Só Vinhos Tops nas Taças dos Confrades do Saca Rolha!

Final de ano é época em que as confrarias quebram seus porquinhos e torram suas economias provando grandes vinhos! Este ano não fugiu à regra e cada uma das cinco confrarias que administro chutou o balde com muita classe e joie de vivre! A Saca Rolhas, da qual faço parte também, nos permitiu (todos os 12 participantes) provar alguns grandes vinhos numa noite encantadora, uma verdadeira esbórnia enófila! Eis o que a nossa porta voz, confreira e amiga Raquel Santos, tem a nos dizer sobre suas impressões pessoais sobre estes vinhos que encantaram e seduziram a maioria!

Mais um ano que se foi, e ainda bem que sempre tem “aquele” vinho que ainda não conhecemos e queremos saber qual é a dele! Já que o clima era de festa, resolvemos levar alguns convidados a mais para garantir a animação. Além dos da casa, recebemos convidados da Turquia, Espanha, Portugal, etc…

Começamos muito bem, como sempre, com um belo espumante:
Cave Geisse Terroir Nature 2009. Esse é aquele que impressiona os paladares mais exigentes. Quebra todos os preconceitos em relação ao vinho nacional, e confunde aqueles que só se arriscam nos padrões das grifes internacionais. Vale lembrar que a qualificação “Nature”, significa que estamos falando do mais seco dos espumantes, ou seja, tem no máximo 3g de açúcar residual por litro. Eu particularmente acho a mais sincera expressão que um vinho espumante pode oferecer. Não que eu não goste de doçuras, mas acho um sabor muito fácil de assimilar, que costuma mascarar a percepção de todos os outros, se não estiver em perfeito equilíbrio com seu contraponto: A acidez. Sempre penso na sorte que nós brasileiros temos, de ter nosso solo/clima propício para esse tipo de vinho. Duas tacinhas e a festa já está estabelecida. E com qualidade garantida!

Foi nesse clima que fomos apresentados ao nosso convidado Turco.
O nome dele era Sarafin – Sauvignon Blanc 2013, do produtor Doluca. Apesar da expectativa de algo exótico, mostrou-se um típico Sauvignon Blanc. De cor bem clarinha, com um leve reflexo rosado, a primeira impressão foi o aroma exuberante, com muito frescor, de grama cortada e cítricos. Um misto de casca de limão com grapefruit e lima da pérsia, que evolui para sabores calcários, minerais bem fundidos com ervas aromáticas e especiarias (baunilha). Muito persistente na boca e refrescância que pede um novo gole.

Partimos então para o primeiro tinto da noite. Veio para ajudar nossa concentração, já que estávamos um pouco dispersos…. Alguns vinhos tem essa função, e um português do Dão tem sobriedade suficiente para nos colocar na terra. Com muita sutileza, foi mostrando à que veio. Corpo médio, madeira bem incorporada, taninos bem delicados e longo na boca. Aos poucos foi se mostrando com muita retidão e personalidade. Acidez que fez salivar e deu vontade de comer. Seria um ótimo companheiro para refeições. Quinta dos Roques, Garrafeira 2003.

E quando eu estava bem focada naquela taça, foi-nos apresentado o próximo: Aalto 2006. Esse nome soou nos meus ouvidos como uma música! Já havia provado um tiquinho desse vinho há algum tempo atrás, e nunca mais o esqueci. Já flertei com ele nas prateleiras de algumas lojas com sérias intensões, mas nunca fui às vias de fato. É um vinho caro, muito bem feito, pelo renomado enólogo Mariano Garcia ( Vega Sicília ), que segue a nova tendência em Ribera del Duero: Vinhos encorpados, mas mantendo a leveza. Ótima acidez que proporciona um frescor cativante, com muita personalidade e elegância.

Junto com ele, estava um outro espanhol, só que este da região de Rioja. Apesar se serem regiões próximas, possuem características bem diferentes, que dividem sua notoriedade na Espanha; à beira do rio Duero nascem vinhos classudos, com um ar de modernidade e quase sempre colocados entre os melhores do mundo, em Rioja, à beira do rio Ebro, a produção é mais tradicional, com ares de austeridade e mais voltada à expressão do seu terroir. Esse Rioja era um La Rioja Alta Gran Reserva 904 – 2001, que mostrou muito bem toda sua tipicidade. Cor granada profundo, com halo alaranjado, demonstrando seu tempo de maturidade. Aromas vibrantes com notas de couro, cacau, café e frutas que iam se revezando como uma seção de fotos. Bem estruturado, com frescor e taninos bem colocados, domados pelo longo estágio em barricas de carvalho.

