Conhecendo o que faz o MOVI

Muito bem, já falamos aqui dos vinhos, das regiões, das empresas, mas o que é que realmente faz com que o MOVI seja o que é? Entrevistei a amiga Angela Mochi que com seu marido Attilio (o quietinho da dupla – rs) iniciou suas atividades com uma loja em Campinas, virou importadora, fechou e se mudou de mala e cuia para o Chile com um sonho que se concretizou, produzir vinhos de identidade própria no Chile. Assim nasceu a Attilio & Mochi uma das vinícolas associadas do grupo:

Falando de Vinhos: Angela, o que é necessário para entrar no grupo, quais os parâmetros básicos que são considerados para aceitar um novo produtor no grupo?

Angela: Primeiro, que o vinho seja produzido em escala humana, ou seja, que os sócios estejam diretamente relacionados com o negócio, que não sejam apenas “acionistas”. Depois, que o vinho seja muito bom (isso é bastante subjetivo, mas a ideia é que não existam vinhos “Chilenos” no MOVI e sim vinhos que façam a diferença dentro do panorama vitivinícola Chileno. Para tanto, cada produtor que quer entrar para o MOVI precisa submeter os vinhos a uma degustação do Diretório. Também, é preciso que quem postule a entrada conheça algum membro que esteja disposto a patrociná-lo dentro do Movimento. O conceito por detrás é que quem entra sabe exatamente o que esperar da associação, uma vez que o padrinho já fez o trabalho de explicar tudo. Além do mais, está o sentido de cobrar dos membros responsabilidade quando se indica alguém, que essa pessoa/empresa seja compatível com os princípios do grupo de trabalhar em conjunto pelo grupo.

FV: Quantos sócios compõem o MOVI hoje?

Angela: Hoje somos 32, do extremo norte ao extremo sul, desde o Atacama até a Patagônia.

FV: Qual a produção total anual estimada do MOVI?

Angela: Essa é uma boa pergunta. Não temos essa estimativa feita, mas eu diria que estamos provavelmente bordeando umas 80.000 caixas de 12 ou seja, algo ao redor de 960 mil garrafas anuais.

FV: Quais das vinícolas associadas possui a maior e menor produção e quanto?

Angela: A maior é von Siebenthal, com umas 20.000 caixas (cerca de 25% da produção estimada do grupo) e a menor é Rukumilla, com umas 500 caixas.

FV: De forma resumida Angela, qual o objetivo e mote que rege o MOVI?

Angela: Principalmente permitir que pequenos vinhateiros sejam capazes de criar vinhos com personalidade, numa escala humana e de maneira sustentável ao longo do tempo. Também, interferir, de maneira positiva, na maneira como o Chile produz vinhos hoje, além de mostrar esse outro lado do país em termos de vitivinicultura.  MOVI é o Movimento de Vinhateiros Independentes do Chile, apresentando uma perspectiva moderna como país vitivinícola. Complementamos e contribuímos, uma contra cultura que apresenta resposta a noção antiquada de que os vinhos chilenos padecem de personalidade. Trabalhando em conjunto, costuramos um mosaico do vinho chileno, mostrando através do vinho, uma coletânea da personalidade individual de nossos membros. Através da associatividade, damos voz e uma marca para os vinhateiros independentes que se atrevem a pensar “pequeno”, num projeto maior em que a ênfase é mostrar a existência de um Chile vinhateiro mais puro, profundo e verdadeiro – o Chile real!

Bem amigos, aqui no blog há diversos posts sobre este tema desde 2012 então basta digitar MOVI em pesquisa (search – canto direito superior) e sair lendo. Agora, fica óbvio que a conclusão final só pode ser alcançada de uma única forma, provando! Então amigos, vamos ás compras? Que Baco guie seus passos, saúde, kanimambo pela visita e um belo final de semana olímpico para todos. Semana que vem seguimos por aqui, fui!!

 

 

 

Uma Outra Visão do MOVI

Não pude estar presente no último evento do MOVI então pedi à Raquel Santos, que os amigos já conhecem de outros posts por aqui, que me representasse e tecesse seus comentários sobre esta experiência, acho legal comparar opiniões. Como saber que vinhos são do MOVI? Bem,movi-logo-preto1 você pode ver a lista de produtores no meu post anterior clicando aqui e no contra rótulo da garrafa buscar o logo do movimento impresso,este aqui do lado, simples assim. Eis o que a amiga, confreira e sommelier Raquel têm a nos dizer do que viu, escutou e provou no MOVI Night.

