outubro 2009

Weekend Off! Joe´s Home.

         Ué, se o Didu pode, eu também! A partir de agora até Terça pela manhã encostarei o teclado e vou curtir outras coisas, especialmente o Joe, um mineirinho que chegou ontem de Nova Lima fruto da criação do Marcelo. Interessante é que seu pai é Sul Africano com raízes inglesas e seu tataravô por parte de mãe era Yanketruz Shamrocks CLEMENTE, companheiro nobre que minha filha garimpou e nos presenteou. Setenta e poucos dias e forte que nem um touro, esse promete! Ou seja, o mundo dá voltas mas o que é do homem …….. Agora, dêm uma olhada e me digam se não tenho mais é que curtir? Ainda por cima um dia de sol divino e a chuva prometendo dar trégua até Terça. Fui !!!

[rockyou id=154537485&w=500&h=375] 

         Semana que vem conto como foi minha visita à Prazeres da Mesa e como fui “acompanhado” até a porta de saída. Chose de loque!!!  Sorry mates, vejo vocês por aqui na terça-feira. Até lá curtam o restante dos posts arquivados em Categorias ou usem os diversos links para surfar na net. Salute e brindemos ao bom senso e ao discernimento,  coisas cada vez mais raras entre nós.

Kanimambo por visitar e divulgar este blog e este trabalho.

ps. Um especial agradecimento ao Daniel Beloff pela “carona” dada ao Joe.

Dicas da Semana

          São Paulo capital, São Paulo interior, Buenos Aires, não são muitas as dicas, mas são ótimas, espero que aproveitem. Bom final de semana e feriado a todos.

Wine Dinner Expand e Concha Y Toro – Recebi com muita felicidade esta comunicação da Sandra (assessoria da Expand) com este mui agradável evento que será capitaneado pelos; Otávio Piva de Albuquerque – pai e filho, da Expand, junto com o Presidente da vinícola chilena Concha y Toro Don Alfonso Larraín . Juntos, como velhos parceiros que são,  pilotarão este jantar harmonizado para apresentar a safra 2007 do vinho Marques de Casa Concha, em quatro variedades: Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Syrah e Carmenére, que é novidade no portfolio. Esta safra é considerada excepcional por especialistas, e leva a assinatura do renomado enólogo Marcelo Papa, que explica o porquê do seu sucesso: “o baixo rendimento do vinhedo, somado às condições climáticas daquele ano, que se traduziu em baixas temperaturas e ausência de chuva na época da vendimia, resultaram em uvas de excelente qualidade”. O vinho tem conseguido importantes reconhecimentos – acima de 90 pontos – nas publicações de maior prestígio do mundo.

Menu

  • Entrada – Vieiras grelhadas com Purê de Alcachofra e Mini Pêra Confit com especiarias  acompanhadas de Marques de Casa Concha Chardonnay 2007
  •  Massa – Sorrentini de queijo Taleggio e Raddichio ao Burro & Sálvia  escoltada pelo Marques de Casa Concha Carmenére 2007
  • Carne Vermelha –  Filet de Avestruz grelhado com Mousseline de Batata Roxa  harmonizado com o Marques de Casa Concha Syrah 2007
  • Ave de Caça – Galantine de Galinha d`Angola com Riso Nero e Ervas acompanhado pelo Marques de Casa Concha Cabernet Sauvignon 2007     
  • Sobremesa –  Macarron de Baunilha com Figos frescos e Sorbet de Maracujá doce acompanhado pelo saboroso Concha y Toro Late Harvest

Promoção: Expand e VCT Brasil

Data: 03 de novembro, às 20h00, no Bar des Arts Itaim

Endereço: Rua Pedro Humberto, 9 – Itaim Bibi

Preço: R$ 180,00  por pessoa limitado a somente 50 participantes

Reservas: Expand: (11)3847-4700

 

Paella e Vinhos Espanhóis em Leme (SP) / Uruguai e Argentina em Piracicaba – è, não é para esta próxima semana porém sugiro já colocar na agenda. O incansável Luis Otávio promoverá eventos nos dias 10, 18 e 19 de Novembro próximo, agitando nosso interior.

Dia 10/11 – no Montana Steaks de Piracicaba, degustação dos vinhos da Argentina Eral Branco seguido de jantar por R$70,00

Dia 18/11 – No Enopira, degustação de vinhos da uruguaia Carrau seguido de jantar por R$60,00

Paella-2Dia 19/11 – no Carvalho’s Espaço Gourmet, o amigo Juan da Peninsula põe para quebrar fazendo sua já famosa paella e apresenta alguns de seus saborosos vinhos escolhidos dentro o maior e melhor portfólio de vinhos espanhóis disponível no país:

  • Cava Juve Y Camps Reserva Brut 2005- DO Cava
  • Mas Perinet Clos Maria blanco 2006- DO Monsant
  • Sierra Salinas MO 2006- DO Alicante
  • Castaño Hecula 2005- DO Yecla
  • V.H.de Seró Petit Grealó 2004- DO Costers de Segres
  • Enrique Mendoza Shiraz crianza 2006- DO Alicante
  • Mas Perinet- Perinet 2004- DO Priorat

Tem mais, para acompanhar a paella os vinhos Castaño Monastrel Rosado 2008 e Castaño Monastrel tinto 2007, tudo por somente R$100,00. Tá esperando o quê, ligue ou mande um e-mail para o Luis Otavaio e garanta seu lugar porque as vagas são limitadas! Tel- (019 ) 3424-1583- Cel. ( 19 ) 82040406 luizotaviol@uol.com.br  .

 

Cheval des AndesVertical de Cheval des Andes e Prova de Barrica –  Mais um que requer algum planejamento e reserva para garantir um lugarzinho ao sol! Desta feita nem São Paulo, nem Rio, nem Interior, esta dica trata de uma degustação em Buenos Aires promovida pelos amigos da 7Spirits Vinos Del Mundo, um de meus fornecedores de vinho preferidos em terras de Gardel. Grande diversidade, rótulos menos comuns e bons preços, sempre recomendo um contato com o Pablo. Veja a agenda abaixo (será dia 9 de Novembro):

Llega a Buenos Aires el enólogo de uno de los grandes (que digo grandes: enooormes…) vinos argentinos. Llega el francés Nicolás Audebert para celebrar junto a su criatura: Cheval des Andes, el primer vino de Cheval Blanc fuera de Bordeaux. De la mano de Nicolás podremos conocer el próximo lunes 9 de noviembre en el Bistró del Hotel Faena el nuevo Cheval des Andes 2006; la nueva cosecha en la impecable cadena Cheval: 96 puntos Robert Parker (a la fecha la mejor cosecha). Pero además, anticipos de las cosechas 2007 y 2008 (muestras de barricas), junto a las consagradas 1999 (debut) y 2003… Todo de la mano de algunos manjares preparados especialmente por el chef ejecutivo del Hotel Faena, el ex-Bulli Mariano Cid de la Paz.

 Aquí, todos los vinos del evento (recepción, cata guiada, cena tres pasos):

  •  Veuve Clicquot Brut Champagne Yellow Label NV
  •  Cheval des Andes 1999; cosecha debut: Robert Parker 92.
  •  Cheval des Andes 2003. (Aún sin calificar.)
  •  Cheval des Andes 2006; nueva cosecha: Robert Parker 96.
  •  Cheval des Andes 2007; barrel tasting.
  •  Cheval des Andes 2008; barrel tasting.
  •  Afincado Petit Manseng 2006.

 para agendar:

 Día. Lunes 9 de Noviembre de 2009. /  Horario. 20:00 hs. -rogamos puntualidad-.

 Lugar. Faena Hotel + Universe: El Bistró -Martha Salotti 445 Dique 2 Puerto Madero-.

 Chef. Mariano Cid de la Paz -chef ejecutivo Hotel Faena-. Cena en 3 pasos.

 Unico orador. Nicolás Audebert.

 Valor del cubierto por persona. $ 235.- incluye iva. (algo próxio a R$120,00 – pechincha!)

 Formas de Pago. AmEx, Visa, Master, 6 cuotas sin interés. /  Vacantes limitadas. 50 personas.

