outubro 2008

Faltam 5 Dias!

Pessoal, inicio hoje a contagem regressiva para o sorteio da campanha de Aniversário da Coluna. Só lembrando; mais de 70 vinhos (clique para ver lista e parceiros), acessórios, curso de vinhos na Portal dos Vinhos totalizando mais de R$5.000 em prêmios para 28 sortudos leitores assíduos do jornal e blog.Tudo na faixa, de grátis, free, de borla, é só inscrever-se e participar. Essencial que sejam maiores de 18 anos e estejam disponíveis para participar do evento informal de premiação e confraternização que realizarei no próximo dia 5 no Espaço Gastronômico Villa no Morumbi/São Paulo, com o apoio das vinícolas Casillero del Diablo e Marco Luigi. Quer saber mais, clique nos diversos posts da categoria ANIVERSÀRIO-promoção e cadastre-se, FALTAM 5 DIAS!

Salute, kanimambo e boa sorte.

 

Degustando Argentina II

Bem, afora me ter esbaldado e tomado alguns dos melhores vinhos Argentinos fora do alcance da maioria de nós pobres mortais, tive a oportunidade de também descobrir alguns verdadeiros achados com preços realmente inacreditáveis pela qualidade que entregam e prazer que geram.

 

Trivento, importação da Wine Premium produz alguns vinhos realmente muito interessantes por preço bem camarada. Desde a linha Tribu com um Pinot Noir muito gostoso para o dia-dia por preço ao redor de R$25 e o muito bom Amado Sur por cerca de R$ 45,00, vinhos que já conhecia e já recomendei, provei agora o espumante Brut Nature elaborado com um corte de 60% Pinot e 40% Chardonnay, muito agradável, balanceado e fresco com uma bonita cor decorrente da alta participação da Pinot. Está por somente R$37,00 o que concorre diretamente com nossos espumantes nacionais, e é um produto que me agradou bastante.

 

Bodega Augusto Pulenta da região de San Juan, é mais uma importação da Wine Premium que vale a pena conhecer pela incrível relação Qualidade x Preço x Prazer. Provei um rose de Syrah, mais um, que gostei demais e está por chegar ao Brasil, é o Valbonna Rosé 07 que, apesar de seus 14º de álcool, mostrou um equilíbrio muito bom. Não tem um nariz de grande intensidade, mas na boca é uma delícia, suave, fresco e muito agradável por cerca de R$35,00. A Maria Andréa Pulenta, simpática e bonita representante da Bodega, me explicava que eles estão desenvolvendo um trabalho com a Syrah em San Juan, que começa a apresentar ótimos resultados podendo-se transformar na cepa ícone da região. Tenho que concordar que me parece um projeto muito interessante já que o Valbonna Syrah 2007, um vinho de entrada sem madeira apresentando boa tipicidade no nariz em que afloram frutas vermelhas, é muito saboroso e tem um final de boca muito agradável e especiado. Uma ótima opção para quem quer iniciar seus conhecimentos na uva syrah, ainda por cima porque essa gostosura está por somente R$28,00, imperdível. Possui ainda um vinho top com produção limitada a 8 ou 10.000 garrafas anuais dependendo da safra, 100% Cabernet Sauvignon, por sinal uma marca registrada deles já que todos os varietais são 100%, muito agradável. O Augusto P. 2002, está absolutamente pronto a beber, mas já perdeu muito de seu fulgor e vida, não sendo um vinho de grande guarda apesar de seus doze meses de carvalho e outros tantos de garrafa em cave. É um vinho que deve atingir seu apogeu aí com seus quatro a cinco anos de vida.

 

Cuvelier Los Andes, uma das bodegas do projeto Los Siete na Argentina, uma associação de sete bodegas de investimento francês tendo o Michel Rolland como principal orientador técnico. Tem um Malbec puro que é bom, mas não me encantou. Agora o Grand Vin, corte que tem como protagonista a prória Malbec com 70% a qual se misturam a Merlot, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Syrah é um grande vinho, especialmente o 2006 que provei. O 2004 é um vinho potente, quente na boca (15.5º) de grande impacto na boca e taninos finos mostrando boa persistência, mas não me apaixonei. Já o 2006 está estupendo apesar de ainda muito fechado no nariz. Na boca explode em sabores complexos, ótimo corpo de grande estrutura, boa concentração, denso, rico, taninos firmes de muita qualidade e grande elegância. Vinho para decantar por uma hora e se deliciar com toda a sua exuberância. Gamei e está por cerca de R$198,00 na Expand que importa e distribui este rótulo nacionalmente. Parece que o 2006 ainda não está pronto, estando por chegar o 2005, que, de acordo com o enólogo da bodega, está superior. Que venha!

