outubro 2008

A Vitivinícultura no Brasil

Você sabia que as videiras chegaram ao Brasil pela mãos de Martin Afonso de Souza em 1532? Eu não! Aliás como não sei um monte de coisas sobre a vinicultura Brasileira. Mais ainda, acho que tem pouca gente que sabe realmente o que acontece por aqui e, se sabe, pouco divulga. Como a informação é essencial para expansão de consumo de qualquer produto, o consumidor brasileiro segue sendo um neófito sobre os produtos de seu próprio país! Bem, ainda não é hora de espinafrar nem reclamar, vamos dando seqüência à história por trás do presente. Acho que esta matéria vai ser bastante polêmica, mas vamos lá.

Quem primeiro iniciou o cultivo de vinhas e elaboração de vinhos no Brasil, foi Brás Cubas e depois os jesuítas em 1616, mas os projetos não vingaram por diversos motivos, entre eles o protecionismo comercial de Portugal tendo a corte chegado ao ponto de proibir o cultivo de uvas no Brasil em 1759. A introdução êxitosa de plantio de videiras, realmente ocorreu com a vinda de emigrantes italianos em 1875 que chegaram com diversas mudas trazidas de sua terra natal, em especial da região do Vêneto. A forte cultura de produção e consumo de vinhos trazido pelos colonos italianos serviu como uma forte alavancagem da produção de vinho, porém as videiras finas não se adaptaram bem às condições climáticas tropicais e de muita umidade tendo-se perdido quase que totalmente. Foi com uvas americanas, não viníferas, que a região se expandiu produzindo vinhos rústicos, de baixa qualidade e sem grandes atrativos.

Somente a partir de 1970 com a chegada de alguns grupos produtores internacionais, é que algo começa a mudar na vinicultura brasileira, à época muito centralizada na serra Gaúcha onde os colonos italianos se instalaram. Foi, no entanto, a partir de 1990, com a abertura do mercado, maior concorrência e necessidade de aprimorar produtos, que se iniciou um processo de reformulação da vitivinicultura brasileira. Grandes investimentos em tecnologia, equipamentos, vinhedos, clones mais adequados ao clima, descoberta de novos terroirs, nos trazem aos dias de hoje com enorme evolução e vinhos de grande qualidade com especial destaque para nossos ótimos espumantes de Garibaldi. Cada vez mais, pequenos produtores deixaram de produzir para as grandes vinícolas, alçando vôo próprio reduzindo ou deixando de suprir as grande vinícolas fortalecendo a disseminação de pequenas vinícolas familiares.

A região central, o núcleo de nossa história vitivinicola, tem origem numa área de cerca de 82 quilômetros quadrados na região da Serra Gaúcha a 130 kms de Porto Alegre, o nosso conhecido Vale dos Vinhedos que abrange parte dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul. Esta região, é a única no Brasil, com regulamentação e reconhecimento de Indicação de Procedência, um primeiro passo no caminho de se conseguir a denominação DO (Denominação de Origem). Como já vimos no primeiro post de introdução, no entanto, a vinicultura brasileira não está mais restrita a Bento Gonçalves tendo se expandido sobremaneira, alcançando inclusive o Nordeste num projeto impensável. Aliás, me faz lembrar aquele que “por não saber que era impossível, foi lá e fez”! Incrível o que uma pitada de ousadia, alta tecnologia e grande investimento podem realizar quando aliados a uma forte determinação na busca de um objetivo, mas isso fica para um outro dia. O importante é saber que nossa fronteira vinícola se expandiu e estamos fazendo grandes e ótimas descobertas que ainda nos trarão muitas alegrias.

