Vinhos de Altitude de Santa catarina

Tour Vinhos de Altitude de Santa Catarina, Vem Comigo?

Oi pessoal, depois de mais uma longa ausência, cá estou de volta e para falar de meu quarto Tour pelos Vinhos de Altitude de Santa Catarina que realizarei agora no próximo dia 28 de Abril para um pequeno grupo interessado numa verdadeira imersão na enogastronomia da serra catarinense.

Num Micro ônibus com ar condicionado, geladeira e banheiro a bordo, serão seis dias com cinco pernoites em São Joaquim, incluindo café da manhã e almoço harmonizado todos os dias. No último Tour provamos cerca de 70 vinhos e exploramos uma área que já está dando o que falar e certamente é o futuro do vinho fino brasileiro de qualidade com muitas castas italiana fazendo sucesso. Neste Tour, o mais completo que já montei só com vinhos premium, acho que vamos passar de 70, certamente uma imersão na vitivinicultura da região.

Sim, porém afora visitarmos oito vinícolas e almoçarmos com outra na praia já retornando para Florianopolis, nosso ponto de partida, tenho programado seis almoços harmonizados. Acredito que vinho fica melhor com comida e boa companhia, por isso o foco também na boa gastronomia, crescem os pratos e o vinho! Visitaremos uma queijaria artesanal de queijos franceses onde faremos uma degustação e poderemos nos abastecer com queijos que traremos de volta a casa, eu certamente trarei alguns! Sairemos de Floripa dia 28 às 11h e retornaremos final do dia 03 de Maio, mas quem quiser ir antes ou voltar depois aproveitando a linda Floripa, fica à escolha de cada um. Importante é o horário de saída de Floripa.

Visitaremos as vinícolas; Thera, Villa Francioni, Vivalti, Villaggio Conti, Leone de Venezia, Monte Agudo, Quinta da Neve, Villaggio Bassetti e no retorno a Floripa, depois de descer a Serra do Rio do Rastro com suas 284 curvas, pararemos em Garopaba/Gamboa onde almoçaremos no delicioso restaurante da Chef Clau (Vivamo) com os vinhos da Abreu Garcia. Se estiver interessado me contate no Whatsapp (11) 99600-7071 ou a agência Latitudes Viagens nos telefones (11) 97504-4382 ou 3045-7740 para maiores detalhes.

Abraço e se conhecer alguém que possa estar interessado e puder divulgar o Tour, ficarei imensamente grato pela atenção. Kanimambo, saúde!

Castas Italianas em Santa Catarina

Deixa eu ver; Sangiovese, Teroldego, Grechetto, Ribolla Gialla, Montepulciano, Aglianico, Rebo, Refosco dal Peduncolo Rosso, Pignolo, Vermentino, Garganega, Verdello, Nero d’Avola, Rondinella, Pinot Nero, Malvasia e deve ainda ter mais. A cada viagem à região, cresce meu entusiasmo e desta vez quis focar nestas castas e compartilhar isto com os amigos com uma degustação seguida de jantar. A região, no entanto, não é só de castas italianas que vive produzindo ótimos Sauvignon Blanc e Chardonnays, bons Cabernet Sauvignon, ótimos blends e até Touriga Nacional e Tinta Roriz sendo, na minha modesta opinião, o futuro dos vinhos finos brasileiros junto com a Campanha Gaúcha. Na Páscoa/2020 virá mais um Tour por la, aguarde e já deixe seu registro para não ficar de fora!

Lamentavelmente, talvez não para mim (rs), esta degustação já nasce esgotada, mas se tiver interesse em estar presente numa próxima ou tiver uma confraria em que deseje que eu faça essa mesma apresentação me diga que entro em contato. De qualquer forma, eis o que vai rolar neste próximo dia 9 de Dezembro no Gola Solta, a duas quadras do Metrô Hospital São Paulo na Vila Clementino/SP.

Degustação de 6 vinhos (50ml cada), entre eles um espumante para iniciarmos os trabalhos, seguido de jantar acompanhado de mais um vinho harmonizando o prato escolhido.