 

 

 

Fabre- Montmayou Patagônia e Mendoza, duas bodegas em um só projeto, produzir bons vinhos extraindo o melhor do terroir de cada região, a preços justos que remunerem adequadamente o produtor mas que permitam que o mesmo seja consumido por pobres mortais como você e eu. Adorei o conceito e adorei os vinhos! Comecei por um estupendo Chardonnay 07, que tanto eu como o Jorge Carrara apostávamos que tinha passado em madeira e teríamos perdido, elaborado com cepas extraídos de vinhedos de cerca de 60 anos, de grande estrutura, nariz intenso de ananás e algo de baunilha (mas sem madeira). Na boca, todavia, aquela sugestão de madeira desaparece, é balanceado, saboroso, um delicioso final de boca e um vinho essencialmente gastronômico. Um dos melhores Chardonnays de Mendoza que já tomei, por apenas R$35,00! Mas tinha mais!! Na mesma faixa de preço um Malbec 05, ainda demonstrando uma certa jovialidade e uma estrutura dificilmente vista em vinhos nesta faixa de preços. O Gran Reserva Malbec 06, um vinho já de outra grandeza que apresenta boca um pouco tostada, bem balanceado e de boa persistência e gostei muito do Gran Reserva Cabernet Sauvignon 04, ambos por cerca de R$59,00, que possui um nariz de boa intensidade, redondo, elegante com leve toque de pimenta num fim de boca muito agradável. O Grand Vin Mendoza 05, é um grande vinho, corte de 85% Malbec, 10% Cabernet Sauvignon e 5% de Merlot, especialmente longo na boca que e precisa de tempo de decantação sendo apenas uma criança tentando dar seus primeiros passos. Um belo vinho que deve estar divino em mais um ou dois anos, fazendo jus aos grandes vinhos de Mendoza.

         Da Patagônia, dois vinhos especiais para o meu gosto; o Barrel Selection Cabernet Sauvignon 2006 mostrando muita personalidade, ótima estrutura, taninos firmes ainda, mas de grande elegância por cerca de R$59,00 e o maravilhoso Merlot Gran Reserva 05, para mim o melhor Merlot argentino que já tomei e, se estiverem pensando num presente para mim, já acharam! Muito complexo, paleta de aromas intensa e gostosa, boca redonda, boa concentração, ótima textura muito harmônico uma delicia para ser saboreado com calma e tranqüilidade usufruindo tudo o que ele tem a oferecer. Por R$98,00, uma bom custo x beneficio num vinho que nos dá muito prazer. Mais uma exclusividade da Wine Premium.

 

Para finalizar, um passeio no meu parque de diversões preferido e, desta vez, com direito ao tratamento completo, Achaval Ferrer. Quem lê este blog com uma certa regularidade, sabe que sou um apaixonado pelos vinhos deles, que possuem uma personalidade muito própria, tendo alguns em minha adega. O Malbec “básico” 07, estava especialmente macio e muito saboroso sempre uma grande opção e desta vez mais pronto que o normal, não há o que falar do Quimera 05 que começa agora a mostrar toda a sua exuberância e os absolutamente exuberantes Finca Mirador 05 e 06. O 2006 está especialmente divino, um grandíssimo vinho com preço idem e se uma boa alma me presentear com uma garrafa, certamente terá minha eterna gratidão. Um vinho realmente extraordinário e inesquecível de enorme elegância e complexidade! Provei também o excelente Altamira, mas o estilo dos Mirador têm mais a minha cara. Não vou nem ficar com muito lero sobre estes vinhos, compre ao menos uma vez uma garrafa do básico, vá do 2007 que está ótimo, e depois conversamos.

         Os grandes achados, Augusto Pulenta Valbonna Syrah, Trivento Tribu Pinot Noir e Fabre-Montmayou Chardonnay. Preferidos que, eventualmente, cabem no bolso, Fabre-Montmayou Patagonia Merlot Gran Reserva e Achaval Ferrer Malbec “básico” 2007. O grande vinho, sem dúvida alguma o Achaval Ferrer Mirador 2006. Os preços podem variar já que esta zorra financeira com explosão da taxa cambial, pode comprometer os preços de importados caso a situação persista e me parece que muitos já aumentaram entre 15 a 20%. Se tiver uns trocados, que não tenham ido na bolsa, aproveite e faça um pequeno estoque preventivo, se ainda encontrar.

Salute e Kanimambo!

Cobrando Brasil

Estava esperando para ver quem seria o primeiro a me cobrar matéria sobre os vinhos Brasileiros e pensei que hoje seria um bom dia para me antecipar às cobranças. Eheheh dancei, a amiga Helô chegou antes! Com esta história do evento de aniversário da coluna que se tornou algo bem mais complexo de administrar do que pensava, com uma série de atividades profissionais e visitas do exterior que me atrapalharam, uma certa dose de falta de motivação e iato criativo, falta de material para pesquisa tornando mais difícil a elaboração de matéria minimamente aceitável dentro dos padrões que defini para este folhetim do vinho, tudo colaborou para que a roda não girasse dentro dos moldes normais e estou para lá de atrasado nessas matérias. Uma coisa garanto, vai ser difícil inventar uma promoção dessas novamente, certamente não da forma como inocentemente a elaborei! Marinheiro de primeira viagem dá nisso. Coisa de louco sô!

Por outro lado, o mês de Novembro está meio sem tema já que o jornal vai dedicar a coluna à cobertura do evento de confraternização e premiação deixando-me assim, um pouco mais livre para seguir desenvolvendo a matéria sobre nossos vinhos Brasileiros. Preciso de tempo para pesquisa. O que posso adiantar, desde já, é que o apreciador de vinhos no Brasil não mais depende de vinhos do exterior para tomar bons néctares. De vinhos para o dia-a-dia até vinhos de grande complexidade, passando pelos varietais  mais conhecidos até os mais exóticos e de cortes de muito boa qualidade, o vinho Brasileiro é uma realidade que só necessita de um maior investimento no âmbito comercial para deslanchar nacionalmente. Quem duvidar sugiro que abra o olho e algumas boas garrafas, creio que mudará de idéia bem rapidinho.