“Aconteceu no dia 10/08 mais uma edição do encontro dos produtores independentes chilenos aqui em São Paulo. Esse grupo, que existe desde 2009, reúne jovens apaixonados pela vitivinocultura do seu país que buscam incansavelmente a qualidade e excelência em seus vinhos. São pequenos na produção individual, mas quando se juntam tornam-se grandes. O vínculo que carregam é a preservação mais pura da expressão e identidade,do seu terroir.

Esse ano a apresentação foi dividida em três flights:

  1. O novo Chile com mais personalidade.
  2. Os clássicos recarregados.
  3. O antigo agora é o novo – do Atacama ao Maule.

Começando pelo “novo Chile” procurei primeiramente pelos vinhos brancos. As opções eram bem pequenas em relação aos tintos. Apenas 1 espumante, 4 ou 5 Sauvignon Blanc e só 1 Chardonnay. Todos da região de Casablanca que fica no caminho entre Santiago e o litoral, local de clima frio, ensolarado e com grande influencia dos ventos marítimos vindos do Pacifico.

Merecem destaque o Catrala–Sauvignon Blanc – Cítrico, com toques de grapefruit, limão siciliano e notas florais. Acidez que faz salivar, pedindo comida para acompanhar. Outro Sauvignon Blanc que chamou minha atenção foi o Marina – Garcia+Schwaderer – igualmente fresco, com mais corpo e mineralidade bem presente, quase salino. O único Chardonnay era excelente: Villard – Chardonnay – fresco e complexo, com madeira bem delicada. Boa acidez, encorpado. A fermentação começa em tanques de inox e termina em barris de madeira francesa por 6 meses com malolática, que conferem aromas amanteigados, com baunilha e boa estrutura.

Seguindo a sequencia estabelecida, parti para os tintos e confesso que não notei bem a diferença entre o “novo”, “os clássicos” e “os antigos”…No geral, as diferenças eram mais aparentes pelas características do clima.

1-Litoral, que recebe os ventos frios do Pacífico=frescor, mineralidade e boa acidez.

2-Entre cordilheiras, com muita luminosidade e calor= vinhos potentes, frutados e com taninos presentes.

3-Andes, amplitude térmica com muito sol durante o dia e muito frio no nascer e por do sol=vinhos aromáticos, frutados, com taninos mais macios.

Passada essa primeira impressão, aparecia obviamente as características das castas locais, onde a tinta Carmenére reina absoluta. Vinhos varietais ou em cortes eram a maioria e apesar do alto nível de qualidade, esse estilo robusto e potente não fazem muito a minha cabeça. Mas o mais importante aqui era a assinatura do enólogo que não deixava passar incógnita alguma expressão pessoal, algum toque que fazia diferença entre cada vinho provado. Entre eles, gostaria de destacar os que mais me encantaram:

Peunayen- Carmenére, potente, cheio de frutas maduras e final achocolatado.

Laura Hartwig-Cabernet Sauvignon, harmonioso e bem feito.

Vultur- Carmenére+PetitSyrah+PetitVerdot, da região de Colchagua. Corpo com elegância.

Aluvion(Lagar de Bezana)-Alto Cachoapal. Cabernet Sauvignon+Syrah+PetitVerdot+Carmenére. Fresco e boa estrutura.

Own- Carmenére+PetitVerdot+Petit Syrah. Produção mínima, com garrafa numerada.

Rukumilla-Syrah+CabernetFranc+CabernetSauvignon+Malbec. Orgânico que mostra personalidade.

Erasmo-Cabernet Sauvignon+Merlot+Cabernet Franc. Orgânico do Maule, muito elegante.

MELI Dueño de la Luna-Carignan. Do Maule, muito delicado, fresco e cheio de sutilezas.

Fillo-Carignan-(Bowines)-Frutado e vibrante.

