Vinhos do Chile, mais dados interessantes.

               O Brasil vem aumentando suas importações de vinhos Chilenos que, ao longo dos anos, ganharam uma áurea de porto seguro quando da escolha de vinho a tomar. Eis mais alguns dados interessantes obtidos com a ajuda da Pro Chile.

  • O Brasil subiu no ranking de países importadores, sendo hoje o 3º maior mercado para os vinhos Chilenos em volume com cerca de 18.8 milhões de litros e o 5º maior em valor com algo ao redor de USD 50.6 milhões.
  • 85% da produção de vinhos, de um total de 646 milhões de litros, é de vinhos D.O. (com Denominação de origem) sendo o restante para produção de vinho de mesa e Pisco.
  • Do volume produzido, 80% é de vinhos tintos e o restante de brancos.
  • Os 117.000 hectares de vinhas plantadas encontra-se dividido entre as seguintes cepas principais: 46.5% de Cabernet Sauvignon, 15.6% de Merlot, 9.4% de Carmenére, 8% de Sauvignon Blanc, 7.3% de Chardonnay e 4.7% de Syrah ficando cerca de 8.5% para serem divididas entre todas as outras.
  • O crescimento de vinícolas exportadoras, que citei equivocadamente como 100 em post anterior, cresceu enormemente saindo de 74 em 1997 para 310 em 2007. Verifica-se uma maior diversificação de empresas saindo do perfil concentrado existente até poucos anos atrás. Mesmo assim, a importância dos grandes grupos vinícolas, com suas coligadas, ainda é muito grande.

Dal Pizzol Touriga Nacional

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               Tive o enorme prazer de ter estado presente no lançamento do Touriga Nacional da Dal Pizzol. Prazer porque, mais do que comer e beber, é sempre bom estar em companhia de gente simpática e agradável como foi o caso. Não tenho um grande conhecimento da linha de vinhos da Dal Pizzol, a não ser por seu estupendo espumante Brut Champenoise e o Assemblage 30 anos. Tenho, também, ouvido falar muito bem de seu Ancelotta e, agora, o Touriga Nacional. Duas coisas, porém, me chamam a atenção na Dal Pizzol; a aptidão para experimentar e inovar assim como a sua filosofia comercial de trabalhar o mercado com preços módicos sem que haja detrimento de qualidade. Bem, chega de papo e vamos ao que interessa, a uva e o vinho!

               A Touriga Nacional é uma casta autóctone Portuguesa, nascida na região do Dão, onde brilha como corte em diversos vinhos e regiões produtoras, assim como em bons varietais que não são fáceis de elaborar. Guardadas as devidas proporções, o Dão está para Portugal como A Borgonha para a França e a Touriga Nacional para a Pinot Noir, gerando, normalmente, vinhos de extrema elegância e complexidade. A Touriga Nacional, todavia se espalhou pelo país produzindo maravilhosos rótulos de varietais tanto no Dão, quanto no Douro e no Alentejo.

             Sua reputação ultrapassa fronteiras, já existindo clones plantadas em várias outras regiões produtoras no mundo como, Austrália e Estados Unidos. No Brasil, algumas vinícolas começaram a experimentar com esta cepa há cerca de 10 anos, havendo já alguns poucos vinhos no mercado. Esta é a primeira colheita nacional desta uva plantada há cinco anos pela Dal Pizzol na região de Bento Gonçalves, gerando um vinho muito agradável que chega num momento oportuno já que estamos celebrando 200 anos da vinda da corte Portuguesa para o Brasil, na bagagem de quem, vieram as primeiras garrafas de Touriga Nacional.

               Com uma produção de 12.000 garrafas, o Dal Pizzol Touriga Nacional não passa por madeira sendo um vinho pronto para beber. No nariz, possui um primeiro ataque frutado e fresco de boa intensidade. Na taça evolui deixando aparecer alguns toques florais bem tipicos da casta. Na boca é suave, elegante, com taninos maduros e um teor de álcool bem comportado, 13º. Bastante equilíbrio e harmonia num vinho leve que, certamente, agradará fácil. Mudou o terroir, mas a essência da uva está lá. Gostei; um vinho correto, fácil de beber que recomendo, inclusive para esta Páscoa acompanhando um bom prato de bacalhau. O rótulo comemorativo aos 200 anos, é um caso á parte, de muito bom gosto, nos convidando a beber. O preço ao consumidor final, deve ficar ao redor de R$35,00, preço razoável, só que o Portal dos Vinhos está com uma promoção de lançamento de R$29,00, sujeito a disponibilidade de estoque, que é uma excelente dica.  Aliás, do ponto de vista do consumidor, acho que esse seria um bom nível de preço para este vinho. Salute!

Boas Compras III – Chile

               Com este post finalizo a lista de destaques que nossos parceiros disponibilizaram para você leitor amigo. São mais 4 fornecedores e 18 produtos, totalizando 64 boas opções de compras neste três posts de Boas Compras. Dê preferências a estas 12 lojas/importadores participantes deste projeto, seu apoio é essencial para que possamos seguir elaborando listas com qualidade, quantidade e preço. Salute, boas compras.

Grand Cru Granja Viana – Nova loja no centrinho da Granja Viana, em Cotia, muito bem montada pelo Marcel e pela Bete os gentis proprietários do empreendimento. Trabalhando com exclusividade os rótulos da Grand Cru, eis uma série de produtos escolhidos a dedo para você.

