TOUR Mistral – Direto do Front

Tour Mistral I 001Ontem foi o primeiro dia e, como sempre, comecei pela Graham´s. Não, não é só por seus ótimos vinhos tranqüilos, entre os melhores de Portugal, ou por seus Vinhos do Porto, mas é a forma sempre simpática que o amigo João Machete Pereira nos recebe. Depois dei uma geral visitando produtores que desconhecia como Sileni Estates da Nova Zelândia, Castello Del Terriccio, Masi, Tenuta di Capezzana e Tasca D’Almerita vinícolas italianas. Ainda tive oportunidade de rever os deliciosos vinhos do Luis Pato, Pisano e da Quinta da Lagoalva de quem tive oportunidade de conhecer alguns rótulos quando de minha recente viagem a Portugal, assim como aproveitado para trocar umas idéias com o Luis Henrique Zanini sobre o “Maledetto” enquanto provava seu gostoso espumante Vallontano Rosé, um lançamento. Para finalizar, uma passagem pelas famosas grappas da Nonino com a simpática e bela presença de Elisabeta Nonino e sobrinha, uma experiência sensorial diferente, da grappas obviamente. Hoje já tenho em mira algumas outras vinícolas como; Catena Zapata, Domaine Aussiéres, Quinta do Cotto e Anima Negra entre outros. Desses falo amanhã.

  • Vallontano – enquanto discutíamos essa atrocidade, ou “maledetto” como o chamo, do selo fiscal, provei seuTour Mistral I 005 mais novo lançamento que é o Espumante Brut Rosé, eu que gosto de rosés, mas normalmente não me encanto com a versão espumante, tenho que reconhecer que estamos diante de um rótulo muito saboroso e fresco que me surpreendeu muito positivamente. Hoje volto para provar os vinhos tranqüilos.
  • Graham´s,  me empolguei tanto que até esqueci de bater uma foto, o que farei hoje quando for provar os Vinhos do Porto. Dizer o quê destes vinhos sempre muito bons e de renome internacional? O Altano é um Best Buy em qualquer lugar do mundo, o novo Altano Biológico 2007 por cerca de R$65,00 é uma estupenda compra, o Prazo de Roriz 2006 um saboroso achado, o Post Scriptum um estupendo “segundo” vinho do fantástico Chryseia  e os  novos Pombal Vesúvio e o Quinta do Vesúvio, duas obras primas que ainda darão muito o que falar e sobre os quais já tinha cantado a bola em 17 de Junho de 2008. Imperdível a visita a este estande!
  • Quinta da Lagoalva, uma vinícola da região do Ribatejo (hoje CVR Tejo) que vem produzindo alguns ótimos Tour Mistral I 002vinhos com os quais tive o primeiro contato em Abril último. Seu Castelão/Touriga Nacional é um achado que, com o fortalecimento do Real, o deixa também muito competitivo. Vinho fácil de gostar, saboroso e sedoso na boca, mas tem mais, como pude descobrir nesta visita. Eu que não chegado nos vinhos com forte presença da uva Alfrocheiro, tive que me render a seu Lagoalva de Cima Alfrocheiro 2006 absolutamente sedodo e muito rico, assim como a sua versão em Syrah, uma surpresa. Seu melhor custo x beneficio, no entanto, é o Quinta da Lagoalva Reserva, um delicioso corte de Syrah/Cabernet Sauvignon e Alfrocheiro que custa algo próximo a 65 Reais. Fomos apresentados também, a uma nova cria do Diogo Campilho, um Late Harvest de Gewurztraminer Botritizada cortada com Riesling congelada, gerando um um vinho muito complexo que terá uma produção muito pequena em torno de umas 2.000 garrafas. Tudo isso ali, do lado do Rio Tejo. Inovação e criatividade deste jovem enólogo.
  • Pisano, reconhecidamente um dos melhore produtores Uruguaios e a sempre simpática e charmosa presença de Tour Mistral I 009Fabiana Bracco. Um de seus vinhos, o Arretxea Tannat/Petit Verdot 2004, um vinho de grande estrutura e de uma riqueza e complexidade ímpares, foi um dos que listei nos meus TOP 50 vinhos provados ultimamente, uma homenagem que fiz na celebração da qüinquagésima edição do Planeta Morumbi, vinho para curtir hoje acompanhando pratos fortes, mas com pelo menos mais dez anos de vida! Muito bons e de ótimos preços seus Cisplatino Torrontés, Rio de Los Pajaros Tannat/Syrah/Viognier e seus sempre constantes e muito saborosos RPF Syrah, RPF Tannat e agora o Petit Verdot que deve ficar dos deuses acompanhando um tradicional cordeiro uruguaio. Muito bom, também, o Fabula Late Harvest provado.
  • Castello Del Terriccio, provei dois vinhos espetaculares o Lupicaia 2004, corte de Cabernet Sauvignon com Tour Mistral I 010Merlot que ainda é uma criança e o meu preferido, Castello Del Terricio 2004, por sua complexidade e inusitado corte de Syrah/Mouvédre e Petit Verdot, um vinho muito longo que persiste na memória mesmo após quase 12 horas e oito de sono . Não são baratos, custam uma bela nota, mas são excepcionais. Hoje pretendo provar seus vinhos mais acessíveis. Grandes vinhos!
  • Sileni Estates, um produtor da Nova Zelândia que nos visita, algo não muito comum, apresentando alguns de seus bons vinhos. O país e a vinícola são famosos por seus Sauvignon Blancs e Pinots. Para o meu gosto, excelentes o Chardonnay “The Lodge” que por volta de R$65,00 é um dos achados deste evento, e o Pinot Noir “The Plateau”. Dois vinhos que valem ser conhecidos.
  • Luis Pato, falar do mestre dos vinhos da Bairrada e seus vinhos é pura redundância, mas deixar de provar o Vinhas Velhas e o Vinha Barrosa (outro que está em meus TOP 50) é crime de lesa pátria a ser punido exemplarmente! Vinhos divinos, extremamente saborosos, equilibrados mostrando que se podem fazer grandes vinhos sem exageros no teor de álcool. Provavelmente retorno hoje, até porque a “carne é fraca”! O difícil é conseguir acesso ao estande, um dos mais procurados junto com o Anima Negra.
  • Tour Mistral I 006Tasca D’Almerita, da Sicilia tendo eu já recomendado seu Regalealli Nero D’Avola em meu post sobre esta uva no último Sábado. Agora conheci seus outros vinhos e o Regalealli, apesar de bom, fica ofuscado pelo muito bom Cygnus um corte de Nero com Cabernet Sauvignon e pelo saborosissímo Rosso Del Conte outro 100%  Nero d’Avola que me impressionaram muito. Seu Cabernet Sauvignon é excelente, mas talvez um pouco caro e tendo a me emocionar mais com as “autóctones”.
  • Tenuta di Capezzana, de Carmignano (linda cidade medieval que tive oportunidade de conhecer há uns 15 anos atrás), apresenta alguns vinhos muito saborosos a começar por seu branco Trebbiano, um baita vinho. Nos tintos começa-se pelo “básico” Barco Reale 2006, mas me encantei mesmo foi com o Villa de Capezzana Carmignano 2005, um delicioso e harmônico corte de cerca de 80% de Sangiovese com Cabernet Sauvignon que me seduziu. Outro longo, muito longo!
  • Grappa de Nonino, não sou muito chegado em destilados, já fui mais, mas gosto de ocasionalmente tomar uma aguardente  portuguesa, está no sangue, tanto batizando o meu café como tomando um cálice bem geladinho vez por outra, neste caso da envelhecida.  As grappas, que desconhecia, possuem basicamente o mesmo estilo e me Tour Mistral I 004identifiquei fácilmente. Provei todas, mas me encantei mesmo com duas, uma que é elaborada somente com uvas brancas gerando aromas cativantes e uma maciez na boca muito gostosa, a envelhecida (para quem conhece, faz lembrar muito as aguardentes velhas portuguesas) que foi muito bem acompanhada por um saboroso pedaço de chocolate  e a terceira é algo totalmente diferente e encantador, é a Amaro Nonino Quintessentia Infuso di Erbe Alpine. È quase como um licor, uma infusão de ervas com uma parte de grappa com um teor alcoólico de 35%, muito saboroso podendo ser servido gelado com uma rodela de laranja (pelo menos foi o que entendi). Eu gostei muito e recomendo uma visita. Aliás, minha sugestão é começar por aqui, depois limpar a boca e o palato comendo algo e tomando bastante água para encarar todas as tentações pela frente. Enquanto isso, visite o site (use o link acima) e conheça um pouco mais sobre esta empresa mais que centenária, responsável por uma reviravolta de conceito desta tipica bebida italiana.

Salute, kanimambo e Bon Voyage por este belo tour.

Amanhã tem mais.

São Paulo Restaurant Week tem Foco na França

Restaurant WeekPara começar a semana já vos deixando com àgua na boca, eis uma dica imperdível de um evento que está por vir. Estamos quase chegando no quinto Restaurant Week, um evento que começa a se tornar uma marca na cidade que é internacionalmente  reconhecida como uma das principais capitais mundiais da gastronomia, São Paulo. Os restaurantes preparam menus diferenciados com entrada, prato principal e sobremesa pelo preço fixo de R$ 27,50 + 1 (almoço) e R$ 39 + 1 (jantar) sendo que o couvert e bebidas não estão incluídos. O real acrescido à conta, será destinado para a Fundação Ação Criança que já recebeu em torno de 150 mil reais em doações nas 4 edições do evento em São Paulo.  Como sugestão para a próxima edição, que tal subir para R$2,00, aumentando a transferência de recursos para a fundação, e desta forma levantar mais fundos sem onerar em demasia ninguém? Outra dica para os organisadores, que tal incluir um A.V. (Amigos do Vinho) ao lado dos restaurantes que ofereçam opção de taça de vinho (a preços também civilizados) harmonizando com os pratos do cardápio especial? Só uma sugestão que, acredito, atrairá ainda mais gente para conhecer esses bons restaurantes, haja visto o resultado preliminar da enquete deste mês aqui do lado.

