Garimpando Itália

        Venho tentando tirar o atraso na minha litragem de vinhos italianos, falha em 2009, e devagarinho vou chegando lá. Estes são alguns que me agradaram bastante e que agora compartilho com vocês. Tinha publicado este post na Sexta, mas devido a falhas na internet (fiquei sem sinal no meio) tinha saído só parcialmente, então tomei a liberdade de o apagar e repostar hoje. Eis cinco rótulos de que gostei e que acho possuem uma relação custo x beneficio bastante interessante.

Comecemos por esta variação de Sangiovese de regiões produtoras diferentes; Toscana, Umbria e Marche com preços variando entre R$56 e 68,00.

  • Poggio Bertaio Stucchio da região da Umbria, o mais surpreendente dos vinhos provados. Vibrante, boa intensidade aromática com presença de fruta madura e algo de baunilha, na boca mostra-se com bom volume, taninos finos e aveludados, muito equilibrado, com um final de boa persistência e algo especiado. Um belo vinho que satisfaz sobremaneira e quando penso nele penso também num belo filé à parmeggiana, será?
  • Garofoli Montereale Rosso da região de Marche é o mais jovial e descompromissado dos três vinhos. Saboroso, taninos suaves e macios, boa acidez e fácil de agradar, me pareceu  uma ótima companhia para pizza, hamburger e carnes grelhadas sem temperos fortes.
  • Palagetto Chianti Colli Senesi, ó único que não é 100% Sangiovese, levando uma pitada de Colorino e Merlot. Foi o vinho que se mostrou com maior estrutura de boca, porém sem perder a elegância possuindo taninos de qualidade e aveludados. Apresenta  já alguma complexidade tanto aromática como de sabores adicionando á fruta, algo de cacau, café e nuances terrosas. Boa acidez, característica de um bom chianti, bem balanceado é um chianti que agrada bastante e apresenta um bom preço pelo prazer que entrega. Só faltou uma bela pasta com molho ao sugo ou porpeta !

                    

e vinhos da região do Veneto de um produtor muito especial, Tedeschi. Muita qualidade de uma DOC italiana nem sempre bem compreendida gerando muita coisa boa mas também alguns caldos de muita baixa qualidade que denigrem o nome Valolicella. Não é o caso aqui! Estamos diante de um grande produtor com vinhos muito agradáveis  que tive o prazer de provar na companhia dos amigos da Vinea.

              Tedeschi é sinônimo de qualidade no Vêneto onde a família produz vinhos desde 1824. Seus Amarones são grandes vinhos, mas a qualidade impera desde o mais básico Valpolicella provado, neste caso o Classico Superiore 2006. Mais uma bela tacada da Vinea que só vem enobrecer, mais ainda, seu bom portfólio. Neste encontro, no entanto, dois vinhos tiveram forte impacto sobre mim não só por sua riqueza, mas também pelo preço que é um fator importante a ser considerado e avaliado.

Capitel dei Nicalo Appassimento Breve Valpolicella 2005, um vinho intermediário entre o Valpolicella Superiore e o Superiore Ripasso blend de Corvina, Corvinone e Rondinella, levando ainda 10% de um mix de Rossignola, Oseleta, Negrara e Dindarella todas uvas autóctones da região. Enche a boca de prazer por cerca de R$89,00 sendo rico, pleno de sabor, bom volume de boca, taninos redondos e sedosos, gastronômico e balanceado com boa persistência. A meu ver, a melhor relação Qualidade x Preço x Prazer desta degustação.

Capitel San Rocco Classico Superiore Ripasso 2005. Gosto muito dos vinhos elaborados pelo método Ripasso (uso do resto das borras do Amarone ou adição de uvas parcialmente secas ao sol numa segunda fermentação dando-lhe mais cor e estrutura) que são mais palatáveis e fáceis de beber do que os Amarones e a um preço que cabe no bolso sem provocar grandes rombos. Sem contar que não há a necessidade de esperar um tempão olhando o vinho decantar para depois o tomarmos. rs. Bem, falemos deste bom Ripasso, o vinho que mais me entusiasmou desta leva de bons rótulos trazidos pela Vinea. Taninos macios e doces, fruta madura compotada, taninos muito finos e perfeitamente balanceados com uma acidez perfeita, rico em sabores, complexo e guloso formando um conjunto que encanta e satisfaz por um preço justo, R$113,00. Gamei!

Salute e kanimambo

O Retorno do Breno – Aula de Bordeaux

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O amigo leitor Ricardo Brito cobrou e eu fui atrás do Breno. Sim, faz tempo que ele sumiu daqui do blog, mas agora retornará, também aos Sábados, a principio uma vez por mês com o relato de algumas aulas/degustação que ele está promovendo, mas não só, já que o espaço está aberto para o que lhe der na telha. Por falar em “dar na telha”, sumi com o post de ontem “garimpando Itália’ pois devido a problemas com a internet e ausência de sinal do speedy, a matéria ficou pela metade sem comentários e outras informações. Semana que vem publico de novo, sorry.

