setembro 2013

Vinho do Porto – Degustação Temática Harmonizada

Chamada Vinhos do Porto

Amigos, dia 23 de Outubro a partir das 20 horas, na Vino & Sapore (link aqui do lado) falarei um pouco da diversidade de estilos do Vinho do Porto que NÃO, não  é todo igual! rs Vamos falar um pouca da história, do processo de viníficação, dos estilos, porém prometo não chatear muito os presentes com a teoria e logo mergulharemos na prática:

  • Recepção > Port Tonic com salgadinhos diversos
  • Porto branco com canapés
  • Tawny Reserva com panetone de frutas
  • Porto Ruby Reserva com Eclair de Chocolate e avelã.
  • Porto Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas ou Pekan
  • Porto LBV com English Rich Fruit Pudding
  • Porto Vintage 96 com Queijo da Serra e torradinhas.

Os rótulos estou finalizando a escolha e o valor individual deverá ficar por volta dos R$140 por cabeça e devo ter esses dados dentro de uma semana, porém como são somente 12 vagas sugiro fazer sua pré reserva logo pois já só sobraram 8 lugares, mesmo sem termos o valor! Me sinto lisonjeado com tamanha confiança e se houver uma demanda grande colocaremos um segundo dia, mas……..! Ligue logo para (11) 4612-6343 a partir desta Terça ás 10:30, envie um e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou, ainda, contate-me via comentários aqui no blog.

Esperando vê-lo por aqui, salute e kanimambo. Uma òtima semana para todos

Dica da Semana – Festival Sud de France em Sampa

      A terceira edição do Festival Sud de France traz à cidade de São Paulo toda a riqueza e diversidade da cozinha do sul da França a partir do próximo dia 2 até o dia 13 de Outubro com cardápios harmonizados e preços especiais em uma seleta seleção de restaurantes da cidade, famosa por sua boa gastronomia.

Festival sud de france

     O lançamento está marcado para o dia 02 de outubro no bistrô Le Repas, onde o público poderá conhecer mais da deliciosa gastronomia do sul da França com opções como a Brandade de Bacalhau, o Cassoulet, Ostras à Provençal, entre outros pratos, preparados pela Chef Fernanda Barros. E o melhor: ainda harmonizados com os melhores rótulos de vinhos do sul da França, famosa região produtora de rosés delicados e de sabor incomparável. E tudo isso por apenas R$ 65,00 por pessoa (no dia do lançamento do Festival).

O Festival, no entanto, também se fará presente em mais restaurantes

Recebi o menu de diversos desses restaurantes e separei estes dois abaixo que me aguçaram o apetite e se ajustaram ao bolso.

Le Vin Bistrô – Alameda Tietê / Armando Penteado e Pais de Araújo

Entrada: Ostras gratinadas (meia dúzia)

Prato Principal: Cassoulet Tradicional

Sobremesa: Doces da Patisserie Le Vin (16 tipos a escolher)

R$ 88,00 por pessoa e vinhos á parte

Telefone: (11) 3081-3924 – Horários: de segunda a quinta das 12h00 às 00h00 – de sexta a sábado das 12h00 às 01h00 – domingo das 12h00 às 23h00 Site: www.levin.com.br

Bistrô Ville du Vin (Al. Tocantins, 75 e Al. Rio Negro, 111 – Alphaville / Rua Gaivota, 1295 – Moema)

Menu fechado (a R$ 90,00 com couvert) com entrada de Mil Folhas de Mozzarela de Búfala e duas opções de prato principal: Filé Mignon com batata rústica com molho ao poivre (harmonizado com Château Paul Mas Clos des Mûres  Coteaux du Languedoc 2010 ou Arrogant Frog Réserve G.S.M IGP 2010) e Saint Pierre ao molho de estragão e jardineira de legumes (harmonizado com Château de Pibarnon Blanc). Para a sobremesa, Creme Brulée.

Salut et bon appétit!

Portugal – Show de Bola na Terra do Futebol!

DSC02957Os amigos que me perdoem, mas o sangue fala mais alto, show de bola ontem na apresentação dos TOP 50 Vinhos de Portugal escolhidos por Dirceu Vianna Junior. Esta seleção é feita anualmente e a escolha fica a cargo de um reputado personagem da vinosfera mundial apontado pela direção da Vinhos de Portugal. Ficou claro o alto nível dos vinhos hoje sendo produzidos em terras lusas nas mais diversas regiões com vinhos de diversos estilos e diversidade de castas. Como há tempos venho falando por aqui e nas colunas que escrevo, o grande barato dos vinhos portugueses é essa enorme diversidade, aliás válido para a gastronomia também!

