Deuses do Olimpo

Os Deuses do Olimpo – Meus TOP 12 Vinhos de 2014

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Sempre grandes vinhos que habitaram minha taça mesmo que por alguns poucos momentos de puro deleite, uns mais que outros, porém todos marcaram posição, disseram ao que vieram e deixaram marcas profundas em minha memória. São vinhos que apelidei de classe “I” de Incuspível! Daqueles que quando chegam na taça nos vimos “forçados” a saborear até a última gota nos deixando inebriados de prazer. Eis minha lista dos deuses que fizeram jus a seu lugar no Olimpo, sempre vinhos que estão á venda no Brasil.

Brancos:

Vina Tondonia Reserva 1991 – Rioja/Espanha – para virar a cabeça de quem acha que um vinho branco não pode envelhecer bem. Mais para um Jerez que um vinho branco normal, é marcantemente diferente e quando acompanhado de um presunto cru ibérico, é de lamber os beiços e pedir bis. Incrível como é profundo e como está tão vivo com a Bacoacidez ainda bem presente como quem quer nos dizer que ainda há mais alguns anos de vida nessa garrafa. Não há quem fique imune ás reflexões sensoriais que ele aporta, um vinho que mexe com conceitos, preconceitos e muito mais!

Chateau de Citeaux Domaine Bouzerau Puligny Montrachet 1er Cru Les Champs Gain 2010 – Borgonha/França – Um Chardonnay estonteante que não sabemos se fungamos ou bebemos! Uma paleta olfativa intensa que nos implora por levar a taça à boca onde ele termina de nos subjugar e nos deixa de joelhos agradecendo a Bacco por tamanha dádiva. Um exemplo de como se usar barrica com sabedoria, sur lie por um ano, aportam sofisticação e complexidade levantando a fruta e com um final bem mineral como manda o figurino. Um clássico da região que encanta até quem não é chegado em brancos.

Tintos:

Monte olimpus

Gran Enemigo Single Vineyard Agrelo 2010 – Mendoza/Argentina – tendo como base a nova coqueluche argentina, a Cabernet Franc, com um toque de Malbec, é um tremendo de um vinho que exala elegância e finesse por todos os poros sem perder a identidade. Um vinho rico e complexo, de taninos sedosos e acidez pontual que resulta num final de boca apetitoso que pede a próxima taça, e a próxima, a próxima……..rs.

Poggio di Sotto Brunello di Montalcino 2007 – Montalcino/Itália – Este ano tive o privilégio e enorme prazer de tomar deste elixir por duas vezes. Na minha modesta opinião, pois não sou especialista em Brunello, um dos melhores que já tive a portunidade de provar sendo realmente inesquecível. Prima pelo equilíbrio, pelos aromas, pela complexidade, classudo e fino, um vinho galanteador, se é que isso existe, que nos arrebata do chão ao primeiro gole e nos leva ao nirvana!

Casa Lapostolle Barobo – Chile – uma tremenda surpresa e mais um preconceito quebrado pois os vinos do produtor nunca me encantaram. Um grande vinho que consegue unir potência com uma finesse ímpar. Na degustação não peguei a safra, mas ……..não muda nada do que estava na taça. Um dos melhores chilenos que já provei nos últimos anos rivalizando com um Chadwick 2005 que tomei há uns 5 ou 6 anos. Uvas de diversos vales em que o produtor tem vinhedos.

Nosotros Malbec 2009 – Mendoza/Argentina – existem diversos ótimos Malbecs na Argentina, mas este tem algo de especial. Rico e profundo, complexo e elegante, ótima textura que seduz, um vinho que cativa à primeira fungada. Sem excessos, profundamente balanceado, um Malbec diferenciado e por isso mesmo inesquecível. Sou apaixonado por este vinho e tomado lá na condição em que foi, deixou marcas, sempre deixa!

Quinta da Leda 2007 – Douro/Portugal – Um clássico da casa Ferreirinha, terceiro na linha sucessória (rs) abaixo do Barca velha e Casa Ferreirinha Reserva Especial, um vinho que respira Douro por todos os poros e está no momento certo para ser devidamente venerado e tomado. Um vinho que nos vai aparecendo em camadas; frutos escuros maduros, tabaco, especiarias, algum balsâmico, gordo meio de boca, formando um incrível e harmonioso conjunto que nos deixa triste ao final, vai faltar vinho nessa garrafa! Porquê não comprei mais algumas?!!! Grande e prazeroso vinho.