23 de agosto – A aula vai começar em pouco menos de uma hora. São 7 alunos e confesso um certo nervosismo na experiência, por ser ela – quem sabe – a mais difícil que já tive. Quanta ousadia a minha, propor 5 encontros, um a cada terceira segunda-feira do mês, sempre com vinhos Bordeaux, sempre 4 de cada vez.

                No primeiro encontro o lado alto do Médoc; no segundo o sudeste com Saint Emilion, Lalande e Pomerol; no terceiro o lado Graves da região; no quarto juntar o que ficou muito mancante e finalizar com um quinto encontro que reúna o melhor de tudo que se viu nos anteriores. Não me deixa nervoso os novos e muito menos os velhos alunos. Não me assusta o serviço e a harmonização, estes itens estão nas bravas e experientes mãos do Alencar do Santo Colomba, um cara que passou a vida harmonizando sua origem pobre com a vontade de aprender, equilibrando a ambição de melhorar na vida, com a memória malufiana, o talento e a picardia.

               Assusta Bordeaux, que é a região que mais produz disparidades em todo o mundo. Me pelo de medo com esta grandiosidade que constrói uma pirâmide de vinhos cruel, onde no topo fica o Olimpo – absolutamente inatingível – no centro apenas a média e na base, vinhos abaixo disso. Em outras palavras, Bordeaux é sinônimo de expectativa, portanto, passível de frustração. Ícone máximo do vinho, origem do mercado mundial, objeto de desejo de todo bon vivant do Século das Luzes, mantém-se no topo da mente até hoje, vive num misto de qualidades e imagem, que não mais impressiona como costumava impressionar, já que esta geração atual de bebedores de vinho entra no mundo do vinho pela porta do sabor muito mais adocicado, típico das degustações, sem compromisso com a gastronomia e normalmente produzido no Novo Mundo.

             Assusta o meu plano de trabalho: vinhos acessíveis (?!), na faixa dos R$200,00 por garrafa. Se fossem vinhos de R$2000,00 estaria bem mais tranqüilo (ehehehe). Explico para quem precisa explicação – Para Bordeaux, vinhos que custam este preço no Brasil R$200,00 estão um pouco além do mata-burro regional. Os grandes campeões custam dezenas de vezes mais do que os R$200,00, enquanto que os segundos vinhos das grandes casas (Chateaux) e as classificações abaixo chegam muitas e muitas vezes acima deste valor. Cito como exemplo ao acaso > um Chateau Ausone St Emilion, o grande cru da região – o único que rivaliza com o Cheval Blanc – custa a partir de 500E no negociante da região. Seu segundo vinho sai em torno de 200E e o seu terceiro sai a partir de algo em torno dos 85E. Estes 85E, traduzidos para o consumidor brasileiro, significa algo como R$1200,00 na loja. Portanto, um vinho de R$200,00 custa 6 vezes menos do que o terceiro vinho Ausone, que custa 3 vezes menos do que o segundo vinho da casa, que, por sua vez, custa 2 a 3 vezes menos do que o grande ícone!

              Como nos sairemos? Teoricamente, escolhi vinhos por este preço porque já atingem tudo da tradição técnica dos grandes e podem desempenhar papel relevante, surpreender representar dignamente sua região. Alguns deles apenas barateiam o processo naquilo que não me parece fundamental no resultado final, como, por exemplo, o descanso que se dá a determinados produtos em barris de aço, depois dos 18 meses em madeira de primeiro uso, no lugar do estágio em garrafa usual.

24 de agosto – Acordei mais tranqüilo. A minha parte foi boa, medianamente clara e ilustrativa (até onde dá para ser numa aula/jantar), com um mimo em forma de um espumante de boas-vindas (o belo Bulle nº1 rosé), com tabelas de safra, com preços de vinhos da região, com mapas de localização, com fichas técnicas de cada um dos produtos. A comida e o serviço do Alencar e a gentileza (arrematou o jantar servindo um Porto Vintage 20 anos) estavam no nível esperado, por mais que o ponto do sal do molho do cordeiro sobressaiu-se e se fez sentir, ao contrário da polenta de escargot que estava corretíssima.

             Para meu alívio e gáudio da torcida, os vinhos também se saíram bem:–

O primeiro deles não tanto, apesar do bom começo. Foi o Saint Julien Peymartin (importado pela Decanter), segundo vinho do Chateau Glória, do domaine Henry Martin. Apesar da confusão que esta cadeia proprietária produz na gente que não conhece todos estes nomes – pois já dá um nó no raciocínio pensar que se trata de um segundo vinho de um outro (???) que, por sua vez, pertence a um grupo muito maior e significativo – do ponto de vista da concentração de capital tudo é claro, nada é novo ou surpreendente. É mais ou menos como o Dodge que pertence a GM, do mesmo jeito que o Chevrolet, que tem na linha o Meriva, o Vectra, o Corsa etc. Foi muito bem enquanto esteve sozinho na mesa, mas abertas as outras garrafas não resistiu à confrontação. Perdeu para os dois Margaux e para o Paulliac nos quesitos potência, complexidade e majestade. E ficou atrás também no domínio dos taninos e na permanência. Ou seja, quem perdeu não foi o vinho, mas o professor que o colocou numa comparação desigual, apesar do cuidado de comprar garrafas do mesmo preço. Aceito minha parte da responsabilidade, no entanto, acreditei que se sairia bem do mesmo jeito que já vi o Chateau Beaucaillou – o mais forte representante Saint Julien – sair-se bem quando confrontado não importa contra quem!