Lamentavelmente, os dados disponíveis sobre estas regiões é muito escasso e mal gerido. Tente levantar quantos hectares de uvas viniferas estão plantados por região. Melhor ainda, busque informações sobre a produção anual de vinhos finos por região, ou quantos produtores, gente não existe! Nem Embrapa, nem Ibravin, nem Uvibra, ninguém tem esse número. Isso quando os números não são de cinco ou seis anos atrás. O que temos são dados generalizados, onde aparecem números genéricos do país sem qualquer detalhamento. Não sabemos quais as principais características de cada terroir, nem quais as principais uvas nele plantadas. Para quem busca informação, parece que para a industria brasileira do vinho, um vinho fino produzido em Pernambuco é de características similares aos de Santa Catarina ou do Vale dos Vinhedos, e isto não me parece a forma mais adequada de tratar estas informações. Por outro lado, pode ser que o problema seja meu e eu é que não tenha conseguido localizar as informações. Quem poder contribuir me informando o caminho ou quiser compartilhar dados, por favor não hesite em comentar, o espaço está aqui para isso.

Denominação de vinhos no Brasil. Neste sentido ainda estamos engatinhando, porém começamos no caminho certo com a primeira Indicação de Procedência para o Vale dos vinhedos em 2002. Pelo que pude ler, não muito conciso, existem já outras solicitações em processo de análise. Pela legislação brasileira de 2004, vinho é uma bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, fresca e madura. Vinho fino é aquele no qual somente são usadas uvas Vitis Viníferas. Eis a classificação vigente:

 

  • Vinho de mesa – Teor alcoólico de 8,6% a 14%
  • Vinho frisante – Teor alcoólico de 7% a 14% , natural ou gaseificado.
  • Vinho fino – Teor alcoólico de 8,6% a 14%, elaborado exclusivamente de variedades Vitis Vinífera do grupo Nobres.
  • Vinho de mesa de viníferas – Elaborado exclusivamente com uvas das variedades Vitis vinífera.
  • Vinho de mesa de americanas – Elaborado com uvas do grupo das uvas americanas e/ou híbridas, podendo conter vinhos de variedades Vitis vinífera.
  • Vinho leve – Teor alcoólico de 7% a 8,5%, obtido exclusivamente da fermentação dos açúcares naturais da uva, produzido durante a safra, vedada sua elaboração a partir de vinho de mesa.
  • Espumante ou Espumante Natural – Vinho cujo gás provém exclusivamente de uma segunda fermentação alcoólica do vinho em garrafas (método Champenoise/tradicional) ou em grandes recipientes (método Chaussepied/Charmat Teor alcoólico de 10% a 13%
  • Moscatel Espumante – Vinho cujo gás provém da fermentação em recipiente fechado, de mosto ou de mosto conservado de uva moscatel, Teor alcoólico de 7% a 10% Mínimo de 20 gramas de açúcar natural remanescente
  • Vinho Gaseificado – Teor alcoólico de 7% a 14%  cujo gás vem da introdução artificial de anidrido carbônico puro

Doravante, sempre e quando me referir aos vinhos nacionais, estarei falando de vinhos finos destacados em negrito acima. Destes vinhos, em 2007 foram produzidos algo ao redor de 43 milhões de litros, aparentemente os vinhos de mesa de Vitis Viniferas estão inclusas, contra uma produção de 45 milhões em 2005 e 32 milhões em 2006. O total de vinhos, todos os tipos, produzidos chega a pouco mais de 318 milhões de litros. Dos 43 milhões de litros produzidos, aparentemente cerca de 21 milhões advém do RS, de acordo com os números disponíveis no site da UVIBRA, dos quais aproximadamente 18 milhões de vinhos engarrafados e o restante a granel. Se olharmos as planilhas da UVIBRA com os dados de importação, podemos concluir que o total de vinhos finos engarrafados no Brasil, incluindo-se os espumantes, totalizam algo ao redor de 29.5 milhões de litros, ou seja, algo próximo a 32% do consumo brasileiro de vinhos finos que totalizam cerca de 90 milhões de litros. O interessante é verificar que, enquanto nos vinhos tranqüilos a participação nacional vem caindo e hoje chega a cerca de 26% do total, nos espumantes a situação se inverte com um total aproximado de 73% do consumo dos cerca de 11 milhões de litros. Se considerarmos estes números de consumo de vinhos tintos, chegamos a um consumo per capita anual de menos de 0,5 litros. Quando consideramos a produção de todos os tipos de vinho mais importação, chegamos a um consumo per capita aparente de 2,12 litros o que continua sendo um número extremamente baixo mostrando o enorme espaço para crescimento que o mercado possui se devida e eficazmente traballhado.

