Sozinho? Nem tanto!

        Há alguns dias, sabe-se lá onde, já que navego bastante pela rede e volta e meia perco o rumo, li uma receita sobre a longevidade do casamento que dizia algo como; para que o casamento dure, o casal tem que ter três espaços ou lugares. Um para ela, um para ele e outro comum aos dois. Não sei é para tanto, mas a realidade é que, em qualquer relação, há que existir um espaço neutro onde cada um possa buscar a sua individualidade. A necessidade de momentos pessoais de reflexão, de poder estar só, é essencial. Mas, o que isto tem a ver com o vinho?

Tudo e nada. Na verdade, este tema me veio à mente en função de um texto da Helô (link aqui do lado) em que ela criticava uma suposta afirmação do Washington Olivetto, que é pensamento de muita gente, de que vinho nunca se deve tomar desacompanhado. Gente não vamos nos iludir, na vida há momentos em que é importante, sim, estar só e nessas horas, o vinho é o companheiro, junto com um bom livro, seus pensamentos, com uma boa musica, vislumbrando milagres da natureza com um formidável pôr-do-sol, o cheiro da grama molhada pelo sereno num amanhecer de azul anil, etc. e tal. De qualquer forma só , só mesmo, realmente nunca ficamos.

              Um bom vinho é poesia, é companheiro de bons e maus momentos, com comida ou sem, com gente ou sem! Há hora e momento para tudo nesta vida, inclusive para estar só. Nessas horas, melhor se com um bom vinho na taça. Salute e kanimambo.