Salvaguardas

Salvaguardas Enterradas, mas Ficou um Gosto Amargo na Boca

       Bem, já escrevi algo sobre este tema há pouco mais de dez dias, mas exagerei e, inclusive, alterei o título do post. Não existe a obrigatoriedade, o que mais me indignou, e o acordo, feito na verdade para que as partes (governo e Ibravin) não ficassem muito mal na fita, está mais para uma carta de intenções no qual o mais importante projeto a ser trabalhado será um esforço conjunto de todas as partes envolvidas no sentido de aumentar o consumo local até um patamar de 2,5 ltrs per capita dentro de um período de 4 anos. Melhor assim!

      O acordo sempre foi o objetivo dos Chatos, grupo de consumidores e cronistas do vinho contrários a essa excrecência das Salvaguardas e das entidades representativas, dos importadores e comerciantes de vinho em geral. Cansamos de estender a mão, mas só quando viram que a coisa estava perdida é que se deram ao trabalho de sentar para conversar. Não há como deixar de lado as imagens do Adriano Miolo fugindo do Didu, da falta de respostas dos Valduga, da truculenta ação da Ibravin ou da falta de tato, para não dizer educação, de seu assessor de imprensa no trato com o consumidor e imprensa. Tudo isso deixa um amargor de final de boca muito difícil de digerir e sabemos que temos que permanecer alertas, pois do lado de lá pode vir qualquer coisa a qualquer momento!

      No geral, vi pouca ênfase em solucionar alguns dos pontos mais problemáticos de nossa vinosfera tupiniquim que é a estrutura tributária desde insumos na produção e elaboração até a comercialização assim como o excesso de produção. Não temos que produzir mais, temos sim que produzir melhor e mais barato! De qualquer forma, minha proposta fica de pé:

Paguem 15% de meus custos na loja e coloquem os vinhos consignados e eu aloco 15% do espaço para a produção brasileira.

      Só não me peçam para assumir o risco sozinho pois meu empreendimento visa o lucro e, para tanto, preciso ocupar a loja com vinhos que meus clientes comprem! Filantropia é outro coisa e não se faz com o dinheiro dos outros meus amigos! Aliás, dizem (não vi) que os produtors locais, aqueles das salvaguardas, estão aumentando preços em 12.5% sem contar o que já aumentaram em Março! Imaginem só o que aconteceria se tivessem emplacado as Salvaguardas!!

      Antes de finalizar vai aqui meu recado aos produtores brasileiros envolvidos nessa tentativa de golpe ao bolso e liberdade de escolha do consumidor brasileiros, caiam na real! A saída para a sinuca de bico que se enfiaram não está em produzir mais, conseguir mais espaço de exposição nas gondolas ou prateleiras de supermercados e lojas especializadas, tão pouco pela ditribuição apesar que esta última tem importância no processo. Esses players não são seu target! O seu foco tem que ser o consumidor final que deseja qualidade a preço justo e, enquant não conseguirem equilibrar essa conta, não há ação que alcançe os objetivos desejados e aumentar preço não ajuda nada. Enfim, para quem ainda não teve a oportunidade de ver o acordo completo, segue abaixo.

  • ACORDO DE COOPERAÇÃO QUE ENTRE SI CELEBRAM A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS (ABRAS), A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EXPORTADORES E IMPORTADORES DE ALIMENTOS E BEBIDAS (A.B.B.A.), A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDAS (ABRABE), O INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO (IBRAVIN), A UNIÃO BRASILEIRA DE VITIVINICULTURA (UVIBRA), A FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS VINÍCOLAS DO RS (FECOVINHO), O SINDICATO DAS INDÚSTRIAS VINÍCOLAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (SINDIVINHO-RS), A ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE VINICULTORES (AGAVI) E A COMISSÃO INTERESTADUAL DA UVA (CIU).A ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SUPERMERCADOS (ABRAS), por meio de seu representante legal abaixo firmado, com sede em São Paulo, Capital, na Av. Diógenes Ribeiro de Lima, 2872, Bairro Alto da Lapa, CEP 05083-901; a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EXPORTADORES E IMPORTADORES DE ALIMENTOS E BEBIDAS (ABBA), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua Machado Bitencourt, 190-conjunto 609, São Paulo – SP, CEP 04044-000; a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE BEBIDAS (ABRABE), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Avenida 9 de Julho, 5017, 1º andar – São Paulo – SP, CEP 01407-903 (doravante denominadas simplesmente de “Associações”; o INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO (IBRAVIN), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Alameda Fenavinho, 481 – Ed. 29 – Bento Gonçalves, RS, CEP 95700-000; a UNIÃO BRASILEIRA DE VITIVINICULTURA (UVIBRA), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Alameda Fenavinho, 481-D – Cx. Postal 101, Bento Gonçalves – RS, CEP 95700-000; a FEDERAÇÃO DAS VINÍCOLAS DO ESTADO DO RS (FECOVINHO), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rodovia RST 453, km 117, em Farroupilha – RS; o SINDICATO das INDUSTRIAS DO VINHO DO RS (SINDIVINHO), por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua Ítalo Victor Bersani, nº 1134, Caxias do Sul – RS; a ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE VINICULTORES (AGAVI) por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Rua John Kennedy, 2233, Sala 11, Flores da Cunha – RS; e a COMISSÃO INTERESTADUAL DA UVA (CIU) por seu representante legal abaixo firmado, com sede na Av. 25 de Julho, 1732, Flores da Cunha – RS; doravante denominados de “Setor Vitivinícola Brasileiro”, ante a análise das seguintes circunstâncias e:CONSIDERANDO

    1. que, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, fez publicar no Diário Oficial da União de 15/03/2012, a CIRCULAR Nº 9, de 14/03/2012, determinando a abertura de investigação para averiguar a necessidade de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações brasileiras de vinho, comumente classificadas no item 2204.21.00 da Nomenclatura comum do MERCOSUL-NCM, tendo em vista o que consta no Processo MDIC/SECEX 52000.020287/2011-59, bem como do Parecer nº 4, de 14/03/2012, elaborado pelo Departamento de Defesa Comercial – DECOM;

    2. que, as “Associações” demonstram disposição a empreender esforços e compartilhar iniciativas necessárias para auxiliar na expansão do mercado nacional de vinho fino, o que deverá beneficiar o “Setor Vitivinícola Brasileiro”;

    3. que, conhecedoras as “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro” que a salutar e leal concorrência dos vinhos importados estimula e amplia a cultura do vinho fundada na imensa variedade do produto, beneficiando o consumo do vinho no Brasil;

    4. que, o setor vitivinícola brasileiro em sua petição de salvaguarda compromete-se a fazer investimentos com o intuito de reduzir custos de produção, promover os produtos nacionais e aumentar o ganho de escala possibilitando assim a ampliação de sua competitividade;

    5. que o uso de instrumentos de Defesa Comercial são normatizados pela legislação brasileira e devem seguir os requisitos legais da OMC, e que as Associações e o Setor Vitivinícola Brasileiro esforçar-se-ão para, em comum acordo, evitar a adoção de barreiras às importações mediante o atingimento de objetivos comuns, estabelecidos entres as partes e contidos neste documento;

    6. que, é preciso estabelecer uma agenda positiva entre todos os atores envolvidos na cadeia do vinho: indústria, atacado, varejo, produtores, importadores, exportadores e governo.

