Vinhos Ibéricos em Destaque

Wine globe 3Os vinhos portugueses e espanhóis vêm tendo destaque no mundo inteiro e no Brasil não é diferente. Sua participação no mercado brasileiro vem crescendo bastante com os vinhos apresentando uma relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer) incomparável em sua faixa de preço, especialmente nas gamas média e de entrada. Eis duas boas notícias recebidas hoje e que quis compartilhar com os amigos.

 

O Paco & Lola Albariño (importada pelos amigos da Almeria) foi escolhido como o melhor vinho branco da Galícia. Eu conheço diversos vinhos brancos da região e ser o melhor entre eles é certamente um feito a ser comemorado.

Paco e Lola o Melhor

De Portugal, ou melhor da Alemanha, vem a notícia de que a DFJ Vinhos, conceituado produtor de vinhos portugueses, levou o troféu de melhor produtor português de vinhos tranquilos na Berliner Wein Trophy. Alguns destes rótulos, destacados em azul na lista abaixo, estão disponíveis no Brasil trazidas pela Lusitano Import, exceto pelo Bigode que não sei quem traz. Eis o press release recebido e dos rótulos em destaque, conheço todos e recomendo!

A DFJ Vinhos, um dos mais inovadores e reconhecidos produtores de vinho em Portugal, recebeu no Berliner Wein Thophy 2017 o troféu “BEST PRODUCER “Still Wine” PORTUGAL”.
Para além disso recebeu ainda uma medalha de duplo ouro, cinco ouros e duas pratas com os seus vinhos, cuja listagem segue abaixo.
Este concurso alemão é um dos mais respeitados no mundo, sendo de enorme importância para as empresas produtoras que apostam na Exportação.
O Engº. José Neiva Correia, enólogo-chefe e administrador da DFJ Vinhos considera que “estes prémios são um reconhecimento do trabalho que temos feito e muito expressivos do empenho e exigência que temos na produção dos nossos vinhos”.

DFJ proweinMedalha de Duplo Ouro

Paxis DOC Douro 2013

Medalhas de Ouro

Escada Reserva 2013 – DOC Douro,
Patamar Reserva 2013 – DOC Douro
Bigode red 2015 – Vinho Regional Lisboa
Vega 2013 – DOC Douro
DFJ Touriga Nacional & Touriga Franca 2014 – Vinho Regional Lisboa.

Medalha de Prata

Paxis Pinot Noir 2013 – Vinho Regional Lisboa
Grand’Arte Alvarinho 2016 – Vinho Regional Lisboa

Bom proveito e apostem nos vinhos Ibéricos, se é que ainda não entraram nessa onda, pois valem muito a pena. Da gama de entrada, tão competitiva quanto argentinos e chilenos se não mais, aos vinhos mais caros e divinos, há para todos os gostos, estilos e bolsos. Embarque nessa viagem, garanto que vale a pena. Fui, saúde e kanimambo pela visita. Um ótimo fim de semana para todos.

Salvar

Salvar

Só Brancos na Frutos do Garimpo do mês Passado

Confraria Frutos do Garimpo - Logo para e-mailA seleção que consegui fazer para este inicio do Ano Novo, Janeiro, foi especialmente grata de montar porque adoro brancos e porque achados de ótimo preço são sempre um prazer encontrar quando no garimpo! O quente verão, apesar destas última semanas para lá de chuvosas, tem tudo a ver com eles assim como a gastronomia da época que pede alimentos mais leves. Minha opinião sobre estes vinhos segue abaixo.

Rotas do Alentejo Branco 2015 – Do Alto Alentejo sendo composto de Arinto (45%), Antão Vaz e Verdelho que resultam num vinho fresco, seco, com bom final de boca que pede bis. Leve para médio corpo, com rico meio de boca, boa acidez sem agressividade, muito bem equilibrado com um teor imperceptível de 13% de álcool, cítrico com toques de nectarina (ou algo similar). Boa intensidade olfativa em que a fruta fresca dita o tom, mesmo não sendo exuberante é muito convidativa e reflete bem o que está na taça. Na minha opinião um achado, possui densidade de boca sem o peso que costuma caracterizar os brancos de região quente alentejanos. Muito agradável e sedutor, já o tinha comentado aqui. Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.

