outubro 2013

Degustação Harmonizada de Vinhos do Porto – É Hoje, é Hoje!

      História, Vinificação, Tipos, Estilos e Harmonização. A primeira edição se esgotou a segunda idem, mas hoje duas pessoas cancelaram então sobraram essas vagas. SÓ DUAS, se alguém estiver a fins me avise rapidamente!

Recepção :  Port Tonic elaborado com Graham´s Extra-Dry acompanhado de salgadinhos diversos

Porto Branco Quinta do Infantado com azeitonas verdes gregas (recheadas de amêndoas e pimentão doce) e amêndoas salgadas.

Tawny Reserva Quinta do Infantado Dª Margarida com Panetone de frutas Fasano / Bolo Árabe

Porto Graham´s Tawny 10 anos com Toucinho do Céu / Walker´s English Rich Fruit Pudding

Porto Quinta Vale Dª Maria Ruby Reserva com Ballas de Chocolate Isa Amaral / Pastel de Belém.

Porto LBV (a definir) com Torta Fria de Mousse de Chocolate 1/2 amargo e Frutas Silvestres / Torradinha com queijo Edam e geleia de Mandarino.

Porto  Warre´s Quinta da Cavadinha Vintage 1996 com Queijo da Serra da Estrela e torradinhas.

    Será apresentado um áudio visual junto com a degustação. O valor de investimento será de R$150 por pessoa porém casais ou grupos terão direito a um desconto de 10% a ser pago no ato da reserva. São somente 12 vagas por encontro. Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820! Contate-me via comentários ou direto na Vino & Sapore através do mail comercial@vinoesapore.com.br ou pelo telefone (11) 4612-6343 ou 1433. #vinhodoporto

Taste & Buy Brasil

      Final de tarde de Sábado quente, conseguimos reunir na Vino & Sapore um pequeno grupo de enófilos para degustar alguns bons vinhos brasileiros de produtores que surpreenderam quem por lá esteve. Espumantes, brancos, tintos e até sucos naturais mostraram bem o potencial e diversidade vitivinícola brasileiro. Senti falta de gente querendo colocar à prova seus preconceitos mostrando que estes estão mais enraizados do que pensamos e muito ainda há que ser feito pelos produtores nacionais para reverter este quadro. De qualquer forma, esta primeira iniciativa de tentar fazer algo mais focado nos vinhos brasileiros foi bastante interessante mostrando que quantidade não é necessariamente qualidade e, como sempre, vou listar aqui os meus TOP 5 e os TOP 5 Sales que, em última instância, demonstram no caixa a verdadeira avaliação dos presentes.

Meus TOP 5

Churchill Cabernet Franc 2011 – Como o 2008, é um vinho marcante tanto nos aromas como no palate. Dezoito meses de barrica que ainda precisam de tempo para se integrar totalmente, mas que já mostra ao que veio. Decantado mais de uma hora e servido a 19/20º foi decantado em verso e prosa pela grande maioria dos presentes. Para quebrar paradigmas e enterrar preconceitos!!

Villaggio Grando Innominabile lote IV – A la Caballo Loco, um vinho de sete castas (Merlot, Marselan, Malbec, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Pinot Noir e Petit Verdot) e mescla de quatro safras. Um delicioso corte que dignifica nossos vinhos de altitude, sim também os temos, a mais de 1200 metros na serra catarinense.

Angheben Teroldego 2008 – Entra ano, sai ano, para mim segue sendo o melhor vinho da Angheben e como curto vinhos diferentes, este me agradou muito. O 2005, já esgotado (quem achar compre) na maioria dos lugares estava com mais tempo de garrafa e evoluiu muito bem, agora precisamos esperar por este, porém já está muito bom!

Aracuri Collector 2009 – A segunda vez que o provo e a segunda vez que me surpreendo por seu profundo equilíbrio, complexo, meio de boca rico e final fresco com um leve apimentado. Vou querer colocar este vinho numa degustação ás cegas com outros cabernets regionais, acho que vai derrubar muita gente.

Campos de Cima Espumante Extra-Brut – Comprovou mina opinião inicial, um belo espumante com ótima perlage, consistente e abundante, aromas de frutos maduros com leve notas tostadas, sabores cítricos, seco no ponto, final longo que convida à próxima taça.

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TOP 5 Sales

Villaggio Grando Brut Rosé – Fresco, seco, refrescante e cheio de vida com uma perlage fina, já nasceu campeão (Expovinis 2013) e demonstrou neste evento o porquê de sua fama!

Valmarino & Churchill Brut Nature NV – espumante diferenciado com o vinho base passando por 12 meses de barrica de carvalho americano de 2º e 3º uso. Untuoso, marcante, ótima estrutura de boca.

Campos de Cima Viognier 2011– O branco que surpreendeu a todos pela satisfação gerada e um preço para lá de camarada!