Benegas-Lynch Meritage 2007 – Mendoza/Argentina – o que falar de um blend de somente 3.000 garrafas ano, 18 meses de barrica e cinco de estágio em garrafa antes de sair ao mercado. Certamente um vinho para guardar por mais uns dez ou quinze anos, mas quem resiste?!! Café, notas terrosas, taninos integrados e aveludados, toque mineral no final de boca bem longo e prazeroso nos fazendo recordar um bom Bordeaux. Umas das muitas gratas surpresas de minhas andanças pela Argentina e um must a conferir.

Lagarde Henry I Gran Guarda 2009 – Mendoza/Argentina – a cada ano o blend muda e não sei das outras safras, porém nesta o corte de Malbec, Cab. Sauvignon, Cab Franc e Petit Verdot foi perfeito. Ótimo volume de boca, porém sem ser pesado, encorpado, complexo, grande equilíbrio, frutos negros, taninos finos e notas de especiarias num final interminável onde aparece algo de tostado e mocha, vinhaço! No meu wish list, provar mais umas três diferentes safras e ver como este se compara.

Mas La Plana 2007 – Penédes/Espanha – 100% Cabernet Sauvignon, este vinho supera todas as expectativas mostrando que esta uva pode gerar grandes vinhos em todos os tipos de terroirs do mundo. Deixou doze enoladies sem fôlego e pedindo bis! Deliciosa textura, intenso, notas tostadas, rico meio de boca com enorme persistência e taninos aveludados que encantam. Um vinho que precisa de tempo sempre, melhor quando tomado com mais de seis anos de vida.

Mastroberardino Radici Taurasi 2007 – Campania/Itália – a Aglianico é uma uva que gera vinhos potentes e duros que precisam de muitos e muitos anos de garrafa até que alcancem seu melhor equilíbrio. Surpreendentemente este vinho estava absolutamente divino e pronto, um deleite hedonístico! A resposta a minha indagação sobre a finesse do vinho ainda “tão” jovem foi; fazemos vinhos nas vinhas, enquanto outros o fazem na cantina!

Quinta da Lagoalva Grande Escolha Alfrocheiro 2009 – Tejo/Portugal – esta uva é tradicionalmente usada em cortes nos vinhos do Dão, Beiras e Bairrada, mas é no Tejo que ela desponta como um varietal sedutor e complexo pelas mãos do Diogo (jovem enólogo e sócio da Quinta da Lagoalva) que o trabalhou com maestria. Não é um vinho muito conhecido e tão pouco muito divulgado, porém é para mim o melhor vinho desta casa produtora.

Na semana que vem meus destaques por estilo (brancos e tintos) por faixa de preço. Para os acima listados (de forma aleatória) não publiquei preços porque como costumo dizer, nem todo o vinho caro é grande, mas todo grande vinho é caro! Desta forma falamos de vinhos a partir de R$250,00 até R$1100,00. Tivesse mais um lugar nesse templo de grandes vinhos, certamente o Catena Zapata Adrianna Malbec 2010, um grande vinho num estilo diferente do Nosotros, também estaria presente, mas temos que fazer opções!

Que Baco permita que em 2015 alguns desses néctares possam estar em suas taças. Cheers, Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.

Meus Deuses do Olimpo 2013!

No blog, tento me ater a vinhos que sejam de fácil acessibilidade à maioria, especialmente no quesito preços que acho ser, ainda, o principal entrave no crescimento de consumo de vinhos finos no Brasil. São esses vinhos que provados ao longo dos tempos tento compartilhar com os amigos leitores pois, como a maioria, sou antes de qualquer coisa um consumidor e meu bolso tem limites.

  Há no entanto, momentos especiais em que elixires para lá de especiais vêm habitar minha taça e muitos desses nem comento porque acho que não acrescenta nada ao que muitos já disseram e melhor. São, no entanto, vinhos marcantes que anualmente listo aqui como meus Deuses do Olimpo, vinhos excepcionais que caso alguém tenha a possibilidade de comprar, especialmente se no exterior devido aos altos preços locais, pode mergulhar de cabeça pois são experiências sensoriais únicas que devemos nos dar de presente sempre que possível. 