VSE Chardonnay Reserva 2014 – um vinho de altitude, menos comum no Chile, de vinhedos a cerca de 900 metros no Vale de Aconcagua nas encostas dos Andes. Só 30% é fermentado em barricas sendo o restante em tanque de inox o que permite que a madeira no vinho seja muito sutil e elegante. Dias quentes e ensolarados, à noite desce uma brisa gelada dos Andes, resultando em boa variação térmica que gera as condições ideais para a maturação da uva e boa acidez. O que mais me seduziu neste vinho é seu equilíbrio, mostrando tudo o que esperamos de um bom chardonnay sem a forte presença de madeira que ofusca a fruta. Aqui os aromas frutais estão bem presentes, na boca mostra a cremosidade típica da uva, frutos tropicais, aquele toque de abacaxi muito bem balanceados pela boa acidez. Boa textura, um vinho que transmite, como a maioria dos vinhos desta seleção, uma percepção de valor superior ao preço de mercado. Um bom Chardonnay com preço idem e na confraria melhor ainda! Preço de Mercado sugerido pela importadora Almeria, R$69,00.

Apaltagua Reserva Sauvignon Blanc 2015 – este e o Pinot Grigio abaixo, são dois achados do ano de 2015, a essência dos vinhos com relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer)! O vale de San Antonio a apenas 30 kms da costa e a sul de Casablanca, solo granítico, recebe toda influência da corrente de Humbolt que vem do oceano transformando a região como uma das melhores no Chile para a produção de brancos aromáticos (ótimos Sauvignon Blanc, Gewurztraminer e Rieasling) e Pinot Noir. Expressivo no nariz com notas cítricas, lima e sutis notas herbáceas nos convidam a levar a taça à boca onde o vinho confirma tudo o que anuncia na paleta olfativa. Os frutos cítricos despontam com um toque mineral de final de boca, muito balanceado, fresco, um vinho que agrada demais, pelo menos a mim e que acompanha muito bem frutos do mar, risoto de aspargos com brie ou só um bom bate-papo torradinhas e queijo de cabra! Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.

Apaltagua Reserva Pinot Grigio 2015 – mais que um achado, uma grande surpresa porque nunca tinha tomado um Pinot Grigio chileno e gostei muito. Intensa paleta olfativa com toques florais e frutado. Depois de fermentado em tanques de inox, passa cerca de 3 meses sur lie para intensificar aromas e ganhar um pouco mais de estrutura enquanto preserva seu caráter frutuoso onde apareceu de forma um pouco mais vibrante as notas de maçã verde. Bom frescor, balanceado, com o mesmo final algo mineral do Sauvignon Blanc, porém aqui senti algo de salinidade, interessante e gostaria de ver se você acha isso também. Algo mais dourado na cor, o meio de boca me seduziu, gostosa textura e volume, um belo vinho nessa faixa de preço e assim fecho esta seleção. Preço de mercado sugerido pela importadora GAL em Floripa, R$60,00.

IMG_20170206_090724618

A Frutos do Garimpo é uma confraria virtual com oportunidades e achados garimpados já com o preço de mercado bem convidativo e que,com a participação do produtor ou importador parceiro, traz aos confrades uma oportunidade de tomar esses vinhos com preços ainda mais convidativos, porém em quantidade limitada, deixando à livre escolha de cada um comprar ou não, sem qualquer obrigatoriedade! Trabalhando na seleção de Fevereiro, que está por sair da peneira, e em breve compartilho com os amigos daqui de Falando de Vinhos, já que os confrades, esses têm prioridade e já até os deverão ter tomado até lá! rs Aliás, os comentários dos confrades e confreiras por aqui são mais que bem-vindos.

Para quem perdeu ou quer mais dos vinhos provados, pesquise no mercado. Sei que na Vino & Sapore (Granja Viana/Cotia/SP) tem algo e no Armazem Conceição em Floripa também, mas certamente outros bons estabelecimentos do ramo os deverão comercializar, uma ideia de preços você já tem! Saúde, kanimambo pela visita e espero seguir vos vendo por aqui ou pelas esquinas de nossa vinosfera. Uma ótima semana para todos!

Frutos do Garimpo de Dezembro foi Espanhol!

A Espanha foi o país protagonista da seleção de Dezembro que se esgotou como sempre e a Almeria a parceira de sempre, ela que importa todos esses rótulos porém não atende consumidor final e respeita seus canais de distribuição, coisa rara hoje em dia! Quis selecionar rótulos que de alguma forma poderiam caber nas festas natalinas e de inicio de ano, de potencial harmonização com os pratos mais comumente servidos na época. Quem pode dizer se a escolha foi certa são os confrades que levaram os poucos kits disponíbilizados.