Algumas dessas estarei destrinchando nos posts, mas aqui vão algumas boas dicas, sem resenha e sem comentários, que tive o privilégio de tomar  nestes últimos dias; de Santa Catarina um estupendo Villa Francioni 04, top de linha da vinícola e corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec , o delicioso e recém lançado Villaggio Grando Cabernet Sauvignon e o Sanjo Nubio Rosé, verdadeiro achados; já do Vale dos Vinhedos e com preços mais camaradas alguns belos vinhos com estilos e cepas diferentes a começar pelo Tannat 05 da Dal Pizzol muito redondo e saboroso, os muito ricos e vibrantes Merlot Reserva e Eggiodola Reserva 2005 da Pizzato e o Cabernet Sauvignon Premium 05 da Casa Valduga. Para finalizar, provem o Chardonnay e o Tannat da Cordilheira de Sant’Ana da região da Campanha Gaúcha quase fronteira com o Uruguai duas ótimas opções. Comprem, tomem e depois comparemos sensações, sabores e emoções. Eu gostei demais!

Peço desculpas aos amigos e alguns produtores que aguardam estas matérias, mas prometo que logo, logo elas começarão. Enquanto isto aproveitem o restante dos posts. Creio que há bastante coisa interessante e algumas boas dicas e descobertas de bons vinhos tomados com ótimos preços, mesmo que sendo de outras origens. Aguardo também, receber os destaques de nossos parceiros comerciais para começar a postar alguns Boas Compras na semana que vem. Enquanto isso, deliciem-se com esta inusitada dica de harmonização! Salute e kanimambo, neste caso pela paciência.

 

“Finalmente me lembrei – Tinto com caçadores e Brancos com pescadores”.

Últimas Noticias da Promoção de Aniversário

Bem, a confraternização de aniversário da coluna está efetivamente definida e confirmada para o dia 5 de Novembro, no espaço gastronômico Villa regado aos muito bons Sauvignon Blanc 2008 e Carmenére da Safra Histórica de 2007 da Casillero Del Diablo. A ser realizado das 20 às 22:00 horas com o comparecimento dos participantes pré-sorteados, de amigos, de representantes dos importadores, de lojistas, jornalistas e colegas blogueiros, faremos o sorteio final dos prêmios entre os presentes neste evento informal. Serão mais de 70 vinhos, acessórios e um curso de vinhos que, aos novos preços vigentes no mercado, superam os R$5.000. Premiação só possível com a ajuda dos parceiros que nos trouxeram até aqui e, espero, me acompanhem por muitos mais anos. Aliás, tenho que ressaltar o apoio recentes dos amigos da Casillero que recém subiram a bordo deste barco mambembe, nesta viagem de democratizar e desmistificar nossa vinosfera, garimpando bons vinhos por bons preços e compartilhando experiências no processo.

Aos que ainda não se cadastraram, faltam somente sete dias para o encerramento das inscrições já que dia 28 efetuarei o sorteio dos participantes que comparecerão à confraternização onde escolherão o seu prêmio entre um dos 26 envelopes lacrados. Cadastre-se, não existe taxa ou qualquer outro exigência a não ser terem mais de 18 anos e poderem estar presentes ao evento. Meu maior pagamento é ter a fidelidade dos amigos leitores e ver crescer o volume de acessos que só fazem divulgar a mensagem. Esta promoção, por vezes atrapalhada e confusa, coisa de marinheiro de primeira viagem numa viagem solo, é a minha forma de agradecer-lhes pelo apoio que tive até agora e espero merecer por bem mais tempo.

Finalizando o evento, faremos um brinde ao doce néctar com um muito saboroso espumante safrado da Marco Luigi, o Reserva da Família Brut 06 processo Champenoise. Mais um parceiro antigo que produz diversos rótulos de que gosto muito, entre eles o melhor espumante Moscatel brasileiro que já tive oportunidade de tomar, e olha que provei diversos, assim como o ótimo Merlot Reserva da Família entre outros.

Salute, Kanimambo e espero ter o prazer de conhecer alguns de vocês pessoalmente no dia 5. Boa sorte!

Degustando Argentina I

         

           Neste últimos dez dias, tive a oportunidade de provar uma série de vinhos Argentinos. Uns foram verdadeiros achados, outros me surpreenderam bastante, enquanto outros só vieram confirmar a excelência pela qual sua produção é regida.

         Neste primeiro post, falarei da Hacienda Del Plata, de importação da Vinea e disponível na Vinea Store. Alguns vinhos muito interessantes, de boa qualidade e preços bastante convidativos. Três linhas; a básica composta do Sauvignon Blanc 2007, o Reflejo Rosé de Syrah 2007 e o Zagal Malbec 2003; a linha intermediária Arriero Reserva com um Syrah, um Malbec e um Cabernet Sauvignon e o topo da linha os Gran Reserva Mayoral nas versões Syrah e Malbec. Falemos um pouco daqueles que tive oportunidade de degustar.