Garage-Carignan Field Blend 2013- Do vale de Itata, nasceu literalmente na garagem de seu criador(Mosman Derek). Fermentação natural, com leveduras selvagens, mostra muita fruta com especiarias, flores e ervas aromáticas, evoluindo para notas terrosas. Muito expressivo, genuíno e equilibrado.

O vinho, como qualquer produção agrícola é um elemento cultural importante que reflete o desenvolvimento da humanidade. As mudanças climáticas, com drásticas elevações da temperatura, já é uma realidade mais que visível e a preocupação com o manejo do meio ambiente deve ser encarado como fator de qualidade do produto.Adaptações de abordagem de mercado se fazem cada dia mais necessárias para que se possa colocar em prática uma filosofia que dê continuidade aos elementos intrínsecos à nossa cultura.

Foi um belo panorama do que está sendo feito de novo naquele país. Quando pequenos se juntam e ganham visibilidade, mostram que de uma célula pode-se formar algo maior. Quando você estiver levando aquela taça de vinho à boca, lembre-se que tudo começou de uma semente que se transformou numa parreira que por sua vez transformou-se em cachos suculentos de uva. Destas uvas foram feitas o vinho, que engarrafaram para que você pudesse ter uma pequena amostra de todo um terroir”

MOVI – Quem Sabe faz a Hora Não Espera Acontecer!

Há uns quatro anos atrás conheci e celebrei essa lufada de ar fresco vindo do Chile. Era o MOVI que se criava e hoje demonstra robustez dentro de um projeto quase lúdico que deu muito certo. MOVIMovimento dos Vinheteiros Independentes do Chile é uma associação de um grupo de produtores loucos por vinho que põem a mão na massa para produzir apenas algo ao redor de 40.000 caixas ano, ou por volta de 500 mil garrafas no total! Tem gente nesse grupo que produz ínfimas 1000 caixas ano ou seja, são produtores artesanais movidos por um projeto pessoal onde a paixão é colocada em prática “refletindo o caráter e identidade do terroir de seu local de origem”.

Cada um tem seus canais de venda específicos e toca seu negócio de forma independente, porém a associação trata de promover conjuntamente as empresas e seus produtos e que produtos! Fazia tempo que não participava de uma degustação tão marcante com presença de vinhos deste patamar de qualidade mostrando que a vida para além dos grandes conglomerados e rótulos midiáticos chilenos existe e é de primeira linha.Uma pena que não pude comparecer esta semana no MOVI Night! Nascido em 2008 com doze produtores, hoje totaliza 26 porém o grupo segue aberto a outras inclusões.

Clipboard Full Movi

Quando provei há 4 anos atrás, esta semana não pude participar porém minha amiga Raquel Santos me representou e certamente em breve teremos seus comentários por aqui, o que mais me impressionou foram dois pontos; a diversidade e a qualidade. Fora dos padrões de massificação bem feitinha e padronização com a qual o Chile ficou famoso, mostrando claramente que o vinho pode sim mostrar personalidades diferentes dependendo do terroir e da gente (que faz parte desse terroir) que os faz. Fique de olho nos rótulos desse pessoal, valem muito a pena serem conhecidos!

Não sou de dar nota para vinhos, exceto em concursos e degustações do qual participo e haja essa necessidade, porém se tivesse que o fazer nesse dia creio que 80% desses vinhos teriam pontuação acima de 90 pontos o que, para mim, não é comum fazer. Afora uns três ou quatro rótulos “somente” bons, todos vinhos de grande categoria e uma meia dúzia marcantes.

Na época em que escrevi sobre este tema, uma parte do objetivo era dar um toque aos pequenos produtores artesanais brasileiros que não participaram da excrescência de tentativa de golpe pelas elites produtoras nacionais contra o consumidor brasileiro com a instituição Salvaguardas ao Vinho Brasileiro (leia-se aumento de impostos para os importados fora do mercosul), para que se aventurassem com sua própria associação com projetos mercadológicos conjuntos, saindo pelo Brasil mostrando sua cara aos formadores de opinião e publico em geral. Que deixassem de ficar se lamentando pelos cantos, que agissem, tomassem uma atitude tipo MOVI e fizessem acontecer porque como já dizia Vandré; “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”, porém lamentavelmente não vi nada nesse sentido acontecendo depois de 4 longos anos, acho uma pena!