Só TOPS Dez 2014

E mais uma vez, para colocarmos o pé no chão, chegou um português, desta feita do Douro. Desconhecido do todos que ali estavam, se apresentou e foi muito cortês e educado. Quase não emitia opiniões e parecia que gostava mais de ouvir a nossa conversa. Com o passar do tempo, foi relaxando e ficando mais doce, como um caramelo. Mas nem um pouco enjoativo ou pesado. Tinha uma boa acidez ao fundo que combinava todos os sabores ( frutas negras, como ameixas e amoras ), num corpo médio e fácil de beber. O nome dele era Mazouco Reserva 2012.

Festa rolando solta, e partimos para o 7º vinho da noite! Muita expectativa na entrada triunfal do brasileiro: Casa Valduga Gran Reserva Storia 2005. Esse vinho mereceu destaque no mercado e à partir daí tornou-se um ícone nacional pela qualidade, e realmente cumpre o que promete. Já havíamos provado o 2006 na nossa primeira degustação desse ano (Merlots Premium Brasileiros às cegas), e novamente não nos negou o prazer esperado: Muito equilibrado, com bom corpo que sustenta frutas carameladas, chocolate, café e um tostado no final. Ainda com muito tempo de vida pela frente! *(para mim de longe o melhor Storia já produzido e talvez tenha alcançado seu auge agora – melhor prova das quatro que já fiz desta safra – mesmo com ainda alguns bons anos de vida pela frente mostrando que todos os outros já produzidos após esta primeira safra estão a léguas de distância atrás dele)

Já podíamos nos dar por satisfeitos, mas sempre tem alguém querendo mostrar coisas novas. Partimos então para a Austrália, de onde veio um Shiraz muito interessante: John Duval Entity 2007. O enólogo que dá nome ao vinho, foi o criador dos premiados Penfolds Grange, que nos anos 90 mereceram destaque mundial, quando se equipararam com os “grandes” do velho mundo. E realmente mostrou-se muito elegante. Com o primeiro ataque bem seco na boca, um toque mineral que se funde com frutas maduras dando-lhe corpo e temperado com especiarias. No final um leve defumado mostrando a madeira bem colocada. Um exemplo de como o menos é mais, com muita categoria. O da safra de 2012 entrou nos TOP 50 vinhos de 2014 da Revista Decanter.

A essa altura já estava passando pela cabeça de todos, os bons vinhos que conhecemos durante o ano. E como não podia faltar um italiano nessa festa, chegou o Barbaresco Piero Busso 2008, para nos lembrar da deliciosa degustação de julho (Um encontro do Saca Rolha com a Nebbiolo). Foi bem interessante o reencontro com esse vinho, num contexto diferente. Aqui, onde o foco foi a diversidade, ele me pareceu mais descompromissado com suas esperadas características de personalidade. Sem deixar a elegância de lado, pareceu mais leve, fácil de beber e adaptável à qualquer situação.

Finalmente, para encerrar nosso último encontro do ano, um vinho recém chegado do Porto para adoçar nossos encontros e fortalecer nossos laços de amizade. O escolhido foi um Taylor’s Tawny 20 anos, que acompanhou muito bem um Panettone Loison Clássico, perfumado e úmido. O vinho, servido na temperatura correta, tinha aquela cor âmbar, típica dos Tawny, pelo seu longo envelhecimento em cascos de carvalho velho. Seus aromas de frutas secas, amêndoas, nozes e principalmente figo Ramy, me fazem lembrar o Natal. Essas referências das frutas invernais europeias, que foram trazidas por nossos antepassados. E mesmo aqui nos trópicos, não conseguimos ficar sem elas, apesar do calor. Acho que nem devemos, pois assim como foi esse encontro com a diversidade do mundo, o vinho nos leva sempre para onde queremos estar. E assim como nos alegramos ao ouvir um estouro da rolha dos espumantes, podemos também sentir a melancolia das lágrimas que escorrem numa taça de Porto. Que venha 2015!

