Vinhos de Portugal

Vinhos de Portugal de Volta ao RJ e SP!

Falei que entramos na estação das grandes degustações! Pois bem, neste fim de semana no Rio de Janeiro e no próximo em São Paulo mais uma edição desta importante exposição de vinhos lusos das mais diversas regiões produtoras (14) com cerca de 75 expositores e algo ao redor de 600 rótulos a degustar, maratona e tanto. rs Vai pela primeira vez? Então dá uma olhada nestas dicas para você aproveitar melhor o evento e programe seu roteiro de provas previamente.

 

O formato é algo diferente. Você compra uma sessão de degustação, são três horários diferentes, cada uma de duas horas. Após cada sessão a sala de degustação é esvaziada e entra uma nova turma e as sessões têm ingressos limitados, desta forma se evita a zorra que volta e meia a gente vê neste tipo de eventos. O preço em média dos ingressos a cada sessão varia um pouco em função do dia, porém a média é em torno dos 150 Reais e, pasmem, tem meia entrada inclusive para idosos.

Eu vou estar na de São Paulo (J.K.) no Domingo dia 7 desde a primeira hora fuçando um pouco para ver se consigo achar algumas pepitas por lá, porque navegar é preciso (está no DNA, rs) e garimpar idem.Obviamente estarei com meu amigo Fernando Rodrigues da Lusitano Import provando os vinhos da DFJ, mas não só porque tem muita coisa a descobrir. Depois dou um feedback por aqui, mas certamente é um programa diferente de fim de semana que pode, inclusive, ser feito em família salvo crianças menores de 18 anos logicamente. Para saber mais da programação, horários, expositores, sessões, preços clique na imagem abaixo.

No meu radar, alguns produtores em especial, por região:

Alentejo

Malhadinha Nova – Tapada de Chaves – Cortes de Cima – Monte da Capela

Bairrada

Kompassus – Niepoort – Luis Pato

Dão

Quinta dos Carvalhais – Casa de Mouraz – Juliana Kelman

Lisboa

DFJ Vinhos – Chocapalha

Setúbal

Pegões – Venâncio da Costa Lima – José Maria da Fonseca

Douro

Alves de Sousa – Quinta do Porttal – Wine & Soul – Niepoort – Ferreirinha

Tejo

Alorna e Falua

Minho (Vinhos verdes)

Ameal – Anselmo Mendes – Lima & Smith – Ponte da barca

Quem for ao evento do Rio e puder adiantar alguma descoberta somos todos ouvidos aqui em São Paulo. Um ótimo fim de semana, kanimambo pela visita e saúde, sempre!

Vinhos Ibéricos em Destaque

Wine globe 3Os vinhos portugueses e espanhóis vêm tendo destaque no mundo inteiro e no Brasil não é diferente. Sua participação no mercado brasileiro vem crescendo bastante com os vinhos apresentando uma relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer) incomparável em sua faixa de preço, especialmente nas gamas média e de entrada. Eis duas boas notícias recebidas hoje e que quis compartilhar com os amigos.

 

O Paco & Lola Albariño (importada pelos amigos da Almeria) foi escolhido como o melhor vinho branco da Galícia. Eu conheço diversos vinhos brancos da região e ser o melhor entre eles é certamente um feito a ser comemorado.

Paco e Lola o Melhor

De Portugal, ou melhor da Alemanha, vem a notícia de que a DFJ Vinhos, conceituado produtor de vinhos portugueses, levou o troféu de melhor produtor português de vinhos tranquilos na Berliner Wein Trophy. Alguns destes rótulos, destacados em azul na lista abaixo, estão disponíveis no Brasil trazidas pela Lusitano Import, exceto pelo Bigode que não sei quem traz. Eis o press release recebido e dos rótulos em destaque, conheço todos e recomendo!

A DFJ Vinhos, um dos mais inovadores e reconhecidos produtores de vinho em Portugal, recebeu no Berliner Wein Thophy 2017 o troféu “BEST PRODUCER “Still Wine” PORTUGAL”.
Para além disso recebeu ainda uma medalha de duplo ouro, cinco ouros e duas pratas com os seus vinhos, cuja listagem segue abaixo.
Este concurso alemão é um dos mais respeitados no mundo, sendo de enorme importância para as empresas produtoras que apostam na Exportação.
O Engº. José Neiva Correia, enólogo-chefe e administrador da DFJ Vinhos considera que “estes prémios são um reconhecimento do trabalho que temos feito e muito expressivos do empenho e exigência que temos na produção dos nossos vinhos”.

DFJ proweinMedalha de Duplo Ouro

Paxis DOC Douro 2013

Medalhas de Ouro

Escada Reserva 2013 – DOC Douro,
Patamar Reserva 2013 – DOC Douro
Bigode red 2015 – Vinho Regional Lisboa
Vega 2013 – DOC Douro
DFJ Touriga Nacional & Touriga Franca 2014 – Vinho Regional Lisboa.