               Os outros vinhos, Colombier Monpelou, Bouquet de Montbrison e Cordieu Margaux disputaram palmo a palmo a preferência dos participantes. No fim o Cordier ficou com 3 dos 7 votos, enquanto que o Monpelou arrebatou os outros 4. O Bouquet de Montbrison foi igualmente bem avaliado, mas ao perder na comparação do seu colega de região, ficou na semi-final contra o campeão de todas as etapas, o Colombier Monpelou, um vinho que – entre outras boas referências – aparece como líder em vendas por internet de Grand Crus franceses em Portugal.

Entre mortos e feridos todos se viraram muito bem! Veremos como será o nosso próximo capítulo, aguardem!

Mais um texto do amigo e colaborador, agora com participação quinzenal aos sábados, Breno Raigorodsky; 59, filósofo, publicitário, cronista, gourmet, juiz de vinho internacional e sommelier pela FISAR. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado

Paulo Lara, Pintando Vinho e Otras Cositas Más.

             Não, ele não produz vinhos nem os comercializa, hoje o papo entra em outra esfera, a das artes. Neste mundos dos vinhos, há vezes em que nos deparamos com algumas pessoas incríveis. Às vezes simplesmente os admiramos de longe, com outros desenvolvemos amizades, outros viram compadres de farra compartilhando emoções, outros nos surpreendem por seus gestos de grandeza e volta e meia pinta algo de novo no pedaço como uma lufada de ar fresco. Foi assim, meio sem querer e através do blog, mais precisamente de um post que fiz sobre o uso do Decanter, que descobri Paulo Laura, artista plástico e amante das coisas de Baco, mas não só. Natural de Itu, Paulo desde cedo vê as coisas de forma e com formas diferentes, retratando-as em telas num estilo bem peculiar. Bem, mas porquê falar se posso mostrar.

 

         Não sei vocês, mas eu gostei muito do trabalho dele e espero que ele aceite meu convite para expor seus quadros, quem sabe alguém se anima e também compra uma de suas telas, na inauguração da Vino & Sapore. Independente disso, para os amigos amantes das artes, sugiro uma viagem por seu site e pinturas. Clique aqui e curta um pouco mais desse visual diferenciado.

Salute e kanimambo, amanhã falo de vinhos!

Ps. Nova categoria, ARTES, com links interessantes para você viajar.

Garimpando para a Vino & Sapore

           Se pensar bem, faz um tempão que faço isso, mesmo antes de pensar em ter uma loja especializada em vinhos, cafés e produtos gourmet, garimpo sempre esteve presente em minhas viagens pelos caminhos de Baco. Inconscientemente, mas hoje fica claro que a litragem obtida neste período em que venho escrevendo para jornais e revistas afora meu blog, resultam no portfólio da Vino & Sapore. Certamente nem tudo o que gostaria de lá ter estará presente, mas a grande maioria dos rótulos provados que mostraram uma boa relação Qualidade x Preço x Prazer lá estarão. Na linha de produtos gourmet, no entanto, a busca foi mais recente e focada na excelência assim como, se possível, na disponibilidade restrita ou seja, produtos que não se encontram em toda e qualquer esquina sem que com isso se tornem produtos elitizados. Tenho provado muitas coisas, algumas como esta linha de produtos, gostaria de colocar no portfólio, porém ainda não cheguei num acordo comercial com eles. Mesmo que isto não venha a ocorrer, nada impede que eu faça aqui a minha indicação aos amigos já que os produtos são de prima!

              A empresa chama-se Bazzar e originou-se de um projeto gastronômico no Rio de Janeiro. Com a assídua solicitação de seus cliente para eventualmente levar para casa potes dos saborosos molhos elaborados pelo restaurante, nasceu esta linha de produtos que tive o privilégio de provar. São diversos molhos e uma linha de coberturas para doces e sorvetes, absolutamente divinos. Quem é visita assídua aqui no blog já sabe, quando algo me empolga eu solto meu arsenal de adjetivos, e não é diferente com estes produtos. Não são baratos, mas o preço faz jus à qualidade dos produtos que são deliciosos e muito bem elaborados com matérias primas de grande qualidade. Seu molho de curry é excepcional, suas mostardas elaboradas com as melhores matérias primas importadas são plenas de sabor porém possuem uma sutileza que surpreende. Gamei no delicado molho de damasco elaborado com fruta importada da Turquia, delicioso sobre pedaços de queijo brie em bolachas crackers da Carr’s inglesa (chique no úrtimo!) enfim, uma linha de molhos (para Carpaccio, Barbeque, etc..)  para ninguém botar defeito.