Eis os vinhos selecionados, sendo que desta vez optei por uma garrafa de cada vinho. Vinhos garimpados, provados por mim e que reunem as condições básicas para serem apontados como uma bela relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer), e que na confraria se tornam verdadeiros achados. vamos aos vinhos, uma viagem pelas regiões de Espanha, sem tempranillo, sem Rioja e sem Ribera del Duero, porque ampliar horizontes também é preciso!

CFG Dez 2016

Visigodo 2015 – a uva Verdejo é a alma dos vinhos de Rueda, autóctone da região mesmo que também plantada em outras, gosto bastante de seu frescor, de seu perfil olfativo intenso em que aparecem notas florais bastante sedutoras. Este vinho tem bem essa tipicidade com muita fruta tropical presente, tanto no nariz como na boca onde ele confirma as primeiras impressões, leve toque herbáceo, final fresco e de média persistência. A meu ver, um vinho vibrante que trará felicidade aos que curtem os Sauvignon Blanc da vida, o estilo é similar. Para ser tomado só, acompanhado de um bate papo entre amigos e até um belo risoto de aspargos e brie ou frutos do mar dos mais variados aproveitando o verão e as férias. Preço sugerido pela importadora, R$64,00.

 

Campos Reales Rosado 2014 – a uva é a Garnacha, muito comumente vinificada em rosé na Espanha, e a região é La Mancha. Notas de framboesa, acidez bem equilibrada que elimina eventuais sensações doces, uma mineralidade presente que me surpreendeu, boa textura com interessante volume de boca, mais corpo do que estamos acostumados quando falamos de vinhos rosés, e o escolhi em função de sua aptidão gastronômica. Mais do que aqueles rosés mais leves e ligeiros, este vi acompanhando o peru de Natal com frutas, talvez até o Tender em função de sua boa acidez e bom volume de boca, seco, final longo. Se quiser explorar, fica da hora com arroz de mariscos, paella, ….Preço sugerido pela importadora, R$62,00.

 

Punto Y Comma 2009 (RP 90)- mais uma vez a Garnacha só que desta vez vinificado em tinto e elaborado com vinhas velhas de mais de 40 anos com passagem de 4 meses em barricas francesas. De Calatayud, próximo a Saragoça, um vinho que apresenta um nariz inicialmente tímido, fruta escura, especiarias, notas balsâmicas, taninos bem macios, vinho redondo já plenamente integrado, uma ótima companhia ao Tender ou até o Bacalhau para os que curtem este prato nesta época do ano. Recentemente o coloquei com uma Paella Mista (carnes brancas e frutos do mar), tendo harmonizado muito bem, e penso que com uma massa no almoço também poderá se dar muito bem. Com sete anos nas costas, talvez esteja em seu apogeu e creio que uma garrafa será pouco! preço sugerido pela importadora, R$100,00.

 

Altos del Cuadrado Triple V 2010 – um delicioso e surpreendente blend de Monastrel (70%), Cabernet Sauvignon (20%) e Petit Verdot (10%) de vinhedos com mais de 50 anos da região de Jumilla e ainda com um par de anos de vida pela frente, vendendo saúde. O contra rótulo está com indicação de uvas errado, e a informação de dados do blend foram colhidas junto ao produtor. Revi recentemente e confesso, peguei uma caixa para mim! O tipo de vinho que me encanta; cativante entrada de boca, nariz complexo de boa intensidade e notas de frutos secos. Na boca mostra ótima textura e volume de boca, de médio corpo para encorpado, salumeria, taninos finos ainda bem presentes, frutado sem exageros, notas terrosas, alguma especiaria, acidez equilibrada, mineral, final longo um vinho que faz salivar e pedir mais.

Os doze meses de carvalho (francês e americano) se mostram presentes porém perfeitamente integrados e acho que pode ser uma belo companheiro para o pernil com farofa, ou só com bons amigos, família, curtindo cada gole. Um baita vinho que vale cada centavo e mais dos R$110,00 sugerido pela importadora!

Bem, esses foram os vinhos da Frutos do Garimpo em Dezembro, na sexta falo de um branco português, do Alentejo e com o quê o harmonizei, gostei muito e mais um achado, o primeiro de 2017! rs Fui, saúde, kanimambo e seguimos nos encontrando pelos caminhos regidos por Baco.