  • Tabali Vendimia Tardia 2005 – Um dos melhores vinhos de sobremesa produzidos no Chile á base de Moscatel que, certamente, acompanhará maravilhosamente uma bela torta de frutas. Preço R$35,00.
  • Santa Rita 120 Carmenére 2005 – Linha básica da Viña Santa Rita, este Carmenére dizem ser de muito boa qualidade superior, inclusive, a vinhos de gama mais alta. A leitura em sites internacionais indica um vinho de média estrutura e boa acidez que deve ser tomado refrescado a 15º. Preço R$29,00.
  • Kankura Rosé 2007 – Único rosé desta coleção de destaques do Chile, foi escolhido pelo respeitado guia Chileno “Descorchados” como o melhor do País. É elaborado com um corte de Cabernet Sauvignon e Syrah. Preço R$29,00.
  • Gran Hacienda Riesling 2004 – A revista Gula, de Janeiro 08, diz; “Oferece a tipicidade da casta, com notas florais envolvendo fruta cítrica. Na boca, é amplo, com acidez marcante, mas boa maciez”. Não provei, está na lista, mas tenho obtido bons comentários sobre este vinho. Preço R$32,00.
  • Tabali Special Reserve Chardonnay 2005 – Mais um vinho da Tabalí muito elogiado pela revista Decanter que lhe aufere ****. Vinho de corpo médio com notas de amêndoas, especiarias e um toque de frutas brancas. Preço R$65,00.
  • Tabali Reserva Syrah 2005 – Muito bem conceituado pela revista Decanter que lhe auferiu ***** na safra 02, como o melhor Syrah abaixo de 10 Libras. Uma ótima opção por um preço bem convidativo, R$49,00.
  • Tabali Special Reserve Corte 2005 – Um corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah absolutamente delicioso que tive a oportunidade de degustar junto com a Bete e o Marcel. É um, muito agradável, corte de Cabernet Sauvignon (50%), Syrah (45%) e para arrematar, um tico de Merlot só para amansar e arredondar o vinho. No nariz aromas complexos, intensos, frutas negras com algo floral. Abre na taça, demonstrando grande frescor e algo de baunilha num final de boca muito prazeroso e longo. Taninos muito elegantes, sedosos, muita harmonia e equilíbrio tornando imperceptíveis seus 14.5º de teor alcoólico. Um grande vinho realmente cativante por um preço condizente, R$95,00.

Lusitana de Vinhos e Azeites – É, originalmente, um importador de vinhos Portugueses, mas não só. Azeites e vinhos de outros países começam a fazer parte de seu portfolio.

  • G. Butron Carmenére 2005 – Um vinho ligeiro, mais para o dia-a-ia que agrada fácil. Boa tipicidade da casta, simples, redondo e de fácil harmonização. Preço R$29,00.
  • Arenal Reserva Carmenére 2003 – vinho bem elaborado com bastante tipicidade da cepa onde parecem boa fruta e especiarias num final de boca com boa acidez e taninos finos. Um vinho muito agradável e redondo por apenas R$29,00, um preção pela qualidade.
  • Hoppe Del Sur Estate Bottled 8515, 2003 – Um vinho potente, mas bem equilibrado, corte elaborado com 85% de Cabernet Sauvignon e 15% de Carmenére. Muito boa estrutura, boa acidez e persistência. Deixe-o respirar por uma meia hora antes de servir para melhor poder usufruir todo o seu potencial. Realmente é um vinho em outro patamar de preços, mas a Lusitana caprichou na promoção. De R$45,00 por 29,80!

Armazém dos Importados – Mais uma das boas lojas de Moema, que se une a nós neste projeto de proporcionar aos leitores amigos, Melhores Vinhos por Melhores Preços. A loja tem uma boa variedade de produtos e também está bastante focada no segmento de festas.

  • Baron Phillipe Rothschild Cabernet – Vinícola controlada pela famosa empresa Francesa produtora do Château Mouton Rothschild, Château d’Armailhac e que produz vinhos no Chile, entre eles o Almaviva, em conjunto com a Concha Y Toro, um ícone. Esta é uma linha mais simples de seus bons produtos. De R$35,00 por R$31,50.
  • Misiones de Rengo Cuvée Carmenére 2005 – um dos top Carmenéres Chilenos. Um vinho encorpado, opaco, denso com boa intensidade de fruta madura no nariz. Na boca, a fruta se confirma com notas de especiarias e algo tostado. Possui um “tempero” de cerca de 14% de Cabernet Sauvignon. Um vinho que cresce com comida. De R$78,00 por R$71,00.
  • Anakena Cabernet 2006 – Linha de entrada nos produtos deste produtor. Preço, de R$29,00 por R$25,00.
  • Anakena Reserva Merlot 2005 – O site do produtor indica um vinho com aromas de frutas negras com toques achocolatados, macio e sedoso na boca. De R$39,00 por 33,00. Eu que procuro um bom Merlot, vou ter que provar.
  • Anakena ONA Premium 2005 – Linha topo de gama, apresentando dois cortes; um mais tradicional, de Cabernet Sauvignon, Merlot e Carmenére e o outro de Pinot (85%) com Viognier, Merlot e Syrah que me deixou muito curioso. De R$71,00 por R$67,00.