Bella Quinta Reserva Cabernet Sauvignon 2006 – Vinho consistente que sempre que entra em eventos na Vino & Sapore obtém ótimo resultado de publico. O famoso BGB, Bom – Gostoso – Barato, que a maioria curte e por isso já está no portfolio há um tempão.

Churchill Cabernet Franc 2011 – Já comentado acima, um sucesso de critica e de consumo. Só cerca de 6000 garrafas produzidas! Ah, ia-me esquecendo de uma experiência única promovida, a perfeita harmonização do Churchill Cabernet Franc com um resto de Queijo da Serra (português) que tinha na geladeira, muito bom!!

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       Um destaque especial para um vinho que provei na Expovinis pela primeira vez e que ainda segue em barrica, mas que os amigos da Villaggio Grando gentilmente nos enviaram para prova e para compartilhar com os amigos presentes neste gostoso Taste & Buy, um vinho de sobremesa elaborado com um corte de Gros Manseng e Petite Manseng.  Uvas pouco conhecidas por estas bandas, advinda da França na região de Gascogne próximo a Cahors, que vai surpreender muita gente quando sair para o mercado. Depois falo dele em separado. Salute, kanimambo e como já disse na chamada para este evento, o Brasil está produzindo bons vinhos e em novas regiões, sendo duro mesmo é de achá-los com preços em linha com o mercado. Esta seleção garimpada possui um equilíbrio justo entre qualidade e preço, mostrando que isso é sim possível e que há muita vida fora da casa dos barões em produtores menores. Pesquise você também!

 

Dois Espumantes, Dois Momentos, Duas Propostas, Dois Mundos

     Duas mancadas minhas ao não participar dos encontros promovidos na Winebar com a Salton e a Maxime Blin, casa produtora de Champagne trazida ao Brasil pela Vinea.  Com o advento da loja, há dias em que o domínio do tempo sai de meu controle já que o cliente tem sempre a preferência, porém no Domingo comecei a recuperar esse tempo e abri duas garrafas. Foi um almoço regado a espumantes; um da Salton, brasileiro, com uma proposta mais ligeira que foi tomado de entrada e o Máxime Blin Rosé, francês, com uma proposta mais séria que foi tomado DSC02993com o prato principal.

Salton Intenso Brut elaborado com Malvasia pelo método Charmat e é um vinho de cor bem clara, ligeiro, de boa intensidade de borbulhas, algo floral (flores brancas) no nariz, sensação de final de boca levemente doce, fresco com um toque cítrico. Espumante que deverá ter uma aceitação muito boa no mercado já que é lançamento para este final de ano, tanto por ser um vinho fácil de agradar quanto pelo preço que deve estar por volta dos 30 Reais. Neste almoço acompanhou as entradas de bolinho de bacalhau e queijo boursin com tomate seco servido com torradinhas. Uma harmonização simples e ligeira que cumpriu seu papel.

Champagne Máxime Blin Brut Rosé, hora do prato principal! “Autre Chose”, como diriam os DSC02995franceses, em todos os aspectos inclusive preço, como seria de se esperar, de um vinho desta famosa região elaborado com 100% Pinot Noir. Surpreende ao ser colocado na taça por sua cor acobreada, brilhante e intensa, textura cremosa pouco usual, porém parcialmente explicado em função de 15% do vinho base usado ser tinto e envelhecido por um ano antes da elaboração do espumante, creio eu. Espumante com ótima perlage, fina e persistente, colar de espuma presente e duradouro, mostrando-se bem encorpado pedindo um prato á altura. Meu risoto de lulas não foi páreo e creio que um prato mais estruturado e condimentado (Camarão à Mary Stuart?) deverá se dar melhor com este Champagne algo diferente com uma personalidade marcante e muito própria. As sensações na boca nos lembram frutos do bosque, um toque de frutos secos e até notas de uma certa evolução com a Pinot bem mais marcante do que o usual num espumante de, aparentemente, maior extração, um vinho diferenciado e complexo que a Vinea traz com exclusividade e custa algo ao redor dos R$275,00.

Dois Mundos, duas propostas, dois momentos em dois espumantes bem diferentes entre si. Uma bela experiência sensorial que abrilhantou mais um gostoso encontro familiar no almoço de Domingo. Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Vinho, Doce Vinho – Um Aliado da Saúde e do Bem Estar

     Como tudo na vida, a moderação é importante, e no vinho não seria diferente sendo que diversos estudos desenvolvidos por cientistas e médicos no mundo inteiro demonstram claramente que o consumo de uma a duas taças de vinho diariamente dão uma mão e tanto em nossa saúde e bem estar. Em matéria escrita para a revista Wine Style em 2005 pelo Dr. Gustavo Andrade de Paula, enófilo e militante ativo da ABS São Paulo (que chegou a presidir há não tanto tempo assim), posteriormente publicado pelo portal News.Med.Br alguns fatos importantes são citados, porém o que mais me chamou a atenção foi sua frase final; “o consumo moderado parece ser o caminho para a felicidade. Muito ainda precisa ser entendido sobre os reais efeitos, benéficos e maléficos, do vinho sobre a saúde antes de torná-lo a panacéia universal para as moléstias do mundo moderno. Entretanto, em pouquíssimas situações, um remédio pôde ser tão infinitamente agradável e prazeroso.” A matéria completa pode ser acessada no link acima e recomendo a leitura, porém transcrevo aqui alguns desses fatos que mostram a relação benéfica do consumo moderado de vinho:

Doenças coronárias: o consumo moderado de vinho controla os níveis sangüíneos de algumas substâncias químicas inflamatórias chamadas citocinas. Estas, por sua vez, afetam o colesterol e as proteínas da coagulação. O vinho é capaz de reduzir os níveis de LDL e aumentar os de HDL (colesterol bom). Com relação à coagulação, o vinho torna as plaquetas presentes no sangue menos aderentes e reduz os níveis de fibrina, evitando que o sangue coagule em locais errados. Estes efeitos poderiam prevenir o entupimento de uma coronária, evitando um infarto do miocárdio.

Doenças do cérebro: Os efeitos mais conhecidos do álcool sobre o sistema nervoso são a embriaguez e a dependência alcoólica. Entretanto, quando consumido com parcimônia, o vinho parece reduzir o risco de demênciaa, incluindo o Mal de Alzheimer. Segundo alguns especialistas, os polifenóis presentes no vinho (principalmente nos tintos) seriam os responsáveis por evitar o envelhecimento das  células cerebrais. É intrigante notar que, proporcionalmente falando, a ação antioxidante dos polifenóis dos vinhos brancos é superior à dos tintos. Entretanto, a quantidade de polifenóis dos tintos é muito superior à dos brancos, tornando estes vinhos mais interessantes para as células cerebrais. Além da ação antioxidante, os vinhos melhoram a circulação cerebral, com o fazem com a circulação coronária. Sabe-se, ainda, que as chances de apresentar depressão são menores em consumidores moderados de vinho.

Doenças do aparelho digestivo: Há vários séculos, São Paulo já recomendava “um pouco de vinho para a saúde do estômago“. Hoje, sabe-se que o consumo moderado de vinho está associado a uma menor incidência de úlcera péptica por uma série de razões: alívio do estresse, inibição da histamina, ação antimicrobiana contra o Helicobacter pylori, bactéria implicada na gênese da úlcera duodenal. Por atuar sobre o colesterol, o vinho parece reduzir as chances de formação de cálculos no interior da vesícula biliar.

Sangue e Anemia: O álcool ajuda o organismo a absorver melhor o ferro ingerido nos alimentos. Além disto, um copo de vinho tinto contém, em média, 0,5mg de ferro.

Ossos: alguns estudos populacionais têm demonstrado que o consumo de pequenas quantidades de vinho é capaz de melhorar a densidade óssea, reduzindo as chances de osteoporose.

Câncer: A possibilidade de que os antioxidantes presentes no vinho pudessem prevenir alguns tipos de câncer despertou o interesse de muitos pesquisadores em todo o mundo. Alguns estudos populacionais mostram uma redução da mortalidade por doença coronária e por câncer em bebedores comedidos de vinho. Por exemplo, homens que consomem vinho sensata e regularmente têm menor chance de desenvolver linfoma não-Hodgkin.

     Agora, de acordo com mensagem recebida de um amigo citando como fonte a Revista Hype Science, aparentemente o vinho pode proteger a pele de queimadura solar! Cientistas espanhóis da Universidade de Barcelona, encontraram substâncias nas uvas que protegem as células dos danos causados pelos raios ultravioleta (UV), emitidos pelo sol, que hoje são a principal causa de envelhecimento precoce, queimadura solar e até mesmo câncer de pele. Os pesquisadores observaram a reação química ocorrida na pele quando ela é atingida por raios UV. Eles descobriram que os flavonóides nas uvas podem parar a reação química que faz com que as células morram causando, portanto, danos à pele.

     Marta Cascante, bioquímica da Universidade de Barcelona e diretora do projeto de pesquisa, disse que o estudo prova que as uvas podem proteger a pele contra queimaduras solares e até mesmo câncer de pele. Dessa forma, as descobertas poderão de fato levar ao desenvolvimento de cremes para a pele e outros produtos para proteger nosso corpo dos danos do sol.

     Verão chegando, mais uma razão para curtir uma taça ou duas todos os días, yesssss! Saúde, muiiiita, e kanimambo pela visita. Bom fim de semana lembrando que neste Sábado tem TASTE & BUY BRASIL na Vino & Sapore, vejo você por lá?

Antecipando o Verão com Spumante Contessa Borghel Rosé

         Sábado de calor bravo lá fora, movimento na loja fraquinho porém fresquinho, todo mundo na piscina? Minha esposa chegou e ficamos ali pensando no que fazer para almoçar até concluirmos que quem sabe faz a hora, então abrimos um espumante que tinha lá para provar. Pela cara achei que um prato de camarões empanados, que Borghelmeus amigos e vizinhos da Água Doce preparam com maestria, viria a calhar e ………… bingo!!

