Sábado sem Breno

               Hello Kitty Pinot Nero ou Beaujolais Noveau, você compraria? Recebi da revista Decanter a informação de que uma vinícola italiana da Lombardia lançou uma linha de vinhos com a marca Hello Kitty. Fui pesquisar e já teve Bordeaux, Beaujolais-Nouveau e otras cositas más! A Hello Kitty tem sua marca associada a mais de 50.000 itens disponíveis no mercado e só não permitem a ligação da marca com facas (?) e bebidas destiladas pesadas como whisky e vodka só que, estranhamente, sake pode! Tá, sake é mais maneiro, já sei, mas sobe que é uma beleza! Bem, desta feita o produtor é a italiana Tenimenti Castelrotto que lançou um Pinot Nero com vinificação em branco (Angel) e um tradicional tinto (Devil), assim como dois espumantes e já estão vendendo, inclusive, nos Estados Unidos. Se fosse aqui acho que nem entrava no país, mas no Japão, seu mercado foco, a febre ultrapassa os teens e segue nos jovens adultos de de 20 a 25 anos que é a que os produtores querem ganhar para fidelizar o futuro. É, uma mostra clara das diferenças culturais entre dois povos!  Veja o slide show com alguns dos rótulos Hello Kitty que achei na net e acreditem, tinha até um estande na Vinitaly 2008!

[rockyou id=138672336&w=426&h=320]

———————————————————————–

Esta é para as minhas amigas leitoras. Deve ter sido, obviamente, escrito por alguma feminista recalcada, mas pelo menos esperituosa. rsrsrs Não concordo com o conteúdo, somente com a chamada, porém este é um espaço democrático, ou quase, e o senso de humor ainda não perdi, então lá vai:

Men-are-like-Fine-Wine

Homens São Como Vinhos Finos

Todos começam como uvas e cabe-nos pisá-los e mantê-los no escuro até ao momento em que maturem em algo com que nos interesse jantar junto.

Engraçadinhas!

Salute, kanimambo e bom fim de semana, a coluna do Breno volta sábado que vem.

Dicas da Semana

                    Como prometido ontem, inicio esta lista com uma ótima sugestão de compra, os vinhos da Herdade do Perdigão. Não contente com essa dica, tem mais vinhos lusos num bota-fora da Lusitana visando acertar estoques e reformular portfolio. Tem mais; tem promoção dos amigos do Empório Sorio com seus deliciosos vinhos da Córsega, um jantar harmonizado para dia 15, promoção do Simon na Kylix e ainda a Confraria Carioca. Confira abaixo.

Interfood Classics e sua promoção especial de Bota-fora dos vinhos da Herdade do Perdigão. Terras de Monforte e Terras de Monforte Reserva são dois ótimos rótulos bem representativos da região, vinhos robustos, gordos e potentes que necessitam de decantação,  duas boas opções, especialmente ao preço em que estão. Já o Villa Romanu é um achado para o dia-a-dia e já o tinha recomendado como uma ótima relação Qualidade x Preço x Satisfação, ainda no final de 2007 quando estava em outra importadora, bem em linha com outros bons rótulos portugueses nesta faixa. Para comprar de caixa pelo preço que está.

 Perdigao 1

TEM MAIS!

Perdigao 2

 

Os amigos da Lusitana estão abrindo espaço no estoque para novas marcas e novos rótulos/safras chegando em breve. Nós aproveitamos e repomos o nosso estoque com preços bem camaradas. Veja o que a Eliza preparou:

DJ Encostas de Estremoz Trincadeira tinto 2004 – 45 garrafas

  • Castas: Trincadeira.
  • Grau alcoólico: 14,5°.
  • Estágio: 7 meses em barricas de carvalho americano e francês allier.
  • Aromas quentes e envolventes: ameixa preta, chocolate, baunilha; na boca o vinho mostra-se suave e elegante, com muita persistência. Sirva-o a temperatura de 17°C com carnes vermelhas, peixes ao forno, cozinha oriental ou uma boa pasta.
  • De: R$ 90,72 – Por: R$ 49,00

DJ Encostas de Estremoz Quinta da Esperança tinto 2004 – 6 garrafas

  • Castas: Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonês.
  • Grau alcoólico: 14°.
  • Estágio: 7 meses em barricas de carvalho francês e americano.
  • Coloração rubi, aromas complexos com notas herbácias, jovem, na boca mostra-se complexo, muito marcante, com final persistente.
  • Prêmios: “Medalha de Prata” no “Mundus Vini 2006” na Alemanha; Selo “Melhor Compra 2006″, Revista de Vinhos”, “Medalha de Ouro” no “Sélections Mondiales des Vins 2007”, “Medalha de Bronze” no “International Wine Challenge 2007”; Medalha “Wine Passion Wise” da “Revista Wine Passion”.
  • De: R$ 58,46 – Por: R$ 43,85

Marquês do Lavradio Reserva tinto 2003 – 37 garrafas

  • Castas: Aragonês, Syrah.
  • Grau alcoólico: 14o.
  • Estágio: 12 meses em barricas de carvalho e 3 meses em garrafa.
  • Cor rubi intensa, o vinho não peca pela ausência de fruta madura, sendo possível encontrar desde notas de côco até ameixas pretas! Ao levá-lo a boca, nos deparamos com um vinho encorpado, estruturado, intenso e persistente.
  • Prêmios: “Medalha de Ouro” no “Concours Mondial de Bruxelles 2006” e “Medalha de Ouro” no concurso da “Entidade Certificadora CVR da Península de Setúbal 2006”; “Medalha de Prata” no “Vinalies Internationales 2006” em França.
  • De: R$ 183,46 – Por: R$ 99,00