Me surpreendeu o delicioso Nevisca Sauvignon Blanc 07, advindo de clones italianos e plantados em uma área da vinícola mais baixa e mais quente, a cerca de 600 metros de altitude quando o tradicional é buscas zonas mais frescas. Possui uma paleta olfativa intensa em que aparecem frutas tropicais e algo cítrico. Sem madeira, suave e bem balanceado mostrando bom frescor na boca. Após um tempo em taça, o vinho abriu ainda mais, mostrando aromas algo florais de forma sutil e muito delicada. Gostei muito, ainda mais pelo preço que está em R$38,00.

O Reflejo Rosé de Syrah 07, também me agradou muito, sendo um vinho diferente do que estamos habituados a ver e em que aparece muita framboesa e fruto doce. Este é mais gastronômico porem sem perder o frescor e vivacidade, típicos de vinhos deste estilo. Certamente acompanhará muito bem um peru á Califórnia ou como entrada, como foi o caso, acompanhando uns canapés de carpaccio com pesto e bruschetas de búfala. Legal o preço que também está em R$38,00.

Zagal Malbec 04, um vinho que já tinha dado uma chamada aqui no blog em função de um artigo de Eric Asimov do “The Pour” com link aqui do lado. Vinho de bom nariz com fruta madura e algo floral. Na boca é denso, rico, bem especiado, bom equilíbrio, corpo de boa estrutura, boa acidez, taninos finos, tudo muito correto com final de boca muito agradável e de boa persistência. Qualidade surpreendente para um vinho nesta faixa de preços, R$48,00.

O Arriero Reserva Syrah 2004 apresentou um nariz de boa tipicidade, fruta algo caramelada, bom corpo, entrada de boca firme que arredonda no meio de boca e termina aveludado. Mostrou estar bem balanceado, apesar de seu alto teor de álcool em torno de 14.5º que refletiu num final de boca um pouco quente que não chega a incomodar. Um vinho muito bom, mostrando que a Argentina também possui bons exemplares de Syrah. Preço de R$69,00.

Arriero Reserva Cabernet Sauvignon 2003, para mim um vinho extremamente sedutor e encantador que mexeu com as estruturas de grande parte dos convidados presentes. A meu ver, o grande campeão no quesito Qualidade x Preço x Prazer que, ainda por cima está com um preço muito acessível. Quis comprar, mas ainda não tinha chego do porto, quem sabe você ainda acha! O incrível é que em 2004 o vinhedo foi dizimado por uma tempestade de granizo e não mais conseguiu repetir o mesmo nível de qualidade. É único e não dá para perder. Vinho de muita personalidade, aromas gostosos, taninos doces, boca harmônica, delicioso final de boca, me conquistou, é o meu vinho! Não vou falar muito, compre e confira, duvido que se arrependa. Preço R$ 69,00.

Mayoral Gran Reserva Malbec 2005, vinho de grande potência, ainda jovem, meio amarrado, taninos ainda bem firmes, mas mostrando enormes qualidades que devem desabrochar em mais um ano ou dois. Já o 2004, está pronto, redondo, sedoso com muita fruta, grande equilíbrio, um belo vinho por R$98,00.

No bate papo com o produtor, duas frases importantes que mostram bem o porquê desses bons vinhos:

  • Barricas e tecnologia todos os têm, o que difere um produtor de outro é o pequeno pedaço de terra que cada um possui.
  • Espero que tenham gostado, porque é uma parte de mim.

Logo, logo a segunda parte dessas degustações de vinhos Argentinos.

Salute e kanimambo.

Degustando Vinhos – Negócios ou Prazer?

A meu ver tanto pode ser um, como o outro ou, preferencialmente, um mix dos dois. Há poucos dias tive a oportunidade e privilégio, de conhecer uma ícone do vinho espanhol, influente crítico vitivínicola com enorme respaldo internacional e com mais de trinta anos degustando vinhos, sua excelência, o Sr. Josè Penín, profissional do ramo e de fama incontestável. Grande personalidade, escritor e jornalista, certamente o homem que mais entende de vinhos espanhóis. Edita o famoso Guia Penim com resenhas de mais de 13.000 vinhos, a edição de 2008 que tenho em mãos teve um repasse sobre 8 mil deles. A “charla” poderia ter ido longe se houvesse tempo, mais vinhos e algumas tapas para rechear o bucho. O homem gosta de falar e é prazeroso sorver desse seu conhecimento de uma forma despojada de frescuras, recheada de humildade e simplicidade no falar. Desse bate papo, e do Guia, desta verdadeira lenda do vinho espanhol, tirei alguns ensinamentos e frases para reflexão.

  • A critica por si só não é difícil de ser aceita pelo ser humano, o que gera reações adversas é, normalmente, a forma e o tom em que elas são colocadas.
  • O Guia Penin não vende vinho, vende imagem.
  • O Degustador tem que ser frio, eqüidistante, não influenciável, desprovido de emoções e paladar próprio enquanto degusta.
  • Fazer um vinho bom se tornou algo normal. Realmente, com toda a tecnologia hoje disponível no mercado, só não produz bom vinho quem não quer. Grandes vinhos são outro capitulo!
  • O Guia Penin é o único guia do mundo que publica uma lista de vinhos não recomendáveis. E ele, José Penin, segue sem escoriações.
  • O Degustador experiente e qualificado, não degusta às cegas. Saber o que se está provando, é importante informação comparativa para qualificar o produto.
  • Existem três tipos de degustação, ou catas como a chamam em Espanhol.
  •                     A Cata Técnica, aquela normalmente elaborada pelos enólogos nos vinhos em barricas da vinícola. Muito técnica, sem conhecimento comparativo externo, serve somente ao desenvolvimento e elaboração dos vinhos.

