Noticias do Front – Direto da Vinci

Vinci Experience 001Desta vez direto das trincheiras armadas pela Vini Vinci no Hyatt em São Paulo. Uma coletânea de grandes nomes do vinho e seus grandes produtos. Trabalho duro definir o que conhecer nesse emaranhado de tentações. Na maior parte das vezes, tomo a decisão da rota a traçar em função dos objetivos deste blog, ou seja; garimpo por coisas novas, garimpo por boas relações custo x beneficio, prova de vinhos que venham completar meus estudos sobre determinadas regiões e somente por último provar aqueles que estão na minha “wish list”. Pois bem, desta vez decidi inverter o processo já que, invariavelmente, não chego nunca ao final e minha “wish list” segue aumentando. Desta forma, meti as caras logo à entrada, nos vinhos espanhóis da Viña Tondonia e da CVNE, sem deixar de antes dar uma passada pelo Champagne Henriot para preparar o palato para os saborosos vinhos que estavam por vir e apreciar esse doce néctar. Vamos lá, falemos desta experiência:

Tondonia – meu batismo nos tradicionais e clássicos vinhos de Lopes de Heredia e um enorme privilégio já que são vinhos de alto valor, o mais barato está acima de R$120,00 (pelo cambio de hoje), mas imperdíveis para o enófilo que se preze e algo que faltava em minha formação. Brancos Vinci Experience 002incrivelmente longevos elaborados com a cepa viura que tem como característica a lenta evolução e capacidade de oxidação. Provei os brancos; Gravonia Crianza 96, amarelo ouro aroma complexo de jerez, casca de laranja algo resinoso que encanta na boca com notas especiadas e algo mineral e um Vina Tondonia Reserva 89 (20 aninhos!) de cor dourada mais clara como espigas de milho ao sol, nariz de menor intensidade apresentando aromas complexos algo terroso e floral. Na boca é de uma sutileza, complexidade e delicadeza ímpares mostrando uma acidez ainda presente e bem balanceada, mineral, final longo e saboroso, um baita vinho e um estilo de vinhos que requer um apreciador mais experiente para entender e digerir esse …….de sabores e aromas não usuais aos vinhos brancos com que estamos habituados.

              Já nos tintos, a longevidade segue sendo uma marca da casa que começa desde o Viña Cubilo Crianza 2001, ótima opção para quem queira ter um gostinho destes tradicionais vinhos cheios de classe e história. Como nos brancos, difícil falar dessas verdadeiras obras de arte! Subindo a escada de complexidade o Viña Bosconia Reserva 99 e o Vina Tondonia Grande Reserva 87 que deveria ser servido com uma almofadinha para agradecermos de joelhos por tamanha dádiva que nos é oferecida por Julio César Lopez de Heredia. Vinhos de alto valor, mas nada caros se comparado ao que existe no mercado. Kanimambo.

Champagne Henriot – perlage prejudicada pela falta de taças adequadas e um estilo mais sério e austero, secos com forte presença de leveduras, brioche, bem clássico fugindo um pouco dos vinhos mais frescos de forte acidez. Os puristas que me perdoem, mas não me encantaram a não ser pelo Brut Millesimé 98 mostrou ser o grande destaque com bom corpo, nariz evoluído, grande equilíbrio, complexo e com uma acidez mais presente, um grande Champagne.

Domaine Pallus – diferente da maioria das sub-regiões do Loire que primam pelos brancos elaborados com Sauvignon Blanc e Chenin Blanc, Vinci Experience 005Chinon é berço de tintos e da Cabernet Franc vinificada como varietal. Chinon Pensées de Pallus 06 um corte de cepas de 17 parcelas diferentes e o estupendo e impressionante Chinon le Pallus 05, fruto de corte de cepas de 4 parcelas, um vinho clássico de grande personalidade, finesse, taninos sedosos, boa acidez, certa mineralidade, longo com uma certa salinidade presente no final de boca. Uma verdadeira obra de arte que sai das mãos de Bertrand Sourdais. Talvez o vinho que mais me tenha surpreendido nessa mostra da Vini Vinci. Junto com os Tondonia, vinhos de grande classe e elegância que despertam nossos sentidos e deixam marcas.

Palácios Remondo, um a bodega que pertence ao famoso e talentoso Vinci Experience 004Álvaro Palácios, esta é da Rioja e faz vinhos mais modernos e de maior concentração como o La Vendimia 06, saboroso, bom preço e fácil de gostar, Herencia Remondo Crianza 04, Propriedad H. Remondo 05 de grande potência e concentração e o que mais me encantou, o Herencia Remondo la Montesa Reserva 2000 um vinho que passa 24 meses em carvalho e já no nariz mostra a tipicidade dos vinhos clássicos da Rioja. Muita sutileza, finesse, um grande vinho de preço módico para o que entrega de sabor e sensações.

CVNE (Cia. Vinícola Del Norte de España), mais um dos grandes produtores da Rioja com história para contar. Sempre fui um fã de seu Viña Real Crianza, tempranillo com um pequeno corte de Grenacha, um vinho que mostra bem as características de Rioja por um preço bem camarada. Depois de provar, recomendo também o Cune Crianza 2005, Cune Reserva 2000, o Imperial Reserva 2001 é Rioja na veia, um grande vinho só superado na casa pelo estupendo Viña Real Gran Reserva 1998 uma dádiva dos Deuses que mostra que ano de safra fraca não é empecilho para quem sabe fazer vinho tirando o que de melhor a vinha produz e agregando conhecimento na correção das dificuldades recebidas.

Alemanha – dois produtores que visitei muito rapidamente. Da região de Rheingau a vinícola Hans Lang me encantei pelo vinho de sobremesa Hattenheimer Hassel Auslese 2003 muito equilibrado, delicado e sensual. Da região do Mosel a Selbach-Oster renomado produtor dos quais destaco o saboroso, suave e levemente doce Bereich Bernkastel Selbach Riesling Qba 06 para substituir o chá da tarde (rsrs) e no mesmo estilo porém com mais corpo e maior intensidade de aromas e sabores o Wehlener Sonnenhur Selbach Riesling Kabinett 04 e ainda o vinho doce de sobremesa o Wehlener Sonnemburg Selbach Riesling Spatlese (late harvest) 2004 muito bom, mineral e referescante todos com preços bem convidativos. Estrela da casa, um degrau acima em complexidade, harmonia, persistência e de grande expressão aromática é encantador na boca, Wehlener Sonnenuhr Selbach Oster Riesling Auslese 2003.

Quinta da Chocapalha , há tempos que queria provar o Quinta da Chocapalha tinto e o Chocapalha Reserva. O Reserva não estava mas pude confirmar a qualidade do Quinta “básico”. Realmente um bom vinho que me agradou bastante e que de básico não tem é nada.  Corte de Tinta Roriz, Touriga Nacional e um leve têmpero de Alicante Boushet, é um vinho rico, concentrado, denso, carnudo, de bom equilibrio, taninos aveludados e um final longo e saboroso. Certamente uma garrafa a comprar num futuro muito próximo para poder aproveitar melhor todo o seu potencial.

Errazuriz, mais uma empresa do grupo Chadwick produtor de primeiro nível com vinícolas como Caliterra, Arboleda, Seña e Viñedo Chadwick. Max Reserva Cabernet Sauvignon 06 vinho potente, encorpado e denso, digno representante dos bons cabernets da região; The Blend 06, um vinho que me agradou mais, muito bom no nariz e equilibrado na boca com boa persistência e mostra que tem ainda alguns anos de evolução pela frente, mas é o Dom Maximiano Founder´s Reserva 06 o grande vinho da casa e o preço acompanha. Complexidade na paleta aromática que se repete na boca com um perfeito equilíbrio entre potência e elegância, taninos aveludados e um saborosissímo final de boca de grande persistência. Definitivamente um dos melhores vinhos chilenos e um dos grandes de nossa vinosfera. Bom também, o Late Harvest de Sauvignon Blanc, bastante refrescante e bom equilíbrio entre acidez e doçura.

