Conferindo as Novidades na Zahil

Novidade          Para quem ainda não conhece, duvido que haja alguém, a Zahil é uma das boas importadoras que temos com rótulos bastante interessantes e bastante convidativos tanto do ponto de vista de qualidade como de preços. Tem de tudo, mas possui uma linha de vinhos de muito bom preço que surpreendem por sua qualidade. Alguns desses rótulos que tanto me empolgam estão numa faixa de até R$60,00 o que permite que alguns desses rótulos volta e meia estejam sobre minha mesa e na minha taça. Vinhos como; Trumpeter Malbec/Syrah, Domaine Conté Selección de Barricas Carmenére, Les Bateaux Syrah, Chateau Kefraya Les Bretaches, Cotes du Rhône St. Estève d’Uchaux, Vila Regia Douro Tinto, Juan Carrau Tannat de Reserva, Tosca Chianti Colli Senesi, Veuve Paul Bur Brut, Les Fumées Blanche,  entre outros saborosos  rótulos de valor um pouco mais acima como os sempre confiáveis Rutini Cabernet/Merlot, Chateau Puycarpin e Jourdan. Um bom e bonito lugar para se garimpar.

               Desta feita fui conhecer alguns dos novos vinhos de seu portfólio que acabaram de chegar. Algumas pérolas e outras grandes descobertas. Eis alguns dos que, a meu ver, se destacaram entre os vinhos provados, sendo vinhos que certamente merecem ser conhecidos.

Sauvignon Blanc – provei dois vinhos, ambos muito bons, porém de estilos totalmente diferentes. O primeiro évacheron_sancerre[1] vibrante, franco que nos atinge com grande impacto e é da Nova Zelândia, uma nova frente sendo aberta pela gigante portuguesa Sogrape, região de Marlborough do produtor Framingham. O Segundo é oposto, uma caricia sedutora ao palato onde impera a finesse e elegância, muito mineral e um verdadeiro deleite hedonistico , é o Sancerre (Loire) do Domaine Vacheron um vinho a qual o respeitado Stephen Tanzer deu 92 pontos.

Muscadet – que nada tem a ver com moscatel, é uma uva que gera vinhos secos e leves na região do Loire, mais precisamente na sub-região de Sévre-et-Maine, próximo à cidade de Nantes. Advindo de vinhedos de mais de 35 anos e sem a utilização de químicos no cultivo, o Domaine Le Haute Févrie nos apresenta dois rótulos. O que mais chama atenção por sua sutileza e frescor, é o Le Gras Moutons que passa cerca de 10 meses sur lie, dando-lhe uma complexidade cativante, balanceado, apresenta um ótimo final de boca de boa persistência. Uma deliciosa e estupenda opção para você acompanhar ostras e frutos do mar em geral. De dar água na boca!

La Coudraye, um Cabernet Franc da sub-região de Bourgueil de aromas convidativos, boca muito rica em sabores, complexo e equilibrado, uma boa opção para quem procura vinhos desta cepa produzido no Loire.

SequilloSequillo, um vinho Sul Africano elaborado com um corte de Syrah, Mourvédre e Grenache, absolutamente divino. Um grande vinho de muita complexidade aromática, vibrante, ótima entrada de boca, firme, taninos finos, robustez com elegância, para mim o melhor vinho provado e uma enorme surpresa.

Framingham Pinot Noir – num estilo que me agrada. Nariz intenso, na boca explode em sabores mostrando todas as características do terroir, rico, final com leve toque de especiarias, um vinho muito bom e muito agradável que nos deixa aquele gostinho de quero mais na boca.

Hacienda La Laguna, uma linha de vinhos chilenos produzido pela Beringer Blass, a preço bastante convidativo R$42,00. Especialmente interessantes os Reserva Cabernet/Merlot e o Cabernet/Syrah sedosos, prontos e muito saborosos apresentando uma boa persistência e corpo médio.

Itália, três vinhos bastante interessantes. De Michele Chiarlo o Cipresi dalla Court Barbera d’Asti Superiore, possui uma paleta olfativa de boa intensidade com muita fruta escura e toques animais convidando a taça à boca onde é Gravnermarcante com taninos sedosos, algo especiado com ótima acidez pedindo comida e o Stefano Accordini Acinatico Valpolicella Classici Superiore Ripasso, um ótimo exemplo do que melhor se faz na região do Vêneto, mostrando muita complexidade e riqueza de sabores. Absolutamente diferentes, os caros e raros vinhos da Gravner que me chamaram a atenção já na entrada da loja devido ao design dos rótulos. São vinhos complexos, elaborados “à mão” em ânforas de barro num processo artesanal, sendo vinhos para o apreciador experiente, aquele que acha que já conhece tudo!

Alsácia, não poderia finalizar sem falar da chegada de dois importantes produtores da região, o Domaine Ostertag e o Domaine Josmeyer, ambos biodinâmicos. Do que provei, me chamaram a atenção o Riesling Le Kottabe da Josmeyer e o Fronholz Pinot Gris da Ostertag.

         Enfim, garimpar os novos rótulos, mais uma razão para você dar uma passada por esta simpática loja. Dos vinhos mais em conta e para o dia-a-dia até os mais sofisticados, um portfolio bastante completo e diverso. Afora todos os rótulos já mencionados, mais seis derradeiras dicas; Callabriga Douro 2004 / Domaine La Soumade Rasteau Village 2006 / Domaine du Ministre – St. Chinian 2004 / Juan Carrau Pujol Gran Tradicción / Chateau des Erles Cuvée des Ardoises Fitou / Vina Arana Reserva 1998 e Domaine Conté (Chile) Gran Reserva Cab/Merlot 2005, ou seja, inúmeras razões para você dar uma passada pela loja da importadora que fica aqui no Itaim em São Paulo, na Rua Manoel Guedes, 294, eu recomendo.

Salute e kanimambo