                        A Cata Comercial, que poderia também se chamar de “cata crítica”, que é a que é feita pelo famosos críticos nacionais e internacionais como  Don Penín, Robert Parker, Jancis Robinson, Stephen Tanzer e outros. É a cata que qualifica o produto terminado segundo os mercados a que vai ser destinado. As características do degustador destas catas é a descrita por ele e mencionado aqui acima.

                        Cata Hedonista, é uma nova forma que se impõe como entretenimento e prazer de gente amante dos vinhos, apreciadores, grupos de amigos e confrarias, muito vinculado aos foros da Internet. É o deleite de perceber sensações que têm a ver com a cultura que o vinho encerra (origem, história, terroir, cepas, etc) e transportá-las para o papel, ou tela, com a sabedoria sensorial e experiência que possuem, porém sem a responsabilidade profissional. Eu adicionaria, fazer tudo isso com um enorme prazer deixando transparecer todas as emoções que o doce néctar lhe provocou. Ó euzinho aqui!

             Não necessariamente concordo com tudo o que diz, porém são sempre citações sobre o qual refletir, resultado que são de muito anos de experiência e resultados reconhecidos. Só vende a “mixaria” de uns 400.000 guias anuais e agora se prepara para lançar sua versão on-line, certamente alguém a ser escutado, mais do que meramente ouvido. Cada um com seu valor, sua filosofia e seus objetivos, mas que ele manja uma enormidade, disto não se pode duvidar. De qualquer forma, faço minhas as palavras do amigo blogueiro do vinho, Pingus Vinicius o mestre da pena, que diz sobre seu blog Pingas no Copo, “Um espaço feito por um amador para amadores que gostam de beber, provar, degustar sem rodeios, sem preconceitos e com muita paixão!”. Disse tudo!

    Salute e Kanimambo. 

     Ps. E ele ainda falou bem de alguns vinhos brasileiros. Dêm uma olhada na entrevista que ele deu para o Luiz Horta

     

Cosecha Histórica 2007.

Foi com essa chamada que fui gentilmente recebido pelo pessoal da Concha Y Toro que apresentou seus vinhos da Casillero Del Diablo 2007 ao mercado. Vinhos já conhecidos de boa parte do consumidor Brasileiro, que chegam pela primeira vez pelas mãos do próprio produtor depois de muito passear por mão de terceiros  e já chega arrebentando a boca do balão, coisa do capeta mesmo, pois os vinhos estão realmente muito bons. Grandes safras necessitam de pouca chuva, especialmente na época da colheita, temperaturas mais apenas e mais homogêneas sem grandes picos e baixa produtividade gerando uvas de maior concentração. Pois bem, os astros se juntaram em 2007 e produziram no Chile uma das melhores safras de todos os tempos e, “para variar”, num ano impar!

Uma primavera fria conteve o entusiasmo das plantas em produzir excessivamente, chuva no verão refrescando os vinhedos e um outono cálido que permitiu um melhor amadurecimento das uvas. Resultado final; quase 30 por cento de redução de volume de uvas produzidas, temperaturade cerca de 10 por cento abaixo da média e 25  por cento menos de chuva na época da colheita gerando vinhos Premium de grande concentração, teor alcoólico mais baixo, muito suaves, de taninos finos e maduros mostrando muita elegância. Os varietais tintos da Casillero del Diablo, mostram tudo isso com muita personalidade e foram especialmente abençoados.  Nós consumidores idem, porque podemos desfrutar desses bons vinhos sem que para isso precisemos estourar nossos orçamentos já que estarão no mercado por preços que variam de R$30 a 35,00 dependendo do local de compra.

São cinco os varietais que nos chegam ao mercado e que tive a oportunidade de degustar; Merlot, Malbec, Carmenére, Syrah e o Cabernet Sauvignon. Todos muito bons, mas a meu ver três se destacam e me chamaram a atenção.

Merlot, sou um amante dos nacionais e sempre tive alguma dificuldade em encontrar rótulos chilenos que me agradassem. Pois bem, minha busca cessou, achei! Este Merlot está muito bom, muito suave e elegante, bem frutado com boa paleta aromática, fresco, daquelas garrafas que certamente acabarão rápido demais deixando aquele gostinho de quero mais na boca. Rubi intenso, opaco, denso, rico e muito harmônico com um saboroso final de boca de taninos maduros e sedosos. Um vinho sedutor, fácil de agradar e ablutamente pronto a beber.