A foto mostra apenas dez destes, os tomados, já que dois foram apenas provados em eventos, meus Deuses do Olimpo! Para quem viaja, esta é uma lista que vale a pena levar consigo lembrando que são vinhos de excepcional qualidade que precisam de tempo para atingir seu ápice e mostrar todo seu esplendor então, as safras mais antigas são sempre mais interessantes do que as novas a não ser que você queira e tenha onde guardá-los de forma adequada.

FV - Deuses do Olimpo 2013

Rótulo

País/Região

Comentário

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003

Portugal/Douro

Dizem que é melhor do que o venerado Barca Velha, não sei já que nunca fiz esse comparativo, porém esse Reserva Especial 2003, é de uma elegância e riqueza estonteantes que vou querer tomar mais vezes! Maravilha e uma grande noite da confraria Saca Rolha!!

Chateau de Beaucastel Chateauneuf de Pape 2001

França/Rhône

Tinha esquecido de como são bons os Chateauneufs, especialmente este produtor, que segue a tradição elaborando este rótulo com um complexo corte com as treze uvas autorizadas, algo cada vez mais raro. Estava com saudade e este tomado, mais uma vez, na confraria Saca Rolha me fez despertar novamente para esta região. Marcante e inesquecível!

Torres Mas la Plana 1999

Espanha/Penédes

Na confraria Saca Rolha (bebemos bem este ano!), tomamos numa vertical deste ícone espanhol mostrando que a Cabernet Sauvignon também tem vez por aquelas bandas.  No auge de sua forma onde ainda deve permanecer por mais alguns anos, grande equilíbrio e estrutura. Estupendo!

Pio Cesare Barolo 2007

Itália/Piemonte

Sempre um porto seguro quando se fala de Barolos. Já provei bem mais caros, não que este não seja, porém estou por provar um melhor nesta faixa de preços. Grande Barolo, e este foi tomado na companhia das amigas confreiras das Enoladies!

Viña Tondonia Reserva Branco 1993

Espanha/Rioja

Melhor que ele, só o 91, mas esse está difícil de encontrar. Quem nunca tomou um Tondonia branco com 20 ou mais anos não sabe o que está perdendo, uma experiência única e diferenciada mostrando que alguns brancos também podem envelhecer com galhardia. Divino sempre e, para não variar, com a confraria Saca Rolha!

Michele Castellani  Amarone Clássico Ca’del Pipa Cinque Stelle 2008

Itália/Veneto

Dentro os grandes Amarones, um dos mais em conta e parceiro constante de um bom “grana padano” em lascas e gente amiga. Este é um dos vinhos preferidos das Enoladies e mais uma vez satisfação total com este vinho denso, aromático e marcante em boca.

Domaine Bouzereau Chateau de Cîteaux Puligny-Montrachet 1er Cru Champs Gains  2008

França/Borgonha

Daqueles vinhos que você não sabe e funga ou bebe! Até quem tem preconceito com brancos quando toma este vinho se converte. A quintessência do Chardonnay, um vinho sedutor e empolgante que você não quer ver terminar nunca! Teve Enolady que se converteu nesse dia!

Marquis d’Angeville Volnay 1er Cru 2008

França/Borgonha

Um belo Volnay e um vinho excepcional. O Estilo de Borgonha que me encanta; sedutor, complexo, equilibrado, algo mineral, vinho que nos entrega uma enorme dose de prazer e nos faz querer conhecer mais. Com borgonhas no patamar de 1er Cru, o papo é outro! Mais um tomado na Confraria Saca Rolha.

Marias da Malhadinha

Portugal/Alentejo

Estonteante e uma pena que este eu só provei! Expovinis 2013, para mim o Best in Show inaugurando uma classificação nova; a dos vinhos “incuspíveis”! De uma elegância e complexidade incríveis, um vinho puramente hedonístico, um elixir dos deuses, para ser tomado com calma.

Olivier Guyot Gevrey-Chambertin 1er Cru 2005

França/Borgonha

Poesia engarrafada aberta no seu apogeu e aquele que mais transmitiu seu terroir, não fosse ele um vinho biodinâmico. Um veludo na boca, campo, flores, toques animais, acidez perfeita, vinhas velhas datadas de 1901 garantem uma complexidade ímpar. Um vinho magnifico que recebeu elogios unanimes da confraria Saca Rolha!

