Chamada Geral!

No próximo dia 10 de março, terça feira, a partir da 20:30, o Espaço Enogastronômico Villa, aqui na região do Morumbi/Pananby em Sampa, receberá a

 

Casa Valduga

 

para uma noite com excelentes vinhos produzidos na serra gaúcha. A degustação será orientada pelo responsável da Valduga em São Paulo o sommelier internacional formado pela FISAR, Ricardo Tomasi.

 

Os vinhos degustados serão:

 Vinho Gran Reserva Chardonnay

Vinho rosé Amante Malbec

Vinho Cabernet Sauvignon Premium

Vinho Gran Reserva Cabernet Sauvignon

 

A degustaçao dos vinhos terá como acompanhamento, os deliciosos paninnis do Villa. Finíssima e deliciosa massa de pizza crocante temperada e queijos selecionados.

 

Nesta ocasião, os vinhos degustados terão um desconto de 20%.

Valor por pessoa: 35,00 reais.

Reservas com Aline 34674069 ou Denise 99842785

 

 

Escola do Vinho Miolo SP

 

Agora em São Paulo na Rua Estados Unidos, 96, Jardim Paulista, um local muito bonito e bem pensado que tive a oportunidade de conhecer quando ainda finalizavam os últimos detalhes. Pois bem, já estão abertas as inscrições para os cursos básicos de degustação da Escola, que acontecerão nos dias 24/3, 16/4 e 12/5, das 19h30min às 23 horas. As aulas serão ministradas pelo enólogo Luiz Fernando Natale. A programação é a mesma utilizada na Escola do Vinho em Bento Gonçalves, na sede da Miolo.

Programação

 

– A história da uva e do vinho;

– A vitivinicultura no mundo;

– Elaboração de vinhos e espumantes;

– Análise sensorial;

– Degustação de vinhos brancos, tintos, espumantes e dicas de harmonização;

– O Serviço do Vinho.

 

Por R$120,00, uma ótima opção para quem quer iniciar a desenvolver seus conhecimentos mais seriamente. Uma bela oportunidade e feita por gente que entende do riscado. Mais informações devem ser obtidas com Alessandra no fone (11) 2167 1600 ou pelo e-mail alessandra@miolo.com.br

 

Lusitana na Casota mais uma vez. OBA!

 

E como sempre, imperdível. Essa parceria já está dando o que falar e, desta vez, em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres com um menu especial desenvolvido por Dona Milu com vinhos de duas mulheres; Raquel Mendes Pereira da Quinta Mendes Pereira e Leonor de Freitas da Casa Ermelinda de Freitas. Vai perder?

 

casota-e-lusitana

Noticias do Mundo do Vinho

wine-women-by-jamie-adamsHoje a primeira noticia do dia só podia ser esta e com mais um lindo quadro da divina Jamie Adams. Não é diretamente ligada à nossa vinosfera, mas a importância da mulher nesse mundo é tão importante que merece ser exaltada. Sejam como produtoras, como sommeliers, como enólogas, traders e, cada vez mais, enófilas a mulher conquista seu espaço gradativa, mas firmemente, em todos os setores da sociedade e não seria diferente em nossa vinosfera. Essas conquistas se iniciam de forma mais concreta e marcante, a partir dos idos de 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade Nova Iorque nos Estados Unidos, fizeram uma grande greve detonando um processo que nunca mais parou. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Somente no ano de 1910 durante uma conferência na Dinamarca, no entanto, é que ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Apesar disto, somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.

Dizem que recordar é viver, então fui buscar este clip do fundo do baú como homenagem a todas as mulheres. Não só pelo dia de hoje, mas por todos os outros dias do ano em que alegram, incentivam, apoiam e complementam nossas vidas. Espero que gostem e aproveitem

 

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=eN8JisKBLzw]

 

Chile – O grupo chileno VC Estates, donos das marcas Porta e Gracia, acabam de anunciar um grande investimento na Argentina, especificamente na região da Patagônia onde estaão comprando uma vinícola e 300 hectares de vinhedos por algo em torno de USD 15 milhões. Esta nova empresa se chamará Bodegas Universal Austral e terá como característica a elaboração de vinhos á base de Pinot Noir e outras cepas de zonas frias. É aguardar para ver, mas conheço os Pinots da Gracia no Chile e são vinhos muito interessantes.

 

Argentina Wine Awards – Tomou lugar à poucos dias, este que é o principal evento de nossos irmanos visando rótulos de exportação. Das 512 inscrições foram premiados 42 com medalha de Ouro. Entre os ganhadores rótulos como o  Pasionado Grand Reserve 2004 da Andeluna Cellars e o Septima Grand Reserva 2006 (Interfood) o qual tive oportunidade de degustar faz uns dois meses

Interessante que nos Malbecs abaixo de USD10, não foi outorgada nenhuma medalha o que demonstra que a qualidade aqui falhou. Ouro também para um Torrontés, cepa ícone dos brancos argentinos, para o Crios 2008 e o crém de la crém para o melhor Malbec foi dado para o Dona Silvina Reserva 2006 da Bodega Kontiras que confesso nunca ter ouvido falar.

 

Estados Unidos – Pela primeira vez na história, as exportações de vinho americanas ultrapassam 1 bilhão de dólares. E crescem 6% sobre os níveis de 2007. Deste volume, 90% é originária da Califórnia e têm a Europa como seu principal mercado. Veja o gráfico abaixo e se quiser conhecer mais detalhes clique em Wines & Vines 

 pie chart.xls

 

Septima/Interfood – Animados com os resultados da Wines of Argentina Awards, a interfood promove uma campanha de vendas com preços incríveis para estes bons vinhos os quais comentei em post no inicio deste ano. Veja abaixo.

Septima Gran Reserva safra 2006 -R$ 52,40 – (Gold Medal) Excelente Compra

Septimo Dia Cabernet safra 2006 – R$ 38,35  – (Silver Medal 07) Imperdível

Septimo Dia Chardonnay safra 2007 – R$ 38,35

Septimo Dia Malbec safra 2006 – R$ 38,35

Compras de minimo R$300,00 para faturamento pela Interfood. Como eles têm diversos outros rótulos de qualidade, vale a pena fazer um mix e aproveitar esses preços. Muito bom o Gran Reserva e com ótimo preço, mas na degustação eu gamei mesmo foi no Cabernet.