Medalha de Prata

Paxis Pinot Noir 2013 – Vinho Regional Lisboa
Grand’Arte Alvarinho 2016 – Vinho Regional Lisboa

Bom proveito e apostem nos vinhos Ibéricos, se é que ainda não entraram nessa onda, pois valem muito a pena. Da gama de entrada, tão competitiva quanto argentinos e chilenos se não mais, aos vinhos mais caros e divinos, há para todos os gostos, estilos e bolsos. Embarque nessa viagem, garanto que vale a pena. Fui, saúde e kanimambo pela visita. Um ótimo fim de semana para todos.

Salvar

Salvar

Sampa Ferve Com Vinhos do Mundo Todo!

Semana muito louca na vinosfera tupiniquim e todos os caminhos apontam para Sampa. Afora a Expovinis e Wine Week  sobre a qual já falei aqui, há também a ação de vinhos portugueses no shopping JK e o Grand Tasting da Grand Cru assim como uma série de outras atividades paralelas pipocando por aí. Hoje chamo a atenção para estas duas:

GRAND CRU TASTING 2017

Maratona de degustações promovida pela importadora Grand Cru começou no final de Maio em Porto Alegre e segue até junho em outras capitais brasileiras. Na sequência teve Curitiba (30/05), Londrina (31/05), Goiânia (1/06), Niterói (2/06), Rio de Janeiro (5/06), São Paulo (6/06 [Profissionais do Setor e Imprensa] e 7/06 [Consumidor Final]), Maceió (8/06) e Natal (9/06).

Dentre as vinícolas confirmadas: Cave Geisse, Errazuriz, Leyda, Grandes Viños de San Pedro*, Koyle, Zorzal, Escorihuela Gascón, Pulenta Estate, Cobos, Bottega, Brancaia, Fanti, San Marzano, Mazzei, Talenti, Vila Medoro, Ixsir, Morande Adventure, Barone Montalto, Soprassasso, Ricossa, Matetic, Heras Cordon, Bodegas Pablo e Saint Clair.

* Em SP e RJ, no stand da Grandes Viños de San Pedro, será possível conferir as últimas cinco safras do ícone Altair. Além de poder conhecer cada uma dessas vinícolas e seus vinhos, o evento contará ainda com 15 estações temáticas, divididas nas seguintes categorias:

1 – Champagne Billecart Salmon / 2 – Espumantes / 3 – Brancos leves / 4 – Brancos estruturados / 5 – Rosés pelo Mundo / 6 – Novidades do Novo Mundo / 7 – Novidades do Velho Mundo / 8 – Pinot Noir pelo Mundo / 9 – Península Ibérica (com destaque para o Alentejo, Ribatejo, Toro, Alicante e Priorat) / 10 – Terrois da França (com destaque para os vinhos do Languedoc, Loire e Bordeaux) / 11 – Super Pontuados / 12 – Vinhos de Autor / 13 – Douro x Duero / 14 – Vinhos do Porto / 15 – Vinhos de Sobremesa

O investimento por pessoa é de R$ 280 – dos quais R$ 140 revertidos em crédito para compras acima de R$ 1 mil. No dia do evento, as garrafas serão vendidas com 10% de desconto. Em São Paulo, o Grand Tasting montará uma loja teste no local para o cliente que desejar levar os produtos para casa.

Local em São Paulo,  Casa da Fazenda do Morumbi,  Av. Morumbi, 5594 – Morumbi, São Paulo – SP,  07/06 – 19:00 às 22:00 (consumidor final). Para maiores informações vale conferir o site da importadora.

Vinhos de Portugal no Shopping JK Iguatemi em São Paulo

Vinhos de PortugalNo Rio de janeiro já foram 3 edições deste evento que finalmente chega a São Paulo num momento importante para a vitivinicultura lusa por terras brasilis. Afinal, recente estudo comprova que Portugal ultrapassou a Argentina e se tornou o segundo principal país exportador de vinhos ao Brasil com 17% das importações, sendo batido somente pelo Chile que, como a Argentina e Uruguai, não paga impostos de importação (27%). Uma performance e tanto, há que se convir. Hoje, a meu ver, os melhores vinhos baratos no mercado vêm exatamente desses dois primeiros países produtores assim como da Espanha e, acredito, as melhores relações Qualidade x Preço x Prazer vêm exatamente de Portugal. No lado oposto, os vinhos de alta gama, os vinhos portugueses brigam pau a pau com com os grandes do mundo e, lamentavelmente, com preços algo fora de propósito que acho terão que uma hora rever. De qualquer forma, uma boa oportunidade para você checar se tenho razão ou não em minhas colocações. Para ver todas as informações, provas, palestras, etc. vale entrar no site oficial deles clicando no mapa abaixo e ver os preços que variam por atividade, mas vão de 190 a 210,00 Reais por pessoa. Kanimambo pela visita e haja epocler para aqueles que forem em todos os eventos que, esqueci de mencionar, começou mesmo no Sábado com o Encontro de Vinhos, ufa!! Boa semana amigos, quem sabe nos encontramos num desses eventos?

map_portugal2

Salvar

Salvar

O TOP da Wine Spectator é Tuga, é Porto, é Douro!