Quinta do Portal Moscatel Douro 2000

Portugal/Douro

Para encerrar qualquer jantar com classe e estilo. Ele por si, já é a sobremesa, mas se servir com um pedaço de Toucinho do Céu então é o nirvana! Imperdível e prova do que Moscatel em Portugal não é só em Setúbal, um verdadeiro néctar!

Luigi Bosca Ícono 2008

Argentina/Mendoza

Mais um que só provei, mas que deixou marcas no Decanter Wine Show deste ano passado. Vinhas velhas cultivadas em pé-franco, corte praticamente igual de Malbec e Cabernet Sauvignon, um vinho longa guarda que deverá ainda evoluir muito nos próximos seis a sete anos, mas que me deixou boquiaberto desde agora.

 Correndo por fora e merecendo uma menção honrosa > Noemía 2008 – 100% uvas Malbec de vinhedo datado de 1933, certamente um dos grandes vinhos argentinos! Tem gente pagando fortunas por algumas bombas alcoólicas sem qualquer equilíbrio e aqui nos deparamos com concentração, equilíbrio e elegância que marcam sem derrubar! Um vinho de personalidade própria, já pronto mas com muito para dar ainda e certamente veremos grande evolução nele, quem aguentar guardá-lo, durante os próximos 10 anos. Paleta olfativa viva e intensa implora para levar a taça á boca onde ele se mostra  fino e elegante, frutos frescos, boa acidez, meio de boca muito rico e complexo com uma certa mineralidade no final de boca que persiste uma eternidade. Não sei se os amantes da potência saberão apreciar as sutilezas deste vinho em que a madeira, apesar dos 20 meses de barricas novas francesas, está perfeitamente integrada, porém a mim me encheu de prazer!

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Deuses do Olimpo 2012

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    No blog, tento me ater a vinhos que sejam de fácil acessibilidade à maioria, especialmente no quesito preços que acho ser, ainda, o principal entrave no crescimento de consumo de vinhos finos no Brasil. São esses vinhos que provados ao longo dos tempos tento compartilhar com os amigos leitores pois, como a maioria, sou antes de qualquer coisa um consumidor e meu bolso tem limites. Há no entanto, momentos especiais em que elixires para lá de especiais vêm habitar minha taça e muitos desses nem comento porque acho que não acrescenta nada ao que muitos já disseram e melhor. São, no entanto, vinhos marcantes que anualmente listo aqui como meus Deuses do Olimpo, vinhos excepcionais que caso alguém tenha a possibilidade de comprar, especialmente se no exterior devido aos altos preços locais, pode mergulhar de cabeça pois são experiências sensoriais únicas que devemos nos dar de presente sempre que possível.

 colheita-da-uva       Este ano que passou foi deveras marcante em função de duas degustações muito especiais a do Porto Andresen e a de Bordeauxs 2009, experiências inesquecíveis. No ano passado a presença de rótulos de vinhos de sobremesa foi bastante grande, porém neste ano somente três rótulos, sendo que um deles não só foi o melhor vinho do ano, o que nunca nomeei antes, mas também o melhor vinho que tive o privilégio de tomar em minha vida de enófilo e colunista das coisas de nossa vinosfera. Vamos á lista de preciosidades dignas de ocupar um desses doze únicos lugares no meu  Panteão dos Deuses do Olimpo lembrando que 2009 foi um GRANDE ano em Bordeaux sendo dificil encontar vinho ruim desta safra, mesmo os de gama de entrada, então aproveite e mergulhe de cabeça nesses saborosos vinhos.