    Deliberam as partes signatárias estabelecer o seguinte ACORDO DE COOPERAÇÃO:
    (i) as Associações e o Setor Vitivinícola brasileiro comprometem-se a buscar a comercialização de 27 milhões de litros de vinhos finos brasileiros em 2013, ampliando este volume paulatinamente até atingir 40 milhões de litros de vinhos finos em 2016, comumente classificados no item 2204.21.00 da NCM, por meio das seguintes ações:
    a. distribuição de 25% de vinhos finos nacionais nas redes de supermercados e 15% nos demais estabelecimentos varejistas;
    b. desenvolver parcerias entre vinícolas nacionais e importadores para aumentar a distribuição do produto nacional nas lojas, adegas, bares, restaurantes e demais pontos de venda;
    c. comunicar pró-ativamente este acordo e promover os vinhos brasileiros em seus estabelecimentos e instrumentos de comunicação;
    (ii) reunir esforços entre as “Associações”, com a indispensável colaboração do “Setor Vitivinícola Brasileiro”, na forma que serão detalhados em documentos apartados, com o objetivo de aumentar o consumo de vinhos, dos atuais 1,9 litros por habitante/ano para 2,5 litros por habitante/ano, o que se entende factível plenamente no espaço de quatro anos, ou seja, até o final de 2016;

    (iii) a ABBA, a ABRABE e a ABRAS apoiarão esforços, suas competências e as representações que dispõem no País, direcionando também o apoio ao “Setor Vitivinícola Brasileiro” junto aos órgãos do Governo, para os pleitos do segmento vitivinícola, quais sejam: (a) reduções de impostos; (b) ações de combate ao descaminho; (c) alongamento (securitização) das dívidas agrícolas; (d) programas de escoamento da produção vitivinícola.

    (iv) as “Associações” comprometem-se a não importar vinhos finos a preços aviltantes que possam ocasionar concorrência desleal. E disponibilizam-se a persistir no debate deste tema através de Grupo de Trabalho que já se encaminhará para formatação.

    (v) o “Setor Vitivinícola Brasileiro”, a seu turno, compromete-se a cessar quaisquer ações que visem à criação de barreiras tarifárias e/ou não tarifárias à importação de vinhos finos;

    (vi) o “Setor Vitivinícola Brasileiro” compromete-se ainda a realizar os investimentos propostos no Plano de Ajuste apresentado no processo de salvaguardas, no total de R$ 200 milhões, em ações especialmente voltadas para marketing, melhoria da qualidade, comunicação e indicação geográfica, a serem debatidos no Grupo de Trabalho que será constituído;

    (vii) As “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro” se comprometem a repassar à SECEX, a cada três meses, estudo detalhado sobre as medidas conjuntas que forem implementadas em decorrência do acordo, com vistas a subsidiar aquela Secretaria na formulação de políticas públicas para o setor;

    (viii) em decorrência, as “Associações” e o “Setor Vitivinícola Brasileiro”, como acima aludido, decidem criar um Grupo de Trabalho para dar continuidade às ações conjuntas que visam atingir o objetivo de aumentar o consumo de vinhos finos nacionais, estudar a área de exposição para o vinho brasileiro, levando em consideração a diversidade de formatos e tipos de lojas, tipos de equipamentos de exposição, regiões geográficas, localização e logística. Para tanto, estabelecem como cronograma do Grupo de Trabalho e pauta inicial dessas reuniões o seguinte:

    (a) CRONOGRAMA:
    Em 08/11/2012 – a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) dará ciência da celebração do presente ACORDO DE COOPERAÇÃO aos seus conselheiros na ASSEMBLÉIA GERAL DA ABRAS que será instalada em São Paulo, quando elegerá o seu Presidente para o biênio 2013/2014;
    Em 08/11/2012 – No Jantar alusivo ao Dia Nacional do Supermercado, as Associações e o Setor Vitivinícola divulgarão de forma solene, na abertura deste, o ACORDO DE COOPERACAO firmado entre as partes. Este dia é festejado anualmente pela ABRAS com a Cadeia Produtiva, Parceiros Fornecedores e Autoridades, e a oportunidade será usada pelas partes como forma de, em âmbito efetivamente nacional publicitar e sinalizar para todo o País a implementação do ACORDO, reiterando as disposições contidas neste documento e agregando outras considerações que venham a ser consensadas para o aprimoramento de um trabalho conjunto;
    Em 19/11/2012 encontro em Porto Alegre;
    Em 10/12/2012 encontro em São Paulo;
    Em 28/01/2013 encontro em Porto Alegre.

    (b) PAUTA: desde agora estabelecem as partes uma pauta mínima para as discussões nas datas supra ajustadas:
    – ampliação de espaço para exposição de vinhos finos nacionais em supermercados, convidando-se a ABAD (Associação Brasileira de Distribuidores e Atacadistas) a participar desse e outros esforços;
    – estudo de formas de incentivo a bares e restaurantes em todo o País a ampliar suas Cartas de Vinhos com a participação de vinhos Nacionais, neste aspecto convidando a ABRASEL para fazer parte do Grupo de Trabalho;
    – realização de esforços conjuntos entre as signatárias para o detalhamento das Metas de Crescimento definidas acima, até o ano de 2016;
    – qualificação e atualização permanente (em esforço conjunto) dos trabalhadores que operam nas Seções de Vinhos;
    – estabelecimento de Parceria com o SEBRAE Nacional;
    – planejamento entre as partes visando uma preparação e o desenvolvimento de profissionais viabilizando palestras aos Consumidores em âmbito nacional, desenvolvendo parcerias para incluir o vinho fino brasileiro nos projetos que a ABS (Associação Brasileira de Sommelier) e as SBAV (Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho) coordenam;
    – Debate em âmbito do Grupo de Trabalho que será constituído entre Associações e Setor Vitivinícola Brasileiro, de um Fundo de Promoção do Mercado Vitivinícola, cujo formato será discutido pelo Grupo de Trabalho a ser constituído

Nem a Pau Juvenal!

Estão aclamando o acordo feito pelos produtores nacionais, leia-se Ibravin e os Barões do Vinho nacionais, e deixando de enxergar o tremendo atentado contra o estado de direito e liberdade empresarial neste país. A essência golpista desse pessoal é impressionante! Na eminência de ter as salvaguardas negadas pelo MDIC e este, por seu lado, encurralado entre o parecer técnico e o pagamento de dividas politicas de seus aliados, optaram por chamar os importadores e demais entidades contrárias e fazer um acordo para uma retirada da petição, coisa que desde o inicio pedimos e sem sucesso,  porém sob a sombra do retorno da mesma.

Tudo bem que um mau acordo é preferível a um contencioso, porém o que alinhavaram, de acordo com a matéria publicada no jornal Valor e amplamente detalhada e comentada pelo Arthur Azevedo em seu site ArtWine, (recomendo ler) não é um mau acordo, é um atentado ao estado de direito e uma utopia sem pés nem cabeça impossível de ser aplicada. Fazer com que supermercados, importadoras e lojas especializadas sejam “OBRIGADOS” a ter 25 e 15%, respectivamente, de seu portfolio, ou estoque o que seria ainda pior, em produtos nacionais é um absurdo, uma verdadeira ingerência nos negócios particulares de cada um. É o Estado querendo controlar meu negócio em que país estamos; Venezuela, Cuba, China? O custo desse estoque, sim porque a venda desses produtos é pequena, alguém terá que pagar! Quem você acha?

