Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3

Semana curta com feriado e fim de semana longo é sempre uma de poucas noticias locais e, lá fora, muito pouco que realmente me chamasse a atenção a ponto de querer compartilhar com os amigos.

 

Importação e Venda de Vinhos Brasileiros Crescem. Apesar da crise, os dados publicados pela UVIBRA referente ao período de Janeiro a Abril do corrente, mostram um crescimento de 5% sobre o mesmo período do ano passado, chegando a 14.826 mil litros. Houve um acréscimo de cerca de 13% nas vendas de vinhos finos nacionais, e de 3% nas importações. O crescimento de volume importado se deu basicamente em vinhos advindos dos países protegidos pelo Mercosul; Argentina e Chile. Percentualmente, de ressaltar o crescimento da França e Espanha entre os mais tradicionais e um forte aumento participativo de procedências menos tradicionais como África do Sul e Estados Unidos assim como Outros em que se encontram Grécia e Austrália.

         Os números apontam para uma participação no consumo nacional de 77% dos importados versus 23% da produção nacional. Esta situação é inversa nos espumantes quando a produção nacional mostra uma participação em torno de 71% com viés de crescimento.

Comparativo do Primeiro Quadrimestre 2009/2008

(Em milhares de litros, números arredondados. Vinhos tranquilos + frisantes)

  Jan/Abril 08 Part. Jan/Abril 09 Part. Variação 09/08
Chile

3.849

27,3%

4.074

27,5%

6%

Argentina

2.690

19,1%

3.003

20,3%

13%

Itália

2.032

14,4%

1.748

11,8%

-14%

Portugal

1.569

11,1%

1.364

9,2%

-13%

França

373

2,6%

552

3,7%

48%

Uruguai

132

0,9%

109

0,7%

-17%

Espanha

223

1,6%

270

1,8%

21%

Alemanha

80

0,6%

18

0,1%

-77%

África do Sul

76

0,5%

126

0,8%

66%

USA

13

0,1%

24

0,2%

85%

Outros

59

0,4%

138

0,9%

133%

Total

11.096

78,6%

11.456

77,1%

3%

Brasil

3.020

21,4%

3.400

22,9%

13%

Total Geral

14.116

 

14.826

 

5%

 

 Vinhos Brasileiros na Itália. Quem diria, há alguns anos atrás, que viríamos este texto abaixo:

 Logo Fisar

Federazione Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori

COMUNICATO STAMPA – PRESS RELEASE – COMUNICATO STAMPA

 Torino – Martedì 16 giugno 2009 ore 20:00. Centro Congressi  – Hotel Glis – Autoporto Pescarito  –  S. Mauro di Torino

Il Brasile Del Vino Di Qualità Si Presenta In Italia

Incontro degustazione con il Prof. Roberto Rabachino. Dopo la degustazione per giornalisti di Roma si replica a Torino con la prima degustazione e presentazione agli operatori del settore e ai sommelier professionisti in Italia di vini brasiliani. Il Brasile sta producendo degli ottimi vini e si presenterà, senza nessun timore refenziale, prossimamente sul mercato internazionale. Per la prima volta in Italia si assaggeranno ufficialmente  i vini prodotti da questo stupendo paese.

Dopo il successo davanti ai giornalisti del 1 Giugno 2009 a Roma ( fotografie allegate) , la degustazione si sposta nella capitale del vino italiano, il Piemonte a Torino e sarà effettuata nuovamente da un grande conoscitore dei vini brasiliani, il Presidente dell’Associazione Stampa Agroalimentare Italiana,  Presidente della Fisar International  e due volte miglior sommelier al mondo IWF il Prof. Roberto Rabachino.Tutti i 40 posti disponibili sono stati immediatamente esauriti. Sarà presente inviato dall’Azienda Miolo l’enologo Lorenzo Zonin, consulente e rappresentante dell’azienda brasiliana MIOLO in Italia.

Il programma:

ore 20:00 – presentazione con slide della produzione vitivinicola brasiliana ( terroir e produzione )

ore 20:30 – degustazione guidata dei vini

  • Rosè Taipa – Azienda Pericò – Sao Joaquin – SC – Brasil – Vendemmia 2008
  • Chardonnay – Gran Reserva – Casa Valduga – Bento Gonçalves – RS – Brasil – Vendemmia 2008
  • Merlot – Gran Reserva – Azienda Boscato – Nova Padua – RS – Brasil – Vendemmia 2005
  • Cabernet Sauvignon – Gran Reserva – Azienda Miolo – vale dos Vinhedos – RS – Brasil – Vendemmia 2005

I vini sono stati inviati dai produttori e selezionati direttamente in Brasile da Roberto Rabachino e dall’Ing. Jefferson Sancineto Nunes direttore del laboratorio di analisi ENOLAB di Flores da Cunha – RS – Brasil. Dopo la degustazione di Torino seguirà comunicato stampa conclusivo e altre fotografie dll’evento.

