Viapiana Green, Uma Dose de Frescor na Veia!

Tenho que reconhecer que quando me deram esta garrafa para prova, estava um pouco cético já que tenho provado alguns exemplares de brancos brasileiros baratos, que têm deixado muito a desejar. Não, não tenho nada contra o vinho brasileiro, muito pelo contrário, apesar de alguns ainda acharem que tenho o que vem demonstrar como são cegas e surdas essas pessoas, pois basta pesquisar este blog e meus textos para saber em que banda eu toco! Meu problema não é com os vinhos brasileiros, mas sim com a falta de estratégia comercial, precificação equivocada e falta de respeito para com o consumidor no caso das salvaguardas por parte de alguns barões do vinho e de seu órgão representativo, Ibravin. Sorry, já comecei a viajar, vamos retomar ao vinho!!Viapiana Green

A primeira coisa a me surpreender, adoro ser surpreendido, foi o inusitado corte de uvas usado neste vinho; Glera, Chardonnay, Sauvignon Gris e Viognier, nunca tinha visto! Segundo fator de surpresa, o baixo teor alcoólico. Cor límpida, brilhante e clara, como diz a querida amiga e blogueira de prima Evelyn Fligueri, “carinha de frescor”! No nariz frutos cítricos, limão, grapefruit com algumas sutis notas florais. Na boca  vem mostrar que não é só a “carinha” não, é puro frescor, radiante, frutado  e a meu ver mais frutas brancas que cítricas, muito bem balanceado, final apetecível que pede bis e sem qualquer amargor, tudo a ver com nosso verão. Com 10.5% poderia se pensar que fosse um vinho insípido, ralo, mas nada disso. É saboroso, fácil de agradar e uma grande companhia para saladas, sushis e coisas do gênero. Não é nenhum grande vinho, despretensioso, mas tem tudo a ver com nosso clima, em especial estes dias tórridos, dando-me muito prazer de tomar me fazendo lembrar um vinho português que lamentavelmente sumiu do mapa junto com a Wine Company dos amigos Angela e Marcos (hoje bons produtores no Chile), o “Fonte do Nico Fashion”! Lembra Alexandre e Cristiano?

Viapiana, já tinha ouvido falar da vínicola, porém nada sei sobre eles já que é o primeiro vinho deles que provo, vou ter que pesquisar para os conhecer melhor. Quanto ao preço, sempre importante, vi que no Sul o vinho anda na casa dos 26 Reais porém aqui em Sampa deve chegar, em função do Estado ter das cargas tributária mais caras do país, entre R$30 a 35,00 imagino eu. Aliás, para quem não sabe, o Estado de São Paulo taxa o vinho com tributos maiores que a cachaça!!! Vai entender, mas enfim, de qualquer forma o difícil é fazer o consumidor comprar vinhos brasileiros de pequenos produtores, um verdadeiro parto, mas que neste caso vale bem o risco de colocar nas prateleiras, porque se o vinho não sair eu tomo!!rs

Salute e kanimambo, ótima semana para todos e seguimos nos vendo por aqui.