Encontro de Grandes Vinhos do Mundo com o Miolo Lote 43 – Luiz Otavio

              Pensando no leitor amigo que me visita com assiduidade, não poderia deixar de buscar e disponibilizar informação interessante sobre alguns dos mais de 20.000 rótulos hoje disponíveis no mercado, mesmo quando meus afazeres profissionais e compromissos pessoais deixam quase que tempo nenhum de sobra para trabalhar no blog. Como não dá para fazer tudo sozinho, conto com a ajuda de amigos que volta e meia me dão uma mão enviando matéria. Desta feita contei com a ajuda do amigo Luiz Otavio (Enopira – Piracicaba) profundo conhecedor, enófilo dedicado e degustador para lá de experiente que mais uma vez promoveu uma prova de dar água na boca. A diferença é que neste caso e a meu pedido, está compartilhando conosco essa experiência. Vejam o que ele tem a dizer sobre esse encontro de grandes vinhos com o Miolo Lote 43 numa prova entre Velho e Novo Mundo.

“Ontem fizemos a degustação de grandes vinhos pelo mundo e tendo em vista o resultado do Miolo Lote 43 no painel do Mosaico Riograndense, resolvi colocá-lo ao lado destes grandes vinhos para ter uma idéia do patamar em que se encontra. Como eu não consigo tirar nota na hora da degustação (estou servindo e atendendo a todos), tirei estas notas durante a aeração dos vinhos, as quais seguem abaixo, lembrando que todos os vinhos passaram por duas horas de cânter sendo servidos a 18º C.

               A degustação propriamente dita foi as cegas, com 15 participantes, estando os vinhos devidamente escondidos dentro do seu saco de papel, sendo a ordem de serviço decidida e numerada através da sorte com o uso de um baralho.Foram servidos todos os vinhos e o numero em parêntese abaixo corresponde a ordem de serviço.

ENOPIRA- 02/09/2010

Poeira 2007- DOC Douro (5)- Produtor- Jorge Nobre Moreira- Provesende- Cima Corgo- Portugal. Castas- 2,5ha Vinhas velhas em Field Blend com as castas do Douro; Vinhas novas com Tinta Roriz, Touriga Franca, Touriga Nacional, Sousão e Tinta Barroca. Teor alcoólico- 14%Amadurecimento- 16 meses em barricas de carvalho Francês (30% novas). Preço- R$ 230,00.

Avaliação:

Cor rubi/magenta, brilho médio para intenso, lagrimas lentas, bem formadas. Nariz com vegetal seco, geléia de mirtilo, groselha, tostado, café, chocolate e especiarias. Na boca mostrou-se muito agradável, viril, frutado, tânico, madeira bem integrada, com sensações de frutas pretas e vermelhas maduras, café, chocolate amargo e especiarias. Alcool levemente quente, adidez adequada, textura macia, tânico ( finos/muito agradáveis), encorpado, equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 87/17,5

 Chateau D’Issan 2006- 3ème Grand Cru Classé de Margaux (8) – Produtor- Chateau D’Issan-Cantenac- Margaux- Bordeaux- França. Castas- 61% Cabernet Sauvignon e 39% Merlot. Teor alcoólico- 12,5%. Amadurecimento- 16 a 18 meses em barricas de carvalho Francês (50% novas). Preço- R$ 360,00.

Avaliação:

Cor rubi com reflexos violáceos, brilho médio para intenso, lagrimas lentas, bem formadas. Nariz com ameixa, pimenta, leve estrebaria, tostado, tabaco e chocolate. Na boca mostrou-se muito agradável, típico, viril, elegante, harmônico, com sensações de ameixa, amora, chocolate ao leite, tostado e pimenta. Alcool e acidez adequada, textura macia, levemente tânico (finos/muito agradáveis), encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 87/17,5

Seña 2006 (6) – Produtor- Viña Senã- Panquehue- San Felipe- Valle de Aconcagua- Chile. Castas- 55% Cabernet Sauvignon, 16% Merlot, 13%Petit Verdot, 10% Carménère e 6% Cabernet Franc. Teor alcoólico- 14,5% Amadurecimento- 18 meses em barricas novas de carvalho Francês. Preço- R$ 390,00.