Na semana que vem farei um post mais detalhado porém hoje gostaria de deixar registrado o momento com um dos grandes destaques da mostra, este magnifico Graham´s Tawny 30 anos com, inclusive, a garrafa repaginada enobrecendo o conteúdo. Maravilha, mas tinha muito mais e não poderia terminar sem deixar um teaser no ar, que brancos!!!! Há tempos, também, que falo da fase esplendorosa dos brancos da terrinha e essa mostra de ontem mostrou bem isso.

DSC02955Terminando este post, uma frase que marcou o evento . Pelas palavras de Jorge Monteiro presidente da ViniPortugal, “Saber Beber é Saber Viver”! Salute e, Domingos, kanimambo pelo gentil convite e privilégio de poder estar presente nesta mostra que só orgulha a vitivínicultura lusa que está hoje entre o que de melhor se faz em nossa vinosfera. Fiquem aqui com a lista dos escolhidos, mas Portugal tem muitos mais!!!

OS TOP 50

Covela Escolha Branco  – de William Smith & Lima Lda, 2012,  Branco

Quinta da Levada  – de Quinta da Levada – Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda, 2012, Branco

Soalheiro – de VinuSoalleirus, Lda, 2012, Branco

Quinta de Gomariz Grande Escolha – de Quinta de Gomariz, Lda, 2012, Branco

Casa da Senra – de Abrigueiros – Produções Agrícolas e Turismo, S.A, 2012, Branco

Tapada dos Monges  – de Manuel Da Costa Carvalho Lima & Filhos, Lda, 2012, Branco

Muros Antigos – de Anselmo Mendes Vinhos, 2012, Branco

Portal do Fidalgo – de Provam, Lda, 2011, Branco

Muros de Melgaço – de Anselmo Mendes Vinhos, 2011, Branco

Royal Palmeira – de IdealDrinks, Serviços e Distribuição, Lda, 2009, Branco

Quinta da Fonte do Ouro Encruzado – de Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda, 2011, Branco

Morgado de Santa Catherina – de Companhia das Quintas – Vinhos, S.A., 2010, Branco

Redoma Reserva – de Niepoort (Vinhos) S.A , 2011, Branco

Conceito Branco  – de Conceito Vinhos lda, 2010, Branco

Cortes de Cima Trincadeira – de Cortes de Cima, S.A., 2011, Tinto

Terra D’Alter Touriga Nacional – de Terras de Alter, Companhia de Vinhos, 2010, Tinto

Herdade da Pimenta Grande Escolha – de Logowines SA, 2010, Tinto

Tinto da Talha Grande Escolha  – de Roquevale, S.A.,  2009, Tinto

Canto X – de Herdade da Madeira Velha, Agro Alimentar, Lda., 2009, Tinto

Cartuxa – de Cartuxa – Fundação Eugénio de Almeida, 2009, Tinto

Cortes de Cima Reserva – de Cortes de Cima, S.A., 2009, Tinto

Dona Maria Reserva – de Júlio Bastos – Dona Maria, 2008, Tinto

Conde D’Ervideira Private Selection Tinto – de Ervideira, Sociedade Agrícola, Lda, 2008,Tinto

Aliança Bairrada Reserva – de Aliança Vinhos de Portugal, SA, 2011, Tinto

Vinha Pan – de Luís Pato, 2009, Tinto

Marquesa de Alorna Reserva – de Quinta da Alorna Vinhos Lda, 2009, Tinto

Julia Kemper – de Cesce Agrícola, S. A., 2009, Tinto

Quinta da Fonte do Ouro Touriga Nacional – de Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda, 2009, Tinto

Casa da Passarela Vinhas Velhas – de O Abrigo da Passarela LDA , 2009, Tinto

Quinta do Serrado Reserva – de Sociedade Agrícola Castro Pena Alba, SA, 2009, Tinto