Vinhos

Abreu Garcia Geo Brut 2015 – 100% uva Vermentino 1650 gfas produzidas

Villaggio Bassetti Roberto 2016 – 100% Sangiovese. 1860 gfas produzidas

San Michele Barone 2017 (outsider) – 100% Nebbiolo 2000 gfas produzidas

Leone de Venezia Refosco dal Pedunculo Rosso 2017 – 100% Refosco 1300 gfas produzidas

Villaggio Conti Pignolo 2017 – 100% Pignolo 1500 gfas produzidas

Villaggio Conti Real d’Altezza 2017 – Blend de Sangiovese, Montepulciano e Teroldego. 2700 gfas produzidas

Para acompanhar o jantar (taça de 100ml), Leone di Venezzia Montepulciano 2017 (2600 gfas produzidas) para quem escolher carne ou pasta e um branco à minha escolha (rs), porém também de castas italianas produzidas por lá,  para quem pedir o peixe.

Jantar:

Durante a degustação. Couvert (manteiga temperada, mussarela de búfala, patê, tomate cereja com manjericão, pão de calabresa da casa e pão de queijo)

Pratos, escolha de um destes.

Medalhões grelhados molho funghi e risoto parmesão ou Tortelli recheado de Alcachofra molho pomodoro ou Robalo gratinado com crosta de siri e risoto de arroz negro. Preço desta esbórnia enogastronômica que inclui águas e café, apenas R$220,00 pagos no ato da reserva e vagas limitadas a 12 amantes do vinho e da boa gastronomia. ESGOTADO

Kanimambo e logo, logo início a série de posts sobre o último tour realizado nos Vinhedos de Altitude de Santa Catarina, 1200 a 1400 metros de altitude.

E Santa Catarina Segue Surpreendendo!

Há muito que digo que o futuro de vinhos finos de qualidade no Brasil está aqui e na Campanha Gaúcha. Este espumante em minha taça é mais uma prova disso, Panceri Brut Champenoise.

A Vínicola Panceri, inaugurada em 1990, está localizada em Tangará, no meio oeste Catarinense a cerca de 1000 metros de altitude, faz parte de uma região pouco explorada pelo enoturismo em função da falta de um aeroporto de acesso, o de Caçador está inativo, uma pena. Na região encontramos també a Villaggio Grando (Água Doce), Santa Augusta (Videira), e a Kranz (Treze Tilias) , ótima pedida para um passeio de 3 dias pelo pedaço, especialmente para quem puder se deslocar de carro. Fica longe do outro foco do vinho catarinense, a região de São Joaquim, então difícil visitar as duas de uma só vez, viagem para mais de uma semana!

Eu não conhecia os vinhos desta vinícola, mas aproveitando que uma amiga estava por lá, pedi uma caixa com uma amostra diversa de seus vinhos e já me deliciei com o primeiro que abri, até porque aprecio muito provar coisas diferentes. Na taça, Panceri Brut elaborado pelo método clássico (champenoise) com Sauvignon Blanc, eis aí algo que eu ainda não tinha provado! Nossa vinosfera é pródiga nisso, há sempre algo novo a ser provado, cuidado com aqueles que dizem saber tudo, já é falso em geral, mas neste mundinho impossível!! rs

Medalha Gran Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas 2017 (realizado no Brasil), o espumante é muito bem feito, com bonito colar de espuma, ótima e abundante perlage, muito fresco na boca, frutado, cítrico, com sutis notas de brioche roubou a cena num “chá” da tarde (rs) com amigos em que estavam presentes um Rioja e um Petit Verdot chileno. Se mais garrafas houvessem, mais seriam bebidas, ficou na boca um retrogosto de quero mais! Lá, na vinícola, custa 60 pratas, tremendo preço, porém aqui em Sampa (se acharem) acredito que deva chegar por volta de 75 o que segue sendo uma ótima relação PQP (Preço x Qualidade x Prazer).

Tenho outros rótulos a provar e se tiver algo mais que me surpreenda novamente virei aqui compartilhar com os amigos. Este eu assino embaixo e fiquei com vontade! rs Saúde, kanimambo pela visita e seguimos nos encontrando por aqui.

Os Vinhos de Altitude de Santa Catarina Te Esperam.

Nova programação num tour de descobertas pelo que há de melhor no mundo da vinicultura Catarinense no mês de Novembro. Seis dias, cinco noites, cinco almoços, transporte terrestre em micro ônibus, vem comigo vai? Reserve já, serão somente 12 (tops 14) vagas para poder dar a atenção exclusiva que o passeio e o grupo merecem.