Angheben – realmente o Barbera 2007 é um dos vinhos nacionais que Vinci Experience 003mais me atraem, tanto pelo preço, apesar de já ter estado bem mais barato, como por, especialmente, a qualidade e grande harmonia conseguida num vinho leve, mas rico e muito agradável de tomar. Vinho que é uma constante em minha adega. Provei seu espumante Angheben Brut, bom dentro de um estilo mais clássico, sério e austero com aromas claros de brioche e leveduras bem presentes tanto na nariz como na boca, elaborado em partes iguais com Chardonnay e Pinot Noir de seus vinhedos de Encruzilhada do Sul. Provei e gostei do Teroldego 2005, um vinho de maior complexidade e estrutura que está em sua segunda safra, mostra taninos aveludados, equacionados, redondo e macio com bom volume de boca e final especiado de boa persistência. Gostei, mas achei o preço um pouco salgado.

Low Budget – do pouco que consegui garimpar, alguns poucos vinhos me chamaram a atenção. Entre eles os vinhos da: La Posta (Argentina), especialmente o Bonarda e o Cocina Blend (malbec/bonarda/syrah); Tília (Argentina) especialmente o Chardonnay e o corte de Malbec/Syrah; Piccini (Itália) Chianti DOCG 2006 e o Chianti Riserva DOCG 2004.

Best Buys – Tondonia Viña Cubilo Crianza 2001 e Viña Bosconia reserva 99 / Palacios Remondo Herencia Remondo La Montesa Reserva 2000 / CVNE Viña Real Crianza 2005 / Errazuriz The Blend 2006 / Selbach Ester Bereich Bernkastel QbA 2006 e Wehlener Sonnenuhr Spatlese  2004 / Domaine Pallus Pensées de Pallus 05 e Angheben Barbera 2007.  

Tristezas – de não ter conseguido visitar ou provar mais a fundo : Masseria Li Veli e Argiano (Itália), Maison Champy e Chateau Saint Marie (França), Niña Nora e Bodegas Naia (Espanha), Monte da Ravasqueira (Portugal) e Hang Lang (Alemanha) 

                Era para ter ido na Terça-feira e não deu. Era para chegar nesta Quarta às 16 horas, abertura, e cheguei às 18. Era para sair às 22 horas, final, mas minha carona chegou às 21 porque não poderia perder o jogo do Corinthians! Já sei, não trabalhei direito, mas cada um tem o castigo que merece, no meu caso um filho mano!! rsrsrs Resultado final; de pelo menos 10 horas que previa ter para conhecer 40 produtores e mais de 180 rótulos, fiquei com cerca de 3, ou seja pouco pude ver e provar. O que mais me atraiu está listado aí acima e espero que lhes possa ser útil. O catálogo da Vinci é enorme e repleto de vinhos muito interessantes, dos produtores presentes poucos pude ver (passei por 20, mas realmente conheci uns 14 ou 15), então aventure-se você no garimpo de bons rótulos de mais esta bem sucedida empreitada de Ciro Lilla.

Salute e kanimambo.

Desafio de Vinhos ASSEMBLAGE

          Neste mês de Maio nosso Desafio de Vinhos contempla blends do novo mundo que cabem no nosso bolso. Blends, cortes, tudo é assemblage e nada mais próprio do que fazer esse Assemblage 001Desafio na ASSEMBLAGE VINHOS, uma linda e aconchegante loja aqui na Granja Viana. Na verdade a loja já existe há pouco mais de um ano porém era uma franquia que, como já visto anteriormente, coisa que dificilmente vinga neste setor. Agora os amigos Bete e Marcel ganharam asas para voar e já começaram. Isso, no entanto, será motivo para outro post.

              Hoje quero mesmo é falar do Desafio de Assemblages do Novo Mundo que cabem no bolso, ou seja, entre R$50 a 85,00 no máximo. Porquê assemblages? Pensei nisso porque a grande maioria dos vinhos do novo mundo disponíveis no mercado, são de varietais e nos acostumamos com isso, porém existem alguns ótimos rótulos de cortes para serem garimpados e provados, quis algo diferente. Com a ajuda de nossos parceiros e da ASSEMBLAGE VINHOS selecionamos alguns vinhos a serem degustados. Eis os desafiantes da noite:

  • Da África do Sul, Fantail 2003 – corte de Merlot / Cabernet / Pinotage / Malbec / Pinot e Cabernet Franc – Importador Expand – preço R$55,00
  •  Da Argentina, Trumpeter Reserva 2005 – corte de Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Malbec – Importador Zahil – Preço R$64,00
  •  Do Brasil, Salton Talento 05 – corte de cabernet Sauvignon / Merlot e Tannat – Vale dos Vinhedos na Serra Gaúcha – Brasil – Preço médio de R$55,00
  • Do Brasil, Villaggio Grando Innominabile II – corte de Cabernet Sauvignon / Cabernet Franc / Merlot / Malbec e Pinot Noir com um toque especial, recebe um blend de 20% do vinho da safra anterior – Santa Catarina – Preço médio ao redor de R$60,00.
  •  Da Austrália, Mitchelton Crescent 2005 – corte de Shiraz, Mouvedre e Grenache importado por Wine Society e preço de R$81,00
  •  Do Uruguai, Juan Carrau Pujol Gran Tradicción 2004 – Tannat/Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc – importador Zahil e gentilmente cedido pela ASSEMBLAGE vinhos- Preço ao redor de R$82,00
  •  Do Chile, L’Assemblage Grand Vin 05 da Villard, um recém chegado rótulo desta excelente vinícola chilena. Corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah – importado pela Decanter com preço de R$78,30.

             Listei aqui sete vinhos, mas realmente serão degustados dois mais, perfazendo nove rótulos. Estes sete deixarei na adega climatizada da ASSEMBLAGE VINHOS ainda hoje, já os últimos dois serão surpresa e levarei de casa já envolvidos em papel alumínio de forma a evitar que qualquer um possa ter prévio conhecimento do que se estará degustando. Depois conto como foi.

Salute a kanimambo.

Carrau na Zahil

                 Andei participando de algumas interessantes degustações as quais gostaria de compartilhar com os amigos. Para dar inicio a Carrau0001esta seqüência, quero começar pela Carrau, um dos bons produtores uruguaios que recentemente nomeou como seu exclusivo importador a Zahil. A Carrau é repleta de história sendo fundada em 1930 por emigrantes catalães vindos de Barcelona onde a família já produzia vinhos desde 1752. No Uruguai, produzem em duas regiões; Em Canelones (Lãs Violetas) e em Cerro Chapéu (fronteira com o Brasil) de onde vem um dos mais conhecidos e laureados rótulos de tannat uruguaio, o Amat; elaborado com cepas vindas de vinhas de baixo rendimento com apenas 5.000kgs por hectare. Dos cerca de um milhão de garrafas produzidas, 75% é de tannat. Alguns projetos interessantes são; o da nova bodega em Cerro Chapéu com um eventual novo vinho binacional e um Merlot Reserva.

         Da linha Cepas Nobles, gama de entrada, são vinhos simples fáceis de beber sem grande complexidade, nem se propõem a isso. Melhor o Tannat 2006 que passa 9 meses em barril, e é uma boa introdução aos outros rótulos do produtor. Saboroso, equilibrado, amistoso um vinho correto sem arestas e fácil de gostar.