A cada ano que passa, com todas as criticas que se fazem á revista e seus degustadores, a verdade é que todos aguardam ansiosamente os TOP 100 da revista e, em especial os TOP 10 e o número 1 da revista.Portugal Fixe Agora, não se deixe enganar, não é, como muitos o induzem a acreditar, o melhor vinho do mundo. Aliás, me incomoda sobremaneira essa apologia que muitos fazem dos resultados de concursos e listas deste tipo, tremenda mentira e tentativa de eludir o leitor! O resultado é sim, o melhor vinho provado pelos degustadores e críticos da Wine Spectator neste ano o que, convenhamos, já não é pouca coisa não já que, de acordo com o que divulgam, degustam cerca de uns 20 mil rótulos anualmente!

Mas tem mais, para a alegria do Douro, mais dois vinhos entre os TOP 10 o Chryseia (3º) e o Quinta Vale do Meão (4º), e ainda um em 13º (Fonseca Vintage) e outro em 27º (Qta. do Portal Colheita), é mole?! Quem ainda tinha dúvidas sobre a qualidade dos vinhos portugueses creio que as acabou de enterrar, né? Veja mais sobre este baile que os produtores do Douro deram lendo esta ótima matéria (em inglês) do Douro Profundo de onde, por sinal, vieram algumas destas imagens.

Top Tuga na WS 2014

Eu, amante que sou dos Vinhos do Porto a quem devotei inúmeros posts aqui no blog, fico extremamente orgulhoso de um vinho dessa região, um vinho Português no TOP dessa conceituada lista. O DOW’S Vintage 2007 já tinha recebido 100 pontos da revista e se tornado o “melhor” vintage desse ano e agora ganha esse prêmio com 99 pontos, que beleza e que orgulho deve ser para a família Symington e o simpático Dominic (1º à esquerda) já que o Chryseia também é deles. Esta família que desde 1882 se dedica ao Porto e possui marcas como Graham’s, DOW’S, Chryseia, Warre’s, Quinta do Vesuvio, Cockburn e Altano entre outras, faz alguns dos melhores vinhos da região. Esta semana será de festa nessa casa, tenho a certeza, e só fico imaginando as “garrafitas” que serão abertas nessa comemoração! Fico feliz por ver esse trabalho reconhecido e por ter esta garrafa em minha adega reservada para quando eu fizer meus 75 anos e ele 18, afinal eu respeito a maioridade! Podia esperar mais, porém não se eu aguento, já o vinho eu tenho a certeza que vai beeeem mais longe!!!

DOWs 2011 equipe
Ah, você quer saber quem completou o pódio dos TOP 10 da revista, bem, já que insiste, aqui vai de 1 a 10 > Portugal / Austrália / Portugal / Portugal / Austrália / Itália / França / EUA / Chile e França (rs), para ver detalhes dos vinhos e da premiação, vá até aqui e beba da fonte.

Clipboard TOP 100 WS 2014

Salute e kanimambo, vamos brindar com um bom vinho português hoje?

Enquanto Uns fazem Vinhos, Outros Fazem História!

Top 50 vinhos de Portugal        Esse é o lema da Viniportugal que se confirmou no grande evento de vinhos de Portugal no Brasil este ano. Soberbos vinhos que fazem história e mostram que o atual padrão dos vinhos portugueses está parelho com o que de melhor se faz nesta nossa vinosfera e com um plus, os sabores diferentes originados numa imensidade de uvas autóctones (cerca de 250!)  e numa diversidade de terroirs ímpar considerando-se o tamanho do país, pouco maior do que Santa Catarina. Afora os grandes vinhos que tivemos a oportunidade de provar neste grandioso evento, o país está presente no Brasil com um grande número de rótulos que, a grosso modo, apresentam uma ótima relação custo x beneficio na maioria das vezes bem mais competitivos que os vinhos dos hermanos, é o famoso “mais por menos”.

        Todos os anos a Viniportugal elege um famoso e conceituado critico para fazer uma seleção de vinhos portugueses tendo esse projeto se iniciado no Reino Unido em 2004 com o jornalista especializado Richard Mayson que é hoje produtor no Alentejo. De lá para cá:

Charles Metcalfe 2005/ Tim Atkin 2006 / Simon Woods 2007 / Jamie Goode 2008 / Sarah Ahmed 2009 / Tom Cannavan 2010 / Marcelo Copello e Charles Metcalfe 2011 / Julia Harding 2012 e agora em 2013 dois projetos; um visando os Estados Unidos com Doug Frost e o outro Brasil com Dirceu Vianna Junior, Master of Wine brasileiro e único de lingua portuguesa.

       Já publiquei suas escolhas feitas em cima de algumas visitas a Portugal e uma pré-seleção de cerca de 500 vinhos, porém senti falta de algo que o Doug Frost fez e que achei bem legal, seus TOP 10 best buys! Quanto aos vinhos, difícil comentar porque na sua totalidade estamos diante de grandes vinhos porém ficou claro a grande qualidade dos vinhos brancos que a cada ano têm estado presentes em números superiores ao ano anterior. Desta feita foram 14 rótulos ou seja, quase 30%! Falemos um pouco destes que provei.

Morgado de Sta. Catherina – este conheço á tempos e é realmente um vinho marcante advindo das caves da Companhia das Quintas na região Lisboa. Cem por cento Arinto com passagem por barricas borgonhesas que se integra com perfeição á fruta e acidez típicas da casta. Cremoso e sedutor, é um vinho que me encanta !