Avaliação:

Cor rubi, brilho intenso, lágrimas abundantes, finas e verticais. Nariz com amora, ameixa, framboesa, tangerina, leve floral, alcaçuz, pimenta, tostado, tabaco, chocolate e madeira. Na boca mostrou-se muito agradável, elegante, harmônico, complexo, com sensações de frutas pretas e vermelhas maduras, notas licorosas, cedro, chocolate ao leite, pimenta, alcaçuz e leve grafite. Alcool e acidez adequada, textura macia, taninos adequados (finos/muito agradáveis), encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e excepcional, com ótima persistência. Nota 91/18

 Aalto 2006 (7) – DO Ribeira del Duero. Produtor- Aalto Bodegas e Viñedos- Quintanilla de Arriba- Valladolid- Espanha. Castas- 100% Tinto Fino (Tempranillo). Teor alcoólico- 14,5% Amadurecimento- 23 meses em toneis de carvalho ( 50% novos Francês e 50% de 1 ano Americano e Francês ). Preço- R$ 329,00.

Avaliação

Cor rubi escuro, brilho médio para intenso, lagrimas abundantes, finas e verticais. Nariz com biju, ameixa, framboesa, alcaçuz, pimenta, tostado, chocolate e bala toffe.Na boca mostrou-se muito agradável, frutado, viril, harmônico, com sensações de frutas vermelhas e pretas maduras, chocolate ao leite, toffe, pimenta, alcaçuze cocada preta. Alcool e acidez adeqauda, textura macia, taninos adequados (finos/muito agradáveis), encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 89/18.

 Oracle Shiraz 2005 (9) – Produtor-Kilikanoon Wines- Penwortham- Clare Valley- Austrália. Castas- 100% Shiraz, teor alcoólico- 15%. Amadurecimento- 24 meses em barricas de carvalho Francês (50% novas). Preço- R$ 255,00.

Avaliação

Cor rubi escuro, brilho intenso, lagrimas abundantes, finas, longas e verticiais. Nariz com amora, banana passas, licor de cassis, pimenta, caramelo, tabaco, toffe e baunilha. Na boca mostrou-se muito agradável, frutado, harmônico, levemente picante, com sensação de frutas pretas em geléia, licor de cassis, pimenta, menta,chocolate, toffe, caramelo e baunilha. Álcool levemente quente, acidez adequada, textura redonda, taninos adequados (finos/muito agradáveis), encorpado, equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bo, com ótima persistência. Nota 87/17,5

 Caymus Cabernet Sauvignon 2005 (2). Produtor- Caymus Vineyards- Rutherford- Napa Valley- Califórnia- EUA. Castas- Cabernet Sauvignon. Teor alcoólico- 14,5%. Amadurecimento- 16 meses em barricas de carvalho Francês. Preço- R$ 265,00.

Avaliação.

Cor rubi escuro, brilho médio para intenso, lagrimas lentas e bem formadas. Nariz com ameixa, pimenta, eucalypto, tostado, tabaco, café, chocolate e baunilha. Na boca mostrou-se muito agradável, fresco, típico, harmônico, com sensação de frutas vermelhas e pretas maduras, chocolate, notas licorosas, leve baunilha, leve canfora, pimenta e café. Álcool e acidez adequada, encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 87/17,5

 Miolo Lote 43 2005 (3) – Produtor- Miolo Wine Group- Serra Gaucha/RS- Brasil. Castas-50% Cabernet Sauvignon e 50% Merlot .Teor alcoólico- 14%. Amadurecimento-12 meses em barricas novas de carvalho americano (70%) e francês (30%). Preço- R$ 93,00.

Avaliação

Cor rubi escuro, brilho intenso, lagrimas abundantes, bem formadas, finas e verticais. Nariz com amora, ameixa, pimenta, tostado, chocolate, caramelo, cocada preta e leve baunilha. Na boca mostrou-se muito agradável, frutado, viril, tostado e final levemente amargo, com sensações de frutas vermelhas e pretas maduras, cocada preta, tostado, café, chocolate e leve baunilha. Alcool e acidez adequados, textura macia, levemente tânico (bons/agradáveis), encorpado, equilibrado, com evolução muito boa; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 84/17.