            Desta feita, os restaurantes devem recriar pratos franceses ou colocar inspirações francesas nas suas próprias culinárias, prestando uma saborosa homenagem à França, todavia não é regra.  A lista de restaurantes participantes aumentou muito esse ano, devendo fechar com um número acima dos 200 participantes. Alguns participam desde a primeira edição, como El Patio, Govinda, La Marie, Obá. Alguns que aderiram na última edição voltam animados para a segunda experiência como o Arábia, Tandoor, Marcel, Picchi e Mercearia do Francês.  A edição de SP- França contará com a adesão de restaurantes concorridos da cidade a maioria pouco acessível à maioria. São restaurantes do porte de Brasil à Gosto, o Le Buteque, Antiquarius , La Brasserie Erik Jaquim, Rosmarino e Porto Rubayat entre outros. Que tal aproveitar e conferir do porquê de tanta fama?

              Eu posso enumerar pelos menos uns dez imperdíveis e outros tantos de dar água na boca só de pensar, mas a lista está repleta de ótimas opções! É uma semana de 14 dias, coisas do marketing, o que permitirá que se possa esperar um número recorde de refeições servidas.Lembrando, existem restaurantes que participam só com almoço, outros só com jantar e há aqueles que jogam nas duas, então não deixe de checar antes. Se  quiser se programar, consulte a lista dos restaurantes participantes no site – http://www.restaurantweek.com.br/default.asp?id=1&b=sp.jpg – ou aproveite estas três dicas que dou abaixo. Eu, certamente, estarei presente nas três!

La Marie, o gostoso e simpático restaurante do Chef Edson Di Fonzo, veio com um cardápio irresistível, sofisticado e arrasador.  Mais, os amantes do vinho estão bem servidos aqui. Bons vinhos com preços honestos, recomendo.

Almoço: SPRW La Marie pato

  • Entrada – Salada Verde com Coquilles Saint-Jacques
  • Prato Principal – Magret de Cannard a Provence (pato c/molho de vinho, batatas gratinadas e cebola confit)
  • Sobremesa – Mousse de Morango

Jantar:SPRW la Marie lagosta

  • Entrada – Quiche de Legumes com Salada
  • Prato Principal – Lagosta ao Molho Champanhe (arroz ao alho poró e ratatouille)
  • Sobremesa  – Creme de Côco

(Opção almoço e jantar: Salmão ao molho de vinho branco)

 

Antiquarius, um dos melhores restaurantes em São Paulo e um ícone da gastronomia portuguesa no Brasil. Produz diversas iguarias das quais você poderá curtir algumas por um preço camarada durante este evento. Só no almoço:SPRW-ANTIQUARIUS 01

BOAS VINDAS – Cesta de torradas, manteiga, patê de berinjela e patê português.

  • Entrada – Tijelinha de Bacalhau à moda do Convento ou Caldo Verde
  • Prato Principal – Arroz de Cordeiro ou Bacalhau à Antiquarius
  • Sobremesa – Siricaia ou Mouse de Chocolate

 

Felix Bistrot do renomado Chef  Alain Uzan que está radicado no Brasil há dez anos, trata de nos deliciar com diversos e criativos pratos da alta gastronomia francesa aliada a ingredientes tipicamentes brasileiros. Numa casa e recanto bucólico da Granja Viana, uma ótima opção para um passeio diferente onde você pode jantar ao lado da piscina ou no charmoso salão.

 Almoço:

  • Entrada – Salade Dijon – Salade Verte Vinaigrette de Dijon ou Salade Niçoise (Azeitona Preta,Ovos, Atum, SPRW - FELIX BISTROT02Vagem e Alface) ao molho de Mostarda Dijon
  • Prato Principal – Roulé de Filet de Boeuf sauce Roti (Rocambole de Filé Mignon com Espinafre e Funghi ao molho Roti, acompanha Batata Sautée) ou Ravióli de Brie Sauce a La Sauge  (Ravioli de Brie ao molho de Sálvia )
  • Sobremesa – Mille Feuilles de Mousse au Chocolat  ou Crepes aux Fruits Frais (Crepe com Frutas da Estação)

Jantar:

  • Entrada Crepes aux Poireaux  (Crepe de Alho Poro) ou Quiche Loraine SPRW - FELIX BISTROT  01
  • Prato Principal – Boeuf Bourguignonne  (Picadinho de Mignon ao Vinho Tinto) com Legumes ou Saumon sur Jardiniere de Legumes sauce Passion (Salmão na cama de Legumes e Molho de Maracujá)
  • Sobremesa – Petite Tarte a La Poire  

 

Bon apetit, salute e kanimambo. Nos vemos amanhã com noticias direto do front, desta vez da Mistral Tour – Day One.

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Big Brother do Vinho. É, nossa vinosfera não escapou dessa febre de “reality shows” e seis homens e seis mulheres suarão a camisa no “The Winemakers”.  Trabalhando na colheita em Paso Robles (Califórnia) e em turnos num wine bar, os competidores serão testados em seus conhecimentos e o ganhador terá o privilégio de elaborar e comercializar seu próprio rótulo no mercado americano. Tem alguém aí interessado?! Tente, creio que eles estão selecionando um novo grupo para o Winemakers II >> http://thewinemakers.tv/ (fonte: Decanter magazine)

 

Quinta do Portal é “Winery of the Year” pela Wine & Spirits. Vinícola Duriense (DOC Douro – Portugal) , fez por merecer com vinhos muito bem pontuados o que só vem enobrecer os produtores portugueses como um todo. Uma bela noticia para os vinhos portugueses direto das terras do Tio Sam que será publicado no anuário da revista que sai agora em Outubro. Yessss!! (Fonte: Infovini)

 

Consorzio Chianti Classico reduz comercialização em 20%. Para tentar evitar a super-oferta e a pressão por redução de preços, a comercialização da safra de 2009 será reduzida por no mínimo 24 meses. Aliás, na mesma linha de ação e pelos mesmos motivos, o Conselho Interprofissional da Região Demarcada do Douro, limita a produção da vindima de 2009 a, no máximo, 110.000 pipas, um corte de aproximadamente 10%. Sinal dos tempos e mostra que nossos importadores podem melhorar preço de compra o que, junto com a nova onda de valorização do Real, possibilitaria a reversão dos aumentos preventivos dados há oito ou dez meses atrás. (Fontes: Decanter e Jornal de Noticias – Portugal)

 

Já ouviram falar da Marithimu’s? Não, então preparem-se porque é só uma questão de tempo!  Na Europa é Marithimus 003muito comum e grande a diversidade de produtos gourmet em conserva, não sei nem se é esse o termo, mas no português bem claro, enlatados e em frascos. Ali´s, o caderno Paladar do Estadão publicou uma matéria muito legal sobre o assunto há uns meses atrás (lembro de ler, mas não encontrei em meus arquivos), mas por aqui ainda se olha bem de soslaio para esses produtos e pouca, ou quase nenhuma, produção local existe. Esta nova empresa que já tem seus produtos testados por diversos chefs e restaurantes, nos traz uma linha de frutos do mar que, pelo que já li, prometem ser daqueles produtos que todo o amante da enogastrônomia deverá ter em casa.  Ostras, Mexilhão e Polvo, iguarias que estão na despensa aguardando o momento certo para serem testados numa harmonização com Protos Verdejo e Soallheiro Alvarinho. Depois conto como foi, mas enquanto isso conheça os produtos e o conceito através de visita ao site da empresa clicando no link acima.

 

Mais sobre o “Maledetto” Selo Fiscal. Muitos  já publicaram, mas não custa deixar claro que a instituição desse maledetto só beneficiará a arrecadação do governo, para seguir aumentando suas benesses (esmolas assistencialistas em troco de voto) especialmente no momento eleitoral que se avizinha, e aos grandes produtores. Não traz nada de positivo nem para os pequenos produtores , nem para os importadores e muito menos para nós consumidores. Enfim, já deixei minha posição claramente nos diversos posts que escrevi sobre o assunto que podem ser lidos digitando “Selo Fiscal” e clicando em pesquisar. Com a palavra a UVIFAN:

 “No dia 10 de agosto, segunda-feira, a UVIFAM – União Brasileira das Vinícolas Familiares e de Pequenos Vinicultores – promoveu o I Encontro de Vinícolas Familiares, realizado no auditório do IFRS – Campus Bento Gonçalves. Na ocasião, o economista Werner Schumacher fez uma explanação acerca das dificuldades que a adoção do Selo Fiscal para vinhos acarretará aos produtores brasileiros e sobre outras questões de relevância para as pequenas cantinas do país. O Selo Fiscal é um instrumento de controle já presente em outros produtos, como o cigarro, que foi solicitado à Receita Federal por alguns representantes do setor vinícola sob o argumento de que sua adoção coibiria o contrabando e a sonegação. Porém, várias entidades e produtores, entre eles a Uvifam, acreditam que o selo trará inúmeros prejuízos à cadeia, burocratizando ainda mais os processos, aumentando os custos, sem solucionar, no entanto, os problemas do setor.