 

Baroke, vinho em lata – Lembram da matéria sobre eles, pois bem ainda wine-in-a-can-baroke-gold-medal-winnernão consegui provar nenhum, mas eis que me chega a noticia de que no Berlin Wine trophy 2009, com mais de 3400 vinhos de mais de 40 paises, o Baroke Cabernet/Shiraz/Merlot fez história ao ganhar a primeira medalha de ouro num concurso internacional de respeito. É gente, podemos olhar de esguelha para essas latinhas, mas acho que temos que olhar com mais cuidado o seu conteúdo!

 

Miolo Wine Group – mais uma cartada certeira da Miolo. Interessados em gastronomia e enologia podem comemorar a parceria que a Escola do Vinho Miolo firmou com o sommelier italiano Roberto Rabachino, reconhecido instrutor e diretor dos cursos da Federação Italiana Sommelier Albergatori Ristoratori (FISAR) e responsável pela FISAR Internacional. Ele ministrará cursos de formação de sommelier internacional na Escola do Vinho em vários estados do país durante este ano. O primeiro deles ocorrerá neste mês em São Paulo, entre os dias 23 e 27. Os participantes receberão certificado de qualificação profissional da FISAR-Piemonte, que possui certificação internacional da Europe Academy for Education. “É uma honra para a Escola do Vinho Miolo, através da Federazione Italiana Sommelier A.R., oferecer um curso de nível internacional e certificado por tal federação. Ninguém melhor do que o Dr. Roberto Rabachino, já eleito o melhor sommelier do mundo, para representar com tanta propriedade a arte do vinho, da gastronomia e da harmonização”, afirma a enóloga e sommelière Gabriela Jornada, gerente da Escola do Vinho Miolo.

Rabachino é docente sobre temas ligados ao mundo do vinho em várias universidades do mundo. Foi eleito o melhor sommelier do mundo pela International Wine Federation em 1992 e 1996. Em 2007 e em 2008 foi premiado como o melhor comunicador do vinho na Vinitaly. Durante os cursos na Escola do Vinho, contará com a assistência de Jefferson Sancineto Nunes, diretor do Enolab de Flores da Cunha (RS), empresa especializada em pesquisa aplicada em viticultura e enologia que presta assessoria a várias vinícolas do país.

 

valduga-brandy-xvCasa Valduga – Desde o lançamento da Storia que vejo o marketing desta casa com grande destaque. Aliás, nem só o marketing, porque o próprio portfolio da empresa passou por grandes mudanças nos últimos dois para três anos. Agora a campanha é pelo lançamento do BRANDY  XV. Seguindo o mesmo conceito do Brandy Twenty Years, este novo artigo de luxo da vinícola gaucha é um V.O.P. (Very Old Pale) com envelhecimento de 15 anos em barrica de carvalho.  Elaborado com vinho de uvas Trebbiano, este brandy V.O.P teve sua primeira destilação em alambique descontínuo de cobre através de um lento processo de dez horas. Durante a segunda destilação, também lenta, foram separadas ‘cabeça, coração e cauda’ do líquido.

O coração, ou néctar, foi armazenado em barricas de carvalho francês durante 15 anos para obter sua maior expressão, resultando neste single barrel delicado e agradável com notas de canela, ameixas secas e figo maduro, de paladar deliciosamente aveludado que é mais uma jóia rara da família Valduga. O cuidado e sutilezas dedicados à elaboração do Brandy XV também foram direcionados a embalagem da bebida, unindo qualidade vitivínifera com identidade visual. A garrafa, quadrada e com rolha natural segue a linha da arte da perfumaria e é envolta elegante cube black box. Preço médio: R$ 88,00.

Não entendo nada de brandies e destilados como um todo, apesar de gostar de tomar um outro eventual gole e esta embalagem já me deixou meio aguado! Rsrs.

 

Casa Valduga II – Não é todo o dia que um vinho brasileiro aparece na Revista Decanter, considerada uma das melhores publicações de vinho do mundo, e quando acontece tem que ser inaltecido. Toda semana o time de editores e repórteres da revista recomenda um vinho interessante e, desta vez, a jornalista inglesa Tina Margaret Gellie escolheu o brasileiríssimo Casa Valduga Arinarnoa da linha Identidade, que traz variedades “exóticas” e ainda pouco conhecidas da maioria dos consumidores.

“Na semana que passei no Brasil, no sul do estado do Rio Grande do Sul, foi um verdadeiro eye-opener em termos de diversidade varietal. Nada mais surpreendeu do que três Identidade de uvas Marselan, Ancelotta e Arinarnoa. Os dois primeiros eu já havia degustado antes – e estão a aumentar na popularidade crescente do vinho neste país -, mas este último, um cruzamento entre Merlot e Petit Verdot, é um vinho que eu nunca encontrei, exclusivo da Valduga”.  Na publicação, a jornalista ainda descreve o vinho: “com aroma de frutas vermelhas como cereja e pimenta branca equilibrado pela firme acidez e taninos macios. O álcool é um toque quente em 14%, mas que faria um grande jogo com um churrasco de porco grelhado”. Confira em http://www.decanter.com/specials/277380.html?=1

Salute e Kanimambo

Reflexões do Fundo do Copo – Turismo e as Uvas.

brenoMais um texto do amigo e colaborador de todos os sábados, Breno Raigorodsky. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado, na seção Categorias

Já vou avisando, se você quer trazer um presente pra mim de sua viagem à Eslovenia, Grécia, Marrocos, Alto Adige, Languedoc, Portugal, Espanha e tantos outros lugares que produzem vinhos autóctones, não me traga um vinho feito das uvas ditas internacionais porque sou capaz de reagir mal, como fiz recentemente, apesar das excelentes intenções de quem me presenteou. Ora, não é prioritário saber se os produtores destes lugares inóspitos são capazes de imitar os varietais reproduzidos ad nauseam por todos que fazem vinho. Pode até ser legal comparar um cabernet sauvignon grego com um do Chile, mas é pouco, a não ser que seja um vinho tão surpreendentemente bem feito, que concorre em qualidade com os melhores do mundo feitos com esta uva. Afinal foi assim com o Grange australiano na década de 80, não é?

A Eslovenia produz um tal de Cvicek rosado e um tinto poderoso, o Modra Frankinja que gostaria imensamente de conhecer. A Grécia teve sua fama manchada por décadas pelo quase intragável Retsina, mas está recuperando uma posição mais digna no mundo do vinho, produzindo vinhos não resinados com a variedade própria para isso, a Savatiano, mas não apenas ela e nem exclusivamente as chardonnay e chenin blanc da vida. Do Marrocos, traga-me um vinho que lembre o cuscous do Magreb, aquele vinho que já foi importante antes que o mundo norte-africano se tornasse anti-alcoólico por razões de Estado, lá pelo fim da segunda guerra mundial. Um vinho à base de Grenache Noir de Meknes, que não é exatamente autóctone, uva francesa que a Grenache (aliás, espanhola, guernacha), mas se explica pela dominação colonial exercida pela França por séculos.