O custo dos vinhos nacionais, é mais caro, os prazos de pagamento menores , os de entrega mais longos, a concorrência desleal via venda direta dos produtores isenta de impostos locais é um fato e as quantidades mínimas exigidas mais altas em função de problemas deles com logística! Tudo é pior quando o produto é nacional, inclusive a relação Qualidade x Preço x Prazer, porquê um enófilo compraria estes produtos? A ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) maiores importadores e comerciantes de vinhos no Brasil, ABRABE e ABBA (associações de importadores) toparam a parada. Os supermercados ainda podem diluir esse custo extra entre seus diversos outros produtos (carne, peixe, pãozinho, etc) já as lojas especializadas não têm como. E as lojas virtuais como ficam nessa?

    No entanto e para que não fiquem dizendo que sou radical, faço aqui uma proposta publica aos produtores brasileiros, eu topo colocar 15% de meus pouco mais de 400 rótulos com produtos nacionais, só que será CONSIGNADO!

    Ah, o espaço (m²) ocupado por esses vinhos também lhes será cobrado, meu aluguel não é barato e cada m² tem que obrigatoriamente ser rentável, dessa forma o risco é mutúo. Topam? Para facilitar, a Ibravin pode pagar a correspondente conta do aluguel, 15%,  do que meu locador me cobra! Como não quero ser acusado de falta de colaboração, cederei o espaço gratuitamente para que uma vez por mês eles desenvolvam atividades de degustação promocionais, que tal? Se acreditam tanto em seu produto, creio que deve chover proposta na minha horta, certo? Num negócio, qualquer que seja, compramos o que vende, não o que querem que compremos e quem manda no meu negócio é meu cliente não meu fornecedor, importador, produtor, Ibravin ou o Estado!

Por hoje chega e kanimambo pela visita, hoje sem brinde. Daqui a algumas semana conto para vocês quantas propostas e de quem foram recebidas ok?

Poucas & Boas

          Hoje publico algumas dicas e algumas notícias de nossa vinosfera, na Segunda volto falando mais das coisa do vinho!

Salvaguardas, é não esquecemos não! Veja a noticia que deu em Mendoza, no El Sol Diario Online http://elsolonline.com/noticias/view/151283/perez-anuncio-una-inversion-brasilena-millonaria-en-mendoza . Um dos criadores e fiel escudeiro salvaguardista passando por dificuldades em função da vil e desleal concorrência dos importados, está em fase final de estudos de terroir para compra de terras em Mendoza e montagem de uma nova Bodega. Enfim, não vou tecer minha opinião, mas sugiro clicar e ler a noticia para depois tirar suas próprias conclusões sobre o tema. Aproveitando, seguem as informações de que as Salvaguardas foram rechaçadas pelo MDIC pela ausência de base técnica para tal o que já tínhamos demonstrado aqui há algum tempo! Como, no entanto, nesta terra de tanta falcatrua e interesses poderosos tudo muda muito rapidamente, quero ver isso publicado no site do MDIC e no Diário Oficial para, finalmente, conseguir festejar o enterro dessa excrecência, porque os autores, esses já estão enterrados por mim faz tempo, independentemente do resultado da partida.

Dia 31/10 tem Riedel Tasting na Vino & SaporeReserve a data, pois nesse dia teremos uma experiência sensorial diferenciada, vamos degustar taças! Sim, teremos 4 vinhos, todos com mais de 90 pontos na critica especializada, sendo degustados em taças desenvolvidas tecnicamente para varietais específicos – Chardonnay, Syrah, Cabernet Sauvignon e Pinot Noir. No dia, teremos também a venda de taças e, especialmente do kit degustação, a preços para lá de especiais. Lugares limitados, então consulte e garanta seu lugar, serão 30 porém 20 já estão tomados, com investimento de R$35,00 por pessoa. Ligue para o telefone (11) 4612.6343 ou envie uma mensagem para comercial@vinoesapore.com.br .

Curitiba Here They Come! É gente, dia 27 chega a Curitiba a caravana do Encontro de Vinhos de nossos amigos Beto Duarte e Daniel Perches no hotel Bourbon a partir das 14 horas. Conheços-os bem e são muito capazes tendo conseguido fazer desses eventos momentos muito agradáveis em que o garimpo corre solto e, como sabem, não tem melhor forma de conhecer nossa vinosfera do que essas curtas viagens de descobrimento. Serão cerca de vinte expositores, entre eles as importadoras Au Vin (quebre preconceitos provando seus deliciosos vinhos Libaneses), MS Imports, Vinci, Calix, ChezFrance, Vinho Sul, Smart Buy, Cantu, Dominio Cassis, entre outros. Compre logo seu ingresso e garanta sua participação. Os Locais de venda estão listados aqui http://www.encontrodevinhos.com.br/pontos-de-venda-de-ingressos .Esse eu assino embaixo e recomendo, curta um belo passeio por estes caldos de Baco e aproveite para pesquisar e fazer um exercício comparativo de Qualidade x Preço de diversos rótulos e origens disponíveis no mercado.

Bordeaux- Século XXI no Enopira  com a palestra do connoisseur  Luis Otávio Peçanha lá mesmo em Piracicaba, interior de São Paulo. O evento se realizará no dia 6 de Dezembro a partir das 20 horas e terá presente alguns vinhos de muito renome e marcantes da região.

VINHOS APRESENTADOS:

1-      Château Saint Pierre 2009- 4 ème de St Julien

2-      Chãteau Pichon Baron 2008- 2ème de Pauillac

3-      Château Maslecot St-Exupéry 2006- 3ème de Margaux

4-      Château Leoville Barton 2005- 2ème de St Julien

5-      Château Montrose 2004- 2ème de St-Estèphe

6-      Chãteau Pape Clement 2003- GCC de Graves

7-      Château Cos D’Estournel 2002- 2ème de St-Estephe

8-      Château Pavie 2001- 1er GCC de Saint Emilion

9-      Chãteau Rauzan-Segla 2000- 2ème de Margaux

      Após a degustação Luis Otávio servirá um prato de Javali aos convivas presentes. São somente 15 vagas para 15 privilegiados enófilos ao preço de R$840,00 cada,  pagos em até três vezes. Quer mais informações ou fazer sua reserva, contate-o  pelos telefones  (019 ) 3424-1583-  Cel. ( 19 ) 82040406 ou por e-mail > luizotaviol@uol.com.br.

André “Déco” Rossi é o novo representante de Wines of Argentina no Brasil. Meu amigo e jovem enófilo que já mencionei aqui como sendo uma das estrelas em ascensão  em nossa vinosfera tupiniquim, emplacou mais uma. Melhor, quem emplacou mesmo foi a Wines of Argentina com esta escolha pois estavam precisando de uma lufada de ar fresco e mudança de foco sendo o Deco uma pessoa e profissional que certamente lhes beneficiará e muito! Deco será o encarregado de projetar e implementar planos de posicionamento do vinho argentino no mercado brasileiro; avaliar as oportunidades de relações públicas no Brasil; e planificar visitas e comunicações para a imprensa e o trade, entre outras ações de marketing e relações públicas. Considerando que em 2011 o mercado brasileiro comercializou 77 milhões de litros de vinhos importados, dos quais quase 20 milhões provieram da Argentina, o Brasil se apresenta como um grande potencial para o país hermano.