Vinea Store – Mais uma loja/importadora de prestigio que se une neste projeto. Atua como importadora exclusiva de alguns rótulos especiais de grande renome, e revende produtos de outros. Suas instalações são primorosas e o jardim é algo especial! Nem que seja para tomar um café, mas vale a visita sem contar a simpatia do pessoal da casa. Eis as sugestões de destaques que eles nos apresentam.

  • Matisses Carmenére 2006- Um vinho de muita qualidade como tudo que a Casa Marin, respeitado produtor Chileno, produz. Agradou-me muito; um nariz intenso lembrando frutas do bosque negras, notas de chocolate, corpo médio, macio com taninos sedosos e boa acidez. Vinho redondo, muito agradável, por R$47,00, uma boa opção.
  • Jardim de Peralillo Reserva Cabernet Sauvignon 2006 – Conforme a ficha técnica, tem um nariz intenso, evocando frutas vermelhas maduras, figo, pimenta-do-reino e baunilha, mostrando maciez e bom equilíbrio. Preço R$59,00
  • Cartagena Pinot Noir 2004 – Mais um vinho da casa Marin, desta vez vindo do Vale de San Antonio, região que apresenta ótimas condições para a produção de vinhos brancos e Pinot Noir. A ficha técnica informa ser um vinho de boa estrutura e concentração com aromas intensos de notas tostadas mescladas com café e tabaco. Na boca é rico em texturas, macio e delicado. Preço R$132,00.

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Filoxera – o que é isto?

             O Antonio Santos, amigo leitor, me perguntou o que era filoxera. Como já tinha recebido a mesma indagação por parte de um amigo que me ligou, achei que seria melhor fazer um post sobre o assunto. Este bichinho, devastador e temido pelos vinicultores, é um inseto hemíptero que responde pelo nome de Phylloxera Daktulosphaira Vitifoliae. Sacanagem né? Vamos no popular; este é um inseto pequeno com cerca de 3 milímetros, do tipo que pica e suga (hemíptero) com apetite as vitis viníferas ou seja, as videiras que produzem uvas usadas na produção de vinho fino. Filoxera é o nome, em Português, usado para designar tanto o inseto quanto a doença em si.

           De origem Norte-americana, a filoxera está hoje presente em todos os continentes, sendo um dos exemplos mais marcantes do efeito humano sobre a dispersão das espécies, já que, em poucas décadas, esta espécie evoluiu de um habitat localizado para uma distribuição global, com uma rapidez que, ainda hoje, não deixa de surpreender. Este tipo de pulgão é totalmente dependente da vinha, única planta em que pode desenvolver-se, e ataca, essencialmente, as raízes da planta. A distribuição geográfica desta espécie está hoje expandida a quase todas as zonas produtoras de vinho. A exceção mais significativa é o Chile onde a praga ainda não se instalou em função de suas características geográficas e barreiras naturais.

         As vinhas infestadas perdem rapidamente capacidade produtiva, com a morte de muitas videiras, e em geral não podem ser recuperadas sem o arranque e replantio com plantas resistentes, operação dispendiosa e que implica perda de rendimento durante vários anos. Na França, em 1863, a filoxera destruiu grande parte dos vinhedos, tendo dizimado cerca de 40% deles, ao longo de 15 anos, e se espalhado rapidamente pelo restante da Europa. Foram mais de 40 anos de trabalho árduo, para recuperar a produção e os vinhedos em toda a Europa.

            A origem desta praga se deu com a importação Francesa de videiras Americanas (Vitis Labrusca) que eram portadoras da doença. Uma característica da variedade de vinhas Americanas, não Vinis Viníferas, é que elas são portadoras, mas menos susceptíveis a desenvolver a doença. A solução do problema, desta forma, encontrava-se em sua própria origem. Para evitar o surgimento da filoxera, se usa a raiz e caule da videira Americana e se enxerta a Vitis Vinífera. O que surgirá é uma videira resistente à filoxera produzindo uvas saudáveis. Isto em nada altera a qualidade da uva, ou do vinho, já que as características do vinho são geradas pela uva, o fruto, servindo as raízes de mero canal alimentador e de sustentação da planta nova. Existem ainda alguns pequenos lotes de produção com uvas não enxertadas na Europa, mas o volume é cada vez menor devido aos altos riscos envolvidos. Nestes casos, as videiras são produzidas em “pé franco” que é a designação da Vitis Vinífera sendo produzida sem enxerto. Um dos mais famosos vinhos produzidos desta forma é o Quinta do Ribeirinho Pé Franco, um vinho meio cult e caro, produzido na região das Beiras, em Portugal, pelo excelente produtor e mago da Bairrada, Luis Pato.

            O interessante deste assunto, nos trazendo de volta ao Chile, é que os Chilenos importaram suas mudas da Europa antes do ataque da filoxera, lá pelos idos de 1850. Quando os vinhedos Europeus iniciaram seu processo de recuperação, foi no Chile aonde boa parte dos produtores vieram buscar suas mudas. Com isto, o Chile iniciou suas atividades exportadoras tanto de mudas como de vinhos, já em 1877!