 

          Suas coberturas são um caso á parte. A de chocolate é densa, a de framboesa no ponto certo com aquele toque azedinho característico da fruta que demonstra que ali não existe mistura de amoras, o de café com chocolate é “exquisite” como diriam os ingleses e a calda de chocolate que você esquenta no micro se transformando num incrível fondue de chocolate é tudo de bom. Mas existem outros tipos também muito gostosos e aqui vai a dica gastronômica do dia, deu de frente com estas delicias não hesite, pode comprar pois os produtos são realmente especiais e um dos meus achados nessa viagem gastronômica por mares nunca dantes navegados. Quem sabe eu consigo finalizar algo com eles?!

Salute e kanimambo

Dicas da Semana

Restaurant Week Chega na sua Sétima Edição a São Paulo, e abro espaço para minha amiga Denise Cavalcante dar seu recado, até porque também sou beneficiário desse evento, ao fim e ao cabo gosto da boa gastronomia e esta é uma ótima forma de conhecer cozinhas de grande gabarito por preços que cabem no meu bolso. Nesta edição o São Paulo Restaurant Week explora o tema da cozinha Vegetariana e oferece a Pré-semana Master Card.

          A edição deste ano traz uma alegria a mais para os adeptos da culinária vegetariana. As casas foram desafiadas a oferecer ao menos um prato principal sem carnes ou peixes. Vale lembrar que cada restaurante pode criar quantas opções de pratos desejar, sugerindo também pratos com carnes, peixes e camarões, que sempre faz muito sucesso no evento.

          Entre as casas que aderiram ao desafio e criaram sua opção vegetariana estão o Açafrão da Terra, com o Enrolado de berinjela (recheio de ricota, mussarela de búfala e manjericão), o Emprestado com o Risoto da Maira (abóbora, castanhas de caju e shimeji puxado no limão e shoyu) ou o Hitam com o Arroz Thai Veggie – risoto feito com arroz tailandês, palmito pupunha, curry, abobrinha, palmito pupunha, uva, damasco, com ghee. A estrelada Chef Bel Coelho, do Dui, criou o Penne ao molho de queijo Saint Agur e até uma casa especializada em carnes, como o Beef and Chips sugere o prato Duo Risoto de Brie com Damasco e Endívias Grelhadas. Além destes, oferecem sugestões criativas o D`Olivino, Eau French Grill, Fillipa, o Govinda com Navratna Korma – oito tipos de vegetais e panner ao creme de curry e castanha de caju, o Kinu de cozinha japonesa, o Mabella Steak House entre outros.

         Outra novidade desta edição é a “Pré Semana Restaurant Week Mastercard”, que acontecerá entre os dias 23 e 29 de agosto, na semana que antecede o início oficial do evento. Durante este período os clientes dos cartões de crédito Mastercard Black e Mastercard Platinum poderão realizar reservas e pedir com exclusividade os menus do Restaurant Week nos restaurantes participantes.

        O São Paulo Restaurant Week, a maratona gastronômica já consagrada na capital paulista, chega a sua 7ª edição com grande expectativa do público. O número de participantes nesta edição ficou em 210 restaurantes, incluindo as filiais, sendo que 64 restaurantes participam pela primeira vez do evento. Entre os estreantes estão a casa de carnes especiais BASSI; o ALL SEASONS, sofisticado restaurante do chef suíço Christophe Besse e o DUI da excepcional chef Bel Coelho. O DOMITILA oferecendo até cardápio em braile; o oriental PING PONG; o BISTRÔ CASA DO PORTO;  até a FEIJOADA DA BIA oferecendo outras opções, o JOHNNIE PEPPER; o LA COCAGNE com uma sugestão de bacalhau, é claro; o charmoso LE FRENCH BAZAR; PROVENZA; TIGER e o VITRÔ do chef Fred Frank, entre muitos outros.

         Muitos restaurantes que já fizeram sucesso em outras edições voltam a participar como o Thai Gardens, Obá, Na Cozinha, o EAU French Gril localizado no hotel Hyatt, o Felix Bistrô comandado pelo Chef Alain Uzan na Granja Viana, o Arábia que serve comida árabe da mais alta qualidade; o criativo Hitam que promove comidas fusion entre Tailândia, Índia e Brasil; o Ávila especializado em carnes argentinas. O brasileiríssimo Tordesilhas retorna com sugestões muito originais, o Suez, na Granja Viana, de comida mediterrânea localizado numa região arborizada com uma bela vista para a montanha e volta a participar dessa edição. A casa que fez muito sucesso na edição de março do RW o La Vecchia Cucina, do chef Sergio Arno, continua participando.  O La Marie ataca de lagosta outra vez, sendo um dos mais visitados do evento, o Bistrô Charlô continua apostando no evento assim como o Picchi, Paellas Pepe, o Govinda e muitos outros.

