setembro 2013

Viña Maquis, você conhece?

Eu não conhecia e sigo conhecendo pouco, porém esse pouco me despertou a curiosidade esperando que num futuro não muito longínquo eu, e você, possamos ter a oportunidade de conhecer melhor seus vinhos. Conheci dois rótulos deles no recente encontro da Wines of Chile durante a Master Class (virou moda) apresentada pelo Jorge Lucki e posteriormente no salão de degustações por onde passei rapidamente.

Na Master Class provamos alguns ótimos vinhos chilenos que demonstraram bem as características de cada uma das novas denominações (Costa/Entre Cordilleras e Andes) entre eles destaco; o marcante Sauvignon Blanc Cool Coast da Casa Silva, o sempre confiável Cousino Macul com seu Finis Terrae um mui equilibrado e muito bom blend de Cabernet, Syrah e Merlot, o agradável Santa Carolina Reserva da Familia Cabernet Sauvignon, o complexo e bem estruturado Intriga da Montgras que mesmo sendo 100% Cabernet Sauvignon não apresenta as goiabas e pimentões muito presentes nestes vinhos e que, sinceramente, não me agradam, porém o maior destaque de todos foi o Maquis Lien.

Lien em Mapuche, quer dizer metal prateado que eles simbolizaram no rótulo com um lagarto prateado. Aliás, todos os Maquis lizardrótulos deste produtor possuem uma marca diferenciada e muito interessante. A Viña Maquis existe desde 1927, porém somente a partir de 2002 a família começou a engarrafar seus próprios vinhos e ainda não está presente entre nós. Pelos comentários e cochichos de bastidores, creio que logo, logo estarão por aqui, então fique de olho ou, se for passear por terras chilenas, eis um produtor a visitar. Estão localizados na região Entre Cordilleras do Valle de Colchagua estrategicamente posicionados entre dois rios o que lhe confere condições de solo diferenciadas. O Maquis Lien 2009, elaborado pelo enólogo bordalês Jacques Boissenot, é daqueles vinhos que exalam personalidade desde as primeiras fungadas e nos levam a rapidamente querer levar a taça à boca onde ele se mostra potente porém muito elegante (ótima combinação essa!) de taninos bem presentes mas finos e aveludados, equilibrado, frutos negros bem presentes (cassis), ótima estrutura, denso e muito jovem, um adolescente com promissor futuro mas já muito guloso e sedutor, de final apetecível, longo e algo especiado.  Mais uma vez um blend que seduz, comprovando que este estilo de vinhos realmente se mostra bem mais complexo que a grande maioria dos varietais, ainda mais quando no corte se coloca um pouco Maquis Rosede Petit Verdot (sempre ela!). A composição do vinho é um corte de Cabernet Franc (42%) Syrah (32%) Carmenére (23%) e aquele toque mágico, 3% de Petit Verdot!

Enfim, fique de olho no mercado pois esse vinho não deve tardar a chegar por aqui e merece toda a nossa atenção, só espero que venha a preços que caibam no bolso. No salão ainda provei seu Rosé de Malbec que é um vinho delicioso e refrescante que certamente fará sucesso em nosso verão por chegar.

Salute, kanimambo e um ótimo final de semana para todos.

 

Bodega Noemía Uma Grata Surpresa

Recentemente fui convidado a participar de uma degustação vertical dos vinhos deste que é um produtor ícone da região da Patagônia, produzindo, desde sua fundação, vinhos orgânicos e posteriormente biodinâmicos.  A Condessa Noemi Marone Cinzano e o enólogo Hans Vinding-Diers descobriram um vinhedo antigo e extraordinário, de apenas 3.000 parreiras – plantado em 1930 com vinhas velhas de Malbec em pé franco, sem enxerto e esse foi o embrião da Bodega. A região, diferentemente de Mendoza, é plana sem montanhas, de pouca variação térmica, porém de invernos frios, secos e longos e verões curtos não muito quentes o que gera vinhos com um teor alcóolico mais baixo que os das demais regiões argentinas, especialmente Mendoza. Água em fartura que vêm de dois rios de degelo, porém com poucas chuvas e, consequentemente, sem humidade.

