To Sabrage Or Not To Sabrage?

Você já ouviu falar de Sabrage? Sabrage, ou degola em nosso idioma pátrio, é o ato de “abrir” um espumante com um sabre! Sim, isso mesmo e o “folclore conta que, nos tempos de Napoleão, galantes oficiais da cavalaria comemoravam suas vitórias ainda nos campos de luta sem apear de seus cavalos. Por isso, quebravam os gargalos das garrafas com seus sabres. Há quem diga, também, que a prática nasceu com os hussardos do czar, quando os russos derrotaram as tropas de Napoleão e ocuparam a região (Revista Adega). Eu fico me perguntando se na época já existiam as gaiolas ou se as garrafas precisavam de saca rolhas, porque usar o sabre e depois levar a garrafa à boca me parece algo perigoso! rs

Pois bem, hoje em dia ainda tem gente fazendo isso e me pergunto porquê e para quê alguém quereria “sabrar” um espumante? Até entendo que Napoleão, um grande amante de champagnes, e seus generais estivesse desprovido de um saca rolha, sei lá vai ver não haviam gaiolas na época, mas hoje em dia? Passamos anos ensinando como abrir um espumante sem estourar a rolha, apenas com um leve suspiro, e daí vem esse mundaréu de gente (inclusive profissionais) estraçalhando garrafa. Dizem ser elegante “sabrar”, eu não vejo elegância nenhuma não! 😱 Pode ser feito com sabre, existem diversos à venda por aí com esse propósito assim como faca de cozinha, espumadeira, base de taça, etc., cada “expert” escolhe a “arma” que lhe der mais resultado, prazer e desperte mais uaus em sua platéia.

Pela diversão ainda vai que vai, não vamos ser radicais, mas de resto entendo que não, sorry e ainda há o perigo de acidentes que são inúmeros conforme pode ser visto nos mais diversos videos circulando por aí na internet que você poderá ver clicando aqui. Já vi até gente comentar que dá sorte (??), porém essa foi novidade para mim. Sabe aquela história que todos contam e poucos praticam, de querer desmistificar nossa vinosfera, um mundo com menos frescura, então! Para mim não faz sentido, nunca fiz e jamais farei, mas respeito quem acha que isso faz parte da educação enófila, só não concordo é um pseudo glamour às avessas.

Como já disse um dia Kimi Raikonnen ao ser perguntado porquê não dava um banho de Champagne nos colegas no pódio, “prefiro bebê-lo a desperdiçá-lo”! Pronto é isso por hoje, kanimambo por seguir andando por aqui, saúde!