 Informes e inscripción 0800 777 47487 / NuevoMundo@sietespirits.com

siete spirits

 

Kylix Wine Day – estive lá visitando o amigo Simon e provei alguns vinhos que me entusiasmaram e agora compartilho com vocês como boas dicas de compra:

  • Casal Vechio Pecorino, um vinho branco delicioso, de uma uva pouco conhecida, que me encantou. Trazido pela World Wine.
  • Losada Bierzo 2007, um vinho que literalmente me deixou com água na boca, querendo mais e procurando comida. Grande vinho, muito macio, ótima textura, maravilha. Um vinho trazido pelo amigo Juan da Península.
  • Poggio Argentiera um Morelino di Scansano muito bom que cresceu muito com uma polenta com carne, finger food da La Pasta in Casa, que circulou durante o evento. Muito bom e me lembro que tinha um ótimo preço. Trazido pela Mercovino.
  • Can Bonastre Pinot Noir 2007, um pinot de Penédes na Espanha, muito interessante com boa tipicidade de nariz e cor, nem tanto na boca, muito saboroso. Este é para quem gosta de navegar por mares nunca dantes navegados. Gostei e quem traz é também a Mercovino
  • Nederburg 20/10 Sul-africano o chamado vinho da copa. Bom, bem feito, rico, saboroso vale experimentar e quem traz é a Casa Flora.
  • Herdade Paços do Conde Reserva 2005 que dias depois esteve em meu Desafio Alentejo x Douro. Ótimo vinho que faz jus à fama que o precede. Quem o importa é a Lusitana de Vinhos & Azeites.
  • Enamore 2007, um projeto conjunto da Bodega argentina Renacer e Allegrini que fazem um ripasso argentino muito saboroso. Surpresa muito agradável trazida pela Vinhos do Mundo.

Quanto a preço não sei não, esqueci de marcar, então ligue lá, (011) 3825.4422 ou acesse clicando aqui.

 

Porto AmazoniaSabores da Amazônia aportam no Porto Rubayat – esta me foi enviada pela Sofia Carvalhosa e achei muito legal, tanto que está por aqui como uma dica gastronômica muito interessante. Pirarucu de Casaca, Filhote de Pai d´égua, Filhote em Crosta paraense, Madalenas em Calda da Priprioca, Mundico e Zefinha, Creme de Camarão ao Leite de Castanha e Tapioca, Carpaccio de Pirarucu, sorvetes e doces amazônicos. Os sabores e o saber da floresta tropical vão estar de 6 a 15 de novembro próximos no PORTO AMAZÔNIA, um festival de gastronomia, arte, cultura e saúde, que vai reunir artistas plásticos, fotógrafos, chefes de cozinha e empresários no restaurante Porto Rubaiyat, em São Paulo.  O patrocínio é dos grupos Kroll e Orsa

            Tânia Nascimento, chefe de cozinha do restaurante Lá em Casa (Belém do Pará) e Nonato, mestre palmiteiro, vão se juntar ao nútrologo Carlos Iglesias, do Porto Rubaiyat,  para preparar os pratos típicos da Amazônia e explorar a grande diversidade de peixes, frutas e condimentos da região.  Uma nova grelha foi especialmente construída para preparar os peixes amazônicos. Os clientes poderão escolher Pintados, Pirarucus, Tambaquis, Filhotes, Pacus e camarões de rio, que serão grelhados na hora.  O buffet terá preço fixo de R$ 59/pessoa (almoço, jantar, fim de semana e feriado), incluindo couvert, antepastos, mesas de frios, pratos quentes e sobremesas.  A sustentabilidade também estará presente à mesa. Alguns dos pratos serão preparados com derivados de castanha-do-pará, como azeite extra virgem, creme, granulado, além da própria semente.

             De Segunda à quinta das 12h às 15h30/19h às 0:00h; Sexta das 12h00 às 17h00/19h00 às 00:30h; domingo das 12h00 às 18h00. Preço: R$ 59,00 por pessoa, incluindo couvert, mesa de antepastos, mesa de frios e pratos quentes e buffet de sobremesas.Para mais informações: Tel. (11) 3077-1111 ou acesse o site www.restauranteportorubaiyat.com.br .

Salute e kanimambo

Minha Adega até R$50,00 – Resultado do Painel de Outubro

Adega 2f         Meu genro me perguntou quais os vinhos recomendados no painel de até R$50,00, que publiquei este mês em diversos posts, eu selecionaria para minha adega climatizada de 35 garrafas. Dar uma de Salomão é sempre exercício difícil, mas me meti a rever minhas anotações do que provei para este painel e vi que alguns eu não deixaria faltar na adega não. Daí, trabalhei em cima desses, acrescentei um que não provei agora, mas que não sai da adega nunca (Varanda do Conde), e introduzi três rótulos (marcados com asterisco) de que ainda vou falar, pois dois deles provei ontem e um outro faz somente três dias, mas que não poderiam faltar aqui. Como ele, alguns dos amigos provavelmente tenham tido a mesma curiosidade, então vamos a minha lista de vinhos BGB (Bons, Gostosos e Baratos) que eu colocaria na minha adega e foram destaque neste grande painel em que mais de 100 rótulos foram provados.

Rótulo Produtor/Importador Preço Aprox.
Trivento Pinot Noir 08 Expand R$23,00
Abadias Vega Tempranillo 06 Expand R$24,00
Aurora Espumante Brut Pinot Noir Aurora R$25,00
Marco Luigi Reserva Malbec 07 Marco Luigi R$25,00
Marco Luigi Merlot 05 Marco Luigi R$25,00
Terranoble Carmenére 08 Decanter R$27,00
Alamos Malbec 07 Mistral R$27,00
Loios Tinto 08 Casa Flora R$27,00
Don Pascual Tannat 07 Expand R$28,00
*Herdade das Albernoas 08  Lusitana R$28,00
Mapu Cab/Carmenére 07 Vinho Sul R$28,00
San Esteban Cabernet Sauvignon VSE Classic 07 Vinea R$28,00
Sucre Cabernet Sauvignon 07 Wine Company R$29,00
Gran Theatre Bordeaux 06 Ravin R$30,00
Varanda do Conde 07 (Vinho Verde) Casa Flora R$30,00
Quinta do Encontro Merlot/Baga Winebrands R$34,00
Ostatu Branco Jovem 08 Cultvinho R$38,00
Lindemannn´s Cawarra Chard/Semillon 07 (brco) Expand R$38,00
*Finca Altorfer Malbec 08 Wine Lover´s R$39,00
*Finca Altorfer Blend Malb/Cab. 07 Wine Lover´s R$39,00
Quinta da Lagoalva Castelão/Touriga 04 Mistral R$40,00
Marquês de Borba Tinto 07 Casa Flora R$41,00
Sutil Reserva Malbec 07 Winery R$41,00
Estação Douro 06 Decanter R$41,00
Castillo de Molina Sauvignon Blanc 08  La Pastina R$41,00
Quinta do Ameal Loureiro 07 (branco) Vinho Seleto R$42,00
La Gatte Tradition Bordeaux 05 Mistral R$45,00
Trumpeter Malbec 07 Zahil R$45,00
Quinta do Casal Branco 06 D’Olivino R$46,00
Alaia 04 Peninsula R$47,00
Alain Brumont la Gascogne Tannat/Merlot 05 Decanter R$48,00
Filipa Pato Ensaios Branco 08 Casa Flora R$49,00
La Celia Reserva Cabernet Franc 04 Interfood R$50,00
Prova Régia Arinto (branco) Interfood R$50,00
Chateau Giraud-Cheval-Blanc Bordeaux 2006 Winery R$50,00

          A maioria é relativamente fácil de encontrar, porém se houver dificuldades minha sugestão é contatar o importador/produtor através  dos dados disponíveis aqui em “Onde Comprar” e pedir-lhes uma indicação de ponto de venda mais próximo de você. Amanhã, Dicas da Semana e na Segunda publico post com o delicioso jantar no Franciacorta (recomendo o restaurante) regado com bons vinhos portugueses, um grande encerramento para o saboroso derby português realizado na semana passada.

Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

Alentejo x Douro. Resultados de um Páreo Difícil.

Maravilha este Derby português. Parece o nosso campeonato brasileiro atual, todo mundo parellho com uma diferença muito pequena de pontuação entre os lideres deste embate. Foram doze vinhos de muita qualidade e algumas supresas tendo o gostoso Santa Julia Brut (Ravin) como abre alas para um embate dos mais saborosos.

DSC01622

Dentro os alentejanos, tinha uma especial predileção pelo Vila Santa, Herdade do Pinheiro e Cortes de Cima, mas acabei descobrindo o delicioso Herdade Paços do Conde Reserva que balançou meu coreto. Dos Douros, um monte de pontos de interrogação e uma certeza, o saboroso e fresco Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, que confirmou minhas expectativas, mas me surpreendi com outros. No geral, a comprovação de que vinhos despe porte precisam de tempo para se mostrar e os aprecio melhor quando com quatro a cinco anos de vida, momento em que desabrocham e mostram todo o seu potencial.

