Champagne amplia sua área.

 

                Finalmente! Depois de dois anos de estudos, análises e avaliações, bateram o martelo no INAO ( Institut National des Appelations d’Origine), órgão que regula a produção de vinhos na França. A Região de Champagne será expandida das presentes 319 para 357 comunas ou aldeias com a adição de 40 novas. Sei a conta não bate, mas é que duas das comunas antigas foram descredenciadas, sendo que uma ainda apela da decisão. A Região de Champagne teve sua presente demarcação AOC (Appellation d’Origine Contrôlée) definida em 1927 com 319 comunas e cerca de 15.000 vinhedos instalados em 33,500 hectares. A previsão é de que, com a nova demarcação, serão adicionados mais uns 4000 hectares. Como o INAO ainda não anunciou as novas comunas, deve fazê-lo nos próximos dias, fica difícil definir exatamente em quanto a área aumentou. O que se sabe é que, se o se o vinhedo do “azarado” estiver no lado errado da nova divisão, o preço por hectare ficará como está, ao redor de 5000 Euros. Agora, se o produtor for abençoado e estiver, no lado da “nova Champagne”, parabéns, ele acabou de ganhar na loteria, pois a previsão é de que o preço do hectare subirá para algo ao redor de 1 milhão de Euros!

                 Para quem espera ver mais champagne, novas marcas e preços mais baratos no ano que vem, calma e relaxe na poltrona porque qualquer alteração de mercado, se é que existirá, ainda vai demorar muito. A previsão é de que não haverá acréscimo de produção nesta região, por, pelo menos, mais uns 10 anos e a demanda segue sendo altíssima. Só na China com aumento da demanda em cerca de 30% e da Rússia com 40%, a capacidade de produção certamente será facilmente tomada. Nos dias de hoje são ao redor de 330 milhões de garrafas produzidas anualmente, com cerca de 45% deste volume sendo exportado, resultando em aproximadamente 2.4 bilhões de Euros de faturamento externo. Enquanto o volume das exportações aumentou algo por volta de 4%, o valor exportado pulou aproximadamente 10%! Ou seja, caso a demanda siga crescendo, como se prevê, neste países “noveau riche” onde não interessa o preço, o negócio é consumir, então a previsão é de que, os produtores seguirão ganhando muito e nós pobres mortais pagando cada vez mais caro. O que se vai conseguir, clima permitindo, é garantir o abastecimento destes néctares para nossos filhos. Quanto aos netos, esses já não sei! Sugestão, aproveite bem a qualidade de nossos deliciosos espumantes nacionais por uma fração do preço.  Salute e kanimambo.

Imagens News from Champagne, gentilemente cedida por:  Eric Anderson da www.GrapeRadio.com