Falando em Grenache, não sabe o que me trazer do sul da França? Divirta-se com algum vinho Tolosan, um Ugni Blanc de qualidade, por exemplo, algo que custe em torno de 10€ e que por aqui sai um montão de dinheiro. Ah, mas você vai pra Itália e quer trazer um grande vinho, coisa que ninguém vende por aqui. Ué, a Enotria grega tem a oferecer coisas diferentes e boas em todas as partes, apesar de muitos dos nossos connaiseurs acharem que todo vinho italiano é igual. Por exemplo, no alto nordeste tem o Teroldego, uva que muitos produtores brasileiros estão cultivando com relativo sucesso. O Langhe Nebbiolo é vinho que eu tem me dado muitas surpresas agradáveis, porque tem menos da metade do tempo de guarda dos grandes nebbiolos e está se saindo muito bem. O Grignolino tantas vezes esquecido entre os nobres do Piemonte, um Dolcetto em ascensão no mercado mundial. Isso para não sair do norte, porque o centro e o sul reservam tantas aventuras já reconhecidas e outras nem tanto. Traga-se um sangiovese da Emilia Romagna, um que me surpreenda pela qualidade e pela elegância.

Por exemplo, se quiser me fazer sorrir de alegria, traga-me um Pinero do Cà Del Bosco da Franciacorta, um vinho que inexplicavelmente não mais chegou ao Brasil pela Mistral, como costumava acontecer. Traga-me um bom Aglianico, um Montepulciano D’Abruzzo que não seja esta água com açúcar que se importa para o Brasil. Mas se você vai para a Espanha, o pedido é simples, carregue consigo um Verdejo de Rueda, um branco que compete em frescor e acidez com o melhor Sauvignon Blanc e que as importadoras não conseguem impor no Brasil.

Já para Portugal, o pedido é bem de ignorante – quero um Baga cortado com um vinho mais perfumado, pode ser até um Shiraz, visto que os nossos ex-colonizadores andam fazendo maravilhas com tal cepa. Pode ser então um achado de uma garrafa perdida do já falido Douro CRF, o vinho que me fez história, como já tive oportunidade de contar, um vinho que tomei em 1978, colhido em 1948, engarrafado em 1952. Por ela, pagaria duas vezes o que custou. Traga-me então um Alfrocheiro, um Antão Vaz, mesmo um corte do Douro, uma garrafeira do Dão. E por favor, não me traga da Argentina o melhor Malbec nem do Chile o melhor Carmenèrre. Prefiro um Pinot Noir do Vale Casablanca (EQ do Matetic, por exemplo) e um bom corte de Mendoza (San Felician, Malbec+C.Sauvignon, por exemplo, um vinho que a Catena não exporta).

Da Califórnia, aceito com prazer um Zinfandel, da África do Sul um Pinotage, por que não? Da Austrália um Shiraz/Cabernet Sauvignon, vinho de referência deste corte que juntou o oeste (Shiraz) e o leste (Cabernet Sauvignon) da França, numa junção que os franceses jamais tentaram antes. Da Nova Zelândia pode ser o que você quiser, conheço tão pouco que qualquer um dos bons vinhos serve.

Estamos conversados?

Breno Raigorodsky; filósofo, publicitário, sommelier e juiz de vinho internacional FISAR

Vinho e a Saúde das Mulheres

women-wineO Vinho e a Mulher têm tudo a ver um com o outro e, talvez até por isso, enlouqueçam de paixão os homens. Será a finesse, a elegância, a complexidade, o mistério, o tempo exigido para que a conhecemos a pleno, o prazer da descoberta ou o mero olhar sedutor que parecendo submissa nos enfeitiça por inteiro? A meu ver, um conjunto de tudo isso aliado a uma extrema sensibilidade. Este post, com algumas desculpas adicionais para que elas sigam se deliciando com os doces néctares das taças, é uma homenagem ao dia 8 de Março, dia Internacional da Mulher, esse incrível ser que, cada vez mais, assume um papel de destaque na sociedade e em nossa vinosfera. Um salute e um kanimambo muito especial neste dia lembrando que o desenvolvimento de diversas pesquisas médicas tem mostrado que o consumo moderado de vinho pelas mulheres, afora os já conhecidos benefícios ao coração, trás alguns outros bem específicos á condição feminina. Vejamos algumas matérias colhidas na rede:

 

Mulheres Que Bebem Vinho Regular e Moderadamente, Junto às Refeições Têm 50% Menos Chance De Desenvolverem Câncer De Ovário. O adenocarcinoma de mama é o câncer que mais mata as mulheres. Ele tem uma relação direta com a ingestão de bebidas alcoólicas, isto é, quanto mais álcool uma mulher ingere maior a probabilidade dela ter esta doença. Isto está bem documentado em uma metanálise de 53 estudos epidemiológicos, incluindo 584.515 mulheres com câncer de mama. Este trabalho foi feito com a colaboração de vários pesquisadores e publicada no British Journal of Cancer, em 2002.

 Inúmeros estudos (mais de 10 nos últimos dois anos), no entanto, mostram que quando a bebida ingerida é o vinho, há uma proteção ao desenvolvimento deste tipo de câncer. As mulheres que bebem vinho regularmente, moderadamente e junto às refeições têm 50% menos chance de desenvolverem câncer de ovário. Isso foi o que constatou a Drª Penny Webbi da Austrália, estudando 696 mulheres com este tipo de neoplasia e mais 786 outras mulheres, sem a doença, num grupo controle. As mulheres que bebiam regularmente destilados e cerveja tinham tanto câncer de ovários quanto as abstêmias e as que bebiam vinho tinto tinham uma proteção um pouco maior do que as que tomavam vinho branco.