Dezenas de vitivinicultores vindos de várias cidades da região, como Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Garibaldi, São Marcos, Flores da Cunha e também do estado de Santa Catarina, estiveram presentes no debate. O presidente da entidade, Luis Henrique Zanini, ressaltou a importância da união das pequenas vinícolas na busca por melhores condições de trabalho que garantam sua competitividade e consequente sobrevivência, já que os pequenos produtores raramente têm seus interesses contemplados pelas políticas do setor. “

Eu apoio esse movimento, inclusive pelo bom senso nas suas colocações e o esforço concreto no sentido de impedir que esse “monstrinho” nasça.

Salute e kanimambo

Uvas & Vinhos – Nero D’Avola, Siciliana com certeza!

               Nestes posts sobre Uvas & Vinhos, não vamos nos ater somente às tradicionais cepas mais conhecidas, mas enveredaremos por regiões diferentes e uvas autóctones das regiões mais diversas de nossa vinosfera. Nesta semana passamos na Sicilia, sul da Itália, para falarmos da Nero D’Avola uma uva autóctone da ilha.

Nero d'AvolaOriginária da Sicília, esta variedade tinta tem aparecido com maior freqüência em vinhos varietais no mercado mundial. Até pouco tempo atrás, era usada básicamente em assemblages com o intuito de aportar cor e corpo. É a uva tinta mais tradicional e importante da região, também conhecida como Calabrese, é responsável por alguns dos melhores tintos da Sicília, além de participar do corte do tradicional vinho Marsala. Sua origem nos remete a centenas de anos atrás, na cidade Avola, ao sul da ilha, na parte meridional da província de Siracusa, onde a uva parece ter sido descoberta por produtores locais. Hoje é cultivada por toda a ilha, mas com maior destaque na região sul, graças a seu clima e solo, ideais para o desenvolvimento da Nero D’Alvola.

           É muito comparada à uva Syrah, seja em suas características físicas como organolépticas e preferência por regiões geográficas mais quentes e ensolaradas. Quando vinificada sozinha, produz vinhos com grande intensidade de cor, potencial de envelhecimento, especialmente quando passa por barricas de carvalho, boa estrutura, taninos robustos porém macios, mostrando comumente notas de ameixa e chocolate.

          A Sicilia foi durante muito tempo um exportador de vinhos a granel, inclusive para outras regiões da Itália, tendo priorizado por demasiado tempo, quantidade sobre qualidade. Somente de uns tempos para cá é que houve uma reformulação e inversão de prioridades, podendo hoje contar com um número considerável de bons vinhos possibilitando escolher vinhos mais ou menos robustos, mais amistosos, de maior guarda ou para serem tomados jovens. Abaixo seguem algumas indicações de vinhos que acho serem uma boa porta de entrada para os sabores desta uva devendo-se tomar cuidado com o nível de teor alcoólico dos rótulos advindos desta região já que o excessivo calor pode gerar níveis bastante altos. Os rótulos não são muitos, mas são de vinhos provados e aprovados, com preço final consumidor aproximado e todos de um estilo de bom corpo e volume de boca, porém mais elegantes, equilibrados e saborosos sem perder a tipicidade e sabores únicos desta cepa. Gosto de bons vinho e ponto, porém estas uvas autóctones geram vinhos por demais interessantes e diferenciados que fazem meu dia! Espero que façam o seu também.Nero D'Avola 2

  • Masseria Trajone Nero D’Avola 2006 – Vinci – R$38,00
  • Branciforti Nero D’Avola 2005 – Expand – R$50,00
  • Kailá Nero D’Avola 2006 – Decanter – R$51,00
  • Regaleali Nero d´Avola 2006 – Mistral – R$68,00
  • Chiaramonte 2005 – Expand – R$75,00
  • Aliré Syrah c/ Nero D’Avola 2005 – Decanter – R$87,00
  • Passo Delle Mule 2006 – Portal dos Vinhos (Bruck) – R$97,50

Quanto á harmonização destes vinhos, eis o que o amigo e especialista em harmonização Álvaro Galvão (Divino Guia) tem a nos dizer: “Falar dos vinhos feitos com a uva Nero D’avola é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil, porque é uma das uvas mais emblemáticas do sul da Itália, e que compõe grande parte dos vinhos feitos por aquele terroir, vulcânico. mediterrâneo e agreste, o que confere  mineralidade e acidez a esta uva, componentes que a fazem muito gastronômica, mas em compensação muitas das vezes, mais alcoólica do que devia, já que o terreno pedregoso com muito calor durante o dia e temperaturas mais amenas à noite, fazem amadurecer as uvas com alto teor de polifenóis e açúcares, gerando o alto teor de álcool.

           Difícil, porque é tão versátil, que nos parece redundância dizer que ela harmoniza bem com molhos de tomates mais acídulos, com carnes de caça, de penas ou não, e com cogumelos de várias origens. Ah, não nos esqueçamos dos queijos, de cabra inclusive, que são mais ácidos, e por isto mesmo, pedem um vinho idem e com certo teor de álcool.

          Peixes mais gordurosos como os nossos Surubim, Pintado, Cachara, e mesmo o Pacú e Tambaqui, creio que seria uma pedida ousada e interessante, mas lembro que os dois últimos, só assados, sendo que os de couro, podem vir em caldeiradas e/ou assados.”

Post elaborado a seis mãos! O texto sobre as uvas chega pelas mãos da amiga Mariana Morgado, a harmonização pelas do experiente Álvaro Galvão e as sugestões de vinhos são minhas. Espero que curtam e que a matéria produzida lhe possa ser útil e esclarecedora, essa foi nossa intenção.

Salute e kanimambo.

Dicas da Semana

          O que não falta é programa bom e boas ofertas em nossa vinosfera. A cada semana é uma lista de opções que, pelo menos a mim, nos deixa sem saber por onde começar e o que escolher. De certo que nesta semana o principal programa para os amantes de vinho em São Paulo, Rio, Brasilia, BH e Curitiba é o Tour Mistral 2009, mas existe muito mais, inclusive alguns programas mais adiante que podem, e devem, ser desde já agendados. Comecemos pelo Tatuapé (Sampa) para não dizer que só falo de coisas na Zona Sul e Oeste da cidade.

Lusitana no Pasta Gialla de Sergio Arno, um programa diferente e criativo. Um mini-curso de culinária, com dicas de harmonização! Misto de jantar com curso, uma bancada é montada no salão do restaurante e as mesas arrumadas de forma que todos possam acompanhar o passo a passo das receitas. Os pratos são servidos junto com os vinhos e o palestrante conta um pouquinho sobre eles. Veja abaixo.

Lusitana e pasta gialla

 

 Na Assemblage Vinhos, na Granja Viana, uma promoção de vinhos italianos. Como sempre digo, uma ótima razão para visitar a Granja Viana e fazer um passeio diferente almoçando num dos gostosos restaurantes aqui do pedaço.

 Assemblage e Vinhos Italianos

 

Qualimpor promove Wine Dinner com degustação de Azeites e Vinhos da Herdade do Esporão. No dia 19 de Agosto, acontece Wine Dinner Esporão com degustação de azeites na loja Vino de São Paulo, às 20h. O evento contará com a presença do português especialista em azeites, João Gomes, que comentará a degustação dos Azeites Herdade do Esporão, a partir das 20h30. Os azeites escolhidos foram o DOP, Virgem Extra, Cordovil e Galega (bão demais da conta!), acompanhados de uma seleção de pães italianos.

Após a degustação, será servido o jantar que contará com uma entrada, dois pratos principais e uma sobremesa. Todos os pratos foram cuidadosamente harmonizados com os vinhos do Esporão e da Quinta do Crasto.

MENU

Couvert

  • Pães italianos, focaccia, crostini ao rosmarino, manteiga e azeitonas com espumante Herdade do Esporão Brut

Entrada

  • Gnocchi de ricota com espinafre ao molho de camarões e tomates frescos com Esporão Reserva Branco 2007

Primeiro Prato

  • Risotto de palmito pupunha assado ao perfume de hortelã com Monte Velho Tinto 2007

Segundo Prato

  • Cassarola de cordeiro com favas e cogumelos frescos com Esporão Reserva Tinto 2006

Sobremesa

  • Torta de chocolate com castanha do Pará e sorvete de cupuaçu com Vinho do Porto Quinta do Crasto LBV.

Local: Loja Vino! – Rua Prof. Tamandaré Toledo, 51 – Itaim Bibi – São Paulo. Preço: R$ 95,00 por pessoa (incluso serviço e água) – Reservas:          11 3078-6442     

 

Kylix promove Antinori/Quinta de Cabriz e Quinta das Tecedeiras. O amigo Simon vem com uma ótima promoção de vinhos da Antinori agora sendo trazidos pela Winebrands. Show de bola, especialmente no Villa Antinori 2004, um dos belos custo x beneficio deste produtor e um dos vinhos de que gosto muito e recomendo. Melhor ainda que é da Safra de 2004, reconhecidamente muito boa na região. Agora vamos ao que o Simon bolou:

  •  Villa Antinori I.G.T 2004 (ITA) – Villa Antinori é sem dúvida um vinho de qualidade ímpar. Produzido pela vinícola Marchesi Antinori, uma das mais reconhecidas da toscana. Vinho de cor vermelho Rubi intenso com reflexos púrpura, aromas de frutas vermelhas com notas de baunilha. Na boca é estruturado, com taninos suaves e complexo.  De: 95,00 por 83,00  e se levar 6 Garrafas = R$79,00 .
  •  Prunotto Dolcetto D’Alba Mosesco D.O.C 2006 (ITA) –  Cor rubi intensa com reflexos púrpura, aromas frescos com notas de flores e frutas. Na boca é balanceado, com notas de amêndoas ao final. 6 Meses em barricas de carvalho francês. De: R$66,00 por 64,00 e se levar 6 garrafas = R$61,00
  • Quinta do Cabriz Reserva (Portugal) – Vinho de bela cor rubí, aromas de flores silvestres e frutos vermelhos maduros. Macio, redondo, um vinho muito agradável. Estágio em barricas de carvalho francês. De: R$70,20 por 63,00 e se levar  6 garrafas = R$59,00/Un. 
  • Quinta das Tecedeiras Porto LBV (PORT) – Castas típicas do Douro. Vinhas Velhas com mais de 55 anos. Predominância de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Tinto Cão, Tinta Barroca e Tinta Amarela. Um LBV que freqüenta minha casa com uma certa assiduidade. Para comprar de caixa, ainda por cima a este preço. De: R$70,20  por: 63,00  e se levar 6 garrafas = R$59,00/Un. 