O futuro dos vinhos finos de qualidade no Brasil, a meu ver, está na região da Campanha Gaúcha e nos vinhos de altitude de Santa Catarina. Apesar de jovem, produção iniciou-se no ano 2000, as vinícolas têm nos trazido vinhos de muita qualidade e inovação especialmente no desenvolvimento de castas italianas. A proposta deste roteiro é exatamente explorar esta nova fronteira vínica brasileira com um pequeno grupo de apreciadores e seguidores de Baco.

Cada uma das visitas, degustações e harmonizações foi cuidadosamente programada para que o melhor pudesse ser experimentado pelos presentes. Visitas exclusivas, vinhos top escolhidos por mim, experiências únicas e meu acompanhamento em tempo integral. Visitaremos seis vinícolas, almoçaremos com os vinhos de outra e ainda teremos uma degustação extra, em que conheceremos os vinhos de algumas das vinícola que não teremos oportunidade de visitar.

Eis o roteiro que programei em conjunto com a UGGI que será a agência centralizadora e responsável por toda a logística.

Dia 2 de Novembro, um Sábado, sairemos cedo de Guarulhos com destino a Florianópolis onde o Micro estará nos esperando. De lá, sairemos direto para nossa primeira parada, a linda Vinícola Thera onde faremos uma visita aos vinhedos e almoçaremos com harmonização de seus vinhos. Após o término da visita pegamos o caminho para São Joaquim Park Hotel, que será nossa base durante os próximos dias. Noite livre.

Dia 3 de Novembro, Domingo, Vila Francioni e Villaggio Conti onde almoçaremos. Final de tarde e noite livre em São Joaquim

Dia 4 de Novembro, Segunda-feira, dia pesado com Leone di Venezia, Monte Agudo com almoço harmonizado, Villaggio Bassetti, final de tarde e noite livre em São Joaquim.

Dia 5 de Novembro, Terça-feira, dia light com visita ao Canyon das Laranjeiras, retorno com degustação na Casa do Vinho conhecendo vinhos de vinícolas que não visitamos. Noite livre

Dia 6 de Novembro, Quarta-feira, descida pela serra do Rio do Rastro a caminho de Florianópolis com visita à queijaria Queijo com Sotaque e almoço na praia de Gamboa (Vivamo Enogastronomia) onde provaremos os vinhos da Abreu Garcia num menu harmonizado. Pernoite no Hotel Hola (Lagoa) e noite livre em Florianópolis com jantar sugerido no Barba Negra.

Dia 7 de Novembro, retorno cedo a São Paulo.

Quer mais detalhes, preços, etc., deixe seu comentário aqui e lhe enviarei mail ou contate a Paula na UGGI, tel. (11) 3733-4059 ou paula@uggi.com.br. Kanimambo pela visita e se puder ajude a divulgar, toda a ajuda é mais que bem vinda. Saúde e espero ter o prazer de ter um de vocês a bordo nesta viagem de descobrimento.

Prosit, Cheers, Salute, Salud

Sauvignon Blanc de Classe

A primeira vez que me deparei com este vinho foi nos idos de 2014 numa Expovinis. Fuçava rótulos na época abaixo dos 50 Reais para uma degustação às cegas que elegeria os melhores brancos e tintos nessa faixa. Escolhi dois rótulos, um deles este, o Villaggio Bassetti Sauvignon Blanc 2016!

Sim é de Santa Catarina, São Joaquim para ser mais preciso e segue sendo um vinho que me encanta pelo simples fato de pouco parecer os Sauvignon Blanc a que estamos acostumados; menos intensidade de notas herbáceas, acidez mais balanceada e mais cremoso na boca. Este exemplar de 2016 que encerrou um encontro de amigos após dois tintos, veio mostrar aos amigos que as surpresas vínicas seguem ocorrendo mesmo para gente com avançada litragem. Até na cor ele é diferente, algo mais amarelo menos palha, estávamos diante de um dilema que comprova a máxima de que o enólogo frente ao vinho toma decisões e o enófilo frente a decisões toma o vinho, nós tomamos e nos deliciamos, teve até “alguém” que não é chegado na casta que teve que rever sua posição e tomou bem! rs

Este Sauvignon Blanc mostra-se mais untuoso e estruturado na boca, cremoso com acidez muito bem balanceada, frutos tropicais maduros se misturam a algumas notas cítricas, final de boca algo mineral que desponta mais quando a temperatura é menor (8º C), formando um conjunto de bastante complexidade em função de seu tempo sur lie. Um Sauvignon Blanc fora da curva que me seduz a cada vez que o tomo e na casa dos 85/90 Reais é uma opção para lá de honesta. O Guia Adega o apontou como o melhor desta casta no Brasil em 2018 assim como melhor branco nacional com 92 pontos e Jorge Lucki o apontou como o melhor branco nacional que provou em 2017 o que, comigo, já faz três referências de respeito! rs Brincadeiras á parte, um belo vinho para quem gosta de navegar por mares diferentes e que me deu um enorme prazer tomar.