Rótulo

Safra

Origem

Comentário

Andresen Porto Tawny Colheita 1910 Portugal Se existe a perfeição num copo, este é! Extasiante, inesquecível, o único vinho que tomei em minha vida que teve a capacidade de me trazer lágrimas aos olhos. Nesse mesmo evento provamos mais doze preciosidades entre eles um 1900 e outro 1930 também preciosos. Pura emoção!!
Chateau Figeac (Saint Emilion 2009 França Não sei se dentro todos os cerca de 23 vinhos provados nessa mostra de excelência, algum conseguiu superar sua “eloquência” no palato. Um grande vinho digno dos Deuses e que seduziu por completo em função de sua enorme compexidade olfativa que repete na boca de forma absolutamente cativante. Uma maravilha de vinho!
Malescot Saint Exupery (Margaux) 2009 França Um grande exemplar desta região que é conhecida por sua elegância, mais um Bordeaux de encher os sentidos de prazer e de uma finesse ímpar. Um vinho que consegue equilibrar robustez e elegância num vulcão de sensações que encanta o nariz e boca.
Chateau Lynch-Bages 2009 França Os vinhos da região de Pauillac são tradicionalmente mais encorpados e viris e este exemplar não nega a região. Robusto, consegue unir bem esta caratceristica do terroir com uma tremenda finesse de grande riqueza de meio de boca e um final longo e encantador. Baita vinho!
Chateau Angelus(Saint-Emilion) 2009 França Grande estrutura, complexo, vinho de longa guarda que desde já mexe com nossos sentidos. Para comprar agora, quem puder, e esperar, a sleeping beauty!
Chateau Coutet Sautern et Barsac 2009 França Ainda não provei um Sautern que faça frente a este maravilhoso néctar de baco. Nariz, boca, o vinho toma conta da gente como um verdadeiro tsunami. Um excepcional exemplar de Sautern!
Chateau Gazin 2009 França O Chateau Clinet, vinho de 100 pontos Parker e da mesma Pomerol, não me encantou tanto quanto este Gazin que achei mais delicado, rico e fino, para não dizer, inebriante.
Chateau Angludet 2009 França Mais um Margaux fascinante. Ótima concentração olfativa, delicioso na boca, taninos firmes, muito boa estrutura, elegante, um vinho que me surpreendeu muito positivamente
Chateau Pape Clement 2009 França Pessac-Leognam é, junto com Margaux, uma de minhas preferidas regiões de Bordeaux. Seu branco ´ muito bom, mas seu tinto é mais m grande vinho e um marco a ser batido na região. Encorpado, rico e equilibrado, mostra que estamos diante de um vinho de longa guarda que deverá estar divino daqui a uns 12 ou 15 anos!
Domaine Puig-Parahy  Cuvée Salamo-Noéll 1930 França Tomado pela genorisadade do amigo Beto Duarte, exímio blogueiro, que trouxe esse vinho de lá da região de Rivesalte nas Cotes de Roussillon aos pés dos Perineus. Um vinho tinto doce natural, magnifico e marcante com ainda muito boa acidez dando equilíbrio ao doce da fruta compotada com notas de chocolate escuro e casa de laranja, uma obra prima de artesãos que só se compra por lá.
Veja Sicilia Valbuena 5º Reserva 2005 Espanha Tive a oportunidade de provar a lenda Único 99, mas este Valbuena me seduziu mais que ele. Possui uma paleta olfativa incrível, complexo na boca e fino mostrando um outro lado do produtor num rótulo já mais apetecível e pronto a tomar. Um dos grandes vinhos espanhóis com certeza, mas que vive um pouco na sombra de seu irmão mais famoso. Mais prazer por menos Euros!
Dominio del Plata Nosotros 2008 Argentina Talvez o vinho mais marcante de minha recente viagem á Argentina. Um grande Malbec de muita elegância e fino que acompanhou o almoço na vinícola e do qual tive enorme dificuldade em me separar! rs Um dos melhores Malbecs que já tomei e junto com mais uns dois ou três a aparecer aqui nos últimos 4 anos, formam a elite dos grandes vinhos argentinos. Para mostrar que quebrar paradigmas e rever preconceitos é necessário!

 Semana que vem tem mais dentro desta leva de posts sobre os Melhores de 2012. Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

Deuses do Olimpo 2011

  Antes de começar a listar meus melhores de 2011 e destaques por país neste ano que passou, gostaria de compartilhar com os amigos os néctares que invadiram minha vinosfera particular e se aninharam, ainda bem, na minha taça. São vinhos de grande qualidade que me deixaram, assim como quem compartilhou essas garrafas comigo, um pouco mais felizes pois, como já dizia o mestre Saul Galvão, “vinho só existe para dar prazer” e estes cumpriram sua missão com enorme galhardia. Foi um ano de muitos vinhos mais antigos e uma seleção de vinhos de sobremesa que beiraram a perfeição em seus mais diversos estilos.

Da esquerda para a direita:

Cune Inperial Gran Reserva 1999 – ainda muito vivo e vibrante. Absolutamente sedutor assim como a companhia no dia, a Confraria das Enoladies.