         Bagagem para isso o amigo Deco tem; começou sua carreira na Expand Group do Brasil sendo Responsável de Comunicação Visual e Promoção. Mais tarde, ingressou na Salles D´Arcy Publicidade e ainda foi parte das equipes de importantes agências como Leo Burnett, DPZ e Lew’Lara/TBWA. Também foi Diretor de Atendimento na W/McCann Publicidade (Ex W/Brasil). Atualmente é editor e criador do Blog EnoDeco, colunista do Portal de Conteúdo Bicofino. É o idealizador da Winet, consultoria especializada na área de vinhos e professor do “Curso de Negócios do Vinho” na Fundação Getúlio Vargas. Além disto participa como jurado e avaliador em concursos e feiras de vinhos em São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Ribeirão Preto. Deco, boa sorte meu amigo, pois competência, essa tens de sobra!

Happy Friday na Vino & Sapore. Hoje a partir das 18 horas com vinhos da Mercovino; um branco italiano e dois tintos, um do Douro e outro de Ribera del Duero. Ao pedir um combo, você ganha (até as 20 horas) e segunda taça de um vinho diferente do primeiro, totalmente na faixa. A idéia é fomentar o conhecimento e a diversidade a um preço camarada, somente 20 Reais, em um ambiente agradável, aconchegante e descontraído. Para ver mais acesse o site clicando no link do lado ou aqui. http://www.vinoesapore.com.br/happy_email.html

 Salute, kanimambo e um ótimo fim de semana para todos.

Grito de Alerta – Estão Querendo Meter a Mão no Nosso Bolso!

       Meus amigos, estamos numa semana decisiva na batalha contra as Salvaguardas ao Vinho Brasileiro e por isso mais este manifesto final e longo contra elas. Já escrevi muito sobre este tema, mas tenho visto que o consumidor segue estando muito pouco informado sobre o tema, em grande parte por falta de clareza dos formadores de opinião, por falta de postura de alguns, da dubiedade mostrada por outros, etc., então cá vão mais algumas, muitas porque o tema é complexo, linhas. Faltou coerência,  faltou determinação, faltou posicionamento pois muitos ficaram estes últimos meses acendendo uma vela para Deus e outra pro diabo just in case! Uma tristeza, fatos que me causaram muita decepção, mas com os quais aprendi muito também, pois pude separar o joio do trigo! Por outro lado, respeito por aqueles que se posicionaram contráriamente, discordo radicalmente e os contestarei sempre mas respeito pois todos têm direito a sua própria opinião e liberdade de escolha, e estes, pelo menos, se posicionaram clara e abertamente, mostraram cara e a deram para bater uma pena que poucos tenham tido essa coragem se escondendo de mim, de você e do consumidor em geral.

     Antes que saia o resultado final e o MDIC se manifeste oficialmente, tem fofoca de tudo o que é lado – passa não passa -, quero pela última vez antes do veredito, tecer alguns outros comentários que sintetizam um pouco tudo o que já falei.Vamos deixar claro, de uma vez por todas, estão querendo meter a mão no nosso bolso! A Ibravin ( Instituto Brasileiro do Vinho) em conjunto com outras entidades de classe ligadas aos produtores de vinho, devidamente apoiados pelos maiores produtores de vinho Brasileiro como Miolo, Lovara, Valduga, Domno, Dal Pizzol, Aurora, Perini, Garibaldi, Don Giovanni, entre outros, pleiteou ao governo federal a instituição de salvaguardas ao vinho brasileiro que podem estabelecer mudanças nas tarifas do vinho importado extra-zona (produtores fora do Mercosul inclusive do Chile) e/ou o estabelecimento de quotas de importação a ser determinado pelo MDIC (ministério da Industria e Comércio). Tudo isso foi claramente colocado sob bases falsas e de graves deturpações dos números visando eludir os órgãos competentes pela análise da petição e o publico em geral, como pôde ser comprovada na defesa impetrada pelos mais diversos órgãos nacionais e internacionais.

         Agindo sem base justificável, já que não cumpre a premissa básica estabelecida pela OMC que determina que tais ações somente são válidas em casos extremos de grande prejuízo á indústria local ou risco eminente de, conforme pode ser comprovado pelos próprios sites desses produtores e seus balanços, já existe um enorme repudio internacional a esta tentativa de verdadeiro golpe contra o consumidor e retaliações certamente deverão ocorrer causando enormes prejuízos á nação. Aparentemente não aprendemos nada com o retrocesso tecnológico causado pela reserva de mercado da informática e restrição ás importações de veículos quando nos faziam andar em verdadeiras carroças pagando absurdos valores por isso e querem repetir a dose em que o principal lesado será você que, por mais uma vez, será chamado a pagar mais essa conta gerada pelos barões do vinho brasileiro que por grave erro estratégico, pegaram altas somas a quase custo zero do BNDES sem se preocupar do que fazer para escoar sua produção e produzindo mais do que a demanda de mercado.

       Apesar dos esforços de diversas entidades e profissionais do setor em trazer a Ibravin para dialogar e construir um projeto conjunto para o vinho no Brasil, lamentavelmente eles se recusaram a descer de seu pedestal preferindo o embate e a imposição de ideias por razões que desconhecemos porém desconfiamos. Querem salvaguardas pela concorrência nos vinhos finos que é uma infima parte seus negócios porém seus balanços mostram que faturamento e market share não é o real problema ou então mentem em seus sites! Concluindo, os problemas dos vinhos finos brasileiros no mercado, assim como outros produtos de nossa vitivinicultura, estão diretamente ligados a causas internas graves como; o excesso de impostos locais sob toda a base de insumos, da produção e da comercialização do vinho que é tratado tributariamente como bebida alcóolica porém é fiscalizado como alimento, da falta de estrutura de distribuição, da falta de investimento mercadológico visando divulgar a cultura do vinho como fonte alimentar, falta união entre os produtores no sentido de um trabalho conjunto de estimulo de consumo, um projeto mais focado tanto interna como internacionalmente no suco de uva natural (grande arma comercial que temos), etc., etc., etc.. O problema é consequentemente de ordem interna e as salvaguardas não são a solução, mas sim mera ação paliativa de empurrar o problema com a barriga. Somos a favor do vinho e sua cultura, independentemente de sua origem, porém claramente contrários ás salvaguardas e aqueles que estão por trás desta aberração por entender que caso isso venha a ser instituído, estaremos iniciando um período de trevas em que todo o crescimento qualitativo da última década será jogada no lixo e sofreremos um enorme retrocesso tanto na produção quanto no consumo.

      É sabido que, a cada vez que se aumentam impostos por uma questão de proteção á indústria local, o status quo não se altera pois, em vez desta adotar uma estratégia para aproveitar e conquistar market share, eles aumentam seus preços no mesmo porcentual faturando uma grana extra. Eles e o governo que já não precisa de grandes desculpas para aumentar impostos de forma a alimentar um estado cada vez mais paquidérmico de custos fixos para lá de administráveis! Ninguém nos dias de hoje muda seus hábitos de consumo por decreto, os produtores nacionais têm que ser competentes, como já mostraram ser no segmento de espumantes, e deixar de lamúrias pois suas vendas de vinhos finos não vão aumentar enquanto seus preços não estiverem condizentes com a qualidade entregue. Não adianta produzir mais do que seu mercado consome ou de sua capacidade de escoamento comercial, como têm feito de forma equivocada, mas sim de focar em seus pontos fortes e brigar, usando seu forte lobby, por ações mais positivas como as defendidas pelo pessoal da UVIFAN que reúne um grupo de pequenos produtores do sul que, estes sim, merecem nosso apoio, lembrando que há que se separar o joio do trigo!