Chile – Vinhos que Tomei e Recomendo, parte II

                Nesta segunda parte de vinhos que Provei e Aprovei, estarei listando vinhos de R$50 a 80,00. Nesta faixa já encontramos néctares de grande qualidade, parte dos quais tive a oportunidade de tomar e listo abaixo. Aqui somente os que gostei, alguns outros vinhos nesta faixa não me agradaram e, conseqüentemente, ficaram pelo caminho. Por outro lado, queria ter provado bem mais já que, certamente, poderia listar muitos outros e espero que possa vir a fazer isto ao longo do ano trazendo novas dicas e sugestões. Por exemplo, dizem que a uva Merlot produz diversos ótimos vinhos no Chile, mas ainda não encontrei um produto, nem mesmo o Marques de Casa Concha aqui abaixo que é muito bom, que me tenha, efetivamente, encantado tanto como alguns Cabernets, Syrahs, Pinots, Cortes e até Carmenéres tomados. Está certo que não tomei tantos assim, o bolso tem lá seus limites, mas sigo buscando. Enquanto isso …            

De R$50 a 80,00 : 

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Marques de Casa Concha  (Expand) – Da casa da Concha Y Toro, é o irmão menor do Don Melchor. Está disponível nos varietais Cabernet Sauvignon e Merlot. Tomei os dois e, certamente, são dois belos vinhos com bastante tipicidade, encorpados, mas com taninos finos, macios e elegantes. Misiones de Rengo Cuvée Carmenére (Armazém dos Importados) é um dos tops Carmenéres que já tomei. Um vinho encorpado, opaco, denso com boa intensidade de fruta madura no nariz. Na boca, a fruta se confirma com notas de especiarias e algo tostado. Possui um “tempero” de cerca de 14% de Cabernet Sauvignon. Um vinho que cresce com comida. Orzada Carignan 2003 (Portal dos Vinhos) – Eis um vinho surpreendente de uma uva surpreendente, que a Vinícola Odjfell ousou fazer no Chile. Cepa tradicionalmente usada como corte, principalmente na França, mas também na Itália e Espanha, foi muito bem trabalhada como varietal por este produtor, resultando num vinho cativante e encantador. Aromas complexos e intensos que se abrem na taça como que por encanto. Um vinho para tomar sem pressas! Boa acidez, escuro, denso com um final de boca aveludado e longo. Uma delicia. Los Vascos Grand Reserve 2005 (Confraria do Queijo & Vinho) – top de linha da Los Vascos, vinícola que também tem sido bastante elogiada por seus brancos que ainda não tive oportunidade de conhecer. Por ser controlada pelo Chateau Rotschild-Lafite, exibe características bem Francesas em seu estilo sendo um Cabernet Sauvignon diferenciado e bastante elegante, uma escolha segura e confiável. È um vinho que me atrai e que consta de minha adega. Ventisquero Queulat Gran Reserva Pinot Noir 2005 (Portal dos Vinhos) – Este eu degustei e entrou na minha lista de favoritos e vinhos a comprar. O problema é que devido a um descompasso entre a lista de desejos, ficando enorme, e o orçamento limitado, ainda não cheguei lá. De qualquer forma, o vinho degustado me encantou batendo muitos vinhos de mais nome e altos preços. Boa estrutura, bem harmônico com taninos elegantes e sedosos com um final de boca muito agradável e longo. Montes Alpha Syrah 2006 (Casa Palla) – Este é um caso à parte! Viña Montes, um dos mais competentes produtores e enólogos Chilenos com atividades, também, na Argentina onde produz a linha Kaiken. Este Syrah é um vinho Maravilhoso que encanta com sua  elegância e complexidade de aromas e sabores. Sedoso, fino, taninos maduros, boa acidez e persistência que cativam quem o toma. Vinho de impressionante qualidade pelo preço cobrado. Em 2007, alcançou o trigésimo lugar na lista de Top 100 da Wine Spectator com a safra 2005. Gosto do estilo da Syrah quando trabalhada com elegância e este se supera. Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2005 (Kylix) – Mais um objeto de desejo, este algumas vezes consumado, da Viña Montes. Neste caso um clássico da região que exalta qualidade. Pela revista Decanter, “o melhor Bordeaux Chileno”. Não conheço todos e não gosto muito desses títulos, mas que realmente é um senhor vinho lá isso é e bate muitos Bordeauxs que por aí andam. Vinho bem estruturado, robusto, carnoso, notas terrosas e algo de tostado. Na boca é redondo, com boa acidez e algo mineral, taninos firmes e elegantes que necessitam de um tempo na taça, ou decanter, para se acomodar. Domaine Conte Gran Reserva 2003 (Wine House/ Zahil) – Fui irremediavelmente conquistado por este vinho. É uma enorme satisfação ser surpreendido por um vinho que você não conhece, que era o caso aqui. Quando me preponho a provar um vinho, com atenção, o faço sem leitura alguma, nem de contra rótulo, para poder tomar minhas impressões sem maiores influências externas. Algumas vezes acontecem coisas como esta, que são experiências extremamente satisfatórias. Mergulhei de cabeça neste vinho e me apaixonei perdidamente ao abrir a garrafa. Aromas intensos, inebriantes, mas não aquela bomba de frutas e potência. Um vinho muito equilibrado em que, se tomado á temperatura adequada de 16/17º, nem se notam os 14º de álcool. Taninos macios e aveludados, boa persistência, acidez que convida a comer e te chama para a próxima taça. Conjunto de extrema elegância e cativante. Adorei! 