Quinta Fonte do Ouro Encruzado – A Encruzado é a uva emblemática do Dão produzindo vinhos complexos e de boa guarda, possui menos de 300 hectares plantados em toda a região, é um vinho a se conhecer. Frescor  com boa textura e concentração, cremoso e longo final de boca. É uma uva de que gosto muito, porém não conhecia o produtor que agora está na minha alça de mira! Há que se trabalhar melhor o Dão e suas uvas por aqui em terras brasilis!

Soalheiro Alvarinho – Já falei deles tantas vezes aqui que é chover no molhado! Muito bom e vibrante vinho que encanta quem o conhece. Faz pouco tempo abri uma Magnum, delicia!

Muros de Melgaço Alvarinho – entre este e o Soalheiro, os dois melhores Alvarinhos portugueses em minha modesta opinião. Com este já faturei uma harmonização com barreado e muito recentemente o abri em uma confraria, divino! Diferentemente do Soalheiro, este tem passagem por barricas francesas sendo que somente 10% de primeiro uso e o restante de segundo que é para não se sobrepor à fruta. Ganha corpo e complexidade sem perder o frescor marcante dos vinhos verdes e, em especial, da saborosa e vibrante Alvarinho. Vinhaço.

Loureiro – aqui abro espaço para a uva, mais do que para os rótulos, mas já os comento. É uma uva típica da região do Minho porém em vez de ao norte na fronteira com a Espanha acompanhando o rio, onde reina a Alvarinho, o reinado da Loureiro fica um pouco mais abaixo acompanhando o Rio Lima de Viana de castelo a Ponte da Barca com seu epicentro em Ponte de Lima. A uva é muito usada em cortes, porém são inúmeros os bons rótulos vinificados em estreme (varietal 100%) e o Dirceu garimpou alguns desses. Royal Palmeira (este mais ao norte próximo a Monção só para mostrar que para toda a regra existem exceções! rs) da Ideal Drinks é pura sedução tanto no visual da garrafa quanto de seu conteúdo, o Muros Antigos Loureiro, de Anselmo Mendes, que há anos me acompanha e o Casa de Senra de Antonio Souza ainda sem importador no Brasil mas que, com essa qualidade, não deve tardar muito a cá chegar. Em todos; flores silvestres, forte presença cítrica, textura fina e elegante, secos, e vibrantes plenos daquela “crocância” típica da cepa. Adorável uva com vinhos a partir dos R$60 e chegando próximo aos R$150,00.

Quinta de Gomariz Grande Escolha – um corte de três uvas clássicas da região dos vinhos verdes (Minho); Alvarinho, Loureiro e Trajadura. Já está por aqui há um tempo, mas não tinha tido a prazer, que bom que isso mudou! Verão chegando e esse vinho tem que chegar junto a suas mesas, porque á minha certamente estará presente por seu imenso frescor e elegância, gostoso e rico meio de boca, boa concentração de fruta e um final que pede bis! O preço dói um pouco (entre R$100 a 110), caso contrário certamente estaria mais amiúde sobre a minha mesa.

    Há anos que falo aqui e nas colunas que escrevo, dos brancos portugueses e pouco eco tenho ouvido, porém parece que finalmente o mundo e o Brasil despertam para estes saborosos vinhos. Há diversos outros rótulos marcantes, sempre há em qualquer lista, a partir dos R$30 a perder de vista, mas vinhos como o Quinta da Mieira Rabigato, Cova da Ursa Chardonnay e outros rótulos com a uva Arinto, Antão Vaz, Maria Gomes, Gouveio (o espumante Vértice Gouveio é excelente exemplo) e Viosinho são apenas mais uma pequena mostra do que há a explorar. Aliás, estou ná busca de um patrocínio (revistas e jornais são bem vindos) para uma matéria e desafio com vinhos brancos da terrinha, se alguém estiver a fins ou souber de, sou todo ouvidos! rs

    Bem, não vou falar dos tintos hoje, afinal este post já está bem longo ( algo fora do padrão, rs) e nem comecei com eles!  Semana que vem falo deles, por enquanto kanimambo pela visita e desculpem pela falta de fotos, mas deu pau no meu celular no dia, na verdade o tuga aqui bobeou e esqueceu de carregar!! rs Bom fim de semana a todos lembrando que, “Saber Beber é Saber Viver” ! Como homenagem aos vinhos da terrinha, um vídeo com uma canção que ficou famosa na voz da Amália mas que ganha vida hoje com Mariza, fadista das boas, uma “conversa” com o Senhor Vinho.

Vinho do Porto – Degustação Temática Harmonizada

Chamada Vinhos do Porto

Amigos, dia 23 de Outubro a partir das 20 horas, na Vino & Sapore (link aqui do lado) falarei um pouco da diversidade de estilos do Vinho do Porto que NÃO, não  é todo igual! rs Vamos falar um pouca da história, do processo de viníficação, dos estilos, porém prometo não chatear muito os presentes com a teoria e logo mergulharemos na prática:

  • Recepção > Port Tonic com salgadinhos diversos
  • Porto branco com canapés
  • Tawny Reserva com panetone de frutas
  • Porto Ruby Reserva com Eclair de Chocolate e avelã.
  • Porto Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas ou Pekan
  • Porto LBV com English Rich Fruit Pudding
  • Porto Vintage 96 com Queijo da Serra e torradinhas.