         O Tannat de Reserva 2006 é um vinho que passa por 18 meses de carvalho e ainda se mostra um pouco fechado, de boa estrutura mostrando a tipicidade muito característica dos bons tannats da região. Para quem não quiser gastar muito e tomar um bom tannat uruguaio, esta é uma das boas opções no mercado por cerca de R$52,00. Eles não estão trazendo o Cabernet Sauvignon, mas tive o prazer de o tomar em viagem que fiz a Colônia de Sacramento e  também foi um vinho que me agradou bastante.

         O Amat 2004 é um vinho ainda criança apesar de seus já cinco anos e não é a toa que é um dos mais premiados vinhos uruguaios. Um grande vinho que mostra bem a qualidade da tannat assim como a capacidade dos produtores uruguaios em trabalhar esta uva. Foi, no entanto, pelo Carrau carrau pujolPujol Grand Tradicción 2004, um soberbo corte de tannat/cabernet sauvignon e cabernet franc, que me encantei. Algo resinoso no nariz é na boca que mostra todo o seu esplendor e elegância. Complexo, equilibrado, taninos finos e boa acidez compõem um dos melhores assemblage elaborados no Uruguai e, a partir de agora, sério candidato à minha lista de melhores deste ano. Ainda por cima possui uma tremenda relação Qualidade x Preço x Satisfação. Grande pedida por R$82,00 e a minha principal recomendação dos vinhos da Carrau. Quer conhecer mais da história deste grupo familiar (10º geração), acesse seu site clicando aqui.

Salute e kanimambo.

Vinhos da Semana

                  Mais um mix de agradáveis vinhos tomados na semana (longa) que compartilho com os amigos. Um pouco de tudo; confirmações, descobertas, surpresas, enfim, emoções geradas por vinhos que valem a pena serem conhecidos. Argentino, brasileiro, espanhol e, obviamente, a já costumeira presença de vinhos portugueses que são parte integrante de minha adega e meu constante garimpo.

Trivento Nature e outros 002

Trivento Brut Nature – um dos mais saborosos espumantes argentinos que tenho tido a oportunidade de provar. Com a Pinot Noir como protagonista e a Chardonnay de coadjuvante nesse corte, o espumante é levemente rosado e muito bonito na cor. Nos aromas aparece algo de maçã verde, mas na boca os sabores puxam um pouco mais para abacaxi, bastante interessante. Muito boa acidez que lhe transfere ótimo frescor e um final de boca bastante agradável. A Perlage é abundante, delicada, de média persistência e, apesar de ser um nature, está muito bem equilibrado sendo bem seco, porém amistoso ao palato. Uma boa opção, que me agrada bastante, trazido pela Wine Premium, que também importa os bons vinhos tintos deste produtor que pertence ao grupo chileno Concha y Toro, com um preço ao redor de R$37,00.  I.S.P. 

Artadi Viña de Gain 2003 – esperava mais. Na nariz aromas tostados, couro algo floral e frutado. Na boca está um pouco mais para Novo Mundo do que velho Mundo e diferente do que eu provei em 2007. Mostra-se escuro,algo duro, encorpado, de grande estrutura, taninos presentes ainda por equacionar, concentrado, final de boca especiado. Bom, mas senti falta daquela finesse presente nos vinhos da rioja que encantam pelo equilíbrio. Pelo histórico e presença na mídia, merece mais uma chance, até porque me lembro que o que tomei antes estava bem melhor. Desta feita procurarei uma safra mais nova. A importadora é a Mistral e o preço ao redor de R$150,00.  I.S.P. 

Negreiros 2004 – Mais um bom fruto de um garimpo na Expand Sales. Assemblage das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz, plantadas na Quinta das Amendoeiras, no Douro Superior. São cerca de 10 hectares de vinha, que produzem cerca de 50 toneladas de uvas/ano, das quais, apenas 10 a 15 toneladas são viníficadas para este rótulo. Neste vinho, a mão mágica de Anselmo Mendes, entre outros enólogos, nos presenteia, com um vinho muito rico e equilibrado que está, provavelmente, no seu apogeu e melhor momento para ser desfrutado. O nariz, algo tímido, mostra fruta madura e algum vegetal. Cresce na boca, no entanto, mostrando-se bem harmônico, palato agradável com boa entrada de boca, taninos redondos e macios, acidez sem excessos formando um conjunto bastante equilibrado. Pelo preço que paguei na Expand Sale (R$28,00) uma bela pechincha. Preço normal R$58,00 disponível na Expand.  I.S.P.   

Perini Marselan 2006 – se não é um blockbuster, é um vinho saboroso e fácil de se gostar. Aromas de fruta madura, cantina, algo vinhoso. Na boca é agradável, fácil de tomar, redondo com taninos doces e equilibrados com um teor de álcool bem comportado o que o torna bastante amistoso no palato. Vinho correto, bem feito que melhora quando levemente refrescado a 14º. Esta uva parece ser bastante interessante para a região, já que as chuvas que tradicionalmente afetam a colheita de outras castas, na Marselan, de acordo com o enólogo da casa, é do que esta vinha gosta. Aos poucos, vemos diversos novos rótulos de vinhos elaborados com esta cepa sendo elaborados no Vale dos Vinhedos como este da Vinícola Perini. Fiquemos de olho, com os anos certamente veremos evolução. preço ao redor de R$28,00. I.S.P.  

Quinta da Lagoalva 2005 – um delicioso e macio corte de Castelão com Touriga Nacional. O vinho de entrada deste produtor do Ribatejo que me foi apresentado por meu primo Chico e sua simpática esposa Bia, quando lá estive no mês passado. Não é um grande vinho e não se propõe a isso, porém é um vinho correto, bem feito e equilibrado do qual poderia tomar garrafas. Com 50% passando em madeira, é um vinho que está absolutamente sedutor, leve para médio corpo, muito rico em sabores que encantam o palato, macio, equilibrado com boa acidez o que lhe dá um certo frescor, mostra taninos redondos, sedosos e amistosos que alongam o final de boca deixando um gostinho de quero mais. Grande surpresa, ainda mais quando lá o compramos por cerca de 3, 60 Euros. Aqui, é importado pela Mistral e custa algo ao redor de R$49,00.  I.S.P.

Salute e kanimambo.

Noticias do Mundo do Vinho

                     Enquanto nos mantínhamos ocupados com a Expovinis, o mundo continuava girando e gerando um montão de noticias. Eis uma seleção dos clips recebidos:

Vinhos da Miolo conquistam prêmios na Espanha. Na 16ª edição do Concours Mondial de Bruxelles, realizado de 25 a 27 de abril em Valência, na Espanha, a Miolo obteve duas premiações e ambas da Fortaleza do Seival. Olha só o amigo Miguel Almeida (enólogo) botando as manguinhas de fora! Os vinhos Fortaleza do Seival Pinot Noir 2008, recém lançado no mercado e xodó do Miguel, e o Fortaleza do Seival Tempranillo 2007 ( o meu preferido da linha), que acumula cinco premiações, receberam prata no concurso. Ambos são produzidos na unidade da empresa localizada na região da Campanha do RS, próxima à Fronteira com o Uruguai. Os vinhos foram avaliados por 250 degustadores de 41 nacionalidades.