Mais um branco, sei, mas fazer o quê? Ainda são os vinhos que mais me têm dado prazer de provar e beber, então sigo compartilhando com os amigos essas experiências. Tomar acompanhando o quê? Bem, os óbvios frutos do mar em geral mas desta feita eu adicionaria carnes brancas como peito de peru à Califórnia por exemplo. É isso, kanimambo pela visita, saúde e nos vemos por aí, quem sabe no Encontro Mistral semana que vem?

 

Descobrindo os Vinhos de Santa Catarina Comigo, Vem?

MUDANÇA DE DATAS

Gente, mais uma vez montando um grupo limitado a 14 pessoas para explorar o que de melhor é produzido pelas vinícolas de Santa Catarina, os Vinhos de Altitude brasileiros. De 14 a 21 de Novembro circulando entre São Joaquim e Caçador de micro ônibus com ar condicionado, toalete e wi-fi a bordo, visitaremos 9 vinícolas, jantaremos com um produtor, degustaremos mais de 70 vinhos entre eles os CINCO selecionados entre os TOP 10 da ViniBraExpo 2018 recentemente realizada no Rio. Encerrando a viagem, um jantar harmonizado diferente para quem ficou praticamente uma semana explorando a vinosfera catarinense, um mergulho no mundo da cerveja artesanal da Beerbaum em 13 Tílias!

Todas as degustações e visitas foram montadas de forma exclusiva com vinhos escolhidos por mim em comum acordo com o produtor, só o melhor porque se não nem saio! rs Seis almoços harmonizados em vinícolas, dois jantares, cuidamos de quase tudo. Via aérea até Lages, voltando de Chapecó sendo que eu acompanharei a viagem do inicio ao fim. Sabe aquela viagem que você tinha programado para o exterior e que com o dólar nas alturas se tornou inviável, então! Pense que com menos de USD1200 (para efeitos comparativos apenas pois o preço é em Reais) você pode fazer tudo isso e ainda deve sobrar uns trocados sem contar que se usar o cartão na viagem não tem nem IOF nem o risco do susto com o câmbio na hora que a fatura chegar!! rs Está interessado, então não dê mole não e peça os detalhes do roteiro através de comentário abaixo, as vagas são poucas e você pode vir de qualquer lugar do Brasil ou até do exterior, VEM COMIGO, VEM!

 

Roberto, Um Senhor Sangiovese!

E mais,é brasileiro! Hoje tenho o prazer de compartilhar com os amigos uma experiência que me deixou entusiasmado em 2016, uma das gratas surpresas do ano, e quando fico entusiasmado não consigo me segurar e o texto sai fácil então aguentem! rs Vos apresento o Roberto Sangiovese da Villaggio Bassetti

Tudo começou no carnaval do ano passado quando tive a oportunidade e o privilégio de liderar um grupo de amantes do vinho numa viagem de desbravamento pelos vinhos e produtores da serra catarinense, os nossos verdadeiros Vinhos de Altitude. Uma enorme surpresa para a maioria.

Conheci a Villaggio Bassetti há cerca de três anos atrás numa edição da Expovinis tendo me encantado por alguns de seus vinhos, nascia ali uma admiração pelo trabalho que esta família vinha desenvolvendo em São Joaquim, a 1300 metros de altitude. De lá para cá venho acompanhando seu progresso que culminou este ano com um monte de prêmios e top por categoria elegido no guia de vinhos brasileiros da Revista Adega recém lançado no ano passado. Melhor Pinot, Melhor Rosé, Melhor Sauvignon Blanc, Melhor …. enfim os prêmios e altas pontuações vieram aos montes!