         O formato do evento é o mesmo, com uma pequena alteração no preço do cardápio do almoço. Entrada, prato principal e sobremesa a um preço fixo, igual em todas as casas, por R$ 29 + 1 no almoço e jantar por R$ 39 + 1. Sempre lembrando que couvert, bebidas e 10% não estão inclusos no preço do cardápio e o real acrescido a conta é destinado à fundação Ação Criança. O site – www.restaurantweek.com.br  – apresenta a lista de casas participantes com seus cardápios e horários de funcionamento. Importante observar que os restaurantes podem escolher em que horário querem participar: almoço ou jantar ou nas duas refeições

Viniportugal Realiza Cyty Tasting. Na verdade eu preferiria que os marketeiros de plantão tivessem encontrado um nome mais plausível, mais dentro de nossa realidade lusófina , porém respeitemos e o importante é a ação que acho bem legal. Defensor e divulgador que sou dos vinhos portugueses é com alegria que vejo essa promoção sendo despolarizada  levando “a mensagem” a regiões outras que não só São Paulo e Rio. a ViniPortugal é uma associação interprofissional, sem fins lucrativos, que tem como objetivo a promoção da imagem dos vinhos, aguardentes e vinagres portugueses no mercado interno e nos mercados externos definidos como prioritários – a exemplo do Brasil. A entidade agrupa estruturas associadas e organizações ligadas ao comércio, à produção, cooperativas, destiladores, agricultores nas regiões demarcadas, sendo constante fonte de pesquisa minha através do site com link aqui do lado, nas coisas de Portugal. Dias 24 de Agosto em Recife, 25 em Salvador, 26 no Rio de Janeiro, 31 em Belo Horizonte, 1 de Setembro em Curitiba e finalizando em Florianópolis no dia 2, uma verdadeira maratona!

          Serão jantares harmonizados, antecedidos de palestras ministradas por especialistas em vinhos. Estes eventos são voltados para sommeliers, formadores de opinião, donos de restaurantes e lojas especializadas. O objetivo é mostrar a diversidade e alta qualidade dos produtos portugueses. De acordo com Sónia Fernandes, diretora da ViniPortugal para o Brasil, a entidade aposta no crescimento de 12% das importações de vinhos para o mercado brasileiro. Ela afirma que todas as ações da entidade têm o objetivo de difundir o conhecimento sobre as diversas castas nacionais, as diferentes regiões portuguesas e o investimento em tecnologias enológicas feita pelos produtores de Portugal.

          Os City Tastings de 2010 reunirão os principais produtores das regiões da Madeira, Vinhos Verdes, Douro, Dão, Beiras, Bairrada, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal e Alentejo. São eles: Quinta do Crasto, Herdade do Esporão, Vale d’Algares, Herdade dos Grous, Quinta do Vale D. Maria, António Saramago, Quinta da Chocapalha, Niepoort, Luís Pato, Quinta do Vallado, Quinta do Ameal, Dão Sul, José Maria da Fonseca, Quinta das Bágeiras, Quinta da Gaivosa, Gloria Reynolds, Paulo Laureano, Vinícola de Nelas, Quinta do Monte D’Oiro, Campolargo, Sogrape, Caves Raposeira, Anselmo Mendes, Casal Branco, Duorum, Quinta da Sapeira, Madeira Wine Company.

        As palestras de Recife, Rio de Janeiro e Salvador serão ministradas por Cristiano Van Zeller, um dos Douro Boys (Quinta do Valle D. Maria no Douro). Em Belo Horizonte, o palestrante será o enólogo Gerson Lopes. O presidente da Associação Brasileira de Sommeliers de São Paulo, Gustavo Andrade de Paulo, falará em Curitiba, e o Sommelier Guilherme Correa em Florianópolis.

Destaque Restaurant Week. Tinha ficado de passar este destaque no meu último Dicas da Semana, porém acabou não dando então vai hoje. Aberto há pouco mais de dois anos na Vila Mariana, o Hitam cria novos pratos para brindar seus clientes na próxima edição do SPRW que atrai muita gente para a casa. Especializado em comida estilo fusion, o Hitam (que significa “bem estar” em sânscrito) oferece combinação de sabores das culinárias tailandesa e indiana com toques de brasilidade.

          Como o tema dessa edição do SPRW é a cozinha vegetariana, o Hitam não teve dificuldade em encontrar sugestões apetitosas para agradar esse público, pois a casa já tem diversas ofertas em seu cardápio corrente, já que existem muitos adeptos da culinária vegetariana entre os habitantes da Índia. 

         A sugestão é Arroz Thai Veggie – uma espécie de risoto feito com arroz tailandês, palmito pupunha, curry, abobrinha, palmito pupunha, uva, damasco, com ghee (manteiga clarificada muito usada na Índia) e queijo minas padrão com um toque de leite de coco. Este prato foi criado para o evento e passará a fazer parte do cardápio da casa com variações e sabores como filet mignon de cordeiro, porco e camarão.

       O Hitam oferece duas opções de pratos para os participantes do SPRW além do vegetariano, uma é thai e a outra da Índia. Camarão Thai levemente picante, temperado com curry verde com alho poró, tomate cereja e cenoura ou o Frango Bangalore, receita batizada em homenagem a uma cidade da Índia, feita com leite de coco, berinjela e cebola caramelizada.