Chateau Palmer 1984 – gentilmente partilhado pelo amigo César e que, na união com o prato e pessoas presentes, mostrou o real significado da harmonização perfeita. Maravilha que já comentei aqui em post recente.

Angelica Zapata Estiba Reservada 2005 – 100% Cabernet Sauvignon e um dos melhores vinhos argentinos que já tive o prazer de tomar mostrando que nesta sub-região de Mendoza o Cabernet reina. Tomado com as amigas Enoladies, foi um vinho marcante que virou a cabeça até de quem não é lá tão chegada na taça!

Poggio di Sotto Brunello di Montalcino 2006 – o vinho que mudou meu conceito e impressão sobre os famosos vinhos desta região da Toscana. Provei, este lamentavelmente não tomei, num encontro do Consorzio de Brunello e sacudiu minha estrutura sensorial como poucos fizeram neste ano que passou. Divino!

Vina Tondonia Branco 91 – sempre uma experiência única tomar estes vinhos de Rioja que são extremamente marcantes com sabores diferenciados, uma complexidade ímpar, difícil encontrar brancos velhos desta envergadura. Para os apreciadores deste estilo, imperdível e este foi tomado na companhia dos amigos da confraria Valor du Vin.

Vega Sicilia Único 1999 – meu post sobre esta lenda em minha taça é bem recente então não falo mais nada. Uma outra experiência maravilhosa  fruto do desapego e generosidade enófila do amigo Fernando. Bão demais!

Bollinger Special Cuvée – não é á toa que é conhecido como um dos melhores, se não o melhor, champagne não safrado. Um exemplo de elegância e perfeita harmonia gerando enorme prazer numa explosão de estrelas na boca! Mais um vez uma dádiva na taça compartilhada com as Enoladies que este ano tomaram belos vinhos na confraria.

Dalva Porto branco velho 1963 – este provei na Expovinis e caí de joelhos, aliás nestes vinhos de sobremesa o fiz por diversas vezes, agradecendo a Baco por este verdadeiro elixir do deuses. Uma raridade do qual tive o privilégio de trazer um quarto da garrafa de volta para loja onde 10 participantes do curso de vinhos tiveram oportunidade de bicar e se embasbacar com os aromas e sabores na taça. Inesquecível e quem for comigo na viagem a Portugal terá o prazer de também o provar.

Caratello 2001 – um Vin Santo de lamber os beiços. Este tomei, com a benção e companhia do amigo Beto Duarte, por duas vezes e me lambuzei todinho!!!

Tokaji 6 Puttonyos 2004 da Pendits – o supra sumo dos vinhos de sobremesa, um vinho soberbo que gera emoções diferenciadas e únicas tendo sido compartilhado conosco pelo amigo César.

Moscatel de Setubal, Roxo Superior 1971 – Este comprei em Portugal para o amigo Alexandre comemorar seus 40 anos em 2010. Ele celebrou com outros rótulos e guardou este até que o vinho completasse seus 40 aninhos e, em mais um exercício de generosidade enófila , o compartilhou comigo e com o Cristiano num almoço de inicio de ano memorável! Ao ser aberto encheu a sala de aromas absolutamente sedutores que se comprovaram na boca de uma forma impossível de descrever. Este só tomando para saber! Talvez meu principal vinho do ano junto com o Brunello, o Dalva, o…….deixa pra lá!

S. Leonardo Porto Tawny 20 anos – Tinha esquecido como este vinho é excepcional e a meu ver, o melhor Tawny 20 anos que já tive oportunidade de provar. Absolutamente divino e só lamentei o fato de que quando o comprei não ter tido a disponibilidade financeira de comprar uma meia dúzia. Por aqui no Brasil não sei se alguém o está trazendo, mas os amigos de Portugal podem se esbaldar com este imperdível néctar, m grande Porto e uma vinho absolutamente maravilhoso que tomado na boa companhia do Ale e Cris, acompanhados de suas bonitas e simpáticas esposas, ganhou em muito na harmonização.

          Bem, esses saõ os doze que sentam no altar de Baco, mas sempre cabe um décimo terceiro que neste ano foi muito especial pois é mais um daqueles vinhos raros que poucos conhecem.