Na visita realizada em Fevereiro, tínhamos uma programação montada já com os rótulos que iríamos provar (sempre negocio isso previamente), porém na visita ás instalações descobri um pallet de vinho sem rótulo só com uma etiqueta Sangiovese. O José Eduardo foi duro na queda, mas acabou capitulando a meus insistentes pleitos e uma garrafa dessas acabou encontrando seu lugar em nossas taças. A turma pirou!! Queriam por que queriam comprar algumas garrafas, mas a todos o pedido foi negado. Não estava pronto, não tinha etiqueta, a busca da perfeição!

A Sangiovese é uma uva que varia muito em função do terroir em que foi cultivada dando origem a vinhos de estilos e personalidades diferentes. Alguns vinhos são mais leves e fáceis de beber como os vinhos de Chianti, outros mais encorpados como os de Scansano ou Brunello. A fruta abundante, notas herbáceas e um toque de especiarias costumam ser a expressão mais comumente encontrada na maioria. A conceituada Jancis Robinson, define os vinhos elaboradas com ela como; “comer amoras e framboesas na floresta”.

roberto-sangiovese-bPara mim, este Roberto está algo no meio, médio corpo para encorpado, e tanto no olfato quanto na boca, mostra bem as características da casta, possui um DNA toscano sem qualquer sombra de duvidas e, certamente, ás cegas passaria a perna na maioria dos provadores que conheço e olha que conheço muita gente boa e experiente por aí! Vinho de boa intensidade onde a fruta se sobrepõe, equilibrado, novo, ainda com muito a evoluir, ótimo volume de boca, rico, boa textura, taninos finos, de deixar muito vinho renomado italiano de quatro! Uma pena que a ganancia, pecado grave, me deixou tão somente com uma garrafa em minha adega particular, gostaria de ter ficado com mais para acompanhar a evolução, mas fazer o quê, a crise tá brava!! rs

Na safra de 2013, já esgotadas suas 300 garrafas, o vinho passou 25 meses em barricas francesas novas de 225 litros mais uns 4 meses em garrafa. A safra de 2014 foi engarrafada recentemente e passou os mesmos 25 meses em barrica francesa nova, só que desta vez em barricas de 400 litros para reduzir o impacto da madeira sobre o vinho, que já não achei assim tão preponderante no de 2013. Gamei no vinho, mas o José Eduardo me disse que a safra foi difícil, então só posso imaginar e esperar ansioso o que nos trará o 2014 (safra bem superior) que está por chegar daqui a alguns meses. Eu já reservei minha cota de garrafas!! rs Fiz uma curta entrevista com o José Eduardo Bassetti, o capo deste projeto, que compartilho aqui com os amigos:

JFC – Porquê da Sangiovese e quando foi plantada?

JEB – Em 2009 plantamos 5.000 mudas de Sangiovese, originárias da VCR produtora de mudas na Itália. Acreditamos que as características desta variedade, com média precocidade, boa produtividade e acidez típica dariam bons resultados na altitude da Serra Catarinense.

JFC – Qual o tipo de solo plantado.

JEB – Este vinhedo foi implantado em encostas do lado leste com alinhamento Norte com excelente exposição solar. Solo de origem basáltica, argiloso e com boa drenagem.

JFC – Ficha técnica e processo de vinificação

JEB – Solos argilosos com alta declividade, baixo pH, exposição solar Norte, invernos rigorosos e verões amenos e secos. Altitude do vinhedo: 1301 msnmm. Colheita seletiva, desengaçe, seleção de bagas manualmente, fermentação alcoólica e malolática em barricas de carvalho francês com permanência de 25 meses, estabilização natural e engarrafamento.

JFC – Qual o futuro desta casta na Villaggio Bassetti e na serra catarinense?

JEB – Pelos primeiros resultados ficamos com muita vontade de plantar mais umas 10.000 mudas mas, como com vinho cautela sempre é bom, vamos aguardar mais um pouco. Em minha opinião, acertando clone, porta-enxerto e sistema de condução pode vir a ser umas uvas de melhor expressão em nossa região.

JFC – Quem lhe dá consultoria enólogica?

JEB – Desde 2007 o Anderson de Césaro é nosso Enólogo com exclusividade e desde 2012 o Joelmir Grassi, também Enólogo, trabalha na condução dos vinhedos e na operação da Vinícola.

JFC – Que outras castas ainda são experimentais na vinícola?