        Tudo a ver e combinação deliciosa! O verão ainda está por chegar, mas nesse dia, naquele momento transformamos a monotonia de um dia cálido e meio sem graça para quem estava trabalhando, em momentos vibrantes de grande satisfação enogastronomica que mudou nosso humor e deu uma virada no astral do dia. Até o movimento melhorou junto com o astral mostrando que coisas boas atraem outras!

       Bem, mas voltando ao Spumante de cor rosada linda, aromas frutados sutis com boa perlage e surpreendente espuma que formou um colar persistente, pura sedução na taça. Elaborado 50/50 com Pinot Nero e Raboso (Friulli – Itália), na boca é saboroso, puro frescor que equilibra sobremaneira o leve residual de açúcar que passa batido, vibrante, leve, apenas 11% de teor alcoólico, combinou com o clima, com a companhia e com o camarão empanado acabando, sniff, rapidinho! Grande espumante, não e nem é esse seu propósito, porém cumpre com galhardia seu destino, nos dar prazer. Vinho de piscina, de praia, de verão e esse eu recomendo até porque tem um precinho bem camarada, como de praxe nos vinhos importados pela Vínica, na casa do R$55!

Borghel e camarão

 

Dicas da Semana

Alguns eventos na Vino & Sapore que valem sua atenção:

Dia 26/10neste próximo Sábado das 16 às 20 horas, Taste & Buy Brasil! Uma mini feira de vinhos brasileiros na Vino & Sapore, Granja Viana.

           Um evento especial em que você terá a oportunidade de quebrar, ou confirmar (duvido!), seus preconceitos para com os vinhos e espumantes brasileiros. Para sair da mesmice de sempre quando o assunto é vinho e em especial brasileiros, garimpamos alguns rótulos, produtores, uvas e regiões diferenciadas que possuem uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer e gostaríamos de compartilhar esses achados com vocês. Por apenas R$30,00 você é nosso convidado para vir provar mais de 15 vinhos tranquilos e espumantes (devem ser uns 20!) e tirar a prova dos nove!  Se gostar, teremos algumas garrafas para venda também e você terá um crédito de R$10 para compras dos rótulos em degustação. Ainda estamos trabalhando para trazer mais duas vinícolas para este evento, mas eis a previsão de produtores participantes e, lembrando John Lennon que um dia disse “Give Peace a Chance”, fica aqui meu recado de “Give Brasil a Chance”!

Aracuri Vinhos Finos (Campos de Cima/RS) – .Merlot, Cabernet Sauvignon e o surpreendente Cabernet Sauvignon Collector!

Bela Quinta (Flores da Cunha/Serra Gaúcha) Sucos naturais e Cabernet Sauvignon.

Vinícola Campos de Cima (Campanha Oriental/RS) – Tannat 2006 com passagem por barrica e o fresco Viognier

Identidade (Encruzilhada do Sul/RS) – Arinarnoa, Marselan e Gewurztraminer

Valmarino & Churchill (Pinto Bandeira/Serra Gaúcha) – Espumante Prestige Brut Nature e o Cabernet Franc

Villaggio Grando (Caçador/SC) – Espumante Brut Rosé premiado na Expovinis, o diferente e fino Cabernet Sauvignon de Santa Catarina, Innominabile IV, delicioso e fino corte de diversas uvas (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Malbec, Pinot Noir, Petit Verdot e Marselan) e safras assim como duas amostras de barrica que deverão estar no mercado no final do ano ou inicio do próximo, um Tannat e um Late Harvest de Gros e Petite Manseng!

Angheben (Encruzilhada do Sul/Serra Gaúcha) com suas uvas pouco cultivadas por aqui como a Touriga Nacional, Terroldego, Barbera e mais um exemplar de Gewurztraminer..

    Diversidade de uvas e regiões produtoras, nossa marca registrada nesses eventos, com vagas limitadas a 40 pessoas. Investimento de R$30 (crédito de R$10 para compra de rótulos em degustação). Garanta sua participação enviando e-mail com solicitação de reserva para comercial@vinoesapore.com.br e veja como proceder para o pagamento. venha almoçar na Granja Viana, há diversas boas opções na região desde shopping até as opções mais bucólicas do pedaço, pesquise aqui.

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Dia 31/10Degustação Temática de Vinhos do Porto às 20 horas  – História, Vinificação, Tipos, Estilos e Harmonização. A primeira edição se esgotou rapidamente e agora restam apenas seis vagas, das únicas 12 disponíveis, então não deixa para a última hora!

Recepção :  Port Tonic elaborado com Graham´s Extra-Dry acompanhado de salgadinhos diversos

Porto Branco Quinta do Infantado com azeitonas verdes gregas, recheadas de amêndoas e pimentão doce, e amêndoas salgadas.