Por outro lado, tenho que tirar o chapéu e agradecer pelo grande número de amigos que tem composto a banca de degustadores destes Desafios de Vinhos. Colaboradores importantíssimos destes embates que realizamos mensalmente. Tenho a certeza que se divertem tanto quanto eu, pelo menos assim espero, enquanto desvendamos um pouco mais dos segredos de nossa vinosfera. Agora falemos dos vinhos provados, de suas notas e das sensações que nos despertaram, lembrando que os comentários são um apanhado das anotações de cada um. Obviamente que cada degustador tem suas opiniões particulares, parte das quais nossos colegas blogueiros presentes certamente exporão em seus blogs, mas na prova o que conta é a média de opiniões que é o relatado abaixo.  A ordem comentada, é a mesma do serviço dos vinhos.

DSC01619Alentejo – Corte de Cima 2007 (Adega Alentejana) – um vinho ainda muito novo que precisa de tempo para se mostrar. Creio que se tivéssemos aqui o 2005, que está em seu apogeu, certamente a história poderia ser outra.  Mesmo assim, o vinho não decepcionou não, tendo mostrado muita fruta vermelha no nariz com algumas nuances de baunilha e algum álcool aprecendo, mas sem incomodar. Na boca, apesar da uma hora de decantação que lhe foi dada, o vinho ainda buscava uma maior harmonia. Taninos doces, macio, médio corpo, média persistência e um leve amargor de final de boca. Um bom vinho que vai melhorar muito com mais algum tempo de garrafa. Obteve a média de 84,95 pontos e que, na Revista de Vinhos, oscila entre os 16 a 17 pontos. Preço, ao redor de R$90,00.

DSC01614Alentejo – Herdade Paços do Conde Reserva 2005 (Lusitana de Vinhos & Azeites) – mostra que a idade faz diferença nestes vinhos. Paleta olfativa complexa e de boa intensidade em que se destaca a fruta madura, nota lácteas e algo adocicado. Na boca encanta ao primeiro gole, mostrando bom volume, taninos aveludados, redondo, pleno de sabor com frutas e especiarias inebriando o palato num conjunto muito equilibrado e muito apetitoso com um final algo mineral de boa persistência. Veio com um belo “palmarés” e confirmou que era um sério candidato a levar o premio individual de melhor Vinho da Noite. Destaque especial para o design de garrafa e rótulo que dignificam o vinho. Obteve a média de 87,75 pontos e custa em torno de R$98,00, somente para os leitores deste blog.

DSC01620Alentejo – Monte da Cal Reserva 2004 (Winebrands) – para uns o vinho estava prejudicado com um nariz que denotava indícios de bouchoné, para outros nem tanto. No palato não se sentia tanto, desta forma possibilitando que lhe fosse dado uma nota. Muito mentolado e herbáceo, taninos ásperos, um vinho difícil que nitidamente precisa de uma nova avaliação. Por não termos parâmetros, mas levando-se em consideração que é um vinho com 17/20 pontos na Revista de Vinhos,  acho que o grupo terá que rever o vinho em uma outra ocasião. Mesmo assim, conseguiu obter uma média de 80,75 pontos e custa ao redor de R$65,00.

DSC01615Alentejo – Vila Santa 2007 (Casa Flora) – um vinho que marcou presença e, não por acaso, um dos meus preferidos que fiz questão de de ter presente nesta prova. Nariz marcante, frutas vermelhas (cerejas) com toques florais (violeta) muito atraentes e convidativos. Na boca mostra-se novo com taninos ainda bem presentes, porém finos e sem qualquer agressividade, boa acidez implorando por um bom prato, boa textura, rico, um vinho muito apetecível e mais um que veio para brigar pela liderança. Obteve a média de 88 pontos contra os 91 que a Wine Enthusiast lhe deu. Preço ao redor de R$85,00.

DSC01608Douro – Casa Ferreirinha Vinha Grande 2003 (Zahil) – talvez o vinho mais pronto de todos que pouco ou nada mais ganhará com maior guarda. Desta casa sai o mítico Barca velha o que, por si só, já é razão bastante para nos aventurarmos em seu portfólio de bons rótulos, a começar por este que está absolutamente macio, sedoso e sedutor. Ótima entrada de boca de muita finesse, macio, redondo, saboroso, uma acidez no ponto, equilibrado um vinho muito equilibrado e sem arestas. Muita fruta vermelha do bosque em perfeita harmonia entre olfato e palato, com um final com algo de especiarias. Levantou suspiros e adjetivos como estupendo, sensacional, etc. Mais um candidato que obteve a média de 88,70 pontos e custa R$88,00 na importadora.

DSC01616Alentejo – Herdade da Sobreira 2004 (Interfood) – notas de chocolate e fruta madura no nariz. No palato encontramos taninos potentes bem trabalhados mostrando estarmos frente a frente a um vinho mais encorpado e robusto, de grande estrutura que ainda poderá gerar grande satisfação por mais uns bons quatro a cinco anos pela frente. Uma estilo um pouco mais tradicional, é um vinho que pede um prato de boa consistência e “sustança” para o acompanhar. Muito saboroso e equilibrado, um belo vinho. Obteve a média de 86,10 pontos e custa ao redor de R$90 na importadora.

Alentejo x Douro Quinta-do-fredo 3Douro – Quinta do Fredo 2007 (BR Bebidas) – um vinho muito novo recém saído das fraldas, que precisa de tempo para se estabilizar. A garrafa usada foi de mostra da barrica, sendo que a primeira importação está prevista para chegar até ao final do ano, talvez final de Novembro. Mesmo assim mostrou-se bem, com aromas frutados misturados a nuances de farmácia (acetona) e alguma especiaria. Na boca é intrigante, evolui na taça e mostra taninos de qualidade, final com alcaçuz/anis, um vinho diferenciado que precisa, neste momento, mais do que a uma hora que lhe demos de aeração. Deve evoluir muito bem pelos próximos dois a três anos. Obteve a média de 82,45 pontos e deverá custar algo ao redor dos R$80,00, mais ou menos 10%.

DSC01611Douro – Churchill Estate 2006 (Expand) – aromas bastante intensos de fruta compotada com nuances lácteas, próprio de uma boa aplicação de barrica. Na boca é cheio, complexo, equilibrado, taninos aveludados, boa estrutura, um vinho muito saboroso com um final agradável e de boa persistência que pede por mais uma taça. Obteve a média de 85,55 pontos contra os 90 que lhe foram dados pela Wine Spectator e custa R$88,00 nas lojas da importadora.

DSC01617Alentejo – Herdade do Pinheiro Reserva 2003 (Beirão da Serra) – aromas bastante complexos em que se sobressai muita fruta madura e toques de couro. Apesar do avançado halo aquoso e cor já mais atijolada, o vinho segue vibrante com boa presença de taninos finos e maduros, complexo, algo de fruta seca na boca, rico e mesmo que sem o brilho de sua primeira passada por nossos Desafios, mostrou-se um conjunto bastante harmônico e equilibrado demonstrando ser um dos bons rótulos alentejanos hoje disponíveis no mercado. Obteve a boa média de 88,25 pontos e custa algo ao redor de R$75,00.

DSC01610Douro – Duorum 2007 (Casa Flora) – de aromas ainda tímidos e fechados com nuances de cassis e algo terroso. Mostra-se melhor em boca com bom volume, corpo médio de boa estrutura, elegante, de taninos firmes finos e sedosos, carnoso sem nunca ser “over”, bem equilibrado, evoluindo bem em taça  o que sugere que poderia ter sido decantado por um período algo maior, minha sugestão é de 45 minutos a uma hora quando ele deve se abrir mais e mostrar todo o seu potencial. Muito gostoso e fácil de agradar sendo um vinho bastante gastronômico e fresco com um final algo mineral. Um belo vinho que obteve uma média de 84,90 pontos e custa ao redor de R$60,00.

DSC01612Douro – Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo 2004 (Vinea) – ao conrário do restante dos Desafiantes, este não passa por madeira preservando a fruta e frescor. Mostra-se bem evoluído e frutado nos aromas com leves e sutis toques florais. No palato ainda mostra saúde, bom corpo, intenso e complexo, taninos doces e sedosos com um final de boca gostoso porém um pouco curto. Vinho correto, bem feito, sem adereços nem arestas, bastante franco e agradável. Obteve a média de 84,60 pontos e custa R$75,00 na importadora.

DSC01613Douro – Lavradores da Feitoria 3 Bagos 2005 (Mistral) – fruta em geleia, herbáceo, algo de salumeria e boa presença mineral no nariz que demosntra uma certa complexidade. No palato mostra-se ainda bem firme, boa textura, concentrado, equilibrado com uma acidez gostosa que chama comida, num estilo muito próprio e um final algo especiado. Obteve a média de 85,10 pontos e custa em torno de R$75,00 na importadora.