Decanter World Wine Awards bate todos os recordes e registra mais de 10.200 incrições de rótulos colocados à prova. Os resultados foram divulgados no último dia 12 com mais de 6000 vinhos sendo premiados havendo algumas surpresas como a boa performance dos vinhos da Slovenia. O maior prêmio são os troféus dados por categoria e podem ser pesquisados clicando aqui.  Eis alguns dos premiados com troféus:

  • Blend argentino acima de 10 libras – Bodega Norton privada 2006
  • Varietal argentino acima de 10 Libras – Sur de Los Andes Infinito Malbec 06
  • Varietal argentino abaixo de 10 Libras – Opi Malbec Aka Rodolfo Sadler 2008
  • Pinot Noir chileno acima de 10 Libras – Cono Sur Ocio 07
  • Pinot Noir chileno abaixo de 10 Libras – Santa Helena Pinot 08
  • Riesling chileno abaixo de 10 Libras – Cono Sur Riesling 08
  • Sauvignon Blanc chileno abaixo de 10 Libras – Castillo de Molina 08
  • Chardonnay chileno acima de 10 Libras – Maycas del Limari Reserva Especial 07 ( na adega, eheh)
  • Varietal chileno abaixo de 10 Libras – Vina Indomita Reserva Cabernet Sauvignon 07
  • Branco austríaco abaixo de 10 Libras – Domaine Wachau – Gruner Veltliner 08 (para deleite do amigo Luiz Horta)
  • Vinho do Porto acima de 10 Libras – DOW’s Crusted 2003
  • Madeira acima de 10 Libras – Henriques & Henriques 15 anos Bual.
  • Tinto do Douro acima de 10 Libras – Quanta Terra Colheita Selecionada 06
  • Tinto do Douro abaixo de 10 Libras – Quinta do Tedo 2007

Pericó, esta o Jefferson Sancineto Nunes (Enolab) me contou no pé de ouvido e será mais uma enorme surpresa que esta vinícola trará ao mercado. Um dos principais destaques para mim e um dos Best in Show nesta Expovinis 2009, estão inventando mais uma, o primeiro Ice Wine brasileiro a ser produzido com uvas muito maduras de Cabernet Sauvignon, com 36 brix e congeladas naturalmente, na fazenda da Pericó em Sao Joaquim. Estou torcendo para a temperatura chegar nos esperados 5 a 8 graus negativos, e na fila para os primeiros goles!

Vinhos do Alentejo assumem quase metade das vendas de vinhos finos em Portugal. Os vinhos do Alentejo representaram quase metade das vendas em Portugal em 2008 e mantêm uma “liderança destacada” no mercado dos vinhos certificados portugueses, segundo dados da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA). Os dados, com base num trabalho da empresa de estudos de marketing ACNielsen, indicam que os vinhos do Alentejo, com Denominação de Origem Controlada (DOC) e Vinho Regional Alentejano, atingiram uma quota de mercado de 44,30 por cento em valor e de 40 por cento em volume, entre Fevereiro de 2008 e Janeiro de 2009.

Fonte: Agência Lusa

Vinhas da IraVinhas da Ira. Por falar em Alentejo, recentemente, no Palácio da Bolsa, no Porto, este vinho tinto regional alentejano foi eleito o segundo melhor de Portugal, na prova internacional organizada pela revista Wine/A Essência do Vinho, “Top Ten Vinhos Portugueses”. Esta distinção aos vinhos de Henrique Uva/Herdade da Mingorra vem juntar-se a outras, recebidas no International Wine Challenge, no Challenge International du Vin e no concurso da Confraria dos Enófilos do Alentejo, “Os Melhores Vinhos do Alentejo”, onde o vinho rosé de Henrique Uva/Herdade da Mingorra conquistou a Talha de Ouro – 1.º Prémio – da colheita de 2008.

As vinhas de Henrique Uva/Herdade da Mingorra, em Trindade, Beja, primam pela antiguidade – algumas com mais de 30 anos, o que é raro no Alentejo. No Brasil os vinhos de Henrique Uva estão disponíveis na Lusitana de Vinhos e Azeites.

Curtas da Decanter Magazine:

  • Vergelegen, importante produtor sul africano declara perdas superiores a 1 milhão de Libras devido aos incêndios do inicio do ano.
  • Tyrrel’s e Hope Estate não devem engarrafar tintos 2008 devido a uma safra considerada catastrófica em Hunter Valley na Austrália. A safra de 2009, no entanto, promete muito edeve compensar a enorme perda de 2008.
  • Aurélio Montes (Chile) de olho no Douro. Buscando opções à Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir, Aurélio Montes tem planos de investir no alto Douro devido à enorme diversidade de uvas autóctones.
  • Chadwick versus Velho Mundo. Desta vez não deu e os vinhos do Velho Mundo se recuperaram das surras sofridas anteriormente. Dia 5 de Maio, em Londres, Chadwick repetiu por mais uma vez o famoso Berlin Tasting  , mas desta vez com menos sucesso o que, de forma alguma, diminui o valor de seus grandes vinhos que brigam par-a-par com os grandes néctares do mundo. Na banca de julgadores gente do porte de Jancis Robinson e Oz Clarke. Veja o resultado:

           1 Château Margaux 2005

           2 Château Lafite-Rothschild 2005

           3 Solaia 2005

           4 Don Maximiano 2006

           5 Viñedo Chadwick 2006

           5 Seña 2005

          7 Seña 2006

          8 Château Latour 2005

          9 Sassicaia 2005

          10 Don Maximiano 2005

          11 Viñedo Chadwick 2005

          12 Opus One 2005 

Vendas da Moet Hennesy (Moët & Chandon, Veuve Clicquot, Ruinart, Mercier e Krug) despencam no primeiro trimestre de 2009. Com queda de 35% nas vendas, acompanhando a queda geral da região de Champagne que mostrou queda de 34% nos primeiros dois meses do ano. Tempos de crise e aperto no bolso!

CVR Tejo, mais uma nova Indicação Geográfica em Portugal como parte integrante do novo processo de reformulação de denominações geográficas no país. Esta região que se distingue pela diversidade de solos e climas, mas que é marcada indelevelmente pelo rio TEJO, verdadeiro elemento de modelador do terroir, celebra a tradição do vinho e da sua cultura, desenvolvida com maestria ao longo de gerações. A CVR TEJO vai agora desenvolver uma campanha de divulgação e esclarecimento aos consumidores, com o objetivo de promover a excelente qualidade dos vinhos produzidos na região, que conta com muitos novos produtores a apostarem fortemente na inovação e na qualidade.

            Um dos principais objetivos da CVR TEJO será a promoção e a simplificação do processo burocrático que permite a certificação dos vinhos, atraindo assim novos produtores que ainda não certificam os seus vinhos, com o propósito de, num prazo de 5 anos, duplicar o número de certificações que em 2008 foi de 9,3 milhões de garrafas. Dentro da CVT Tejo, encontramos 6 sub-regiões; Almeirim,  Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar.

Casa Marin, San Antonio, Chile (Vinea Store) que produz vinhos de grande qualidade, em especial, a meu ver, os brancos conseguiu um feito e tanto. De seus cinco brancos e três tintos, nenhum, repito, nenhum com menos de 90 pontos no Wine Advocate, leia-se Robert Parker.

Melhores Vinhos Engarrafados do Dão – realizado a cada triênio é um dos mais importantes concursos promovido pela CVR Dão em Portugal. O vinho Cabriz Four C tinto 2006 foi eleito com o Premio “Prestígio” pelo júri do II Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão”. Além do Four C (o vinho “Medalha de Ouro” com pontuação mais elevada), o concurso premiou com “ouro” os seguintes vinhos:

  • Vineaticu tinto 2007 (Quinta da Nespereira)
  • Cabriz Reserva tinto 2005 (Global Wines/Dão Sul)
  • Quinta do Corujão Grande Escolha tinto 2004 (António Batista)
  • Primavera tinto 2005 Caves Primavera)
  • Quinta do Serrado Reserva 2005 (Sociedade Agrícola Castro Pena Alba)
  • Quinta do Serrado Touriga Nacional tinto 2005 (Sociedade Agrícola Castro Pena Alba)
  • Casa de Santar Touriga Nacional tinto 2006
  • Martinho Alves branco 2007 (Caves Vinícolas Martinho Alves)
  • Cabriz Encruzado branco 2007 (Dão Sul/GlobalWines).