Os rótulos estou finalizando a escolha e o valor individual deverá ficar por volta dos R$140 por cabeça e devo ter esses dados dentro de uma semana, porém como são somente 12 vagas sugiro fazer sua pré reserva logo pois já só sobraram 8 lugares, mesmo sem termos o valor! Me sinto lisonjeado com tamanha confiança e se houver uma demanda grande colocaremos um segundo dia, mas……..! Ligue logo para (11) 4612-6343 a partir desta Terça ás 10:30, envie um e-mail para comercial@vinoesapore.com.br ou, ainda, contate-me via comentários aqui no blog.

Esperando vê-lo por aqui, salute e kanimambo. Uma òtima semana para todos

Portugal – Show de Bola na Terra do Futebol!

DSC02957Os amigos que me perdoem, mas o sangue fala mais alto, show de bola ontem na apresentação dos TOP 50 Vinhos de Portugal escolhidos por Dirceu Vianna Junior. Esta seleção é feita anualmente e a escolha fica a cargo de um reputado personagem da vinosfera mundial apontado pela direção da Vinhos de Portugal. Ficou claro o alto nível dos vinhos hoje sendo produzidos em terras lusas nas mais diversas regiões com vinhos de diversos estilos e diversidade de castas. Como há tempos venho falando por aqui e nas colunas que escrevo, o grande barato dos vinhos portugueses é essa enorme diversidade, aliás válido para a gastronomia também!

Na semana que vem farei um post mais detalhado porém hoje gostaria de deixar registrado o momento com um dos grandes destaques da mostra, este magnifico Graham´s Tawny 30 anos com, inclusive, a garrafa repaginada enobrecendo o conteúdo. Maravilha, mas tinha muito mais e não poderia terminar sem deixar um teaser no ar, que brancos!!!! Há tempos, também, que falo da fase esplendorosa dos brancos da terrinha e essa mostra de ontem mostrou bem isso.

DSC02955Terminando este post, uma frase que marcou o evento . Pelas palavras de Jorge Monteiro presidente da ViniPortugal, “Saber Beber é Saber Viver”! Salute e, Domingos, kanimambo pelo gentil convite e privilégio de poder estar presente nesta mostra que só orgulha a vitivínicultura lusa que está hoje entre o que de melhor se faz em nossa vinosfera. Fiquem aqui com a lista dos escolhidos, mas Portugal tem muitos mais!!!

OS TOP 50

Covela Escolha Branco  – de William Smith & Lima Lda, 2012,  Branco

Quinta da Levada  – de Quinta da Levada – Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda, 2012, Branco

Soalheiro – de VinuSoalleirus, Lda, 2012, Branco

Quinta de Gomariz Grande Escolha – de Quinta de Gomariz, Lda, 2012, Branco

Casa da Senra – de Abrigueiros – Produções Agrícolas e Turismo, S.A, 2012, Branco

Tapada dos Monges  – de Manuel Da Costa Carvalho Lima & Filhos, Lda, 2012, Branco

Muros Antigos – de Anselmo Mendes Vinhos, 2012, Branco

Portal do Fidalgo – de Provam, Lda, 2011, Branco

Muros de Melgaço – de Anselmo Mendes Vinhos, 2011, Branco

Royal Palmeira – de IdealDrinks, Serviços e Distribuição, Lda, 2009, Branco

Quinta da Fonte do Ouro Encruzado – de Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda, 2011, Branco

Morgado de Santa Catherina – de Companhia das Quintas – Vinhos, S.A., 2010, Branco

Redoma Reserva – de Niepoort (Vinhos) S.A , 2011, Branco

Conceito Branco  – de Conceito Vinhos lda, 2010, Branco

Cortes de Cima Trincadeira – de Cortes de Cima, S.A., 2011, Tinto

Terra D’Alter Touriga Nacional – de Terras de Alter, Companhia de Vinhos, 2010, Tinto

Herdade da Pimenta Grande Escolha – de Logowines SA, 2010, Tinto

Tinto da Talha Grande Escolha  – de Roquevale, S.A.,  2009, Tinto

Canto X – de Herdade da Madeira Velha, Agro Alimentar, Lda., 2009, Tinto

Cartuxa – de Cartuxa – Fundação Eugénio de Almeida, 2009, Tinto

Cortes de Cima Reserva – de Cortes de Cima, S.A., 2009, Tinto

Dona Maria Reserva – de Júlio Bastos – Dona Maria, 2008, Tinto

Conde D’Ervideira Private Selection Tinto – de Ervideira, Sociedade Agrícola, Lda, 2008,Tinto

Aliança Bairrada Reserva – de Aliança Vinhos de Portugal, SA, 2011, Tinto

Vinha Pan – de Luís Pato, 2009, Tinto

Marquesa de Alorna Reserva – de Quinta da Alorna Vinhos Lda, 2009, Tinto

Julia Kemper – de Cesce Agrícola, S. A., 2009, Tinto

Quinta da Fonte do Ouro Touriga Nacional – de Sociedade Agrícola Boas Quintas Lda, 2009, Tinto