Tawny Reserva Quinta do Infantado Dª Margarida com Panetone de frutas Fasano / Ballas de Chocolate Isa Amaral

Porto Graham´s Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas / mini-pastel de Belém

Porto Quinta Vale Dª Maria Ruby Reserva com torta de chocolate 1/2 amargo e frutas silvestres /  Brownie.

Porto LBV (a definir) com Walker´s English Rich Fruit Pudding / Torradinha com queijo Edam e geleia de Mandarino.

Porto  Warre´s Quinta da Cavadinha Vintage 1996 com Queijo da Serra da Estrela e torradinhas.

    Será apresentado um áudio visual junto com a degustação. O valor de investimento será de R$150 por pessoa porém casais ou grupos terão direito a um desconto de 10% a ser pago no ato da reserva. São somente 12 vagas por encontro. Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820!

Chamada Vinhos do Porto 31-10-2013

Obs: harmonizações poderão ser alteradas sem aviso prévio e sempre para cima

Salute, kanimambo e uma ótima semana para todos.

Fanáticos pelo Instagram e Wines of Argentina

Para quem é ligado no Instagram eis uma bela oportunidade de mostrar suas habilidades num concurso que pode lhe levar à Argentina!

       Com o objetivo de posicionar na mente dos consumidores a marca “vinho argentino”, a Wines of Argentina, entidade responsável pela imagem do vinho argentino no mundo, lançou neste último dia 11 nos; Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Peru, Brasil, Reino Unido e Países Baixos, “The Wine Caption”, um concurso fotográfico especialmente desenhado para as redes sociais e focado especialmente no Instagram. O vencedor ganhará uma viagem de cinco dias para duas pessoas à Argentina.  Além disso, a foto ganhadora será a imagem da campanha 2014 da WofA.

       Os interessados devem tirar e compartilhar uma ou mais fotos no Instagram, usando o hashtag #thewinecaption. Também devem escrever uma legenda que transmita aquilo que a Argentina, seus vinhos e o “ser argentino” representa para eles. Em seguida, devem somar “likes” e compartilhar a foto com os amigos. As 10 fotos que tiverem mais “gosto” serão avaliadas por um júri formado por quatro renomados fotógrafos: Irina Werning (Argentina), Lee Towndrow (EE.UU.), Federico Garcia e Pablo Betancourt do Estudio García&Betancourt (Argentina), que escolherá o ganhador.  São requisitos ter uma conta no Instagram, seguir a WofA nessa rede social, ter mais de 18 anos e não morar na Argentina. 

A primeira etapa do concurso já começou e termina em 26 de novembro de 2013. A segunda etapa, de avaliação e seleção feita pelo júri, começa em 27 de novembro e termina em 18 de dezembro de 2013. Para Para mais informação: Salem Viale González Villanueva – 011 5295-4114 ou lalagv@salemviale.com.ar ; stellad@salemviale.com.

Aproveitem!

Só Borgonha 1er Cru na Saca Rolha

Mais uma vez a confraria Saca Rolha se reuniu para desfrutar amizade, alegria e vinhos. Desta feita elevamos o patamar e por decisão unânime decidimos juntar alguns bons borgonhas e mais, só rótulos 1er Cru! A Raquel, nossa porta voz , dá aqui seu testemunho do evento porém antes deixem-me dar só uma interessante informação sobre a região. Recentemente vi uma lista dos 50 vinhos mais caros do mundo e dos top 10, oito, repito, oito são da Borgonha inclusive os primeiros dois! Vamos ao relato da Raquel:

A Borgonha divide com Bordeaux a notabilidade de região produtora de vinhos na França. Se por um lado, Bordeaux bourgogne_mapimprime seu caráter austero e tradicionalista, personificado através de seus châteauxs e suas grandes propriedades, a Borgonha se mostra principalmente pelas características agrícolas, com pequenas propriedades de gestão quase sempre familiar. Para seus produtores, a importância do “terroir” é o que diferencia e dá identidade ao vinho, sendo seus vinhos produzidos com apenas duas castas, Pinot Noir e Chardonnay, em suas principais sub-regiões de; Chablis, Cotes de Beaune e Cotes de Nuit sendo que na Cotes Chalonnaise também são autorizadas as brancas Pinot Blanc, Pinot Gris e Aligoté assim como a tinta Gamay que reina quase que absoluta nas regiões sul de Maconnais e Beaujolais.

            Quando surgiu a ideia de fazermos o encontro da confraria só com vinhos da Borgonha, a primeira preocupação foi o custo. Sim, são vinhos caros e sempre assustam os que querem se aventurar por essas pequenas parcelas de terra, que os “bourguignon” chamam de “Crú” e que tratam como se fossem seu solo sagrado! Desde o Século XI, os monges da Abadia de Cluny começaram a estudar e desenvolver a vitivinicultura nessa região, baseando-se principalmente na influência que as diferenças do solo exerciam na qualidade das uvas. Até hoje,  esses estudos são aprimorados e mapeados minuciosamente, mostrando cada vez mais  as diferenças geológicas, e o respeito pela excelência de cada terroir, principal fator que qualifica a produção desses vinhos. Cada “Crú” é dividido em “Climats” , lotes de vinhas, que por sua vez são divididos em “Lieu-dit” , que são vinhas com uma designação própria.