Salvar

Espumante de 50 Pratas e Bom!

Seu nome? Santa Augusta Brut, um vinho do jeito que eu gosto, que entrega mais do que custa, que deixa aquela percepção de estar tomando um vinho de maior valor agregado e, para aqueles que gostam de levar vantagem em tudo, de sentir a sensação de que se deu bem, uma taça cheia! rs Melhor, a família toda é boa, com destaque para o seu Moscatel que é show também.

Minha relação com esta Santa vai longe, na verdade desde Março de 2015 quando a descobri e por ela me encantei virando seu fiel seguidor! rssanta-brut Para variar, falo de um vinho de Santa Catarina e quem ainda não conhece a região e seus vinhos, está passado da hora de ampliar seus horizontes! Muita coisa boa surgindo por aquelas bandas e meu primeiro post de 2017 será com mais um marcante vinho de lá, um Sangiovese de produção limitada (300 garrafas apenas) que é de tirar o chapéu, mas isso é papo para o ano que vem! rs Hoje quero compartilhar este espumante com os amigos, até porque o momento exige já que muita gente anda atrás de borbulhas para a ceia e final do ano. Boas borbulhas com preço idem, é disso que quero falar hoje.

Tenho um zilhão (pouquinho exagerado, mas tenho um monte mesmo! rs) de posts sobre espumantes aqui no blog (digite espumantes em pesquisar), porque é algo que curto bastante e quase todo o fim de semana abro uma garrafa em casa, sem contar a que abro nas confrarias que administro e toda a semana tem uma! Litragem de borbulhas, rs, cada um tem a sua e eu tenho muita!! Um dos destaques recentes e que vem comprovando mês após mês sua consistência, essencial em espumantes não safrados, é a Vinícola Santa Augusta de Videira no Oeste Catarinense. produz vinhos tranquilos e espumantes dos mais variados estilos, mas quero ressaltar dois aqui, o Brut e o Moscatel que são os que mais me seduziram.

Santa Augusta Brut – um equilibrado blend de Cabernet Sauvignon (majoritariamente), santa-brut-na-taca-1Chardonnay e Merlot elaborado pelo método charmat longo com seis meses sobre leveduras o que lhe confere mais complexidade e elegância de perlage (borbulhas mais finas). Boa intensidade aromática, mas é na boca que ele demonstra ao que veio com uma perlage intensa, fina, abundante, persistente que explode na boca com notas citricas, bom volume de boca, sutil toque de “padaria/brioche” e muito boa acidez num final de média persistência seco e muito agradável. Faço muitos testes de degustação às cegas, com clientes e amigos enófilos participantes de minhas confrarias, com teste de percepção em que o provador tem que passar sua percepção de valor baseado em sua experiência/litragem. Invariavelmente o resultado é de um espumante por volta dos R$70,00 o que o faz ainda mais valioso, já que custa no mercado algo entre R$50 a 55,00 a garrafa. Uma ótima opção para este final de ano, eventos, festas, casamentos e eu o tomo regularmente em casa porque para mim não precisa de nenhuma ocasião especial para abrir uma garrafa! rs

Santa Augusta Moscatel – não é de hoje que “trabalho” estes espumantes a que poucos prestam atenção, afinal já em 2009 promovia Desafios com estes Espumantes. Ainda tem gente que busca os espumantes similares produzidos na Itália, os Moscatos d’Asti, mas o nacional dá de dez, pois nossa acidez consegue produzir um espumante mais santa-moscatel-e-futonequilibrado e menos enjoativo. O italiano costuma ser doce demais, mas há que respeitar gostos, então quem quiser, bom proveito! rs Entre os espumantes Moscatel nacionais, tenho uns três ou quatro que acho muito bons e o Santa Augusta é hoje o melhor. Não só na minha opinião, mas o guia da Revista Adega lhe deu 91 pontos assim como Guia Descorchados que lhe deu a mesma pontuação e o premio de melhor Moscatel Brasileiro.

Elaborado com 100% da uva Moscato Giallo, prima pelo equilíbrio promovido por uma acidez vibrante que se opõe à doçura da uva o que permite que se tome diversas taças sem que se torne enjoativo. Fresco, notas florais sutis, frutos citricos,é tudo de bom! Acho um grande companheiro para o nosso panetone com frutos secos, sobremesas citricas como torta de kiwi ou salada de frutas (experimente trocar a laranja pelo próprio espumante!) com sorvete de creme, tudo a ver com nosso calor, a época e férias! Na foto, uma harmonização com Futon de Frutos do Bosque flambados que o restaurante Koizan na Granja Viana faz, muito bom essa casamento!!