Casa da Passarela Vinhas Velhas – de O Abrigo da Passarela LDA , 2009, Tinto

Quinta do Serrado Reserva – de Sociedade Agrícola Castro Pena Alba, SA, 2009, Tinto

Quinta do Perdigão Touriga-Nacional – de Quinta do Perdigão, 2008, Tinto

Quinta da Bica Reserva – de Quinta da Bica Sociedade Agrícola Lda, 2005, Tinto

Quinta do Vallado Reserva Field Blend Douro Tinto 2011 – de Quinta do Vallado Sociedade Agrícola, Lda., 2011, Tinto

Quinta da Casa Amarela Grande Reserva – de Laura Valente Regueiro, Lda, 2011, Tinto

Casa Ferreirinha Callabriga  – de Sogrape Vinhos S.A., 2010, Tinto

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas – de Quinta do Crasto, S.A. , 2010, Tinto

Pintas – de Wine & Soul, Lda. 2010, Tinto

Poeira – de Jorge Moreira Produção e Comercialização de Vinhos, 2010, Tinto

Batuta – de Niepoort (Vinhos) S.A, 2010, Tinto

Passadouro Touriga Nacional – de Quinta do Passadouro Sociedade Agrícola, Ldª. 2010, Tinto

Quinta do Pessegueiro – de Quinta do Pessegueiro – Sociedade Agrícola e Comercial, Lda, 2010, Tinto

CV-Curriculum Vitae – de Lemos & Van Zeller, lda,  2010, Tinto

Quinta de la Rosa Reserva – de Quinta da Rosa Vinhos SA, 2009, Tinto

Chryseia – de Symington Family Estates Vinhos Lda, 2009, Tinto

Quinta do Noval Touriga Nacional 2009 – Quinta do Noval, 2009, Tinto

Quinta do Portal AURU – de Quinta do Portal, 2009, Tinto

Bacalhôa Moscatel Roxo – Bacalhôa Vinhos de Portugal, SA, 2001, Tinto

Justino’s Madeira Colheita 1995 – de Justino’s, Madeira Wines, S.A., 1995, Ambar

Graham’s Tawny 30 anos – de Symington Family Estates Vinhos Lda, NA Tinto

Burmester Porto Colheita 1963 – de Sogevinus Fine Wines S.A., 1963, Tawny

Salvar

Um Trio Luso que Deixou Saudades!

Recentemente na confraria Saca Rolha, tivemos a enorme satisfação de nos debruçarmos sobre uma série de bons vinhos portugueses, dos quais três em especial me encheram a alma de emoção. A confreira Raquel já escreveu aqui sobre eles, porém face a importância dos mesmos, não me segurei e também os vou aqui comentar.

Soalheiro Alvarinho 2011 – abri uma primeira garrafa, porém não achei que estivesse boa. Não que estivesse estragada, porém lhe faltava aquela acidez vibrante tão marcante neste vinho, senti que essa garrafa “envelheceu” precocemente e não demonstrava seu verdadeiro ser. Achei por bem abrir uma outra, só que na temperatura só tinha a Magnum que me foi presenteada pela saudosa amiga Inês Cruz e já por isso, uma emoção diferente ao desarrolhá-la. Mas houve mais, porque esta sim estava divina com tudo aquilo que este vinho significa para a vinosfera portuguesa dos vinhos brancos. Faz anos que sou um profundo admirador dos vinhos da Soalheiro, e este rótulo é presença certa em minha adega. A Magnum foi a medida certa para os 12 confrades presentes e certamente, tivéssemos ficado com a de 750ml, sede sentiríamos! O vinho é especial e está sempre ranqueado entre os melhores brancos lusos, mostrando  o valor da casta Alvarinho na região do Minho onde ela mostra todo o seu potencial.

Este Soalheiro é um vinho de muita classe, grande intensidade aromática em que se sobressai aromas de damascos e flor de laranjeira com espectro floral e frutado que encanta. Na boca é exuberante com nuances cítricas com deliciosa textura (algo “crocante”) e riqueza de sabores, acidez vibrante, sedutor e um final mineral que nos deixa pedindo mais. Obrigado Inês!

DSC02942

Casa Ferreirinha Reserva Especial 2003 – Um grande vinho que cresce mais ainda quando fruto da generosidade de amigos confrades. Este desapego e desejo de compartilhar é uma das coisas que os enófilos têm de bom, especialmente quando uma garrafa mais especial está em jogo. É como viajar solo e ver uma paisagem lindíssima sem poder compartilhar o momento com ninguém. Não deixa de ser legal mas perde um pouco da graça e nos sentimos privilegiados ao sermos convidados a partilhar de tamanha experiência, porque este vinho é isso mesmo, uma tremenda experiência!

A histórica Casa Ferreirinha, adquirida pela gigante Sogrape em 1987, é a produtora do maior ícone português, o Barca Velha da região do Douro produzido somente em safras excepcionais. O Reserva Especial é o segundo vinho da casa e eu só fico imaginando, depois de tomar este, como será o primeiro! Não, ainda não tive a chance de provar um Barca Velha, muita areia para meu caminhãozinho (rs), mas este Casa Ferrerinha me encheu a boca de prazer. Mais do que por uma característica especifica, ele brilha pelo conjunto; pela complexa paleta olfativa e equilíbrio de boca com tremenda elegância e presença de taninos muito finos, riqueza de meio de boca e final longo. Um grande vinho em qualquer lugar do planeta!