Produzem tão somente quatro rótulos, todos de uvas plantadas em pé-franco, dos quais provamos três; o A Lisa que é seu gama de entrada de vinhedos mais jovens e uvas compradas, o J. Alberto no qual se usam uvas de vinhedos de 1955 (belo ano esse – rs) e o Noemía de vinhedos de 1930. Provamos as safras de 2009, 2010 e 2011 do A Lisa e do J. Alberto, sendo que do Noémia (1.500 gfs) somente o de 2008, um privilégio. No topo de todos e pouquíssimas garrafas produzidas muito de vez em quando, o Noemía “2” de produção limitada a cerca de 2000 garrafas, é um blend de 89% Cabernet-Sauvignon,  8% Merlot, 2% Malbec and 1% Petit-Verdot na safra de 2010.

Bodegas Noemia

A Lisa – interessante que apesar de ser o vinho de entrada da vinícola, foi o que mais mostrou as diferenças climáticas de cada safra, coisa que se sente muito na produção biodinâmica pois há pouco, se algum, espaço para eventuais correções. Malbec, porém leva um tempero de Merlot e uma pitada de Petit Verdot (sempre ela) para realçar o “suco”! O 2009 está pronto e delicioso de tomar, taninos maduros e muito equilibrado com um teor de álcool algo mais alto em função do verão atipicamente quente.  O 2010 está muito diferente, eucalipto mais presente, um certo toque de Brett* que encanta alguns e desgosta muita gente. O 2011 está ainda muito fechado e apresenta características intermediárias entre o 2009 e o 10, sem o Brett.  Sou mais o 2009 neste momento e acho um belo vinho. Já tinha provado há uns dois anos e realmente é um Malbec diferenciado para a faixa, cerca de R$110,00. Produção total deste gama de entrada beira as 90 mil garrafas..

J. Alberto – na Vinci (importadora) o preço sobe um degrau (de USD50 para 69,00), mas a qualidade e complexidade dá um pulo bem maior e eu me apaixonei por este vinho que me era desconhecido e do qual são elaborados somente cerca de 14/15.000 garrafas anualmente. Malbec 95% (vinhedo de 1955) com Merlot, é um vinho de excecional qualidade que passa por barricas francesas de 2º uso (30% do vinho), de 3º uso (30% do vinho) e o restante em tanques de cimento. O resultado é um vinho especial e exclusivo onde a fruta está presente com madeira inteligentemente usada de forma a “levantar” o conjunto dando-lhe complexidade. Vinhos densos, muito ricos, com um meio de boca delicioso e marcante, taninos aveludados e muito longo. O 2009 está maravilhoso e se fosse para escolher para tomar hoje, certamente seria o meu escolhido, porém o 2011 é uma joia a se guardar. Mostra-se, em minha opinião, num patamar acima dos demais e, podendo, compre umas três ou quatro garrafas e vá abrindo com parcimônia, uma agora, outra daqui a dois, anos, outra ……pois esse ainda vai dar o que falar! Considerando-se a taxa cambial hoje, falamos de um vinho entre R$150 a 160. Recomendo.

Noemía 2008 – 100% uvas Malbec de vinhedo datado de 1933, certamente um dos grandes vinhos argentinos! Tem gente pagando fortunas por algumas bombas alcoólicas sem qualquer equilíbrio e aqui nos deparamos com concentração, equilíbrio e elegância que marcam sem derrubar! Um vinho de personalidade própria, já pronto mas com muito para dar ainda e certamente veremos grande evolução nele, quem aguentar guardá-lo, durante os próximos 10 anos. Paleta olfativa viva e intensa implora para levar a taça á boca onde ele se mostra  fino e elegante, frutos frescos, boa acidez, meio de boca muito rico e complexo com uma certa mineralidade no final de boca que persiste uma eternidade. Não sei se os amantes da potência saberão apreciar as sutilezas deste vinho em que a madeira, apesar dos 20 meses de barricas novas francesas, está perfeitamente integrada, porém a mim me encheu de prazer.