Enfim, deixemos isso para lá já que o tema é mesmo o MOVI, seus produtores e seus vinhos. Enquanto a Raquel não nos traz seus comentário, caso você queira saber um pouco mais, clique aqui e veja o que achei de alguns desses vinhos que provei em 2012. Kanimambo pela visita e um ótimo final de semana.

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Dicas da Semana

Faz um tempinho que não dava aqui algumas dicas, então, aproveitando que o frio chegou e o Dia dos Namorados está aí, vamos a algumas, porém adoraria saber o que está dando no wordpress hoje!

 

Riserva Bistro Logo   Reserva Bistrô, Localizado em plena Avenida Paulista (restaurante do Reserva Cultural) , prepara jantar romântico no Dia dos Namorados com menu especial e show de voz e violão. Com entrada, prato e sobremesa – a R$ 90 por pessoa –, o cardápio inclui ainda uma taça de vinho chileno da Baron Philippe de Rothschild. Para embalar essa agaradável noite, o músico Jota Carlos interpreta clássicos da MPB e bossa nova de Tom Jobim, Chico Buarque e Djavan, entre outros

      Um menu foi elaborado especialmente para a noite (R$ 90 por pessoa), incluindo duas entrada, um prato principal e uma sobremesa (confira as sugestões abaixo) e para celebrar, o cliente recebe ainda uma taça do vinho chileno Escudo Rojo, branco ou tinto, produzido pela consagrada vinícola Baron Phillippe de Rothschild

Menu jantar Dia dos Namorados no Reserva Bistrô

Entrada:
Salada de “chèvre chaud” (alface , rúcula, tomate cereja, tomate seco, queijo de cabra)
Creme de aspargos

Prato principal:
Fettuccine ao frutos do mar
ou
Pernil de cordeiro ao molho de limão e risoto de damasco

Sobremesa:

Pavé noix ou Creme brûlée

O jantar acontece a partir das 20h. Reservas podem ser feitas pelo e-mail diasdosnamorados@reservacultural.com.br ou telefone (11) 3287-7858 (ramal 5).

Degustação Dez no dia Treze! Dia 13 de Junho, ,meu amigo Luis Otavio que reina na região de Limeira, Americana e Piracicaba com seus incríveis eventos de degustação sempre acompanhados de suas artes na cozinha está com mais uma programada para a semana que vem lá em Piracicaba!

Degustação de vinhos espanhóis – A diversidade das regiões

 Importadora: Península . Apresentação: Javier Gabarain

LOCAL: ENOPIRA > Rua Mamede Freire nº 79 – Piracicaba SP – 20 horas

FONE: (019 ) 3424-1583-  Cel. ( 19 ) 82040406 ou por e-mail para luizotavio@enopira.com.br

VINHOS APRESENTADOS:

1-                  Finca Terrerazo 2009- Vino de Pago- R$ 174,00

2-                  Aalto 2009- Ribera del Duero- R$ 329,00

3-                  Almirez 2008- Toro- R$ 174,00

4-                  La Bienquerida 2007- Bierzo- R$ 267,00

5-                  Abadia Retuerta S.E 2006- Sardon de Duero- R$ 188,00

6-                  Orben 2005- Rioja- R$ 188,00

7-                  Casa Cisca 2005- Yecla- R$ 328,00

8-                  Perinet + Plus 2005- Priorat- R$ 498,00

APÓS A DEGUSTAÇÃO SERÁ SERVIDO: Bochechas de Javali ao forno, Costelinhas de Javali na panela de ferro, Arroz Murciano e Judias verdes. Por pessoa, limitado a 15, um investimento de  R$ 190,00. Você que é da região ou estará por lá, vai perder?!!

Na Vino & Sapore Degustação de Vinhos do MOVI – Dia 19 de Junho, degustação especial MOVI (Movimento Vinheteiro Independente) de vinhos Chilenos. Uma mostra do que um grupo de 21 pequenos produtores estão fazendo no Chile com uma produção total de meras 40.000 caixas ano! Novos sabores, conceitos e sonhos colocados em prática, verdadeiros vinhos de autor que traremos para esta degustação para lá de especial com sete rótulos surpreendentes e marcantes. RESERVE já seu dia 19 de Junho e faça sua pré-reserva ligando (11) 4612-6343 ou enviando sua mensagem para comercial@vinoesapore.com.br . Custo, pagos no ato da reserva, R$75,00 por pessoa com R$15,00 de crédito na compra de qualquer um dos rótulos em prova. Eis alguns dos vinhos que estarão presentes, faltou o Aluvión (blend) que está por chegar, mas se quiser conhecer mais do MOVI, acesse este link >  http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/11/14/movi-um-exemplo-chileno-a-ser-seguido-pelos-produtores-brasileiros  , os vinhos por trás da massificação de rótulos industriais chilenos que assolam as prateleiras das lojas e supermercados brasileiros.