            Além disso, adotam uma classificação de qualidade com regras rígidas, onde se leva em consideração o tipo de solo, drenagem, insolação, densidade de pés por ha, rendimento por pés, etc….. que se divide entre os Comunais ou Villages, que é a maior parte da produção. Premier Crú (apenas 10%) e Grand Crú (apenas 1,7%). Por aí, já dá para entender um pouco o porque do altíssimo preço! A produção além de artesanal, é muito pequena. Só para se ter uma ideia, as vinhas do famoso “Romanée-Conti” , limitam-se a uma área de 1,62ha (16.200m2).

           É nessa escarpa, resultante de uma anomalia geológica, que mais parece uma colcha de retalhos que vamos nos divertir! E como diversão pouca é bobagem, nossa confraria munida de todo hedonismo que tem direito, escolheu degustar apenas vinhos de qualidade Premier Crú.

            Como sempre, começamos com um espumante e desta feita da região:

         Crémant de Bourgogne François Labet – elaborado pelo método tradicional com uvas Chardonnay. Cor amarelo palha, bem clarinho. Delicado e seco na boca. Tem a mineralidade típica do solo dessa região.

SR - Mercurey

           Próximo a Auxerre, está a região de Chablis. Possui um tipo de solo único, que lhe caracteriza e imprime em seus vinhos, uma identidade inimitável. Seu solo Kimmeridgiano do período jurássico (150 milhões de anos atrás) é formado de conchas  pré históricas. Dessa região provamos o Chablis Montée de Tonnerre 1er Cru 2009 – do produtor Billaud-Simon. Muito fresco e aromático. Boa acidez, bom corpo e longa persistência. Um vinho com alma marinha que combina com um final de tarde de verão na praia. Se tiver um prato de ostras frescas por perto, melhor ainda!!

             Na parte central da Borgonha, próximo a vila de Chalon-sur-Saône, está a Côte Chalonnaise. De lá, veio o Le Clos du Roy Mercurey 1er Cru 2009 –  produzido pela Domaine Faiveley. Bem clarinho na taça. Aromas frescos florais e de especiarias. Na boca mostrou-se bem diferente da expectativa incitada pelo nariz. Mostrou-se mais robusto e duro, com as mesmas especiarias, porém de maneira mais pungente. Frutas vermelhas compotadas dividiam sua doçura com a acidez, dando um equilíbrio no todo. Um vinho inquieto como a juventude. Acho que se for lhe dado um tempo de guarda deverá ter grande evolução.

             Foi chegada a hora da surpresa da noite. Estava previsto um Pinot Noir intruso para ser degustado às cegas. A primeira impressão, ainda na taça , era de um vinho mais turvo, sem o brilho do anterior. No nariz mostrava aromas suaves, vegetais, florais e animais. Em boca era bem frutado (frutos vermelhos maduros), algo lembrando vermute. Taninos macios , bom extrato e acidez bem colocada. Os que apostaram na América do sul acertaram : Este veio do Chile – Little Quino 2012 – Elaborado por William Févre,  importante produtor de Chablis. Evoluiu bem na taça, apesar de tratar-se de um vinho jovem.

             Voltando à Borgonha, mais precisamente ao norte de Beaune, está a vila (ou comuna) de Savigny-les-Beaune. Tomamos o Savigny-les-Beaune “La Dominode” 1er Cru 2008 do Domaine Pavelot. A primeira impressão desse vinho foi um enorme frescor nos aromas. Algo lembrando mentol, lavanda e sensação gelada. Sua cor, rubi  muito vibrante e luminosa. Boa acidez de frutinhas de bosque (framboesas, cerejas) , taninos suaves e corpo médio , mas com persistência. Com o tempo os aromas e sabores foram evoluindo com muita complexidade. Podia-se sentir um pouco de couro, terra molhada e um fundo floral. Um vinho que estava pronto!

             Na sequência do nosso tour enófilo, caminhamos para o sul de Beaune, onde encontramos a vila de Volnay. O escolhido foi o Volnay 1er Cru-Marquis d’Angeville 2008. Pudemos notar que nesse caso não foi especificado no rótulo o nome do 1er cru de onde se originou suas uvas. Depois pesquisando sua ficha técnica descobri que nesse caso ele é feito com uvas de três vinhedos diferentes. Ou seja, um assemblage de três “climats”,1er Cru. Assim como o anterior, o primeiro ataque dos Borgonhas é sempre muito fresco e perfumado. É como se nos convidassem a um encontro elegante e sedutor. Poderia ficar divagando horas à respeito das sensações desse vinho! Mas isso foi a minha experiência e evidentemente cada um tem a sua.