Quinta do Portal Moscatel do Douro Reserva 2000 – mais um grande vinho para encerrar uma noite pra lá de especial e muito, muito agradável! A Moscatel brilha na região de Setubal, porém no Douro, mais precisamente na região de Favaios, também há belos exemplares a serem encontrados e este eu descobri na casa do amigo João Pedro em Portugal há cerca de 3 anos e gamei! Esta garrafa trouxe de Portugal há alguns anos e aguardava na adega o momento e as pessoas especiais com quem compartilhá-la. Não que seja cara (por lá não chega aos 20 Euros), até porque é pouco conhecido e frequenta pouco a mídia, mas porque desde a primeira prova me marcou profundamente. É um néctar dourado e marcante, doce no ponto e apoiado por uma excelente acidez que acompanha maravilhosamente bem doces conventuais ou torta de amêndoas, até panettone. Deste já falei aqui, então não vou me estender mais sobre ele, mas com estes três vinhos você faz a festa em qualquer lugar mostrando o alto nível da vinicultura e dos produtores portugueses!

Salute e kanimambo, seguimos nos encontrando por aqui. Tendo a oportunidade, não perca nenhum destes vinhos de Portugal, prazer garantido tenho a certeza.

Uma Noite Portuguesa Com Certeza!

DSC02922A confraria Saca Rolha comemorou seu segundo ano de vida em grande estilo e as taças que aguardavam por nós nesse dia, eram muitas! A amiga Raquel, nosso porta voz aqui no blog, deu um show com seu texto aqui abaixo, mostrando bem o que aconteceu nessa noite tão especial. Um momento para lá de saboroso com a sempre gostosa companhia dos confrades e confreiras, bons vinhos e interessantes experiências enogastronomicas. Enfim, fiquem com o texto da Raquel que está maravilhoso e também me despertou saudades!

A emoção é um estado momentâneo em que o indivíduo que se expõe a uma experiência qualquer, se manifesta através de reações somáticas. Essas reações podem ser medo, alegria, raiva, etc… Isso tudo são explicações técnicas, psicológicas, mas e quando se tem a sensação nostálgica de algo que nunca vivenciamos? Como por exemplo: Saudade de Portugal, suas paisagens, cheiros, cores e sabores.  Esse é o ponto! Eu nunca estive em Portugal, e de alguma forma, matei as saudades de lá! Foi numa noite de comemoração com amigos, em volta de uma mesa portuguesa com certeza!Colina Brut Nature

            Logo que chegamos, brindamos ao encontro com o excelente espumante Colinas Reserva Brut Nature. Elaborado pelo método tradicional, super aromático, lembrando avelãs, creme pâtisserie, biscoito e um delicado floral ao fundo. Na boca, ao contrário do que sugeriam os aromas adocicados, era sequinho, com boa pérlage e longa persistência. Quem ainda não conhece os espumantes portugueses, não sabe o que está perdendo!

            Hora de sentarmos à mesa e para a surpresa de todos, a imagem de uma enorme garrafa alongada (Magnum), típica da região de vinho verde, nos deu a dimensão do que ainda estaria por vir!  Era um Soalheiro 2011, 100% alvarinho, que fez par perfeito com os camarões empanados e fritos. O Soalheiro é reconhecidamente um clássico dessa região, onde a ótima acidez, corpo, aromas frescos, cítricos, minerais e herbáceos, são perfeitamente equilibrados. Eu já me daria por satisfeita ali mesmo, mas o show devia continuar.

soalheiro magnum

            Esperávamos por uma harmonização inusitada: caldo verde e vinho verde tinto. Para acompanhar, foi-nos apresentada a famosa broa portuguesa que nada mais é que um pão camponês feito de farinha de milho branco. Apesar de já ter ouvido falar desse pão, que aparece como ingrediente nas receitas de bacalhau, é muito raro ser encontrada por aqui. Mesmo com tantas padarias e seus proprietários lusitanos em São Paulo, apenas uma delas fabrica a broa portuguesa como na sua origem, estilo camponês com sua côdea (casca crocante). Esse pão era um dos ingredientes da “sopa do cavalo cansado”, que os camponeses comiam regado pelo vinho verde tinto (quente e polvilhado com açúcar), Linhares Tintodepois de um dia de trabalho duro. Essa sopa levantava até defuntos!

            O vinho verde tinto tem sido menosprezado por sua rudeza. Com alta acidez, taninos potentes e baixa graduação alcoólica, faz dele um vinho duro e áspero. Por essa razão os produtores tem dado preferência aos brancos onde se consegue melhor qualidade. O vinho escolhido foi o Quinta de Linhares 2010, região do Minho. Como já era de se esperar, um vinho “duro” com taninos ásperos, boa acidez e bem aromático. Muitos torceram o nariz pra ele, até a hora de harmonizá-lo com o caldo verde, a partir daí, tudo ficou mais macio e principalmente dentro do contexto: A broa, azeite, caldo verde e o vinho. Não ficou difícil enxergar coerência nisso tudo. Os hábitos culturais aparecem ao acaso, mas não permanecem por acaso.