Quinta do Perdigão Touriga-Nacional – de Quinta do Perdigão, 2008, Tinto

Quinta da Bica Reserva – de Quinta da Bica Sociedade Agrícola Lda, 2005, Tinto

Quinta do Vallado Reserva Field Blend Douro Tinto 2011 – de Quinta do Vallado Sociedade Agrícola, Lda., 2011, Tinto

Quinta da Casa Amarela Grande Reserva – de Laura Valente Regueiro, Lda, 2011, Tinto

Casa Ferreirinha Callabriga  – de Sogrape Vinhos S.A., 2010, Tinto

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas – de Quinta do Crasto, S.A. , 2010, Tinto

Pintas – de Wine & Soul, Lda. 2010, Tinto

Poeira – de Jorge Moreira Produção e Comercialização de Vinhos, 2010, Tinto

Batuta – de Niepoort (Vinhos) S.A, 2010, Tinto

Passadouro Touriga Nacional – de Quinta do Passadouro Sociedade Agrícola, Ldª. 2010, Tinto

Quinta do Pessegueiro – de Quinta do Pessegueiro – Sociedade Agrícola e Comercial, Lda, 2010, Tinto

CV-Curriculum Vitae – de Lemos & Van Zeller, lda,  2010, Tinto

Quinta de la Rosa Reserva – de Quinta da Rosa Vinhos SA, 2009, Tinto

Chryseia – de Symington Family Estates Vinhos Lda, 2009, Tinto

Quinta do Noval Touriga Nacional 2009 – Quinta do Noval, 2009, Tinto

Quinta do Portal AURU – de Quinta do Portal, 2009, Tinto

Bacalhôa Moscatel Roxo – Bacalhôa Vinhos de Portugal, SA, 2001, Tinto

Justino’s Madeira Colheita 1995 – de Justino’s, Madeira Wines, S.A., 1995, Ambar

Graham’s Tawny 30 anos – de Symington Family Estates Vinhos Lda, NA Tinto

Burmester Porto Colheita 1963 – de Sogevinus Fine Wines S.A., 1963, Tawny

Salvar

Um Trio Luso que Deixou Saudades!

Recentemente na confraria Saca Rolha, tivemos a enorme satisfação de nos debruçarmos sobre uma série de bons vinhos portugueses, dos quais três em especial me encheram a alma de emoção. A confreira Raquel já escreveu aqui sobre eles, porém face a importância dos mesmos, não me segurei e também os vou aqui comentar.

Soalheiro Alvarinho 2011 – abri uma primeira garrafa, porém não achei que estivesse boa. Não que estivesse estragada, porém lhe faltava aquela acidez vibrante tão marcante neste vinho, senti que essa garrafa “envelheceu” precocemente e não demonstrava seu verdadeiro ser. Achei por bem abrir uma outra, só que na temperatura só tinha a Magnum que me foi presenteada pela saudosa amiga Inês Cruz e já por isso, uma emoção diferente ao desarrolhá-la. Mas houve mais, porque esta sim estava divina com tudo aquilo que este vinho significa para a vinosfera portuguesa dos vinhos brancos. Faz anos que sou um profundo admirador dos vinhos da Soalheiro, e este rótulo é presença certa em minha adega. A Magnum foi a medida certa para os 12 confrades presentes e certamente, tivéssemos ficado com a de 750ml, sede sentiríamos! O vinho é especial e está sempre ranqueado entre os melhores brancos lusos, mostrando  o valor da casta Alvarinho na região do Minho onde ela mostra todo o seu potencial.

Este Soalheiro é um vinho de muita classe, grande intensidade aromática em que se sobressai aromas de damascos e flor de laranjeira com espectro floral e frutado que encanta. Na boca é exuberante com nuances cítricas com deliciosa textura (algo “crocante”) e riqueza de sabores, acidez vibrante, sedutor e um final mineral que nos deixa pedindo mais. Obrigado Inês!

DSC02942

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003 – Um grande vinho que cresce mais ainda quando fruto da generosidade de amigos confrades. Este desapego e desejo de compartilhar é uma das coisas que os enófilos têm de bom, especialmente quando uma garrafa mais especial está em jogo. É como viajar solo e ver uma paisagem lindíssima sem poder compartilhar o momento com ninguém. Não deixa de ser legal mas perde um pouco da graça e nos sentimos privilegiados ao sermos convidados a partilhar de tamanha experiência, porque este vinho é isso mesmo, uma tremenda experiência!