            O final do passeio foi em Côtes de Nuit , mais precisamente em Gevrey-Chambertin tendo degustado o Gevrey-ChambertinLe Champeaux” 1er Cru 2005 de Olivier Guyot, um produtor biodinâmico. A primeira coisa que me chamou atenção nesse vinho foi o rótulo. Apesar de muitos desprezarem essa informação, a mim ela diz muito, afinal é a roupagem que o produtor dá ao seu produto. Garanto que alguém pensou muito na escolha de uma imagem, que conseguisse transmitir ao menos no primeiro contato, um pouco daquele conteúdo. E nesse caso, a imagem de um camponês , com seu cavalo, trabalhando a terra, mostra bem a importância que a agricultura tem na região da Borgonha. É um rótulo simples, mas elegante, onde em primeiro lugar vem o nome do produtor, depois o ano da colheita, e em seguida o Cru e o Climat. Depois das apresentações, vamos às taças! Logo já podíamos notar uma cor mais acobreada  por tratar-se de um vinho mais evoluído (2005). Nariz discreto, mas dando dicas que está tudo ali. Aquele frescor mineral, quase um vento gelado, trazendo depois um floral, muitas frutas, ervas do campo, terra úmida, etc…….No primeiro gole, toma conta da boca uma sensação aveludada que aos poucos, vai confirmando todas aquelas dicas preliminares. Um vinho redondo, sem arestas que chamem a sua atenção a um detalhe especifico. É tudo junto e misturado e loooongo. Equilíbrio perfeito.

            Os vinhos da Borgonha, principalmente os de Pinot Noir, encontram a perfeita harmonia com o solo e clima. Sua exuberância e plenitude é copiada no mundo todo. Os que buscam um “estilo bourguignon”, em outras terras, lutam por algo que não existe nem lá. A palavra estilo só pode ser usada quando se faz o mesmo vinho todo ano e na Borgonha estão interessados no caráter de cada terroir. No vinhedo, as uvas recebem o mínimo de intervenção possível. E foi nesse pedacinho de terra, ela que é tão sensível ao clima, encontrou seu perfeito habitat. Gosta do frio, que proporciona amadurecimento mais lento dando-lhe tempo para desenvolver todo seu potencial. Por outro lado, sua casca fina, precisa de muito sol, pois o frio continuado a deixa exposta a fungos e outras doenças. Ou seja, busca por locais onde haja grande amplitude térmica. Dizem que a Pinot Noir é uma uva feminina. Delicada e melindrosa, ela dá trabalho a quem quer cultivá-la. Exige obstinação, perseverança e principalmente entendimento da natureza. Mas estando no lugar certo, e sendo muito bem cuidada, devolve com alegria tudo que recebeu.

           Para finalizar uso as sábias palavras de Carlos Drummond de Andrade que um dia disse: “Os homens distinguem-se pelo que fazem, as mulheres pelo que levam os homens a fazer.”

Outubro é 10 na Vino & Sapore!

       Amigos, neste mês comemoramos 3 anos de vida na Vino & Sapore, era bem mais fácil só falar de vinho (rs), e os eventos do mês estão da hora!

Dia 23 – Degustação Temática de Vinhos do Porto – História, Vinificação, Tipos, Estilos e Harmonização. Para este dia nos sobrou somente uma vaga e em função da demanda abrimos um segundo grupo para dia 31. ÚLTIMA VAGA TOMADA, OBA!! Turma nova em 31/10, veja abaixo.

Recepção :  Port Tonic elaborado com Graham´s Extra-Dry acompanhado de salgadinhos diversos

Porto Branco Casa de Santa Eufêmia com azeitonas verdes gregas, recheadas de amêndoas e pimentão doce, e amêndoas salgadas.

Tawny Reserva Quinta do Infantado Dª Margarida com Panetone de frutas Fasano / Ballas de Chocolate Isa Amaral

Porto Graham´s Tawny 10 anos com Torta de Amêndoas / mini-pastel de Belém

Porto Quinta Vale Dª Maria Ruby Reserva com torta de chocolate 1/2 amargo e frutas silvestres /  Brownie.

Porto LBV Graham´s 2005 com Walker´s English Rich Fruit Pudding / Torradinha com queijo Edam e geleia de Mandarino.

Porto  Warre´s Quinta da Cavadinha Vintage 1996 com Queijo da Serra da Estrela e torradinhas.

Chamada Vinhos do Porto

    Será apresentado um áudio visual e material impresso. O valor de investimento será de R$150 por pessoa porém casais ou grupos terão direito a um desconto de 10% a ser pago no ato da reserva. São somente 12 vagas por encontro. Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820! O representante da Graham´s no Brasil nos dará o prazer de sua presença e poderá nos ajudar a dirimir quaisquer eventuais dúvidas sobre o tema.