         A refeição começa com o Trio de cestinhas crocantes, de massa filo assada com recheios de Shitake com alho poró; camarão com abobora; palmito pupunha ou a opção do Rolinho Primavera Estilo Tailandês recheado com frango, vegetais, vermichelli (macarrão fino feito de moyashi – broto de feijão) e um toque de hortelã com molho doce picante. De sobremesa as sugestões continuam apetitosas: a Samosa doce recheada com nutella e banana ou uma sugestão refrescante e bem menos calórica, Frozen Yogurt com pedacinhos de fruta e calda de frutas vermelhas.

         Não sou de enganar ninguém, então deixo claro que não conheço o lugar, porém me foi bem recomendado e como gosto deste estilo de culinária me despertou a curiosidade e devo passar por lá, mesmo que fora de mão para mim, para conferir. Uma dica que quis compartilhar com os amigos. O Hitam fica na Rua  Áurea, 333, Vila Mariana – SP / Tel. (11) 5082-4589 – para reservas após às 16h. O restaurante participa somente do jantar e durante a semana.

Novo Espaço de Eventos, mais uma dica de espaço a conferir. Bem localizado para quem mora na região da Oeste de São Paulo, me pareceu inclusive, uma ótima opção para eventos de nossa vinosfera.  Espaço Jardim Leopoldina, Doca Mellao e Keiko Kamimura inauguram em agosto o Espaço Jardim Leopoldina, na Vila Leopoldina, em São Paulo. No local, as empresárias buscam suprir as dificuldades encontradas por clientes e fornecedores para festas e eventos. São dois ambientes principais: um salão de 750m², com capacidade para receber até 1.300 convidados, e um jardim de 200m², considerado o grande destaque da casa. “Sentíamos falta de um lugar com um jardim charmoso e bucólico, que pudesse abrigar uma cerimônia religiosa, um coquetel ou qualquer festa maior”, conta Keiko. Doca e Keiko, que já atuavam no mercado de eventos, trouxeram para o Espaço Jardim Leopoldina uma cozinha de 100m², com seis cubas e uma Sala de Flores. “Já fomos fornecedoras e sabemos a falta que faz uma sala assim. Criamos uma área de 20m² especialmente para armazenar, manipular e retocar os arranjos”, explica Doca.

           Outro destaque da casa é a estrutura de iluminação. Pontos fixos e estrategicamente posicionados facilitam a montagem e desmontagem dos focos de luz de acordo com qualquer desenho de evento. Banheiros amplos, sala técnica, chapelaria e sala da noiva com banheiro completo também compõem a estrutura. Outra característica do Espaço Jardim Leopoldina é a flexibilidade dos serviços. O espaço de eventos não restringe a entrada de diferentes fornecedores, como buffet e decoração. Os ambientes também são flexíveis: é possível modificar a estrutura, permitindo que seja realizado um coquetel para apenas 200 pessoas ou uma grande festa para 1.300 convidados.

          O press release recebido mostra uma clara aptidão e foco do local para casamentos, aliás uma ótima dica para as centenas de noivos que perambulam por este blog na busca de dicas de espumantes e vinhos, porém eu acredito que o espaço é muito versátil e poderá acomodar uma série de eventos vinícos. Enfim, fica aqui mais essa dica a conferir e quem quiser mais informações pode entrar no site deles > http://www.espacojardimleopoldina.com.br/.

Deu, por hoje não tem mais nada não. Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

Frei Gigante e Invisível, dois Brancos em Tempo de Tintos

          É, o tempo anda frio e pede um tinto, porém há muito que me deixei levar pelas sutilezas e sedução dos vinhos brancos e não vejo porquê não me aventurar por essas bandas especialmente se a comida assim o indicar. Desta feita dois vinhos lusos, que por aqui ainda não chegaram, bastante diferentes e curiosos.

Começemos pelo Frei Gigante, um vinhos dos Açores (ilha do Pico) que provei na Sisab, mas esta garrafa me foi oferecida pelo meu amigo e solicitador em Portugal, o Sérgio Pinto que esteve nos açores de férias e se lembrou de mim. Bem, os amigos daqui pouco ou nada devem conhecer dos açores, exceção feita aos de Santa Catarina e parte do litoral paranaense onde a colônia é grande. Assim que tenha tempo, se algum amigo leitor quiser contribuir sinta-se á vontade para me enviar matéria que a publicarei com os devidos créditos, farei uma pesquisa para falar um pouco mais dos açores e de seus vinhos. Uma outra coisa muito boa lá da ilha que vale a pena provar e carregar alguns exemplares, são os queijos, deliciosos!

           Este vinho branco é muito interessante, passando por fermentação em barricas americanas e inox, é muito agradável e diferenciado na boca, com uma bela cor palha com laivos dourados cor de mel que pouco aparecem na foto, mas estão lá! rs É untuoso, quase gordo, corpo médio, muito bem balanceado, cremoso no palato com bom volume de boca, frutado, acidez correta, sem excessos, final muito agradável e saboroso algo amendoado com toques de manteiga bem sutil. Um vinho que me surpreendeu muito positivamente, até porque sai fora dos padrões mostrando uma personalidade muito própria.