D’avillez Garrafeira tinto 2000 – 80 garrafas

  • Castas: Trincadeira, Aragonês, Tinta Francesa.
  • Grau alcoólico: 14,5°.
  • Estágio: 12 meses em barricas de carvalho francês e 36 meses em garrafa.
  • O vinho apresenta cor rubi carregada, aromas proeminentes e complexos (menta, tâmaras, folha de tabaco e madeira de carvalho) envolvidos pelos aromas minerais típicos da região. Na boca é muito frutado e cheio de complexidade, com taninos suaves e bem casados com a madeira.
  • Prêmios: A safra 2000 foi considerada por João Afonso o melhor vinho Garrafeira alguma vez produzido por Jorge Avillez, sendo pontuado com 18 pontos em 20. Eleito “Melhor da sua Região 2005”, Revista de Vinhos.
  • De: R$ 302,04- Por: R$ 190,00

Pagamento em boleto 30 dias. Compras a cima de R$ 300,00 possuem frete gratuíto para a cidade de São Paulo

 

Amigos do Vinho na Casa de Espanha no Rio de Janeiro – A boutique de vinhos Confraria Carioca, do proprietário Duda Zagari, em parceria com as respectivas distribuidoras e importadoras Cava de Vinhos, Vitis Vinifera, Porto Leblon, Volantis, Vini Rio e Wine Society (especializada em vinhos australianos) promovem no dia 23 de junho das 18h às 22h uma grande degustação na Casa de Espanha sob o tema Amigos do Vinho. O acontecimento promete reunir grandes especialistas do segmento e marcar presença no calendário anual da cidade do Rio. Os organizadores tencionam promover lançamentos e ainda dar descontos e ofertas especiais aos visitantes. No entanto, Duda assegura que o evento não é somente direcionado aos enófilos de carteirinha e, sim voltado para todos os públicos. “Porque começar a entender e apreciar essa bebida não é algo mais elitista e difícil como se supunha antes”, aponta. 

                    Serão apresentadas uma gama diversificada de rótulos das mais importantes vinícolas da Espanha, França, Suíça, Argentina, Itália, Estados Unidos, Portugal, Chile, África do Sul e Brasil. Na entrada a pessoa ganhará de brinde uma taça para degustar todos os vinhos, além poder saborear um requintado bufê de especialidades da gastronomia espanhola.  O ingresso custa R$ 90,00 e pode ser adquirido na Confraria Carioca. Para Duda Zagari o seu interesse por vinho começou como um hobby que se transformou numa grande paixão, mas um dos objetivos dele é também, como mesmo afirma “desengravatá-lo”, isto é, trazer um perfil para o consumidor descontraído e leve. “O vinho é hoje uma bebida acessível para todos, pois qualquer um pode se tornar um apreciador. Além disso, a procura cresceu muito e o mercado está se expandindo e se popularizando”, aponta.

Local: Casa de Espanha – Rua Vitório da Costa, 257 – Humaitá – Rio de Janeiro (RJ) – Tel. (21) 2536-3150 – Estacionamento no local

Reservas: Confraria Carioca – Rua General Severiano, 97 Loja 35 – Botafogo – Rio Plaza Shopping – Rio de Janeiro – Tel.: (21) 2244-2286 / (21) 8102-1019  ou duda@confrariacarioca.com.br.  

 

O Empório Sorio  está com kits em oferta de 10% de desconto e entrega grátis na cidade de São Paulo, uma grande oportunidade para o próximo dia dos namorados. Vinhos diferentes e cativantes.

Promocao Sorio

 

Adega do Ivan em Garibaldi, visita imprescindível para quem é de lá, ou por lá está passando. Melhor ainda porque agora quem está tocando a operação é a Helô; amiga, leitora, blogueira, fuçadora de nossa vinosfera e otras cositas màs.

Logo Adega do Ivan

“ABRA SUA CABEÇA, ABRA UM VINHO BRASILEIRO”

Unindo-se à campanha do Instituto do Vinho Brasileiro , a Adega do Ivan faz um convite especial: venha nos visitar nesse sábado (6 de junho), véspera do Dia Estadual do Vinho, para brindar e degustar vinhos brasileiros.

 A data, que é comemorada sempre no primeiro domingo de junho, poderá ser transformada em data nacional, conforme projeto que tramita no Senado.  Apesar de o Brasil ser um grande produtor de vinhos, nosso consumo ainda é pequeno. O objetivo é divulgar o trabalho de qualidade que está sendo desenvolvido por nossos produtores e aumentar o consumo consciente dessa bebida que faz parte tão integrante da nossa cultura, que traz benefícios à saúde e alegria à alma!

Adega do Ivan - interior

Rua Dante Grossi, 379 – sala 02 – Centro – Cep 95720 000 – Garibaldi – RS

Fone: 54 3462 2913 – comercial@adegadoivan.com.br  www.adegadoivan.com.br

 

Viu Manent na Villa, desta vez na próxima quarta e com a apresentação do sommelier Patrick de Neufville. Como sempre, o custo é de R$50,00 pela participação, mas que fica de crédito para consumo em qualquer produto da casa, inclusive na compra dos bons vinhos da Viu Manent que estarão com 20% de desconto no dia.

Viu Manent na Villa 

Para reservar contate o Armando /  Denise ou Aline pelo telefone 3467-4068/4069 das 11 s 16:00 oi no 3467-4070 após as 18 horas. Se preferir, mande um e-mail para armando@emporiodavilla.com.br ou villa@emporiodavilla.com.br. O Villa fica na rua Dr. Fonseca Brasil 108, uma travessa da Giovanni Gronchi a duas quadras do Shopping Jardim Sul, no Morumbi/Pananby.

 

Na Confraria do Queijo & Vinho, ponto estratégico para os amantes do vinho da região do Sumaré, um jantar harmonizado com os vinhos sul africanos da Avondale, importados pel Vinhos do Mundo.

Confraria e Avondale

 

 Kylix, o amigo Simon está sempre com boas promoções e desta vez são os vinhos do grupo Catena. Destaquei estes dois:

  1.Catena Malbec 2006

                   Catena Label 2                                        

 De: R$ 61,90 

Por: R$ 54,60

6 garrafas: R$ 51,90 Un.  

12 garrafas: R$ 49,90 Un. 

 

                  

Premiações:  91 WS e 91 WA       

Catena Malbec  já é um clássico argentino. Com elegância e estrutura pouco vistas em vinhos da categoria. Indicado como um dos “100 melhores vinhos do mundo”. 91 pontos de Robert Parker, feito admirável para um vinho deste preço.  100% Malbec. Vinho de tonalidade rubi escuro. No nariz apresenta aromas de frutas negras maduras, traços de baunilha e torrefado. No palato é rico e concentrado, percebe-se tabaco, couro e especiarias.  

 

  2. Tikal Patriota 2006

      

Tikal Patriota

De: R$ 90,40

Por: R$ 89,50 

6 garrafas:  R$ 87,00 Un.  

12 garrafas: R$ 85,00 Un. 

  

  

 

Premiações: 92 RP                   

Tikal Patriota 2006 é um belo corte Bonarda/Malbec. Vinho de extrema elegância, complexo e equilibrado.  Obteve 92 pontos Robert Parker.Com certeza é um vinho que impressiona pela qualidade acima da média. 60%Bonarda e 40%Malbec. Vinho de cor púrpura intenso. Aromas de frutas vermelhas maduras, tais como cerejas e framboesas. Notas de baunilha e cacau. Vinho encorpado e balanceado. Potencial de guarda de aproximadamente 10 anos.

    

 Salute e kanimambo.

Noticias do Front Ibérico – I

          Nos últimos dois dias naveguei pela península Ibérica em busca de bons caldos e me esbaldei. Na Terça-feira uma interessante mostra de vinhos portugueses de diversas regiões em evento promovido pela Vini Portugal e na Quarta-feira a vez dos espanhóis em um acontecimento recheado de novos e bons produtores procurando importadores assim como alguns já nossos conhecidos. Como sempre, impossível ver tudo o que gostaria, mas deu para conhecer e rever alguns bons rótulos dos quais destaco alguns aqui:

ViniPortugal e a Diversidade de Vinhos e Regiões

  • Herdade Grande sai da Lusitana de Vinhos e Azeites, estando à busca de novo importador. No pouco tempo que milito nas coisas de nossa vinosfera aprendi a gostar destes bons vinhos alentejanos, especialmente do saborosissímo branco Colheita Selecionada, um vinho complexo elaborado com as uvas autóctones Antão Vaz e Arinto de bom frescor e bom corpo, um dos bons brancos portugueses. O tinto também é muito bom, e possui uma linha mais acessível para o dia-a-dia, Condado, mas fique de olho neste branco, é especial e espero que acertem logo com alguém.
  • Herdade do Perdigão troca a Interfoods Classics pela Ana Import. Com isso a Interfoods trata de esvaziar seu estoque e amanhã publico uma grande promoção com rótulos deste produtor.
  • Companhia das Quintas chega na Interfood Classics. É, perde de um lado e ganha de outro, é o vai e vém do setor. A Companhia das Quintas tem vinhos de várias regiões; Alentejo, Douro, CVR Lisboa (Estremadura). Provei alguns vinhos, uns mais baratos e mais acessíveis já sendo disponibilizados no mercado e outros topo de gama ainda em fase de definição se vêm ou não. Espero que venham, pois são grandes vinhos. Dos que vêm; o Prova Régia 08, um dos mais conceituados brancos portugueses elaborado com 100% Arinto que deverá estar com um peço por volta de R$50; o Portas da Herdade 07, tinto básico para o dia-a-dia por volta de R$25 e o Gaião 07, outro tinto num degrau um pouco acima que surpreende e deve chegar por volta de R$38. Com uma participação importante na elaboração de seus cortes, provei os estupendos Farizoa Reserva 06 do Alentejo, Fronteira Reserva 05 (esgotado devendo chegar o 2007) do Douro e por último, a meu ver o melhor de todos, o Quinta de Pancas Grande Escolha 05 um excepcional corte de Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot da CVR Lisboa, sub-região Estremadura, do qual foram produzidos somente 3.000 garrafas das quais o Brasil deve ser agraciado com umas 300! O preço deve vir nas alturas, mas que é um néctar lá isso não me restam duvidas!
  • Dão Sul, de casa nova com sua própria operação no Brasil através da Winebrands Brasil, provei três vinhos do Dão. O Cabriz Tinto Reseva 05, um vinho muito bom que, como todos os vinhos desta casa, está com um ótimo preço (por volta de R$65) e é uma das minhas recomendações de compra. Da Casa de Santar, o bom branco Santar Reserva Branco 08 um corte típico da região com as cepas encruzado/cercial e bical bem fresco, saboroso, e gastronômico com um preço camarada que deve ficar entre R$30 a 35 e o muito elegante e absolutamente pronto a beber Casa de Santar Reserva 05, vinho que me agrada bastante, aliás os três.
  • Casa Flora, com uma série de vinhos de seu extenso e sempre muito competitivo portfolio. Entre estes alguns vinhos freqüentadores de minha mesa como o vinho verde Varanda do Conde (delicia com costelinha de porco na brasa e/ou feijoada), Quinta da Cortezia Touriga Nacional (CVR Lisboa – Estremadura), Filipe Pato Ensaios Tinto e o espumante 3b (Beiras), Loios Tinto fácil e saboroso para o dia-a-dia, Marquês de Borba, um dos melhores custo x beneficio e o 2007 está especialmente bom, Vila Santa (todos do Alentejo) enfim vinhos de muita qualidade por um preço sempre muito coreto que valem cada centavo. Duorum 07, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz elaborado no Douro, ainda sem preço e por liberar no porto, grande vinho.
  • Bacalhôa Vinhos, aqui representada pela Portuscale, com seus ótimos vinhos a começar pelo sempre muito bem feito Meia Pipa, vinho que pede sempre de três a quatro anos para atingir seu apogeu, e os emblemáticos Má Partilha (Merlot), Quinta da Bacalhôa (Cabernet Sauvignon) e Palácio da Bacalhôa corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot todos da CVR Setubal.
  • Quinta do Carmo (Bacalhôa Vinhos) comercializada pela Mistral, com seus vinhos muito conceituados e uma sociedade com a Domaine Barons de Roschild no Alentejo. O Don Martinho , sem madeira, Quinta do Carmo e Quinta do Carmo Reserva são todos vinhos muito bons e já amplamente comentados na mídia. O que mais me chamou atenção foi o Quinta do Carmo Branco 07 , corte de Roupeiro, Arinto, Antão Vaz e Perrum, de aromas deliciosos e sedutores, fresco e mineral, mais uma prova de que os vinhos brancos portugueses estão cada vez melhores. Este está por volta de R$70.
  • Adega Alentejana, com um vasto portfolio, um dos principais importadores de vinhos portugueses. Revi o Cartuxa Colheita, sempre bom, e conheci o estupendo Selectio Vinea Maria Alicante Bouschet 05 obra do maestro Paulo Laureano, um grande vinho, muito complexo, harmônico e pronto a beber, mas com potencial de guarda, um grande vinho com preço ao redor de R$160.
  • Encosta da Guadiana, mais conhecida como a Herdade Paço do Conde, que comercializa seus vinhos aqui através da Lusitana de Vinhos e Azeites. Sempre muito bons, revi o Rosé, jardim de aromas de acordo com o Henrique e assino embaixo, o Paço do Conde Tinto, uma das boas relações custo x beneficio do mercado e o ótimo Paço do Conde Reserva, vinho que precisa d tempo e decantação para mostrar todas a sua exuberância.
  • DFJ Vinhos, uma série de importadores já que cada linha de produtos tem um. Já são três ou quatro e ainda procuram um mais para sua linha top conforme fiquei sabendo. Enfim, isso é uma questão de esstratégia, o que importa neste caso são os vinhos e provei alguns que a Malbec do Brasil começa a trazer. Uns cortes (bivarietais) interessantes e de bom preço (entre R$40 a 45), Tinta Roriz & Merlot, Touriga Nacional & Touriga Franca, Merlot & Touriga Franca e o que mais me agradou, Alvarinho & Chardonnay.

         Bem, por hoje é só, comentarei os vinhos da Espanha no inicio da semana que vem. Muita coisa boa, tanto de quem já está por aqui hà um tempo como a Protos (Península – Vinhos da Espanha), Grupo Pesquera (Mistral), Prado Rey (Decanter), La Estacada (D’Olivino) como de outras na busca de importadores como a incrível José Pariente (três ótimos e deliciosos brancos), Viña Santa Marina, Hacienda Del Carche, Santo Cristo, Elias Mora entre outros. Por enquanto, salute e kanimambo.

[rockyou id=138619983&w=426&h=320]

Ps. Me entusiasmei com os vinhos e esqueci de fotografar. É, um dia ainda aprendo a fazer uma reportagem como deve ser! rsrs

Desafio de Vinhos – Blends que Cabem no Bolso.

Este foi o terceiro Desafio de Vinhos itinerante promovido por Falando de Vinhos e um dos mais interessantes já que busquei trazer desafiantes que fossem fáceis de encontrar e, acima de tudo, que fossem de preço bom, no máximo até R$85,00. Á lista dos sete rótulos previamente definidos: Fantail 2003 / Trumpeter Reserva 2005 / Salton Talento 2005 / Villaggio Grando II / Mitchelton Crescent 2005 / J. Carrau Pujol 2004 e Villard L’Assemblage Grand Vin 2005 , adicionei dois vinhos surpresa; o Palo Alto 2007 e o Rio Sol Assemblage básico 2006, perfazendo nove desafiantes aos titulos de; Melhor Vinho, Melhor Custo x Beneficio e Best Buy da noite. Antes de tudo, os meus agradecimentos à Expand, Decanter, Zahil, Wine Society, Salton, Villaggio Grando e Assemblage Vinhos por terem gentilmente cedido os vinhos para a prova.

A prova foi realizada na Assemblage Vinhos (fechada em finais de 2009) aqui na Granja Viana. Aqui compareceram, desta feita, um total de dez pessoas, mais a Bete e o Marcel (proprietários), perfazendo uma eclética banca julgadora de 12 membros. Estiveram presentes o Emilio Santoro (Portal dos Vinhos), Evandro Silva e Francisco Stredel (Confraria 2 Panas), Zé Roberto Pedreira, Fábio Gimenes, Alexandre Frias (Diário de Baco), Cristiano Orlandi (Vivendo Vinhos), Denise Cavalcante (Assessora de Imprensa), Jaerton e eu. Devido ao maior numero de participantes, optei por anular a pior e a melhor nota dada a cada vinho. Agora falemos dos vinhos e dos resultados obtidos, vamos descobrir quem ganhou a noite.

 

  • Fantail 2003 – corte sul africano de Merlot / Cabernet / Pinotage / Malbec / Pinot e Cabernet Franc – Importador Expand – preço R$55,00. Um vinho que poucos conhecem e que veio substituir um dos meus campeões de custo x benéfico, o Goats do Roam red que queria que o pessoal conhecesse assim como gostaria de ter visto como se comportaria frente a frente com vinhos bem mais caros. Não foi possível, estava esgotado, então veio seu substituto que fez bonito. Aromas não muito intensos onde aparecem suaves frutas do bosque e algo herbáceo. Na boca se apresenta muito macio, redondo com taninos sedosos e sem arestas, num final de boca não muito persistente lembrando café torrado. Obteve uma pontuação média de 83,65.
  • Rio Sol Assemblage 2006 – o mais básico da família elaborado com um corte igual de Cabernet Sauvignon e Syrah, vindo da região do Vale do São Francisco no nordeste brasileiro. Um dos vinhos surpresas da noite, estava aqui por duas razões; preço (carca de R$19 em média) e por ter sido eleito na Expovinis 2008, o melhor tinto nacional conjuntamente com o Marson Cabernet Sauvignon Gran Reserva deixando para trás grandes nomes da produção Brasileira. Esta era a prova dos nove. Pessoalmente, acho o vinho gostoso, fácil de beber, bastante equilibrado e um porto seguro nas horas de caixa mais baixo, concorrente direto dos vinhos argentinos de baixo valor para o dia-a-dia. Nesta noite não empolgou, especialmente na comparação direta com vinhos de maior gabarito, mas teve seus seguidores, inclusive com votos para Best Buy. Nariz tímido sem muita intensidade expressando-se melhor na boca quando apresenta um bom volume, frutado, especiado, final de média persistência com boa acidez e equilíbrio. Obteve a pontuação média de 79,85.
  • Trumpeter Reserva 2005 –  representante argentino, corte de Tempranillo, Cabernet Sauvignon e Malbec – Importador Zahil – Preço R$64,00. Um dos vinhos das Bodegas Rutini, Trumpeter, menos conhecido no mercado e, a meu ver, um dos melhores desta linha. Nariz frutado e algo floral bastante franco. Na boca é mais complexo, de boa estrutura, equilibrado com taninos maduros e aveludados, final de boca saboroso e elegante de média persistência, fruta, especiarias, algo de caramelo, boa acidez convidando a um bom prato, melhor se for carne. Pontuação média obtida, 85,35.
  • Salton Talento 05 – corte de Cabernet Sauvignon / Merlot e Tannat – Vale dos Vinhedos na Serra Gaúcha – Preço médio de R$58,00 e reconhecidamente um dos melhores vinhos nacionais. O nono e último desafiante a se apresentar na noite com uma diversa linha de opiniões que passando por todos os estágios, de fraco a sensacional, foi um vinho que causou discussão passando longe da uniformidade de pontuação. No olfato, uma certa timidez inicial que vai se abrindo na taça de forma sutil e delicada mostrando aromas de ameixa, cassis com algo de chocolate. Na boca mostra bom corpo, fruta madura, boa acidez, taninos finos e aveludados ainda bem presentes num final de boca bastante redondo e de boa persistência, harmônico enchendo a boca de prazer. Pontuação média obtida 87,10.

Desafio Assemblage 003

  • Villaggio Grando Innominabile II – corte de Cabernet Sauvignon / Cabernet Franc / Merlot / Malbec e Pinot Noir com um toque especial, recebe um blend de 20% do vinho da safra anterior – Santa Catarina – Preço médio ao redor de R$60,00. Um vinho elegante e delicado que tenho recomendado bastante por aqui e tenho visto que o Saul Galvão também lhe tece bastante elogios em seu blog. Nesta noite apresentou-se floral e algo doce ao nariz, fruta madura e toques herbáceos. Halo aquoso bastante amplo na taça, mostrando um vinho já com boa evolução sem grandes perspectivas de maior guarda. Leve, taninos doces já equacionados, final de curta persistência e algo ralo. Pelo que conheço do vinho, mereceria abrir uma segunda garrafa na hora, mas esta estava em casa e fora das condições ideais de serviço. Pontuação média obtida, 78,40.
  • Mitchelton Crescent 2005 – representante australiano, corte de Shiraz, Mouvedre e Grenache importado por Wine Society com preço de R$81,00. Um corte no estilo do Sul da França, regiões de Languedoc e, especialmente, Rhône, muito bem elaborado. Já no nariz começa a mostrar sua complexidade com aromas de amoras silvestres, pimenta algo de cacau. No palato repete a complexidade com bastante elegância, suculento, rico, taninos finos em perfeito equilíbrio com uma acidez que nos dá água na boca e convida à próxima taça. Final saboroso de boa persistência com retrogosto que nos faz lembrar caramelo, café/capuccino. Pontuação média obtida, 86,50.
  • Juan Carrau Pujol Gran Tradicción 2004 – Tannat/Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc – importador Zahil e gentilmente cedido pela ASSEMBLAGE vinhos- Preço ao redor de R$82,00. A meu ver um grande vinho, tanto que fiz questão que ele estivesse presente neste Desafio para mostrar a classe e pujança da industria de vinhos uruguaia. Lamentavelmente a rolha havia vazado e o vinho ficou comprometido. Em algum outro desafio o incluirei, é um belo vinho com uma boa relação Qualidade x Preço x Satisfação.
  •  L’Assemblage Grand Vin 2005 da Villard, um recém chegado rótulo desta excelente vinícola chilena. Corte de Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah – importado pela Decanter com preço de R$78,30. Paleta olfativa de boa intensidade, complexa com muita fruta vermelha, algo balsâmico com nuances florais muito interessantes e bastante cativante. No palato mostra muito boa estrutura, taninos finos firmes, presentes sem qualquer agressividade, muito rico mostrando uma deliciosa complexidade de sabores que nos “obriga” a tomar a taça toda na busca de respostas. Macio, untuoso, final de boca algo mentolada com presença de especiarias e bastante longo. Pontuação média obtida, 86,55.
  • Palo Alto 2007, mais um dos vinhos surpresa da noite produzido por esta bodega chilena que faz parte do grupo Concha y Toro, e importado pela Expand. É um corte majoritário de Cabernet Sauvignon com Carmenére e Syrah que está no mercado por volta dos R$31,00. Fruta madura compotada, café e algo químico no olfato. Na boca é redondo, amistoso, taninos maduros e algo doces, cremoso apresentando uma certa untuosidade, boa persistência e volume de boca, muito fácil de gostar sendo um acompanhamento versátil para a maioria de nossos pratos do cotidiano, uma pasta, pizza de domingo, risoto de funghi, churrasco, etc. Talvez o vinho mais uniforme nas notas, tendo obtido a pontuação média de 85,10.

O grande campeão desta agradável noite foi o TALENTO 2005, seguido por decisão no photochart, pelo Villard L’Assemblage  Grand Vin e o Mitchelton Crescent em segundo e terceiro respectivamente, sendo o pódio completado pelo Trumpeter e Palo Alto. Escolhido como a melhor relação Custo x Beneficio o próprio campeão da noite, o Talento e como Best Buy o Palo Alto, o quinto colocado da noite.

Para começar o desafio e prepararmos o palato para os rótulos que estavam por vir, tivemos a presença fresca e mui agradável do .Nero Brut, ponto-nero brutum produto elaborado pelo novo projeto da Famiglia Valduga, a Domno. Elaborado pelo processo charmat longo, é um espumante muito bem feito, balanceado, boa e delicada perlage de média persistência, saboroso com um final bastante tropical em que sobressai o abacaxi. Este novo projeto caracteriza-se por duas frentes de negócios: a importação de vinhos e a elaboração e exportação de espumantes. A sede da nova empresa, fica as margens da RST 470 Km 224 – Garibaldi, terra dos espumantes, em uma área de mais de 60mil m2,cujas atividades comerciais iniciaram em agosto de 2008. Uma bela opção para iniciar os “trabalhos”, brindando ao que estava por vir e aos amigos presentes. Aos amigos da Domno, meus agradecimentos pela gentileza de prestigiar este Desafio, kanimambo!

O Próximo Desafio, de Junho, será de Merlots do Mundo quando espero poder reunir um total de 12 rótulos, depende de logística, dando-nos um perfil bastante eclético dos vinhos desta cepa vindos dos mais diversos terroirs. Sujeito a confirmação, teremos presentes desafiantes da França, Portugal, Espanha, Austrália, Brasil, Chile, Argentina, África do Sul, Estados Unidos e Itália. Em breve darei mais noticias sobre esse evento que promete muito! Um muito obrigado aos amigos (felizes na foto abaixo) que compareceram e abrilhantaram o resultado final de mais este Desafio de Vinhos.

Banca Desafio Assemblage

Salute e kanimambo.

Salvar

Trapiche Malbec com Filhote. Onde já se Viu?!

              Como no vinho, em que as pessoas tendem  a colocar sob suspeita as pseudo “frescuras”, a necessidade de decantar vinhos, das taças adequadas, temperatura, os altos preços, enochatisses, etc. , a gastronomia também tem lá seu séquito de suditos de pouca fé. Na gastronomia as indagações passam por pelas também pseudo “frescuras” dos restaurantes, composições estrambólicas, show bizz, pequenos pratos altos custos, marketing desacerbado de determinados chefs, etc.. As sinergias são tantas que não é à toa que caminham juntos e possuem um nome próprio, Enogastronomia, com tudo o que isso tráz de bom e de preconceito. Na vida, no entanto, valores e conceitos são constantemente colocados em cheque, passando por revisão quando nos deparamos com fatos e experiências concretas. Em Moçambique, uma propaganda de cerveja dizia que “contra fatos não há argumentos e um fato num copo era, ….” pois bem, neste caso foi um fato no prato e outro na taça formando uma harmonia “inargumentável”!

  • Momento – uma degustação de vinhos Argentinos da Trapiche.
  • Local – restaurante Skye do hotel Unique.
  • Chef – Emmanuel Bassoleil
  • Vinho – Trapiche Malbec Finca las Palmas 2006
  • Prato – Filhote (peixe do Amazonas) “roti” com molho denso de lentilhas com bacon.

EmmanuelAo primeiro olhar (uma pena que não tenha conseguido uma foto), a previsão de uma verdadeira catástrofe, peixe harmonizado com vinho tinto denso e tânico. Quem teria sido a “mente iluminada” a inventar tamanha aberração?! Após todas as exclamações possíveis misturando incredibilidade e entusiasmo pelo incrível resultado obtido nesta imprevisível, para os mais leigos que nem eu, harmonização de um prato com um vinho. Creio que a primeira harmonização, absolutamente divina, se iniciou pelo peixe com a lentilha e bacon, algo por si só já inusitado e uma composição absolutamente deliciosa. Segundo, a harmonização desse peixe, lembrando que é de rio e conseqüentemente não salgado, com um tinto, Trapiche Malbec Las Daniel Pi 2Palmas, de bom calibre levantando a ambos e levando ao nirvana o degustador que ficou em êxtase perante tanta ousadia e magnífico resultado obtido com uma longa, muito longa persistência. Todo o resto depois desta harmonização ficou em segundo plano, sendo extremamente difícil retomar o senso critico para uma avaliação do que ainda haveria por vir.

Dois maestros em ação; Emmanuel Basoleil, chef premiado e de renome com Daniel Pi, Chief Winemaker da Bodega Trapiche e responsável por alguns néctares produzidos pela casa. A criatividade e genialidade de cada um enaltecida à quinta potência, um almoço inesquecível, uma lição a mais e um enorme privilégio para um pobre marquês, um “gafanhoto”, (quem tiver mais que 30 e algo, certamente lembrará da série Kung Fu) da mesa e do copo perante tão grandes mestres, mas tinha mais.

Entrada Bodega Trapiche

               Sim porque na verdade o tema deste blog, é a degustação dos vinhos principais da Trapiche trazidos pela divisão Classics da Interfoods. Para nos receber, um gostoso espumante Trapiche Extra Brut elaborado com 70% Chardonnay, 20% Semillon e 10% de Malbec pelo processo Charmat. Nariz intenso, muito perfumado (Semillon?), fresco, perlage abundante e fácil de tomar – R$44,00. Para dar inicio aos “trabalhos” um Chardonnay Finca Las Palmas 2007 que passa 9 meses sur lie e apresenta um teor de álcool bastante alto para um vinho branco, 14.5%. Baunilha, coco, manteiga, frutas tropicais, está tudo lá com um final algo doce e de pouca persistência. Um estilo bem marcado pela madeira, possui um preço em torno de R$65,00.  O Las Palmas Malbec 2006 que passa 18 meses em barricas de carvalho francês, é um vinho de boa tipicidade com uma bonita cor violeta, muito frutado, mas a madeira sobressai um pouco o que talvez possa ser equacionado com uma decantação maior. Cresceu muito na combinação com o prato (Filhote) fazendo um conjunto muito saboroso, tendo mostrado boa persistência, tendo um preço de mercado sugerido, por volta dos R$65,00.

  Viña Federico Villafañe Malbec Single Vineyard 2006, o vinho que mais me entusiasmou neste agradável almoço, tanto por sua riqueza de sabores, como pela relação com seu preço em torno de R$192,00. É um Trapiche - VIÑA FEDERICO VILLAFAÑE 2006vinho muito harmônico que consegue equilibrar muito bem a potência com a elegância, o que não é muito comum. Vinho muito rico, de boa acidez, grande estrutura, com bom volume, macio com taninos maduros ainda firmes porém aveludados, tendo se sobreposto ao prato (risoto de malbec com rúcula e gorgonzola) que se mostrou demasiado delicado para um vinho de tão forte presença e caráter. Ótima persistência, um vinho de guarda que está bom agora e deverá estar maravilhoso dentro de mais dois, três ou quatro anos. O vinho ícone da Bodega veio a seguir, devidamente acompanhado por um lindo e saborosissímo Medalhão de Filé Migon a Rossini, era o Trapiche Manos 2004, nome alusivo á sua elaboração quase que artesanal. Um baita vinho, mas ainda extremamente novo, potente, álcool sobressaindo um pouco, caldo que precisa de mais alguns anos de garrafa para ser aproveitado em todo o seu esplendor. Com uma produção pequena de apenas 6.000 garrafas, elaborado todo ele manualmente com desengaço das uvas uma a uma em 1/3 do lote num processo em que elimina semente e polpa, deixando somente a casca para aportar maior concentração de cor e tanicidade. Passa 18 meses em barrica de carvalho nova e 24 am garrafa antes de ser colocado no mercado. Possui 15% de álcool e necessita de ao menos uma hora de decanter antes de servir. Se o Viña Federico Villafañe já não é um vinho para qualquer um no quesito preço, este se torna ainda mais seletivo com um preço de R$408,00.

                Para finalizar, o Trapiche Chardonnay Tardio 2005, nariz de muita intensidade,abacaxi em calda, mel mostrando-se bem denso na boca e terminando com um açúcar residual algo alto faltando-lhe um pouco de acidez para atingir um maior equilíbrio. Necessita de ser acompanhado com sobremesas de maior acidez. Preço ao redor de R$54.00.

               Salute e kanimambo.

Encontros Imediatos do 3º Grau na Vinea – Eu e um Syrah

                Existem momentos e momentos, vinhos e vinhos, mas mesmo me encontrando por diversas vezes com ótimos caldos, não é sempre que a paixão bate á porta e me carrega nos braços meio que sem rumo e sem controle de forma arrebatadora. Na vida amorosa senti isso umas três ou quatro vezes tão somente, convivendo com a última faz 33 anos. Já no mundo dos vinhos, isto também acontece de forma bem isolada, quase rara, mas é mais amiúde e talvez isso seja o grande barato de nossa vinosfera, descobrir novas paixões já que, pelo menos neste mundo, a infidelidade faz parte do jogo! Mesmo assim, somos uns felizardos se passarmos por isso uma duzia de vezes em mais de 900 vinhos provados anualmente.

                Na semana passada fui a uma degustação na Vinea Store, um parceiro que há muito não visitava, para provar diversos novos vinhos que a importadora está trazendo. Realmente uma nova safra de rótulos que me agradou bastante e sobre a qual falarei mais adiante, mas primeiro quero falar do Casa Marin Miramar Syrah 2005, um vinho que me arrebatou e mexeu com meus sentidos de uma forma que há muito não acontecia. Sedutor é uma palavra deveras limitada para descrever este vinho. É sutil, cativante e verdadeiramente empolgante, um vinho exuberante, pleno de sabor e de uma rica complexidade em perfeita harmonia. Aquela pimenta, típica dos bons Syrahs, colocada de forma sutil, suculento,  palato fresco, frutado, corpo médio, boa textura, comedidos 13.5% de teor alcoólico, boa acidez e taninos macios em perfeito equilibrio, um final de boca vibrante, algo mineral e longo, muito longo.

                  Daqueles vinhos em que os primeiros aromas já fazem o coração disparar e o primeiro gole, então, nos leva ao nirvana deixando todo o resto á sua volta em segundo plano como meros coadjuvantes de um verdadeiro Degustação Vinea 013elixir dos deuses. De uma elegância e finesse impares, um grande vinho de muita classe num estilo “velho mundista” que, incrivelmente, não vem do calor, mas sim de uma região fria o que, historicamente, não é o berço desta cepa. São 24 meses de carvalho e mais de 10 meses de garrafa antes que esse verdadeiro néctar chegue a nossas taças. Não me lembro de um Syrah, e olha que já provei um bocado deles ultimamente, e bons, que tenha mexido com minhas emoções de uma forma tão intensa e apaixonante. Por mim, tomaria garrafas e, só não fui embora com o que restou na garrafa da degustação por uma questão de educação, mas que pensei nisso pensei, eta tentação! Não é um vinho barato, vinhos excepcionais dificilmente o são, e este custa R$198,00 o que pode até não ser um vinho para qualquer um, eu incluso, mas é certamente um vinho a ser considerado caso se queira um vinho excepcional para um momento que o mereça.

                Este vinho, no entanto, é daqueles para o qual não existe um momento especial, pois ele faz de qualquer momento um verdadeiro acontecimento. Enquanto todos se derretiam frente aos bons Pinots desta casa, eu me satisfazia ( e me divertia) sorvendo todas as nuances deste incrível vinho, um sério candidato a um dos tronos de meus Deuses do Olimpo de 2009! Todos os vinhos da Casa Marin são de muito bons para cima, mas junto com seu Gewurtzraminer e Sauvignon Blanc Laurel, este Syrah forma uma trinca sublime para fazer bonito frente aos grandes vinhos do mundo, sendo meus rótulos preferidos dentre o portfolio deste pequeno produtor de grandes vinhos.

             Bem, tendo esparramado meu coração, falarei sobre os outros bons vinhos que tive o privilégio de conhecer na simpática e bonita Vinea Store, a começar por uma linha de vinhos muito bem posicionada do ponto de vista de preço, ainda nesta semana. Hoje não dá, preciso me recuperar! rsrs

Salute e kanimambo.