A histórica Casa Ferreirinha, adquirida pela gigante Sogrape em 1987, é a produtora do maior ícone português, o Barca Velha da região do Douro produzido somente em safras excepcionais. O Reserva Especial é o segundo vinho da casa e eu só fico imaginando, depois de tomar este, como será o primeiro! Não, ainda não tive a chance de provar um Barca Velha, muita areia para meu caminhãozinho (rs), mas este Casa Ferrerinha me encheu a boca de prazer. Mais do que por uma característica especifica, ele brilha pelo conjunto; pela complexa paleta olfativa e equilíbrio de boca com tremenda elegância e presença de taninos muito finos, riqueza de meio de boca e final longo. Um grande vinho em qualquer lugar do planeta!

Quinta do Portal Moscatel do Douro Reserva 2000 – mais um grande vinho para encerrar uma noite pra lá de especial e muito, muito agradável! A Moscatel brilha na região de Setubal, porém no Douro, mais precisamente na região de Favaios, também há belos exemplares a serem encontrados e este eu descobri na casa do amigo João Pedro em Portugal há cerca de 3 anos e gamei! Esta garrafa trouxe de Portugal há alguns anos e aguardava na adega o momento e as pessoas especiais com quem compartilhá-la. Não que seja cara (por lá não chega aos 20 Euros), até porque é pouco conhecido e frequenta pouco a mídia, mas porque desde a primeira prova me marcou profundamente. É um néctar dourado e marcante, doce no ponto e apoiado por uma excelente acidez que acompanha maravilhosamente bem doces conventuais ou torta de amêndoas, até panettone. Deste já falei aqui, então não vou me estender mais sobre ele, mas com estes três vinhos você faz a festa em qualquer lugar mostrando o alto nível da vinicultura e dos produtores portugueses!

Salute e kanimambo, seguimos nos encontrando por aqui. Tendo a oportunidade, não perca nenhum destes vinhos de Portugal, prazer garantido tenho a certeza.

Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva, um Básico de Peso!

Digo básico porque este é o rótulo de entrada desta pequena família de produtos da Perez Cruz que somente produz oito diferentes rótulos e um dos pioneiros em adotar o nome de COT (originalmente usado em Cahors na França – “Côt Noir”) para a Malbec no Chile, porque de básico só tem o preço que se mantém estável já faz uns dois anos! Esta é mais uma das garrafas que recebi quando do WineBar promovido pela Wines of Chile e é sempre bom rever alguns vinhos após uns anos pois checamos a quantas anda o vinho e nossa capacidade sensorial quando comparamos notas após 3 anos.  

  • Em Fevereiro de 2010 sobre a safra 2007 escrevi – “é o Reserva Cabernet SauvignonClipboard Perez Cruz CS Res responsável por 75% da produção da vinícola. É um vinho de muito boa tipicidade, frutado, taninos redondos, macio, muito equilibrado com um final muito agradável, porém um pouco curto. Um belo Cabernet chileno por um preço bem acessível, por volta dos R$65,00”. Importadora na época, Wine Company
  • Em Setembro 2013, safra 2011 – pode ser impressão minha, porém o vinho me parece que ganhou corpo. Está mais estruturado, meio de boca mais denso porém mantendo os frutos negros bem presentes e os taninos aveludados que são sua marca registrada. O final de boca continua muito agradável e levemente especiado porém ganhou a profundidade que não senti antes. Madeira e álcool muito bem integrados, nos trazem um conjunto realmente apetecível e guloso que vale muito o preço sendo um  dos bons achados chilenos disponíveis em nosso mercado a um preço que varia entre os R$55 a 65,00. Importadora hoje, Vinho Sul.

Não sei se eu mudei ou se o vinho que na safra atual leva um “tempero” de 5% entre Syrah e Carmenére ou, ainda, seja algo a ver com a safra, ou se todos os antes citados, porém gostei mais deste último. Desse WineBar ainda tem mais alguns vinhos por provar e assim que der os comento aqui, mas por hoje é só. Salute e kanimambo pela “audiência”. rs

De Volta à Cozinha

Fazia um tempinho que não me aventurava na cozinha e desta vez, pasmem, sem um vinho por perto, pelo menos não que harmonizasse, porém não precisou. Pratos fáceis, mas que estavam muito saborosos, e boa companhia foram o que bastaram para um almoço de Domingo da hora! Prato principal, Pappardele Margherita e para finalizar deliciosos e enormes morangos mergulhados no chocolate e geladinhos, bão demais da conta!!