Valores aproximados de consumo e produção anual de vinhos finos no Brasil
Origem Litros
Importados                                              60.875.073
Nacionais RS                                              19.952.097
Nacionais Outros                                                2.593.773
Espumantes                                                8.300.000
Total                                              91.720.943
Fontes – Ibravim, UVIBRA e Embrapa Referência 2007

         Bem, por hoje é só que isto já vai longe. Considerando-se a falta informações disponíveis, a ausência de inspiração, a ansiosidade e angustia gerada pela confraternização do próximo dia 5,esperando que tudo saia a contento, até que  consegui gerar bastante matéria. Ou será que enrolei demais? Bem, de qualquer forma, na Segunda tem mais com os primeiros Tomei e Recomendo e depois a seqüência sobre as regiões e vinhos de nosso país, Boas Compras com nossos parceiros, etc.. No fim de semana, a coluna do Breno e as noticias e novidades de nossa Vinosfera. Aproveitem e até Segunda.

Salute e kanimambo!

Quiz de Campanha.

            Antes de qualquer coisa, quero agradecer o carinho e participação dos amigos leitores que se increveram. Queria convidar a todos para nossa confraternização, mas lamentavelmente isso não é possível, quem sabe quando eu fizer cinco anos?!  Aí faço uma baita festa com um grande Wine Day e consigo incluir os amigos de outras cidades também! Como as respostas ao Quiz foram as mais diversas, achei que deveria publicar as respostas, então vamos lá.

           O primeiro Quiz apresentou algumas dificuldades e perguntas mal elaboradas, coisas de marinheiro de primeira viagem, e tive que rever para que a campanha não fosse para o brejo. Lamentavelmente o formulário impresso ficou prejudicado, mas valeu mesmo assim. Algumas coisas podem parecer óbvias, mas aprendi ao longo da vida que a obviedade só existe para quem detém o conhecimento de algo.

  • 1 – Em que mês foi publicada a matéria sobre Argentina? Fevereiro/08
  • 2 – Que regiões da França foram tema no mês de Agosto? Nenhuma. Em Agosto o tema foi Dia dos Pais.
  • 3 – Que uva é usada produção de Barolo? Nebbiolo
  • 4 – Pouilly-Fumée é um vinho elaborado com que cepa? Sauvignon Blanc não Chardonnay.
  • 5 – O Vinho do Porto é produzido em Portugal na região do Alentejo. Certo ou errado? Errado. Na região do Douro.
  • 6 – Lambrusco é um espumante produzido na Itália. Certo ou errado? Errado, Lambrusco não é espumante e sim um vinho frisante.
  • 7 – Em que região a Pinot Noir é rainha? Mendoza, Sicilia, Rioja ou Borgonha? Borgonha.
  • 8 – Qual a principal cepa Espanhola? Tempranillo
  • 9 – Qual o nome que se dá ao espumante produzido na Espanha? Cava.
  • 10 – Qual o nome da coluna de vinhos no jornal Planeta Morumbi. Acho que não precisa responder, precisa?
  • 11 – Vouvray é um vinho produzido com que uva e onde? Chenin Blanc na região do Loire na França.
  • 12 – Qual a principal uva branca da Argentina? Torrontés, não Chardonnay.

Este Quiz revisado ficou fácil, mas mesmo assim algumas dúvidas surgiram nas respostas recebidas.