Fonte: Luso Wines

Emporio Sorio, aquele com os vinhos da Córsega que tanto elogiei na Expovinis e também destaque no meu Best in Show, me informa que sua loja on-line já está funcionando. Grande noticia para quem, como eu, está louquinho para tomar aquele Muscat ou Chardonnay Impassitu, saborisissímos vinhos de sobremesa ou outro de seus bons rótulos.

Sorio on-line

Por hoje é só. Mais Noticias do Mundo do Vinho no próximo Domingo. Salute e kanimambo.

Reflexões do Fundo do Copo – Sociabilidade do Vinho.

breno3       Mais um texto do amigo e colaborador de todos os sábados, Breno Raigorodsky. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado, na seção – Categorias

 

             Os três amigos inseparáveis encontraram-se novamente acompanhados de suas mulheres, depois de três meses sem que os seis se vissem juntos. Três meses, um tempo interminável, para quem costumava sair para jantar ao menos uma vez por semana.Estavam combinados a conversar sobre tudo, menos sobre vinho, devido à crise extraconjugal que este hábito havia provocado entre eles.

             Há anos, seguiam uma espécie de ritual que começava por contatos telefônicos ou correspondências eletrônicas, que servia para fixar o encontro, sempre num novo restaurante, mas que servia também para determinar qual vinho deveriam levar. Três casais, três vinhos, cada um responsável por um. O encontro também seguia um ritual, que começava com os cumprimentos, perguntas polidas sobre a família, filhos e trabalho e sempre terminava com os homens conversando sobre vinho, as mulheres sobre todo os assuntos que restavam.

            A crise se deu naquele dia em que a mulher mais jovem, contava com lágrimas nos olhos das dificuldades que a filha mais velha estava tendo na escola, no momento mesmo que os homens comemoravam com urros de alegria a decisão de partilharem uma caixa de vinho que estava em oferta imperdível numa importadora. O TILT foi total. O silêncio idem. As outras mulheres compadecidas pelo drama enfrentado pela mais jovem, não suportaram a reação dos homens. A líder entre as três levantou-se dizendo – vamos, garotas, este ambiente está péssimo, não é digno da gente. Ato contínuo, foram-se embora, deixando os três marmanjos com a cara no chão, sem esboçarem reação, incapazes de deixar os vinhos nas taças. Optaram por continuar sem elas, não sem uma ponta de remorsos na boca, misturado com os esperados tons de chocolate, café tostado e geléia de fruta madura.

            Perguntou o mais bem sucedido dos três homens, vice-presidente de uma grande empresa internacional no ramo do vidro, europeu de origem, mas há mais de dez anos morando no Brasil – Como vai a sua filha, melhorrou? – Ela está degustando uma nova experiência que mexe com todos os seus sentidos. Sim, obrigado pela lembrança – respondeu a mulher mais jovem, igualmente cordial – adaptou-se melhor à nova situação de vida, você sabe, mocinhas assustam-se com o seu ritual de passagem, quando se tornam mulher.

          O corretor de imóveis, o mais agitado dos três, querendo ser simpático e estender a conversa arrematou – Degustando uma nova experiência? Mexe com todos os sentidos? Quer dizer, uma nova sensação organoléptica, eventualmente causado por uma melhor oxigenação? Ela está vivendo como se fosse um vinho que se transforma? É assim como passar de um vinho jovem sem madeira, para um vinho mais classudo, mais bem feito, um vinho de guarda? Sem pronunciar uma só palavra, as mulheres novamente se levantaram e foram embora, enquanto os dois outros homens olhavam para o incauto, indignados.

          Ele apenas balbuciou baixinho, olhando para a taça cheia de vinho à sua frente – Sujou.

 Breno Raigorodsky; filósofo, publicitário, sommelier e juiz de vinho internacional FISAR

Dicas da Semana

Logo Vini VinciVini Vinci 2009. Mal acabou a Expovinis e mais um grande evento para nós amantes do vinho. Vejam só a grande seleção de vinícolas com seus representantes, que estarão por aqui. Um belo complemento para este incrível mês de Maio e provavelmente a melhor dica da semana para você.

Alemanha
Vinícola Região Quem participa Cargo
Hans Lang Rheingau Stefanie-Christiane Lang Proprietária
Selbach-Oster Mosel Barbara Selbach Proprietária

Argentina

Vinícola Região Quem participa Cargo
Bodegas Noemía Patagônia Anna-Louise Diretora de marketing
Kaiken Mendoza Dennis Murray e Sonia Montanares Diretor de Marketing e Diretora de Exportação
La Posta Mendoza Celeste Pesce Diretora de marketing
Luca Mendoza Celeste Pesce Diretora de marketing
O. Fournier Mendoza José Manuel Ortega Gil-Fournier Proprietário e enólogo
Tília Mendoza Celeste Pesce Diretora de marketing

 Brasil

Vinícola Região Quem participa Cargo
Angheben Rio Grande do Sul Eduardo Angheben Proprietário e enólogo

Chile

Vinícola Região Quem participa Cargo
Errazuriz Vale do Aconcágua Nicolas Saezer Ainda não confimado
O. Fournier Maule e Vale de Leyda José Manuel Ortega Gil-Fournier Proprietário e enólogo
Terra Andina Vale de Leyda Juan Eduardo Aspillaga Diretor

Espanha

Vinícola Região Quem participa Cargo
Bodegas Mauro Ribeira del Duero Matthew Roberts Diretor de Exportação
Bodegas Naia Ribeira del Duero Jorge Sosa Fargas Diretor de Exportação
Comenge Ribeira del Duero Alvaro Comenge Diretor Comercial
CVNE Rioja José Luis Ripa Diretor de Exportação
O. Fournier Ribeira del Duero José Manuel Ortega Gil-Fournier Proprietário e enólogo
Palacios Remondo Rioja Oscar Alegre Diretor
Tomàs Cusiné Costers del Segre Tomàs Cusiné Diretor
Viña Nora Rías Baixas Jorge Sosa Fargas Diretor de Exportação
Viñas del Cenit Toro Jorge Sosa Fargas Diretor de Exportação
Viñas Tondonia Rioja Julio Lopez de Heredia Proprietário
Vinhedos del Contino Rioja José Luis Ripa Diretor de Exportação

França

Vinícola Região Quem participa Cargo
Camille Giroud Borgonha Ainda não confimado Ainda não confimado
Champagne Henriot Champagne Bertrand Verduzier Diretor de Exportação
Château Sainte Marie Bordeaux Stéphane Dupuch Proprietário
Domaine Paullus Loire Bertrand Sourdais Proprietário
Maison Champy Borgonha Dimitri Bazas Enólogo

Itália

Vinícola Região Quem participa Cargo
Argiano Toscana Anna-Louise Diretora de marketing
Castellare di Castellina Toscana Alessandro Cellai Diretor
Feudi del Pisciotto Sicília Alessandro Cellai Diretor
Masseria Li Veli Salento Giovani Dimitri Diretor
Piccini Toscana Andrea Landozzi Diretor de Exportação
Rocca di Frassinello Toscana Alessandro Cellai Diretor

Também da Itália, participa Marc de Grazia, apresentando vinhos das vinícolas: Elio Altare, Domenico Clerico, Moccagatta, Seghesio, Paolo Scavino, Mazzi, Vie de Roamns, Pertimali, Dei, San Giusto a Rentenanno, Benito Ferrara, Clélia Romano e Salvattore Molettieri.

