Soberba no mundo do vinho

A Soberba é uma …

Sintam-se à vontade para completar a frase com o que vos vier à cabeça! rs Há dias, lendo uma matéria no blog do sempre pé no chão Adolfo Lona, enólogo e produtor que dispensa apresentações para a grande a maioria dos leitores, me dei conta de como tem gente que poderia ser pedante e não o é e outros que por outro lado …

Isso vale para todos os segmentos e ambientes tanto profissionais como pessoais, faz lamentavelmente parte da vida e certamente cada um de nós terá sua experiência. Nossa vinosfera não é diferente e tem um bom número de personagens desse calibre. Conhece aquele cara que há dez anos te vê nos eventos, você tenta falar boa tarde e quando você se toca o cara olhou para outro lado ou passou reto e nos deixa falando com as paredes? Não, não quero papo não, só o educado bom dia, boa tarde, boa noite já estava de bom tamanho, sacou? O interessante é o séquito de aduladores que os seguem para cá e para lá e que, por se acharem iluminados pelo profeta, agem igual! Uma pândega como dizem lá por terras lusas, mas o bom é que tem bastante gente por aí que compensa esse grupinho de “iluminados” azedos, peguei bode dessa gente! rs

Alguns até lhes dou o respeito profissional visto sua vasta bagagem, outros nem tanto, mas a todos peço que ao menos sejam educados, cumprimentem quem os cumprimenta, só isso e não aceito timidez como desculpa! Seja a pessoa o Zé Mané da esquina ou o grande produtor que você queira impressionar, educação é essencial. Ressentido, você pode perguntar, não!! Não mesmo, mas indignado e chateado com essa falta de respeito sim, coisas de minha formação, mas essa atitude vai mais além porque essa soberba no relacionamento com as pessoas se reflete no que escrevem, na forma como opinam o que me faz sentir uma saudade danada de meu mentor, o saudoso Saul Galvão que um dia disse; “Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos.”.

Há pouco mais de dois anos escrevi um texto aqui sobre a Soberba, ao qual adicionei um vídeo muito interessante que sugiro aos profissionais do vinho verem, atitude que acho um desserviço ao mundo do vinho pois dessa forma se mantém o vinho como um produto elitizado e assim contribuindo (não é a única razão) para que o consumo siga extremamente baixo. Muito papo sobre desmistificar e descomplicar o mundo do vinho, porém muito pouca ação nesse sentido, uma pena! Desculpem o desabafo, mas precisava botar para fora.  Uma boa semana para todos e kanimambo pela visita e ainda esta semana volto a falar de vinhos, saúde!

Vamos Baixar a Soberba em Nossa Vinosfera??

wine SnobIsso vale especialmente para os críticos e colunistas de salto Luis XV que andam por aí, mas também para mim e para você. Vale também para produtores, enólogos, enófilos, editores, assessores de imprensa, sommeliers, donos de lojas, atendentes, restauranteurs, enfim todos aqueles atuantes em nossa vinosfera. Descrições complicadas, a glamorização do vinho e seu metiê (basta olhar os posts de ostentação pura no facebook!), pontuação de vinhos, tudo só atrapalha, não ajuda em nada a desmistificar nossa vinosfera só complicando e dificultando a obtenção de mais seguidores à causa, especialmente em países ainda por desenvolver uma cultura enófila como o Brasil, mas não só!

Hoje o recado é curto e grosso, direto ao ponto, usando este vídeo abaixo que encontrei na net, neste excelente canal que é o Estrategias & Mercados. Fala-se tanto em descomplicar o vinho para o consumidor, iniciantes ou não, e cada vez vejo mais distanciamento daqueles que deveriam ter uma postura mais pró ativa no mercado. Descer do pedestal em que alguns se colocaram, menos soberba, esse é o nome do jogo, o caminho a seguir, parar de falar complicado! Mais vinho, mais experiências, menos afetação e ostentação, menos falácias tipo “Melhor do Mundo” (o marketing pode ser honesto!!), mais verdade e pé no chão!

Menos cereja e morango, caixa de charuto e alcaçuz, mais emoção na taça, mais adjetivos, mais gosto não gosto, tesão, saboroso, vibrante, qual o problema?? Porquê temos que sentir tantos aromas? Se não sentir qual o problema? Lembro quando Albert de Villaine (Sócio diretor da Domaine de Romanée Conti), em entrevista à revista Veja há alguns anos atrás, disse: “Não fico surpreso que as pessoas não identifiquem estes aromas todos nos vinhos que compram. Eu mesmo não sou capaz de reconhecê-los. Aliás, acho muito aborrecido. Não estou interessado nisso, e sim na personalidade do vinho”.  Vinho bom é o na taça e na boca amigos!! Vamos parar de frescuras, ás vezes até que há o que falar, mas não vamos impor essa chatice o tempo inteiro, afora ficar repetitivo cansa! Há vezes em que temos que simplesmente curtir a viagem, sem perguntas nem explicações demais. Aliás, meu amigo Rui (leia-se Pingas no Copo), é mestre nisso, sem tretas!!rs

Como já dizia o saudoso e insubstituível (o caderno Paladar do Estadão que o diga!) Saul Galvão, “Nada mais chato que um esnobe do vinho, que fala pomposamente, como se ele fosse o único ungido a entender termos herméticos.”. Isso não cativa, espanta!! Vamos virar esse jogo?? Quem fala de vinho que seja mais franco, mais honesto na sua mensagem, mais prático na linguagem falando com gente duma forma que ele entenda, aí sim estaremos colaborando com a desmistificação desses caldos de Baco, descomplicando!

Assista o que o Ricardo tem a dizer no vídeo, vale a pena escutar e, importante depois, PRATICAR!

Sáude, kanimambo e vamos todos descomplicar? Bom fim de semana e seguimos nos encontrando por aí nas estradas desse mundinho do mundo vínico tupiniquim ou por aqui. Fui, cheers!

wine-smile-despagne

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