  • 1 – Vinho do Porto é produzido em que país; África do Sul, Chile, Brasil ou Portugal? Esta todos acertaram, Portugal.
  • 2 – Quais destas regiões produtoras são na França; Loire, Rioja, Abruzzo, Mosel, Bordeaux e Mendoza? Loire e Bordeaux. Mosel é na Alemanha.
  • 3 – Chianti é um vinho produzido em que país; Portugal, Espanha, França ou Itália? Itália não Espanha.
  • 4 – Qual a principal cepa Uruguaia; Cabernet, Chardonnay ou Tannat? Tannat não Cabernet.
  • 5 – Em que região a Pinot Noir é rainha; Mendoza, Casablanca no Chile, Sicilia, Rioja ou Borgonha? Borgonha não Casablanca.
  • 8 – Qual a principal cepa Espanhola; Malbec, Merlot, ou Tempranillo? Mais uma que todos acertaram, Tempranillo.
  • 9 – Qual o nome que se dá ao espumante produzido na Espanha; Prosecco, Spumante, Champagne ou Cava? Cava não Spumante.
  • 10 – Dolcetto é um vinho de sobremesa branco produzido em Bordeaux, na França. Certo ou errado? Errado, Dolcetto é uma cepa originária do Piemonte na Itália produzindo um vinho tinto muito saboroso e frutado, fácil de beber. Cultivada especialmente próximo às cidades de Alba e Asti. Daí o nome Dolcetto d’Alba e Dolcetto d’Asti.

A partir de amanhã começo, finalmente, a falar de Brasil e seus vinhos.

Salute e kanimambo!

No Más!

Acabou-se, quem se inscreveu, inscreveu, quem não o fez não dá mais. Hoje á tarde estarei enviando e-mails, alguns já sairam, aos amigos pré-sorteados que espero encontrar pessoalmente no dia 5 quando faremos nossa pequena e informal confraternização e premiação. Mais do que os vinhos sendo sorteados, é a oportunidade de compartilharmos experiências, de trocarmos idéias, de nos conhecermos criando novas amizades através do doce néctar. Foram 314 inscrições, na verdade esperava mais, dos quais sorteamos 28 e cinco reservas. Como este encontro acabou caindo no mesmo dia que um famoso e importante evento anual que a Prazeres da Mesa organiza, a participação de muitos de nossos parceiros ficou comprometida, então decidi que, independentemente de prêmios, sortearei mais 6 convites para quem queira participar de nossa confraternização. Prêmio não leva, mas ao menos participa do evento e toma alguns bons vinhos. A esses amigos também estarei enviando mensagem. É isso, zé fini! Abraço, grato a todos aos que se deram ao trabalho de se inscrever e lamento não poder atender a todos. Se não receberem um e-mail meu até amanhã, é porque lamentavelmente não deu, sorry.

Salute e kanimambo.

Vinho Ajuda Mulheres a Evitar a Demência.

Eu, por via das duvidas, estou me garantindo fazendo minha esposa tomar sua dose diariamente! As feministas de plantão já vão dizer que para evitar a demência basta não se casar, tudo bem, mas calma, não precisam jogar pedras não fui eu que inventei isso não! rsrsrs Esse é o titulo de uma matéria que aparece na Revista de Vinhos portuguesa tendo como base um artigo da Wine Spectator. Na verdade, falamos aqui de halzeimer e este é um assunto sério apesar do inicio meio desajeitado deste post. Este é o resultado de cerca de 34 anos de estudo de uma equipe da Academia de Sahlgreska da Universidade de Gohtemburg na Suécia. Neste estudo em que 1458 suecas entre 38 e 60 anos foram acompanhadas se verificou que as mulheres que bebiam vinho todas as semanas tinham 70% menos possibilidade de contrair a doença, sendo que esta taxa caía para 40% nas mulheres que também tomavam destilados e cerveja. Já as mulheres que somente tomavam cerveja e destilados a probabilidade de contrair a doença crescia em 20%. Também se concluiu que as mulheres suecas estão tomando mais vinho e, que estas, têm a tendência a viver por mais anos. O artigo termina com uma pérola; “Apesar destes dados, os cientistas acham que é ainda muito cedo para se recomendar o consumo de vinho às mulheres”.

Na última edição da Wine Spectator, a revista volta à carga só que desta vez não se limitando às mulheres. O Journal of Neuroscience, publicou um estudo de Giulio Pasinetti, professor de neurociência da Escola de Medicina do Hospital Mount Sinai, que descobriu que os polifenóis encontrados nos vinhos tintos, e nas sementes das uvas, ajudou na redução do nível de deterioramento de células cerebrais em ratos de laboratório. Nesses testes, estes extratos polifenóis injetados em ratos com halzeimer, mostrou que a degeneração de células cerebrais foi praticamente eliminada. Estão agora na fase de designar estudo clinico mais completo em um grupo de humanos então, é uma questão de tempo para que possamos, através do vinho, eventualmente chegar a boas notícias no combate a esta terrível doença.