Bem amigos, por hoje é só, desculpem, sei que o post é longo, mas como sabem, me empolgo quando algo me encanta e esses espumantes que os grandes críticos hoje descobrem, há muito estão na minha taça e, na verdade, também na Vino & Sapore, pois quando consigo encontrar por aí esses vinhos de ótima relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer), não resisto né?? Kanimambo, saúde e seguimos nos vendo por aqui ou numa dessas muitas estradas de nossa vinosfera, fui!

Salvar

Salvar

Salvar

Sotanillo & Clericot

Verão, calor o que você pede como bebida? Drinks frescos, com frutas, como o Clericot, que está na moda invadindo praias, restaurantes, encontros, etc.. Mas o que é isso? Para quem ainda não sabe, é uma variação da Sangria espanhola com origem, aparentemente na França. O site “Aventuras Gastronomicas“, explica a diferença entre Sangria, Ponche e Clericot, sendo de lá que extrai o seguinte texto; “A maioria das fontes de pesquisa indica que o clericot é de origem francesa. Uma mistura de suco de limão, brandy, xerez e soda. E, não diferente do ponche e da sangria, quando foi exportada para a Argentina e para o Uruguai – o Clericot é uma das bebidas mais pop`s em Punta del Leste -, também teve sua receita original alterada. Atualmente, as receitas mais conhecidas têm vinho branco seco, ou espumante brut,sotanillo-clericot-1 como ingrediente principal.” Virou moda por aqui também!

As receitas são as mais variadas e os vinhos usados também. Eu optei por fazer o meu Clericot neste final de semana em encontro familiar, com um recém chegado Espanhol da gema, o frisante Sotanillo, de baixo teor alcoólico (8%), seco com muito leve dulçor residual e bem refrescante por si só. Importação dos amigos Juan e Alexandre da Almeria, sempre parceira, chegou num momento bem propicio do ano e é para comprar de caixa já que o preço de R$39,00 é muito convidativo! Versátil, vai muito bem no Clericot, solo, mas certamente deverá também dar uma liga muito boa com frutos do mar grelhados ou fritos.

A receita varia demais e cada um acaba dando seu próprio toque que, na minha opinião, deverá se adequar ao público presente. Neste caso optei pela leveza, não acrescentei licor de laranja ou qualquer outra bebida mais alcoólica para turbinar o drink. Queria algo que as pessoas pudessem tomar de gole, sem medo de serem felizes, acho que deu certo, afinal foram 3 jarras dessas!! rs Clericot Sotanillo, sucesso garantido, deixa eu fazer meu merchandising, vai?? rs

Eis uma receita para você curtir:

  • 1 garrafa de SOTANILLO FRIZZANTE BIANCO
  • 1 xícara (café) de licor de laranja (deixar marinar uns quinze a vinte minutos sobre as frutas)
  • 2 maçãs verdes cortadas em fatias
  • 6 morangos grandes cortados ao meio (eu usei Kiwi)
  • 1/2 abacaxi maduro picado em pedaços
  • 1 cacho de uvas vermelhas sem semente (eu usei verdes, mas tanto faz, congeladas por sugestão da amiga Raquel Santos)
  • 3 nectarinas frescas em pedaços
  • 2 colheres de sopa de açúcar ou uma latinha de soda limonada. Eu não usei nada, o doce das frutas já ficou de bom tamanho.
  • Gelo a gosto

Pode variar frutas, licor, adicionar um pouco de vodka ou gin, suco de laranja se faltar licor, enfim, pode soltar sua imaginação, mas o Sotanillo deve prevalecer! rs Gente, por hoje é só, tenham todos uma ótima semana, fim de semana é Natal símbolo de paz e harmonia, depois a chegada de um Novo Ano com novos desafios, novas conquistas, ufa, muita coisa por acontecer!