JEB – A partir do próximo ano teremos também a variedade Syrah para elaborar nossos vinhos. Será a primeira e pequena safra desta uva. Temos para lançamento em breve nosso primeiro Sauvignon Blanc de fermentação natural, com cascas e estágio em barrica.

JFC – Qual a produção atual (geral) e capacidade futura instalada em número de garrafas.

JEB – Como temos ainda vinhedos bastante jovens, alguns ainda produzem muito pouco, o que nos permitirá produzir na próxima safra cerca de 30.000 garrafas entre todos nossos vinhos, mas a capacidade futura está prevista para 50.000 com a presente estrutura, porém de vinhedos (produção de uva) poderemos vir a duplicar isso num terceiro estágio.

Bem amigos, foi longo mas o vinho, a vinícola e o José Eduardo merecem esta atenção e os amigos que tiveram a oportunidade de tomar este vinho certamente poderão comentar se estou exagerando ou se é vero! Aliás Santa Catarina foi a região que mais surpresas de qualidade me presenteou este ano que passou. Muito jovem ainda, cerca de 16/17 anos tão somente, pequena produção, mas já nos trazendo vinhos de muita qualidade e onde, acredito e me cobrem daqui a alguns anos, está o futuro dos grandes vinhos brasileiros junto com a Campanha Gaúcha. Saúde, kanimambo pela visita e tenham todos um grande Ano de 2017!

 

Salvar

Salvar

Salvar

Salvar

Terceiro dia nos Vinhos de Altitude de Santa Catarina, um dia cheio!

Neste terceiro dia de nosso tour pelos vinhos de altitude brasileiros, mais precisamente de Santa Catarina, iniciamos nossas atividades pela visita à Villa Francioni seguido da Monte Agudo e Villaggio Bassetti, terminando com um gostoso jantar, para quem agüentou, num restaurante português bem no centro de São Joaquim. Hoje falo e mostro um pouco de nossa experiência na  Villa Francioni e depois posto a visita às outras vinícolas.

A Villa Francioni talvez seja a mais conhecida das vinícola da região, não só por seus vinhos como pela beleza de seu local e projeto arquitetônico que levou em consideração, no inicio dos anos 2000, toda um sistema de movimentação de vinho por gravidade evitando o uso de bombas. O projeto arquitetônico realmente impressiona logo á entrada com uma linda galeria de arte, detalhes de vitrais por onde passamos, obras de arte e linda vista, sem contar o incrível trabalho de madeira no telhado.

Certamente um lugar a ser visitado porém não espere nenhum atendimento além do protocolar padrão turístico o que, em nosso caso com 14 enófilos e com negociação prévia, foi bastante frustrante ao nos depararmos com um monte de gente sendo agregada ao grupo, inclusive crianças! Nada contra, importante para a vinícola também, mas cada macaco no seu galho já diz o ditado. Algo que a vinícola precisa reconsiderar, pois ao crescer muitas vezes essas empresas perdem a alma no processo e faz falta para quem realmente é apaixonado por esses caldos de Baco! Enfim, finalmente aos vinhos:

Espumante Joaquim Brut (Charmat) – Citrico, pomelo preponderante, fresco, leve amargor ao final. Bem feito, mas não empolga.

VF Sauvignon Blanc – boa tipicidade, grama molhada, maracujá, acidez boa e equilibrada sem excessos, na boca mais simples do que o nariz promete, algo curto.

VF Rosé – um vinho que sempre foi muito elogiado, mas sempre achei que a garrafa merecia mais atenção que o vinho. Desta feita (safra 2015), mudei  minha opinião, o vinho está muito bom. Já surpreende ao ver um  rose elaborado com OITO uvas ; Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Sangiovese, Syrah, Petit Verdot, Pinot Noir, Merlot e Malbec o que não é lá muito comum. Bonita cor salmão, aroma sedutor onde aparece algo de damasco, romã e um toque floral. Na boca é suave, fresco, muito gostoso e de boa persistência, me surpreendi! Ao final, quem quiser cortar a garrafa ainda dá para fazer uma bela jarra para flores ou copo de whisky!! RS

Joaquim 2012 – Existe uma linha de entrada chamada Aparados e esta é acima. Conheço o vinho há tempos e sempre achei um vinho bem feito, agradável, sempre confiável, não negou fogo. Corte típico da região, provamos diversos, de Cabernet Sauvignon com Merlot, 10 meses de barrica francesa provavelmente de segundo e terceiro uso.Bom vinho.