      

EXPAND Wine Dinner com vinhos Arboleda que, para quem não sabe, é uma vinícola que faz para do grupo Chadwick produtor de diversos néctares e um dos principais produtores chilenos. Edgard Carter, enólogo da vinícola boutique do Vale do Aconcágua, vem ao Brasil para comandar a degustação, no restaurante Nico Pasta & Basta, no dia 27 de agosto.

         A chilena Viña Arboleda foi criada nos anos 90 pelo renomado produtor Eduardo Chadwick, e é sob a sua direção que se destaca atualmente como a vinícola boutique do Vale do Aconcágua. Nesta estreita região de privilegiadas condições para a agricultura, a Arboleda obtém as uvas de vinhedos próprios, cultivadas de maneira sustentável e sob a rígida supervisão de uma competente equipe, comandada pelo jovem enólogo Edgard Carter. No Wine Dinner, Carter vai compartilhar um pouco de sua experiência com os apreciadores de vinhos, que poderão entender o porquê dos vinhos Arboledas terem tanto reconhecimento internacional.

Chile - arboleda chardonnay

MENU

Recepção

  • Arboleda Sauvignon Blanc 2006

Entrada

  • Pasticceria de taleggio com tomate confit e alho assado  acompanhado pelo Arboleda Chardonnay 2006

Primeiro Prato

  • Costeleta de Vitela recheada com mixe de cogumelos e gratinado com queijo brie acompanhado Arboleda Carmenère 2007

 Segundo Prato

  • Stinco de cordeiro com risoto de ervas  harmonizado por Arboleda Cabernet Sauvignon 2003

Sobremesa

  • Sinfonia de chocolate com castanha do Pará e sorvete de cupuaçu

Data: Quinta-feira, 27 de agosto de 2009, às 20h  / Restaurante Nico Pasta & Basta – Rua Costa Aguiar, 1586 – Ipiranga, São Paulo / Preço: R$ 158,00 por pessoa.  Informações e reservas: Expand/ tel     (11) 3847-4747    

 

Vinhos Gregos na Confraria do Queijo & Vinho. Para quem gosta de vinhos diferentes e estão louco por conhecer os vinhos gregos que começam a entrar em nosso mercado, esta é uma bela oportunidade.

Vinhos Gregos na Confraria

 

Ghee Banqueteria no Grandes Chefs Veja São Paulo. De 20 a 23 de agosto de 2009, das 10h às 22h, acontecerá no Jockey Club de São Paulo o evento Grandes Chefs Veja São Paulo, que nesta edição tem como temática o Ano da França no Brasil. O Grandes Chefs Veja São Paulo é aberto ao público leitor de Veja São Paulo e terá atividades gastronômicas divididas em aulas de gastronomia, degustações guiadas e jantares com renomados chefs franceses representantes do Le Cordon Bleu, e brasileiros. O gastrônomo Oghan Teixeira e o chef Paulo G. Neves, sócios na Ghee Banqueteria, optaram por explorar a gastronomia, os aromas, a cultura e o estilo de vida das regiões interioranas da França inseridos na atmosfera Provence e fugindo do agito cosmopolita de Paris, com típicos elementos do campo, de forma minimalista. Esta ambientação, rústica-chic, será composta por exclusivas peças de antiquário, mobiliário de madeira de demolição, toras, tecidos antigos, linhos envelhecidos, taças de cristal e estanho, além de adaptações em utensílios de cozinha.

           Quando se fala em gastronomia francesa, a primeira coisa que vem à tona é a requintada grand cuisine, cujo berço é Paris com suas mundialmente conhecidas escolas de gastronomia. Porém, a Ghee Banqueteria buscou fugir um pouco do habitual, oferecendo aos visitantes uma culinária mais simples, básica, provinciana e não menos deliciosa e bem mais rica, cultuando o sabor primário dos alimentos. Pães artesanais, cremes, bolos doces e salgados, geléias, azeites, ervas e os incomparáveis queijos tomarão seu lugar em um belíssimo, charmoso e rústico chá da tarde francês,  servido ao público durante todo o período de visitação ao evento.

           Uma boa dica para um evento que promete. Dê uma passada no stand da Ghee e pegue o seu exemplar do Ghee Journal com receitas exclusivas criadas pelo Chef Paulo G. Neves.

 

Restaurant Week Restaurant Week está chegando! Como diriam os inglêses; “last but not least”, muito pelo contrário. A quinta edição do São Paulo RESTAURANT WEEK homenageia a França com 165 restaurantes participantes, entre 31 de Agosto e 13 de Setembro. Tá, tem um tempinho ainda pela frente, mas prepare-se e agende sua programação porque, certamente, desta vez você vai querer visitar uma série de restaurantes.  Nesta edição, os restaurantes devem recriar pratos franceses ou colocar inspirações francesas nas suas próprias culinárias, prestando uma saborosa homenagem à França. Cada Chef deverá criar sua maneira original de prestar essa homenagem os mestres da alta gastronomia mundial. Mais uma vez o SPRW vai reunir importantes nomes da gastronomia paulistana com uma variedade de estilos e etnias, desta vez homenageado os franceses.

             O formato do evento continua o mesmo que agrada tantas pessoas desde 2007. Os restaurantes preparam menus diferenciados com entrada, prato principal e sobremesa pelo preço fixo de R$ 27,50 + 1 (almoço) e R$ 39 + 1 (jantar) sendo que o couvert e bebidas não estão incluídos. O real acrescido a conta será destinado para a Fundação Ação Criança que já recebeu em torno de 150 mil reais em doações nas quatro edições anteriores do evento em São Paulo.

             Já recebi alguns cardápios e a lista de participantes que, aos poucos irei publicando, mas acho que desta feita vai dar fila num monte de lugares, entre eles o do La Marie, do amigo Edson Di Fonzo, que até lagosta vai ter e eu, certamente, serei um dos primeiros na fila.

 

Provence e CamarõesProvence no  “Grandes Chefs VEJA São Paulo 2009”. Este ano o Grandes Chefs vai celebrar o ano da França no Brasil com o que há de mais sofisticado na culinária francesa. Chefs renomados da centenária escola francesa Le Cordon Bleu ® e da alta gastronomia nacional revelam suas técnicas e segredos no Jockey Club de São Paulo.  Azul, vermelho e branco são as cores que vão fazer o clima desta segunda edição do evento, mas o rosa também vai tomar conta do evento que celebra o Ano da França no Brasil, com a presença dos melhores exemplares dos famosos vinhos rosé da Provence.

Tendência mundial de consumo, os charmosos vinhos rosés da Provence serão apresentados em degustações e aulas da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), e também serão destaque na ‘Feira Gourmet’. O espaço do Provence Club Brasil faz parte deste pedacinho da França no Grandes Chefs, onde expositores voltados às celebrações do Ano da França no Brasil vão apresentar o que há de mais sofisticado na gastronomia francesa. Aberta aos visitantes, não é necessário se inscrever para apreciar e conhecer as novidades da Feira Gourmet, que acontece paralelamente às outras atividades do evento.

O Grandes Chefs VEJA São Paulo acontece no Jockey Club, entre os dias 20 e 23 de Agosto. Para ver mais sobre o evento, visite http://www.grandeschefs.com.br/

 

Wiener Restaurant em Jundiaí, recebe Mario Geisse. Restaurante que une tradição e a vanguarda no que se refere a beleza, aconchego, boa cozinha aliada ao bom atendimento e bons vinhos, junto com a Importadora Vinhos do Mundo e a Vinícola Cave de Amadeu/Geisse,  tem o grande prazer de convidar seus clientes e amigos para um sábado muito especial para Jundiaí e região. Dia 22/08, Mario Geisse, o mais prestigiado e premiado enólogo chileno e um dos mais respeitados no mundo, estará almoçando juntamente com os amantes do vinho, de maneira informal e descontraída, para bater aquele gostoso papo.Este encontro é aberto ao público, mas será prudente fazer reserva através do telefone  (11) 4586-0003  a partir das 19:30.

A reserva se efetivará somente com o pagamento antecipado do valor do almoço, que será composto dos seguintes pratos e vinhos:

  •  COUVERT – Cesta de pães, patês, etc. acompanhado do Amadeu Rosé Brut método champenoise (uma taça).
  • ENTRADA – Quiche Lorraine, deliciosa massa recheada com bacon, queijo e creme de leite, e assada. Acompanhado do vinho branco,  Chardonnay Reserva Casa Silva. (uma taça)
  • PRATO PRINCIPAL – Feijoada Wiener (para harmonizar e sentir o efeito digestivo do espumante) devidamente acompanhado do saboroso e fresco Cave Geisse Brut método champenoise (uma taça) OU Ossobuco de Vitelo a Milanês. Cozido no molho Roti, enriquecido com vinho tinto, ervas aromáticas, servido com arroz a milanês acompanhado do tinto chileno Carmenére Reserva Casa Silva. (uma taça)
  • SOBREMESA – Mousse de maracujá acompanhado de um delicioso espumante  Amadeu Moscatel (uma taça)

Tudo isso por apenas R$65,00. Uma ótima opção para um passeio diferente de Sábado a menos de 30 minutos de São Paulo. 