        Da forma como está proposto pelos peticionários das salvaguardas, o retrocesso  será inevitável. No fritar dos ovos, seremos nós consumidores que, mais uma vez, vamos ser chamados a arcar com a conta gerada pelos barões do vinho. Chega de os carregar no colo, estão grandinhos (e gordos) demais para isso. Como se já não pagássemos um absurdo pelo que compramos aqui, seja nacional ou importado,  isso será um verdadeiro assalto á luz do dia! Estão querendo meter a mão no seu bolso e, quando o fizerem, não nos esqueçamos dos que estão por trás de tudo isto.

      Podemos ter surpresas e o técnico se sobrepor ao politico, coisa difícil de ver neste país especialmente nos últimos dez anos, mas as marcas deixadas pela tentativa de golpe e de meter a mão nos nossos bolsos, vão demorar para cicatrizar. Dizem que a esperança é a última que morre, mas também o faz e se as salvaguardas passarem será o fim da esperança por bom senso e seriedade nas hostes do poder.

      Dei meu recado final, venho atuando e fazendo o que está ao meu alcance para reverter esta possível aberração, especialmente tentando esclarecer ao leitor amigo sobre o golpe que armaram contra nós. Não é o primeiro, os selo foi o primeiro, e certamente não será o último pois já mostraram do que são capazes e diálogo não está no DNA deles, mas agora só nos resta esperar. Aproveite este momento, no entanto, para separar o joio do trigo e faça algo. Tome uma atitude, chame seus amigos e mostre-lhes o tamanho do golpe e quem está por trás disso, propague a mensagem e mostre que você se importa, porque depois não adianta ficar se lamentando!

      Falo de separar o joio do trigo e, dentro do que conheço, tento sempre fazer um contraponto ressaltando uma lista de produtores nacionais contrários a toda essa safadeza, selo e salvaguardas, elaborada pelos barões do vinho e seu oligopólio. São gente que merece nosso apoio; Vallontano, Angheben, Cave Geisse, Adolfo Lona, Villaggio Grando, Antonio Dias, Maximo Boschi, Courmayeur, Villa Francioni, Quinta das Neves e Bella Quinta que em algum momento se manifestaram publicamente contrários.

     Por uma vinosfera mais sã e mais coesa, salute e kanimambo lembrando que você tem armas constitucionais para lutar contra esse status quo, use-as, tome uma atitude. NÃO ás salvaguardas, NÃO aos barões do vinho que a defendem, NÃO a quem quer meter a mão nosso bolso!

Salvaguardas – 300 milhões de Litros de um dos Melhores Vinho do Mundo em Estoque!

         Pelo menos foi essa a aberração citada por mais um iletrado deputado nas coisas do vinho. Primeiramente ele deveria se inteirar do assunto e ter conhecimento de causa antes de sair por aí falando besteira, vai que acreditam nessa falácia?! O nome do nobre deputado gaúcho é Ernani Polo (PP), mais um a ser lembrado nas próximas eleições a que se candidatar.  A competitividade, meu caro deputado, não vem de taxar os outros (produtos importados) tapando o sol com a peneira numa ação fantasiosa de pouca dura e sim de melhorias internas como evitar a super produção, reduzir custos e tributos em toda e cadeia produtiva, criar condições para inserir o suco integral nas merendas escolares de milhões de pequenos brasileiros, etc, etc, etc.

Agora que consegui sua atenção, a verdade  é que o que deverá ocorrer é que os estoques de vinhos de mesa, suco e vinho fino deverão atingir esse volume declarado pela Ibravin devido ás boas condições climáticas da safra que geraram uma enorme produção. A produção de vinhos finos, para os quais os Salvaguardistas pedem proteção especial e o deputado coloca entre os melhores do mundo, não passa dos 25 milhões de litros (salvo erro) ou seja, menos de 10% do total desse enorme estoque!!!! O problema, consequentemente, não está nesse segmento de mercado (muito menos dos vinhos vindos do Velho Mundo) e sim no restante que eles insistem em não querer enxergar deturpando tudo o que é números e informações no sentido de ludibriar o publico, o produtor menos desinformado que reza na cartilha dos barões em função da dependência econômica e os órgãos competentes numa atitude declaradamente oligapolizada. A cave é mais embaixo, basta querer enxergar!

Sem qualquer trabalho mercadológico no sentido de preparar o mercado para seu volume de produção, investiram no sentido de produzir muito mais do que têm capacidade de escoar. Nos últimos dez anos, os coitadinhos aumentaram a produção de uva (todos os tipos) em 50% porém sem investir nos canais adequados de distribuição e o funil transbordou!! Para isso, pegaram um monte de grana do BNDES a custo quase zero, que nem eu nem você temos acesso, e ao terem que pagar a conta viram que a matemática não batia. Culpa nossa? Não, obviamente que não, porém eles (os barões, seus lacaios, Ibravin e Cia agora apoiados por uma série de políticos desinformados á cata de votos na próxima eleição ou, eventualmente, pagando dividas da anterior) querem que nós paguemos essa conta! Se essas salvaguardas se confirmarem. Muitos dos rótulos mais interessantes dos pequenos produtores internacionais vão sumir do mercado, os produtos aumentarão de preço (os locais também que eles não são nada bobos) e o negócio como um todo sofrerá um enorme retrocesso com grande perda de empregos e muitas operações comerciais fechando. Os culpados não são os vinhos importados, não os defendo só constato fatos, que muito pelo contrário têm trabalhado bastante na divulgação do vinho fino no Brasil, o problema é interno!

Você irá consumir mais vinho brasileiro em especial da Miolo / Valduga / Perini / Dal Pizzol / Don Giovanni / Aurora e outros tantos, só porque eles assim o desejam? Duvido e a grande probabilidade, pelo menos esse é o meu mantra em tudo isto, é que eles dancem! Boicote neles, essa é a única arma que temos para nos defender dessas atitudes insanas de um monte de gente arrogante e prepotente que não desce de seu pedestal para discutir democraticamente com os outros players de mercado uma solução para o setor como um todo, só se preocupam com o próprio bolso e dane-se o mundo! Não sou contra o vinho brasileiro, já deixei isso mais que claro e o histórico deste blog é clara evidência disso, mas sou radicalmente contra as salvaguardas e quem as defende. Essa falta de tato, do gosto pela polêmica, do desrespeito ao consumidor, a falta de bom senso e ausência de diálogo (adoram um monológo de frases feitas!), a teimosia em nos tratarem como se idiotas fossemos, as mentiras, enfim todo um saco de maldades para conosco e o próprio vinho brasileiro são atitudes deploráveis que me entristecem muito. Deles; tirei tudo da loja e no blog não provo, não recomendo e não falo podendo muito bem viver sem os ter nunca mais na taça, não merecem minha atenção por mais que eu respeite alguns de seus produtos e a capacidade de quem os elabora. Há, no entanto, gente que pensa e age diferente lá no Sul então devemos separar o joio do trigo o que tenho feito com uma certa regularidade aqui e na loja. Por exemplo, troquei o que tinha de Domno, Valduga, Marco Luigi e Don Giovanni (Miolo nunca tive por não concordar com sua estratpegia comercial) por produtos da Cave Geisse, Bella Quinta, Antonio Dias e outros como Dom Abel, Villagio Grando, Adolfo Lona, Marco Danielle, Vallontano e Angheben que gostaria de ter se o negócio permitir. Se possível, faça isso também você, evite os vinhos dos Barões nacionais e mude de produtor dando apoio a quem seja contrário a esse embuste.