A Drª Ann Malarcher, uma pesquisadora deste órgão, veio a público em 2001 para chamar a atenção para o fato de mulheres jovens (entre 15 e 44 anos de idade) que tomam até duas doses de bebidas alcoólicas por dia têm 60% menos Derrame Cerebral do que as abstêmias. E quando esta bebida alcoólica é o vinho a probabilidade de desenvolver essa doença é menor ainda. Esses dados epidemiológicos são tão relevantes que hoje a própria Associação Americana do Derrame Cerebral (NSA – National Stroke Association) reconhece que as mulheres que tomam vinho regularmente e moderadamente com as refeições têm menos Derrame Cerebral e que as mulheres que já tiveram esse mal e passam beber vinho regularmente e moderadamente têm menos chance de ter um novo episódio da doença.

Fonte: Dr. Jairo Monson de Souza Filho no site Vinhos Net

 

Vinho Ajuda a Reduzir Risco de Demência nas Mulheres. Esse é o titulo de uma matéria que aparece na Revista de Vinhos portuguesa tendo como base um artigo da Wine Spectator e já publicado aqui mesmo em Falando de Vinhos. Na verdade, falamos aqui de halzeimer e este é um assunto sério apesar da chamada meio desajeitada deste artigo. Este é o resultado de cerca de 34 anos de estudo de uma equipe da Academia de Sahlgreska da Universidade de Gohtemburg na Suécia. Neste estudo em que 1458 suecas entre 38 e 60 anos foram acompanhadas se verificou que as mulheres que bebiam vinho todas as semanas tinham 70% menos possibilidade de contrair a doença, sendo que esta taxa caía para 40% nas mulheres que também tomavam destilados e cerveja. Já as mulheres que somente tomavam cerveja e destilados a probabilidade de contrair a doença crescia em 20%. Também se concluiu que as mulheres suecas estão tomando mais vinho e, que estas, têm a tendência a viver por mais anos. O artigo termina com uma pérola; “Apesar destes dados, os cientistas acham que é ainda muito cedo para se recomendar o consumo de vinho às mulheres”.

 

A Ingestão moderada de álcool leva a um ganho de massa óssea. Beber regularmente de 1 a 3 taças por dia de vinho tinto durante as refeições leva a um aumento da massa óssea, sobretudo em mulheres na menopausa. Este fato tem levantado muitas dúvidas uma vez que a Medicina nos ensina que bebidas alcoólicas são um fator de risco para a osteoporose. Mas esse efeito deletério das bebidas alcoólicas sobre o osso só ocorre para quem tem uma ingesta diária superior a 29 g de álcool – o equivalente a 3 taças de vinho.

A ingestão moderada de álcool, ou seja 11 a 29 g – o equivalente a 1 a 3 taças de vinho – leva a um ganho de massa óssea. Eis a chave para a compreensão desse paradoxo. Foi publicado em 2000 um Estudo de Epidemiologia da Osteoporose (EPIDOS) feito na França com um número muito grande (7598) de mulheres idosas (todas com mais de 74 anos de idade) que deixou isso muito claro.

Esse mesmo estudo evidenciou que as mulheres “menopausadas que tomam de 1 a 3 taças de vinho por dia têm ganho significativo de massa óssea, independente de outros fatores.Dr. Jairo Monson de Souza Filho para a Confraria do Vinho –BG (Bento Gonçalves)

 

Domingo tem mais.

 

Essa imagem divina no inicio do post só podia ser arte advinda da sensibilidade e delicadeza de uma mulher. Vejam e conheçam a artista Jamie Adams no site – http://www.jamieadamsartist.com/gallery/index.htm

Decantar Vinhos. O que é, quando e porquê fazê-lo.

Nem sempre o óbvio é tão óbvio assim, nem todos os amigos leitores têm o mesmo nível de conhecimento e sempre podem pairar duvidas sobre o porquê da decantação e quais os seus efeitos. Esta matéria elaborada em cima de experiências próprias, contatos com especialistas e sommeliers e muita leitura, é uma tentativa de eliminar duvidas quanto à decantação de vinhos que tem seus seguidores e outros nem tanto. 

A princípio, existem basicamente duas razões para se decantar um vinho; para separar o liquido de seus sedimentos (decantação) em vinhos não filtrados, como na grande maioria dos vinhos de longa guarda, e para “amaciar” os vinhos mais jovens e de média guarda e nesse caso o termo correto a ser aplicado é aeração, mesmo que isso seja feito num decanter. Há 20 ou 30 anos atrás, os vinhos ficavam envelhecendo em garrafa, por três, quatro ou mais anos, nas adegas do produtor antes de serem colocados no mercado, chegando ao consumidor mais amistosos e prontos a beber. Apesar de ainda existirem alguns puristas que seguem essa filosofia a globalização gerou uma maior demanda e aumentos de produção o que junto ao alto custo do capital e a necessidade de fazer caixa, fez com que os vinhos começassem a sair para o mercado muito cedo estando ainda muito fechados e duros na sua maioria, especialmente os de maior guarda. São estes os vinhos que se beneficiam bastante do processo de aeração.

Nos vinhos jovens que pouco passam por madeira, quando o fazem porque a maioria é chip ou tábua, para serem tomados nos primeiros dois ou máximo três anos de vida, não existe grande necessidade de decantação, apesar de que até eles podem se beneficiar desse processo de aeração por um curto espaço de tempo. Por pressões de mercado que nos empurram as novas safras, cada vez tomamos vinhos mais jovens e aproveitamos cada vez menos todo o seu potencial o que, a meu ver e para o meu gosto, é um equivoco. Para os vinhos de média guarda a serem tomados com 5 a 8 anos de garrafa ou os de longa guarda dez a mais anos, a aeração se torna essencial quando tomados mais cedo. No decanter ou em outro contentor similar, o vinho entra em contato com o oxigênio que provoca uma aceleração de sua maturação, intensifica os aromas da fruta, reduz a tanicidade do vinho, evapora um pouco do alto teor alcoólico (muito comum nos dias de hoje), perde um pouco dos eventuais exageros de madeira tanto nos aromas como sabor e ganha harmonia tornando-se mais macio e menos agressivo.

panorama-decanter

 Decantar um vinho de longa guarda, como um grande Bordeaux ou um Porto Vintage com seus já 15, 20 ou mais anos de garrafa pode, no entanto, ser um enorme perigo. Devido ao tempo de garrafa o vinho já evoluiu e está mais fragilizado, podendo morrer se ficar no decanter por muito tempo. O ideal é decantar somente para eliminar os sedimentos existentes, se quiser porque tem gente que gosta da borra junto, e servir de imediato evitando que o vinho permaneça por muito tempo nesse processo de oxigenação. Nestes casos recomenda-se que se deixe a garrafa na vertical por uma 24 horas antes de servir para que os sedimentos existentes desçam para o fundo da garrafa. Funil com redeUsando-se um funil de inox com redinha, tem o de vidro que eu também uso, verta o vinho lentamente no decanter até que as primeiras borras caiam na redinha e pare. Na garrafa restarão as borras e algum vinho que, eventualmente você poderá filtrar com um filtro de café e usá-lo na preparação de um molho, ou, se o vinho for “daqueles” inesquecíveis e caros que você não queira perder uma única gota, siga vertendo o vinho ainda mais vagarosamente. Algum sedimento ainda passará, mas …… Quanto ao uso do filtro de café, tem gente que o recomenda no lugar do funil com redinha, o que acho um enorme equivoco, já que o filtro de papel reterá também uma série de outros importantes quesitos do vinho como seus aromas, alguma untuosidade e sabores, então sugiro que jamais seja usado como filtro para vinhos.

