Salvaguardas – Hamlet e o IBRAVIN.

       Luís Henrique Zanini é enólogo, winemaker (Vallontano) e poeta. Quando ele fala, nós reles aprendizes nos curvamos e admiramos a obra. Desta vez ele extrapolou num texto curto e direto, algo que não consigo fazer, que li no Face do Alexandre Lalas e não poderia deixar de compartilhar com os amigos.

Semana passada assistimos estupefatos ao vídeo de um programa em que a Dra. Kelly Bruch, assessora jurídica do IBRAVIN, de forma deselegante acusa o Sr. Adolfo Lona, de ter posição contrária a salvaguarda pelo fato de ser argentino. Como diria Shakespeare “há algo de podre no reino da Dinamarca”. A falta de um pedido de desculpas público por parte do IBRAVIN ao Sr. Adolfo Lona e a estratégia do silêncio das grandes indústrias em relação ao pedido de salvaguardas tem a mesma raiz: a prepotência e a arrogância. Se este comportamento não mudar, em breve, o vinho brasileiro corre o risco de desaparecer, com ou sem salvaguardas. “Olhos em tacto, tacto sem vista, ouvidos sem mãos ou olhos, olfato sem nada, a mais insignificante parte de um só e são sentido, teria bastado para impedir esta estupidez. Oh! Vergonha! Onde está teu rubor?” (Hamlet)”

Truco! Precisa comentar algo? Não né, só tirar o chapéu para o mestre! Salute e kanimambo Zanini, que belo e certeiro texto!!! Melhor que isso, só lendo isso acompanhado de seu divino espumante Extra Brut.