Bellini, Um Drink De Sucesso

Há algumas semanas tive a oportunidade de conhecer um drink que está fazendo sucesso no Brasil, o tal do Bellini. Eu conhecia o craque, o capitão que levantou a primeira taça do mundo para o Brasil em 58, mas agora a convite do Winebar e da Expand, provei o drink que tem origem em Veneza, mais Belliniprecisamente no famoso Harry´s Bar, tendo a vinícola Canella (sobrenome do fundador, nada a ver com a especiaria) o conseguido engarrafar em 1988 após diversos estudos e tentativas.

Tenho um profundo respeito pelo Otavio Piva (Expand) que tem história em nossa vinosfera tupiniquim sempre sacando um coelho da cartola quando menos se espera ou dando aquele drible de deixar o adversário sentado no chão num momento crucial do jogo e marcando o gol. Mais uma vez ele comprova essa aptidão, esse feeling que poucos têm e que faz a diferença, com as vendas demonstrando isso. Parece que trazer o Bellini foi mais uma certeira tacada dele já que e o mercado Brasileiro rapidamente se tornou o quarto maior mercado do mundo para o produtor.

Afinal, o que é um Bellini? Não, não é vinho, é um drink à base de Prosecco, o contra rótulo indica ser um frisante, com adição de suco de um pêssego branco especial da região e umas gotas de framboesa para lhe dar cor e com apenas 5% de conteúdo alcoólico. Cá entre nós, não fez a minha cabeça, mas o Champagne Ice também não faz o menor sentido para mim, então isso não quer dizer grande coisa porque o consumidor está comprando bem ambos! Colocar gelo num Champagne é que nem colocar guaraná num whisky 12 anos, acho que há opções mais baratas que darão o mesmo efeito, mas cada um escolhe e gasta como quer então há que respeitar o poder do marketing e o gosto do consumidor.

Achei doce demais e gelar a dois graus como recomendado me parece um paliativo meio sem propósito já que a essa temperatura nada perdura nem sabores nem aromas, porém tenho que confessar que ficou mais apetitoso quando adicionei duas pedras de gelo e também quando adicionei um pouco de espumante brut que tinha aberto. Harmonizá-lo com comida me parece uma aberração, porém umas frutas cítricas poderão até dar certo, mas eu o tomaria como simples aperitivo, descompromissadamente, gelado a uns 5 ou 6 graus sem acompanhamentos a não ser um bom papo ou piscina e, no meu caso, com gelo ou uma adição de uns 20% de um espumante brut bem cítrico e fresco.

Como o consumidor brasileiro tem uma certa queda pelos docinhos, me parece que o sucesso está garantido mesmo a cerca de 85 pratas a garrafa. O drink da moda e da high society que já gera algumas novidades com versões outras como o Rossini com polpa de morango.

Salue, kanimambo e até Segunda quando volto a falar de minha última viagem à Argentina, ainda na Patagônia. Enquanto isso, dê uma espiada no roteiro da Wine & Food Travel Experience para Mendoza dia 21 de Janeiro, IM-PER-DÍ-VEL!! Bom fim de semana