Salute e kanimambo.

Vinho do Porto – Uma Incrível e Rara Experiência

            Quantas vezes na vida se tem o privilégio de tomar um vinho com 36 anos de idade? E se esse vinho for um Porto branco?! Eu, apesar de ser gamado num Porto, nem sabia que havia brancos tão antigos! Pois bem, essas e outras foram palco de uma incrível degustação com harmonização realizada pelo IVDP (Instituto do Vinho do Douro e Porto) há alguns meses em São Paulo e repetida no Rio e Brasilia. A apresentação, esta ficou a cargo de José Maria Santana, representante do Solar do Vinho do Porto no Brasil junto com o “inventor” de delicados e saborosos docinhos, que harmonizavam com cada estilo de Vinho do Porto degustado, o Chef Pastissiére Henri Schaeffer do Le Vin Boulangerie . Como dizem que também comemos com os olhos, eis uma foto que mostra bem o que nos esperava!

 Porto e doces

Foram apresentados cinco estilos de Vinho do Porto, um deles uma verdadeira raridade, que marcaram este meu caminho de aprendizado pelos caminhos de nossa vinosfera. Adoro Vinho do Porto, dos Tawnies envelhecidos, passando pelos LBV até chegar aos maravilhosos Vintages e esta degustação foi um verdadeiro privilégio. Cada vinho foi harmonizado com dois docinhos (foto) especialmente criados para este evento, mostrando toda a capacidade deste incrível Chef, numa experiência sensorial magnífica.

 1 – Porto Branco Envelhecido Santa Eufémia (vide baixo)

  • Bugnes Lyonnaise com Mel
  • Creme Brulée Catalane com Framboesa

 2 – Vallegre Porto Tawny 10 anos (Muito bom – Importadora NOR-Import. Prove também o LBV)

  • Praline de Avelã com Sal no copo e Biscoito com Limão Siciliano
  • Torta de Amêndoas

3 – Noval Porto Tawny 20 anos (Grande vinho. Importadora Grand Cru)

  • Speculoos de Canela com Frutas Secas e Mousse de Chocolate Branco
  • Macaron de Nozes com Damasco e Roquefort

4 – Graham´s Porto LBV 2003 (Um dos mais tradicionais e bons LBVs no mercado – Mistral)

  • Calisson D’Aix eu Provence
  • Éclair Romeu e Julieta

5 – Niepoort Porto Vintage 2005 (Muito bom Vintage, mas muito jovem, prefiro com mais de 15 anos. Vintage é para comprar, guardar e deixar envelhecer – Mistral – Prove também o LBV 2004, está divino)

  • Mil Folhas de Chocolate Amargo
  • Cone de Mousse de Cassis.

         Pois bem, todas as harmonizações deliciosas e ótimos portos muito bem escolhidos, mostrando toda a tipicidade de cada estilo. Os participantes desta degustação, no entanto, foram agraciados com o especial privilégio provar um Porto Branco envelhecido, datado de 1973, uma verdadeira raridade e o néctar mais marcante de toda esta degustação, até em função de ser algo inusitado. Por isso mesmo destaco o Santa Eufémia Branco 1973, um verdadeiro néctar dos Deuses, desde já candidato a um dos assentos disponíveis no meu “Deuses do Olimpo” anual.

         Os Vinhos do Porto brancos, são tradicionalmente vinhos mais leves, secos ou doces, próprios para serem tomados jovens. Este Santa Eufémia 1973, foi obra do acaso e até hoje é a única safra engarrafada. Apesar de não ser muito comum, aparentemente começa a existir, de forma tímida ainda, um segmento de Vinhos do Porto brancos envelhecidos ainda por ser regulamentado pelo IVDP. Isto, no entanto, não é razão para que não nos esbaldemos nas delicias deste verdadeiro caudal de emoções que é este vinho. Certamente, a degustação como um todo ficou meio que ofuscada por este néctar, até porque foi o primeiro a ser servido, então vou me permitir expor minhas sensaçõesvinhos-eufemia e contar um pouco da história por trás do vinho que possui o nome correto de Reserva Especial Branco da Casa Santa Eufémia. Nas palavras do enólogo e proprietário, Pedro Carvalho; “Pois bem, este vinho é da colheita de 1973, não é um vinho datado porque o meu Pai deixou caducar o seu registro, na altura a Quinta de Santa Eufêmia só produzia vinho mas não comercializava, pois só estavamos sediados no DOURO (e não em Gaia), como tal vendíamos parte das colheitas para a casa Exportadora que melhor nos pagasse. Normalmente o meu Pai ia para Vila Nova de Gaia vender os vinhos entre Março e Maio e foi ai que no ano de 1974 houve a revolução Portuguesa de 25 de Abril (Revolução dos Cravos) e como tal o meu Pai nesse ano não vendeu nada. A partir daí, esse vinho branco começou a ficar mais louro deixando de ter interesse para os exportadores, pois eles só queriam brancos jovens, e foi ficando.”

             Foi dessa “sobra” que acidentalmente nasceu este grande vinho. Um Vinho com história, com V maiscúlo, caráter e personalidade. Um vinho que deixa rastros por onde passa tendo-me marcado a memória, daqueles vinhos de exceção que quando provados jamais são esquecidos. Uma obra, até hoje, única e rara, mas certamente ainda veremos novidades num futuro próximo. Quanto ao vinho, difícil descrevê-lo e mais ainda todas as emoções sentidas, é um vinho que mexe com a gente. De extrema complexidade tanto no nariz quanto na boca, possui, antes de mais nada, uma perfeita harmonia em que nada se destaca a não ser o conjunto. A cor é âmbar, mostrando sua idade, linda e convidativa. Nos aromas, algo de pêssego, frutos secos, damasco tudo muito sedutor e delicado. Na boca demonstra mais uma vez todo o seu equilíbrio de uma forma untuosa, gorda e macia num ótimo volume de boca lembrando um tawny envelhecido, enorme riqueza de sabores, complexo, muito equilibrado com a acidez ainda bem presente e balanceada, final muito longo em que as amêndoas, mel e frutos secos se apresentam muito presentes e com enorme persistência. Surpreendente e arrebatador!

          Mandarei vir umas garrafas, mas quem quiser comprar por aqui, a importação é da World Wine e é um daqueles néctares que não devemos deixar de provar, especialmente se acompanhando doces conventuais portugueses á base de ovos e amêndoas, algo para não esquecer fácilmente e para fazer de qualquer momento, algo muito especial! Preço aqui está ao redor de R$300.

Salute e kanimambo

Meus TOP 50 Vinhos – Uma Homenagem às 50 Edições do Planeta Morumbi.

Planeta 50Esta última edição do Planeta Morumbi já circulando desde o inicio do mês, foi a quinquagésima a ser distribuída na região. Já são mais de 16.000 exemplares mensais que, por solicitação dos condomínios, já chegam diretamente a 12.000 apartamentos complementando sua distribuição com 70 pontos de distribuição estrategicamente posicionados em shoppings, bancas e pontos de referência no bairro como supermercados, cabeleireiros, hortifruttis, etc. A coluna Falando de Vinhos tem acompanhado este crescimento e solidificação de uma imagem na região, a mídia de maior cobertura local, há 22 edições e não poderia deixar de homenagear o jornal através de seu editor e meu amigo Henrique Farina. A coluna de Agosto foi publicada com a escolha de meus TOP 50 vinhos tomados ao londo desse período em que por lá deixo minhas impressões e comentários sobre as coisas de nossa vinosfera. Um para cada edição do jornal e todos, vinhos que deixaram marcas ao passar assim como cada edição do jornal.

         Uso agora o blog para terminar esta homenagem e para quem quiser fuçar e conhecer melhor o jornal, não deixe de navegar pelos links aqui do lado, tanto na versão on-line como do blog com noticias diárias do bairro. A relação está em ordem alfabética e as safras podem não mais estar disponíveis no mercado, mas foram as que me marcaram indepentemente de preço, já que existem rótulos a partir de 100 Reais até quase 1.000. Tem diversos outros como o Graham’s Porto Vintage 1980, um Graham´s Tawny 40 anos (ambos Mistral), Clos-Vougeot Grand Cru 05 do Chateau De La Tour (Decanter), Grainha 2006 (Vinea) e Vina Tondonia Banco Reserva 1989 (Vinci) que mereceriam estar aqui, mas …….. em algum lugar tem que se passar a linha e fazer uma seleção deste porte é, efetivamente, um exercício salomônico. Salute Planeta Morumbi, salute meu amigo Henrique, que venham muitas mais edições por aí e kanimambo pelo privilégio de poder dar meus pitacos por aí.

