Dia dos Pais – The Day After

The Day After, falando dos vinhos de ontem. Delicia de Domingo, a ninhada toda junta, a Loira, o Strogonoff dela e belos vinhos o que um pai pode pedir mais?! Desse privilégio, no entanto, não vou falar hoje, guardarei para mim (rs), hoje quero é compartilhar minhas impressões dos vinhos tomados.

Susana Torrontés fermentado barricaSusana Balbo Signature Torrontés Barrel Fermented 2014 – Conheci este vinho in loco nos idos de 2012 quando recém lançado e desde lá me apaixonei por ele. Fermentado por três meses em barricas francesas novas que lhe aportam complexidade e um leve toque abaunilhado, mostrando a versatilidade da uva quando bem trabalhada, sem perder seu frescor e riqueza de sabores e aromas, tudo com muita sutileza e maestria. Tenho provado ótimos vinhos desta cepa que melhorou muito nos últimos seis/sete anos desde que fiz meu primeiro Desafio de Torrontés, de qualidade apenas razoável salvo algumas poucas exceções,mas este reina hoje como o melhor que por lá se faz. Para meu gosto, obviamente, e triste que esta tenha sido minha última garrafa, sniff, mas em breve a reporei ! rs Por sinal, tenho que preparar um outro Desafio de Torrontés, pois incrível o salto de qualidade!

Chryseia 2008, um clássico duriense que estava majestoso! Para acompanhar o Chryseia e StrogonoffStrogonoff de minha Loira, uma bela pedida, ainda cheio de vida em plena juventude ainda com muita lenha para queimar! Solito, harmonizando, não importa como, o importante aqui é sacar a rolha! rs Realmente esta parceria Douro x Bordeaux deu muito certo e safra após safra sempre entrega muita riqueza de sabores e aromas, longo, um grande vinho Português que me encanta e não podia faltar sobre a mesa. Aliás, descobri que os grandes vinhos não são tão somente longos como deixam rastros, adoro ver a borra deles tanto nas garrafas como na taça!

Chateau Guiraud 1º Grand Cru Classé en 1855 Sautern 2007 – vou, certamente, cometer aqui uma heresia, pelo menos na opinião de diversos de meus amigos leitores, mas é o que sinto, então lá vai, um final algo frustrante! Nunca tomei um Chateau d’Yquem ou um Sautern com Foie Gras, tenho Chateau Guiraudque reconhecer, mas já tomei diversos outros Sauterns e vinhos doces da região e, afora um incrível Chateau Coutet 2009, nunca me encantaram. Alguns até bons, outros muito bons, mas à maioria faltou aquele “uau” que eu esperava e que todos aclamam! Um Tokay 5 ou 6 Putonnyos, um Moscatel Roxo de Setubal, um moscatel do douro envelhecido, vinho Madeira, Portos Brancos e Tawnies de colheita ou envelhecidos, esses fazem mais minha cabeça pois a acidez me parece mais presente resultando numa menor percepção de doçura e maior complexidade.
Já provei o Guiraud 2009 e achei bem mais equilibrado, este não fez minha cabeça pois estava algo doce demais, faltou-lhe acidez, vida! Bom, porém longe do que se espera de 1º Grand Cru Classé 1855, mas também, quem sou eu para julgar Bordeaux e Sautern! Devia ter aberto aquele Tawny 20 anos!! rs

É isso gente, durante a semana tem mais. Cheers, kanimambo e seguimos nos encontrando por aqui ou por aí, nas estrada de nossa vinosfera. Boa semana a todos e clique nas fotos para ampliá-las, fui!