Desafio terminado, tivemos o interessante fato de que, apesar de o Alentejo ter levado este derby com um total de 5158 pontos contra os 5112 pontos do Douro, o grande campeão da noite, a melhor performance individual ficando com o título de Melhor Vinho, foi o Casa Ferreirinha Vinha Grande 2003, do Douro. Na sequência, Herdade do Pinheiro Reserva, Vila Santa, Herdade Paços do Conde Reserva e finalizando o podium o Herdade da Sobreira, todos do Alentejo. Entre o primeiro e o quarto classificado, uma diferença de menos de um ponto o que poderíamos considerar ser um empate técnico. Uma bela seleção de vinhos com esta quina um degrau acima dos demais num desafio definido pelo fotochart!

O Melhor Custo x Beneficio ficou com o Duorum 2007 e a Melhor Compra o Herdade do Pinheiro Reserva, este último por voto direto. Agora vejamos o vinho preferido de cada degustador e sua pontuação:

  • Ralph Schaffa – Vila Santa – 89 pontos
  • Claudio Werneck – Paços do Conde reserva – 91,5 pontos
  • Breno Raigorodsky – Vila Santa – 90 pontos
  • Francisco Stredel – Herdade do Pinheiro Reserva – 91 pontos
  • Alexandre Frias – Paços do Conde Reserva – 87 pontos
  • Evandro Silva – Vinha Grande – 90 pontos
  • Luis Fernando Leite de Barros – Herdade do Pinheiro Reserva – 91 pontos
  • Fabio Gimenes – Vinha Grande – 96 pontos
  • Zé Roberto Pedreira – Vinha Grande – 91,5 pontos
  • Simon Knittel – Vinha Grande – 89 pontos
  • Daniel Perches – Paços do Conde Reserva – 93 pontos
  • João Filipe Clemente – depois de meia hora de indecisão e por meio ponto sobre o Paços, o Vila Santa – 88,5 pontos.

Alentejo x Douro 012

Caso queira localizar uma loja próximo a você onde possa comprar um ou mais dos rótulos acima, contate o importador ou produtor acessando Onde Comprar.

Salute e kanimambo. Mês que vem tem mais!

Salvar

Champagne Tsarine na BR Bebidas

Jacques-Louis ChanoineA convite do amigo Fredo da BR Bebidas, passei para conhecer esta nova champagne que chega ao Brasil pelas mãos do Vincent Kieffer, um dos baluartes dos vinhos de Provence em nossa terra brasilis através de sua KB-Vinrose. Conheci o Vincent na Expovinis quando trocamos umas idéias enquanto provava alguns bons rosés trazido por ele. Francês boa praça, casou com uma brasileira e acabou ficando por aqui onde encontrou seu habitat na bonita cidade do Rio de Janeiro, mais por paixão dele por nós do que por vontade dela.  Agora o reencontro com mais uma descoberta dele, no mercado faz cerca de dez meses, os Champagnes Tsarine, legal esse garimpo que ele faz e nós aproveitamos. Mais presente no Rio, na carta dos melhores hotéis boutique do Estado do Rio ( La Suite, Santa Teresa,-Rio-Insólito  Búzios, Casa Turquesa-Paraty-) e nas lojas especializadas (Enoteca Fasano,Garcia & Rodrigues, Intervinos, Safra Wine) do que aqui em Sampa, devagar vai ganhando espaço entre as boas lojas do ramos, entre elas a BR com quem mantêm uma parceria.

BR Bebidas 010          Para começar, a garrafa do Tsarine é de chamar atenção, mesmo com uma foto bem ruinzinha como a minha, com um design diferenciado concebido como se fosse um perfume e lembra os telhados das igrejas de São Petersburgo! É um espumante produzido em homenagem aos Czares da Rússia  pela casa Chanoine Fréres (irmãos Chanoine), a segunda mais antiga de Champagne, produzindo desde 1730 em Ebernay. É um champagne muito conceituado, o Cuvée Premium possui 90 pontos na Wine Spectator, sendo presença infalível  na cerimônia dos Cesars (os Oscars do cinema francês). Para quem estiver por Paris, ele é, entre outros lugares, servido no Fouquet’s no Champs Elysées aonde o Presidente Sarkozy foi comemorar sua vitória na eleição presidencial.

          No entanto, não tomamos pontuação nem é de nosso interesse, pelo menos meu, tomá-lo com o Sr. Sarkozy , a não ser que ele me convide o que não poderia recusar (rsrs), então importante mesmo é saber como ele é na boca, que é o que interessa. Nesse dia, cheguei tarde e pouco pude provar do Cuvée Premium , mas me esbaldei com o Rosé. Um champagne marcante, mesmo eu não sendo um grande aficionado deste estilo, que me seduziu. Elaborado com um terço cada de Pinot Noir, Chardonnay e Petit Meneure, é de uma perlage muito fina e abundante com uma paleta olfativa bem frutada e algo floral. Na boca a fruta é exuberante e delicada ao mesmo tempo, balanceada com enorme frescor,  alguma levedura, bom corpo, cremoso e de muita finesse, um rosé diferenciado e muito saboroso. O branco, Cuvée Premium, não deu para provar direito, então não o comentarei hoje, mas já está escalado para uma prova que farei agora em Novembro e que compartilharei com os amigos assim que esteja tudo acertado. Os comentários, no entanto são todos muito positivos e já me deixaram com a curiosidade aguçada.

          Bom para cair fora das tradicionais marcas, presente que deve encantar e surpreender, um preço bem mais acessível que a maioria, certamente uma boa opção para quem busca um espumante mais sofisticado e diferenciado com um custo módico em comparação com o que está hoje disponível no mercado.

Salute e kanimambo.

Ps. quer ver foto bonita? Então clique no link da Tsarine, show de bola.

Alentejo x Douro, um Belo Desafio!

        Um Derby de muita qualidade e vinhos muito parelhos na opinião dos amigos presentes. Mais um Desafio se foi, o oitavo, e outros a caminho com o apoio dos amigos e parceiros do vinho que fazem com que estes encontros mensais sejam um sucesso e uma fonte de aprendizado. Como não pudemos reunir a todos os amigos fisicamente, a forma foi compartilhar virtualmente aqui um pouco das sensações sentidas. Para quem não acompanha estes posts com assiduidade, sempre gosto de deixar claro que estas degustações são o que o célebre critico espanhol José Penin chama de Catas Hedonisticas que nada mais é do que uma prova realizada com um viés técnico porém sem jamais perder de vista o prazer e o sabor. Sempre ás cegas, sempre decantados, sempre seguindo as temperaturas de serviço adequadas e agora, novo padrão, sempre com as boas e resistentes taças Cabernet de 250ml da Arcoroc trazida pela Arc International e disponíveis em seus distribuidores.

          Desta feita doze vinhos, todos tintos, sendo seis do Alentejo e seis do Douro servidos aleatoriamente. Como Desafio Alentejo x Douro 002sempre, já tradição neste tipo de prova, interessantes surpresas no evento realizado com o apoio do Restaurante Franciacorta e o esmerado serviço do Steffano e equipe. Depois falo do jantar, mas a comida estava demais e a cozinha merece um destaque especial. Estes embates são também uma forma de garimpo, de mostrar que há vida, e muito boa vida, abaixo de R$100,00 e quem nem sempre o melhor vinho é o mais caro. Insisto na tese de que nome, origem e camisa não ganham título, mas sim performance o que, no nosso caso, significa o caldo na taça e na boca, o resto é marketing. Por outro lado, cada dia é um dia diferente do outro em que mudam as condições individuais e um vinho que tenha se dado muito bem em um determinado dia, não necessariamente repete a performance em outro, até porque os adversários são outros e as comparações inevitáveis.

              Colaboraram, enviando seus Desafiantes, os já costumeiros parceiros como Zahil, Winebrands, Interfood, Lusitana de Vinhos & Azeites, BR Bebidas, Portal dos Vinhos que nos ajudou na obtenção do Cortes de Cima, Vinea, Mistral, Expand e Casa Flora que mui gentilmente acedeu a minha solicitação especial na participação com dois vinhos que se mostraram importantíssimos no embate. Também o produtor alentejano Herdade do Pinheiro, ganhador de nosso embate de vinhos portugueses de Agosto. Importante frisar que na foto, o Quinta do Fredo é o sem rótulo e não é reserva, sendo esta garrafa apenas uma mostra de barrica. Quando dos comentários, entrarei em maiores detalhes e mostrarei a arte dos rótulos que já recebi.

