Save The Date – 1º Granja Viana Wine Fest dia 14 de Julho

           A Granja Viana e meus amigos leitores, que reclamam de que tudo o que eu faço é só durante a semana,  mereciam um evento deste porte e a Vino & Sapore vem preencher esta lacuna trazendo algo inusitado para a vinosfera granjeira, coisa para deixar os seguidores de Baco e da boa enogastronomia felizes com tantas descobertas de novos sabores e experiências sensoriais, uma verdadeira viagem de descobrimentos num Sábado! Um Festival de Vinhos a ser realizado numa área coberta de 100m² adjacente à loja na charmosa Estação do Sino, Rua José Felix de Oliveira no bucólico centrinho da Granja. Como acredito em diversidade, teremos mais de 50 vinhos em prova de dez países diferentes, 15 expositores, mesas de degustação de frutos do mar defumados direto de Santa Catarina, Strudels salgados e doces, mesa de antepastos artesanais, queijos diversos, Ballas de Chocolate da Isa Amaral, chás especiais da IntiZen, etc.

           Um festival de Vinhos e Sabores acompanhado de um trio de jazz e outras atividades lúdicas para alegrar ainda mais o ambiente. Em breve mais detalhes, mas reserve já o dia 14 de Julho, você não vai se arrepender! Os convites, por apenas R$60,00 com crédito de R$20,00 para compras de rótulos em prova, deverão estar disponíveis para venda ainda nesta próxima semana.

        Salute e kanimambo. Como estamos no meio do feriado, deixei para finalizar meu post do Melhor Vinho de Minha Vida nesta próxima Segunda, os amigos ansiosos que me perdoem!

Concurso de VinoPiadas – Seleção de Finalistas

    Depois de uma semana de deliberações e análises profundas, o júri interno selecionou seis piadas que agora ficarão ao sabor do humor dos leitores amigos e participantes. Será a votação popular que elegerá o ganhador do 1º Concurso de VinoPiadas promovido por este blog. Abaixo a lista dos selecionados com seu link, caso queira rever antes de votar, e do lado a enquete para você votar. Pode botar mãe, pai, irmão, tia, esposa, cunhado todo mundo para votar!  Faça sua campanha, e dentro de quinze dias anunciarei o ganhador. Se for de Sampa vai ter que vir buscar na loja e tomar uma taça, ou mais (rs) comigo, caso contrário envio por correio!

Boa sorte aos amigos e mais uma vez grato a todos que participaram. Salute e kanimambo

 

Coluna da Eliza – Alain Chabanon, uma Preciosidade do Languedoc

      A Eliza voltou, mas por enquanto recupera baterias e mata saudades da mommy  porque ninguém é de ferro! Em breve, certamente, o mercado a absorverá novamente pois gente boa com bagagem e a gana qe essa menina tem, não tá sobrando não!  Trouxe na bagagem muitas experiências que certamente estará compartilhando conosco em sua coluna quinzenal por aqui em Falando de Vinhos. Hoje fala de um produtor que, por sinal, me parece uma ótima  dica para importadores já que o produtor ainda não está presente por estas bandas. Fala aí Eliza!

 

Alain Chabanon, uma preciosidade do Languedoc!

 

            Presente em quase todas as lojas de vinho da região, este engenheiro agrônomo dá o que falar por aqui (lá!). Adorados pela crítica, pelos profissionais e pelos consumidores, seus vinhos são únicos, complexos, ricos, equilibrados, maravilhosos! E olha que eu tive o imenso prazer de prová-los todos (alguns mais de uma vez)!  

            Filho de professores, Alain Chabanon estudou enologia à Bordeaux e à Montpellier e trabalhou em diferentes domaines antes de se instalar no terroir de Montpeyroux, sul da França, em 1990. Sua ambição era de elaborar grandes vinhos, finos e elegantes… mas sua natureza perfeccionista conseguiu muito mais! Atualmente com uma produção de 50 mil garrafas por ano, e uma linha composta por um branco, um rosé e seis tintos, este vigneron está satisfeito com as suas terras e os frutos de seu trabalho. Seus 20 hectares de terra, espalhados em diferentes “cidadezinhas” são todos trabalhados em agricultura orgânica e biodinâmica. Um verdadeiro ritual cuidadoso que é traduzido em sensações e em palavras: “Um dia um senhor me ligou, e me disse que ele experimentou emoções extremamente fortes degustando meus vinhos… no início eu fiquei um pouco surpreso… mas finalmente eu entendi e eu entendo, e isto me deixa muito feliz porque nós tocamos o essencial do homem, quer dizer, o prazer, algo além da felicidade… é muito bom poder provocar isso…” compartilha Alain Chabanon na abertura do seu site (http://www.alainchabanon.com/index.html).

            Eu, particularmente, sou apaixonada pelo seu ícone, descrito como uma réussite exceptionnelle, L’Esprit de Font Caude, um vinho que interage conosco e transforma um momento ordinário num momento mais do que especial. Seu nome, poético e cheio de significação – Font Caude significa “nascente quente” na língua occitana, língua esta utilizada à mais de 10 séculos atrás pelos trovadores da região para proclamar poemas e canções – é uma homenagem à nascente que existe na propriedade, onde a água brota à 19°C, faça chuva ou faça sol.