Saúde, muita, e kanimambo pela visita. Que possamos seguir nos encontrando por aqui, por aí nos caminhos de nossa vinosfera ou, quem sabe, na Vino & Sapore! rs

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Deu França nos Frutos do Garimpo

Em Junho, numa parceria com a importadora Almeria de meu amigo Juan,tive o privilégio de compartilhar dois saborosos vinhos franceses, uma oportunidade e tanto para os amigos confrades e confreiras da Frutos do Garimpo. Uma mostra de que bons vinhos com preços idem estão presentes em todos os países, inclusive nos mais conceituados, só precisa garimpar e não se impor limites decorrente de preconceitos saindo fora de sua zona de conforto!

Hoje compartilho com os amigos leitores o que os confrades e confreiras provaram na taça, podem procurar por aí, os vinhos valem muito a pena! Os comentários dos confrades e confreiras que tiveram oportunidade de pegar o kit, se esgotaram rapidamente, serão super bem vindos.

Chateau Bujeau la Grave 2010, Bordeaux, um vinho que vem quebrar alguns chateau-la-graveparadigmas, entre eles o de que não existe Bordeaux bom abaixo de R$100,00. Sim existe e este rótulo é um claro exemplo disso, uma ótima opção de entrada nesta região de grandes e conceituados vinhos. Tradicional corte bordalês de 50% Cabernet Sauvignon,  42% Merlot e 8% Cabernet Franc,  uma cor rubi brilhante, aromas de frutos do bosque frescos com algumas sutis notas herbáceas, textura gostosa, estrutura média,  e boa concentração de fruta, terminando com  taninos sedosos e um final de média persistência. A safra  de 2010 foi um grande ano em Bordeaux, então o que já é normalmente bom ficou ainda melhor, um vinho muito saboroso e sedutor.  O preço médio do mercado em Sampa gira entre R$92 a 98,00.
Chateau Fontaréche Vielles Vignes Rouge 2014, entre Narbonne e Perpignan em pleno Corbiére no Languedoc, sul da França, o Chateau está na família chateau-fontareche-rougehá mais de 300 anos, desde 1682. Na taça, um corte de uvas regionais 40% Syrah, 30% Mouvédre e 30% Carignan, envelhecido parcialmente  em barricas de Carvalho francês por 12 meses, mostra uma generosa paleta olfativa de frutos vermelhos vivos, com leve toque especiado e nota animais. De médio corpo +, é um vinho que possui ótimo meio de boca, boa estrutura, mas sem perder a elegância de final de boca com taninos aveludados mostrando muito equilíbrio. O produtor elabora também um bom rosé e, na minha modesta opinião, um belo branco de vinhas velhas no qual você deve também ficar de olho caso você também aprecie bons e complexos brancos, o melhor dos três na minha opinião. O preço médio deste vinho no mercado em Sampa é de R$110 a 120,00
Mais duas belas dicas, garanto, para você procurar no mercado e curtir. Durante a semana tem mais e desta vez sem feriados emendados, ufa! Kanimambo, saúde e seguimos nos vendo por aqui ou num dos muitos e sedutores caminhos de nossa vinosfera, saúde!
wine-smile-despagne

 

Salvar

Salvar

Salvar

Outubro Rosa e Quente Pede um VSE Classic Rosé

Gente, este descobri faz cerca de um mês e me surpreendi. Mais um achado recente, já que vinhos na casa do 40 a 45 Reais com qualidade estão cada vez mais raros e este rosé do Vale de Aconcagua no Chile, VSE Classic Roséé realmente diferenciado, nada daquelas coisas docinhas e sem graça!
O vinho é fruto do assemblage de uvas Cabernet Sauvignon, Syrah e Carmenére que são vinificadas em separado, processo de prensagem direta (creio eu, pois não consta de ficha técnica) e não de sangria (nada a ver com aquela mistura de vinhos e frutas tipica espanhola – clique no link para saber mais) e fermentada em tanques de inox após atingir a cor desejada, sem passagem por barrica, para preservar fruta e frescor. Para quem não é chegado em brancos (uma lástima!) e para quem curte o estilo, uma ótima opção de verão para acompanhar pratos leves, carnes brancas, frutos do mar (como os camarõezinhos empanados da foto), sushis e sashimis.

Cor bonita (salmonada), brilhante, fresco, frutado característico, ótima acidez, vibrante, final de boca bem sequinho, gostoso, para tomar várias num dia de sol quente e uma ótima pedida para o fim de semana na praia ou na piscina. Os amigos Alfredo e Carlão tiraram esta bonita foto num Sábado recente lá na Vino & Sapore e me enviaram, tudo a ver! Um vinho descompromissado, feliz, que recomendo e assino embaixo.