Gracia de Chile era trazido pela Grand Vin, mas com a “junção” com a Zahil, este produtor foi tirado de linha. Já vi alguma coisa por aí, na linha dos produtos mais básicos que não conheço, creio que trazidos por supermercado, mas os Pinots deles são bastante bons. O top de linha com o rótulo “Relativo” é bastante interessante, mas não encanta e era um pouco caro. O “Eventual” é outro papo. Mais barato e, na minha opinião, melhor. Muita elegância, equilíbrio e taninos finos, apoiados por aromas intensos de frutas vermelhas frescas e algo floral. Na boca é redondo, boa acidez e macio, com bastante tipicidade da cepa. Se achar, compre, vale a pena! Custava em torno de R$50,00

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Coelhinho da Páscoa que trazes para mim?

                 Este Sábado foi dia de colocar a despensa em dia e visitei alguns supermercados. Parece que nesta Páscoa decidiram se lembrar de nós, Aleluia! Bem, nada a ver com supermercado, mas a Expand já nos deu um presentaço, a oferta do Don Melchor 2004 que, pelo que soube, está vendendo feito água. Num nível mais baixo agora, tive a oportunidade de ver que tanto Wall Mart como o Pão de Açúcar estão com belas ofertas. As dicas abaixo estão com valores aproximados, não marquei na hora, mas muito próximos do real. Se diferenças existirem, devem estar nos centavos.

                    Não fucei muito no Pão de Açúcar, mas nem precisava já que a oferta que vi é uma tentação, e mais ao alcance de todos. Sabe aquele Malbec 2006 da Los Cardos, que me encantou? Pois bem, está por R$26,00. Imperdível!

                    No Wal Mart está uma festa. O Casillero Del Diablo por R$26,00,  Tinto da Talha 2004 um Alentejano muito gostoso por R$19,00, Filipa Pato Ensaios Bairrada por R$29,00, Cono Sur Riesling por inacreditáveis R$15,00!!! Tem que comprar de caixa. Ainda por R$15,00; Aliança Foral Douro Reserva 2005, Aliança Dão Reserva, Quinta do Cachão Douro e um Torrontés orgânico da Michel Torino. Para finalizar, vi o Los Vascos Gran Reserva, um Chileno dos bons, abaixo de R$50,00 e um Justinos Madeira 10 anos por algo ao redor de R$45,00. Tem muita coisa para fuçar por lá, este foram os rótulos que  conheço, que têm qualidade e que achei grandes oportunidades tendo, inclusive, me servido de alguns.

                    Tinha que compartilhar com os amigos. Vinho para o almoço de Páscoa, com esse preço,  já está garantido, tenho a certeza. Por sinal, o bacalhau também, os preços estão ótimos! Eu já garanti o meu para o Bacalhau à Brás que vamos preparar em casa. Salute!

Parem as Prensas! Don Melchor a R$198,00?

             Que rufem os tambores, nossos amigos da Expand se Excederam, Extrapolaram, arrebentaram a boca do balão! Neste mês de Março, eles já haviam reduzido o preço do Don Melchor 2004, de R$298, para R$258,00. Bom, não espetacular, mas bom desconto. Não contentes, agora botaram para quebrar R$198,00 é um preção, uma baba!! É vero, esperei confirmar para ter a certeza. Para quem tem $ e pode, compre uma caixa. Não vai se arrepender! No mínimo é um bom investimento. Eu estou meio desprevenido, mas que é uma tentação lá isso é!!

Boas Compras II – Chile

               Aqui está mais um lote de destaques que nossos parceiros, lojistas/importadores, colocaram à nossa disposição. Sim, à nossa, porque sou tão consumidor quanto você! No primeiro post foram 29 destaques de 4 lojas. Agora, mais 4 lojas com 17 vinhos em destaque, alguns de tirar o chapéu. Finalizarei a lista nesta próxima semana logo após o post do que Tomei e Recomendo de R$50 a 80,00 e de R$80 a 120,00. 

1) Confraria do Queijo & Vinho – Nova loja que se uniu a nós, já em Fevereiro, neste esforço de trazer aos amigos de Falando De Vinhos, bons vinhos com bons preços. Um lindíssimo lugar para fazer seu “Wine Hour” ao entardecer, com vista para o verde da região do Sumaré e Pacaembu. Quatro destaques especiais para você. 

  • Montes Selección Limitada 2005 – Viña Montes é uma das mais conceituadas bodegas Chilenas produzindo vinhos de muito boa qualidade. Eu gosto muito dos produtos deles. Este Selección Limitada, de uma safra muito boa, é um corte de Cabernet e Carmenére muito bem elaborado, harmônico, redondo com taninos muito elegantes, que recomendo a todos sem pestanejar. Preço, somente R$49,50, tem que aproveitar.
  • Los Vascos Gran Reserva 2005 – Eis mais um dos meus preferidos, um Cabernet Sauvignon de primeira, com estilo mais velho mundo. Mais estilo Bordeaux em função de ser elaborado pela casa Domaine Barons Rotchild-Lafite que controla esta bodega. Muita qualidade. Equilíbrio e elegância num conjunto que me  agrada muito. Preço R$64,00.
  • Santa Ema Gran Reserva 2003 – Este produtor tem bons vinhos, apesar de não conhecer este especificamente, e aparece bem conceituado na imprensa especializada. Safra boa, deve estar no ponto para tomar. Preço R$57,00.
  • Agustinos Carmenére 2006 – Li algumas boas avaliações nos sites internacionais. Preço R$31,50.