Clipboard Alentejo X Douro

         Para escolher o Melhor Vinho, melhor Custo x Beneficio, Melhor Compra e a região  ganhadora dete verdadeiro Derby, uma banca composta de 13 pessoas: Breno Raigorodski (Colunista e Juiz FISAR) / Zé Roberto Pedreira e  Fábio Gimenes (Confraria de Embu) / Simon Knittel (Kylix) / Ralph Schaffa (Restauranteur) /  Dr. Luis Fernando Leite de Barros (Enófilo) / Francisco Stredel e Evandro Silva (Confraria 2 Panas) / Daniel Perches (Vinhos de Corte) / vindo do Rio,  o amigo Claudio Werneck (Le Vin au Blog)/ Alexandre Frias (Diario de Baco & Enoblogs) / nossa convidada especial  Eliza Leão (Lusitana de Vinhos e Azeites) e  eu. Dos 13, desconsideramos as notas da Eliza por uma questão ética, mesmo considerando-se que a prova foi às cegas, com notas em ficha de avaliação padrão ABS sendo a mais alta e a mais baixa eliminadas e o restante somado e dividido por 10 dando-nos o resultado de pontuação e ganhador.

Nos próximos dias comentarei os vinhos e os resultados, mas hoje quero mesmo é falar do delicioso espumante que diversos 013tomamos antes do evento. Um deliciosa forma de preparar o palato para o que estava por vir ou, no popular, para limpar a serpentina. Sempre tento trazer alguma novidade e esta foi para mim uma grata surpresa porque já o tinha provado no final do ano passado e este me pareceu bem superior, talvez mais fresco. há que se tirar o chapéu para eles já que conseguiram elaborar um espumante com qualidades, pelo menos a meu ver, que agrada bastante. Foi o Santa Julia Brut, um saboroso corte de Pinot Noir com Chardonnay e Viognier, que chama a atenção na taça por sua tonalidade amarelo palha, brilhante, porém com laivos rosados, provavelmente advindos do alto porcentual de Pinot usado no corte. Perlage abundante, fina e muito persistente. No nariz é tímido com leves nuances florais, certamente uma característica trazida pela Viognier. Na boca é muito agradável, balanceado, Sta Julia - Serviçocremoso, saboroso e refrescante com algo de frutas tropicais. Elaborado pela bodega Santa Julia do grupo Zuccardi, a importação está hoje a cargo da Ravin. Com um preço bastante competitivo e em linha com os bons espumantes nacionais, é certamente mais uma boa opção a ser considerada na hora de escolher o que comprar. Neste verão, certamente uma ótima opção para receber os amigos nos fins de semana e fazer bonito, especialmente para quem gosta de mostrar produtos diferenciados e menos comuns aos já amplamente conhecidos pelos aficionados. Os espumantes argentinos entre nós, nunca gozaram de muita estima ao contrário dos vinhos tranqüilos, mas pelo que tenho provado as coisas começam a mudar, OJO!

            Amanhã , ou depois, comento em detalhes a nossa epopéia e depois o delicioso jantar acompanhado do muito bom Aveleda Follies Alvarinho (Interfood) e do campeão de custo x beneficio, o saboroso Herdade Paços do Conde (Lusitana) ótimos companheiros aos pratos apresentados, pelo menos a meu ver.

Salute e kanimambo

Noticias do Mundo do Vinho

Wine globe 3Uma série de novidades no mercado que gostaria de compartilhar com os amigos:

Mistral lança seu novo catálogo recheado de novidades – Tanto novos produtores, incrível o tamanho do portfólio, como novos rótulos de seus tradicionais produtores. Dos novos produtores destaque para; o prestigiado Max Graillot, filho de Allain Graillot, os cultuados vinhos El Nido, da Espanha, Terlato & Chapoutier, a nova empreitada de Michel Chapoutier na Austrália, a vinícola chilena totalmente orgânica Nativa Viñedos Orgánicos  e a americana Paul Hobbs Winery. Dos produtores já consagrados, também  novos vinhos, como o Montes Alpha Carmenère, da Viña Montes, o branco da argentina Masi Tupungato, o torrontés de Ernesto Catena, o espumante Rosé da brasileira Vallontano,  entre outros lançamentos.  Vale checar e garimpar.

Villa Francioni lança o Michelli 2005 – Com apenas 2500 garrafas produzidas e após longos 48 meses de processo de elaboração e amadurecimento, chega este que pretende ser o vinho super Premium da vinícola, um corte de Sangiovese, Cabernet Sauvignon e Merlot com umteor alcoólico de 14%. Preço de vinho ícone, por volta de R$198,00, um novo rótulo brasileiro a ser conferido. Veja mais no site da vinícola; www.villafrancioni.com.br.

Prosecco Corte Viola 1FOX Imports traz Proseccos – Um dos meus preferidos proseccos Low Budget que frequentemente  recomendo para eventos, casamentos, festas, etc. é o Corte Viola.  É um espumante leve, fresco e muito agradável com uma excelente relação custo-benefício. Afora isso a empresa também importa um prosecco DOC num degrau de qualidade superior e na versão Brut o que não é muito comum se ver no mercado. Em Novembro entrará em meu painel de espumantes com degustação às cegas e veremos como se comporta. Enquanto isso procure no seu fornecedor mais próximo ou contate o importador para checar onde obter seus produtos

Garibaldi Segue Colecionando Ouro – Mais dois espumantes da Vinícola Garibaldi conquistaram premiações em concurso internacional. Desta vez foi na Espanha, durante a 3ª edição do Concurso Internacional Vinos y Espirituosos (CINVE), realizado no Hotel Alfonso XIII, em Sevilha, entre os dias 25 e 27 de setembro. Os espumantes Garibaldi Moscatel e Brut Chardonnay receberam Medalha de Prata, confirmando o reconhecimento por sua qualidade, refrescância e aromas marcantes. O concurso reuniu 642 amostras de 14 países, que foram avaliadas por um painel de 49 degustadores internacionais.

Vinhos da Miolo Premiados na Alemanha –  concurso Anuga Wine Special 2009, da Alemanha, analisou mais de 220 vinhos de 12 países e premiou sete vinhos brasileiros, sendo dois da Miolo Wine Group. O Lote 43 (2004) e o Fortaleza do Seival Tannat (2006) receberam, respectivamente, medalha de prata e bronze. Os vinhos foram degustados às cegas do master of wine alemão Marcos del Monego e sua equipe de sommeliers. A Alemanha é um dos quatro grandes mercados visados pela Miolo para ampliar suas exportações e chegar a 34 países – hoje a empresa vende para 28 países e a linha de produtos do projeto Quinta do Seival seguem dando bons frutos graças ao trabalho competente do enólogo e amigo, Miguel de Almeida.

Alentejo x Douro Quinta-do-fredoQuinta do Fredo – Produção limitada a 2.000 garrafas, Douro, pisa a pé, corte tradiciomal de Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Francesa e Tinta Barroca com seis meses de barrica, está chegando o vinho especialmente elaborado para o Fredo da BR Bebidas. Logo, deverá estar na loja onde é sempre interessante  garimpar novos rótulos com bons preços, marca registrada da casa.

Berenguer Imports – Mais uma nova importadora no pedaço, só que esta vem com o experimentado e capaz Charlston Dalmonico capitaneando a nau em seus aspectos comerciais. É uma questão de tempo para que os amigos venham a conhecer o resultado dos investimentos e escolhas selecionadas feitas pela equipe. Só para deixar alguns com água na boca e antecipando algumas informações, porque estou para fazer uma prova quando poderei tecer mais comentários, sobre os produtos que serão importados:

  • Da Argentina vêm a família Filosur do conceituado produtor Andeluna, vinhos de autor de Carlos Balmaceda Arroba 2006 e os vinhos da AVE Wines, um projeto italiano  em Mendoza.
  • Do Chile, a linha de vinhos Pirque Estate Reserva que dispensa apresentações, Pacifico Sur e I Wines, vinhos de autora (Irene Paiva)  que terá o rótulo I Latina um gran reserva syrah como seu rótulo de apresentação ao mercado.

Depois falo mais, mas como já dizem os hermanitos, OJO neles!