Sept Sunday Lunch

Eis as receitas para quem quiser se aventurar, nada demais só bons ingredientes e uma boa dose de carinho, vale por uma seção de terapia!! Clique na foto para ampliar imagem.

Pappardele Margherita p/4 pessoas

Ingredientes > 600grs de pappardele de grano duro, um maço de manjericão, 250grs de tomate cereja, 150grs de azeitona preta sem caroço, 200grs de queijinho de mussarela de búfala (o meio-a-meio vai bem), maço de manjericão, um dente grande de alho, uma cebola bem pequena, um copo pequeno de caldo de carne.

Modo de preparo. > Corte a mussarela, as azeitonas e os tomates cereja  no meio e divida 2 em duas partes (2/3 e 1/3), guarde.

Lave o manjericão e separe em três – uma parte amasse com um pouco de azeite e sal e jogue por cima da parte maior da mussarela deixando-a marinar por cerca de meia hora, uma pequena parte seque bem para o acabamento do prato. Reserve.

Cozinhe o Pappardele em água com sal e separe.

Numa frigideira, preferencialmente uma wok, aqueça um pouco de azeite em fogo médio, frite a cebola e o alho (cortados bem fininhos), quando este último começar a dourar jogue a parte maior dos tomatinhos e azeitonas deixando cozinhar até que os tomates fiquem molinhos temperando com sal e pimenta do reino a gosto. Adicione o caldo de carne e o restante do manjericão deixando apurar por cerca de 5 minutos.

Adicione o Pappardele e a mussarela temperada (deixe o queijo bem para o final para não derreter, só dar uma esquentada) misturando bem. Terminar o prato com as folhas secas de manjericão, e um pouco dos tomatinhos, mussarela e azeitonas reservadas, o 1/3 separadas para esse fim. Se quiser, rale um pouco de parmesão por cima.

Obs. Se quiser incrementar o prato, camarões e bacalhau em lascas vão muito bem!

Morangos no chocolate.

Feito a 4 mãos pela minha esposa e neto, fácil/fácil. Compre uma barra de chocolate dessas para fazer bombons e coberturas de bolo e os morangos. Lave bem os morangos e seque. Derreta o chocolate fazendo uma calda, mergulhe nela os morangos e leve à geladeira por cerca de 15 minutos, pronto!!

Vai dizer que não consegue fazer, duvido! Salute, kanimambo e uma ótima semana quando falaremos mais de vinho, porém hoje quis compartilhar com os amigos o meu almoço de Domingo, bon apetit e fica aqui um desafio, com que vinho você harmonizaria o Pappardele?

É, Vinho é Bom Até Para Vaca, Pode?!

Não sou eu quem digo não, só estou repicando noticia publicada no portal Tecmundo. Que existem algumas centenas de pesquisas médicas e científicas comprovando as qualidades benéficas do vinho á saúde quando tomado de forma constante e moderada, isso estamos cansados de saber, só que agora vem mais esta noticia, no mínimo curiosa, direto da Austrália.

Cientistas australianos descobriram uma dieta poderosa que pode trazer uma série de benefícios para a pecuária. Eles Graspa de Uva com Vinho - Daily Mailalimentaram um grupo de vacas por alguns dias com uma receita especial e notaram melhorias em várias funções dos animais. Segundo o DailyMail, a qualidade do leite melhorou consideravelmente, já que ele é produzido em maior quantidade e com um nível mais alto de ácidos graxos, substâncias que ajudam no combate a doenças cardíacas, diabetes, artrite e câncer.

Além disso, os animais alimentados com a nova comida emitem cerca de 20% a menos de metano do que as vacas que continuaram recebendo apenas o pasto. A descoberta alegrou os cientistas da Victorias Department of Primary Industries, que conduziu a pesquisa com várias outras substâncias e ainda não havia encontrado uma receita que funcionasse tão bem. O que eles usaram foi a graspa de uva, que é um derivado da produção do vinho composto por sementes e frutas amassadas. Esse material, que é produzido em grande quantidade nos locais de produção da bebida, normalmente seria descartado, porém agora tem destino mais nobre.