Me perguntaram a quantas anda este assunto. Pois bem, quem quiser acompanhar em maiores detalhes, existe um grupo no Facebook chamado Chatos da Salvaguarda que é constantemente atualizado e vale ser acompanhado. É aberto então, mesmo você não podendo tecer comentários, pode acompanhar os posts e comentários ou, caso queira, pode pedir para fazer parte do grupo e interagir com ele. Premissa básica, ser contrário às Salvaguardas e seus mentores. Espera-se que o ministério (MDIC) dê seu veredito entre o final deste mês a inicio do próximo e ninguém sabe o que vai sair dali. Se os governistas de plantão tiverem que pagar suas dividas da eleição passada e, consequentemente, a decisão for politica, estaremos de luto em Outubro! Caso a análise seja essencialmente técnica, respiraremos aliviados pois não há base para tal. Neste momento porém, existem fofocas, leituras e expectativas dúbias que não nos deixam em condições de apontar nenhuma tendência, mas o receio é grande e desde já é uma mancha no setor que dificilmente será removida a curto prazo independentemente de resultado. Como diz o Chiquinho Badaró, Xô Salvaguardas!

Salute e kanimambo

Salvaguardas, mais Um Bufão Nessa Trama

      Eu bem que falei em meu post do recente dia 21 para colocar as barbas de molho e nada de festejar e soltar rojões pela nota publicada na revista Veja, pois não seria a primeira vez que eles passariam por cima de parecer técnicos para satisfazer os barões, os donos do oligopólio produtor do Rio Grande do Sul num conchavo de interesses jamais tratado de forma tão desavergonhada e publica! É incrível a capacidade deles se multiplicarem nesse emaranhado de excrescências que são, tanto o Selo Fiscal repetidamente recusado pelas autoridades judiciárias do país nas mais diversas instâncias basicamente pela inexistência de razão de ser conforme o próprio parecer técnico da Receita, como essa coisa do capeta que agora inventaram as tais das Salvaguardas. Pela segunda vez, o ministro de estado, codinome Pepe Vargas, que tem a seu favor ser membro da corte real e fiel parceiro do governador da província, vem a publico para deixar claro que as decisões nestes casos não são técnicas e sim politicas com claro ranço autoritário e uma tremenda prepotência típica de quem se acha acima do bem e do mal.

  • A Receita deu parecer negativo, então vai-se direto ao ministro que manda instituir o selo.
  • A Justiça veta essa imposição, então vão nos empurrar goela abaixo através de uma possível edição de Medida Provisória já em fase de estudo.
  • Deixa claro que  as coisas estão meio paradas na análise do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio) órgão competente e autônomo, em função do tempo necessário para estudo e defesa,  mas que a decisão das salvaguardas já está tomada! Palpite em seara alheia que é, no mínimo, falta de cortesia para com seu colega ministro,  para não dizer ser pura prepotência e arrogância pelega.

       Ou seja, é de dar nojo tanta sujeira, tanta falta de compostura dessa quadrilha que vem tomando conta do país. Triste, muito triste e difícil continuar escrevendo pois o que tenho vontade de colocar neste post de hoje é impublicável e certamente me poderia trazer problemas de ordem jurídica.

       Uma coisa é certa, quanto mais esses bufões abrem a boca, mais claro fica que isso é coisa do capeta, dos tubarões de plantão e de que tanto descaramento só gera uma enorme irritação que culminará em retaliações que sairão muito caro ao país como um todo. Porém, como para essa gente o país pouco importa  já que por trás de uma bandeira nacionalista fascista e retrógrada só pensam mesmo é no poder e em outras coisas tão podres quanto, não será de se estranhar que essa excrescência passe e aí não tem mais como, a punição terá que ser nas urnas e no boicote, uma pena, pois em vez de falarmos de vinho falamos de safadeza no vinho!

       Quer ver, ouvir  e entender melhor toda essa mixórdia, então acesse as matérias publicadas pelo Alexandre Lalas no seu Wine Report  e pelo amigo Didu em seu blog. Hoje não termino como meu tradicional “salute e kanimambo”, não tou com humor para tal e brinde hoje não se aplica, mas sim com uma frase do Lalas e um recado meu.

Xô capeta, vade retro e “ Cala a Boca Pepe”!!

Salvaguardas – Será que o Bom Senso e Análise Técnica Prevaleceram?

       Li neste domingo em diversos blogs de amigos, não vi a noticia pessoalmente, que a petição por Salvaguardas dada entrada pela Ibravin, Uvibra e outras entidades pouco representativas da maioria dos produtores nacionais, teria sido rechaçada por motivos técnicos lá no Ministério do Desenvolvimento,  Industria e Comércio Exterior de acordo com nota na revista Veja desta semana. Aparentemente, o crescimento recente tanto das vendas internas quanto em mercados externos, demonstra que as Salvaguardas são desnecessárias (aliás os preceitos básicos á instalação das Salvaguardas nunca existiram) e se estuda a desoneração da produção. Inshala!

      Bem, me perdoem por ser cético e não sair soltando rojões, porém eu já tinha comentado isso quando a Receita deu parecer técnico negativo ao Selo Fiscal e aos 47 do segundo tempo com gol impedido e de mão, deram um jeitinho e aprovaram o Maledetto direto no ministério. Como cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça, eu coloco minhas barbas de molho até que veja documento oficial do Ministério! Esta história ainda vai longe então não podemos nem devemos baixar a guarda até que tenhamos uma definição real. De qualque forma, minha posição permanecerá inalterada quanto á Ibravin, Uvibra e seus patrocinadores.

      De qualquer forma, nosso desejo é por paz e diretivas claras para que possamos, quem trabalha no meio, seguir adiante com nossas vidas. Salute , kanimambo e uma ótima semana para todos. Quem sabe conseguimos mesmo exorcizar esse filho do capeta!!!

Salvaguardas – Dizendo Sim aos Que Dizem Não

        No Aprazível, importante baluarte da boa gastronomia e de vinhos brasileiros no Rio de Janeiro, um grupo de pequenos produtores se juntou a consumidores e jornalistas engajados na luta contra as salvaguardas. Momento único que marcou a posição de muita gente nesta luta por mostrar a diversidade de nossos vinhos e realidades distintas entre os grandes coronéis de nossa indústria e os pequenos produtores que têm no terroir sua mais importante fonte de inspiração e que os ditadores de plantão se recusam a escutar já que estes não comungam da mesma cultura pelega. Mais importante, pois escancara de forma clara e poética, não tivesse sido redigida pelo Zanini (Vallontano), foi a a “pequena” mensagem lida pelo jornalista Alexandre Lalas na abertura do evento. É um texto magistral que merece ser lido por todos os que se importam pois mostra bem a realidade de nossa vinosfera tupiniquim!

Prezados senhores, senhoras, jornalistas, enófilos, sommeliers, chefs, lojistas, produtores, amantes do vinho, pessoas de bem.

