Encontro Mistral Review Part I

Já faz algumas semanas e mal e mal publiquei umas fotos (no Face) de alguns dos vinhos que para mim foram destaque e alguns nem fotografei, gente demais e nem sempre fácil sequer tirar uma foto. De qualquer forma, hoje, finalmente, consegui um tempo para falar um pouco dessa experiência imperdível que é participar deste evento. Visitei alguns produtores já previamente selecionados e me esbaldei nos brancos, para variar, mesmo com alguns grandes tintos na parada.

Vallontano do amigo poeta e “fazedor” de vinhos Luis Henrique Zanini – primeiramente uma prova para matar as saudades de seu divino espumante L.H. Zanini Extra-Brut 2015 (R$100,00), sobre o qual já falei aqui, excelente como sempre e uma compra segura sempre, complexo, fresco, delicia! Do Espumante, só safras especiais e um produção ao redor de 4 mil garrafas, lançado em 2008, 10, 11,12, 13, 15 e 16. Lançamento novo, seu L.H. Zanini Tinto 2013 (R$128), blend de Ancellota, Tannat, Teroldego, Alicante Bouschet e Tempranillo. Pelas uvas já dá para ver que estamos diante de um vinho poderoso, de grande estrutura que requer algum tempo de aeração. Elaborado com uvas parcialmente passificadas no melhor estilo do Veneto, apresenta-se com um ótima intensidade aromática, muito rico, equilibrado, denso de ótima textura, um vinho de respeito que precisa ser apreciado com calma e esta prova só me fez querer tomar mais porque lá não dava. Um vinho de classificação pessoal “I” de Incuspível! rs Certamente um vinho que em breve encontrará seu caminho para minha Adega e na foto o mestre com sua obra.

Joseph Drouhin Borgonha na veia – bons Chablis, mas o Chassagne-Montrachet Marquis de Laguiche 2013 (USD269), um Premier Cru, estava um espetáculo mostrando porquê esses vinhos serem um marco no mundo dos Chardonnays. Um privilégio que deu vontade de pegar uma cadeira e sentar do lado, cuspir esse jamais, mais um classificação “I” coisa que é quase praxe neste evento, mas deste vou ficar na vontade mesmo, tenho cacife não! rs Quem tiver bala na agulha pode mergulhar de cabeça sem medo de ser feliz, tremendo vinho.

Conde de Valdemar Viura Barricado (USD45)- namorava fazia tempo e tive que rever, bom volume de boca, fresco, complexo e longo, um vinho que surpreende e seduz. Muito boa acidez, nariz exuberante, longo final com um toque abaunilhado tipico da fermentação em barrica, um vinho marcante que fez a minha cabeça e que possui um preço justo considerando preços Brasil ou seja, esse dá para tomar volta e meia.

Catena Adriana White Bones (USD159,50) – tremendo chardonnay de Gualtalarry a cerca de 1500 metros de altitude que lhe aporta uma acidez magnifica. Fermentado e envelhecido em barricas de 225 e 500 litros com parcial formação de flor (tipo Jerez) o vinho apresenta notas salinas, cítricas, mineralidade, muito boa estrutura mas a madeira ainda precisa se integrar neste 2015, excelente mas um par de anos mais certamente o transformará num vinho magnifico e assim a que está na minha adega (2014) irá descansar por mais um ano quando a abrirei para comemorar meus 65 anos. Não é “só” um grande Chardonnay, é um dos grandes vinhos argentinos da atualidade com notas altíssimas de tudo quanto é critico. Por sinal, tudo o que sai desse vinhedo é especial, uma preciosidade que preciso visitar!

Tem mais, obviamente, porém não dá para colocar tudo em um post então vou alternando porque tenho bastante coisa acumulada, mas acho que já deu para você entender o nível do evento né? Por outro lado, se vocês desdenha brancos (estação do ano não tem nada a ver!) não sabe o que está perdendo e precisa provar algumas destas preciosidades. Para quem gosta, se esbalde e tem mais a caminho! rs

Abraço, kanimambo pela visita e desculpem minha ausência, tenho andado bastante ocupado e para escrever aqui preciso de tempo, não dá para compartilhar qualquer coisa de qualquer modo, eu não consigo fazer isso e você não merece essa falta de cortesia de minha parte.

Saúde