Custa algo como US$160  (R$385 hoje na Vinci) o que vis-à-vis os preços de vinhos do mesmo porte, nem é caro, mas é muita grana. Para quem pode, bate de longe muito rótulo mais midiático na praça e, no meu conceito, vinho com cinco estrelas da Decanter tem que se tirar o chapéu, caso deste!

É isso e gostei muito do que provei, vi e escutei. Agora tenho que achar um nicho para o J.Alberto 2009 na Vino, fazer o quê, eta vinho bão e esse cabe no bolso mesmo que não facilmente! Salute e kanimambo

 

*Brettanomyces é uma família de leveduras que pode atacar o vinho ou o mosto em fase final de fermentação. Popularmente chamada de “Brett”, esta levedura produz aromas de couro, suor e bacon. No entanto, quando levemente presente, sem encobrir o caráter da fruta, pode adicionar complexidade ao fermentado. Podemos observar isto em muitos dos principais produtores do Rhône.  A “Brett” encontra predisposição especial para agir em vinhos com alto PH (baixa acidez) e teor alcoólico. Sendo assim, raramente a encontramos em vinhos brancos. Ainda não existe uma forma de corrigir este problema. Pode-se atuar apenas preventivamente durante a vinificação com a correta aplicação de sulfitos. (fonte – Revista Adega)

Dicas de Nossa Vinosfera

          Amigos, antes de falar de vinho nesta semana, falemos de algumas dicas de eventos nas próximas semanas que acho que valem muito a pena ser divulgadas.

Encontro de Vinhos – mais um encontro, porém desta feita pela primeira vez em Belo Horizonte onde os enófilos de bom calibre abundam. O Beto e o Dani vêm expandindo as edições deste gostoso Encontro com a diversidade pelo Brasil afora e isso me faz feliz, pois antes de tudo são bons amigos.

Clique na imagem para acessar o link para a lista de expositores que estarão presentes e, se for como de costume, é bem provável que apareçam mais uma meia dúzia de atrasadinhos!

Encontro de vinhs BH

Encontro de Vinhos Belo Horizonte 2013

·         Data: 14/09 (Sábado) Local: Mercure BH Lourdes – Avenida do Contorno, 7315 – Bairro Lourdes

·        Horário: Das 14h as 22h.

·         Ingressos: R$ 50,00 (antecipado) e R$ 60,00 na hora. Associados ABS têm 50% de desconto apresentando carteirinha.

Flag Button EspanhaUma Viagem Por Grandes Vinhos da Rioja dia 12 de Setembro – Degustação para o pessoal que mora ou está de passagem por Piracicaba e região (Americana,Sumaré,Limeira,Campinas, etc.) no interior do Estado de São Paulo, mais uma vez pelas mãos do amigo Luiz Otavio do Enopira

LOCAL: ENOPIRA a partir das 20 horas. – Rua Mamede Freire nº 79  Piracicaba SP

Maiores detalhes e reservas > luizotavio@enopira.com.br ou pelos telefones (019 ) 3424-1583-  Cel. ( 19 ) 9-8204.0406

VINHOS APRESENTADOS (todos da Peninsula)

1-                  Juve Y Camps Cava Reserva Familia Brut Nature 2007- R$ 176,00

2-                  Orben 2005- R$ 163,00

3-                  Sierra Cantabria Colección Privada 2006- R$ 269,00

4-                  San Vicente 2009- R$ 328,00

5-                  El Puntido 2005- R$ 372,00

6-                  Izadi Expression 2001- 466,00

7-                  Calvário 2006 R$ 593,00

8-                  Finca El Bosque 2005- R$ 873,00

APÓS A DEGUSTAÇÃO SERÁ SERVIDO: Bacalao a La Riojana

Curso de Países na Vino & Sapore – Desta feita é Chile. Por  motivos alheios à minha vontade tive que adiar minha apresentação na Vino & Sapore (Granja Viana – Cotia – SP) pera dia 25 de Setembro e ainda há algumas vagas disponíveis.