Será que essa diminuição de emissão de gases permite acumular créditos de carbono pela redução do efeito estufa? rs Essa só quem pode responder é meu amigo Flavio! Salute, kanimambo e vamos á luta porque quem sabe faz a hora não espera “não” acontecer. Bom fim de semana para todos.

Foto: Daily Mail

 

 

 

 

 

O País da Pizza é Aqui!

Que Itália que nada, o país da pizza é aqui e está cada vez mais difícil separar o joio do trigo! Terra da impunidade, da politicagem barata, da falta de vergonha na cara, esperar que se faça justiça por aqui está se tornando uma verdadeira utopia, quanta tristeza!!! Me perdoem, mas o dia que eu deixar de me indignar, podem fechar a tampa e me enterrar. O vinho diante da sujeira que invade nosso querido Brasil se torna insignificante no dia de hoje. Sem salute, sem kanimambo, hoje só indignação e tristeza .

Grande Circo Brasil

Challenge de Vinhos – Brasil X América Latina

Participei do Wine In e comentei aqui alguns dos vinhos brasileiros que me surpeenderam na prova, mas fiquei devendo algumas informações adicionais sobre o Challenge de Vinhos realizado no último dia do evento. O 1º Wine In, idealizado e coordenado pelo amigo e ex-colunista deste blog, o Breno Raigorodsky,  teve como intuito principal discutir o potencial do mercado para o vinho brasileiro com os principais atores deste mercado: produtores, formadores de opinião e distribuidores. Pelo que tenho lido e pelo que vi, me parece que o objetivo foi alcançado.

           Para avaliar ás cegas o presente status-quo dos vinhos brasileiros viz-a-viz a dos hermanos chilenos e argentinos, foram realizados dois challenges, um com vinhos abaixo de R$50 e outro acima julgados por dois júris, um popular e o outro técnico tendo havido bastante similaridade nos resultados, porém com notas bastante dispares. Os vinhos que chegaram neste challenge passaram por uma primária no dia anterior, sistema igual de composição de júri, tendo o júri técnico  sido composto por; Beto Duarte (Papo de Vinho), Celito Guerra (Embrapa), Horst Kissman (Prazeres da Mesa), Jean Pierre Rosier (enólogo), Jeriel Costa (Blog do Jeriel), João Filipe Clemente (Falando de Vinhos), José Maria Santana (Gosto), José Luiz Pagliari (SBAV-SP / Senac-SP), Jorge Carrara (Prazeres da Mesa), Juliana Reis (SENAC São Paulo), Manuel Luz (consultor), Marcio Oliveira (Vinoticias), Mario Telles (ABS-SP), Mauro Zanuz (Empraba), Nicola Massa (enólogo), Silvia Mascella (Revista Adega), Silvia Franco (Vinho e Gastronomia) e Suzana Barelli (Menu). Também participaram os seguintes especialistas internacionais: Amy Friday e Andrew Shaw (Importadora Bibendum), Claudio Salgado (sommelier do Marriott de Hong Kong), Charles Byers (escritor e radialista canadense), Daniel Marquez (brand ambassador de vinhos e destilados nos EUA), James Lapsley (professor do departamento de Viticultura e Enologia da UC Davis), Olivier Bourse (representante da Université de Bordeaux) e Roberto Rabachino (jornalista, professor e sommelier italiano).

Resultados do Challenge  Brasil x América Latina abaixo de R$50

(clique na tabela para ampliar)

Challenge

Os meus TOP 5 no Challenge acima de R$50,00 foram, na ordem:

Achaval Ferrer Malbec – 2011 (R$85)

Lote 43 – 2011 (R$130)

RAR Cab. Sauvignon/Merlot – 2008 (R$70)

Clos de Los Siete – 2009 (R$105)

Kaiken Corte Malbec/Bonarda e Petit Verdot – 2011.(R$60)

        Não foi nenhuma surpresa o resultado pois há muito tempo que coloco vinhos nacionais em Desafios de Vinho às cegas, e na grande maioria das vezes se deram muito bem. Vejam aqui alguns desses momentos de destaque entre diversos outros:

Desafio de Uvas Ícones – Brasil foi segundo com um Merlot

Desafio de Bordeauxs até R$100 – Introduzi um corte Bordalês brasileiro, foi segundo

Desafio de Vinhos Portugueses – Mais um “intruso” brasileiro nesse meio e se dando bem entre feras..