             Depois dessa imersão cultural (será que foi lavagem cerebral, rs..rs..), já estávamos até com sotaque(e saibam que portugueses de verdade lá só haviam 2!).

Então foi chegada a hora do Bacalhau. Muito bem executado, de maneira simples, com muito azeite, alho, cebolas e suas batatinhas. Para acompanhá-lo, três regiões importantes: Dão, Alentejo e Douro.

Clipboard Portugal & Bacalhau

            Casa da Passarela – Vinhas Velhas – 2008.(Dão)

            Aromas inebriantes logo de cara! Um leque enorme que alternavam-se com o passar do tempo na taça. Muito equilibrado na acidez, taninos macios e ótimo extrato. Um vinho que me surpreendeu pela elegância. Não dividiria a atenção dele com mais nada. Talvez……… só um queijinho da Serra da Estrela, rs..

            Herdade deSão Miguel  – Touriga Nacional  2010. (Alentejo)

            Mostrou-se bem discreto no nariz. Já na boca, cheio de fruta, bem encorpado e equilibrado. Junto com o bacalhau, salientou as ervas que temperavam o prato.

            Altano Reserva – Quinta do Ataíde -2008. (Douro)

            Produzido pela família Symington, um dos maiores produtores do Douro e  famosos pelo Porto Graham’s. Esse vinho, também elaborado com Touriga Nacional, mostrou aromas de azeitona, frutas secas e alguma mineralidade. Denso, enche a boca, com notas de madeira bem incorporadas. Quanto a harmonização, as opiniões divergiram. Eu gostei mais deste com o bacalhau.

            Depois de muito comer e beber, gostar mais desse ou daquele vinho, tínhamos que tirar a prova dos nove, certo? Pensando nisso, um dos confrades nos agraciou com um bônus e tanto!

           Casa Ferreirinha – Reserva Especial – 2003.Casa Ferreirinha

            Esse vinho é um ícone da região do Douro ao lado de seu irmão-mor “Barca Velha”. Os dois são produzidos a partir de uvas do mesmo vinhedo, são envelhecidos em barricas de carvalho, engarrafados e depois de anos, dependendo da qualidade da safra, são rotulados. As safras excepcionais serão Barca Velha e as outras Casa Ferreirinha. Só posso dizer uma coisa: se o Ferreirinha já é um vinhaço, imagino o outro!!!!!  Na taça ele já mostra uma cor intensa e escura. Aromas extremamente frescos e elegantes que vão evoluindo com o tempo, como se pedindo a nossa companhia, fica nos entretendo o maior tempo possível. Amável, robusto, cheio de sabor. Um vinho de caráter que valeu muito conhecer.

            E para encerrar a noite com chave de ouro, o vinho mais dourado que já provei!

            Quinta do Portal – Moscatel do Douro – Reserva 2000.

            Dizem que a primeira impressão é a que fica. Talvez……mas a última faz com que uma história tenha começo, meio e fim. E quando o fim é bom, vamos lembrá-la para sempre. Acho que nesse caso, esse Moscatel só deixou boas lembranças. A começar pela cor , um alaranjado brilhante, incrível. Os aromas, voluptuosos, de amêndoas, erva doce, anis, mel, etc… Por mais que eu tente descrever, jamais conseguirei chegar perto das sensações que vivi. Acompanhou como um imã o toucinho do céu.

             Comecei esse texto falando de emoções, nostalgia de lugares nunca antes visitados. Há quem diga que a linha que separa a fantasia da realidade é muito tênue. Partilhar algum tipo de experiência, que envolva a boa mesa, bons vinhos com bons amigos, nos ajuda a vivenciar situações inesquecíveis. Afinal, navegar é preciso!

Quinta do Noval Moscatel 2000 com Toucinho do Céu

Bem, depois disso, só me resta dizer um kanimambo especial à Raquel por esta descrição tão saborosa dos momentos vividos nesse encontro, e desejar que tenhamos condições de celebrar nosso terceiro ano com as mesmas emoções. Salute e uma ótima semana para todos com, preferencialmente, mais vinhos de Portugal.

 

 

 

Quinta do Portal Moscatel do Douro Reserva 2000

Quinta do Noval Moscatel 2000 com Toucinho do Céu          Este vinho conheci na agradável e saudosa companhia de dois dos mais consagrados e respeitados enoblogueiros portugueses, o João Pedro e o Rui Miguel numa noite para lá de inesquecível! Pois bem, ontem abri uma garrafa que guardava com carinho em minha adega, aguardando o momento certo! Não vou me alongar no texto porque a foto fala mais do que qualquer comentário meu, mas posso dizer que junto com um magnifico pedaço de Toucinho do Céu (obra da saudosa Dª Milu e do Sr. Vasco – melhores doceiros portugueses fora da terrinha premiados pela Veja por diversas vezes) e boa companhia de amigos, foi uma harmonização perfeita, néctar dos néctares, uma emoção diferente, uma experiência olfativa ímpar e na boca um verdadeiro extase! Faltou a almofadinha para agradecer de joelhos!!!!!

Salute e Kanimambo, sempre garimpando os bons vinhos de Portugal