 Luigi Bosca Icono 2005 (1) – Produtor- Bodega Luigi Bosca- Lujan de Cuyo- Mendoza- Argentina. Castas- 55%Malbec e 45% Cabernet Sauvignon de vinhas de 90 anos. Teor alcoólico 14,5%. Amadurecimento- 18 meses em barricas novas de carvalho Francês Allier. Preço- R$ 400,00.

Avaliação

Cor rubi, brilho médio, lagrimas abundantes, bem formadas, finas e verticais. Nariz com torrone, tostado, amora, ameixa, tangerina, especiarias, tabaco, madeira e baunilha. Na boca mostrou-se muito agradável, viril, harmônico, com sensações de frutas maduras, cedro, tostado, leve baunilha, especiarias e leve cocada preta. Alcool adequado, acidez levemente acentuada, textura aveludada, levemente tânico (finos/muito agradáveis), encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. Nota 89/18.

Pupà Pepu IGT 2003 (4)- Supertoscano, produtor- Roberto Bellini- Montalcino- Toscana- Itália. Castas- 70% Merlot e 30% Cabernet Sauvignon. Teor alcoólico 14,5%. Amadurecimento- 15 meses em barricas de carvalho Francês. Preço- R$ 240,00.

Avaliação

Cor rubi com reflexos alaranjados, brilho médio para intenso, lagrimas abundantes e bem formadas. Nariz com bambu, ameixa, cereja, framboesa, nêspera, leve floral, noz moscada, pimenta, tostado e madeira. Na boca mostrou-se muito agradável, viril, elegante, complexo, com sensações de frutas maduras, nêspera, notas licorosas, madeira, tostado, chocolate alpino e café. Alcool e acidez adequada, textura macia, taninos adequados, encorpado, muito equilibrado, com evolução excelente; retrogosto muito intenso e muito bom, com ótima persistência. 89/18.

           Nem eu sabia quais vinhos eram servidos, a não ser o Oracle e o Icono, devido as garrafas diferentes, que mesmo dentro do saco, dava para ver qual eram ( formato bourgogne do Oracle e cinco quilos de peso do Icono). Pois bem, depois de servido os vinhos, foi dada uma ficha, para que cada degustador, anotasse os pontos para cada vinho degustado, dando  09 pontos para o primeiro colocado, 08 pontos para o segundo, 07 pontos para o terceiro, e assim por diante até 01 ponto para o nono colocado; e isto na preferência de cada um. Depois que todos entregaram suas fichinhas, o José Henrique de Paula Eduardo, copilou os resultados e com total de pontos de cada um foi-se fazendo a strip-tease das garrafas e revelando os seus nomes.

Campeão da noite pela banca degustadora somando 112 pontos o Oracle Shiraz 2005- Austrália.

Na sequência; Caymus Cabernet Sauvignon 2005- EUA. / Miolo Lote 43 2005- Brasil / Aalto 2006- Espanha /  Seña 2006- Chile / Chateau D’Issan 2006- França / Icono 2005- Argentina / Pupa Pepu 2003- Itália / Poeira 2007- Portugal.

         Como devem imaginar, a surpresa ao conferir os vinhos na taça e discussão que se seguiu, e a constatação que nas coisas do vinho, estamos sempre sendo surpreendidos e que por mais que saibamos, na taça ele sempre tem algo a nos ensinar. Eu para variar ando meio na contra mão do pessoal e as minhas preferências também não foram as mesmas das nota às claras, quando escolhi na ordem;

  1. Poeira 2007- evoluiu muito bem no decanter
  2. Senã 2006- elegante
  3. Pupa Pepu 2003- por incrível que pareça, mais evoluído que o 2001.
  4. Icono 2005- esperava uma bomba, mas veio um grande vinho.
  5. Caymus 2005- evoluiu muito bem no decanter
  6. Aalto 2006- adoro este vinho, mas não ficou muito bem na seqüência
  7. Oracle 2005- talvez o vinho mais exuberante.
  8. Chateau D’Issan 2006- fechado, demorou a se mostrar
  9. Miolo Lote 43 2005- muito bom; para mim tem algumas arestas de madeira, taninos não tão finos e leve amargor final, que parece, não foi percebido por outros.