Programma e presentazione ufficiale : http://www.fisar.com/index.asp?notizia=2452&codice=49

 

Vinhos Portugueses no Brasil. A cada ano Portugal vai aumentando percentualmente sua participação no competitivo e complicado mercado brasileiro, mesmo que os números iniciais deste ano mostrem uma retração. O Chile nada de braçada com a Argentina no seu encalce, mas sempre bem distante. Portugal é quarto, bem distante da França e diminuindo o espaço para a Itália que está em terceiro só que, nos números constantes das estatísticas oficiais, o vinho Lambrusco frisante aparece junto com os tranqüilos. Acredito que se retirarmos desses números os de Lambrusco, vende muiiiito, e considerarmos efetivamente os números tão somente dos vinhos tranquilos, Portugal já deve ser o terceiro em volume. 

           Creio que os fatores importantes deste processo de crescimentos de baseiam num trabalho bem feito pela ViniPortugal, IVDP e outros órgãos oficiais das diversas outras Comissões Vinícolas regionais (CVR’s) assim como a melhoria de qualidade e a diversificação de preços e produtos que fez com que, inclusive, houvesse uma alta do preço médio FOB. Bons vinhos “entry level”, de gama baixa e média de preços, fez com que os iniciantes enófilos em nossa vinosfera tupiniquim, encontrassem uma opção mais interessante e complexa aos tradicionais vinhos básicos varietais de nossos irmanos e daí saissem para conhecer os néctares da “terrinha”. Posso até estar errado nessa avaliação, até porque houve uma queda em 2008 versus 2007 muito devido a problemas cambiais, mas que Portugal está bem na fita, disso não tenho duvidas!

 

Errazuriz e Chadwick ao cubo. Pois é, Eduardo Chadwick, proprietário e presidente do grupo chileno Errazuriz foi eleito Personalidade do Ano 2008 pelo “Chilean Food Writer Guild” e na Inglaterra a revista “Drink Business”o  presenteou com o prêmio de “ Contribuição Especial à Industria”.  Afora isso, a Viña Errazuriz foi eleita Vinícola do Ano 2008 pela Vinos de Chile e a British International Wine & Spirits Competition (ISWC) fez o mesmo. Se pensarmos que Catena Zapata foi homem do ano pela Decanter, realmente os produtores sul-americanos estão com tudo! Merecidos prêmios, os caras são feras e merecem não só pelos vinhos que produzem como também pela promoção que fazem de seus respectivos países.

Salute e kanimambo

Prova e Contra-prova com Eduardo Chadwick

Poderíamos chamar essas provas de “Batalhas de David com Golias” ou “ Embates do Século” ou, ainda de “Desafio de Gigantes”, na verdade pouco interessa o título e sim os resultados. Foram provas comparativas realizadas com degustações às cegas de vinhos top, tendo a primeira sido realizada em 2004, iniciativa de um visionário empresário e vinicultor Chileno. Em destemida ação mercadológica para posicionar seus vinhos no exigente mercado internacional, Eduardo Chadwick optou por tentar repetir a façanha dos vinhos Californianos no famoso Julgamento de Paris em 1976, quando em uma degustação às cegas os ainda jovens e pouco conhecidos vinhos dessa região, bateram grandes vinhos Franceses. O tiro poderia ter saído pela culatra, mas Eduardo, sexta geração da família a tocar esta importante vinícola Chilena, assumiu esse risco mostrando coragem e, acima de tudo, convicção no seu trabalho, em sua equipe e em seus produtos. Não contente com os resultados da primeira prova, a vem repetindo em diversos outros locais ao longo dos últimos anos, acompanhe as provas e os resultados:

 

Ano: 2004

Local: Berlin, Alemanha.

Participantes: Seis grandes vinhos Franceses, quatro grandes vinhos Italianos e seis Chilenos.

Rótulos e Safras: Da mítica safra de 2000 na França, os clássicos Chateau Latour, Chateau Margaux e Chateau Lafite. Ainda da França, mas safra 2001; Chateau Margaux e Chateau Latour. Os Italianos, todos da safra de 2000; Sassicaia, Tignanello, Solaia e Guado el Tasso Bolgheri famosos Supertoscanos. A isso se agregam os Chilenos; Viñedo Chadwick 2000 y 2001, Seña 2000 e 2001 assim como o Don Maximiano Founder´s Reserve 2001.