Decanter News – um resumo de algumas das novidades recebidas em newsletters recebidas:

  • Redução de conteúdo alcoólico – Cerca de 50% dos consumidores do reino Unido afirmaram em pesquisa, que prefeririam vinhos de menor teor de álcool desde que essa redução não acarretasse detrimento no sabor. Fato que não é isolado no mundo, onde as pessoas começam a fugir de vinhos excessivos.
  • Bordeaux – 2009 está prevista ser uma grande safra, mas preocupações existem quanto a excesso de extração e altos teores alcoólicos, contramão do mercado, devido a uvas muito maduras. Um grande desafio para os enólogos com, os melhores, provavelmente trabalhando muito bem esses excessos da natureza, outros não. Esperemos 2011 para conferir!
  • Penfolds Grange em Hong Kong – esta é para os ricaços e colecionadores de plantão. Um vertical completo (750ml) deste mítico vinho australiano de 1951 a 2004 e outro de garrafas magnums de 1979 a 2004. Leilão para poucos, mas se tiver a fins, é dia 5 de Novembro, clique aqui.
  • Bar de Degustação em Bordeaux – esta é para os amigos que estão com viagem programada para aquelas bandas e querem provar um Cheval Blanc, Chateu Ausonne e Chateau Smith Haut Lafitte entre outras preciosidade da margem direita que estarão á disponibilidade dos aficionados. Com máquinas Enomatic como as que o Santa Maria tem (veja matéria aqui) e cartões pré-pagos de 25 a 75 Euros, você poderá se esbaldar e conhecer diversos desses mitos, dizem que o Petrus e Chateai Le Pin ainda virão, por muito pouco. A Decanter não diz o nome do local, baita sacanagem, mas estando lá não deve ser difícil de encontrar. Bon Voyage.

Noticias de Portugal:

  • RegiaodeLisboaCVR Lisboa, reformula sua imagem – A Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, acabou de realizar um rebranding que passou pela alteração da sua linguagem gráfica e comunicacional, tendo alterado também o seu logótipo. A nova imagem, desenhada pela Opal Publicidade, transmite, por um lado, uma característica de “modernidade” e por outro, representa alguns dos aspectos mais marcantes e característicos da região de Lisboa, como o mar (cor azul e forma ondulada), as encostas (cor castanha e com inclinação), bem como as vinhas representadas pela cor verde. A origem dos vinhos neste caso, ganha, na nova imagem, uma maior relevância, permitindo que os seus clientes, nomeadamente nos mercados internacionais, identifiquem claramente a geografia da sua proveniência.
  • National Geographic Society Coloca Douro em 7º Lugar – O Douro conquistou o sétimo lugar de um total de 133 Vinhas no Douro 3destinos turísticos sustentáveis da National Geographic Society, ficando à frente de regiões como a Toscana (Itália) ou o centro histórico de Salzburg. O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, afirmou que “este é um reconhecimento excepcional que confirma o sentido do trabalho que tem sido realizado para converter o Douro num destino turístico de excelência, com elevados critérios de sustentabilidade e qualidade”.  Depois da classificação como Património Mundial da Humanidade em 2001, a mais antiga região demarcada do mundo – o Douro – participou no concurso das “7 Maravilhas da Natureza”, ficando entre os 77 melhores, e foi agora destacada pela National Geographic. (Fonte: Infovini)
  • Colheita 2009 será Magnífica para a Alvarinho – Devido às ótimas condições climáticas que se fizeram sentir durante o período de maturação, nomeadamente temperaturas favoráveis, associadas às reduzidas amplitudes térmicas e a diminuta precipitação, a maturação foi ideal para produção de uvas com uma excelente relação açúcares/acidez. Segundo o Presidente da APA Monção e Melgaço, José Aleixo Caldas, “este tempo quente e seco que se fez sentir nos meses de Agosto e Setembro foram formidáveis para uma correcta maturação da casta Alvarinho”. José Aleixo Caldas afirma que “nunca se viu um período de vindima com estas temperaturas. A Colheita 2009 será uma das melhores colheitas que a Sub-região de Monção e Melgaço apresentou aos apaixonados dos monovarietais de Alvarinho.” José Aleixo refere, “Neste momento os mostos apresentam um potencial aromático extraordinário. Vamos ver como irão evoluir nos próximos meses” (Fonte: Essência do Vinho)

Salute e kanimambo.

Reflexões do Fundo do Copo – Domestica-se Vinho Selvagem, Tannat e Outras Cepas

breno3          Ao pensar nesta rápida viagem que minha mulher e eu fizemos para Montevideo e Buenos Aires, não pude deixar de lembrar da Roberta Bündschen, que um dia entrou na minha sala com seu passo de modelo, dizendo que adorava a carmenère. A Roberta, na época uma eficiente estagiária de atendimento da agência de propaganda por onde militei uns tantos anos, tinha este apelido porque parecia estar sempre desfilando em vez de andar. Atendia um pouco de tudo, inclusive a conta da Interfood e estava se iniciando em vinhos, quando veio com essa – Adoro Carmenère!

         Espero, Roberta, que passado alguns anos você continue mantendo seus amores desde que sem fidelidade canina a eles, porque o mundo do vinho e muito mais rico do que isso, só uma uva entre tantas não dá, não precisa, não carece. Tentamos desesperadamente nos segurar na ponte criada por uma certeza interior, uma coisa que não deixa a gente cair nos vazios da diversidade sem fim que a realidade nos apresenta. E a certeza, o gosto já constituído, acaba nada mais sendo que o fator limitador de novas experiências, quem sabe tão surpreendentemente gratificantes como a que nos proporcionou aquela outra que nos serve de guia. Gratificações que ocupam lugares diferentes no cérebro da gente, diga-se, mas que podem ativar sensações de intensidade igual.Videira

        Alguém, lá pelos lados da racional Alemanha, inventou esta coisa de oferecer ao bebedor de vinho a uva responsável pelo resultado embalado dentro de uma garrafa de vinho. Por exemplo, vinhos cujo rótulo apresenta estampado “Carmenère” dá uma sensação de conhecimento maior do que, por exemplo “Chianti”, que nada quer dizer, a não ser o nome de uma denominação de origem, ou Barolo. Simplificou a escolha do consumidor com isso, mas banalizou – todos sabemos – informou por baixo, como se a uva, coitada, fosse responsável por tudo que um vinho pode dizer em termos de sensações. É que assim como a racionalidade alemã nunca foi tão racional, basta ver sua mitologia extremamente rica em mistérios, esta história de ficar informando sobre os varietais sempre escondeu realidades que ficaram muito aquém deste simples conhecimento. Pois um vinho de 3 euros produzido com as uvas Cabernet Franc e Merlot, mesmo que fruto do terroir genérico Bordeaux, não expressa tudo que estas uvas podem dar, vide um ‘Cheval Blanc” que a galope pode nos mostrar.

        O Uruguai já foi a terra daquele vinho de macho, cavalo indomável, tannat, uma uva que caracteriza um vinho perdido perto dos Pirineus do lado francês, uma certa Madiran, mais uma das quase infinitas denominações controladas que existem na França. Ela trilha um caminho ascende, como outras tantas uvas que abrem espaço na constelação internacional, cansada de guerra das cabernet sauvignon  e chardonnay da vida. Pois não é que aplicaram o mesmo sedativo a esta uva, o mesmo que deram para o malbec na Argentina, o mesmo que aplicam ao Primitivo e ao Sangiovese na Itália, o mesmo que está trazendo a Baga portuguesa para o mundo moderno?

Gimenez Mendez       O sedativo é à base de micro-oxigenação que está conquistando as Robertas Bündchen, eu e você, principalmente quando a personalidade da uva não é afogada por um excesso de madeira, que tudo pode dominar… Fui mais longe, fui atrás até do vinho vendido em caixinhas tetrapack, que é o jeito que os uruguaios tomam seu vinho de mesa. Fui a Ariano e a Gimenez Mendez ver como duas matriarcas do bem, como a Marta Mendez Parodi e Elisabeth Ariano chegam a excelência com seus vinhos super premiados, tanto quanto os da Bouza. Reencontrei o Puzle, um vinho que os ingleses estão encantados, apesar de ter em seus intestinos tantas variedades de uva que nenhum kantiano puro deveria degustar!

        Fui mais longe ainda. Peguei o Buquebus, atravessei aquele rio da Prata sem fim para me encontrar com uma uva perdida nos rincões do Piemonte da Itália e dos desertos mendozinos da Argentina, a Bonarda, que muito bem trabalhada vem dando o que falar fora de seus lugares de origem. Dá vontade de simples dizer: Roberta, adore todas as uvas ou nenhuma. Roberta, goste do que o homem tem realizado com as uvas que a terra lhe dá.

        Venho batalhando, em termos de marketing, para bater o martelo numa uva que possa ser tão importante para o Brasil como a malbec foi para a Argentina, a Tannat tem sido para o Uruguai, a Shiraz foi para a Austrália e todo o resto. Mas acho que este papo está ficando sem sentido. Os consumidores estão percebendo que este marketing está ficando superado demais, que a uva identificadora de região já não é mais a mais importante, a que melhor define aquela terra, por mais que não se faça melhor carmenère que o Chile, melhor pinotage que a África do Sul, ao menos até agora.

       O Tannat e a Bonarda estão totalmente dominadas, domadas para conquistar o mundo dos vinhos de classe, não precisam mais contentar-se com o espaço reservado aos vinhos de mesa.