Nunca é demais frisar que esta degustação, em outro lugar, com outros participantes, outras garrafas, pode ter resultados completamente diferente, mas ai está o retrato do que foi esta.”

                 Valeu Luiz e mande mais destas. Incrível a influência dos rótulos mesmo sobre os mais experientes degustadores! É às cegas que os caldos realmente mostram toda a sua personalidade e caráter, então esse é um exercicio que sempre recomendo aos amigos praticarem. É incrível as surpresas com que nos deparamos!  Obrigado Luiz e as portas do blog estão sempre abertas ao amigo que faz um trabalho e tanto na região de Piracicaba. Quem é de lá não pode deixar de ir a seus encontros no Enopira que costumeiramente divulgo em minhas dicas da semana. Ligue para (019 ) 3424-1583 e confira qual o próximo evento ainda com vaga.

Salute e kanimambo

Grandes Vinhos Espanhóis no Brasil

         O GUIA PEÑIN 2008, para quem não conhece, é uma verdadeira bíblia dos vinhos Espanhóis (depois conto mais já que tive a oportunidade de estar com ele ontem), certamente o maior crítico Espanhol com reputação reconhecida internacionalmente. São cerca de 8.100 Vinhos provados por José Peñin e sua equipe de degustadores, o maior critico de vinhos Espanhóis. Mais de treze mil marcas resenhadas. Quatrocentos mil exemplares vendidos! De sua lista top, os vinhos que sobem a seu Pódio anual, se encontram 727 rótulos que alcançara um mínimo de 90 pontos. Destes vinhos tintos e brancos entre 90 e 100 pontos, cinqüenta e oito deles são de importação exclusiva da Península de nosso amigo e parceiro Juan Rodriguez. Os vinhos da Península estão presentes nas melhores lojas do ramos, inclusive algumas de nossas parceiras, mas em caso de necessidade, ligue para lá (011 – 3822.3986) e fale com a Rose que poderá lhe indicar uma loja mais próxima. Veja a lista dos néctares abaixo, do portfolio da Peninsula, e delicie-se com o que de melhor tem na Espanha. Salute    

1- Aurus 2004

2- Ossian Blanco 2006

3- Calvario 2004

4- María Alonso Del Yerro 2005

5- Alonso Del Yerro 2005

6- Aurus 2005

7- El Puntido 2004

8- Finca El Bosque 2005

9- La Nieta 2005

10-  Salinas 1237 2004

11-  Sastre Pago De Santa Cruz 2003

12-  Aalto 2004

13-  Casa Cisca 2005

14-  Ossian 2005

15-  Petit Grealó 2005

16-  Termanthia 2005

17-  Al Lado De La Casa 2005

18-  Viña Sastre Pesus 2004

19-  Aalto P.S.2004

20-  Amancio 2004

21-  Castaño Detras De La Casa 2005

22-  Gótia 2004

23-  Mira Salinas 2004

24-  Perinet + Plus 2004

25-  Regina Vides 2003

26-  San Vicente 2004

27-  Sierra Cantabria Cuvée 2004

       28-  Abadia Retuerta El

           Palomar 2004

       29-  Allende 2005

 

 

30-  Alvear Px Añada 2004

31-  Castaño Shiraz

32-  Dom Pedro Soutomaior Tempo 2004

33-  El Puntido 2005

34-  Enrique Mendoza Santa Rosa 2002

35-  Flor De Grealó

36-  Gran Juvé Y Camps

37-  Mira Salinas 2003

38-  Numanthia 2005

39-  Perinet 2004

40-  Perinet + Plus 2005

41-  Puerto Salinas 2004

42-  San Vicente 2005

43-  Sierra Cantabria 2001

44-  Sierra Cantabria G.R. 2002

45-  Viña Sastre Crianza 2004

46-  Clos María Blanco 2006

47-  Enrique Mendoza Pv 2004

48-  Estrecho Monastrell 2004

49-  Finca Coronado 2004

50-  Finca Villacreces Nebro 2004

51-  Gotia 2005

52-  Gran Veigadares 2005

53-  Juvé Y Camps Milesimé

54-  Pago Negralada 2004

55-  Perinet 2005

56-  Protos Verdejo

57-  Puerto Salinas 2003

       58-  Sierra Cantabria Organza