Um outro aspecto da decantação é onde fazê-lo, tem que se comprar algum decanter caro? Não, na verdade não e, é aqui, que as potenciais frescuras aparecem, especialmente para aqueles com menos controle consumista já que realmente existem modelos com design lindíssimos. Lógico que se tiver a possibilidade, e não são caros, de comprar um especifico para este uso melhor. Precisa ser de vidro ou cristal, límpido, transparente e muito bem limpo o formato é menos importante. Na falta de um decanter especifico, pode usar uma jarra, não tem problemas, no máximo vocês estará agilizando o processo de oxigenação caso ela seja muita aberta na boca. É bonito? Nem tanto, mas quando não dá………, não dá, né? Por outro lado, depois de decantar ou aerar, sempre dá para devolver o vinho á garrafa e servir dela, então se usar uma jarra ninguém vai nem saber! rs Agora, ente R$70,00 a 100 já dá para encontrar um que não faça feio então, assim como com taças, também não vamos exagerar na economia, certo?

Por quanto tempo e quando decantar? Bem, aí varia muito de vinho para vinho e a minha opinião é, quando você não conhecer o vinho, sempre servir um pouco direto da garrafa algumas horas antes para provar e sentir se o vinho está muito duro e tânico até porque os vinhos mudam com a idade e aquele vinho “power” no seu segundo ano de vida pode já estar mais pronto aos oito! Muitas vezes, só na taça ele já abre um pouco e melhora, então provar um tempinho antes é essencial. Se ainda estiver fechado do aí uns 40 minutos a uma hora devem dar, eventualmente uns 90 minutos para os mais duros, porém disso nasce um outro problema, a temperatura que vai pró brejo. O vinho que veio da adega a 16 ou 18 graus, após 40 minutos ou mais, estará à temperatura ambiente o que quer dizer, dependendo de onde você esteja e da época do ano, algo próximo a 25 ou 30 graus o que o tornará intragável! Para evitar que isso ocorra, a dica é comprar um decanter que tenha em sua base um porta gelo, um decanter de fundo côncavo e um ninho de gelo sob a base, alguns exemplos podem ser vistos na imagem acima (fotos 1 e 2). São peças mais caras, mas têm lá seu charme e são eficazes, porém sempre se pode usar a criatividade usando um prato de sopa, desses de vidro transparente para não ficar muito feio nem chamar muito a atenção, com algumas pedras de gelo, mas sem que o decanter fico apoiado sobre elas. Desta forma, ele recebe somente o contato do ar gelado por baixo ajudando a mantê-lo à temperatura mais próximo do desejado e você pode ir dosando essa exposição. (clique na imagem para ampliá-la).

Clipboard Decantando vinhos

Por último ficam duas perguntas, que vinhos não decantar e se os brancos também se decantam? Bem, a recomendação é que somente os vinhos mais tânicos e duros devam passar pelo decanter já que vinhos mais delicados e de grande complexidade aromática, como um Pinot Noir da Borgonha ou um Cru de Beaujolais por exemplo,  salvo alguns especiais, podem perder toda a sua exuberância no processo. Quanto aos brancos, pessoalmente nunca experimentei, mas, a rigor, nada ganham a não ser talvez alguns grandes vinhos de maior corpo e idade como alguns Chateauneuf-du-Pape ou Condrieu.  O Champagne e espumantes, nem pensar, apesar da recomendação de alguns críticos, a alma deste vinho está em seu perlage, nas suas borbulhas, decante e você perde tudo isso, não faz sentido, pelo menos para mim!

Ferramentas de trabalho? rsrs Simples, um kit básico formado por; funil de inox com rede ou de vidro, decanter (jarra) e um pedestal para secá-lo depois de lavar, como na foto 3 da imagem acima com os diversos tipos de decanter e, óbviamente, um bom vinho!

Salute e Kanimambo.

Salvar

Desafio de Vinhos

novidade

Esta é mais uma seção que estréio agora em Março com o “Desafio Torrontés”. Neste desafio, um painel composto de 6 a 8 vinhos sob um mesmo tema, preferencialmente da mesma safra e de faixa de preços similares (dentro das minhas já conhecidas faixas de Tomei e Recomendo), serão avaliados por um grupo de pessoas escolhidas a dedo (máximo 12), entre lojistas parceiros, colegas blogueiros, restauranteurs, enófilos, degustadores, sommeliers, colunistas e pesquisadores, enfim, um punhado de gente experiente nos caldos de baco. Nada de grandes críticos, somente gente que lida com o vinho, enófilos e apreciadores de vinho em geral. Uns com um pouco mais de experiência, outros menos, mas todos sem qualquer vinculo profissional com os vinhos e seus doadores ou seja, sem ter qualquer compromisso com nada a não ser com o vinho na taça e o seu prazer, um perfil do consumidor brasileiro. Aliás, incrível como tenho visto vinhos bem cotados pelos grandes críticos nacionais e internacionais, terem notas bem baixas na avaliação dos enófilos! O porquê disso, creio, é que a análise técnica deixa de lado o mais importante do vinho, o lado sensorial, deixando-se de considerar o prazer que esse vinho provoca na boca. Nestes “Desafios”, procuraremos, dentro do possível, dar maior ênfase à satisfação de cada um, sem deixar de lado aspectos práticos e técnicos. Neste caso, para evitar quaisquer influências externas, a degustação será sempre às cegas o que é melhor ainda e extremamente entusiasmante para quem participa, pois garrafa a garrafa, vai aumentando a expectativa sobre o que se tomou.