 2) Cia do Whisky Pela primeira vez conosco, esta é uma das melhores lojas de vinho na região de Moema, com ótima variedade e bons preços. Tem, também, uma coleção de espumantes muito boa e estacionamento conveniado do lado. Vamos aos destaques de rótulos Chilenos sugeridos por eles. 

  • Gato Negro 2006 – Nas versões Cabernet , Merlot ou Carmenére. Vinho simples, mas bem elaborado, correto, uma boa opção para o dia-a-dia sem abrir mão de qualidade. Eu gostei do Cabernet, os outros não tomei. Apenas R$16,50, um campeão nesta faixa.
  • Santa Digna Cabernet Sauvignon 2004 – Um dos bons representantes de Cabernet Chileno. Elaborado pela vinícola Miguel Torres, de origem Espanhola, é um vinho frutado, de boa acidez, estrutura média, elegante e com boa persistência. O Sauvignon Blanc é muito elogiado, mas não conheço e já está na minha lista. Ambos estão com um bom preço, R$40,70.
  • Castillo Molina 2005 – Destaque para toda a linha, Pinot Noir, Cabernet e Chardonnay. Não conheço os produtos, mas o Chardonnay tem obtido boas avaliações. Preço R$52,90, independentemente do varietal.
  • Indomita Varietal 2005 – Um rótulo recente no mercado, trazido pela importadora Barrinhas que tem sempre rótulos com boa qualidade a bom preço. Mais uma opção de vinhos para o dia-a-dia nos varietais Cabernet e Merlot. Preço R$14,20
  • Indomita Selected Varietal 2005 – Tomei o Pinot Noir e me surpreendi. Por este preço nunca imaginei tomar um vinho desta cepa com tamanha qualidade. Logicamente que não é um vinhaço, nem é essa sua proposta, mas entrega muito mais do que cobra. É um vinho muito agradável com cor, aromas e sabores muito típicos da casta. Vinho leve, redondo, para aqueles encontros descompromissados ou, até, para acompanhar alguns pratos de carnes brancas e servido em torno de 14 a 15º. Por apena R$20,30, é campeão!

3) Kylix – Já apresentei em post anterior com ofertas de vinhos Argentinos, mas queria dar-lhes, oficialmente, as boas-vindas a este grupo. Realmente o Simon, tem um projeto diferenciado com uma visão ampla do negócio que certamente ainda renderá muito frutos. Em breve farei uma matéria sobre o local um mix de loja, com bistrô, servindo almoço executivo, e aberto para confrarias. Preço e qualidade são sempre uma preocupação, e as ofertas abaixo, são um grande destaque e prova incontestável dessa filosofia de trabalho.

  • Santa Alvara Merlot 2005 – Novo vinho da ótima Casa Lapostolle que faz alguns dos melhores Merlots Chilenos. Um tinto bem jovial, carnudo e macio, de acordo com a revista Gula. De R$33,40 por R$25,00. Se comprar 6 garrafas o preço cai para R$23,00 e acima de 12, para R$22,00.
  • Santa Carolina Barrica Selection Syrah 2005 – De acordo com Jorge Carrara da Folha, o de 2003 possuía aromas potentes e cativantes, taninos aveludados e boa persistência. A revista Gula o chama de refinado, elegante, macio e aveludado. De R$43,90 por R$41,00. Se comprar 6 garrafas o preço cai para R$39,00 e acima de 12, para R$38,00.
  • Montes Alpha Cabernet Sauvignon 2005 – Mais uma vez um vinho de ótima safra e da Viña Montes. Um clássico da região que exalta qualidade e finesse. Pela revista Decanter, “o melhor Bordeaux Chileno”. Um belíssimo vinho que também está entre os meus favoritos. De R$71,00 por R$68,00. Se comprar 6 garrafas o preço cai para R$66,00 e acima de 12, para R$61,00. Grande oferta para quem tiver onde guardar um volume maior de vinhos.
  • De Martino Cabernet Sauvignon Reserva Legado 2004 – Uma das principais bodegas boutique do Chile, produzindo vinhos de muito boa qualidade. O Saul Galvão os enche de elogios e o melhor guia de vinhos Chilenos, Descorchados 2007, dá 90 pontos a este vinho. Um que não conheço, mas já está na lista para prova. De R$74,00 por R$68,00. Se comprar 6 garrafas o preço cai para R$66,00 e acima de 12, para R$62,00.
  •  Casa Silva Reserva Carmenére 2006 – de muito boa qualidade mostrando bastante a tipicidade dos vinhos elaborados com esta cepa. Muito redondo, intenso, boa estrutura e expressivos aromas de frutas vermelhas com notas de especiarias. De R$46,40 por R$44,00. Se comprar 6 garrafas o preço cai para R$43,00 e acima de 12, para R$41,00.