            Elaborado com 50% de Syrah et 50% de Mouvèdre, “o espírito da nascente quente” inspira e surpreende; vinho profundo, saboroso, denso, rico e cheio de elegância. Magia? Não, ele é o fruto de um savoir faire único e de muito trabalho! Vou pincelar alguns momentos importantes para vocês, mas quem quiser saber mais me avisa! Uma das principais etapas, a maceração, dura 5 semanas. Durante este período, um dia sim, um dia não, o vinho é pisado. Depois, ele passa 12 meses nas cubas, 24 meses nas barricas de carvalho francês compradas à Bordeaux – já com 2 anos de utilização – para que depois, finalmente, o blend seja feito. Você já estava pensando que o processo termina por aí? Ainda não… mais uns bons 12 meses de estágio seguidos de um engarrafamento sem colagem e nem filtragem… ou seja, a colheita de 2006 começou a ser disponibilizada no mercado em 2011 e a de 2007 ainda não saiu!!

            Pois é, vinificação é sinônimo de tradição na casa de Alain Chabanon e cada garrafa de L’Esprit de Font Caude resume uma verdadeira epopeia vitivinícola…  tudo isso  com a ajuda de apenas um funcionário… quantas horas será que ele dorme?

Bonne semaine à tous et à la prochaine!

O Melhor Vinho de Minha Vida

         Aos cinquenta e sete anos, já tomei e provei muita coisa. Grandes e inesquecíveis vinhos, vinhos que são verdadeiras lendas, algumas zurrapas, muito vinho saboroso e bem feito que cabe no meu bolso e me deu muito prazer de tomar, mas igual a este nunca!

Meus leitores e clientes costumeiramente me fazem a mesma pergunta, “de que vinho você gosta mais?” Impreterivelmente a resposta é sempre a mesma, não sei!  Tenho uma queda por vinhos harmônicos, elegantes e bem equilibrados repletos de personalidade, adoro os vinhos ibéricos, mas já tive na boca incríveis vinhos franceses, italianos, australianos, sul africanos e até chilenos e argentinos, creio que mais do que tudo, adoro a diversidade. Até brasileiro já me encantou, porém igual a este nunca!

Tive alguma experiências hedonísticas de cair o queixo e deixar marcas na memória que não se apagam com o passar do tempo. Algumas já escrevi aqui no blog e nas colunas que escrevo, outras não como a recente prova dos Bordeauxs de 2009 ou o encontro com o Consorzio de Brunello que ainda aparecerão por aqui, mas igual a este nunca!

         A esta altura vocês já devem estar se perguntando, afinal, o que este Tuga está inventando, mas calma, pois como minha mãe já dizia, o apressado come cru e, afinal, o suspense faz parte deste momento, de abrir as cortinas e mostrar esse magnifico elixir digno do cálice de Baco e de meu altar de divindades. Lamentavelmente não fiquei com a garrafa vazia, só tirei foto, mas aguarde um pouquinho mais! Nada de glamour, não é nenhum produtor midiático, conhecido do mundo enófilo mundial, é um artesão do vinho que guarda há décadas, alguns há mais de cem anos, cerca de 6500 cascos e pipas do doce néctar em suas caves.

          Foi na Expovinis, no dia 25 de Abril de 2012 entre as 16:30 e 17:30, num salão repleto, gente saindo pelo ladrão, com cerca de uns 80 felizardos entre membros da imprensa, estudiosos e enófilos que tiveram o privilégio de conseguir entrar. Um evento quase que único no mundo, já que haviam vinhos sendo servidos que nos últimos 30 anos só tinham sido provados duas vezes! A grande maioria dos vinhos eram amostras dos cascos, não estava engarrafada para comércio à excessão do 1937. Para nos ungir  com estes néctares, nos esperavam um “apresentador” e reconhecido especialista, o pai das crianças, ou melhor dos anciões, e seu alquimista mor que, nunca tinha visto isso antes, foram ovacionados de pé por um longo tempo ao final do evento histórico.

           São vinhos que nos tocam a alma, que nos fazem viajar, que mexem com nosso imaginário e com todos nossos sentidos, em especial  com nossas emoções que afloram à pele de forma intensa e até meio desgovernada. Mesmo agora, quando tento escrever sobre eles, me arrepio e meus olhos emudecem, uma experiência absolutamente fantástica e inebriante. Como fala meu amigo Didu, o mundo dos parafusos não consegue fazer isso com a gente! Bem, mas depois de todo esse blá, blá, blá o post já ficou longo demais, então na Quinta falarei mais do produtor, dos caldos provados  e, em especial, desse que foi o Melhor Vinho de Minha Vida, até agora!

        Nesta Terça teremos a coluna da Eliza, na Quarta os finalistas do concurso das Vinopiadas, Quinta já sabem, e na Sexta dicas para um mês repleto de eventos de primeiro nível. Por hoje é só, uma ótima semana para todos, salute e kanimambo. A luta continua, abaixo com as salvaguardas e quem as apoia!