Como sabem, me recuso a dar notas ao vinho, mas neste caso será impossível não fazer isso. Usando uma planilha de degustação, cada participante dará sua nota, eventualmente comentários, e a soma das notas dadas por todos os presentes e dividido pelos numero de participantes, tirando-se a mais alta e a mais baixa para evitar eventuais restrições, será a nota média alcançada pelo vinho. A maior nota média ganha o Desafio, quando então, as garrafas serão descobertas e saberemos o rótulo ganhador. Simples e objetivo sem frescuras, com descontração e alto astral. Vejam o significado dessas notas:

  • Abaixo de 70 pontos – Vinho fraco, ralo, sem qualidade. Vinho a esquecer.
  • 70 a 74 pontos: Vinho médio, que se não encanta também não desencanta e, ao preço certo, até dá conta do recado.
  • 75-79 pontos : Bom vinho que já desperta sensações diferentes
  •  80-84 pontos: Muito bom vinho de boa tipicidade que já lhe desperta a atenção e lhe traz prazer.
  •  85-89 pontos:  Ótimo vinho,  daqueles que já despertam sua curiosidade e comentários na mesa, trazendo grande satisfação.
  •  90-94 pontos: Excelente vinho de primeira linha que já lhe oferece sensações diferenciadas, que marcam seu palato e seu olfato de forma marcante.
  •  95-100 pontos: Vinhos excepcionais, estupendos, grandes e todos os superlativos juntos! Vinhos de exceção e reflexão que marcam a memória e a alma, além do olfato e palato.

Ser o ganhador, por outro lado, não quer dizer que esse vinho seja necessariamente melhor que todos os outros e sim a confirmação de que, nessa noite especifica; esse vinho, dessa garrafa caiu mais no agrado dos participantes da banca de degustadores do Desafio. Como um experiente atleta pode perder um jogo ou uma competição num dia e ganhar em outro, assim são os vinhos e, nossa vinosfera. Certamente que ser o ganhador do Desafio é uma coisa interessante e terá o seu merecido destaque aqui no blog. Pretendo que se realize um por mês e conto com a ajuda de lojistas/restaurantes/wine bars/importadores e produtores para que as mesmas aconteçam de forma regular como programado. A idéia será realizar o evento em locais diferentes e com temas dos mais diversos. Poderemos, eventualmente, ter um convidado especial que será nosso guia da degustação, preferencialmente um sommelier, mas isso ainda depende de muito papo. rsrs.

Na semana que vem, publicarei o resultado do primeiro Desafio, piloto para os outros que virão, o “Desafio Torrontés” realizado na Portal dos Vinhos, quando, aproveitando o tema de Brancos & Rosés do mês, foram provados nove rótulos variando entre R$25 a 50,00 – Fantasia de Mauricio Lorca 06 (Ana Import), Alamos 07 (Mistral), Crios 08 (Cantu/Br Bebidas), Alta Vista Premium 07 (Èpice/Casa Palla), Pisano Cisplatino 08 (Mistral), Santa Julia 07 (Expand), Michel Torino Don David 07 (Bruck/Portal dos Vinhos), Colomé 06 (Decanter) tendo sido incluído, posteriormente, um La Linda 07 (Decanter).

Salute e kanimambo

 

PS. Patrocinadores serão bem-vindos!

Vinhos da Semana – Inicio da Maratona de Aniversário

Decidi abrir minha maratona de bons vinhos, com que me presentearei em meu aniversário, com um agradável almoço em família e seguindo um padrão básico. Um branco para preparar o palato e abrir o apetite, um tinto e algo para acompanhar a sobremesa, um mil folhas muito suave e não muito doce que costumo comprar por aqui perto. Foi um bom começo!

 

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Protos Verdejo 2007 – Já o tinha provado, recomendado sua compra numa promoção que a Kylix tenha feito e entrará no meu ultimo post de Tomei e Recomendo Brancos & Rosés. Um dos vinhos mais inebriantes que tive o prazer de tomar ultimamente. Um branco estupendo, vibrante, brilhante em todos os sentidos. Aromas de frutas tropicais de muito boa intensidade com algo de grama molhada e nuances florais. Na boca é um negócio! Muito saboroso, fresco, balanceado com um final de boca longo em que mostra uma certa mineralidade e algo cítrico, excelente companhia para o carpaccio de salmão que comemos de entrada. Um vinho verdadeiramente sedutor e que, quando se dá conta a garrafa já era! Em dois tudo bem, agora se for tomar com outras pessoas, tenha mais que uma garrafa à mão porque uma taça chama a outra com extrema rapidez! Somente a segunda safra deste vinho e já um verdadeiro blockbuster. Preços variam entre R$43 da oferta da Kylix, que presumo que já tenha acabado, ao preço de lista da Península (Importadora) de R$54,00. I.S.P.   

 

Beaune du Chateau 1er Cru 2003 – Um vinho elaborado por Bouchard Pére & Fils que tem um dos melhores Pinots genéricos de Borgonha. Este é um blend de 14 parcelas 1er cru, viníficados separadamente. Paleta aromática um pouco tímida onde aparece fruta madura e algo tostado, porém sem a intensidade que esperava deste vinho. Na boca é fresco, saboroso, corpo médio, um estilo um pouco austero e comportado com taninos finos e firmes de boa textura, num final de boca agradável e de média persistência. Um bom vinho, (comprei nos Estados Unidos por algo próximo a USD35) que satisfaz, mas não empolga. Acompanhou bem o pepper steak servido e bastante suave na pimenta. Aqui a importação é da Grand Cru, mas não vi este rótulo em seu portfolio. I.S.P.  

 

Oremus Moscatel – O parceiro ideal para a sobremesa. Os espumantes Moscatel Brasileiros são, em sua grande maioria, bastante bons e este me agradou. Não é um blockbuster nem se propõe a isso, porém não é muito doce e a acidez está bem dosada o que lhe permite um certo equilíbrio na boca e ótimo frescor. Bem aromático, suave, fácil de beber, com seus 7.5% de teor alcoólico, bem geladinho neste verão, que agora veio com calor bravo, e com sobremesas como esta ou salada de frutas com sorvete ou, ainda, como aperitivo. Bastante interessante e por cerca de R$19,00 no mercado, é uma opção de vinho para sobremesa que certamente agradará e não cria nenhum rombo no bolso. Produção é da Fantes Bebidas na Serra Gaúcha. I.S.P. $  

        

          Decididamente este Protos Verdejo foi o vinho do dia, aquele que todos ficamos comentando o resto do dia e um vinho que recomendo aos amigos tomar. Perfeito para este verão e a qualquer momento, gamei! Mais da maratona conforme for dando tempo.