Esta é minha dica para o final de semana, mais uma dentro de meus amigos Juan e Alexandre da Almeria, assim como visitar o evento enogastronomico promovido pela Vino & Sapore neste Sábado, “Harmonizando Espanha” com o food truck gourmet Perfil de Chef, sempre um acontecimento e quem já esteve no de Portugal e no da França não me deixa mentir! Kanimambo e bom fim de semana a todos.

Um Grato Reencontro Com o Villa Romanu

Começando a semana com uma dica lusa! Há anos que não provava este alentejano que andou passando de mão em mão por aí até cair nas de quem entende, meu amigo Juan da Almeria (não vende direto ao consumidor!), e fiquei feliz por isso pois pude voltar a ter acesso a ele. Já, já comento o vinho porém com a crise se tornando cada vez mais presente e o câmbio e governo (mais impostos) não ajudando, estamos todos tendo que apertar o cinto e está cada vez mais difícil de encontrar vinhos chamados BBB com um preços mais acessíveis, então encontrar um vinho desses abaixo das 60 pratas é sempre um motivo para sorrir.

Villa Romanu Tinto 2013 – sem passagem por madeira, é um corte das uvas Trincadeira, Aragonez e Cabernet Sauvignon que estagia em inox por cerca de seis meses e só por isso já agrada, pois vinhos nesta faixa com madeira normalmente são chipados o que distorce o vinho. Este já mencionei lá atrás, nos idos de 2007, sendo um Romanu Tinto 1vinho que sempre me agradou e chegou a fazer parte parte de uma seleção de vinhos portugueses até R$30 que preparei em 2007, já lá vão 8 anos!

Um vinho que mostra bem a diferença entre um vinho fácil e um vinho simples. De simples não tem nada, mostra-se muito bem em boca, mesmo sendo franco, direto, sem muita enrolação já diz a que veio sem muita lenga, te satisfazer tanto no palato quanto no bolso. Fácil porque é difícil não gostar, harmoniza com bate-papo entre amigos, alguns petiscos, um jantar com carnes grelhadas ou um penne com bacalhau e brócolis (meu caso), um vinho versátil que não complica e nem te promete mais do que pode integrar. Boa fruta, os taninos bem integrados marcantes sem rusticidade ou agressividade, bem balanceados por uma acidez no ponto, suculento, textura gostosa, boa entrada de boca, persistência média, final saboroso que pede a próxima taça. No mercado anda na faixa dos R$58 a 60,00, o que acho uma muito boa relação Custo x Qualidade x Prazer.

Também provei o branco que se mostrou no mesmo nível e com este calor será uma ótima pedida, mas desse eu falo num post que estou armando só com brancos BBB, não por sorte, a maioria Ibéricos! Por hoje é só, mas durante a semana mais algumas boas dicas e novidades. Ah, aproveitando! Amanhã se encerram as inscrições para a minha viagem aos Vinhos de Altitude de Santa Catarina e ainda temos duas vagas disponíveis, vai dar mole?! Clique no link e veja mais detalhes.

Uma ótima semana a todos, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou nas trilhas de nossa vinosfera.

Conhece a Uva Lacrima?

Eu também não, mas já comecei a pesquisar e no dia 23 de Julho pretendo prová-la junto com quem estiver presente em mais uma degustação que armei! Em parceria com a logoMARCA_almeria-OK importadora Almería de meu amigo Juan e seu filho Alexandre, montei uma degustação que tem como tema a exploração de novos sabores provando vinhos elaborados com essa uva rara e outras pouco conhecidas, vai dar mole? São só 12 vagas e nem lancei e só sobraram 8! Ainda não consegui um local em Sampa, então esta também será realizada na Vino & Sapore na Granja Viana a partir das 20 horas.