Afora todos os outros benefícios à saúde, agora mais estes fatos contundentes comprovando que o consumo regular, porém comedido, de vinho é uma dádiva de Deus que o homem sabiamente soube aproveitar. Para quem quiser se aprofundar sobre este tema de vinho & saúde, sugiro uma visita ao blog Descomplicando o Vinho que está com um post muito legal sobre o assunto. Por via das duvidas, buscando evitar o envelhecimento precoce e aumentar a longevidade com o risco de, no processo, causar demência em minha loira preferida, seguirei me medicando diariamente!

Salute e kanimambo.

Vinho Fino na Latinha?!

É fácil ser preconceituoso e rechaçar novidades, mas a pergunta persiste, vinho fino na latinha? Você compraria? Creio que sei a resposta da maioria, já que somente agora o vinho na caixinha começa a quebrar barreiras e paradigmas, porém de forma ainda muito lenta, apesar da tendência de crescimento. Obvio que se trata de vinhos para o dia-a-dia, ligeiros, para serem tomados jovens até uns três ou quatro anos imagino, mas o fato é de que sim, já existe vinho fino em latinhas, um projeto que somente poderia ter sido desenvolvido num país inovador e especialista em marketing do vinho, a Austrália.

Já chegou à Europa, sei que em Portugal foi lançado no meio do ano, e após o primeiro impacto, vem crescendo a uma taxa de cerca de 20% ao mês. No total, já estão presentes em mais de 30 países e logo, logo devem desembarcar por aqui para mexer com as estruturas e sacudir o “establishment” do vinho! Poderia se pensar em mais uma aventura, mas os números e investimento indicam que este é realmente um projeto muito sério, bem elaborado e pensado pela Baroke, a detentora da tecnologia e a primeira a “enlatar” seus vinhos. Primeiramente se desenvolveu uma latinha especial com tecnologia patenteada (Vinsafe) que aplica um revestimento invisível na parte interna da lata, evitando quaisquer contato do vinho com o alumínio. Evita a oxidação, facilita a estocagem e transporte, a dose é “mais” individual, refresca mais rapidamente e mantém a temperatura por mais tempo, é inquebravel e facilmente reciclável. Para garantir a qualidade do vinho contrataram um dos somente 250 “masters of wine” existentes no mercado mundial, o Sr. Peter Scudamore-Smith, que especifica e orienta a produção de vinhos Premium Baroke na região de South Austrália.

É vero e já está emplacando legal em diversos países do mundo como Canadá, Austrália, Japão, Holanda, Espanha, Hong Kong, Singapura, Dinamarca, Bégica, e Portugal entre outros. Grandes redes de hotéis já estão comprando, linha aéreas, gente a coisa é para valer. Nunca provei, mas quem sabe alguém que esteja por Portugal, ou já tenha provado, pode nos trazer umas latinhas ou publicar suas experiências aqui no blog comentando sua avaliação? Por outro lado, vi que esse produto já está disponível em alguns países vizinhos como Uruguai e Argentina, alguém se habilita a nos trazer umas latas? Eis alguns pontos de venda do produto; na Argentina no Buquebus, Marriott Plaza Hotel em Buenos Aires, Faena Experience em Buenos Aires, Pizza Cero na Argentina e Uruguai assim como em alguns lugares na Patagônia. Vou encomendar!

Sem querer fazer propaganda de algo que não conheço, apesar de já estar, na verdade tudo isto aguçou demais a minha curiosidade. Vi que em diversos concursos internacionais competindo com vinhos tradicionais em garrafas, se saiu muito bem recebendo diversas premiações, ou seja, ruim certamente não é, o que se perde mesmo é o encanto. Agora, é para um publico mais jovem, para momentos mais amenos e tudo ajuda na divulgação e popularização do consumo do vinho quebrando os ranços elitistas do produto, o que acho muito interessante, atuando como uma porta de entrada em nossa vinosfera. De vinhos varietais e blends, brancos, roses, tintos, enfim uma série de rótulos bastante interessantes  num estilo diferente e denominado pela Baroke como RTDW (ready to drink wine) ou seja, um vinho pronto a beber. Até espumante tem! Gente, quero provar!