Portugal

Vinícola Região Quem participa Cargo
Monte da Ravasqueira Alentejo Joaquim Guimarães Proprietário
Pintas Douro Jorge Serôdio Borges Proprietário e enólogo
Quinta de Chocapalha Alenquer  Jorge Serôdio Borges Proprietário e enólogo
Quinta do Fojo Douro Jorge Serôdio Borges Proprietário e enólogo
Quinta da Pacheca Douro José Serpa Pimentel Proprietário
Quinta do Passadouro Douro Jorge Serôdio Borges Proprietário e enólogo
  • Rio de Janeiro – Dia 18 de maio – Local: Sofitel – Av. Atlântica, 4240
  • São Paulo – De 19 e 20 de maio – Local: Grand Hyatt – Av. das Nações Unidas 13.301
  • Horário: das 16h às 21h30
  • Preço: R$ 150,00 por dia – Reservas: (11) 2797-0000

Saint Vin Saint, agora a partir do mês de Maio, além de abrirem o Lounge e o Bistrô também às quartas-feiras com a chef Luiza Hoffmann, apresentarão, também novos rótulos de pequenos produtores premiados de todo o mundo. Um lugar bonito, simpático com boa diversidade de rótulos.

 Saint Vin Saint

 

WinePro, nessa linha de wine bars e ambientes simpáticos e aconchegantes, a WinePro do amigo Egidio está muito ativo desenvolvendo diversos projetos. Desta vez juntaram-se dois amigos já que o parceiro do evento è Walter Tommasi,  Revista Freetime.

Winepro 1

 

             Wine School elabora programa mítico com os vinhos Reserva Ferreirinha e Barca Velha. Precisa ter bala na agulha, mas para quem pode é prato, digo, taça cheia já que os vinhos são ícones da produção portuguesa. Este incrível evento enogastronômico será comandado pessoalmente por Luís Sottomayor, enólogo-chefe da Casa Ferreirinha, ciceroniado por Ricardo Bohn Gonçalves, personalidade enófila que dispensa maiores apresentações.

                  Serão 4 safras do Reserva Ferreirinha, as únicas produzidas na década de 90 e a exclusiva safra de 2000 do mítico Barca Velha. O menu será especialmente preparado pelo Chef Pier Paolo Picchi, para harmonizar com esses vinhos. Um raro e inesquecível jantar com um preço bem justo!

Menu

  • Couvert :Vinho branco Planalto 2006
  • Polenta com ragu de linguiça: Reserva Ferreirinha 1997 e 1996
  • Agnoloti alplin ao molho de assado: Reserva Ferreirinha 1994 e 1990
  • Stracoto ao vinho tinto com purê de batata:  Barca Velha 2000
  • Sobremesa: Semifreddo de nozes com molho de café e mel / Frutas – Porto Offley Late Bottle Vintage 2003

Data: 18 de maio de 2009 (próxima 2ªfeira)

Horário: 20h30

Local: Restaurante Picchi – Rua Jerônimo da Veiga, 36 – Itaim

Valor: R$ 380,00 (incluídos jantar, vinhos, água, café e serviço)

              Para maiores informações e reservas, ligue para o Ricardo nos números (11) 36.76.17.81 / 96.77.18.99 ou envie e-mail para wineschool@wineschool.com.br. Bela forma de se começar a semana, não?!

       

       Para os amigos cariocas, que não são poucos, um curso básico de dar água na boca. É no “Mar de Vinho” de Marcelo Copello.

Programa

AULA 1 – Dia 27/05

O vinho, o enólogo, o sommelier e o enófilo

O Vinho no tempo e no espaço (A História do Vinho)

Do terroir à uva – a videira e a vitucultura

Da uva ao vinho – a elaboração dos vinhos tintos, brancos e rosados

O vinho e a saúde

Menu – Risotto de gorgonzola e abóbora

 

AULA 2 – Dia 03/06

Quanto mais velho melhor?

Por que a safra é tão importante

A adega, como conservar as garrafas?

Para que serve a rolha e a garrafa (mesmo!)

Como não pagar mico no restaurante

O serviço do vinho (prática)

A temperatura (ambiente?)

Copos

Sucessão de vinhos à mesa

Menu – Gratinado de capelli d´angeli (molho branco, cogumelo paris e cenoura)

 

AULA 3 – Dia 17/06

A diferença entre degustar e engolir (noções de degustação técnica)

Termos para tirar onda sem blefar

Como combinar comida e vinho (noções de harmonização)

Como comprar vinho sem levar gato por lebre

Provendo sua adega

Menu – Penne all´Amatriciana

 

Após cada aula serão servidos vinhos harmonizados com um prato quente elaborado pela chef Ciça Roxo, segundo os menus de cada dia, relacionados acima. Ao final da última aula será servido um vinho surpresa às cegas, revelado depois no Blog de Marcelo Copello, com sorteio de brindes aos que acertarem. Todos os participantes recebem material didático, certificado e chocolates finos da Associação dos Profissionais do Cacau Fino e Especial como brinde.

  • Data – 27/05, 03/06 e 17/06/2009 – *4as feiras*
  • Hora – de 19:00 às 22:00 (às 19:00 recebemos os pontuais com espumantes e às 19:30 começamos)
  • Endereço – Escola Mar de Vinho
  • Preço: R$ 275,00 até o dia 22/05 após R$ 355,00
  • Vagas limitadas a 20 pagantes
  • Reservas: Com Andréa ou Lourdes no local ou pelo tel: (21) 2285-6087, com Renata no tel.: (21) 3507-0337 ou pelo e-mail marketing@mardevinho.com.br

 

Logo Tonho                D.Tonho vai realizar o 1º Jantar Vínico no próximo dia 22 de Maio às 20h00.

Para os amigos de Portugal ou que por lá estejam no dia 22 de Maio, especificamente para quem estiver pela região da cidade do Porto, um evento de jantar harmonizado de dar água na boca e, pelos nossos (Brasil) pârametros de preços, uma bagatela. O restaurante é extremamente bem localizado e a comida e serviço divinos o que recomenda o evento.

             Em parceria com a Sogrape Vinhos, convidam a degustar um menu na sala de jantar do D.Tonho do Porto, na companhia dos enólogos Manuel Vieira e Sara Batista, e de José Silva, critico de vinhos e Responsável do Programa de Televisão da RTP “Hora do Baco”. No decorrer do jantar estes convidados vão intervir sobre os vinhos em prova.

EMENTA/Menu

  • Entradas: Morcela Frita, Salpicão, Presunto, Bola de Carne à moda de Lafões, Chouriço cozido em Vinho Tinto – Mateus Sparkling (Espumante Rosé)
  • Peixe: Bacalhau com Broa acompanhado por Quinta Carvalhais Encruzado
  • Carne: Cabrito à Padeiro com Arroz de Maranhos acompanhado por Quinta Carvalhais Colheita
  • Sobremesa: Queijo da Serra com Figos em Calda ou Requeijão com Compota de Abóbora acompanhado de Quinta Carvalhais Colheita Tardia.
  •  Café, águas e refrigerantes

Preço por Pessoa: 45,00 € / Confirmação de reservas até ao dia 20 pelo telefone (00351) 22 200 4307 ou Tlm/Cel: (00351) 91 4397004 | porto@dtonho.com

D.TONHO Restaurante e Bar Lda. Cais da Ribeira, 13/15 4050-509 PORTO Telf: 222 004 307 Fax: 222 085 791

D.TONHO em Gaia (Esplanada Cálem) Avda. Diogo Leite, 4400-111 Porto Telf: 223 744 835

porto@dtonho.com | www.dtonho.com

CVR Lisboa – Nasce A Região Vitivinícola Lisboa

                  Portugal passa por uma reformulação nas denominações produtoras de vinho. Dentro desse contexto, neste último dia 24 de Abril, nasce a REGIÃO VITIVINÍCOLA DE LISBOA, nova no nome, porém de grande tradição histórica na produção de vinhos finos. Com a publicação da portaria nº 426/2009 de 23 de Abril, o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, acaba de criar a Indicação Geográfica “Lisboa”, agregando nesta denominação todos os vinhos produzidos e certificados na região, substituindo desta forma a designação Vinho Regional Estremadura.

