Comemorando (mais um) Aniversário.

Cisplatino Torrontés 07, Chateauneuf-du-Pape 01 e para finalizar um Etchart Torrontés Late Harvest, eis os acompanhamentos de meu jantar de celebração de um ano do primeiro post deste blog, dia 17 de Dezembro. O bom é que não faltam desculpas nem momentos para me tratar bem. Ao longo do ano tenho o aniversário da coluna, do primeiro post, do blog, o meu (tá chegando), de casamento, dos filhos, Páscoa, Natal , Reveillon …. e por aí vai!

Um dos pratos que mais curto é Strogonoff de Filé ao qual agregamos meio cálice de aguardente velha, pode ser conhaque, quase ao final do preparo, antes de acrescentar o creme de leite. Fica divino e é um prato relativamente fácil de harmonizar como mais uma vez ficou comprovado neste gostoso jantar. Mas falemos dos vinhos que é por isso que você clicou aqui.

 

niver-blog-081 Cisplatino Torrontés 2007, um belo achado pelo preço. Um vinho de qualidade produzido pela Pisano/Uruguay e, em se tratando de uma gama de introdução á boa e extensa linha de rótulos desta vinícola. Vinho direto, franco de grande frescor e tipicidade da casta, um pouco quente o que sugere um teor de álcool um pouco alto. Não de grande complexidade, nem se propõe a isto, porém é muito agradável e com um saboroso final de boca, um vinho honesto e correto. Acompanhou bem a lula à doré com molho tártaro que servi para abrir o apetite. Quando o comprei por R$19,00 era uma grande pedida, hoje está por R$33,00 na Mistral. Uma pena!

 

 

Chateauneufu-du-Pape Domaine de La Charbonniere Cuvée Vieilles Vignes 2001. Fazia tempo que não apreciava um Chateauneuf-du-Pape em todo o seu esplendor. Tomei uns goles de um muito bom Chateau La Nerthe, lá na Vinoteca Santa Maria, e um Vieux Telègraphe Telegramme mas é diferente você tomar a garrafa. Calma, éramos três! Um belíssimo vinho que comprei nos Estados Unidos há uns três anos por cerca de USD30. Ótima estrutura, muito bem  equilibrado, grande complexidade aromática que se confirma na boca. Vinho carnoso, denso, boa fruta madura com toques de especiarias, muito boa estrutura e acidez, taninos macios e aveludados. É um clássico que demonstra muita classe e um final de boca algo mineral e muito longo. Quando perdeu temperatura o seu alto teor de álcool apareceu um pouco mas não chegou a incomodar. Pelo que vi não é importado, o que provavelmente o inviabilizaria á minha mesa, e já deixou saudade! Engrandeceu o prato tendo me deixado imensamente feliz.

 

 

Etchart Torrontés Late Harvest 2005, foi uma agradável companhia para uma salada de frutas com sorvete de creme, porém não chega a encantar. Para o meu gosto pessoal, carece de acidez o que o deixa um pouco doce demais, porém é bem feito, saboroso e fácil de tomar, boa intensidade aromática com forte presença floral e boa tipicidade da casta. Preço no mercado (Sampa) por volta de R$35 a 40,00.

 

Salute e kanimambo.