CHILE na VINO & SAPORE

Suas Regiões, Vales, Cepas e Vinhos

Chile, terras da diversidade, dos Vales e agora três novas sub-denominações de origem que visam dar uma melhor indicação do que esperar de uma garrafa de vinho desse importante player no mercado internacional. Vamos atualizar os enófilos de plantão com essa nova divisão de áreas, falar de seus Valles, suas uvas e seus vinhos neste próximo dia 25 de Setembro a partir das 20 horas. Enquanto falamos das regiões e das cepas mais importantes do Chile, vamos provar seis de seus vinhos e ao final um prato que esperamos possa reproduzir os sabores da terra, Pastel de Choclo.

Audio visual, apostila e um bate-papo agradável que visa atualizar os iniciados e esclarecer os iniciantes de nossa vinosfera com limitação de dez participantes por aula. Apresentação:  João Filipe Clemente, Enófilo, Consultor  e Colunista de vinhos, autor do blog Falando de Vinhos. Investimento; R$150,00 a serem pagos no ato da reserva. Aguardamos você e lembramos que já temos cinco vagas ocupadas, então o que resta será de quem chegar primeiro!

 Rua José Felix de Oliveira 875 – Zagaia Mall – Centrinho da Granja Viana Tel. (11) 4612.6343/1433 – E-mail: comercial@vinoesapore.com.br

Conhece a uva Melon de Bourgogne?

choblet-fief-guerin-muscadet-534x712Francesa, mais uma, gosta de climas frios e solos de granito e xisto gerando vinhos vibrantes, leves e refrescantes sendo ótima companhia para frutos do mar, em especial de ostras. Não sei se o amigo Nilson vende bem esses vinhos no seu Armazem Conceição lá em Floripa, porém de lá aos camarões grelhados e lagosta do nosso quente nordeste, me parece a companhia ideal. Uma pena que os preços desses vinhos, assim como dos bons Gruner Veltliner austríacos, não sejam mais camaradas, porque abriria uma por semana tranquilamente. Falo dos Muscadet, como são mais conhecidos, que na verdade é uma região do Loire, e agora você já começou a conhecer a uva não? Só não DSC02915consegui saber, até agora e contribuições são bem vindas, em que momento a Melon vira Muscadet?!! rs Certamente modismo e marketing provavelmente, caiu na boca do povo já viu né!

Os vinhos desta região mais ocidental do Loire, em que a Muscadet (Melon de Bourgogne) é rainha dos vinhedos com bem mais área plantada que qualquer outra cepa, são normalmente bem secos, muito ligeiros e sem grandes atrativos, porém os que vem da região de Sévre-et-Maine e passam por uma elaboração Sur Lie, ganham essa algo mais tornando-se vinhos vibrantes com maior riqueza aromática e de sabores sem perder a sutileza que os caracteriza. São mais de 2500 produtores, alguns poucos engarrafando, que vendem seus vinhos para uma meia centena de negociants que engarrafam e distribuem esses vinhos. O frescor do vinho é essencial, então sugiro consumi-lo nos primeiros dois anos de vida, eventualmente três se o produtor for realmente bom.

Não sendo um campeão de vendas, muito em função do desconhecimento que as pessoas têm destes vinhos e um pouco por preço, em minha última promoção na Vino & Sapore “matei” umas garrafas dessas e sobrou uma que levei para casa matando saudades. Desta feita sem comida, só um queijinho de cabra, mas me deliciei com ele e seus educados 12% de teor alcoólico que permite que se tome sem muita moderação. Apesar da foto horrível acima (abaixo o rótulo para uma melhor identificação) este Domaine La Haute Févrie (Zahil) é um dos vinho de que gosto bastante e sempre tive por perto, porém o mercado possui diversas outras opções então aventure-se um pouco, saia fora de sua zona de conforto e descubra novos sabores e novos produtores, é tudo de bom!

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Salute e bom fim de semana.