Vinho

País

Importador

Achaval Ferrer Mirador 2006 Argentina Expand
Almaviva 2004 Chile Diversos
Amarone Classico C’a del Pipa Cinque Stelle 2004 Itália Decanter
Barollo Corda della Bricolina 2000 Itália Expand
Bouzeron Aligoté 2005 (branco) França Expand
Casa Marin Miramar Syrah 2005 Chile Vinea
Catena Zapata Estiba Reservada 2002 Argentina Mistral
Chacra Cincuenta y Cinco Pinot Noir 2007 Argentina Expand
Chateau de Tracy Pouilly-fumé 2006 (branco) França Decanter
Chateau la Puy 2001 França Casa do Porto
Chateauneuf-du-Pape Vieux Télegraphe Telegramme 2005 França Expand
Chinon le Pallus 2005 França Vinci
Chryseia 2001 Portugal Mistral
Comtes de Champagne 98 – Taittinger França Expand
Cote-Rotie La Divine 2005 França Decanter
Cuvelier Los Andes Grand Vin 2006 Argentina Expand
Dehesa la Granja Selección 2000 Espanha Mistral
Domaine Baumard Quarts de Chaume 2006 (branco doce) França Mistral
Domaine de Bouzerau Puligny Montrachet Champs Gain 2005 (branco) França Decanter
Domaine Huet Vouvray Sec Le Haut Lieu 2006 (branco) França Mistral
Elderton Ashmead Cab. Sauvignon 2002 Austrália Expand
Erdener Treppchen Riesling Auslese 2003 (branco) Alemanha Expand
Familia Deicas 1er Cru garage Uruguai Expand
Figurehead 2004 África do Sul Decanter
Herencia Remondo La Montesa Res. 2004 Espanha Vinci
Leonardo Porto Tawny 20 anos Portugal Lusitana
Luis Pato Vinha Barrosa 2005 Portugal Mistral
Malhadinha 2003 Portugal Épice
Marcel Deiss Mambourg Grand Cru 2002 (branco) França Mistral
Marques de Murrieta 2004 Espanha Expand
Moscatel Roxo de Setubal 1997 (branco doce) Portugal Portuscale
Pago de Cirsus Selección de la Familia 2004 Espanha Decanter
Penfolds BIN 389 Austrália Mistral
Perez Cruz Quelén 2005 Chile Wine Company
Pio Cesare Barberad’Alba Fides 2005 Itália Decanter
Pisano Arretxea Tannat/Petit Verdot 2004 Uruguai Mistral
Porto Branco Res. Especial Santa Eufêmia 1973 Portugal World Wine
Protos Gran Reserva 2001 Espanha Peninsula
Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2005 Portugal Qualimpor
Quinta do Monte d’Oiro Reserva 2004 Portugal Mistral
Quinta dos Carvalhais Touriga Nacional 2000 Portugal Zahil
Quinta dos Roques Dão Encruzado 2007 (branco) Portugal Decanter
Sassicaia Bolgheri 2004 Itália Expand
Savigny-les-Baune 1er Cru Clos de Guettes 2005 França Vinea
Seña 2005 Chile Expand
Tiara 2007 (branco) Argentina Decanter
Tignanello 2004 Itália Winebrands
Viña Arana Reserva 1998 Espanha Zahil
Viña Real Gran Reserva 1998 Espanha Vinci
Viña Tondonia Gran Reserva 1987 Espanha Vinci
Viñedo Chadwick 2004 Chile Expand

Alfredo Roca – Vinhos com Alma

            Tive o grato prazer de conhecer Don Alfredo Roca, um senhor super simpático dono da vinícola que leva seu nome. Sou um consumidor de seus vinhos básicos, talvez uma das melhores opções de vinhos para o dia-a-dia disponíveis no mercado, especialmente o Malbec e o Pinot Noir, habitués na minha mesa e constante recomendação minha neste blog, uma prova inconteste de que vinhos baratos podem sim ser bons. A Bodegas Alfredo Roca, com 114 hectares destribuidos por quatro propriedades, produz cerca de um milhão de garrafas das quais cerca de 80% são exportadas. A produção está hoje nas mãos de seu filho Alejandro que junto com seus irmãos tocam a vinícola, ficando Don Alfredo com uma atividade mais de supervisão atuando como conselheiro. Desta feita fui conhecer seus vinhos de gama média e alta que só vieram confirmar minha opinião sobre esta vinícola.

 Alfredo Roca garrafas

             Para começar fomos recebidos na sempre simpática Praça São Lourenço, por uma taça de espumante Alfredo Roca Nature muitíssimo agradável de boa perlage, complexo no nariz com sutis nuances florais, ótima acidez, balanceado, saboroso, elaborado por um corte de Chardonnay e Chenin Blanc, cepa não muito comum por estas bandas. Estas vêm de um vinhedo antigo com mais de 60 anos na região de San Rafael. Por um preço ao redor dos 28 a 30 reais, é um verdadeiro achado.

            Da linha Dedicación Especial, um Sauvignon Blanc muito agradável de aromas sedutores e delicados e um muito bom Bonarda elaborado com uvas de vinhedos antigos com cerca de 60 anos e uma produção média controlada entre 7 a 9 toneladas por hectare. Muita fruta escura escorada numa madeira tímida e bem posicionada. Taninos doces, equilibrado e muito saboroso. Com um preço ao redor de R$40,00, possui uma ótima relação custo x benefício.

           Family Reserve Malbec 2005, o vinho que me encantou. Fazia tempo que não tomava um Malbec tão saboroso, equilibrado e amistoso como este. Me lembro que sentados comendo um saboroso risoto de funghi, Alfredo Roca mesaconversávamos sobre a excelência do vinho e quão sedutor ele era, quando nos demos conta de uma razão especial porque dessa sedução, o teor de álcool 12.7%!! Uma prova inequívoca de que a Argentina pode sim produzir bons vinhos sem exageros de potência e álcool, devendo caldos como este serem uma constante e não uma exceção à regra. Taninos maduros, elegantes, perfeita harmonia, corpo médio para encorpado, equilibrado e muito saboroso, rico, bom volume de boca e um final de muito boa persistência. Um vinho de muita finesse, para se curtir e alongar qualquer refeição numa charla gostosa. Prepare as garrafas, porque uma vai ser pouco! Com um preço ao consumidor estimado em cerca de 55 Reais, é uma das boas opções de Malbec no mercado e um potencial parceiro de minhas taças. Esta linha ainda possui um Pinot Noir, um Tempranillo, Chardonnay e um Sauvignonasse (uva branca pouco conhecida que pelo que pude pesquisar é prima-irmã da Tocai Friulano muito comum na região de Friulli na Itália e conhecida no Chile como Sauvignon Vert)

             Ainda tem um vinho muito especial dedicado a Don Alfredo e sua esposa, um segredo guardado a sete chaves pelos filhos até que a surpresa fosse consumada, é o Preciado o qual somente foi elaborado em uma única safra (creio de 2004) e em quantidade limitadíssima de 1.900 garrafas. Um corte de 50% Malbec, 30% Syrah e 20% cabernet Sauvignon. Desse não provamos, mas ficou uma curiosidade danada!

           Vinhos bem feitos, saborosos e sedutores com preços idem. Eis aqui uma harmonização perfeita (qualidade/preço) que certamente ajuda a fazer da Bodega Alfredo Roca o que ela é, um caso de sucesso, e nos alegra como consumidores. Gostei e recomendo, como já fazia com seus vinhos mais baratos de gama de entrada. Estes bons vinhos são de exclusiva distribuição nacional da Casa Flora.

Salute e kanimambo.

Noticias do Mundo do Vinho

               Hoje é Dia dos Pais. O meu dia, o seu dia, o dia de muitos a quem quero desde já abraçar e desejar que tenham um dia especialmente feliz. Livre de preocupações, relaxado, pleno de amor e carinho daqueles que mais amamos e, preferencialmente, com um espumante especial na taça e um vinho mais ainda. Eu estarei mais feliz ainda porque estarei comemorando o fato de que daqui a cerca de oito meses serei avô pela primeira vez! Dizem que uma imagem vale mais do que mil palavras, creio que esta que um amigo me enviou por e-mail, demonstra bem isso. Sem mais palavras, salute a todos, pais e filhos, que a harmonia prevaleça sempre.

Tenderness

Agora vejamos algumas das noticias de nossa vinosfera colhidas e recebidas ao longo desta semana.

 

Tour MistralMistral Tour, só um lembrete porque sei que os ingressos estão se esgotando aqui em São Paulo e acredito que não esteja muito diferente nas outras cidades por onde passará o Tour, até porque nos outros o evento é de um único dia. Para mais detalhes clique no link, mas só para relembrar, eis uma lista dos expositores que estarão presentes com alguns de seus bons caldos:

País/Região Vinícola Representante Cargo
       
Argentina/Mendoza Altos las Hormigas Estefania Litardo & Germán Vichera Diretores
Argentina/Mendoza Masi Tupungato Colleen Clayton Diretora
Argentina/Mendoza Tikal Andrés Ridois Diretor
Argentina/Mendoza Catena Zapata Alejandro Vigil Enólogo
Argentina/Mendoza Alamos Jorge Crotta Diretor
       
Austrália Penfolds/Wynns e Coldstream Hills Carlos Rodriguez Diretor
       
Brasil/ Vale dos Vinhedos Vallontano Luís Henrique Zanini Enólogo
       
Chile Viña Montes Douglas Murray Proprietário
Chile Amayna (Viña Garcés Silva) Francisco Ponce e Claudia Gomez Enólogo e diretora
Chile Viña Carmen José Ignacio Vargas Diretor
Chile Casa Lapostolle Philipp Goyeneche Diretor
       
Espanha/ Mallorca Anima Negra Miquelàngel Cerdà Proprietário
       
Itália/ Veneto Masi Colleen Clayton Diretora
Itália/ Toscana Jacopo Biondi Santi – Castello di Montepó Tancredi Biondi Santi Proprietário
Itália/ Toscana Castello del Terriccio Carolina Zucchini e Caterina Maraini Diretoras
Itália/ Toscana Tenuta di Capezzana Beatrice Contini Diretora
Itália/ Friuli Grappa Nonino Elisabetta e Chiara Nonino Proprietárias
Itália/ Toscana Badia a Coltibuono Fabrizio Bongini Diretor
Itália/ Sicília Tasca d´Almerita Antonio Virando Diretor
       
Nova Zelândia Sileni Estates Phillipa Austin Diretora
       
Portugal/Douro Quinta do Côtto Vasco Coutinho Diretor
Portugal/Bairrada Luis Pato Luis Pato Proprietário-Enólogo
Portugal/Ribatejo Quinta da Lagoalva Diogo Campilho Proprietário-Enólogo
Portugal/Porto Graham’s João Machete Pereira Diretor
Portugal/ Douro Altano, Chryseia & Quinta de Roriz João Machete Pereira Diretor
       