  • Malbec foi uma enorme e grata surpresa, até porque é novidade por estas bandas. Prima pelo equilíbrio, boa textura, nariz de boa intensidade em que a fruta, madeira e especiarias se mesclam em perfeita harmonia. Na boca é rico, de taninos finos e aveludados, corpo médio, suave, muito elegante apresentando uma boa e agradável persistência com algo de caramelo ao final. Muito bom, pronto para beber, mas mais um aninho de garrafa só lhe fará bem.
  • Syrah é um vinho de mais corpo, maior estrutura e só vem confirmar o que venho falando sobre as qualidades dos vinhos chilenos produzidos com esta cepa. No nariz apresenta fruta madura com algo de especiarias mostrando boa tipicidade. Na boca ainda está um pouco fechado, muito rico de sabores, taninos firmes, porém finos e bastante sedosos mostrando boa integração sem qualquer agressividade. Um vinho cativante, de boa complexidade, longo que certamente escoltará maravilhosamente bem um belo pedaço de picanha. Um vinho que já está bom, mas crescerá muito ainda por pelo menos mais uns dois anos quando a elegância deverá se sobrepor a uma certa virilidade jovial do momento. Uma verdadeira pechincha pelo preço e um dos grandes achados do ano.

         Não é da Cosecha Histórica e sim de 2008, então teoricamente não deveria estar por aqui, mas não resisti. Provei o Sauvignon Blanc 2008 com screw cap, fechamento usado por eles nos vinhos aromáticos, de que gostei muito. Muito intenso no nariz e muito fino na boca onde apresenta bastante frescor, algo cítrico e uma certa mineralidade que me agradou muito. Na mesma faixa de preços dos tintos, mais um que certamente visitará minha mesa com uma certa assiduidade.

           Para quem, como eu, gosta de conhecer um pouco mais da história por trás do vinho, a Concha Y Toro é o maior grupo produtor de vinho no Chile, com vendas, somente da linha do Casillero del Diablo, de cerca de 3 milhõres de caixas, dos quais aproximadamente 18% é de brancos. Com 95% da produção exportada, só o Cabernet Sauvignon, que é a grande mola propulsora de toda a linha, responde por um total de 33% da produção e vendas. Está entre os dez maiores grupos vinicultores mundiais, com uma vasta e ampla linha de produtos sempre muito bem posicioanda do ponto de vista da relação Qualidade x Preço x Prazer. Números impressionantes e incrível  como conseguem manter este padrão de qualidade com tamanho volume de produção! Mas de onde vem um nome tão incomum para um vinho? Diz a lenda, que foi Don Melchor, fundador do grupo, que nos idos do século 19 no intuíto de coibir roubos de suas mais preciosas garrafas que alí envelheciam, lançou o boato de que em suas caves mais profundas habitava o demo. Aparentemente funcionou, tanto que os roubos cessaram e até hoje seus melhores vinhos envelhecem nessas caves. Casillero del Diablo ou “Cave do Diabo”, na verdade, tornou-se foi uma benção para nós consumidores àvidos de bons vinhos por bons preços. Gracias Don Melchor

Salute e Kanimambo!

Reflexões do Fundo do Copo – Harmonização

Este é o primeiro texto do amigo, Breno Raigorodsky, filósofo, publicitário, sommelier, juiz de vinho internacional FISAR e companheiro de degustações. A partir de hoje e todo o Sábado, caso ele não esqueça de enviar o texto a tempo, o Breno estará conosco neste projeto por decifrar e democratizar o vinho, compartilhando suas experiências conosco. A divulgação de eventos, noticias dos parceiros, etc. que normalmente apareciam neste dia, passam agora para Domingo, ok? Agora, porquê a ressalva do esquecimento? Pensem comigo; filósofo e publicitário com umas taças na cabeça ……..precisa falar mais?! Breno, bem-vindo mon ami e salute!

 

Amigos servem para nos colocar problemas. Alguns eu soube resolver, não saberia mais, como aquela amiga que me pediu, nos idos de 1967, para dançar agarradinho com ela, para que o noivo morresse de ciúmes e parasse de traí-la, o que me custou um belo olho roxo. Este tipo de problema não tento mais resolver. Mas quando me cobram uma harmonização com filet au poivre vert… faço o possível para ajudar.

Em primeiro lugar, digo steack au poivre e não filet, no máximo o rumsteack, porque francês que se preza, despreza o filé. Em segundo lugar sempre corto a pressa dos leitores de email que de tão apressados comem cru e começo dizendo que tem gente séria que acha esta história de harmonização quase uma besteira, por conta da dificuldade de dominar as ditas determinações.

Carne vai bem com tinto e vinagre? Peixe vai bem com branco e pimenta? Gordura vai bem com vinhos alcoólicos, mas você come a gordura que vem na carne? E queijo, queijo não costuma esconder os defeitos de cada vinho? Como faz com um macarrão polvilhado de parmesão fresco?

Nada diferente do vinho que acompanha os filés com pimenta preta quebrada, a mostarda e mistura de pimentas. As pimentas são sempre as mesmas, apenas num estágio diferente da “vida”, uma ainda verde, outra mais madura e a branca sem a casca. Pimenta sempre exige um vinho que não brigue com ela, principalmente os chamados vinhos de degustação do Novo Mundo, vinhos cujo sweet point é maior do que a maioria dos pontos G que se encontra por aí, uma aberração.

Não caia no conto dos marqueteiros do Malbec que insistem em dizer que esta uva produz vinhos especiais para servir com carne em geral, não é verdade. Harmonização não é apenas o prazer na mesa, é também – e talvez principalmente – o prazer depois da mesa! Vinho é saúde quando se contrapõe aos excessos de sua companhia. Um vinho muito untuoso com comida gordurosa demais? Estou fora, busco rapidamente algo que me dê prazer na mesa, mas que me facilite a digestão.