É com imensa alegria que iniciamos este encontro. Hoje é um dia de júbilo inebriante, um dia de celebração. Estamos aqui para resistir a tentativa de genocído da diversidade do vinho no Brasil. Estamos aqui para resistir ao fim da pluralidade, estamos aqui para dizer a verdade, a nossa verdade, a única verdade. Estamos aqui porque não queremos ser engolidos pelo monstro da economia de escala. Estamos aqui para defender os vinhos brasileiros, e sobretudo para debater a tentativa perversa de privilegiar apenas a grande indústria de vinhos no Brasil em detrimento da artesania.

O Aprazível, já foi palco de outras batalhas e novamente abre suas portas para um momento importante e histórico, e sem precedentes para os rumos da vitivinicultura no Brasil. O Aprazível é para nós, pequenos produtores brasileiros, o fórum legítimo para discutir a vitivinicultura brasileira. O palco perfeito para quem não tem vez e voz em sua própria terra. É o púlpito para ressonarmos nosso descontentamento com as políticas impostas pelo setor, e por todas as entidades que apóiam o Selo Fiscal e a Salvaguarda.

Falam em patriotismo, falam em brasilidade, falam em responsabilidade, falam em abrir a cabeça, falam em erguer a taça, falam em dizer sim. Mas também nos acusam de boicotadores, de traidores do vinho brasileiro. Pois bem, gostaria de questionar quem são os traidores de fato. Será que nos venderíamos por 30 moedas? Será que teríamos todo este poder que agora nos imputam? Se não, vejamos:

  • quem boicotou as mais de 400 vinícolas que foram contra o Selo Fiscal?
  • Quem boicotou os cidadãos que firmaram de próprio punho, através de abaixo assinado, esta contrariedade?
  • Quem boicotou o pequeno produtor ao pedir que derrubassem a normativa que isentava o Selo fiscal para vinícolas que produzissem até 20.000 litros de vinho?
  •  Quem está boicotando a discussão sobre o sistema tributário Simples para as pequenas vinícolas?
  • Quem boicotou as vinícolas familiares que foram fechadas por não respeitarem a impraticável normativa IN 05 (normativa esta que impossibilita qualquer agricultor de fazer vinho em sua própria propriedade?)
  • Quem boicota os pequenos agricultores e os trata como verdadeiros criminosos por fazerem vinho para seu próprio consumo?
  • Quem são os boicotadores do vinho brasileiro?

Acusam indiscriminadamente os pequenos produtores, por estarem ligados a esta ou aquela importadora, acusam pequenos produtores por serem desta ou daquela etnia, acusam os pequenos produtores de serem deste ou daquele estado,acusam os pequenos produtores de estarem promovendo o cáos. Acusam os pequenos produtores de serem manipuladores de informações. Assim assistimos perplexos a tudo isto, a falta de elegância destas pessoas que estão botando abaixo a imagem do vinho brasileiro. Prezados cidadãos e cidadãs, o marketing não esconde atos fascistas, o marketing não limpa a alma, o marketing não forja caráter, o marketing não faz vinho! Mas querem reverter através dele a insanidade que foi o pedido de Salvaguarda.

Ora vejamos sobre a luz da razão esta abominação, Quem pediu a Salvaguarda para os vinhos brasileiros? Segundo um renomado enólogo e produtor de vinho brasileiro, foram as entidades “representativas” do Setor que pediram a Salvaguarda, mais ninguém. E quem são estas entidades? De que elas são formadas? De que matéria? De seres inanimados? De biomas desconhecidos? De lontras, leões marinhos, salames, porcos, raposas? Quem são seus dirigentes? Será que estas entidades abririam suas atas publicamente para termos acesso a estas votações? Tanto do Selo Fiscal quanto da Salvaguarda? Ou elas não existem? De onde surgiram estas idéias? Da caixa de pandora? Onde estas idéias foram debatidas? Quando, como e com quem? Estas atas não apareceram e nem vão aparecer, porque apenas poucas vinícolas decidem por centenas de produtores. Fácil agora recorrer a cortina obscura das “entidades representativas” do setor, para safarem-se do imbróglio.

 Disseram também que a Salvaguarda é um ato social, pois dela dependem 20.000 famílias. Gostaria de saber se as 20.000 famílias sabem das contrapartidas da Salvaguarda? Para que o governo adote as medidas protecionistas o setor se compromete a implementar diversas medidas compensatórias. Vejamos algumas delas:

  • “a implantação de 1.500 ha de vinhedos em áreas fora das áreas tradicionais”, quem sabe propomos as 20.000 famílias serem os novos pedestres do mar vermelho protagonizando mais um êxodo na história? Quem tem mais condições de implantar estes 1.500 hectares?
  • Outro exemplo, será a diminuição de até 15% do custo de produção da matéria-prima e redução em 35% com relação a regiões tradicionais, onde hoje habitam estas 20.000 familias. Além disso, teremos que aumentar 37% a produtividade dos nossos vinhedos, ou seja, teremos que piorar a qualidade de nossa uva? Isto é insano!
  •  E pasmem, a Salvaguarda incentiva fusões de empresas para ganho de escala, e pretendem investir do 3º ao 8º ano, 40 milhões de reais em promoção “coletiva”. Quem pagará esta conta? Para quem está sendo direcionada esta “coletividade”?

É revoltante saber que nos últimos anos as grandes corporações conseguiram tudo do IBRAVIN, e este mesmo instituto não apresentou um único plano para melhorar a competitividade das vinícolas familiares. Ao contrário, nos presenteou com o burocrático e ineficaz Selo Fiscal. Não apresentou uma única proposta para financiar pequenos produtores e incentivar a vitivinicultura familiar, ao contrário está exigindo cursos de qualificação para o implantação de uma normativa utópica e impraticável para os colonos, a IN05. Não há um único projeto para vinhos artesanais no país, ao contrário puniu os agricultores que elaboravam vinhos em suas propriedades.

 Novamente pergunto quem está sofrendo o boicote durante anos? Quem são os boicotadores. A grande indústria brasileira usa a ardilosa estratégia de se colocar como vítima. Queremos saber quem está de fato boicotando o vinho brasileiro? Meus caros, por isto estamos aqui, para dar nossa resposta de forma elegante e prazerosa, ao evento que simultaneamente acontece neste exato momento em outro local promovido pelos defensores do Selo Fiscal, da Salvaguardas e das Normativas, que servem apenas de instrumentos de defesa, numa vergonhosa e escancarada tentativa de reserva de mercado. Se fizeram dívidas e dimensionaram mal o seu mercado e suas expansões agora que paguem! Não dividam sua dívida com o setor, se fosse assim, também gostaríamos que o governo pagasse nossos Proger e Prodefrutas. Mas ao invés da choradeira estamos aqui, no verdadeiro campo de batalha “o mercado” tentando vender nossos vinhos sem nenhuma salvaguarda, sem recorrermos ao “tapetão”!

Não poderia deixar de fazer referência a um grande homem de coragem, e proprietário do restaurante que possui a melhor carta de vinho do Brasil, Pedro Hermeto. Parabéns pela coragem, pela determinação e entendimento. O Aprazível foi e sempre será a grande referência para o vinho brasileiro. Também agradeço a todos que se empenharam nesta luta de defesa do pequeno produtor brasileiro. Certamente o sacrifício e o sudário impressos em nossos dias, não nos roubaram a dignidade, nem execraram de nós a sensibilidade; ao contrário, nossas gárgulas inundaram as nossas vidas de alegria e serenidade. O vinho imaculado corre em nossas veias como o Vesúvio em seus tempos de glória!