Salute e kanimambo.

Mais um Pouco Desse ” Maledetto” Selo Fiscal no Vinho

             Interessante saber alguns dados mais sobre este assunto que nos afetará diretamente. Contrariamente ao que a Câmara Setorial da Viticultura, Vinhos e Derivados tenta divulgar, não ocorreu uma votação maciça a favor da resolução (veja o que aprovaram aqui), muito pelo contrário. A noticia divulgada aos quatro cantos dizia que havia treze votos a favor e dois contrários, não por acaso dos que representavam os importadores. A real votação, aparentemente, se deu desta forma:

  9 votos favoráveis ao selo COM condições.

  6 votos favoráveis ao selo SEM condições.

  6 abstenções.

  2 contra. ( ABBA e ABRABE)

Por outro lado, de acordo com Ciro Lilla (Mistral) ao blog do Didu, “ na votação da Câmara, a maioria dos que votaram a favor da selagem não tinha lido a Instrução Normativa 504, de 2005, que regula a selagem em seus mais de 70 artigos”. Parece piada, mas não é! Primeiramente que nos dias de hoje a burrocracia de plantão ainda consiga estabelecer uma instrução normativa com 70 artigos e, do outro lado, gente que vota em algo sem conhecer os detalhes que, obviamente, terão impacto direto sob suas próprias operações.

         Já me falaram, em off, que parece que estou defendendo os importadores e nada poderia estar mais errado. Nem importadores nem os produtores nacionais, minha bandeira é o do consumidor, eu e você! O lema deste blog sempre foi Melhores Vinhos por Melhores Preços e esta aberração que estão inventando é absolutamente contrária a este principio. Aliás, tomei posição sobre o assunto já faz um tempinho e acho que tudo isto nada mais é do que um ato protecionista da ineficiência disfarçado de defesa da legalidade contra o contrabando e falsificação. Mais um ato típico da cultura tupiniquim que prefere tapar o sol da peneira, muito mais fácil, do que realmente trabalhar e suar por soluções estruturadas e definitivas visando algo duradouro com projetos de médio e longo prazo factíveis de serem implantados.

Cadê a grande imprensa e seus escolados jornalistas especializados?! Não basta relatar noticia enviada pelos assessores de imprensa, (canso de ver textos meramente copiados e colados sem sequer uma mudança de virgula) há que se sair de cima do muro, tomar posição e emitir opinião em alguns momentos, este é um deles, antes que o estrago seja feito e nós tenhamos que pagar a conta de mais este descalabro. Quer se manter atualizado e saber mais sobre o que anda acontecendo, digite “selo fiscal” no espaço á direita no topo da página e clique em search para ver outros posts sobre o assunto e dê uma passada no blog do Didu (link aqui do lado) que tem conseguido obter mais informações de fontes sérias e idôneas assim como a manifestação de alguns conceituados profissionais do setor.

Para finalizar, uma frase de Tomas Jefferson: “Sobretaxar o vinho como uma taxa sobre o luxo é, ao contrário, uma taxa sobre a saúde de nossos cidadãos.”

Noticias do Mundo do Vinho

wine-globe-23Ibravin – A venda de vinhos espumantes produzidos no Rio Grande do Sul somou 9,46 milhões de litros em 2008, um aumento de 10,5% na comparação com 2007, quando foram comercializados 8,56 milhões de litros. O resultado foi divulgado no domingo (15/02), em Bento Gonçalves, pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), no encerramento do Projeto Imagem, que trouxe 150 jornalistas, sommeliers, compradores e formadores de opinião do Brasil e do exterior. O balanço de vendas de 2008 tem base nos dados obtidos junto ao Cadastro Vinícola, projeto mantido pelo Instituto em colaboração com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre os espumantes, 7,56 milhões de litros foram do tipo brut e démi-sec (um acréscimo de 8% em relação a 2007) e 1,89 milhões de litros de moscatéis (20% a mais do que no ano anterior).

São Paulo foi o principal mercado consumidor dos espumantes elaborados no Rio Grande do Sul – dono de cerca de 90% da produção brasileira –, com a compra de 3 milhões de litros. Os gaúchos consumiram 2,5 milhões de litros. Destino de 1,1 milhão de litros, o Rio de Janeiro fica em terceiro lugar. Em seguida aparecem Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Bahia. Outros 20 estados adquiriram as borbulhas feitas no RS. “O crescimento constante na venda de espumantes é resultado da evolução qualitativa dos produtos reconhecida pelos consumidores”, explica o diretor-executivo do Ibravin, Carlos Paviani. “O acréscimo de 20% na comercialização de moscatéis é um sinal de que esta tendência de aumento no consumo da bebida deve ter continuidade e até beneficiar os vinhos brancos e tintos”, avalia, acrescentando que “os moscatéis costumam ser a porta de entrada para espumantes secos e vinhos brancos e tintos”.

O que só vem provar que quando o produto é bom, o preço é correto e o trabalho comercial adequado, não existem problemas com os importados, com impostos excessivos e eventuais contrabandos. Para quê selo fiscal?! Dá para pensar, não?

 

 

Nova Zelândia – Como Eduardo Chadwick no Berlin Tasting e o Julgamento de Paris antes dele, produtores da Nova Zelândia desafiaram os todos poderosos vinhos de Bordeaux numa degustação às cegas em Londres, faz alguns dias. De 12 garrafas colocadas à prova numa degustação às cegas, metade eram de Bordeaux e metade da Nova Zelância con ênfase nos vinhos da Gimblett Gravels que, conseguiu colocar dois rótulos de valor abaixo de 25 libras esterlinas entre os top seis, vinhos franceses que custam fácilmente 10 vezes o preço. Destes, o Sacred Hills logrou estar na frente de um desses todo poderosos, o Haut-Brion, entre outros, resultado para se tirar o chapéu. No júri, gente do calibre de Jancis Robinson e Oz Clarke entre outros.

 

Os top seis:

Château Lafite-Rothschild 2005, Pauillac

Château Mouton-Rothschild 2005, Pauillac

Château Angélus 2005, St-Emilion

Sacred Hill Helmsman 2006, Gimblett Gravels

Château Haut-Brion 2005, Pessac-Léognan

Newton Forrest Cornerstone 2006, Gimblett Gravels

 

Outros vinhos da prova.