Muito melhor é seguir as determinações do sommelier bicampeão mundial, Roberto Rabachino, legítimo seguidor do decano Veronelli, que sugere a harmonização cautelosa, uma coisa de muita experimentação entre o responsável pela carta de vinho do restaurante e o chef deste mesmo local. Mas é legal apostar na harmonização escolhida pelo uso, quando você não tem nem o sommelier, nem o chef por perto para ajudar você. Digamos assim, o steack, por mais que tenha origem desconhecida, é um típico prato de bistrô parisiense, onde se consome prioritariamente com vinhos da vizinha Loire, vinhos à base da uva Cabernet Franc como o Chinon, legítimo troféu gaulês da luta de resistência contra as pretensões inglesas desde a Guerra dos 100 anos.

No caso do Steak au Poivre, tudo importa, além da carne. É carne mais ou menos salgada? Quanto de cognac para flambar? Quanto de manteiga para grelhar? É manteiga clareada? Em casa, servimos com ervilhas e batata frita…Mas é o creme de leite, que manda. Ele é capaz de brigar de frente com qualquer vinho com adstringência e madeira excessivas fazendo com que o vinho pareça estragado. Por exemplo um velho campeão como o Gran Coronas da casa Torres, que se mostrou Tempranillo demais para uma só garrafa.

Os livros da Academie de La Gastronomie Française ficam em cima do muro entre os dois grandes ícones do Hexágono, mas fica com o St Emillion ou Nuits de Saint Georges. Eu apostaria em vinhos menos importantes, vinhos com alguma juventude, um Beaujolais village, um Barbera, um Saint Amour… Um piemontês Grignolino 2006, um jovem Primitivo da Puglia, um Chinon, um rosado Tavel.

Aliás, falando em rosado, quanto maior for sua dúvida, mais caia nos braços de um belo rosado, seco, alcoólico, firme no sabor. Fuja dos preconceitos em nome do prazer.

Marqués de Murrieta, Rioja na Veia.

Bem, confesso, sou suspeito para falar, porque é um dos meus produtores preferidos já tendo elogiado bastante o Reserva 2002, a tal ponto que no dia dos pais, recebi uma garrafa de presente. Estupendo vinho com preço bastante acessível. Pois bem, agora conheci um pouco mais da história por trás do vinho, provei outros vinhos e minha admiração só cresceu. Dos clássicos Riojas, agora só me falta conhecer os vinhos da Tondonia que o amigo Luiz Horta tanto curte. Ainda chego lá!

O atual gestor é o Conde Vicente Dalmau Cebrián-Sagarriga y Suarez-Llanos, nome pomposo para uma pessoa extremamente agradável e destemida. Em 1983 a empresa com mais de 160 anos de história passava por dificuldades, tendo sido comprada pelo pai de Vicente, que faleceu precocemente aos 47 anos, tendo a empresa caído no colo dele que, nesse momento tinha parcos 24 anos. Após um curto tempo de estudo e análise, optou por revolucionar a empresa, nomeou como enóloga chefe Maria Vargas, também uma jovem de 25 ou 26 anos, trocaram gente, investiram e conseguiram, quando todos achavam o contrário, transformar o conceito do clássico sem perder as raízes e essência de Murrieta construída ao longo de mais de século e meio de história. Tinha tudo para dar errado, mas deu foi muito certo! Investiram mais de USD70 milhões nessa revolução de gente e vinhedos, e os vinhos estão aí para mostrar o acerto do projeto. São somente cinco vinhos que buscam, não só qualidade, mas especialmente personalidade com uma produção total de cerca de um milhão e quatrocentas mil garrafas produzidas. Os vinhos são de importação e distribuição exclusiva da Expand, de quem partiu o amável convite para conhecer estes belos vinhos. Falemos então dos vinhos degustados.

Fora da Rioja, em Rias Baixas na Galicia, com produção de somente 10.000 caixas anuais, vem o Palácio de Barrantes 2006, um Albariño de primeiro nível. Vindimado à mão, cinco meses em tanques de inox e três em garrafa, abriu muito bem na taça exalando gostosos aromas de frutas secas. Na boca é cremoso, denso, boa estrutura, untuoso e muito bem balanceado com um final de boca de boa persistência. Um belo vinho, de bom frescor que agrada sobremaneira e está nas lojas da Expand por R$120,00.

Uma vez um enólogo Português me confidenciou que, sua fama tinha sido construída de forma muito eficaz, em cima de um parâmetro básico, somente produzir grandes vinhos de restrita quantidade. Posteriormente um outro, desta feita francês, também me deixou claro que elaborar grandes vinhos em quantidades limitadas é relativamente simples se a matéria prima for boa. Não entendo disso, mas entendo de lógica e a colocação faz todo o sentido. Quanto maior o volume de produção, mais difícil será manter os níveis de qualidade. Pois bem, dos um milhão e quatrocentas mil garrafas de produção anual, cerca de 1 milhão e trezentos mil são de um só vinho o Marqués de Murrieta Reserva, e que vinho! O de 2002 que era o que conhecia, é um estupendo vinho e um excelente custo beneficio já que o preço anda ao redor de R$128,00. Incrível fazer um vinho desta qualidade numa safra tão ruim como a de 2002 na Espanha (na Itália também) e em tamanha quantidade, porém o vinho é divino demonstrando a enorme capacidade da bodega e sua gente. Este Marqués de Murrieta Reserva 2004, conseguiu superar o 2002 inclusive pelo fato de que foi uma grande safra na Espanha. Um corte de 91% de tempranillo, 3% mazuelo e 6% garnacha vindo de parcelas do vinhedo com idade média de 36 anos. Especiado, levemente amadeirado, na boca é sedoso, rico em sabores, complexo, muito elegante, ótima textura e incrível final de boca de longa persistência. Um grande vinho por um preço realmente convidativo.