VF Villa Francioni – para mim melhor que o Francesco. Gosto muito deste vinho que é um corte bordalês elaborado com as castas; Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Malbec com passagem de 14 meses em barricas de carvalho francês de primeiro uso. Não é de hoje que o conheço e volta e meia gosto de o incluir em provas ás cegas de vinhos de Bordeaux e sempre se sai muito bem. Confirmou tudo o que esperava dele; boa e complexa paleta olfativa com frutos negros abundantes, tabaco, café, estrutura  com elegância e taninos finos, rico meio de boca, longo, um belo vinho em que os aromas seguem nos encantando mesmo depois de terminado a taça.

Queria abrir um Michelli e um VF Brut Chardonnay, porém mesmo me propondo a pagar não foi possível, então comprei uma garrafa do Michelli, top da casa, e levei para abrir no jantar. Depois falo dele.

Bem, mais uma etapa vencida, agora a caminho do Monte Agudo onde a recepção foi outra. A alma que faltou aqui, sobrou por lá, que bom, e o ânimo de todos se reacendeu mesmo chegando um pouco cedo, pois esperávamos passar mais tempo na Villa Francioni. Mas desse encontro na Monte Agudo eu falo outro dia. Por hoje é só, uma ótima semana para todos e kanimambo pela visita.  Video da visita abaixo, saúde!

Degustação Vinhos da Mala – Vinhos de Altitude de Santa Catarina

19 de ABRIL – DEGUSTAÇÂO VINHOS DA MALA de SANTA CATARINA NA VINO & SAPORE – No carnaval levei um grupo de aficionados pelo mundo da vinho a desbravar a Serra Catarinense com seus vinhos de altitude variando de 900 a 1427 metros, mais ou menos em linha com Mendoza. Enormes surpresas, algumas ainda por sair ao mercado em fase final de afinamento em barrica e/ou garrafa mostrando que esta é uma região nova (18 anos) mas já com muita coisa para mostrar e certamente, uma nova fronteira a ser explorada e o futuro do vinho no Brasil em conjunto com a Campanha Gaúcha. Vinhos de um estilo diferente em função de um terroor e climas diferenciados. Trouxe alguns vinhos então prepare-se para uma experiência e tanto que se dará a partir das 20h:

Boas VindasVillaggio Grando Rosé Brut (Água Doçe/Caçador)

BrancoAbreu Garcia Sauvignon Blanc  (Campo Belo do Sul / Planalto Serrano)

TintosBarone Nebbiolo (Planalto / Rodeio)

Sto. Emilio Leopoldo (São Joaquim/Serra)

Haragami Torii Cabernet Sauvignon (São Joaquim/Serra) vinhedo mais alto do Brasil, 1427 metros.

Villaggio Grando Innominabile V (Água Doce/Caçador) – um blend de 5 safras e 7 uvas.

QSM Portento 2006 (São Joaquim/Serra) – Fortificado,estilo vinho do porto que será servido com chocolate Nugali com 70% Cacau e Colomba Pascal com gotas de chocolate.

Total 6 Vinhos tranquilos (1 fortificado) e um espumante dando uma visão bem interessante de boa parte de tudo o que vem acontecendo por lá. Durante a degustação o já tradicional prato de frios e queijos, água e café para arrematar lembrando que o estacionamento é gratuito. Somente 12 vagas e o custo de investimento será de R$110,00 por pessoa com casais pagando R$200,00. Reservas mediante pagamento, garanta logo seu lugar e surpreenda-se como os amigos que viajaram comigo o fizeram!

Vinhos da Mala SC - Granja

Dia 23 de Maio em Sampa Repeteco! Para os amigos de São Paulo que sempre reclamavam que não fazia nada por lá, estarei realizando mais uma destas degustações só que desta feita nas gostosas instalações da Lusitano Import lá em Higienópolis na Rua Minas Gerais 59, a três quadras do metrô Consolação. Haverão duas mudanças nos vinhos listados acima, mas a “viagem” será igualmente gostosa, garanto! Faça sua pré-reserva o quanto antes e garanta desde já seu lugar. Envie um comentário por aqui, ligue na Vino & Sapore (11) 4612-6343 das 14 ás 19 de Terça a Sábado, ou por e-mail para jfc@falandodevinhos.com . Saúde e kanimambo pela visita.