Júri: Dezesseis jornalistas especializados e um seleto grupo de vinte clientes enófilos convidados, todos formadores de opinião vindos do Reino Unido, Alemanha, Suíça, Áustria, Dinamarca e Rússia.

Mediador da Prova: O renomado jornalista da revista Decanter, Sr. Steven Spurrier.

 

Ano: 2005

Local: São Paulo, Brasil.

Participantes: Três grandes vinhos Franceses, dois grandes vinhos Italianos e cinco Chilenos.

Rótulos e Safras: Da França; Chateau Latour e Chateau Margaux de 2001 e Chateau Lafite-Rothschild 2000. Os Italianos, todos da safra de 2000; Sassicaia e Guado el Tasso Bolgheri famosos Supertoscanos. A isso se agregam os Chilenos; Viñedo Chadwick 2000 y 2001, Seña 2000 e 2001 assim como o Don Maximiano Founder´s Reserve 2001.

Júri: Quarenta dos mais renomados e experientes jornalistas especializados, seleto grupo de enófilos, sommelieres, expoentes de nossa vinosfera.

Mediador da Prova: O renomado jornalista da revista Decanter, Sr. Steven Spurrier.

 

Ano: 2006

Local: Toronto, Canadá..

Participantes: Três grandes vinhos Franceses, dois grandes vinhos Italianos e cinco Chilenos.

Rótulos e Safras: Todos os participantes europeus da safra de 2000;  Chateau Latour, Chateau Margaux e Chateau Lafite e os Italianos Tignanello e Sassicaia. A eles, se agregam os Chilenos; Viñedo Chadwick 2000 y 2003, Seña 2000 e 2003 assim como o Don Maximiano Founder´s Reserve 2003.

Júri: cerca de 24 convidados entre imprensa especializada, clientes, enófilos, sommelieres e especialistas.

Mediador da Prova: O renomado jornalista da revista Decanter, Sr. Steven Spurrier.

 

Ano: 2008

Local: Copenhague, Dinamarca.

Participantes Três grandes vinhos Franceses, dois grandes vinhos Italianos e cinco Chilenos.

Rótulos e Safras: Da França os Chateau Latour, Lafit e Mouton Rotschild todos de 2005. Os Italianos Sassicaia e Solaia 2004, mais os Chilenos Don Maximiano 2004 e 2005, o Seña 2004 e 2005 assim como o Viñedo Chadwick 2005.

Júri: Dezesseis jornalistas especializados e um seleto grupo de vinte clientes enófilos convidados, todos formadores de opinião vindos do Reino Unido, Alemanha, Suíça, Áustria, Dinamarca e Rússia.

Mediador da Prova: Soren Frank e Niels Lillelund, dois dos mais importantes jornalistas do mundo do vinho na Dinamarca.

 

Berlin 2004

Resultado: ZEBRA !!

São Paulo 2005

Resultado: Zebra ?

 

1º – 2000 Viñedo Chadwick

2º – 2001 Seña 

3º – 2000 Château Lafite

4º – 2001 Château Margaux

4º – 2000 Seña 

6º – 2000 Château Margaux 

6º – 2000 Château Latour 

8º – 2001 Viñedo Chadwick

9ª – 2001 Don Maximiano Founder’s

Reserve

10º – 2001 Château Latour

10º – 2000 Solaia

 

 

1º – Château. Margaux 2001

2º – Viñedo Chadwick 2000

3º – Seña 2001

4º – Château Latour 2001

5º – Seña 2000

6º – Viñedo Chadwick 2001

7º – Don Maximiano Founder´s Reserve 2001

8º – Guado Al Tasso Bolgheri D.O.C. 2000 Superiore 2000  

9º – Château Lafite-Rothschild 2000

10º – Sassicaia Bolgheri D.O.C. 2000

Toronto 2006

Resultado: Zebra? Não mais.

Copenhague 2008

Resultado: Zebra? Não, a constatação de um fato!

 

1º – Château. Margaux 2000

2º – Chateau Latour 2000

3º – Don Maximiano Founder´s Reserve 2003

4º – Tignanello 2000

5º – Seña 2003

6º – Viñedo Chadwick 2000

7º – Seña 2000

8º – Viñedo Chadwick 2003    

9º – Château. Lafite 2000

10º – Sassicaia Bolgheri D.O.C. 2000

 

1º – Château. Lafite 2005

2º – Don Maximiano Founder´s Reserve 2004

3º – Château Mouton Lafite 2005

4º – Solaia 2005

5º – Seña 2005

6º – Don Maximiano Founder´s Reserve 2005

7º – Château Latour 2005

8º – Viñedo Chadwick 2004

9º – Seña 2004

10º – Sassicaia Bolgheri D.O.C. 2000

 

 