Recepção: Espumante Gouguenheim Bubbles Brut, um Rosé de Malbec. Argentina

  • Degustação:
    Lolo Albariño – uva branca da região da Galicia, Rías Baixas, Espanha (R$87,00)
    Paco Vintage Garnacha/Tempranillo – a Garnacha é a uva de Navarra, mas junto com a Tempranillo são as mais importantes uvas tintas do país. Espanha (R$98,00)
    Hecula Monastrel – Monastrel é nascida e criada nas regiões próximo a Valencia; Yecla, Alicante e Jumilla na Espanha (R$65,00)
    Orgiolo Lacrima di Morro d’Alba – olha ela aqui! Lacrima é uma uva rara que só se encontra em vinhedos na cidade de Morro d’Alba na Puglia, Itália (R$98,00)
    Perez Cruz Cabernet Franc Edición Limitada – esta uva ganha espaço nas taças dos enófilos porém ainda não é de conhecimento geral. Esta versão vem do Chile (R$105,00)
    Chaski Petit Verdot – A Petit Verdot segue sendo uma incógnita para a maioria e é tradicionalmente usada em blends, no entanto tem despontado como varietal em algumas regiões com grande sucesso. (R$148,00)

Almeria Uvas Pouco Comuns

Pequeno resumo sobre as características das uvas e suas origens será fornecido no dia com espaço para anotações. Para acompanhar, as tradicionais travessas com queijos e frios, água, pão e café ao final. Tudo isso por apenas R$90,00 , pagos no ato da reserva, dos quais R$20 ficam disponíveis como crédito na compra de qualquer um desses vinhos nessa noite. Diversidade sempre, vem desbravar nossa vinosfera você também! Kanimambo pela visita e espero te ver dia 23. Telefone para contato na Vino & Sapore de Terça a Sábado das 14 às 20 horas (11) 4612-6343.

Chaski Petit Verdot 2011 na Taça

A Perez Cruz é um velho conhecido (agora trazido pelas mãos da Almeria) e produz vinhos de muita qualidade e preço justo, gosto desse binômio! Seu Reserva Cabernet Sauvignon já demonstrou ser um dos melhores custo x beneficio chilenos em nosso mercado, acho muito bons os Limited Edition; Cabernet Franc, especialmente se com alguns anos nas costas, o Cot (malbec) que costuma surpreender os incautos apreciadores desta cepa sendo, talvez, o em que a madeira mais esteja presente, sem contar o excelente Syrah!

Este Chaski Petit Verdot, é de uma linha acima dos demais e há muito esperava na minha adega para ser provado, porém esperava a companhia certa, neste caso um Prime Rib, e a espera valeu a pena. Provei este vinho pela primeira vez em 2010, da safra 2008 e especialmente engarrafado para nós, pois ainda não estava disponível no mercado. Foi no Desafio de Petit Verdot que promovi com a participação de mais oito vinhos e amigos blogueiros, colunistas e especialisatas em geral assim como parceiros enófilos de longa data, vale a pena ver mais aqui.

Fazendo jus ao restante da família e á própria cepa que gera alguns ótimos vinhos varietais e faz mágica em blends, o Chaski mostrou ser um vinho másculo que, como aconteceu em 2010, mostra que precisa de pelo menos uma meia dúzia de anos em garrafa antes de se mostrar como um todo. Minha sugestão para quem o quiser abrir agora é aerá-lo por pelo menos uma hora ou dar umas três ou quatro passadas pelo magic decanter para que ele se integre melhor CAM01497e libere um pouco de seus potentes 14,5% de álcool.

Vinho potente, aromas de frutos negros maduros e um toque balsâmico. Na boca é denso, grande estrutura, taninos potentes porém finos mostrando a necessidade de tempo, agradável textura, especiarias, complexo, longo, vinho com boa presença, acidez que pede comida e o Prime Rib, mesmo estando um pouco bem passado demais para meu gosto, foi parceiro e aguentou o tranco.

The Day After

Sobrou e na segunda matei a garrafa, autre chose! De um dia para o outro com somente meia garrafa houve tempo para o vinho aerar com o oxigênio lá existente e isso provocou uma enorme mudança no vinho o que confirma minha sugestão de aerar por pelo menos uma hora em Decanter ou algo similar. Os taninos arredondaram, o álcool volatizou (também deixei na taça um pouco esperando aumentar a temperatura pois estava na geladeira) e o vinho todo se integrou mostrando uma elegância que não estava lá no dia anterior. Os frutos negros e especiarias mais presentes, final aveludado e apetitoso sem perder a concentração e volume de boca, ficou difícil não terminar com a danada e …….acabou!!

Chaski, o mensageiro, é mais um bom vinho da Perez Cruz e este exemplar anda na casa dos R$120,00. Aliás, acho que tá na hora de promover um outro Desafio de Petit Verdot pois há muita coisa interessante por aí! Na Sexta publico meu último post com os Brancos e Tintos que fizeram a minha cabeça em 2014, nos vemos por aqui? Cheers e kanimambo.