Mais um texto do amigo e colaborador, agora com participação quinzenal aos sábados, Breno Raigorodsky; 59, filósofo, publicitário, cronista, gourmet, juiz de vinho internacional e sommelier pela FISAR. Para acessar seus textos anteriores, clique em Crônicas do Breno, aqui do lado.

Dicas da Semana

          Produtos para compra, gastronomia, degustações um pouco de tudo para permitir que você aproveite os prazeres de nossa vinosfera e se dê bem. Aproveitem.

Encontro Papo de Vinho – Um lembrete deste primeiro encontro promovido pelo colega blogueiro Beto Duarte que promete ser muito bom e conta com diversas importadoras e produtores nacionais, mais de 16 pelas últimas contas. Eu e diversos outros colegas do Enoblogs estaremos por lá, quem sabe não nos encontramos?

Flyer+Papo+de+Vinho

 

Degustação de Néctares de Bordeaux – mais um lembrete para esta incrível degustação que, a meu ver, é uma tremenda oportunidade de conferir alguns dos melhores vinhos do mundo. Considerando-se a frota estrelar presente mais o gabarito do apresentador, o preço possui uma ótima relação custo x beneficio e ainda tem o jantar com novidades Suiças da Vitis Vinifera.

Odisseia

 

Grandes Vinhos Argentinos na Portal dos Vinhos – na sequência das muito boas degustações temáticas promovidas pelo Emilio, esta neste Sábado é muito interessante.

Argentino na Portal dos Vinhos

 

Kits CultVinho. A nova importadora de vinhos espanhóis que já apresentei aqui, já está com disponibilidade de alguns kits para as festas de fim de ano que se avizinham. Abaixo duas dicas, mas vejam só como eles são cuidadosos no atendimento de seus pedidos e no trato do vinho; além do tradicional e nem sempre realizado transporte dos vinhos da Europa para o Brasil em containeres climatizados, a guarda dos vinhos e sua entrega aos clientes também mereceu atenção especial da importadora. Em São Paulo, onde fica a sede da empresa, os vinhos são mantidos em armazéns refrigerados com temperatura constante de 18°C. “Além disso, investimentos na criação de estrutura de entrega com mini-caminhões climatizados para manter as condições ideais constantes, garantindo assim o sabor e as características dos vinhos íntegros até ele chegar ao consumidor”, explica Armando Gaspar, sócio da CultVinho, lembrando que os engarrafamentos no trânsito e o calor que normalmente atinge a cidade de São Paulo pode afetar a qualidade dos vinhos durante a entrega. “Queremos garantir que nosso consumidor receba um produto como se estivesse na Espanha”, destaca. É pouco?! Veja os kits.

CultVinho Kit 1Kit Casado Morales, que leva o nome de uma das bodegas representadas pela empresa, traz dois tintos da região de Rioja Alavesa ao preço de R$ 140,00: o estruturado Nobleza Dimidium 2007 e o equilibrado Casado Morales Crianza 2006. Ambos os vinhos são feitos majoritariamente com a uva Tempranillo e levam 10% de Graciano.

CultVinho Kit 2Kit Luiz Alegre (outra bodega da região de Rioja Alavesa que a CultVinho está trazendo com exclusividade ao Brasil), conta com dois vinhos tintos e um espumante Cava. Os escolhidos foram o encorpado e aromático Luis Alegre Reserva 2004, feito com 90% de Tempranillo e 10% de Graciano e Mazuelo, e o saboroso e elegante Luis Alegre Crianza 2005, produzido com 85% de Tempranillo e 15% de Garnacha, Graciano e Mazuelo. A cava é a Fincalegre Brut, de aroma de fruta e jasmim e sabor refrescante. O valor do kit é de R$ 290,00.

Gostou, então contate o pessoal acessando o site >> www.cultvinho.com

 

Casa Marin na Portal dos Vinhos.  Esta é de parar o trânsito da região, os vinhos da Casa Marin chegam ao Morumbi e você terá a aoportunidade de provar, e comprar, algumas preciosidades. São vinhos de excelente qualidade, ícones de uma região e recomendo muito fortemente o espetacular Miramar Syrah e os estupendos Sauvignon Blanc Laurel e La Abarca Pinot. Esta é uma degustação imperdível para os apreciadores de bons vinhos do Morumbi/Pananby e arredores conferirem o porquê de tanta fama mundial e tanta pontuação. Pelo que me lembro, acho que eles não têm um vinho avaliado abaixo de 90 pontos. Eu estarei no encontro Papo de Vinhos, mas depois venho para cá, é bom demais da conta sô!!

Portal & Casa Marin

 

Vinhos do Mundo e BrancoTinto – Para quem é do interior de São Paulo, especialmente os amantes do vinho na região de Indaiatuba e campinas, eis uma interessante Mostra de Vinhos a ser visitada neste Sábado. Por sinal, esse Petit Verdot da Casa Silva é estupendo!

Mostra de Vinhos - BrancoTinto

 

Wine Week, uma bela sacada do amigo Didú Russo e alguns produtores nacionais. A um preço subsidiado pelos produtores, os restaurantes participantes disponibilizarão dez rótulos escolhidos a dedo e, a cada garrafa comprada, R$1 vai para a AACD no período de 19 de Outubro a 1 de Novembro. Muito legal esta iniciativa só acho que poderiam elevar esse valor de um para cinco Reais, quem sabe da próxima vez. Você pode checar no site http://www.wineweek.com.br/ quais os restaurantes e vinhos que participam do evento, mas dou aqui duas dicas que recebi :

Praça São Lourenço by NightPraça São Lourenço – A casa completou quatro anos em 2009  e,  para celebrar,  reformulou completamente seu menu sob a batuta da chef Ana Soares e execução do competente chef Cristiano Xavier . Agora, quem freqüentar o restaurante Praça São Lourenço – famoso por ser um refúgio de bom gosto na agitada Vila Olímpia – pode provar pratos produzidos de forma rústica no forno a lenha e com influências italianas. O preparo dos pratos no forno a lenha traduz, de forma harmoniosa, o calor e a simplicidade sofisticada presentes no restaurante. A nova cozinha dialoga com este espaço chique e despojado. “É uma cozinha de sabor, de memória e dos sentidos”, diz um dos sócios, João Paulo Gentille. Para acompanhar, todos os 10 vinhos da Wine Week estarão disponíveis.

Salton Volpi Gewurztraminer2Salton – Um dos principais produtores brasileiros participa deste evento com seu Volpi Gewurztraminer. “A linha Volpi da Salton sempre é uma boa escolha. Esse Volpi Gewurztraminer sorteado para participar do Wine Week representa senão o melhor, um dos melhores gewurz brasileiros. Um vinho que merece ser provado com sabores de lichia, creme nívea, muito floral, fresco e sedutor. Você vai adorar”, indica Didú. O Salton Volpi Gewurztraminer será vendido nos restaurantes participantes do evento a R$32,00 a garrafa. Essa linha de vinhos que tem também os muito bons Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e um dos meus brancos favoritos o Sauvignon Blanc, é uma das boa opções de vinhos disponíveis no mercado e, muito importante, com bons preços.

 

Magia dos Vinhos Biodinâmicos em Porto Alegre – Dia 28 de Outubro na Adega Uniagro , a incansável Maria Amélia Duarte reúne amigos para um bate-papo e degustação de vinhos orgânicos e biodinâmicos. O termo vem grego bio(vida), e dunamis (força); a biodinâmica é a “força da vida”, “teoria das forças vitais”.  Uma maneira de estar e sentir agricultura e vida como parte integrante de um ecossistema com extensão cósmica, mais do que uma ciência aplicada. Tem o pensamento mais radical que o orgânico, mas a mesma origem: o excesso de química do século XX aumentou a produção, destruindo pestes, mas também destruiu ecossistemas e, assim, o terroir.

              Várias práticas biodinâmicas nascem em agriculturas primitivas proibidas pela Inquisição, vistas como bruxarias, como o calendário lunar e marés. Steiner organizou conceitos, agregando o lado filosófico e esotérico da questão. Uma das diferenças essenciais entre orgânicos e biodinâmicos é o tempo do plantio, regulado conforme as fases da lua. Além de uma teoria ou prática, o biodinamismo é também um estilo de vida da maioria dos viticultores que o seguem; o mercado gosta de chamá-los de “neo-hippies” devido a esta forma de viver vinculado a natureza e energias do universo.