Quo Vadis Fondillon Solera 72, um vinho raro e excepcional tomado numa degustação especial com diversos outros surpreendentes rótulos deste produtor (Francisco Gomez) de Alicante na Espanha. Juntos nessa degustação promovida na Vino & Sapore pela Vinhos do Mundo e com a presença dos amigos Didu e Walter Tommasi que, tanto quanto eu, ficaram de queixo caído! Ainda não postei nada sobre ele porque queria estudar um pouco mais sobre este estilo de vinho antes de me aventurar a falar dele, mas me faltou tempo. Com mais de dez anos de amadurecimento em barrica, no nariz parece um Jerez, pelo estilo produtivo em processo oxidativo de solera, mas na boca mostra seu caráter doce, ótima acidez mostrando um tremendo equilíbrio, uma experiência e tanto que nos marcou a todos. Maravilha!

       Semana que vem apresentarei alguns dos destaques de 2011 a começar por Brancos e Rosés marcantes independentemente de preços. Depois, os Achados de 2011 por faixas de preço ou seja, Janeiro vai ser o mês das listas que, espero, irão lhe ajudar na escolha de seus vinhos neste ano de 2012. Salute e kanimambo!

Melhores Vinhos de 2010 – Meus Deuses do Olimpo

           Começo pelo fim, de cara listando os melhores vinhos que tive o privilégio de ter degustado neste ano de 2010 que recém acabou! Com algumas poucas exceções, são vinhos compráveis e menos midiáticos, mais terrenos se é que os podemos chamar assim. Fácil colocar aqui um Sassicaia, um Opus One, um Grande Chateau de Bordeaux, Barca Velha ou coisas do gênero, a maioria bem acima dos mil reais e grandes vinhos, mas não seria realista e fora do perfil deste blog que, mesmo quando extrapola, o faz com uma certa dose de realidade. Aliás, todo mundo já falou que são excepcionais, então…….

        Listar estes vinhos trazem-me à mente deliciosas memórias. Neste ano, misturei tudo; brancos, espumantes, tintos, fortificados, doces, tudo num verdadeiro emaranhado de emoções e sabores. Nesta lista, aquele que talvez tenha sido o melhor vinho que já provei na minha curta vida de enófilo e colunista de vinhos, o incrível Tokaj Esszencia 2000 da Pendits, um néctar que deveria fazer parte do Wish List de qualquer apaixonado por estes divinos caldos, um verdadeiro elixir dos deuses!

          Outros quase entraram aqui, mas a lista é curta, então só relacionei aqueles que realmente me deixaram marcas na memória. Aliás, por falar em Deuses do Olimpo e grandes vinhos, alguém um dia disse que vinhos de até 100 a 150 dólares mostram realmente grandes diferenças gustativas e de qualidade, mas que acima disso o preço é determinado pelo marketing e pela comprovada lei da oferta! Se pensarmos que um vinho de 100 dólares equivale aqui a cerca de 700 reais, (com impostos, taxas e margens) então acho que vinhos até esse valor, ou por volta dele, têm seu espaço aqui e são um patamar bastante realista, mesmo que um pouco além do que a maioria de nós pode gastar.

        Enfim, chega de blá, vamos aos meus Deuses do Olimpo de 2010. Caso se depare com um deles e esteja com o bolso recheado, então aproveite até á ultima gota! Correndo o risco de ser politicamente incorreto, já sendo, estes são vinhos para aguçar nosso lado mais egoístico. Tome-os solo e com calma para curtir todas as suas nuances, no máximo divida-os com mais apenas uma pessoa que aprecie o doce néctar tanto quanto você!! Salute!

Rótulo

Tipo Importador País/Região

Preço Aprox.

Pazo Selección de Anada Albariño 2002 Branco Mistral Espanha/Galicia R$245,00
Bollinger Gran Anné Vintage 1999 Espumante Mistral França/Champagne R$490,00
Livio Felluga Terre Alte 2007 Branco Mistral Itália/Friulli R$245,00
Avó Sabica 2004 Tinto Adega Alentejana Portugal/Alentejo R$530,00
Domingos alves de Sousa Quinta do Lordello 2007 Tinto Decanter Portugal/Douro R$320,00
Viña Sastre Pago de Santa Cruz 2004 Tinto Peninsula Espanha/Ribera del Duero R$375,00
Quinta da Pellada Carrocel 2006 Tinto Mistral Portugal/Dão R$350,00
Isole & Olena Ceparello Tinto Mistral Itália/Toscana R$335,00
Graham´s Port Tawny 20 anos Fortificado Mistral Portugal/Douro R$230,00
Pendits Tokaj Esszencia 2000 Branco doce Decanter Hungria R$600,00
Chateau Montelena Chardonnay 2007 Branco Smart Buy EUA/Califórnia R$300,00
Ben Schild Shiraz Reserve 2005 Tinto Decanter Austrália/Barossa R$180,00