Uruguai Pisano Fabiana Bracco Diretora

 

Obra -RobertoCruz 1Confraria Carioca inaugura o espaço “Galeria dos Confrades”.  A boutique de vinhos Confraria Carioca, no Rio Plaza Shopping, irá inaugurar no dia 12 de agosto às 20h um espaço dedicado às artes. Para a abertura da primeira exposição do novo recanto, batizado de Galeria dos Confrades, foi convidado o conceituado pintor Roberto Bastos Cruz. A exposição irá reunir 25 telas do artista, que retratam os tipos e as paisagens cariocas, tema recorrente nos trabalhos dele. “Costumo dizer que sou um carioca que nasceu em Belém do Pará. Conheci o mundo no Rio de Janeiro, principalmente no Largo do Machado. Tudo o que faço tem gente, principalmente gente carioca. Gosto de retratar a Zona Sul que é um local onde tudo se mistura”, conta o artista.Obra -RobertoCruz

Acho que o mundo do vinho pode e deve investir em atividades complementares culturais, já vi ações em São Paulo com livrarias, e dou boas-vindas a esta iniciativa. Estivesse eu no Rio certamente marcaria ponto no coquetel de inauguração no próximo dia 12 às 20 horas.

 

Salentien e Zahil, a Bodegas Salentein, famosa pelos seus vinhos Argentinos de comprovada qualidade, está Salentiencomemorando 10 anos. A importadora Zahil que tem exclusividade na venda dos seus produtos no país celebra a data entusiasmada com a crescente e boa repercussão dos vinhos da bodega no país. Hoje, no portfólio da Zahil são cerca de 12 vinhos da Salentein – sendo 10 tintos e dois brancos . Os preços que começam nos módicos R$55 para vinhos da linha Winemaker’s Selection – acenando como uma excelente relação de custo benefício –  vão até R$270 para  rótulos da linha top – a Primus. Todos os vinhos têm a assinatura de Laureano Gómez, enólogo da Salentein e especialista em dar seu toque pessoal em cada safra. Nesses 10 anos foram vendidos um milhão de litros de vinhos da Salentein no Brasil tornando a empresa consolidada no mercado nacional.

 

logo-enoteca-decanterEnoteca Decanter. Já disponível na Enoteca Decanter, lojas e wine bars de uma das maiores importadoras de vinhos do país, a Decanter, três novos vinhos recém chegados ao mercado. A casa que já possui um portfólio com mais de 700 rótulos do velho e do novo mundo, amplia sua carta com os seguintes rótulos: Dolcetto d´Alba Bricco 2006, Valpolicella Clássico 2006 e vinho Riesling Trocken QBA 2007.

Dolcetto d´Alba Bricco 2006 , oriundo da região de Piemonte – Itália, produzido por Giuseppe Mascarello e Giglio, o vinho (R$ 122,40) é extremamente sedutor, com expressão de groselhas, terra e violetas. Apresenta uma textura sedosa e caráter vibrante, com típico final a amêndoas amargas. A temperatura ideal para ser servido é entre 16 – 18°C. Recebeu a premiação de I Vini di Veronelli 2009: 2 estrelas em 3.

Valpolicella Clássico 2006 (R$ 79), produzido por Tommaso Bussola é da região de Veneto – Itália. A colheita é feita em meados de outubro. Demora 12 meses em tanques de inox para amadurecer e preserva o caráter frutado e floral. Rubi intenso, o nariz é complexo e envolvente, com frutas negras, alcaçuz e sous-bois. Bem estruturado, com força e vibração. Muito versátil para acompanhar massas (tagliatelle,lasagne,gnocchi de batata), molhos de média estrutura (ragú de codorna e molho de queijos), polenta com manteiga e parmesão, carnes diversas cozidas em “brodo”. A temperatura ideal para ser servido é de 16°C.

Riesling Trocken QBA 2007 (R$ 104), produzido por Hermann Dönnhoff é procedente da região de Nahe – Oberhausen. Sua elaboração é dada a colheita das uvas no ponto ótimo de maturidade. Vinhedos trabalhados com moderados rendimentos, a fermentação é lenta em tradicionais tonéis de carvalho e em tanques de inox sob temperatura controlada. O amadurecimento se dá em tanques de inox sobre as lias finas. A temperatura ideal para ser servido é de 8°C. Recebeu a premiação Jancis Robinson 16 em 20.

 

.Nero fatura Medalhas nos Estados Unidos. A jovem empresa Domno do Brasil está muito feliz. Com um ano de vida, seus produtos já estão sendo reconhecidos internacionalmente. Seus espumantes .Nero Brut e .Nero Moscatel foram premiados com a Medalha de Bronze no 28º Concurso San Francisco International Wine Competition, realizadoPonto Nero Extra-Brut em São Francisco, EUA, entre os dias 19 a 21 de Junho. Participaram do concurso 23 países, com mais de 4 mil amostras de mais de mil empresas produtoras. “Isto prova que estamos no caminho certo e a qualidade está sendo aprovada por mais países”, celebra Nelsir Kuffel, Gerente Comercial da empresa que faz parte do Grupo Famiglia Valduga.

Completando a sua linha de espumantes, agora com os 4 estilos mais consumidos no mundo, a Domno do Brasil apresenta o .Nero Rosé e o .Nero extra Brut. Ambos os espumantes são produzidas pelo método charmat longo, sendo que o rosé com 4 meses e o Extra Brut com 12 meses de estágio, o que lhe confere ainda mais frescor e aromas mais complexos. o .Nero Extra Brut é um espumante de teor de açúcar ainda mais bem baixo que o brut, o que lhe confere mais vivacidade e frescor. Também é produzido pelas castas Chardonnay (70%) e Pinot Noir (30%), com a estrutura ideal para acompanhamento de diversos pratos de diversos estilos da culinária, da francesa à japonesa. O preço é de R$ 45,00 a garrafa. Show Room Domno em São Paulo , tel:              (11) 5044-7000            ou  www.domno.com.br

 

San Vicente 2005, o Melhor Vinho da Espanha de acordo com a Wine Enthusiast. Veja texto recebido na íntegra: SAN VICENTEWine Enthusiast publicará el próximo 10 de Septiembre su lista de los 10 mejores vinos de España. San Vicente 2005 ha sido elegido, de nuevo, como el mejor vino de España con 97 puntos.

“Un vino maravilloso – el clásico moderno. Cremoso, fruta negra, mocha y tostados. Muy sabroso, elegante, afrutado, fluido y equilibrado con amplio paso de boca y un final muy rico en matices”.

Afora esta premiação na Wine Enthusiast confira algumas outras: San Vicente 2002 – Mejor Vino de España – Madrid Fusión 2006 /  San Vicente 2000 – Mejor Vino del Mundo – Madrid Fusión 2004. Onde comprar? Por supuesto que só poderia estar disponível na Peninsula do meu amigo Juan. Ligue lá.

 

Russia deve reduzir compras de vinho a granel em cerca de 80% este ano. Grandes fornecedores como Uruguai e Argentina serão atingidos em cheio. A Argentina que exportou cerca de 93 milhões de litros em 2008, não conseguiu chegar a 13 milhões neste primeiro semestre. Por outro lado, o Brasil aumentou consideravelmente suas vendas para este mercado. (fonte: Revista Decanter)

 

Novas 7 Maravilhas naturais do Mundo. Lamentavelmente o Vale do Rio Douro não chegou a esta final de 28, sem patriotadas não entendi como, mas do que restou para votar só nos resta dar uma força para Foz do Iguaçu! Quem se interessar, eis o link >>> http://www.new7wonders.com/

 

Exportações Argentinas Seguem Crescendo. A Argentina, apesar da forte queda de venda de seus vinhos a granel em função da redução de compras da Russia, apresentou ótimos resultados na venda de vinho engarrafado neste primeiro semestre de 2009. “Las bodegas continúan enfocando sus estrategias de exportación a Estados Unidos, uno de los principales mercados. Éste mostró un importante crecimiento del 35% en valor y 36% en volumen, comparando los primeros cinco meses de 2009 con los de 2008. En este período, en 2009 se exportó un total de 2.4 millones cajas de 9 litros, contra 1.8 millones del año anterior. Argentina facturó U$S 81 millones en 2009 y U$S 60 millones en 2008. Por otro lado, Canadá viene creciendo fuertemente en los últimos años. Comparando el mismo período que el anterior, las exportaciones crecieron aproximadamente un 42% en valor. En 2008 Argentina facturó U$S 19 millones contra los U$S 27 millones de estos meses. En volumen, el país también mostró un importante aumento de casi el 65%.

         Finalmente, el tercer mercado más significativo es Reino Unido, uno de los más deseados por las bodegas de Argentina. Las exportaciones a este país crecieron en un pequeño porcentaje, ya que en valor sólo fue del 0.02% y en volumen del 10%. Según los expertos, este fenómeno se debe a que Inglaterra es uno de los mercados más afectados por la crisis y busca permanentemente promoción en los productos que compra. El precio promedio por caja ha disminuido, pasando de U$S 23,51 a U$S 21,24 en los primeros cinco meses de este año, cayendo casi un 10%. Por último, la caída del valor de las exportaciones a Brasil ha sido casi del 4%, no tan significativa como la caída en volumen que fue del 15%. En el caso de este país, se enviaron en los primeros cinco meses del año, un total de 454.913 cajas y se facturaron U$S 10,7 millones, contra los U$S 11 millones del año pasado.