DSC02460Semana que vem junto mais algumas dicas de muito prazer enogastronomico. Salute, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui.

MOVI – Vinhos Chilenos com Personalidade Própria

Os vinhos do MOVI (Movimento dos Vinhateiros Independentes) do Chile, como falei um pouco antes de minha viagem, me surpreenderam muito positivamente . Alguns baita vinhos , outros muito bons num nível de qualidade poucas vezes provado numa degustação do genêro. São vinhos a nível geral mais caros, porém têm razão para sê-lo!

Dos 21 vinhos provados, alguns merecem um destaque especial tendo separado os que mais me marcaram para comentar:

I-Wines Chardonnay 2011 – Já conhecia o excelente e potente Syrah, porém este Chardonnay me impressionou. Bastante expressivo, untuoso, madeira bem integrada, um belo vinho de final bem longo e fresco. Importadora Berenguer

Lagar de Bezana Aluvion 2008 – um blend Syrah/Cabernet Sauvignon de muita qualidade onde a syrah é protagonista e dá suas caras com muita qualidade. Consegue equilibrar de forma harmoniosa a potência, extração e elegância o que nem sempre ocorrer. Rico e complexo, é um vinho marcante. Importadora Magnum

Meli 2010 – Carignam com mais de 50 anos que leva um tempero de 7% de Cabernet Sauvignon. Encorpado, denso, taninos finos e mito saboroso. É na boca que ele mostra todos seus encantos. Importadora La Charbonade

Garage Field Blend Carignan Old Vines 2010 – de vinhedos de Carignan com mais de 50 anos e um toque de Grenache, por volta de 10%, o vinho é vibrante, de bom corpo, taninos aveludados e um certo frescor de final de boca que nos seduz. Poucas garrafas, algo ao redor de 3500 gfs, para poucos apreciadores.  Importadora Premium

Rukumilla 2008 – Cabernet Sauvignon com Cabernet Franc num encontro muito saboroso e bem feito. Nariz intenso e mito atrativo nos faz levar a taça à boca onde taninos aveludados nos recebem com bom volume de boca onde se destacam notas achocolatadas e tem mais, um teor alcoólico de cordatos 13.2% que nos faz pedir bis. Procurando importador (eu acho!)

Tunken Wines Malbec 2011 – para quem é amante da  uva, è a chance de experimentar algo diferente pois esta interpretação da cepa é algo diferenciada do que se está habituado a tomar da Argentina e os produtores primam por vinhos sempre mais equilibrados e elegantes. De  boa estrutura, denso, extração correta sem exageros, bem frutado de final sedoso e apetecível mostrando bem a matiz do terroir e do conceito do produtor. Procurando importador.

Starry Night  2010 – Puro Syrah de região mais fresca (Maipo Costa – Cordilheira da Costa). Um vinho de muita classe e personalidade, sedutor na boca e no nariz, arrisco dizer que deve ser um dos melhores syrahs chilenos que já passaram por minha taça. Um excelente vinho, apetitoso, elegante, frutado com equilibrados toques de especiarias típicos da cepa, para mim o melhor vinho do evento, sem desmerecer qualquer um dos outros, porém este está um degrau acima dos demais e me seduziu. Procurando importador, acho, porém vi alusões à Vinoart que não conheço?

Para não alongar muito mais este post, listo mais alguns rótulos que estão pouco abaixo destes em minha avaliação, porém todos muito bons que merecem que você gaste um pouco de seu tempo e grana para conhecer e curtir:

Erasmo 2007, Flaherty Aconcagua blend 2008, Gillmore Hacedor de Mundos Cabernet Franc 2008, Von Siebenthal Carabantes blend 2009 e Lafken 2009, também um blend, todos muito bons e diferenciados.