4) Wine House/Zahil – Já falei diversas vezes sobre eles e sobre alguns de seus vinhos, em especial o espumante Paul Bur. Agora a Wine House se junta a nós neste projeto e esperamos trazer diversos destaques de bons vinhos com preços condizentes, ao longo de bastante tempo. Neste mês, os destaque Chilenos são para três rótulos.

  •  Aquitania 2004 – A Viña Aquitania produz dois dos grandes vinhos Chilenos, o Lazuli, também um Cabernet e o Sol de Sol um Chardonnay muito conceituado e reconhecido com um dos melhores desta cepa produzidos no Cone Sul. É um Cabernet Sauvignon de boa estrutura, aromas típicos como pimentão, tostado da madeira e notas vegetais. De média persistência e corpo. Preço R$43,00
  •  Domaine Conté Seleccíon Barricas Carmenére 2006 – Se o Cabernet Sauvignon for tão bom quanto este, então será outro que vale a pena. Para mim foi uma enorme surpresa e, certamente, um dos melhores custo x benefício de vinhos desta cepa. Produto da globalização dos vinhos, a vinícola pertence a um grupo Americano, com uma enóloga Francesa produzindo uvas e vinhos no Chile. Acima de tudo muita elegância (porque será?), um vinho alegre, ou que, pelo menos, me trouxe muita alegria ao tomar. Leve, taninos bem trabalhados, aveludados, boa fruta em total equilíbrio com a madeira e notas de especiarias. Fácil de tomar, boa acidez, cativante, virei fã. Um vinho que, nesta faixa de preços é imperdível, satisfação garantida. Preço R$34,00.
  • Domaine Conté Gran Reserva 2003 – Um corte de Cabernet Sauvignon e Merlot que só se produz em anos de colheita muito boa. Grande intensidade aromática, bem frutado, balanceado na boca, com uma suavidade impressionante para a estrutura do vinho. Taninos elegantes, sedosos, na boca é carnoso, gordo, complexo, um belo de um vinho por um preço mais do que justo, R$79,00. Me encantei!

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

Chile, Vinhos que Tomei e Recomendo – I

                O Chile é o principal exportador Sul-americano de vinhos e detém a maior participação nas importações Brasileiras com cerca de 30%. Os vinhos Chilenos são velhos parceiros do consumidor no Brasil e são inúmeros os rótulos disponíveis no mercado. De todos, só recomendo evitar os Reservados, que nada têm de reserva e, na sua grande maioria, são vinhos de pouca qualidade. Na faixa menor de preços, até R$30,00 as opções de qualidade, que eu conheço, não são tantas assim, mas existem algumas boas opções que merecem ser provados. Alguns costumam estar até um pouco acima da faixa, mas com um pouco de garimpo, e colaboração de alguns de nossos parceiros, se encontram muito boas oportunidades. Em nossa seção de “Boas Compras” no blog, conseguimos reunir 12 lojas com mais de 60 destaques de bons vinhos com bons preços e boas oportunidades. Como são muitos, estarei soltando a lista em diversos posts, um já publicado, ao longo dos próximos dias. Agora, viemos aqui para Falar de Vinhos e, especialmente, dos que Tomei e Recomendo, então vamos lá.  Entre parentêses, indico a loja onde o vinho está disponível com um bom preço, mas o mesmo poderá estar presente no portfolio de outras lojas. Outros rótulos certamente existirão, porém a seção trata de vinhos que Provei e Aprovei, então ……

Até R$30,00 – Mais uma vez nos referimos aos vinhos mais simples, sem compromisso para consumo no dia-a-dia, faixa em que, entretanto, encontramos algumas boas surpresas.

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Na parte mais baixa desta faixa de preços, acho que o Gato NEGRO Cabernet Sauvignon (Cia do Whisky) é uma das melhores pedidas, um vinho muito correto e fácil de beber que reina absoluto. Nova no mercado a linha Indomita Varietal, trazida pela Barrinhas, parece ser muito interessante. Eu tomei um rótulo de uma linha acima, o Indomita Selected Varietal Pinot Noir  2006 (Cia. do Whisky), que foi uma grata surpresa. Muita tipicidade da casta, presente num vinho muito agradável e de muito bom preço. Um branco muito refrescante que vale a pena conhecer é o Emiliana Sauvignon Blanc (Casa Palla), um vinho bem aromático, fresco, que agrada fácil. Da mesma linha, prove o Cabernet e o Carmenére que são vinhos suaves e honestos. A linha Cono Sur é uma linha de vinhos com muita qualidade. O branco, Cono Sur Riesling (Expand), é um verdadeiro achado pelo preço. Um Riesling desta qualidade, nesta faixa de preços, você não vai encontrar em lugar nenhum  Prove também o Pinot Noir que é muito agradável.

