejas/morangos). Cremoso, ótima acidez, harmônico um espumante rose entusiasmante com um leve açúcar residual que não atrapalha. Final de boca saboroso que pede a próxima taça e seduz. Obteve a média de 89,81 pontos.

Paralelo 8 – Expand – Cor alaranjada, clara e brilhante. Perlage fina, intensa, de média persistência. No olfato algo de frutas vermelhas com um fundo de queijo parmesão que não harmonizou no nariz. Na boca apresentou-se melhor mostrando bom frescor, paladar saboroso algo doce com um final elegante e não muito longo. Vinho honesto, bem feito que, se não encanta também não desencanta. Obteve a nota média de 82,19 pontos.

Cave Geisse Rosé – elaborado pelo método clássico, talvez o mais complexo de todos tanto na boca quanto no nariz, mas não chega a empolgar. Cor pêssego num visual atraente e uma paleta olfativa interessante, complexa e delicada com toques de levedura coberta por aromas de damasco e nuances cítricas. Na boca mostra-se bem harmonizado com as sensações despertadas pelo olfato. Um vinho muito bem feito porém num estilo mais sério. Nota média obtida de 86,50 pontos.

Duc de Raybaud – KB-Vinrose/BR Bebidas – o representante da Provence (Sul da França) de cor alaranjada, aromas cítricos lembrando doce de casca de laranja, perlage anundante, algo irregular, mas de boa persistência. Na boca um frutado de boa tipicidade, fresco, com um final que nos deixa nos sabores e retro-olfato, uma lembrança de padaria com nuances sutis e delicadas de fermento, brioche. Leve amargor que não chega a incomodar. Nota média obtida, 83,81 pontos.

Stellato – Vinícola Santo Emilio (SC)/Eivin – único espumante produzido por eles, já no exame visual da taça mostrou ao que veio com uma cor muito bonita e atraente, perlage abundante, intensa e persistente formando uma coroa de espuma muito boa. Na boca mostra os tradicionais sabores de fruta como cereja e morango de forma muito sutil, fino, elegante, ótima acidez, toques de fermento, um vinho todo ele muito delicado, fresco e apetecível. Eu já conhecia e foi ótimo tê-los nesta prova, pois foi uma grande surpresa para a maioria da banca. Nota média obtida, 85,63 pontos.

Vallontano Rosé – mais um que tive o prazer de provar, e aprovar, num encontro da Mistral o qual fiz questão que aqui estivesse para surpresa dos amigos da banca, até por ser um rótulo lançado há pouco tempo. Cor Pink clara e brilhante que encanta o olhar e nos chama á taça onde a perlage fina, abundante e persistente nos traz aromas tutti-frutti delicados e suaves. Muito fresco, saboroso, enche a boca de prazer sendo um vinho fácil de agradar. Obteve a média de 85,75 pontos .

3b de Filipa Pato – Casa Flora/Portal dos Vinhos – sou um fã deste espumante de bonita e atrativa cor salmão, ótima, abundante e persistente perlage com um colar de espuma que não acaba. Essa musse se repete na boca como um verdadeiro creme, muito fino e elegante, cítrico no ponto, pomelo – limão, equilibrado com uma acidez muito boa de dar água na boca. Obteve a nota média de 86,31 pontos.

Codorniu Pinot Noir – Interfood – um clássico cava rosado de cor rosa brilhante, espuma intensa, perlage fina e delicada de boa persistência. Aromas sutis e agradáveis convidando a taça à boca onde se nota uma textura diferente, mais denso enchendo a boca de fruta, muito elegância, harmonia e um final tremendamente saboroso. Um espumante sem arestas e muito equilibrado. Obteve a nota média de 89,06 pontos.

 

          Após uma noite longa a apuração de resultados mostrou que quesito de Melhor Vinho teve o Spumante Incontri Rosé como o grande ganhador da noite. Para completar o podium; em segundo o Codorniu seguido de Cave Geisse, 3b e Vallontano. A escolha por maioria de votos da banca para o espumante considerado como Melhor Compra, desta feita teve um empate o Vallontano e o Stellato.

           Agora vejamos o podium de cada um dos membros da banca de degustadores, lembrando que as notas são o resultado da média aritmética do grupo. Ao dar esta lista abaixo, faço jus à avaliação pessoal de cada um dos amigos presentes:

  • Daniel Perches – Codorniu / Incontri / Cave Geisse / Vallontano / Stellato
  • Marcel Proença – Incontri / Codorniu / Stellato / Faìve / Marrugat
  • Denise Cavalcante – Codorniu / Incontri / Vallontano / Stellato / Paralelo 8
  • Emilio Santoro – Incontri / Faíve / Codorniu / 3b / Cave Geisse
  • Evandro Silva – Incontri / Faíve / Paralelo 8 / Cave Geisse / Codorniu
  • Augusto – Cave Geisse / Codorniu / Incontri / Duc de Raybaud / Stellato
  • Luiz Fernando Leite de Barros – Incontri / Codorniu / Stellato / 3b / Faíve
  • Fátima Santoro – Incontri / Paralelo 8 / Vallontano / 3b / Codorniu
  • Ricardo Tomasi – Incontri / Faìve / Stellato / Codorniu / Vallontano
  • João Filipe Clemente – Incontri / 3b / Codorniu / Stellato / Vallontano

       Não posso deixar de agradecer novamente a extrema amabilidade do Emilio e Fátima (Portal dos Vinhos) por terem cedido o espaço e ter ciceroneado este encontro assim como à Arc International, fornecedora destas bonitas taças Gran Cepage da Arcoroc, e a nossos parceiros que nos têm apoiado com os vinhos que trazemos a estes Desafios.

Salute e kanimambo