Salvar

Salvar

Quinta do Portal Moscatel do Douro Reserva 2000

Quinta do Noval Moscatel 2000 com Toucinho do Céu          Este vinho conheci na agradável e saudosa companhia de dois dos mais consagrados e respeitados enoblogueiros portugueses, o João Pedro e o Rui Miguel numa noite para lá de inesquecível! Pois bem, ontem abri uma garrafa que guardava com carinho em minha adega, aguardando o momento certo! Não vou me alongar no texto porque a foto fala mais do que qualquer comentário meu, mas posso dizer que junto com um magnifico pedaço de Toucinho do Céu (obra da saudosa Dª Milu e do Sr. Vasco – melhores doceiros portugueses fora da terrinha premiados pela Veja por diversas vezes) e boa companhia de amigos, foi uma harmonização perfeita, néctar dos néctares, uma emoção diferente, uma experiência olfativa ímpar e na boca um verdadeiro extase! Faltou a almofadinha para agradecer de joelhos!!!!!

Salute e Kanimambo, sempre garimpando os bons vinhos de Portugal

Varietal ou Corte? Afinal, Você Sabe o Que Está Bebendo?

          Pela legislação na maioria dos países produtores, um varietal pode estampar o nome da uva em seu rótulo quando esta possua predominância de no mínimo 85% na sua elaboração. No Brasil, conforme artigo escrito pelo Marcelo Copello neste último dia 30 de Agosto e publicado em seu Simplesmente Vinho no portal Terra que copio abaixo, esse porcentual é de 75%. A especificação das outras cepas não é obrigatória e aí vem a pergunta, você sabe mesmo o que está bebendo?

          Pessoalmente me preocupo com o todo, com a origem, com o produtor mais do que com a composição do vinho, porém há quem seja fissurado por saber das uvas que está tomando. Tem gente que só toma Cabernet Sauvignon e não toma blends porque acha que a “mistura” não faz bem ao vinho ou não gosta de Merlot, Malbec ou Carmenére. Será?!! Pode muito bem ser que esse tomador de vinho esteja tomando um “varietal” de Cabernet com uma boa dose de Merlot, Malbec, Petit Verdot ou até uma somatória delas sem saber! Afinal, qual a diferença entre vinhos varietais ou vinhos de corte?

          Vinhos varietais são vinhos, a principio, feitos com um único tipo de uva, ou com predominância de um tipo de uva de acordo com a legislação da região produtora. Já os vinhos de corte (blends, assemblages, de lote) são vinhos de “misturas” de diversas cepas. Em Portugal as pessoas se referem a um vinho com 100% de uma mesma uva, como vinhos vinificados ao extremo, questões de linguagem. Veja o que disse o Marcelo Copello em seu artigo:

Pela lei brasileira um vinho para ser um varietal, ou seja, para trazer um único nome de uva no rótulo, precisa ter ao menos 75% desta uva. Quando você lê no rótulo de um vinho, por exemplo, Chardonnay, significa que a maioria das uvas neste vinho é Chardonnay, podendo ser 100%. O melhor máximo de grandes varietais são os vinhos da Borgonha, que em sua maioria são 100% Pinot Noir (nos tintos) e 100% Chardonnay (nos brancos)

Os vinhos de corte, ou assemblage, como falam os franceses, misturam diferentes tipos de uvas para tirar o melhor de cada uva, buscando assim um vinho, mais equilibrado, mais complexo e mais completo. Um bom exemplo de vinhos de corte são os vinhos de Bordeaux na França, que normalmente nos tintos são uma mistura três uvas, Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc (há ainda outras possíveis, como Petit Verdot, Malbec e Carménère).

Mas qual o melhor, varietal ou corte? Este não é um fator de qualidade em um vinhos. Este é um tema bastante discutível, mas em uma lista dos maiores vinhos do mundo, possivelmente o que predomina são os cortes.

            Pessoalmente me encanto com os blends, adoros os portugueses e os Chateaneuf-du-Pape, com até 13 uvas, a meu ver crescem em complexidade e são meus preferidos, porém em primeiro plano o vinho tem que ser bom, isso sim é essencial! Agora, a escolha é sua, mas cuidado porque você pode estar tomando uma coisa achando que é outra então melhor rever seus conceitos ou comece a exigir aqueles rótulos em que o contra rótulo claramente especifique 100% do uso da cepa mencionada.

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos