dezembro 2008

Semana de Bons Brasileiros

Degustar é uma coisa, tomar é outra e é quando você consegue, efetivamente, “sentir” o vinho em toda a sua essência. Aliás, sempre digo que degustar dá é uma vontade danada de tomar vinho! Provei diversos vinhos brasileiros nos últimos dois meses, mas estes; tomei, aproveitei e apreciei, são vinhos que me fizeram feliz. Foi uma semana de qualidade que tenho gosto em compartilhar com os amigos de Falando de Vinhos, e desafio os incrédulos a fazer esta mesma prova e depois seguir dizendo que não temos bons vinhos no Brasil.

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Cordilheira de Sant’Ana Tannat 2004 – Da Campanha Gaúcha , recebe um corte de 10% de Cabernet Sauvignon e 5% de Merlot,  passando 85% do vinho por 18 meses de madeira, tudo com o intuito de domar os potentes  taninos da casta principal. O resultado é um vinho muito interessante de uma bonita cor rubi com nuances violáceas que chama a atenção. Nariz de boa intensidade, na boca apresenta taninos firmes, mas finos e elegantes mostrando que ainda pode evoluir por mais um ou dois anos. Harmônico, equilibrado, média persistência, um dos melhores tannats nacionais que já provei. Acompanhei um churrasco e harmonizou muito bem. Preço em torno de R$46,00. I.S.P

 

Villa Francioni 2004 – Da região de São Joaquim em Santa Catarina, um ótimo corte de Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec que é, certamente, o melhor vinho nacional que já provei. Um vinho bastante complexo de nariz e boca, muito rico, repleto de sabor, de muito bom volume em boca mostrando enorme equilíbrio e elegância. Seus taninos são finos, aveludados, longo, de boa estrutura e com uma personalidade muito própria que toma conta de todos os nossos sentidos nos deixando na boca aquele gostinho de quero mais. Preço por volta de R$100,00. Harmonizei este vinho com ele mesmo e dois companheiros, não precisou de mais nada. Bem, nada é forma de falar, faltou mais vinho! I.S.P 

 

 

 

Villagio Grando Cabernet Sauvignon 2006 – De Caçador, região de Santa Catarina, não é só o rótulo que é bonito não, o néctar faz páreo! Um belíssimo vinho que prima pela enorme elegância e finesse. Nariz de boa intensidade, frutado e agradável. Na boca é redondo, macio, muito saboroso e harmônico mostrando ser muito sedutor, possuir boa textura e muito boa persistência. De médio corpo, encanta ao primeiro gole e persiste até ao final, encantando a paleta gustativa no processo. Quanto mais provo vinhos deste produtor, mais me encanto. Acompanhou um lagarto assado no forno com total maestria. Preço ao redor de R$75,00. I.S.P 

 

Marco Luigi Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2003 – Realmente a primeira garrafa provada não estava boa. Agora sim, entendo o porquê de tantos elogios a esse vinho que vem lá do Vale dos Vinhedos, realmente faz jus a tanta fama. Tem um estilo clássico, nariz de boa intensidade, taninos absolutamente domados e prontos não devendo evoluir muito mais. É elegante, característica da maior dos vinhos provados nesta semana, taninos aveludados, bom volume de boca e uma riqueza de sabores que nos faz desejar a próxima taça. Daqueles vinhos que, quando reparamos, a garrafa já está, tristemente, no fim. Vou esperar ansiosamente o 2005! Mais um que tomei solo e aproveitei até à ultima gota. Preço ao redor de R$65,00. I.S.P

 

Pizzato Reserva Eggiodola 2005 – Jovem, precisou de uns 45 minutos de decanter para começar a dizer ao que veio e falou bem. Cepa diferente, pouco usual, de origem do sudeste francês, tendo sido plantada pelos Pizzato em 1988, porém somente inciado sua vinificação como varietal a partir de 2002.  Fruta confitada, madura, algo de especiarias, vinho de grande estrutura, encorpado, boa concentração, taninos firmes mas de boa qualidade sem agressividade, final de boca longo e saboroso. Necessita de acompanhar comida mais condimentada e é, essencialmente, um vinho gastronômico. Uma carne assada com molho, ossobuco, eu gostei muito com uma massa recheada com carne de cordeiro coberta por molho ao funghi. Preço por volta dos R$37,00. I.S.P $

Espumantes que Tomei e Recomendo I – Dez/08

As dicas dos espumantes que tomei ao longo do ano e que recomendo como boas opções passam por todos os estilos e métodos de produção, seja ele tradicional (champenoise), charmat ou asti. Sem preconceitos, provei um pouco de tudo, desde proseccos a grandes champagnes, independente de faixa de preço, no sentido de posicionar o leitor de diversos tamanho de bolso e gosto. A partir de R$15 a 17,00 já encontramos vinhos de alguma qualidade que nos trazem bastante satisfação pelo preço especialmente se tomados no momento adequado. Neste primeiro Tomei e Recomendo, listarei rótulos até R$30,00, faixa em que encontramos alguma boas opções ligeiras, descompromissados bons para o dia-a-dia e eventos como festas, comemorações ou casamentos, inclusive os espumantes Moscatel nacionais, e algumas gratas surpresas, rótulos realmente muito bons por um preço muito convidativo. Os preços são médios e aproximados já que não conferi níveis sendo hoje praticados, podendo haver variações dependendo de Estado, loja, etc., e obtidos nas lojas da grande São Paulo. Por outro lado, tentarei não listar aqui os que já comentei no final do ano passado, tentando fazer com que esta lista seja uma adicional aquela e somente de vinhos que provei este ano, com algumas poucas exceções.

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Dois espumantes nacionais que surpreendem, são o Conde de Foucault Brut da Aurora (Casa Palla)) e o Tributo Brut da Marco Luigi. O primeiro foi um leitor que me recomendou e realmente é bastante saboroso, suave ligeiro e muito fácil de agradar, ótimo para grandes eventos. O segundo, a Marco Luigi recém lançou para explorar esse mesmo segmento de espumantes de baixo valor agregado direcionado a eventos e conseguiram uma perlage bastante abundante, muito frescor e aromas cítricos sendo que ambos saem por menos de R$18,00 e muito melhores que a grande maioria dos proceccos meia-sola que se encontram por aí nessa mesma faixa. Um pequeno degrau acima e encontamos o Terranova Demi-sec, produzido pelo método Charmat no Vale do São Francisco pela Miolo, que é uma grande opção também para eventos pois é muito fácil de agradar apresentando bastante frescor, apesar de um pouco curto. Num patamar de preços um pouco mais acima, mas ainda mantendo-me nos bons espumantes nacionais, tenho que tirar o chapéu para dois produtos imperdíveis nessa faixa, o Salton Reserva Ouro Brut e o Marco Luigi Reserva da Família, dois verdadeiros blockbusters e uma grata surpresa, não pela qualidade, mas por terem caído nesta faixa de preços. O Salton Reserva Ouro Brut  (BR Bebidas)está mais próximo dos R$24, razão pelo qual o recomendo muito para eventos, e é um espumante fácil de gostar, de boa intensidade, balanceado e de boa perlage fina e abundante; já o Marco Luigi Reserva da Família Brut 2006 (Saint Vin Saint) fica mais perto dos R$30 e está num degrau mais acima ainda, sendo elaborado pelo método champenoise, mostrando muita elegância e finesse, enorme frescor, muita frutuosidade, grande harmonia, perlage de boa intensidade, fina e persistente deixando aquele gostinho de quero mais na boca, uma beleza. Outros bons produtos nacionais disponíveis nesta faixa de preços, mesmo que sem o destaque dos outros, são o; Salton Reserva Brut, Terranova Brut e Peterlongo Brut. Para dizer que não falei dos estrangeiros nesta faixa, há pouquíssimos, afora os que já sugeri o ano passado provei um que certamente será interessante para os amantes dos vinhos de nossos irmãos Argentinos, é o Nieto Senetiner Extra Brut (BR Bebidas). Não sou fã dos espumantes argentinos, acho os nossos bem melhores, mas este não faz feio, apesar de ser bem diferente já que é um Blanc de Noir, ou seja um espumante à base de cepas tintas em que se sobressai a Pinot Noir. Espumante mais encorpado e denso, de uma bonita cor salmão, bem seco, de boa perlage que certamente acompanhará comida muito bem.

Das Cavas, a Don Roman Brut e a Cristalino Brut e Demi-sec, seguem imbatíveis nesta faixa podendo ser encontradas no mercado a partir de R$29 e, em média, chegam a cerca de R$35,00. Como, no entanto, encontrei-os abaixo de R$30, os inclui nesta lista. Ambos são super frescos, o que acho essencial num espumante, bastante frutados, algo cítricos, corpo médio, boa acidez, fáceis de beber e agradar, com boa perlage, vão muito bem com a época do ano pois ambos têm uma personalidade bem viva e festiva. Provei outras boas Cavas, mas todas acima desta faixa.

Dos Proseccos, provei alguns entre os quais destaco o Chiarelli (Casa Palla) e o Cassal Del Ronco que são bastante agradáveis, porém mais encorpados, secos com leve amargor no final de boca, que tem muito a ver com a própria casta. O Villa Fabrizia (Kylix), é mais ligeiro, mais frutado e fresco com um bom preço. Para o meu gosto, todavia, nesta faixa de preços o Corte Viola Extra Dry (BR Bebidas) ainda segue sendo imbatível com uma ótima relação Qualidade x Preços x Prazer.

Moscatel é o que mais abunda nesta faixa de preços e a produção nacional está muito boa, com diversos e bons rótulos no mercado variando de R$16 a 25,00 que combinam muito bem com sobremesa e bem geladinhos são uma ótima opção para aperitivos, especialmente aqueles menos doçes que são os que mais me atraem. O onipresente Marco Luigi Moscatel, que tanto elogio por seu incrível equilíbrio de acidez com açúcar residual e sua intensidade de aromas e sabores com grande tipicidade da cepa, é o principal deles e o meu preferido, mas o da Aurora também é bastante saboroso como já anteriormente dito. Este ano, todavia, tive a oportunidade de provar diversos outros espumantes deste estilo e obtive alguns bons resultados que quero compartilhar com você. A começar por um novo lançamento no mercado o .Nero, produzido pela Domno, um novo projeto da Família Valduga, que me agradou pelo bom equilíbrio encontrado, muito sutil na boca e no nariz, fácil de agradar e bem leve; detentor do maior market share neste estilo, o Terranova Moscatel, exemplo da Moscatel nordestina do Vale do São Francisco, que está de cara nova, é muito bom no nariz e na boca mostrando boa intensidade, perlage abundante e persistente com um final de boca muito fresco e agradável; Oremus, produzido em Flores da Cunha pela Fante Bebidas é o mais suave deles, pálido, quase incolor, muito ligeiro, fino e feminino, para agradar em encontros informais sem grandes compromissos e onde a presença feminina seja maioria;  o Salton Moscatel (Cia do Whisky), com ótima espuma que deixa um bonito colar na taça, possui boa intensidade de aromas, na boca é saboroso e fresco, apesar do residual de açúcar um pouco alto e o Cavalleri que possui uma cor diferenciada, amarelo palha, nariz de bastante intensidade com algo floral, maior corpo que os outros acima citados, de boa concentração e bastante doçe, o que não faz muito a minha praia, mas para quem prefere algo mais doçe ambos são boas opções assim como, certamente, boas companhias para uma sobremesa de salada de frutas com sorvete ou, aproveitando a época, panettone de frutas. 

Enfim, será uma questão de difícil escolha já que há opções diversas, mas acredito que pelo menos uma deva encaixar no seu bolso e lhe agradar ao palato. Salute e no decorrer da semana tem mais. 

Endereços e Telefones para contato, encontre na seção “ONDE COMPRAR”

 

 

 

 

Trazendo Vinhos do Exterior – A Duvida.

question-mark1Em meu post sobre Comprando Vinhos no Exterior, declarei que o passageiro pode trazer até 12 garrafas de vinho. O Jaime Pinsky, amigo leitor disse que sua agência de viagens lhe comunicou que no máximo seriam 6. Como não gosto de histórias mal contadas, decidi ir a fundo neste assunto e, inclusive cheguei a ligar para a alfândega do aeroporto de Guarulhos/SP onde me informaram que o máximo seriam 20! Diante de informações tão dispares, e não me lembrando onde colhi a informação anterior, resolvi que tinha que chegar no âmago da questão, ou seja, que lei ou norma rege a limitação de produtos dentro da cota de isenção de USD500?

No processo, me deparei com uma declaração – Press Release 122/2006 – produzido pela Delegacia da Receita Federal em Foz do Iguaçu que diz:

 

VOCÊ DEVE OBSERVAR O LIMITE DE QUANTIDADES

Além de observar a cota, para não caracterizar importação com intenção de revenda, você deverá respeitar as quantidades por tipo de mercadoria:

 

•        Componentes de informática, exceto memória: 01 (um item);

•        Memória para computador: 02 (dois pentes);

•        Eletrônicos: 02 (dois itens);

•        Brinquedos: 15 (quinze itens), sendo no máximo 3 (três) de cada modelo;

•        Bebidas destiladas ou fermentadas: 12 (doze) garrafas ou litros;

•        Artigos de bazar: 15 (quinze) itens;

•        Instrumentos elétricos: 2 (dois) itens;

•        Relógios: 5 (cinco) itens;

•        Instrumentos musicais: 1 (um) item;

•        Vestuário: 12 (doze) itens no total, sendo 3 (três) itens de cada peça;

•        Perfumes e cosméticos: 05 (cinco) itens no total, sendo no máximo 03 (três) itens de cada tipo;

 

OBSERVAÇÃO: Demais produtos devem ser compatíveis com as circunstâncias da viagem.

IMPORTANTE: A cota de compras permitida por pessoa é o equivalente a US$ 300.00 (trezentos dólares) se o seu retorno ao Brasil ocorrer por via terrestre, fluvial ou lacustre e o equivalente a US$ 500.00 (quinhentos dólares) se for por via aérea ou marítima. Você tem direito a uma única cota de isenção quando retornar do exterior e pode utilizá-la a cada 30 dias (seja Paraguai, Argentina ou outro País).

 

Como, todavia, essa declaração é de Outubro de 2006 e, neste país, as coisas mudam muito rapidamente, nem sempre para melhor, afora o fato de corrermos o risco de cair na mão de um fiscal mal humorado querendo aplicar subjetividades interpretativas (falei bonito não?) à lei, decidi cutucar mais fundo. Pois bem, o Decreto 4543/02 não determina nada! Aparentemente, porque já cutuquei Deus e o mundo e ninguém consegue localizar instrução normativa nenhuma com relação a este tema. O que não pode, é o volume de produtos revelar interesse de destinação comercial. A quantidade, pasmem, fica a critério do fiscal! Por isso de cada um dar uma resposta diferente. Por estas e por outras é que as leis neste país se tornam uma piada. Má redação? Sei lá, ainda não acredito que esta seja a realidade e sigo fuçando, quem sabe um amigo leitor não consegue alguém na alfândega que possa nos esclarecer este tema, tem que existir uma diretriz clara!

Minha sugestão, enquanto isso, é se limitar a doze garrafas e carregar consigo uma cópia desse Press Release (http://www.terrabrasilisturismo.com.br/v2/docs/Declaracao_de_bagagem_acompanhada.doc). Por outro lado, o Decreto 4543/02 determina os limites por produto na compra do Free Shop, que também é doze por tipo de bebida, conforme texto abaixo;

 

Compras em Loja Franca (Duty Free Shop)

 

O viajante pode adquirir, com isenção de tributos, nas lojas francas (duty free shops) dos portos e aeroportos, após o desembarque no Brasil e antes de sua apresentação à fiscalização aduaneira, mercadorias até o valor total de U$ 500.00. Esse valor não é debitado da cota de isenção de bagagem a que o viajante tem direito.

 

Além do limite global de U$ 500.00, as mercadorias adquiridas nas lojas francas estão sujeitas aos seguintes limites quantitativos:

  • 24 unidades de bebidas alcoólicas, observado o quantitativo máximo de 12 unidades por tipo de bebida.
  • 20 maços de cigarros de fabricação estrangeira
  • 25 unidades de charutos ou cigarrilhas
  • 250g de fumo preparado para cachimbo
  • 10 unidades de artigos de toucador
  • 3 unidades de relógios, máquinas, aparelhos, equipamentos, brinquedos, jogos ou instrumentos elétricos ou eletrônicos
  • Menores de 18 anos, mesmo acompanhados, não podem adquirir bebidas alcoólicas e artigos de tabacaria.

  Bens adquiridos nas lojas francas do Brasil, no momento da partida do viajante para o exterior, nas lojas duty free no exterior e os adquiridos em lojas, catálogos e exposições duty free dentro de ônibus, aeronaves ou embarcações de viagem têm o mesmo tratamento de outros bens adquiridos no exterior, passando a integrar a bagagem do viajante. Em resumo, essas mercadorias não aproveitam do benefício da isenção concedido às compras nas lojas francas do Brasil, efetuadas no momento da chegada do viajante.

Caro Jaime e amigos, espero que tenha ajudado em algo, apesar de não ter, ainda, conseguido dados mais concretos. Se conseguir algo, porque sigo atrás de mais informações, publicarei outro post sobre o assunto. A partir de amanhã, dicas de Tomei e Recomendo e Boas Compras de espumantes, nos vemos por aqui.

Salute e bon voyage !

 

 

 

Acabaram-se as Duvidas!  È pessoal, o amigo Rafael nos dá uma resposta show de bola no comentário, logo aqui abaixo, que é essencial a qualquer viajante amante dos vinhos. Veja a conclusão final deste tema em http://falandodevinhos.wordpress.com/2009/01/26/qual-a-isencao-para-trazer-vinhos-na-bagagem/ .

 

 

Semana de Ótimos e Imperdíveis Eventos

Pessoal, esta semana está imperdível e vou ter que negociar legal aqui em casa, mas em pelo menos dois estarei presente. São três oportunidades de ouro para os amantes do bom vinho e da boa gastronomia, sem contar que dia 10 ainda tem a Lusitana com o Ora Pois, publicado um pouco mais a baixo.

 

No dia 9, terça-feira, um evento genial no Espaço Gastronômico Villa onde, certamente, estarei para saudar os amigos Denise e Armando e rever mais gente amiga. Afora a Feira de Vinhos, a inauguração da parte de charutaria para os aficionados da região que carecem de um lugar apropriado para se reunirem

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No dia 11, quinta-feira, mais um dia que não posso perder,pois comemoraremos o segundo aniversário da Kylix junto com seu já famoso Wine Day em que o Códice, saboroso vinho espanhol trazido pela Península, será destaque. Me aguardem.

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No dia 13, para finalizar, um agradável bate-papo e experimento de harmonização na Saint Vin Saint, lugar que tem que ser conhecido e que, muito em breve será alvo de uma reportagem especial que pretendo fazer com eles.

espumantes-e-gastronomia

 

Bom que há um dia entre cada um o que possibilita que recuperemos as forças antes de partir para mais um dia de experimentos, descobertas e degustações!

Salute e kanimambo.

Lusitana, Ora Pois!

Eheheh, esses são dois de que gosto e conheço bem. A Lusitana, pequena e simpática importadora de vinhos portugueses, se junta ao restaurante Ora Pois aqui na Vila Madalena em São Paulo, num evento que promete muito. Os vinhos a serem servidos, são muito bons e a cozinha do Ora Pois dispensa apresentações. O Ora Pois tem um prato que adoro, apesar de não estar na lista dessa noite e não ser muito comum nos restaurantes da cidade, é lulas na manteiga com batatas cozidas, que merece um retorno à casa em um outro dia devidamente acompanhado de um bom vinho verde. Bom demais e creio que este é mais um daqueles programas difíceis de serem recusados! A Lusitana solita já é uma boa pedida, acompanhada do Ora Pois vira uma dupla da pesada que não dá para resistir.

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24 horas sem Speedy, #*@§!!

É gente voltou agora depois de quase 24 horas e sem qualquer pré-aviso. Incrível como ficámos dependentes ! O material programado para hoje, publicarei no próximo Sábado, não faz mais sentido postar hoje.  Amanhã, domingo, pancadas de informação com uma série de eventos imperdíveis durante a próxima semana. Na segunda-feira, o primeiro Boas Compras do mês com ótimas opções de espumantes sendo disponibilizados por nossos parceiros.
Salute e kanimambo

Escolhendo Espumantes.

champagne-from-the-age-com-auComo disse em post recente, se Dezembro é o mês do espumante, meu 2009 terá doze meses de Dezembro! Isto me fez lembrar uma frase de John Maynard Keynes, famoso e influente economista inglês do século XX, falecido em 1946 e muito em voga hoje em dia devido a seus conceitos de defesa do papel regulatório do Estado na economia, por meio de medidas de política monetária e fiscal visando reduzir os efeitos adversos dos ciclos econômicos. Disse ele; “ a única coisa que lamento na vida, é não ter tomado bastante champagne”. Tudo bem, traduzamos esse champagne por espumantes e, disso também não quero ter que me lamentar esperando que você também não. Mais, se espumantes são para ocasiões especiais, então criarei uma toda a semana!  Para estas ocasiões, minhas escolhas são mais claras e mais fáceis até porque somos em duas, três ou quatro pessoas a quem conheço bem o gosto.

Quando em maiores grupos, no entanto, fica um pouco mais difícil de definir e cada tipo de momento requer um tipo de espumante diferente. Por exemplo, festa de reveillon, digo festa mesmo; monte de gente que não tem nem o mínimo conhecimento ou empatia por vinhos; que toma chalisse em copos de requeijão e acha bom, que acha que cidra e lambrusco são champagne, que mistura coca no vinho tinto, coloca gelo no vinho branco, etc. Sem desmerecer essas pessoas, há que respeitar o gosto e cultura alheios, mas não dá para abrir uma Vieuve Clicquot certo?!! O cunhado chato (rsrs) ainda vai achar que você esta querendo se mostrar! Na minha opininião não faz nem sentido. Por outro lado, imagine você no topo de uma montanha, a dois, olhando a imensidão de estrelas no céu esperando o relógio bater a virada do ano e aí você saca aquela cidra e uns copos de água para celebrar! É para murchar qualquer momento, um baita balde de água fria na fervura! Está bom já sei, nada de prepotência e tem gente que gosta, mas mesmo com grana curta dá para fazer um pouquinho melhor, não? Pelo menos uma Conde de Foucald e duas flutes! Bem, deixemos o politicamente incorreto de lado, pois já estou correndo o risco de me acharem pedante e um enochato, o importante é saber que cada ocasião requer um produto diferente e isso é tão importante quanto o rótulo que você irá servir.

Para cada momento um tipo e estilo de espumante. Beira de piscina, espumante ligeiro e fresco, bem dia-a-dia e barato, o que não é sinônimo de ruim, como um prosecco Moinet IGT. Aniversário e brinde na hora do bolo, um bom moscatel nacional bem equilibrado de pouco açúcar residual e boa acidez como o do Marco Luigi. Festa de final de ano no escritório, um espumante de boa intensidade, aromático, fresco e fácil de agradar como um Salton Reserva Ouro. Belo jantar com seu diretor apreciador de vinhos, aí já requer mais finesse, um ótimo espumante nacional como o Chandon Excellence, algo diferente como um delicioso espumante rosé português, da Filipa Pato, o 3b ou, quem sabe até, um champagne de primeira linha como um Taittinger Brut Reserve, dependendo do quanto você quer agradar e da complexidade de seu jantar. Comemoração em família, sem cunhado (rsrs), pelo  nascimento de um filho ou um neto, o melhor e mais inebriante espumante que você possa comprar, porque esse é real e efetivamente uma ocasião muito especial e por aí vai. Neste final de ano, minha dica é exatamente essa, dimensione o espumante ao evento e ás pessoas que dele participarão, esse é meio caminho andado para o sucesso da ocasião.

Muito bem, e o que servir? A lista de boa opções é enorme e publicarei diversos posts de Tomei e Recomendo ao longo da próxima semana, com dicas de espumantes de diversos estilos e preços. Nossos parceiros também listarão seus destaques em Boas Compras que são sempre uma boa opção de onde comprar. Tudo, no entanto, dependerá de sua disponibilidade financeira, de quantas pessoas estarão presentes e o perfil delas, se tomarão vinho ao longo do evento ou se será feito somente um brinde. Pense nisso para definir sua escolha e que Baco lhe ilumine no processo.

Salute e kanimambo.

Abrindo Espumantes

           Abrindo seu espumante, coisa fácil não? Tira a gaiola, chacoalha enquanto empurra a rolha e dá-lhe espumante por tudo o que é lugar e, invariavelmente, o resultado é; chão sujo e um eventual olho roxo ou lustre quebrado! Vai falar que nunca passou por isso?! Imagine fazer isso com um Champagne de duzentos reais, aí é crime de lesa pátria!!! A menos que tenha ganho uma corrida de formula 1, mesmo assim acho que o Kimi estava certo quando disse, “para que jogar fora o néctar que foi feito para beber”, não é uma boa idéia fazer isso. Existem momentos e MOMENTOS. Em festas até é legal e aceitável estourar a rolha, faz parte do momento e da cultura, mas pelo amor de Deus, nada de chacoalhar a garrafa antes e cuidado! Para quê desperdiçar o doce néctar e perder parte de seu encanto que é o gás carbônico aprisionado na garrafa e, consequentemente, perdendo perlage? Porquê correr os riscos físicos?

           Agora, em outros MOMENTOS e com líquidos de melhor qualidade, há outras e mais adequadas formas de o fazer lembrando que a rolha deve se soltar suavemente. Solte o arame (seis voltas) e retire a gaiola, sempre com o polegar sobre a rolha para evitar seu despreendimento precoce e eventuais acidentes, e apóie o gargalo na palma da mão. Feche a mão firmemente abraçando a rolha entre os dedos e a palma da mão, lembrando-se de manter o polegar sobe a rolha, gire a garrafa com a outra mão provocando uma leve pressão para baixo até que, gentilmente, a rolha se solte com um suave suspiro, voilá! Melhor do que explicar, no entanto, é ver sendo feito. Aqui em baixo, alguns vídeos que são verdadeiras aulas. Se você for bom de pontaria e quiser impressionar a galera, tente o primeiro, se não, vá praticando e usando as técnicas mostradas nos outros, o idioma é o menos importante. Salute!

 

Assista até ao final, impressionante!!

            [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=aQBXbSj3FR4]

 

 Tá, posso até estar sendo pedante, mas …….!

 

 

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=tHY1tK71eoI]

 

            Só para quem sabe fazer e gosta de se mostrar, porque de resultado prático …..

 

 

            [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=E5dLgKElRBE]

 

            Para não dizerem que este blog é machista, The Wine Ladies.

 

            [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=XQBpyMy3WBs]

 

             Maestria.

 

 

             [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=h8pzFjge2vQ]

 

 

Se é Dezembro, é Mês de Espumante!

estourando-champagneÉ, chegamos a Dezembro e as festas natalinas estão na boca do povo com, como sempre, um monte de informação sobre espumantes. Todas as revistas publicam painéis de degustação, com os mais diversos ganhadores, todos os blogs de uma forma ou de outra, também falarão e assim vamos sendo inundados de informações sobre esse doce néctar que Napoleão já disse “ser merecido nas vitórias e necessário nas derrotas”. Por aqui não será diferente e falarei bastante sobre esse inebriante, festivo e saboroso vinho que realmente casa muito bem com a época.

Uma das coisas que me incomoda, é a excessiva importância que se dá ao espumante como uma bebida ligada a festa, a comemorações, a datas especiais e, consequentemente, com consumo menos frequente e me pergunto porquê? Fico imaginando que, afora o aspecto festivo como característica do produto em si, isso talvez tenha a ver com o fato de que esses néctares sempre foram muito caros, até porque o foco maior sempre foi o champagne. Realmente, com um preço mínimo ao redor de R$140 a 150, hoje, porque já foram mais caros, não dá para tomar Champagne toda hora, só em momentos especiais. Só que o perfil mudou e hoje existem no mercado um sem números de rótulos de muito boa qualidade de tudo o que é lugar no mundo, o que permite que façamos de diversos momentos, momentos especiais. Sejam as deliciosas cavas espanholas, alguns espumantes franceses, portugueses e italianos, o famoso prosecco ou os nossos bons espumantes nacionais, há produtos de boa qualidade, refrescantes, e de bom preço a serem desfrutados a qualquer hora, ainda mais neste nosso verão.

Eu aprendi ao longo destes últimos dois a três anos, a sempre ter disponível algumas garrafas de espumante abrindo-os com uma certa assiduidade aqui em casa, sempre em “momentos especiais”. Seja na beira da piscina numa tarde de calor, num final de tarde no terraço, ou acompanhando uma refeição é sempre uma bela opção e uma forma agradável e simpática de receber os amigos e celebrar a vida. Decidi que em 2009 farei de todo mês um Dezembro, celebrarei o aniversário da Mariana 12 vezes e tomarei muito espumante! Ao longo deste mês listarei espumantes que Tomei e Recomendo a partir de R$15,00 (sim existem), buscarei destaques de Boas Compras o mais breve possível para ajudar nas compras antecipadas dos amigos, e tentarei agregar algo ao primeiro post que fiz o ano passado sobre espumantes.

Independentemente do tema do mês ser sobre espumantes, é também de encontros, festejos, almoços e jantares especiais, para os quais seguirei dando dicas sobre vinhos em geral e outras temas de nossa vinosfera. Para hoje, no entanto, vos deixo com meia dúzia de dicas muito interessantes, sobre as quais falarei mais tarde, mas note que não sou um entusiasta de espumantes rosés, porém listo dois abaixo o que mostra que não podemos nos ater a preconceitos devendo provar de tudo pois podemos nos surpreender positivamente. Eu gamei!

Filipa Pato 3 B – um espumante exuberante, rosado, elaborado pela Filipa Pato na região da Bairrada em Portugal. 3 B´s porque é elaborado com as cepas Baga e Bical na Bairrada. Por aí, em torno de R$45 a 50,00 e creio que a importação é da Casa Flora.

Crémant de Bourgogne Bailly-Lapierre Brut Reserve – Às cegas, dá para se confundir com champagne e um dos meus achados deste ano, junto com alguns muito bons tintos deste mesmo importador. Para os amigos do Rio de Janeiro, a quem estava devendo algo especial, imperdível porque o importador está aí, na cidade maravilhosa. É da Nova Fazendinha (veja dados em Onde Comprar) e custa meros R$64,00. Para os outros amigos, inclusive São Paulo, pelo que sei só comprando via Internet.

Faive Rosé Brut Spumante – Diferente, para dizer o mínimo, um corte de Merlot e Cabernet Sauvignon extremamente saboroso e fresco. Na Expand por R$88,00.

Pizzato Brut Champenoise – Este, mais; Dal Pizzol, Marson, e Reserva da Família da Marco Luigi, são quatro de meus nacionais prediletos e bem acessíveis. Para quem torce o nariz para nossos espumantes nacionais, tente estes e depois voltamos a conversar. Está nas lojas por algo próximo a R$35,00.

Marco Luigi Moscatel – Para quem gosta de algo mais docinho, fresco, suave e elegante os espumantes nacionais elaborados com Moscatel são muito bons e ótimos para tomar com sobremesa. Estou provando uma série deles, porém este do Marco Luigi, recém premiado com medalha de ouro, sempre me deixou com água na boca e triste porque é incrível como a garrafa termina rápido! Por volta de R$25,00 em São Paulo, mas sei que em Porto Alegre está abaixo de R$20.

Prosecco Bedin Extra Dry – Existem proseccos e PROSECCOS. Este pertence a este ultimo e seleto grupo dos quais conheço uma meia dúzia, se tanto, em que se destacam também o Incontri e o Rustico. Diferentemente daqueles proseccos ligeirinhos, gostosinhos e simplesinhos, este está alguns degraus acima, porém sem ficar distante de nossos bolsos, já que está por R$52,90 na Decanter.

Cava Don Roman Brut – Uma das cavas mais saborosas e fáceís de agradar que tem, afora as gostosas razões palativas para ser comprado, também um excelente preço. Nas lojas, o preço varia de R$29 a 35,00, um belo preço pela qualidade ofertada.

Enquanto preparo matéria e tiro um dia para descanso, aproveitem para ir se deliciando e já entrando no clima. Salute!

YEESSSS, 100.000 Acessos! Kanimambo

fireworks3Tinha me prometido não postar mais nada sobre resultados e agradecimentos pelo apoio recebido, deixando isso para o aniversário do blog que é, realmente, Janeiro. No entanto, a alegria é muito grande e não podia deixar de compartilhar com todos vocês esta felicidade. Antes de completar um aninho de vida do blog, este domingo dia 30 de Novembro me trouxe esta gostosa novidade. As páginas do blog ultrapassaram os cem mil acessos, motivo de enorme alegria e satisfação  para quem em dia 17 de Dezembro de 2007, esboçava o inicio de um projeto pessoal, que começou a ser efetivamente mensurado a partir do dia 3 de Janeiro ultimo, data que considero como aniversário de Falando de Vinhos na internet. Naquela época, me encantava ao ver que em dias de pico conseguia ter 60 ou 80 acessos e hoje, já alcanço picos acima de 650 com média diária, nesta ultima semana, de 500! Fruto de trabalho, de dedicação, de compromisso com o projeto e com o leitor amigo. Números que fazem um bem danado ao ego, me permitindo sonhar com vôos mais altos, ao mesmo tempo que demanda muito mais dedicação e aumenta a responsabilidade sobre o que aqui escrevo e compartilho com vocês.

Kanimambo pela divulgação e fidelidade, coisa rara nos dias de hoje em que ninguém, ou quase ninguém porque vocês são a prova viva de que ainda existe muita gente boa por aí, faz nada sem esperar levar vantagem em algo. Tentarei retribuir persistindo na mesma balada, prometendo seguir me esforçando para poder trazer-lhes o máximo de informação sincera, independente, direta ao ponto e sem frescuras, no intuito de compartilhar; garimpo, experiências e conhecimento. Quem sabe um dia não consiga fazer só isto e, conseqüentemente, podendo gerar mais e melhores informações. Por enquanto, vejam só os resultados que vocês +; importadores, produtores, colegas e lojas que nos apoiam, ajudaram a construir:

 

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Total

2007

 

 

 

 

 

 

 

1.419

2008

7.689

9.433

10.703

10.989

12.850

13.718

14.160

99.417

 

 

 

 

 

 

 

 

100.836

Acessos Ultima Semana

 

 

 

 

 

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Total

Média.

659

663

580

557

669

354

326

3.808

544

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visitas Sitemeter

 

 

 

 

 

 

Mai

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Out

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Total

2008

4.445

5.169

5.779

6.065

7.434

7.183

8.228

55.539

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Visitas Ultima Semana

 

 

 

 

 

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Total

Média 

401

395

312

317

317

201

187

2.130

304

 Salute e kanimambo!

Amigos, equivocadamente troquei o conceito de acessos e visitas, me perdoem, Já corrigi os dados. Para boa ordem:  Visitas = Visits, ou seja alguém que entra no blog ou site; Acessos = Page Views, é a quantidade de páginas vistas pela visita.