             Junto com esta lista de verdadeiros elixires dos deuses, os meus mais sinceros desejos de que a vida lhe possibilite tomar alguns destes rótulos neste ano de 2011, preferencialmente na comemoração de diversas novas conquistas. No próximo post de meus Melhores Vinhos de 2010, os vinhos até R$50 com muita coisa bastante interessante para se conferir e na sequência o restante; entre R$50 a 80,00, de 80 a 120,00, 120 a 200,00 e acima de 200,00. Kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou na Vino & Sapore.

Deuses do Olimpo 2009

          Era para ser dia 17 de Dezembro, mas não deu então optei por iniciar o ano divulgando a lista daqueles vinhos que não têm preço, são néctares excepcionais que tive o prazer e privilégio de tomar ao longo deste ano. Vinhos marcantes, inesquecíveis e extremante longos, tanto que me persistem na memória junto com aquelas outras divindades listadas em 2008. Todos excepcionais caldos abençoados por Baco que valem uma visita, nem que seja por uma única vez, tendo todos já sido devidamente comentados aqui no blog.

 

         Os Melhores de 2009, escolhidos entre os quase 1000 rótulos provados ao longo do ano, dentro das diversas faixas de preços que você já conhece, esses iniciarei a publicação após o dia 10 de Janeiro. Sei que serão 20 espumantes, já selecionados, mas o resto ainda estou compilando, porém acredito que deverei chegar num total entre 120 a 150 vinhos, incluída a lista abaixo. Os preços são estimados e atualizados (Dez. 09).

Rótulo Produtor País Região Importador Preço
Pago de Santa Cruz 03 Viña Sastre Espanha Ribera Del Duero Peninsula R$425,00
Chacra Cincuenta y Cinco, 07 Bodega Chacra Argentina Patagônia Expand R$297,00
Châteauneuf-du-Pape 04 Domaine Pierre Usseglio & Fils França Rhône Enoteca Fasano R$334,00
Protos Gran Reserva 2001 Bodegas Protos Espanha Ribera Del Duero Peninsula R$420,00
Viña Tondonia Gran Reserva 87 Viña Tondonia Espanha Rioja Vinci R$350,00
Reserva Especial Porto Branco 73 Quinta de Santa Eufêmia Portugal Douro World Wine R$330,00
Chinon Le Pallus 05 Domaine Pallus França Chinon/Loire Vinci R$325,00
Herencia Remondo la Montesa Reserva Selección Especial 01 Palácios Remondo Espanha Rioja Vinci R$170,00
Dehesa la Granja Selección 00 Grupo Pesquera Espanha Toro Mistral R$132,00
Quinta do Vesúvio Porto Vintage 2007 Quinta de Vesúvio (Grupo Symington) Portugal Douro Mistral Ainda Não Chegou. Sem preço.
Miramar Syrah 2005 Casa Marin Chile San Antonio Vinea R$200,00
Castello Del Terriccio 2004 Castello Del Terriccio Itália Maremma/Toscana Mistral R$450,00

         De acordo com a mitologia, existia ainda um décimo-terceiro deus de igual nível, Hades, que não vivia no Olimpo e sim em seu reino, o mundo subterrâneo. Não sei muito bem o que isto pode significar, mas me deu a brecha para incluir mais uma divindade como em 2008:

Viña Tondonia Branco Reserva 89 Viña Tondonia Espanha Rioja Vinci R$175,00

             Com a benção de Dionisos (Baco da mitologia romana, filho de Zeus), estas são minhas 13 Divindades Enófilas de 2009 representando os 12 Deuses do Olimpo mais “aquele outro”. Junto com esta lista de verdadeiros elixires dos deuses, os meus mais sinceros desejos de que a vida lhe possibilite tomar alguns destes rótulos neste ano de 2010, preferencialmente na comemoração de diversas novas conquistas. Muita saúde, muita alegria e um Feliz 2010 porta de entrada para a segunda década do segundo milênio!

Salute e kanimambo.