Desafio Merlots do Mundo – Brasileiro em primeiro lugar.

Desafio de Blends até R$85,00 – Campeão foi Brasileiro

        O problema, como eu sempre digo, não é a qualidade e sim a política comercial, a ausência de estratégias e precificação dos produtos nacionais. Enfim, já cansei de bater nessa mesma tecla, os preços citados acima foram pesquisados na internet e se referem a vendas em São Paulo e toda a sua carga tributária absurda. Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui.

PS. a escolha dos vinhos presentes ao Challenge foi de responsabilidade dos organizadores.


Uma Noite Portuguesa Com Certeza!

DSC02922A confraria Saca Rolha comemorou seu segundo ano de vida em grande estilo e as taças que aguardavam por nós nesse dia, eram muitas! A amiga Raquel, nosso porta voz aqui no blog, deu um show com seu texto aqui abaixo, mostrando bem o que aconteceu nessa noite tão especial. Um momento para lá de saboroso com a sempre gostosa companhia dos confrades e confreiras, bons vinhos e interessantes experiências enogastronomicas. Enfim, fiquem com o texto da Raquel que está maravilhoso e também me despertou saudades!

A emoção é um estado momentâneo em que o indivíduo que se expõe a uma experiência qualquer, se manifesta através de reações somáticas. Essas reações podem ser medo, alegria, raiva, etc… Isso tudo são explicações técnicas, psicológicas, mas e quando se tem a sensação nostálgica de algo que nunca vivenciamos? Como por exemplo: Saudade de Portugal, suas paisagens, cheiros, cores e sabores.  Esse é o ponto! Eu nunca estive em Portugal, e de alguma forma, matei as saudades de lá! Foi numa noite de comemoração com amigos, em volta de uma mesa portuguesa com certeza!Colina Brut Nature

            Logo que chegamos, brindamos ao encontro com o excelente espumante Colinas Reserva Brut Nature. Elaborado pelo método tradicional, super aromático, lembrando avelãs, creme pâtisserie, biscoito e um delicado floral ao fundo. Na boca, ao contrário do que sugeriam os aromas adocicados, era sequinho, com boa pérlage e longa persistência. Quem ainda não conhece os espumantes portugueses, não sabe o que está perdendo!

            Hora de sentarmos à mesa e para a surpresa de todos, a imagem de uma enorme garrafa alongada (Magnum), típica da região de vinho verde, nos deu a dimensão do que ainda estaria por vir!  Era um Soalheiro 2011, 100% alvarinho, que fez par perfeito com os camarões empanados e fritos. O Soalheiro é reconhecidamente um clássico dessa região, onde a ótima acidez, corpo, aromas frescos, cítricos, minerais e herbáceos, são perfeitamente equilibrados. Eu já me daria por satisfeita ali mesmo, mas o show devia continuar.

soalheiro magnum

            Esperávamos por uma harmonização inusitada: caldo verde e vinho verde tinto. Para acompanhar, foi-nos apresentada a famosa broa portuguesa que nada mais é que um pão camponês feito de farinha de milho branco. Apesar de já ter ouvido falar desse pão, que aparece como ingrediente nas receitas de bacalhau, é muito raro ser encontrada por aqui. Mesmo com tantas padarias e seus proprietários lusitanos em São Paulo, apenas uma delas fabrica a broa portuguesa como na sua origem, estilo camponês com sua côdea (casca crocante). Esse pão era um dos ingredientes da “sopa do cavalo cansado”, que os camponeses comiam regado pelo vinho verde tinto (quente e polvilhado com açúcar), Linhares Tintodepois de um dia de trabalho duro. Essa sopa levantava até defuntos!

            O vinho verde tinto tem sido menosprezado por sua rudeza. Com alta acidez, taninos potentes e baixa graduação alcoólica, faz dele um vinho duro e áspero. Por essa razão os produtores tem dado preferência aos brancos onde se consegue melhor qualidade. O vinho escolhido foi o Quinta de Linhares 2010, região do Minho. Como já era de se esperar, um vinho “duro” com taninos ásperos, boa acidez e bem aromático. Muitos torceram o nariz pra ele, até a hora de harmonizá-lo com o caldo verde, a partir daí, tudo ficou mais macio e principalmente dentro do contexto: A broa, azeite, caldo verde e o vinho. Não ficou difícil enxergar coerência nisso tudo. Os hábitos culturais aparecem ao acaso, mas não permanecem por acaso.