               De acordo com informe obtido da CVR Lisboa (Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa)trata-se de uma região com uma forte tradição vinícola e que agrega alguns dos DOCs mais reconhecidos nacional e Obidos - Portugalinternacionalmente, entre os quais “Colares”, “Bucelas”, “Carcavelos”, “Óbidos”, “Alenquer”, “Arruda dos Vinhos”, “Encostas D’Aire” e “Torres Vedras”, para além do vinho regional Lisboa. A nova Região de Vinhos de Lisboa abrange uma área de vinha de 30 mil hectares, produzindo cerca de 20 milhões de garrafas de vinho certificadas, além de Aguardente, Espumante de Qualidade e vinhos generosos.

               O Vinho da Região de Lisboa tem vindo a registar um sucessivo incremento no volume comercializado, nomeadamente para os mercados quinta-da-cortezia-touriga-001externos, com uma quota superior a 45% do total certificado e tendo como principais destinos Angola, Bélgica, Reino Unido, Escandinávia, Canadá, Estados Unidos da América, Austrália, Noruega, Alemanha e Brasil. Aquela que era a mais premiada região de vinhos nacional, tem agora uma denominação que permitirá uma promoção interna e externa mais consistente, ao mesmo tempo que dará o devido relevo a esta região de excelência.

                 A Região de Vinhos de Lisboa abrangerá a totalidade do Distrito de Lisboa, com excepção do concelho da Azambuja, o concelho de Ourém, e os seguintes concelhos do Distrito de Leiria: Alcobaça, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Nazaré, Pombal (com excepção de quatro freguesias), Porto de Mós e Caldas da Rainha. A alteração da indicação geográfica de Estremadura para Lisboa justifica-se no contexto de reorganização institucional do sector vitivinicola e surge após estudos levados a cabo e que concluiram que a utilização de “LISBOA”, enquanto cidade da região de produção seria a indicação geográfica com maior valia, tendo em consideração fatores positivos, nomeadamente para os mercados externos, pelo facto de possuir mais notoriedade, mais fácil leitura e melhor referência quanto à sua localização.” Evitando-se, também, qualquer potencial confusão com os irmão espanhóis da Extremadura.

           A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) com link permanente Cadavallistado na seção de links de Portugal,  aqui no lado direito da página, é a entidade responsável por toda a certificação de vinhos produzidos na Região.  Entre uns mais conhecidos e outros menos, gente como a Quinta da Cortezia, Chocapalha, Casa Santos Lima, Quinta do Gradil, Quinta do Monte D’Oiro, de Pancas, Fundação Oriente (Colares), Adega do Cadaval (foto do lado).

Habituados que estamos aos tradicionais vinhos do Douro e Alentejo, pouco se tem falado das outras regiões em pleno crescimento como as, também tradicionais Bairrada, Dão, Setubal (Sado) e Minho (Vinho Verde),  muito menos da Estremadura, Alenquer, Ribatejo, Trás-os-Montes, Beiras, Madeira, etc.. Pois bem, agora com esta reformulação de indicações geográficas para botar ordem na casa e  disciplinar o rápido desenvolvimento da industria vitivinícola em Portugal que cresce a passos largos não só quantativamente, mas especialmente no aspecto qualitativo e de diversidade, que é o que mais nos interessa como consumidores, certamente teremos mais investimentos e, consequentemente, mais informação e vinhos a provar. Ótimas noticias e fiquemos de olho nos vinhos da CVR Lisboa. Eu que nasci curioso e ansioso, não vejo a hora de mergulhar um pouco mais nessa região! O que garimpar compartilho com os amigos. Por enquanto fique conhecendo melhor a região vendo no mapa abaixo como ficou sub-dividida a região.

CVR Lisboa

Alguns bons rótulos a conhecer; Prova Régia Arinto (branco), Confraria Branco Leve (um vinho tipico desta região com baixos teores alcoólicos), Morgado de Sta. Catherina Reserva (branco maravilhoso), Fonte das Moças, Quinta da Cortezia Touriga Nacional, Palha Canas Reserva, Quinta de Pancas Grande Escolha e o divino Quinta do Monte d’Oiro entre diversos outros a garimpar.

Salute e kanimambo

Expovinis 2009 – Best in Show

           Best in Show

    Na verdade, são meus destaques principais resultado da jornada de descobrimentos realizada em três dias de navegação pelas águas da Expovinis. Como o amigo Luiz Horta, adoro uma lista e, só de “wish lists” devo ter uma dúzia. De qualquer forma, esté é meu resumo da ópera do que melhor percebi neste grande evento, apesar de não ter passado por muitos dos portos com escalas programadas de onde, certamente, outros rótulos poderiam despontar. O resumo de goles e fatos que me marcaram nessa viagem estão abaixo.

 

Vinhos Brancos

  • Leasingham Bin 7 Riesling 2007 – Austrália – Wine Society
  • Kettmeier Muller Thurgau – Alto Adige / Itália – AAA (Amadio South América) / Bruck

Vinho Rosado

  • Terranostra Sciaccarellu 2007 – Córsega / França – Empório Sorio

Vinhos Tintos

  • Pago de Cirsus, Selección de la Família 2004 – D.O. Navarra / Espanha – Decanter
  • Barossa Valley Estate E-Bass Shiraz 2006 – Austrália – Wine Society
  • Serie Riberas Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2007 – Chile – VCT Brasil

Vinhos de Sobremesa

  • Muscat Felix Pietri – Córsega / França – Empório Sório
  • Domaine Pasqua Impassitu Chardonnay – Córsega / França – Empório Sorio

Vinho Fortificado

  • Madeira Henrique & Henrique Verdelho 15 anos – Portugal – Expand

Melhores Custo X Beneficio

  • Quinta da Neve Cabernet Sauvignon 07 – Quinta da Neve / Santa Catarina – Decanter
  • Stellato Espumante Brut Rosé – Vinícola Sto. Emilio / Santa Catarina

Surpresa

  • Vinícola Pericó – Santa Catarina – Por seus incríveis e refrescantes espumantes Brut Blanc de Noir e Rosado elaborados com um blend de Cabernet Sauvignon e Merlot.

Novidade

  • Empório Sorio com os vinhos da Córsega.

Para ficar de olho.

  • Wine Society com vinhos australianos de Bag in Box até grandes vinhos por preços muito competitivos.

Menção Honrosa

  • ACAVITIS – Vinhos de Altitude de Santa Catarina por seu crescimento e confirmação de qualidade dos vinhos elaborados por seus associados.

A Conferir

  • O acordo da Villagio Grando (Santa Catarina) com a AOC Brasil (São Paulo) que possibilitou uma grande redução de preços para seus bons vinhos.
  • Destaque de melhor vinho tinto do Velho Mundo (pelo painel da Expovinis), o português Vinha Longa Reserva 2006 – Encostas de Estremoz – Alentejo/Portugal. Andei pesquisando e este produtor  já foi importado tanto pela Lusitana de Vinhos e Azeites, quanto pela D’Olivino, e em seu site este vinho não existe. Também não encontrei este rótulo nos blogs e sites portugueses. No minimo um grande mistério que me aguçou a curiosidade.

 

[rockyou id=137526874&w=510&h=380]

Com isto encerra-se minha cobertura da Expovinis 2009. Kanimambo por prestigiar, ano que vem tem mais, mas Direto do Front estará sempre aqui caso tenhamos outros importantes eventos como o Vini Vinci 2009 que ocorrerá no próximo dia 18 no Rio de Janeiro e 19 e 20 em São Paulo.

Salute.