Somos parte de um mesmo corpo, amantes de um mesmo amor, fugitivos de guerra procurando a paz. Como homens e mulheres de um novo tempo, temos somente um dever: procurar a verdade. Que ela nos guie e nos liberte, que ela nos desvende outros caminhos além daqueles indicados por outros, que ela nos esclareça e nos dê essência. Sigamos então a verdade da luz da lua numa noite de verão, bebamos um vinho autêntico com nosso melhor amigo, sejamos um pouco o corpo do Criador, sejamos os ramos da videira a frutificar pela eternidade, sejamos odres novos para o vinho novo. Cantemos os salmos da vida, festejemos o Cântico dos Cânticos, sempre e sempre. Façamos do vinho o nosso filho unigênito, respeitando suas nuances e suas estações, façamos dele nossa vida, como nossos sonhos, outrora verdadeiros, como o mar calmo depois do verão. Que os sonhos de cada um que se encontra hoje aqui, se tornem uma vinha fértil, que nossos braços sejam como os ramos e frutifiquem, que as nossas mãos toquem com delicadeza e carinho nossa colheita, e que nossos olhos habitem o infinito para sentirmos então todos os aromas indescritíveis, jamais sonhados, degustando a paz, e encontrando a vida plena.

No vinho a luz, no vinho a vida, no vinho o escárnio, a ousadia, no vinho o corpo, o sopro, a luz…

No vinho o mar,

No vinho o amor, o amor, o amor.

Assim seja

Luis Henrique Zanini”

     Entenderam o tamanho do problema armado pela Ibravin e Cia.? Orgãos que deveriam defender o vinho brasileiro, se tornaram entidades marionetes na mão dos grandes coronéis que formam o oligopólio de nossa vitivinicultura, os mesmos que conseguiram juros de pai para filho que só o BNDES consegue dar e que publicaram números de crescimento para lá de enormes numa economia que pouco cresceu em 2011. Como tenho dito, a reformulação da Ibravin com outro projeto e outra direção me parece a forma mais adequada de rever de forma democrática nosso futuro vitivinicola sem o cunho politico estadual e pelego hoje existente nas entidades dominadas pelos barões da região. Quem sabe ainda se faz a luz e algo de positivo sai desta mixórdia generalizada?

Prestigie as pequenas vínicolas brasileiras que dizem NÃO ao presente status quo! Salute, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui! A luta continua e, aproveitando o ensejo já que está na moda, que tal montar uma comissão da verdade para analisar as razões reais por trás do pedido de Salvaguardas?

Petição Contra as Salvaguardas – Já Passamos de 10.000 !

        Um recadinho a quem de direito, já são mais de 10.000 chatos que subscreveram a Petição Publica contra essa excrescência que pretendem nos enfiar goela abaixo! Esses são consumidores que certamente já estão vendo a produção nacional de forma diferenciada e, lamentavelmente, de forma negativa. Mesmo que quisessem, os concorrentes como as cervejas gourmet, não seriam tão eficientes quanto foram Ibravin, Uvibra e seus patrocinadores em derrubar a boa imagem do vinho brasileiro que vinha sendo contruída. No entanto, como bem disse o amigo Rogério em seu comentário, ainda é muito pouco para o tamanho da indignação e é importante que tomemos atitude em vez de só ficar resmungando pelos cantos então, se ainda não o fez, assine logo clicando no link aqui do lado

       A luta continua!

Mais uma Triste Noticia na nossa Tumultuada Vinosfera Tupiniquim

       Hoje não falo das Salvaguardas, mas sim da pequinês de boa parte de nossos produtores nacionais e não falo de dinheiro ou porte, mas sim de visão empresarial ou falta dela, sei lá! Sei que quanto mais leio e vejo as coisas por baixo dos panos, mais me decepciono com o que vejo e leio. Não é á toa que nos encontramos na situação em que estamos e a leitura completa do link que relacionarei abaixo é um “must” para que possamos entender o imbróglio em que essas entidades nos meteram, lembrando que elas são a cara de seus associados e tentar desvincular isso é um exercício inútil e vazio pois carece de qualquer fundamento lógico!

       Para quem ainda não conhece a Academia do Vinho, link aqui do lado em “Meus Sites Preferidos” desde os primórdios deste blog, deveria! Quando pouco ou nada havia no mercado que ajudasse os apreciadores de vinho a se aprofundarem neste mundo mágico do vinho, este site era um porto seguro repleto de informações num estilo fácil de entender. Foi e segue sendo, um exemplo de apoio ao enófilo, uma fonte de informações imensa e bem estruturada. Aliás, em junho de 2008 publiquei um post “chupado” deles (com os devidos créditos obviamente) em que uma frase se destacava;

“No século 17, a Igreja Católica dava pão e vinho às famílias pobres! Vinho era considerado item de primeira necessidade, fazia parte da cesta básica! Todo mundo deveria ter a oportunidade de aprender a tomar vinhos, sem achar que o vinho e sua cultura representam chatice ou um bicho papão, cheio de mistérios e dificuldades”.

 Essa junto com algumas outras poucas, especialmente do Saul Galvão e do Albert de Villaine, se tornaram meus mantras particulares nesta minha cruzada do vinho que trata, entre outras coisas, de desmistificar o vinho.

        Posteriormente, deram inicio a um projeto que também se tornou o norte, o mais completo informativo disponível no mercado, para quem se interessava pelo vinho brasileiro, nascia o Site do Vinho Brasileiro. Me ajudou muito quando ao iniciar meu blog com uma série de matérias sobre países, tive que falar de Brasil, seus vinhos, cepas e regiões. Não existe nada igual até hoje, ou melhor, EXISTIA! Recebi para minha enorme tristeza, decepção e perplexidade a noticia do fechamento do site, acabou-se!  Isso, mesmo que triste, pode até se entender porém as causas, essas são estarrecedoras assim como os fatos por trás da decisão. Vai-se um sonho, mas ficam as pessoas, sua reputação e seu caráter, parabéns Carlos e Karin Arruda pela dedicação á causa do vinho e por compartilhar conosco tanto conhecimento e informação necessária à formação do enófilo de língua portuguesa e em especial, dos brasileiros amantes do vinho. Leia a nota integral na página do Site do Vinho Brasileiro  mas vou adiantar  para vocês a razão básica para esse triste acontecimento, as vinícolas não queriam pagar R$39,00, sim todo esse absurdo de dinheiro, para ajudar na manutenção do site e a Ibravin, bem sobre essa é melhor ler a nota e aí tirar sua próprias conclusões. Eu já tirei as minhas faz tempo e estas informações só vêm corroborar com tudo o que já sabia!

       Amanhã falo de vinhos, duas descobertas frutos de meu garimpo, Quarta tem Vinopiadas (concurso está terminando dia 16/05), Quinta a Eliza Leão, direto do Languedoc, estreia sua coluna aqui e sexta, bem aí é dia de Dicas da Semana. Quanto a Salvaguardas, os “Chatos das Salvaguardas” não param nunca e no Face o grupo já passa dos 830, com noticias diárias,  e por aqui não haverá dia especifico, todo  o dia é dia, para falar dessa  excrescência. Semana que vem vou falar de mais vinhos, coisas novas bem interessantes, de um encontro enogastronomico no histórico e respeitado Dom Curro, enfim, há muito que compartilhar então fique por aqui.

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos. A Luta Continua!