É isso por hoje, quem conhecer, por favor comente. Salute e kanimambo.

Última Chamada!

Este é o último lembrete para os atrasadinhos e indecisos de plantão assim como visitantes novos que caíram aqui de pára-quedas no dia de hoje e a quem desde já agradeço a visita. Faltam só 2 dias, incluindo o dia de hoje, já que o prazo para inscrições no sorteio da campanha de Aniversário da Coluna, encerra-se nesta Terça, amanhã dia 28, à 22 horas. Só lembrando; mais de 70 vinhos (clique para ver lista e parceiros), acessórios, curso de vinhos na Portal dos Vinhos totalizando mais de R$5.000 em prêmios para 28 sortudos e assíduos leitores do jornal e do blog. Para participar não precisa comprar nada, basta que seja maior de 18 anos e esteja disponível para participar do evento informal de premiação e confraternização que realizarei no próximo dia 5 no Espaço Gastronômico Villa no Morumbi/São Paulo, com o apoio das vinícolas Casillero del Diablo e Marco Luigi. Quer saber mais, clique nos diversos posts da categoria ANIVERSÀRIO-promoção e cadastre-se, falta pouco, mas ainda dá tempo! Na tarde de dia 29 anuncio os sorteados que deverão comparecer ao Villa no dia 5 para escolher seu envelope lacrado e descobrir o que ganharam.

Salute e buona fortuna!

Novas Descobertas

È meus amigos, estas minhas viagens pelo garimpo volta e meia me apresentam descobertas muito interessantes. Incrível os bons e saborosos vinhos que conseguimos encontrar por preços bem acessíveis, se realmente saímos e fuçamos um pouco no mercado. Na ultima semana tomei estes quatro rótulos muito interessantes que convido você a provar.

Primitivo San Marzano 06 IGT, um vinho da região da Puglia. Um vinho surpreendemente bom pelo preço, vindo para provar que nem todo vinho barato é ruim, mesmo quando italiano. Um verdadeiro achado do Fredo, Jorge e Cia lá da BR Bebidas. Quando se olha no contra-rótulo se descobre o porquê, é que a vinícola está ligada ao grupo Farnese um dos melhores produtores italianos com braços espalhados por diversas regiões produtoras e, desses mesmos vinhedos, produz alguns néctares de grande qualidade. Este é escuro, denso, chega a tingir a taça. De ótima concentração, na boca apresenta muita tipicidade da cepa com ótima acidez, taninos finos e aveludados. O final de boca é muito saboroso e agradável apesar de relativamente simples. A percepção de valor é bem superior ao preço de R$22,00 que a BR vende. Para o dia-a-dia, um vinho realmente muito bom! $ 

Les Salices Viognier 06 de Jaques e François Lurton, produtores franceses com investimentos espalhados pelo mundo inteiro. Produzem também, o ótimo Fuméss Blanche um Sauvignon Blanc muito bom e de bom preço. Este Viognier é um VdP (vin de pays) de boa tipicidade no nariz, boa intensidade mostrando frescor e algo floral. De corpo médio, bem balanceado, untuoso, algo cítrico, um bom exemplar desta cepa que começa a ganhar espaço no mercado.  Na Zahil por R$51,00.

 

Beringer Founder’s Estate Pinot Noir 05, da Califórnia, Estados Unidos. Uma novidade da Expand que o trouxe ao Brasil há pouco tempo e que, agora tenho oportunidade de  tomar e apreciar. Diferentemente das degustações, em que a gente basicamente “bica” o vinho, eventualmente duas vezes, nos vinhos da semana literalmente tomo e aprecio o vinho, muitas vezes acompanhado de comida, o que produz percepções e emoções diferenciadas. Provar uma novidade é sempre muito legal porque entramos desprovidos de informações e influências outras que não o da descoberta e esta safra foi especialmente boa o que aguçou minha curiosidade. Este Pinot é uma gostosa descoberta, mesmo não sendo um grande vinho e nem se propõe a isso. De médio corpo, taninos médios, um pouco genérico nos aromas e muito agradável de se tomar, mostrando estar muito redondo, harmônico e macio, fácil de agradar. Uma boa opção para conhecer o estilo dos pinots da Califórnia, tradicionalmente caros, sem que se tenha que provocar um rombo no bolso. Na Expand por R$59,00