             Depois dessa imersão cultural (será que foi lavagem cerebral, rs..rs..), já estávamos até com sotaque(e saibam que portugueses de verdade lá só haviam 2!).

Então foi chegada a hora do Bacalhau. Muito bem executado, de maneira simples, com muito azeite, alho, cebolas e suas batatinhas. Para acompanhá-lo, três regiões importantes: Dão, Alentejo e Douro.

Clipboard Portugal & Bacalhau

            Casa da Passarela – Vinhas Velhas – 2008.(Dão)

            Aromas inebriantes logo de cara! Um leque enorme que alternavam-se com o passar do tempo na taça. Muito equilibrado na acidez, taninos macios e ótimo extrato. Um vinho que me surpreendeu pela elegância. Não dividiria a atenção dele com mais nada. Talvez……… só um queijinho da Serra da Estrela, rs..

            Herdade deSão Miguel  – Touriga Nacional  2010. (Alentejo)

            Mostrou-se bem discreto no nariz. Já na boca, cheio de fruta, bem encorpado e equilibrado. Junto com o bacalhau, salientou as ervas que temperavam o prato.

            Altano Reserva – Quinta do Ataíde -2008. (Douro)

            Produzido pela família Symington, um dos maiores produtores do Douro e  famosos pelo Porto Graham’s. Esse vinho, também elaborado com Touriga Nacional, mostrou aromas de azeitona, frutas secas e alguma mineralidade. Denso, enche a boca, com notas de madeira bem incorporadas. Quanto a harmonização, as opiniões divergiram. Eu gostei mais deste com o bacalhau.

            Depois de muito comer e beber, gostar mais desse ou daquele vinho, tínhamos que tirar a prova dos nove, certo? Pensando nisso, um dos confrades nos agraciou com um bônus e tanto!

           Casa Ferreirinha – Reserva Especial – 2003.Casa Ferreirinha

            Esse vinho é um ícone da região do Douro ao lado de seu irmão-mor “Barca Velha”. Os dois são produzidos a partir de uvas do mesmo vinhedo, são envelhecidos em barricas de carvalho, engarrafados e depois de anos, dependendo da qualidade da safra, são rotulados. As safras excepcionais serão Barca Velha e as outras Casa Ferreirinha. Só posso dizer uma coisa: se o Ferreirinha já é um vinhaço, imagino o outro!!!!!  Na taça ele já mostra uma cor intensa e escura. Aromas extremamente frescos e elegantes que vão evoluindo com o tempo, como se pedindo a nossa companhia, fica nos entretendo o maior tempo possível. Amável, robusto, cheio de sabor. Um vinho de caráter que valeu muito conhecer.

            E para encerrar a noite com chave de ouro, o vinho mais dourado que já provei!

            Quinta do Portal – Moscatel do Douro – Reserva 2000.

            Dizem que a primeira impressão é a que fica. Talvez……mas a última faz com que uma história tenha começo, meio e fim. E quando o fim é bom, vamos lembrá-la para sempre. Acho que nesse caso, esse Moscatel só deixou boas lembranças. A começar pela cor , um alaranjado brilhante, incrível. Os aromas, voluptuosos, de amêndoas, erva doce, anis, mel, etc… Por mais que eu tente descrever, jamais conseguirei chegar perto das sensações que vivi. Acompanhou como um imã o toucinho do céu.

             Comecei esse texto falando de emoções, nostalgia de lugares nunca antes visitados. Há quem diga que a linha que separa a fantasia da realidade é muito tênue. Partilhar algum tipo de experiência, que envolva a boa mesa, bons vinhos com bons amigos, nos ajuda a vivenciar situações inesquecíveis. Afinal, navegar é preciso!

Quinta do Noval Moscatel 2000 com Toucinho do Céu

Bem, depois disso, só me resta dizer um kanimambo especial à Raquel por esta descrição tão saborosa dos momentos vividos nesse encontro, e desejar que tenhamos condições de celebrar nosso terceiro ano com as mesmas emoções. Salute e uma ótima semana para todos com, preferencialmente, mais vinhos de Portugal.