Já que falei de personalidade própria, eis um outro vinho que se mostra diferente, é um Blanc de noir, ou seja um vinho elaborado com uvas tintas, neste caso aragonês, porém vinificado em branco, no Alentejo! “Exquisite”, seria a melhor palavra para o descrever, mas não consegui traduzir isso para português. É o Quinta da Ervideira Invisível 2009, um vinho realmente diferenciado a começar pela cor que lhe dá o nome, quase transparente com laivos rosa que já nos deixa curiosos na análise visual. No nariz, algo floral e frutas brancas que nos levam a pensar em melão e pêra, algo que se repete no palato onde o equilíbrio predomina com bom volume e um resultado de final de boca levemente adocicado.  Quem sabe uma boa companhia para a bem condimentada comida asiática. Não é um blockbuster, diferentemente do Antão Vaz que produzem, mas é bastante agradável de tomar. Este trouxe da SISAB em Fevereiro, por sinal estou em divida com o pessoal de lá, e era lançamento, tanto que a garrafa nem rótulo tinha.

            Pelo que sei, lamentavelmente nenhum dos dois está disponível no mercado e a Quinta de Ervideira que trabalha o mercado brasileiro com, creio, três diferentes importadores, ainda não conseguiu convencer nenhum a trazer este rótulo. De qualquer forma, se estiver programando uma viagem a Portugal, eis aqui duas dicas interessantes e diferentes para você conferir.

Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos.

Dicas da Semana

              Dicas da semana começa com uma viagem a Tiradentes para um evento que nada tem a ver com vinho, passa pela Restaurant Week em Sampa e algumas cositas más. Desculpem o atraso, mas com a aproximação da abertura da loja, os dias e noites têm estado extremamente curtos.

Em Tiradentes, mais programa para os amigos mineiros, porém quem estiver a fins de algo diferente e tenha um tempinho, eis uma boa oportunidade e desculpa para tirar uns dias na região. Sou do vinho, mas não sou xiita e gosto de tudo o que tem a ver com gastronomia. Cervejas gourmet me atraem, mesmo que não seja um assíduo consumidor. A dica é aproveitar este Festival de Cerveja & Harmonização conforme release recebido da Zênithe.

 

De onde será? Mais uma vez o irrequieto Luiz Otavio inova e coloca uma pulga atrás da orelha dos apreciadores de vinho da região de Piracicaba. Para somente 15 participantes, no próximo dia 26, uma degustação ás cegas em que o objetivo, afora conhecer belos vinhos e curtir uma noite agradável, é descobrir de onde cada um dos seis vinhos provados originou.

Vinhos a serem apresentados:

  •  Neudorf Tom’s Block Pinot Noir 2005-Nova Zelândia-R$ 155,00
  • Catena Alta Malbec 2006- Argentina- R$ 135,00
  •  Château Pesquie Quintessence 2007- França- R$ 90,00
  • Podere Brizio 2003- Itália- R$ 115,00
  • Portia Prima 2005- Espanha- R$ 135,00
  • Quanta Terra Grande Reserva 2007- Portugal- R$ 140,00

APÓS A DEGUSTAÇÃO SERÁ SERVIDO: Pernil de leitoa assada, tudo por R$100, e entre quem adivinhar todas as procedências dos vinhos será sorteada uma garrafa de Podere Brizio. Cá entre nós, duvido que alguém leve! Para maiores detalhes fale com o Luiz >> tel: (019 ) 3424.1583 –  Cel. ( 19 ) 8204.0406 ou pelo e-mail luizotaviol@uol.com.br .

Wine Weekend no Jockey. Não conhecia e recebi a informação deste evento há poucos dias. Neste fim de semana, um programa a ser conferido e depois comentado. Eu não poderei ir, mas se algum dos amigos leitores for, considere-se desde já nomeado repórter por um dia de Falando de Vinhos. Papel e câmera na mão e depois não deixe de me enviar a matéria que postarei.

Mais um bom Wine Dinner no North Grill, desta feita com os vinhos da Viu Manent. Veja a programação abaixo e faça já sua reserva. Os vinhos e carne merecem!

Tem uma dica para provar algo novo neste Restaurant Week, mas as fotos que pedi ainda não chegaram. Como não quis atrasar mais este post, à tarde completo, ok?

Salute e kanimambo

Quimera, um sonho alcançado!

Fazia tempo que minhas garrafas da 2004 piscavam para mim cada vez que abria a adega e me mandavam mensagens telepáticas, me toma, me toma, me toma! Ontem olhei e pensei, porquê fazê-lo, porquê não, ai fui lá e fi-lo, peguei uma garrafa. Antes de falar do vinho, no entanto, vejamos o que diz o, falho mas prestativo, Wikipedia sobre o nome Quimera; “Quimera é uma figura mítica que, apesar de algumas variações, costuma ser apresentada como um ser de cabeça e corpo de leão, além de duas outras cabeças, uma de dragão e outra de cabra. Outras descrições trazem apenas duas cabeças ou até mesmo uma única cabeça de leão, desta vez com corpo de cabra e cauda de serpente, bem como a capacidade de lançar fogo pelas narinas. Graças ao caráter eminentemente fantástico de tal figura mítica, o termo quimerismo e o adjetivo quimérico se referem a algo que não passa de fruto da imaginação, uma ilusão, um sonho.”