         No total, doze vinhos de tirar o chapéu e despertar muitos uaus pelas mesas mostrando sua capacidade de seduzir, mas os outros ficam pouco atrás. Acho que o “selo” MOVI é certamente um selo a buscar nas garrafas menos conhecidas, fique de olho e aproveite. A foto, tirada a esmo, mostra alguns dos rótulos provados, clique nela para aumentá-la.

Salute e kanimambo

Salute, kanimambo e nos vemos por aqui.

MOVI – Um Exemplo Chileno a Ser Seguido Pelos Produtores Brasileiros

     Há poucos dias participei da degustação promovida pelos 21 membros desta associação e A-DO-REI o que ouvi e provei, um exemplo a ser seguido. MOVI – Movimento dos Vinhateiros Independentes do Chile é uma associação de 21 produtores loucos por vinho que põem a mão na massa para produzir apenas algo ao redor de 40.000 caixas ano, ou por volta de 500 mil garrafas no total! Tem gente nesse grupo que produz ínfimas 1000 caixas ano ou seja, são produtores artesanais movidos por um projeto pessoal onde a paixão é colocada em prática “refletindo o caráter e identidade do terroir de seu local de origem”.

       Cada um tem seus canais de venda específicos e toca seu negócio de forma indepentente, porém a associação trata de promover conjuntamente as empresas e seus produtos e que produtos! Faz tempo que não participo de uma degustação tão marcante com presença de vinhos deste patamar de qualidade mostrando que a vida para além dos grandes conglomerados e rótulos midiáticos chilenos existe e é de primeira linha. Nascido há quatro anos com doze produtores, hoje totaliza 21 porém o grupo segue aberto a outras inclusões. Eis a lista dos produtores dos quais tivemos o privilégio de provar uma seleção de vinhos realmente top; Armidia, Bravado Wines, Bustamante, Clos Andino, Flaherty Wines, Garage Wine Co., Gillmore, I-Wines, Lafken, Lagar de Bezana, Meli, Peumayen, Polkura, Reserva de Caliboro (Erasmo), Rukumilla, Starry Night, Trabun, Tremonte, Tunquen Wines, Villard e o maior deles, a Von Siebenthal. Fique de olho nos rótulos desse pessoal, valem muito a pena serem conhecidos!

        Não sou de dar nota para vinhos, exceto em concursos e degustações do qual participo e haja essa necessidade, porém se tivesse que o fazer neste dia creio que 80% desses vinhos teriam pontuação acima de 90 pontos o que, para mim, não é comum fazer. Pessoalmente costumo classificar meus vinhos em:  Ruim / Fraco / Médio (Honesto) / Bom / Muito Bom / Excelente e DTC (De Tirar o Chapéu) e nesta degustação, afora uns três ou quatro rótulos “somente” bons, todos vinhos de grande categoria e uma meia dúzia marcantes. Na semana que vem compartilho um resumo dos vinhos tomados, mas desde já fico triste pois o MEU vinho da degustação não tem importador, ainda! Vou ter que pedir para os amigos me trazerem umas garrafas, fazer o quê.

      Esta introdução aos vinhos da MOVI, tem o objetivo de dar um toque aos pequenos produtores artesanais brasileiros que não participaram dessa excrecência de Salvaguardas ao Vinho Brasileiro, sim não esqueçerei tão cedo, que a Ibravin e os barões do vinho quiseram nos impor, UNAN-SE! Montem sua própria associação com projetos mercadológicos conjuntos, saiam pelo Brasil mostrando sua cara aos formadores de opinião e publico em geral. Deixem de ficar se lamentando pelos cantos, hajam, tomem uma atitude tipo MOVI e façam acontecer porque como já dizia Vandré; “Quem sabe faz a hora não espera acontecer”!

      Salute, kanimambo e um ótimo feriado a todo, semana que vem falo dos vinhos provados. Quem ficar em Sampa e região vai aqui uma dica; nesta Sexta na Vino & Sapore tem Happy Wine Time! Vá conferir os  bons vinhos que estarão disponíveis á taça com empanadas Caminito e outros quitutes num ambiente informal, descontraido e gostoso com a cara da Granja Viana.

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