Rangos de precios

En cuanto a la evolución interanual de las exportaciones totales de vinos fraccionados, según precio de la caja, el mercado se ha movido positivamente. En el caso del segmento de los vinos Popular Premium, que van de U$S 13 a U$S 20, el crecimiento fue del 51% en valor, entre mayo de 2008 versus mayo de 2009. Luego, los Premium que van de U$S 20 a U$S 27, crecieron un 26%, los Súper Premium, de U$S 27 a U$S 40, un 25%. Por último, los Ultra Premium, que van de U$S 40 a U$S 360 crecieron 15%, todos en el mismo período. “

Para ver toda a matéria, acesse >>> http://www.areadelvino.com/articulo.php?num=19157

Salute, um feliz Dia dos Pais.

Reflexões do Fundo do Copo – Entre o Exótico e o Original II

           Em artigo anterior pretendi apresentar um quadro sobre as dificuldades de consolidar a produção do bom vinho tinto que se faz no Brasil de hoje. Os grandes produtores, exceção feita a poucos, ainda não planejam sua expansão como fazem as grandes indústrias, e produzem olhando principalmente para seus próprios sonhos de consumo e para a condição territorial que possuem, plantando o que dá certo, apurando o que é bom e parece poder melhorar.

            Fico aqui imaginando vinhos da qualidade indiscutível… Imaginando o inimiginável até poucos anos atrás… Do Storia Valduga, do Anima Vitis da Boscato, do grande merlot da Argenta, do Francesco da Villa Francioni e outros que vão aparecendo de modo a não mais surpreender com a qualidade. Vinhos que podem até concorrer de igual para igual com alguns dos mais emblemáticos vinhos feitos na América Latina. Ouso dizer até comparáveis a um Achával Ferrer Altamira, o único vinho latino-americano que entra na lista dos “twenty-five to try before you die” da Leslie Sbrocco e certamente comparáveis a muitos dos 9 argentinos e 14 chilenos que aparecem na generosa lista dos “1001 vinhos para beber antes de morrer do Neil Beckett” *.

           Tiveram estes sonhadores procedimento errado? De maneira alguma, é assim mesmo que o mercado do vinho cresceu no mundo, desde que Arnaud III Pontac elevou seu vinho Haut Brion à condição de grande mercadoria voltada para um mercado preciso**. É apenas insuficiente, voluntarista, pois um grande empreendimento como este exige profundos estudos de mercado, conhecimento de tendências, novos nichos, novos espaços que vão se abrindo. Procedimento típico de uma indústria que usa todas as ferramentas para definir seus passos a partir da necessidade de reproduzir o capital investido em níveis que justificam o empreendimento, diferentemente do impulso romântico que leva tantos produtores a fazer o que fazem.

          O lema é “errar menos”, o que leva em conta tudo que envolve as decisões de mercado em consideração, e não apenas o que interfere na qualidade do vinho em si, evidentemente o aspecto mais importante, mas nem por isso suficiente para garantir o sucesso do empreendimento. Refiro-me a muitas pesquisas, inclusive na área que tenho maior familiaridade, que aquela das escolhas de sedução que um produto deve fazer. Um produto novo, ao se apresentar para o consumidor, deve saber exatamente o que quer que o eventual consumidor pense dele. Deve eleger o nome e a forma de se apresentar criando naquele target group – (o jargão publicitário costuma vir em inglês) – uma série de sensações, entre elas identidade própria, credibilidade, novidade, impulso à experimentação, identificação estética, compatibilidade com o poder de aquisição. Uva malbec cria uma associação de identidade com a Argentina, lembra sabor adocicado e fácil de consumir, sugere uma paisagem andina, um bom preço. O nome Ruca Malen não lembra a Argentina, pois o consumidor não sabe que o nome é Mapucho, língua dos aborígenes dos Andes. Para cumprir este papel de associação direta, sem que se tenha de ler a longa explanação presente no contra-rótulo, era necessário que o vinho se chamasse Maradona, tango ou Carlos Gardel. O nome Ruca Malen cria, no entanto, uma identidade interessante para o futuro, não para a primeira degustação. Coisas como estas definem a fixação do nome do produto.

          Na mesma ordem, o rótulo quer passar o quê? Que o produto é parecido com um vinho francês e portanto usará aquela organização dos dizeres presente num grande vinho de Saint Emilion? Digamos que seja este o caso, ele cumprirá, ao abrir a rolha a promessa de associação? Era o que faziam nos primórdios vinhos que tinham nome afrancesado como Chateau Duvalier. A promessa visual não se cumpria e virava então motivo de piada, por ter prometido o que não podia cumprir. Os nossos Don Gaulindo, Villa Francione e todas as centenas de italianismos presentes nos vinhos do Vale dos Vinhedos são referência eventuais para o mercado interno, mas apenas confunde o público-alvo estrangeiro. Questões como esta e tantas outras deverão amadurecer nos próximos anos.

         Concedo que posso estar exigindo profissionalismo demais para um departamento da economia que tem menos de 10 anos de atividade voltada para a parte alta – digamos assim – do mercado, exceções honrosas feitas, com especial destaque para a Miolo que vem lançando produtos, diversificando áreas de produção, realizando associações entre produtores e joint ventures comerciais com opções de representação intercontinental, pensando grande desde o começo. Por enquanto, poderia continuar tecendo elogios à qualidade dos novos vinhos nacionais, como, aliás, nós, jornalistas e formadores de opinião, vimos fazendo nos últimos anos, com maior ou menor freqüência. Acontece que vinho é negócio de cachorro grande, basta pensar no relatório australiano que apresentei aqui ou então neste que a Concha Y Toro expos em seu último relatório anual.

          A Concha Y Toro fornece um quadro do desenvolvimento da indústria vinícola chilena como um todo, apesar de apresentar números precisos sobre cada um dos seus produtos, dos mais simples aos mais sofisticados, o que não é o foco desta reflexão. Num quadro que apresenta uma linha do tempo que vai de 2000 a 2008, vemos que para um crescimento da área plantada de 103.876 hectares para 117.559 (mais de 13%), produzia 650 milhões de litros em 2000 e pulou para 870 milhões (mais de 42%) em 2008. Pulou de 6257 litros por hectare para 7400, revertendo uma tendência que veio se consolidando desde os anos 80 de uma opção pela qualidade em detrimento da quantidade.

          Será que podemos concluir uma correção de rota da produção chilena em direção a produtos voltados à base da pirâmide de consumo do mercado dos países importadores? A relação não será tão direta e imediata, visto que fatores tecnológicos podem ter influenciado bastante esta maior produtividade, não apenas na vinificação, mas igualmente no plantio e nas técnicas de suporte do cultivo da uva. Ou seja, é possível pensar em maior produção sem perda de qualidade, numa plataforma agro-industrial evoluída como a chilena? O mesmo relatório mostra que não foi o mercado interno chileno que absorveu este crescimento de produção. Pelo contrário, este oscilou de 227 milhões de litros em 2000 a 235 milhões em 2008, um tímido crescimento, mesmo quando se considera que os resultados destes dois anos expostos foram dos mais fracos do período (em 2007, o mercado chegou a consumir 300 milhões). O consumo per capita no mercado interno caiu para 14 litros/ano em 2008, quando tinha iniciado a década num patamar acima, em 15, sendo que tinha atingido os 18 litros em 2007!

          Para onde foram os milhões de litros produzidos a mais? Certamente, é no volume de garrafas exportadas que se justifica a especulação sugerida acima – no período apresentado, a exportação do setor cresceu, em milhões de dólares, de 573 em 2000 para 1,4 bilhão! Passou de 266 milhões de litros exportados a 590 milhões! Associações com o Estado chileno, permitem ao produtor não apenas análises de solo, instruções enológicas, controles de qualidade, mas também simulações de mercado, recomendações no estilo de produção, produção sugerida por hectare, orientações junto ao mercado exportador etc. Isso explica em parte, o fato do Chile ocupar o segundo lugar entre os exportadores do Novo Mundo, atrás apenas da Austrália.

         Na origem está a consolidação dos ícones como Don Melchor, Clos de Apalta, Almaviva etc.; na cauda deste sucesso, vieram vinhos que competem nas prateleiras mais econômicas dos pontos de venda, enfrentando com força os velhos lideres como a Itália e outros emergentes como a África do Sul e Argentina. Atendeu igualmente a novos mercados que se formaram como os da Alemanha, EUA e mesmo Brasil, que já significa montantes importantes para o negócio chileno. É agindo como esta gigante do mundo agro-industrial, que seus vinhos foram deslocados daquele lugar na mente do consumidor onde ficam os produtos exóticos para onde ficam os produtos originais.

breno3Mais um inteligente texto do amigo e colaborador, agora com participação quinzenal aos sábados, Breno Raigorodsky; 59, filósofo, publicitário, cronista, gourmet, juiz de vinho internacional e sommelier pela FISAR. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado, na seção –

* The simple&Savvy wine guide de Leslie Sbrocco – 2006 – Harper Collins  Publisher – NY – EUA e

*1001 wines you must try before you die – 2008 – Quintessence, London. Produtores latino-americanos citados – Achával Ferrer, o Alta Vista, o Alto Hormigas, o Catena Alta, o Clos de los Siete, o Terrazas/Cheval Blanc, o Noemia, o Colomé e o Yacochuya; Viña Casablanca, Errazuriz/Mondavi, concha Y Toro, Matetic, Lapostolle, Antiyal, Don Melchor, El Pincipal, Haras de Pirque, Paulo Bruno, Santa Rita, Montes.

** Arnaud III de Pontac (1599-1681). Because of him, Haut-Brion developed its reputation in England. He was the first to understand the importance of the English market, despite the wars and other problems between the two realms.