             O biodinamismo considera a polaridade dos seres vivos, equilíbrio entre forças materiais da terra e forças energéticas: a influência do sol, lua e outros astros, mínimo de interferência humana, nada de química. Acredita-se que esses vinhos potencializem o terroir, em aromas, sabores e longevidade, sem filtros de defeitos. Não precisa ser bom, tem que ser verdadeiro, “não há safras boas ou ruins, são as formas de expressão da natureza em cada ano, em cada momento. O agricultor deve compreender a essência da vida e ajudar esta reconstrução. Se a natureza é agredida, ela responde.”

Vinhos:

  • Domaine Zind Humbrecht, Riesling, Alsace, França
  • EQ Matetic Sauvignon Blanc . DO San Antonio, Chile
  • Marimar Torres Estate Chardonnay, DO Russian River Valley, Estados Unidos
  • Viña Emiliana Coyam 2005 . Chile
  • Avondale “The Owl House” Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2003 . Paarl, África do Sul
  • EQ Matetic Syrah 2006 . DO San Antonio, Chile
  • Il Segreto Chardonnay Brut Organico . San Rafael, Mendoza, Argentina
  • (degustação de um vinho surpresa)

Valor individual – R$ 120,00 (incluso palestra, vinhos, apostila, certificado, pães, tábuas de frios e brinde com espumantes). Como são apenas 12 vagas, sugiro contatá-los logo pelo telefone (051) 9331 6098 ou por e-mail  mariaamelia@vinhoearte.

 

Assemblage Wine Dinner no Batuto, aqui na Granja Viana. Uma boa dica para os apreciadores de vinho da região. Jantar harmonizado com os vinhos da argentina Malma por um preçinho camarada e ainda ganha um bônus para gastar na loja, nada mau e vale conferir.

Assemblage Wine Dinner

Painel de Vinhos até R$50,00 – Última parte (de R$30 a 50,00)

               Chegamos ao final de mais esta viagem e, enquanto retomo o fôlego para partir em mais um garimpo por vinhos de qualidade que caibam no bolso, fiquem aqui com meus comentários e impressões sobre a última lista dos vinhos que, a meu ver, são altamente recomendados dentro desta faixa de preços. No todo, uma prova de que existe vida, e boa, nos vinhos mais econômicos. Nem todos podemos gastar os tubos em grandes rótulos, somente de forma mais parcimoniosa, e a busca destes rótulos é essencial para quem gosta e tem o costume de tomar vinho diariamente sem correr o risco de criar um enorme rombo no orçamento ou, ainda, para quem se inicia nas prazerosas trilhas do universo de Baco. Espero que esta coleção de rótulos provados possam lhe ajudar em seu próprio garimpo, são vinhos que Tomei, Gostei e Recomendo.

Prova RegiaProva Régia 2008 (Interfood-Portugal) 100% da cepa Arinto de aromas tropicais, na boca é refrescante, sedutor, rico e elegante mostrando-se algo crocante. Uma grande companhia para frutos do mar e um vinho delicioso que deixa na boca um gostinho de quero mais.

Bordeaux La GatteLa Gatte Tradition Bordeaux 2005 (Mistral-França) um vinho jovem que não passa por madeira e está com um preço ao redor de R$45. Pleno de sabor, leve, suave, fácil de beber e harmonizar com os pratos de nosso dia-a-dia, mineral e harmônico, um grande achado e uma ótima introdução a Bordeaux num preço bem acessível, ainda mais com o Real se valorizando como está.

Alaia 2004 (Peninsula-Espanha) Apresenta bastante complexidade de sabores e aromas para um vinho Alaianesta faixa de preço e uma experiência única já que é um corte muito bem elaborado com uma uva autóctone pouco conhecida por aqui, a Prieto Picudo, que é a cepa protagonista, tendo a Tempranillo e Merlot como coadjuvantes e um leve aporte de madeira. Aromático, muita fruta negra no nariz, já mostrando sua face mineral. Na boca está tudo lá, a fruta fresca, algo de chocolate, num corpo médio e equilibrado, redondo mostrando boa textura e taninos finos, mas acima de tudo o que mais me encanta neste vinho é sua identidade e personalidade diferenciada. Encontrei-me ontem à noite com o amigo Juan (Peninsula) e ele me confirmou, é seu rótulo mais vendido. Não é à toa!

Hacienda la Laguna Cabernet/Merlot (Zahil-Chile), este provei recentemente numa degustação da Zahil e achei que cabe bem aqui nesta pequena seleção de rótulos. Corte mais tradicional, correto, bem feito, redondo, sem arestas pode não chegar a empolgar, mas é um vinho difícil de alguém não gostar. Uma ótima opção para um evento de qualidade que certamente agradará a todos, apreciadores ou não.

Bordeaux Chateau Giraud ChevalChateau Giraud-Cheval-Blanc Bordeaux 2006 (Winery-França) ainda um pouco fechado, mas mostrando complexidade, boa estrutura, taninos finos, elegantes e amistosos, bem equilibrado, final aveludado e saboroso um bom vinho para acompanhar comida, mais do que para tomar solo e um preço muito camarada.

Quinta da lagoalvaQuinta da Lagoalva 2004 (Mistral-Portugal), vinho correto, bem feito e equilibrado do qual poderia tomar garrafas. Com 50% passando em madeira, é um vinho que está absolutamente sedutor, leve para médio corpo, muito rico em sabores que encantam o palato, macio, equilibrado com boa acidez o que lhe dá um certo frescor, mostra taninos redondos, sedosos e amistosos que alongam o final de boca deixando um gostinho de quero mais.

Diversos 074Castillo de Molina Sauvignon Blanc 2008 (Casa Palla), um vinho de primeira linha muito fresco e mineral que encanta ao olfato e satisfaz o palato deixando-nos com água na boca a pedir mais, já que a garrafa desaparece rapidamente. Ótima companhia para frutos do mar e certamente deverá acompanhar bem umas costelinhas na brasa. Mais um belo vinho branco encontrado nesta faixa de preços.

CeirósCeirós Douro 2006 (BR Bebidas/Vinhas do Douro), direto da garrafa para a taça, o vinho é impactante, vinhoso de aromas não muito sedutores.  Deixe-o respirar e desfrute de um vinho untuoso, fruta madura (ameixa), bom volume de boca, rico, taninos presentes, mas bem equacionados num final de boca longo, macio e algo apimentado. Um vinho essencialmente gastronômico para quem não tem pressa. Decante por cerca de 45 minutos, o vinho se transforma!

Diversos 075Monte da Cal 2006 (Winebrands-Portugal), um vinho algo rústico, mais tradicional, encorpado que necessita de um prato condizente para mostrar todos os seus atributos, Se pensar nele como um vinho para bebericar com os amigos, esqueça e escolha outro, mas se quiser um bom vinho numa noite fria de inverno para acompanhar um puchero ou algo similar, os alentejanos o acompanham com uma bela carne de porco com feijão branco, não se esqueça deste rótulo que certamente fará bonito. Rico, boa textura, denso, um vinho muito bem feito para quem aprecia vinhos de boa estrutura e não que gastar muito.

Trumpeter Malbec 07 (Zahil-Argentina), esta casa, Rutini, trabalha muito bem com esta cepa produzindo vinhos Varios 024bastante elegantes e esta família Trumpeter, é um dos grandes campeões custo x beneficio no mercado. O Malbec 2007 está especialmente saboroso e macio, bem frutado, bom volume de boca, taninos sedosos, corpo médio com um final especiado e muito agradável. Um bom malbec, sem exageros e sem arestas que o faz extremamente prazeroso de ser tomado tanto solo como acompanhando uma boa carne.

Varios 029Filipa Pato Ensaios Branco 2008 (Casa Flora-Portugal) corte de Bical e Arinto que passa um mês fermentando com leveduras indígenas, pare em tanques de inox e parte em madeira. Aromas delicados, de boa intensidade, muito fresco, saboroso, cítrico e mineral, tem um final de boa persistência que convida á próxima taça. Uma ótima opção como aperitivo e boa companhia, certamente, para umas pataniscas de bacalhau ou sardinhas na brasa.

Diversos 095Estação Douro 2006 (Decanter-Portugal), os amigos que me perdoem, mas o tugas estão deitando e rolando. Mais um bom rótulo que vem do Douro com preço bem acessível para a qualidade. Algo frutado e floral no olfato, na boca é franco e direto dizendo logo ao que veio, te agradar. Não complica, é redondo, taninos finos e  sedosos corpo médio e amistoso ao palato com um final muito saboroso que pede a próxima taça, fácil de harmonizar e mais fácil ainda de gostar.

                É isso meus amigos, mais uma jornada terminada e outra já em andamento, que compartilharei com vocês lá para o final de Novembro, pois navegar é preciso! Caso queira localizar uma loja próximo a você onde possa comprar um ou mais dos rótulos abaixo, contate o importador ou produtor acessando Onde Comprar

Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.