Grande Desafio Decanter de Vinhos Syrah

                   Na aconchegante Enoteca Decanter cercados de grandes vinhos e simpatia, iniciamos nossa degustação através de um bom Logo Enoteca Decantere bem refrescante espumante Espanhol, o cava L’Hereu de Raventos i Blanc Brut muito saboroso, fresco de perlage fina e abundante, quiçá algo curta, de final mineral. Bem o que precisávamos para preparar as papilas gustativas para o que estava por vir. Os vinhos selecionei junto com o Fred Rezende, gerente da casa, e a degustação seguiu as normas já estabelecidas para os Desafios. Veja o que provamos, a avaliação dos grandes críticos da mídia especializada e as notas da banca degustadora composta pelo Emilio Santoro (Portal dos Vinhos), Dr. Luis Fernando Leite de Barros (médico), Evandro Silva, Francisco Stredler, José Roberto Pedreira, Fabio Gimenes, Cláudio Gomes Werneck (Le Vin au Blog) e eu. Também participou o Gelson, sommelier da casa, porém suas notas não foram contabilizadas por razões óbvias. Vejam os contestantes e resultados:

Desafio Decanter Syrah 012

Do norte do Rhône, um Crozes-Hermitage de Jean-Luc Colombo, o Les Fées Brunes 05 com 90 pontos de Wine Spectator e 93 da Wine & Spirits, um clássico da região. Um pouco fechado, talvez devesse ter sido decantado por mais tempo. Nariz tímido sem grandes atrativos, mas já sugerindo um mineral bem acentuado. Na boca mostrou uma certa seriedade e austeridade, encorpado, acidez acentuada que clamava por comida, que não tínhamos! Final refinado, em que aparece o mineral, as especiarias típicas da casta mostrando ser um vinho de qualidade que precisa de tempo para se mostrar, tendo evoluído bem em taça. Prejudicado pela falta de um prato digno do vinho. Preço R$171,00 e nota média obtida 86,13.

Da Argentina, o Callia Magna Shiraz 06 da região de San Juan, onde a Syrah vem despontando como uva ícone da região, um vinho que vem se destacando na mídia internacional estando presente entre os top 10 do concurso Syrah du Monde tanto em 2007 como em 2008 e Parker lhe deu “meros” 94 pontos. Foi escolhido para ser a surpresa da noite já que é um vinho de valor baixo versus a seus oponentes. Corpo médio, aroma frutado intenso. Na boca é macio, equilibrado redondo com taninos sedosos. No final de boca, o álcool aprece um pouco saliente recomendando a manter a temperatura durante o serviço. Fácil de agradar, um Syrah amistoso sem grande complexidade que se mostrou bem saboroso e uma ótima pedida para o dia-a-dia inclusive devido ao bom preço de R$46,50. Nota média obtida 84,44.

Da África do Sul vem o Biography 05, vinho produzido pelo personagem Piet Dreyer em sua vinícola Raka aninhada na ultima cadeia de montanhas do continente africano. Um vinho que já ganhou status de “cult” na África do Sul onde é reconhecido como um verdadeiro clássico, entre os melhores 25 vinhos sul africanos da atualidade de acordo com John Platter um dos mais importantes críticos da região e autor do guia South African Wines. Na cor é escuro como breu, chegando ao nariz com aromas intensos e muito peculiares (café tostado/mineral/tabaco), complexos e inebriantes. Encorpado, entrada de boca impactante mostrando uma personalidade muito própria e diferenciada de todos os outros vinhos tomados. Taninos finos presentes , aveludados, potente e elegante, um grande vinho de longa persistência que nos deixa pensando, pensando,  pens…… Preço de R$130,60 e nota média obtida de 91,63.

Da Austrália, que fez fama em cima da Syrah como uva símbolo do país e aqui denominada como Shiraz, tivemos dois participantes;

  • Killerman´s Rush de Clare Valley 05, produzido pelo maestro (mesmo) Kevin Mitchell proprietário da Kilikanoon, ao qual Parker deu 92 pontos chamando-o de “super-sexy”. Paleta aromática atraente e refinada de boa intensidade sem ser exuberante. Na boca mostra uma certa complexidade, boa tipicidade da cepa, grande equilíbrio, mostrando ser um vinho de grande qualidade que se destaca na boca, Muito saboroso no palato, encorpado pedindo uma maior decantação, consegue harmonizar muito bem sua potência com um caráter elegante que seduz. Um vinho que agradou bastante. Preço R$116 e nota média obtida de 88,19.
  •  Schild Estate Shiraz 05 de grande complexidade segundo a Wine Spectator que lhe deu 93 pontos. Cor rubi puxando para grenada, escuro e denso ao olhar. Nariz efetivamente complexo e sedutor convidando-nos a levar a taça à boca. No palato especiarias (cravo da Índia, pimenta) e muita fruta vermelha (ameixa), corpo médio para encorpado, com ótima textura e volume na boca mostrando grande harmonia na boca com uma riqueza de sabores que impressiona. Final de boca encantador que nos pede para encher a próxima taça, e a próxima, e a próxima, ……Efetivamente um grande vinho e um grande exemplo de que um vinho desta cepa australiano, pode sim ser elegante e refinado. Preço de R$127,00 e nota média obtida de 92,56.

Do Chile o Estampa Gold Assemblage Syrah 04 c/Carmenére, que ficou entre os TOP 5 assemblages tintos do Chile pelo Guia de Vinos de Chile 06, tendo recebido 4 estrelas da Revista Decanter entrando como um dos “TOP 10 Chilean Reds” em 2005. Nariz tipicamente Chileno em que se destaca o Carmenére de forma muita acentuada mostrando especiarias e nuances de goiaba com a madeira se mostrando algo saliente. Taninos firmes ainda presentes, algo aveludados e sem qualquer agressividade. Corpo médio para encorpado, acidez moderada mostrando capacidade de guarda de pelo menos mais uns dois anos quando o vinho deverá evoluir e atingir uma melhor harmonia. Preço R$77,00 e nota média obtida de 82,75.

Da Itália, o Fatasciá Aliré Syrah & Nero d’Avola 05, mais precisamente de Palermo na Sicília, aonde a Syrah também vem crescendo em importância. Aromas intensos de frutas vermelhas maduras, algo defumado mostrando uma certa complexidade. Na boca é sedutor, agradável, amistoso, de boa estrutura, taninos finos e macios mostrando muito equilíbrio e um final de boca muito saboroso com agradáveis toques de especiarias (pimenta do reino) presente no retrogosto de boa persistência. Vinho de R$87,20 e nota média obtida de 87,63.

Panorama Banca Julgadora - Syrah

                  O grande campeão desta noite de vinhos deliciosos selecionados entre um portfolio repleto de preciosidades (veja a expressão de felicidade  nos rostos antes e depois da degustação na foto acima. rsrs) que a Decanter possui e aumenta ano a ano, foi o australiano Schild Estate Shiraz, seguido muito de perto pelo surpreendente sul africano Biography de Raka e em terceiro de novo um australiano o Killerman´s Rush.  Destaque também para; a  melhor relação Qualidade x Preço x Satisfação, que a meu ver foi  o Aliré, italiano da Sicília um vinho de preço muito bom que superou o francês Lês Fées Brune alcançando a quarta posição e a boa compra do desafio, certamente o argentino Callia Magna Syrah. Mais um grande e interessante Desafio promovido por este blog, desta feita com o apoio irrestrito da Decanter. O próximo será de blends do Novo Mundo que cabem no seu bolso, tendo como teto R$85,00. Quais serão os rótulos que conseguiremos com nossos parceiros para este novo desafio você saberá muito em breve. O local? Desta vez será na Granja Viana na Assemblage Vinhos, (ex-Grand Cru Granja Viana) que tem tudo a ver com o tema do Desafio (corte/blend/assemblage – tout le même chose!). Desde já os meus agradecimentos à Bete e Marcelo por receberem este Desafio itinerante. Acompanhem por aqui  logo, logo mais noticias sobre este evento.

Salute e Kanimambo