 

Subsídio 06, do bom produtor alentejano, Lima Mayer, vem este vinho muito interessante, corte de Aragonez, Syrah, Alicante Boushet e Cabernet Sauvignon produzido na sub-região de Monforte. De nariz contido, necessita de um tempo em taça para se abrir em gostosos aromas de frutos silvestres. Sem ser um blockbuster, é um vinho correto, descomplicado, bom equilíbrio e estrutura, taninos arredondados e maduros, pronto a beber e de um final de boca bastante agradável e fácil de gostar. Na Seleto Vinhos por bons R$38,30.

 

Ps. os preços são de uns 15 dias atrás, há que conferir se ainda se mantêm.

 

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Countdown

Countdown, faltam só 4 dias, as inscrições encerram-se à 22 horas de dia 28, para o sorteio da campanha de Aniversário da Coluna. Só lembrando; mais de 70 vinhos (clique para ver lista e parceiros), acessórios, curso de vinhos na Portal dos Vinhos totalizando mais de R$5.000 em prêmios para 28 sortudos e assíduos leitores do jornal e do blog.Tudo na faixa, de grátis, free, de borla, é só inscrever-se e participar. Essencial que sejam maiores de 18 anos e estejam disponíveis para participar do evento informal de premiação e confraternização que realizarei no próximo dia 5 no Espaço Gastronômico Villa no Morumbi/São Paulo, com o apoio das vinícolas Casillero del Diablo e Marco Luigi. Quer saber mais, clique nos diversos posts da categoria ANIVERSÀRIO-promoção e cadastre-se, falta pouco, mas ainda dá tempo! Na tarde de dia 29 anuncio os sorteados que deverão comparecer no Villa para escolher seu envelope lacrado e descobrir o que ganharam.

Salute, kanimambo e boa sorte.

Noticias de Nossas Vinícolas

A PIZZATO Vinhas & Vinhos apresenta o inédito Alicante Bouschet Reserva 2004, o 1º vinho brasileiro dessa casta, originária da França e muito utilizada nos vinhos portugueses. Grande estrutura, potente e de boa guarda.

As uvas Alicante Bouschet foram colhidas em 12 de março de 2004, no Vale dos Vinhedos, e passaram quatro meses em barril de carvalho americano (70% do vinho) e período de 32 meses em garrafa. São 7.000 garrafas, todas numeradas e engarrafadas em lote único.

Também aproveita para lançar o Egiodola Reserva 2005, que chega a sua terceira safra. A primeira foi de 2003 e, lançada em maio de 2004, esgotou-se em apenas quatro meses. Também foi o primeiro vinho brasileiro produzido com essa casta. “A proposta para a utilização desses dois varietais incomuns é buscar extrair de uvas não convencionais novas expressões do terroir”, explica o enólogo Flávio Pizzato.

O Egiodola Reserva é um vinho de cor pronunciada, tânico, de pouca acidez, agradável e generoso. Eu tomei acompanhando um ravióli de cordeiro com molho funghi e ficou ótimo.

 

VALDUGA brilha na Alemanha – Depois do sucesso na Hungria e Argentina, o Cabernet Sauvignon Premium 2005 da Casa Valduga brilha também na Alemanha, onde conquistou Medalha de Ouro na 8ª edição do “MUNDUS Vini”. Realizado em Neustadt, o concurso ainda premiou outro rótulo da vinícola, o Merlot Premium 2005, com Medalha de Prata.

Reunindo 5.343 amostras de 41 países, degustadas por  280 jurados de 44 federações, o “MUNDUSVini”  é hoje o maior e um dos mais importantes concursos do mundo, devido ao grande número de rótulos e países participantes.  Grande performance mostrando que nossos vinhos já brigam de igual para igual no mercado internacional.

Salute e bom fim de semana.