 O interessante e o que me faz aplaudir estas iniciativas, é que podia ter dado tudo errado, tendo certamente demandado muita determinação e muita fé no próprio taco! Os resultados, para quem ainda não conhecia, estão aí. Não é acaso, não é sorte e, definitivamente, não é zebra. É a constatação de um fato e, como já me diziam quando pequeno, contra fatos não há argumentos! Sem contar que em Tokyo e Beijing também foi assim, consolidando uma tendência que demonstra a grande qualidade destes vinhos Chilenos, em linha com o que de melhor existe em nossa vinosfera. Para quem quiser conhecer mais, visite o site www.theberlintasting.com. Uma coisa que esquecia de dizer, é que todos este vinhos e vinhedos Chilenos que geram esses néctares, pertencem a um mesmo grupo, a “Viña Errázuriz”.

Tive o recente privilégio de participar de uma vertical de vinhos Seña e provar o Viñedo Chadwick, na companhia de; ninguém mais, ninguém menos, que o próprio Eduardo Chadwick, presidente e maior divulgador dos vinhos de sua bodega. Gente, tenho que ter a humildade de reconhecer que pouco posso acrescentar aos resultados acima, que falam por si só, e a tudo o que já foi falado sobre estes vinhos na imprensa especializada. No entanto, como dizia o velho Vicente Mateus eterno presidente daquele time, quem sai na chuva é para se queimar, então aqui vai um pequeno apanhado das sensações que essa degustação me fez sentir.

Seña 2003 – Já tinha provado antes, mas nunca foi um vinho que me entusiasmasse. Bom, muito bom, sem dúvida alguma porém, eresia, não me encantava. Comentei exatamente isso com o Eduardo Chadwick após o almoço, talvez até em função do excessivo marketing que gerou uma expectativa alta demais e, por outro lado, uma questão de paladar pessoal. Sigo com a mesma opinião, mas, de qualquer forma, é um grande vinho com nariz de boa intensidade, fruta madura, cassis, algo de azeitona? Na boca está bastante equilibrado, saboroso, complexo e de ótima persistência.

Seña 2004, vem de uma safra complicada com muito frio e de difícil maturação. Na nariz de boa intensidade aromática, um pouco mais de pimentão e salumeria. Na boca está pronto, redondo de taninos macios e finos com um final de boca especiado mostrando algo de mentol. Para uma safra difícil, eu achei um grande vinho.

Seña 2005, grande, grandíssimo! Vindo de umas melhores safras de todos os tempos no Chile, o vinho é verdadeiramente deslumbrante. Na nariz ainda se encontra um pouco fechado, precisando de decantação para se aproveitar todo o seu potencial aromático. Na boca é maravilhoso, com taninos de grande finesse, bom corpo, ótima acidez, grande harmonia, enorme complexidade de sabores e deliciosa textura aveludada num final de boca interminável. Pronto para beber desde já, mas certamente melhorará muito com mais uma meia dúzia de anos, se é que alguém agüenta esperar todo esse tempo. Este é o meu Seña, um vinho vibrante!

Viñedo Chadwick 2004, um elixir dos deuses que nunca tinha passeado, lamentavelmente, por minha boca. Desta feita passeou e com grande impacto! Um puro Cabernet Sauvignon com 18 meses de barrica e 12 de adega antes de sair para o mercado. Um vinho verdadeiramente sedutor e encantador. Um vinho classudo, sóbrio, meio austero, porém de grande elegância com taninos de enorme finesse, encorpado, denso, rico, de textura sedosa, um verdadeiro elixir dos deuses com um final de boca extremamente prazeroso, complexo e apaixonante, que não termina nunca. Demonstra um enorme equilíbrio da madeira, álcool e acidez, formando um conjunto inesquecível e de enorme delicadeza, apesar de sua boa estrutura que lhe renderá ainda muitos anos de evolução.

 Uma pena que foram só alguns goles, pois este é daqueles para tomar a garrafa, no máximo a dois, e bem devagar para curtir todas as suas nuances. Grande vinho e o Eduardo me disse que o 2005 está ainda melhor, pode?! Para mim, este Viñedo Chadwick foi o grande vinho da degustação e, se tivesse R$2 a 2.500,00 para comprar um Chateau Lafite, ou similar, certamente optaria por comprar uma caixa com um mix de Chadwick 04 e Seña 2005. Talvez menos pompa, mas certamente mais sabor e mais prazer, por mais tempo! Para o meu paladar, o melhor de todos os vinhos super premium Chilenos que já provei e, um dos grandes em todo o mundo. A importação e distribuição exclusiva está a cargo da Expand, um de nossos parceiros do vinho, com vasto portfolio repleto de qualidade e este rótulos são um claro exemplo disso.

Salute e Kanimambo.