Craggy Range The Quarry 2006

Mills Reef Elspeth Cabernet Sauvignon 2006

Trinity Hill The Gimblett 2006

Villa Maria Reserve Cabernet Merlot 2006

Château Cos d’Estournel

Vieux Château Certan

Fonte: Decanter Magazine

 

Pizzato – feliz de ver que o Merlot Reserva 2005, um dos meus Melhores de 2008 entre R$30 e 50,00, uma das grandes compras do mercado na atualidade, segue colhendo prêmios tendo conquistado o título de vinho “Brasileiro do Ano” pela revista Gula, uma das mais conceituadas publicações na área de gastronomia e enologia. A recente Gula Edição Especial de Vinhos publica uma seleção com 222 melhores vinhos do ano, escolhidos pelos degustadores da revista, muitos dos quais analisados nas provas mensais durante o ano de 2008. A vinícola da família Pizzato está completando dez anos de mercado e consolida um trabalho sério e consistente, a começar pelo cuidado no vinhedo. Desde o início se destacou pela qualidade de seu Merlot, pois chamou a atenção de todos com o inesquecível tinto da safra 1999. Importante também, o fato da vinícola se posicionar muito bem no mercado com preços justos e buscar experimentar com novas cepas como a Egiodola e a Alicante Boushet.

Premiado com a medalha de Ouro no IV Concurso Internacional de Vinhos, o Pizzato Reserva Merlot 2005 também foi eleito pelo 9º ano consecutivo como melhor vinho ou melhor custo-benefício dos tintos brasileiros pelo jornal Valor Econômico. Por volta de R$30 a 35,00 é realmente um dos grandes achados no mercado.

 

herdade-dos-pinheiros-1Herdade do Pinheiro – Este produtor Alentejano produz ótimos vinhos e sou um fã deles. Lamentavelmente seus representantes aqui não são muito ativos sendo difícil encontrar seus produtos que são um pouco desconhecidos do publico consumidor brasileiro. Sempre que ia a Portugal comprava umas garrafas e lembro-me do bom tinto e do excelente reserva deles, do incrível rosé e de ter degustadado as primeiras provas de uns vinho maravilhoso, ainda por engarrafar; o Homenagem, vinho premium do qual trouxeram somente algumas poucas garrafas sem rotulagem à Expovinis de 2007. É com felicidade que vejo o ” Homenagem a António Silvestre Ferreira – Colheita Seleccionada 2004″, aparecendo como um dos melhores da Região Alentejo, pela Revista de Vinhos na cerimônia “Os melhores de 2008”. Justo reconhecimento ao trabalho dos irmãos Ana Bicó e Miguel Ferreira que levam adiante o legado de seu avô, Antonio Silvestre Ferreira.

         Mas tem mais, veja a as ultimas premiações que esta simpática vinícola colheu com seus saborosos vinhos.

  •  XVI CONCURSO “OS MELHORES VINHOS DO ALENTEJO“ 2008 – Talha de Prata – “Herdade do Pinheiro Branco 2007.
  • VINITALY 2008,VERONA Março de 2008 –  Gran Menzione (CategoriaVini Bianchi) – “Herdade do Pinheiro Branco 2007”
  • 8TH WINE INTERNATIONAL COMPETITION BACCHUS Março/2008 – Madrid“Herdade do Pinheiro Reserva Tinto 2003”.

Por sinal, este ultimo (Reserva 2003) eu conheço e é um dos belos vinhos produzidos hoje no Alentejo, de muito boa relação Qualidade x Preço x Prazer. Vinho para se procurar quando de viagem por terras Lusas!

 

 

Zuccardi – Este inovador produtor Mendocino está sempre buscando coisas novas e atividades de marketing diferenciadas. Seja disponibilizando seus vinhos na McDonald Argentina, seja com suas sacadas de enoturismo com carros antigos e agora numa ação inusitada em conjunto com a Freddo que, para quem conhece, é a principal rede de sorvetes na Argentina. Juntos lançara o sorvete Malamado  e o Pomelo y Torrontés;.

Malamado, surge de fina combinación de frambuesas y arándanos con el exclusivo MALAMADO Malbec de la bodega, el cual es primer vino fortificado argentino. De esta manera, se obtiene un gusto intenso y complejo, tanto en su color como en su sabor, debido al notable maridaje de estos frutos rojos con un vino de alto contenido de azúcar y alcohol, que ha reposado en barricas de roble francés durante más de dos años.

Pomelo y Torrontés, es el resultado de la combinación entre pomelo rosado cuidadosamente seleccionado y la frescura del vino Santa Julia Torrontés. El maridaje entre ambos es ideal, ya que esta fruta se encuentra entre los descriptores de sabor más destacados de este vino, elaborado a partir de uvas procedentes de las regiones mendocinas de Maipú y Santa Rosa. Otros descriptores de este vino son su aroma a rosas, cáscara de naranja, durazno blanco y algo de hierbas aromáticas.

 

Esporão – Vinícola do ano pela Revista de Vinhos, está desde 1985 no Alentejo produzindo vinhos de grande qualidade desde sua gama de entrada com o Monte Velho até seu vinho mais conceituado. São 600 hectares de vinhas aos quais se unem agora mais 60 de uma nova propriedade adquirida no Douro de onde também serão extraídos azeites de primeira. É, efetivamente, a consolidação de uma marca que honra a vitivinícultura de Portugal.

 

Perini – Vinícola em ascensão e jovem apesar de seus 130 anos de história, foi a partir de 1970 que o empreendimento começou seu processo de reformulação que resulta hoje num total de 92 hectares de vinhedos divididos entre 12 hectares em Garibaldi e 80 hectares em Farroupilha. Apostam em variedades como a uva Marselan, proveniente de uma casta nobre de origem francesa e resultante do cruzamento das uvas Cabernet Sauvignon e Grenache Noir, que se adaptou muito bem ao terroir da Serra Gaúcha e ao paladar brasileiro tendo, por este motivo, havido um acréscimo de 20% em seu plantio nesta safra. O Marselan da safra 2007 da vinícola foi agraciado em avaliação nacional da ABE como o mais representativo de sua variedade.

“A Vinícola Perini mantém sua aposta no Marselan e está confiante nos resultados deste varietal exótico, estimando um acréscimo de 20% em sua produção na safra 2009, já que o vinho adaptou-se muito bem ao paladar brasileiro e, principalmente ao gaúcho, já que é acompanhamento ideal para o churrasco”, acrescenta Benildo Perini, diretor da Vinícola.

 Aguardemos a chegada nas prateleiras para conferir.

Salute e kanimambo.