Castillo Ygay 2000 Gran Reserva, as jóias da coroa, o top de linha desta bodega elaborado com 87% de tempranillo e 13% de mazuelo, que nos chega agora depois de 3 anos de barrica e 4 anos de garrafa. Nariz muito intenso, fruta confitada e evoluída mostrando aromas complexos meio oxidados típicos destes grandes Riojas clássicos. Taninos finos, aveludados, uma entrada de boca impactante que termina muito longo e marcante. Um vinho clássico, de muita personalidade, com uma produção anual de apenas umas 80 mil garrafas, que está nas lojas por cerca de R$330,00.

Para finalizar um outro branco, desta vez o Capellania Reserva Blanco 2003, só que este é uma outra história e bem que tinha estranhado que tivessem deixado este vinho para o final. É um branco muito diferenciado, muito bom, porém não muito fácil de beber. A principio, um vinho para paladares experientes, pois é um vinho branco de grande complexidade, algo resinoso, untuoso, denso, de grande estrutura, muito rico de aromas algo oxidados lembrando jerez. O Vicente sugeriu tomá-lo com um prato de rabada, e achei muito interessante, deve ser uma harmonização maravilhosa. Produzido com a uva Viura, de difícil trato, meio insípida quando jovem, mas que quando estagia em carvalho cresce muito, ganhando grande complexidade e, neste caso, são 9 meses em carvalho americano e 9 em francês num mix de barricas novas e usadas. Um vinho complexo, difícil e muito saboroso de se tomar, especialmente com comida. Na Expand por R$115,00.

Todos excelentes vinhos, mas a meu ver, certamente o Marqués de Murrieta Reserva guarda a melhor relação Qualidade x Preço x Prazer e o 2004 realmente imperdível!

Salute e kanimambo.

Novidades na Campanha de Aniversário!

Bem, como havia prometido, cá estou para atualizar algumas informações sobre a promoção de Aniversário da coluna e do evento de premiação:

  • Primeiro, pisei na bola, compliquei o Quiz, nada a ver! Rever posição e corrigir erros é essencial quando se pisa na bola então ……..o Quiz foi alterado e se tornou facultativo, só completa quem quiser. Também, ficou fácil demais agora!
  • Segundo, uma ótima noticia. Está confirmado o evento de premiação será realizado dia 5 de Novembro num super simpático lugar novo no Morumbi, a Villa. Mais tarde publicarei post sobre eles, têm a cara desta coluna, e detalhes do evento que será regado com bons vinhos.
  • Terceiro, esqueci de colocar uma data limite para recepção dos cadastros, é dia 27 deste mês. No dia 28 pretendo realizar o pré-sorteio e dia 29 já vou comunicando os ganhadores e convocando todo o mundo para a festa no dia 5! Lembrando, quem não comparecer perde a vez já que, a escolha do envelope lacrado será efetuado pessoalmente por cada um dos participantes presentes, que levará o prêmio na hora.
  • Quarto, Como já publiquei, a participação deixou de estar restrita aos moradores de São Paulo e região. Está aberto para todos desde que estejam disponíveis para estar no Villa  dia 3 às 20:00 horas. Caso não possam estar presentes, podem se fazer representar por alguém, desde que me comuniquem antecipadamente  com os dados da pessoa que os irá representar e que, também deverá ser maior de 18 anos.
  • Quinto, temos um novo aderente à promoção. É a Concha y Toro com sua linha de produtos Casillero Del Diablo. Tive a oportunidade de conhecer sua linha de produtos da ultima safra de 2007 que está sendo considerada no Chile como de enorme qualidade. No caso da Concha y Toro, nos vinhos Premium a começar pelos Casilleros, foi excepcional e está sendo rotulada como Cosecha História, a melhor dos últimos 15 ou 20 anos. Pois bem, os vinhos estão efetivamente muito bons e tinha que lhes propor que partipassem deste evento já que gostaria que, pelo menos um de vocês, tivesse a chance de conhecer estes vinhos de excelente relação Qualidade x Preço x Prazer. Depois falo da degustação, mas o pessoal topou e estou adicionando na lista de prêmios, um Kit Casillero Del Diablo Cosecha Histórica 2007 com uma garrafa cada dos seguintes varietais; Merlot, Malbec, Carmenére, Shiraz e Cabernet Sauvignon. Cinco vinhos históricos para um de vocês se deliciar!

         Ainda enrolando para participar? Não gosta de vinho, é? Nem de ganhar presente na faixa? Tá esperando o quê mon ami, cadastre-se logo!

Salute, kanimambo e boa sorte!