             Achaval-Ferrer, Quimera 2004 um sonho perseguido e alcançado, é isso que o vinho é.  Uma enorme fonte de prazer, um nome muito bem escolhido para um vinhaço que busca a perfeição, tanto que não conseguimos nos manter em uma só garrafa tendo consumido duas já que minha cunhada que não gosta de vinhos argentinos, eheh, gamou. Como diria meu amigo mineirinho, “bão demais da conta, sô”!

            Corte de Malbec/Cabernet Sauvignon/Cabernet Franc e Merlot, é  produzido com vinhas velhas de baixa produção o que equivale dizer, neste caso, que para cada garrafa se necessita do fruto de duas plantas. Cor escura, vinho denso e intenso em tudo, na cor, nos aromas e na boca. Encorpado, gordo com taninos finos num final de boca sedoso, longo e reflexivo, um vinho exuberante. Com álcool de 13 a 13.5º, dependendo da safra, muito comportado e bem equilibrado, é um deleite para os sentidos e mostra que os bons vinhos argentinos não necessitam ser só força e potência, a elegância tem lugar nas mãos de quem sabe. Vinho para decantar por volta de 45 minutos ou tomar com o mínimo de 4 a 5 anos da safra para poder desfrutar de todo o seu potencial. Este 2004 com seis anos de idade está no seu apogeu, uma maravilha que seduz os sentidos e ao qual se deve dedicar tempo para apreciar, não é um vinho para se ter pressa para tomar. Quando tomei o 2003, em 2008, tinha dito que que estava uma maravilha mas que dava para esperar mais um ano, ou dois, tranqüilamente, pois este confirma essa minha primeira impressão.

        Ano que vem tomo minhas garrafas de 2006, de uma safra magnífica na Argentina, mas guardarei pelo menos uma para 2012 pois acho que o vinho evoluirá mais ainda. Agora, deste produtor tudo é bom. Do Malbec “básico” ao seu magnífico Mirador, o de 2006 foi um dos melhores vinhos que já tomei, obras de artista que valem cada tostão, se não aos preços de cá, pelo menos nos de lá. Muitos amigos me perguntam o que comprar quando vão à Argentina, então fica aqui minha dica, vinhos da Achaval Ferrer.

       Sei, hoje é dia de Dicas da Semana, mas depois de tanto tempo sem falar de vinho e depois desta soberba experiência de domingo, tinha que falar do Quimera. O Dicas vem amanhã ou Quarta!

Salute e Kanimambo

Olho Vivo nos Candidatos!

Como disse, fim de semana é para coisas além do vinho e o post de hoje entra em campo minado passível de grande controvérsia, razão pela qual não me aventuro a quaisquer comentários de cunho ideológico apesar de, óbviamente, os ter. Hoje quero expor aqui uma idéia apartidária  para quem for votar agora em Outubro, tendo sido motivada por uma “corrente” virtual que recebi de diversas fontes e que a cada eleição tende a voltar à tona. Tem gente que prega o voto nulo e tenho recebido diversos e-mails sobre o tema convocando a isso.

            Cada um com sua opinião, mas discordo totalmente e nada melhor do que recordar evento recente com resultados já amplamente conhecidos. Vejam o que aconteceu na Venezuela fruto de uma atitude dessas. A oposição quis dar um tapa com luva de pelica e se absteve/boicotou as eleições, o cara que não é nada bobo se aproveitou e a “tchurma” tomou conta do legislativo. Daí para o que se vê hoje em dia foi um pulinho e tudo na mais perfeita legalidade através de eleições livres e “democráticas”. O Executivo manda e os lacaios do legislativo assinam em baixo, um prato cheio para a instalação de uma “ditadura democrática”, fato duro de mudar e com graves consequências no médio e longo prazo. Então fica aqui meu primeiro apelo e alerta, cuidado com essa postura, pois o tiro pode sair pela culatra.

                  Um outro aspecto muito importante a ser considerado na hora de votar é saber com quem o/a candidato(a) anda. Já dizia o ditado popular, “diz-me com quem andas que te direi quem és”. Independentemente de partido ou ideologia, acho essencial que se faça essa análise assim como levar em conta um outro ditado, “onde há fumaça há fogo!”. Se houver bom senso nessa análise, creio que talvez consigamos melhorar o nível de nossos governantes em todas os níveis de governança. Desta semana em diante o ataque na mídia será massivo então, como dizem nossos hermanos, ojo, mas não deixem de votar exercendo assim o principal direito do cidadão num estado de direito democrático!

Salute

Rindo à Toa II

          Nada como começar o dia com uma sonora gargalhada! Não, não é mais do meu neto e sim do Ethan que nos contagia a todos com sua risada gostosa. Um ótimo fim de semana para todos, feliz e alegre como as gostosas gargalhadas que você verá e escutará no video abaixo. Aliás, página para você guardar em favoritos e rever a cada vez que sentir meio “down”.

Salute

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