             Um vinho também bastante conhecido, normalmente numa faixa de preço mais alta, muito confiável é o Gran Tarapacá Reserva Cabernet (Casa Palla). Duas surpresas interessantes são; o Arenal Reserva Carmenére 03, vinho bem elaborado com bastante tipicidade da cepa onde parecem boa fruta e especiarias num final de boca com boa acidez e taninos finos, assim como o Hoppe Del Sur 8515 – 03, que é um corte de Cabernet e Carmenére muito interessante, encorpado que merece respirar um pouco antes de servir. Daqueles vinhos que cresce na taça e ambos estão com um preço excelente, e promocional, na Lusitana. O G.Butron Carmenére 2005 (Lusitana), também é um vinho muito bem elaborado, leve, frutado com bastante tipicidade da casta. Como o Alamos na Argentina, o Casillero Del Diablo(Casa Palla) é para aqueles que não querem correr riscos. Tem uma linha extensa e extremamente confiável, mas há que garimpar preços, pois há de tudo. Gostei muito do Cabernet, o Syrah também é surpreendente pelo preço e o Merlot também conquistou. Na duvida, esta é sempre uma boa escolha. Deixei por ultimo um dos meus preferidos e uma grata surpresa que tomei no inicio do ano. O Palo Alto Reserva 06 (Expand) é um belo vinho,de uma boa safra, corte de Cabernet/Carmenére e Syrah que nos encanta à primeira “fungada”. Boa paleta aromática, taninos elegantes, boa estrutura, boa persistência, realmente um achado.

De R$30 a 50,00 – É a partir de R$30,00, que realmente se começa a achar vinhos de melhor qualidade já com mais complexidade tanto de aromas como de sabores. No Chile, isto é uma verdade incontestável. A lista abaixo tem produtos muito bons com preços bem acessíveis.

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Nos brancos o Ventisquero Sauvignon Blanc (Portal dos Vinhos) é um primor, muito fresco e de ótimos aromas. Os Trio (Expand), corte de três uvas, são vinhos muito corretos e eu gosto muito do corte de Merlot, Carmenére e Cabernet. Dentro os vinhos com a cepa Carmenére, só existente no Chile, eu destaco; o Viu Manent (BR Bebidas) e um que me encantou, o Domaine Conté Reserva Barricas 06 (Wine House/Zahil), que é um vinho muito equilibrado, boa tipicidade, boa acidez, alegre, sedoso, um vinho cativante fácil de agradar. Ainda nos Carmenére, o bem estruturado, corpo médio, muito bom Matisses 06 (Vinea Store), da excelente Casa Marin. Dentro os Cabernet Sauvignons, três me enchem a boca de prazer. O Santa Digna 04 (Cia do Whisky) é frutado, elegante, boa estrutura e textura aveludada, o Torreon de Paredes Reserva 02 (Portal dos Vinhos) um vinho mais austero e senhoril convidando à comida e o Los Vascos Reserve (Confraria do Queijo & Vinho), um vinho de grande elegância e finesse no estilo Bordeaux. Montes Seleccíon Limitada 05 (Confraria do Queijo & Vinho) um corte de Cabernet com Carmenére, que é um vinho de grandes qualidades, muito harmônico, redondo e elegante.

              O Santa Helena Seleccíon Del Directorio Pinot Noir (Casa Palla) é um vinho que me agrada bastante, pois é muito bem feito, elegante com bastante tipicidade da cepa e tem sempre um preço convidativo. Voltando aos Carmenéres, não poderia deixar de citar o Casa Silva Reserva Carmenére 06 (Kylix) que é um vinho muito expressivo, concentrado e com boa persistência. Um vinho de uma cepa que vem mostrando ótimos produtos, o Armador Syrah 05 (Portal dos Vinhos). Vinho ainda jovem, nada que uma decantação de uns 30/45 minutos não resolva, encorpado com bastante complexidade de aromas e sabores. De sobremesa, um delicioso Conha Y Toro Late Harvest 2004 (Expand), um dos melhores produzidos no Cono Sur.

          Nos próximos dias publicarei a lista dos vinhos de R$50 a 80 e de R$80 a 120, com algumas indicações para vinhos de preços superiores. Mais “Boas Compras”, também na sequência. Veja endereços e contatos das lojas aqui mencionadas em “Onde Comprar

Prova Internacional “TOP10″ de Vinhos Portugueses

Eis a lista dos TOP10 apurados pela Revista Blue Wine durante o evento Essência do Vinho – Porto 2008, divulgado aqui, que terminou neste ultimo final de semana. Para mais detalhes, clique no link aqui do lado. Queria ter estado lá! Sniff,sniff

  BRANCOS        
ranking Vinho Tipo Ano Produtor Região
COVELA ESCOLHA Branco 2006 Quinta de Covela Minho
               TINTOS        
ranking Vinho Tipo Ano Produtor Região
CHOCAPALHA RESERVA Tinto 2005 Casa Agrícola das Mimosas Estremadura
HERDADE DOS GROUS RESERVA Tinto 2005 Herdade dos Grous Alentejo
INCÓGNITO Tinto 2005 Cortes de Cima Alentejo
QUINTA DOS CARVALHAIS ÚNICO Tinto 2005 Sogrape Dão
QUINTA VALE D. MARIA Tinto 2005 Lemos & Van zeller Douro
QUINTA DO VALE MEÃO Tinto 2005 Francisco Olazabal & Filhos Douro
QUINTA DA TOURIGA-CHÃ Tinto 2005 Jorge Rosas Douro
QUINTA DO COUQUINHO RESERVA Tinto 2005 Maria Adelaide Trigo Douro
                         PORTO               
ranking Vinho Tipo Ano Produtor Região
TAYLOR’S VINTAGE VARGELLAS Vinho do Porto 2005 Taylor’s Porto