Obs: harmonizações poderão ser alteradas sem aviso prévio e sempre para cima

Dia 26 – Sábado das 16 às 20 horas uma mini-feira de vinhos brasileiros para somente 40 pessoas. Minha posição com relação aos vinhos nacionais é amplamente conhecida e nada tem a ver com relação à qualidade e sim aos aspectos comerciais e estratégicos dos grandes barões e outros que os seguem, ao estilo truculento da Ibravin, à falta de respeito para com o consumidor a quem, literalmente, viraram as costas na época das tentativa de golpe com as salvaguardas, porém há gente pequena e de médio porte fazendo coisas muito interessantes e que respeito.

Um Taste & Buy especial para você quebrar, ou confirmar, seus preconceitos para com os vinhos e espumantes brasileiros. Garimpei alguns rótulos, produtores e regiões diferenciadas que possuem uma ótima relação Qualidade x Preço x Prazer e gostaríamos de compartilhar esses achados com você.  Por apenas R$30,00 você é nosso convidado para vir provar mais de 15 vinhos tranquilos e espumantes e tirar a prova dos nove!  Se gostar, teremos algumas garrafas para venda também e você terá um crédito de R$10 para compras dos rótulos em degustação .

As vinícolas; Aracuri Vinhos finos (Campos de Cima/RS), Bela Quinta (Flores da Cunha/RS), Vinícola Campos de Cima (Campanha Oriental/RS),  Identidade (Encruzilhada do Sul/RS),  Valmarino & Churchill Prestige Brut Nature e Churchill Cabernet Franc 2011 (Pinto Bandeira/RS),  Villaggio Grando (Caçador/SC), e Maximo Boschi (Vale dos Vinhedos/RS) que trabalha com um projeto diferenciado .

Dia 31 – o segundo grupo da Degustação Temática de Vinhos do Porto que já tem 6 pré-reservas ou seja, já só faltam 6!! Venha, venha descobrir o que há por trás do Vinho do Porto lembrando, “Há gente que faz vinhos e outros que fazem história”, estes Vinhos são parte integrante da história sendo produzidos desta forma desde 1820!

Te aguardo, me envie sua reserva via comentário que entro em contato, ou então via a mail comercial@vinoesapore.com.br. Até lá, ótima semana e kanimambo pela visita.

Nova Zelândia e Isabel Estates

A Nova Zelândia é para a maioria de nós, uma eterna desconhecida como produtora de vinhos e não só!????????????? Terra dos All Blacks (rugby), do Kiwi (fruta), Koala (ursinho) e da Sauvignon Blanc, calma estava chegando lá, possui 10 regiões produtoras com cerca de 700 vinícolas ativas e uma produção anual em torno de 250 milhões de litros dos quais cerca de 70% é exportado. Uma população pequena, em torno de 4 milhões de habitantes consumindo cerca de 21 litros per capita (mais de dez vezes a média brasileira). Como curiosidade, a população de ovelhas no país é de cerca de 80 milhões ou seja, 20 vezes superiores à de habitantes!

Em 1981 haviam cerca de 100 vinícolas e foi aí que entrou um projeto de desenvolvimento do setor que fez com que, depois de estabelecidas as bases para crescimento, a partir de 1995 a vitivinicultura disparasse se tornando um importante player mundial (8º maior exportador do mundo) baseando sua produção e exportação na Sauvignon Blanc (66% do volume exportado) que virou marca registrada da Nova Zelândia no mundo. Aqui o foco não é a diversidade, até agora, e mais em se concentrar no que realmente o terroir produz de melhor, os brancos e em especial a Sauvignon Blanc, porém também a Chardonnay e a Riesling uvas que gostam de climas frios.

Foi nessa época, em 1982, que a família Tiller montou sua vinícola no vale de Wairau em Marlborough, a maior região produtora com cerca de 50%. Suas uvas de Sauvignon Blanc fizeram parte, por muito tempo, do blend de uvas usadas pelo produtor do icônico Cloudy Bay um dos mais famosos e conceituados vinhos da Nova Zelândia.  Empresa familiar trabalhando de forma sustentável, algo importante no cenário produtor do país, num sistema de single vineyards com parcelas únicas divididas por clones e terroirs específicos,  desde 1994 engarrafa seus próprios vinhos e tive a oportunidade de conhecer quatro deles; Sauvignon Blanc, Dry Riesling, Pinot Gris e um Pinot Noir, todos em torno dos US$50 na Mistral, exceto o último (tinha que ser o que mais me seduziu!) que está na casa dos US$85.

O Riesling, com apenas 2grs de açúcar residual, é marcadamente seco, fino e elegante com um mineral típico bem sutil e o Sauvignon Blanc exala Nova Zelãndia por todos os poros sendo exuberante na fruta cítrica, ótima acidez e longo final de boca. Os mais marcantes para mim, no entanto, foram o Pinot Gris e o Pinot Noir que me seduziram e recomendo.

Vinhos Isabel Estates

Isabel Estate Pinot Gris – não é uma uva que conheça bem, porém o vinho me seduziu por seu frescor, frutos cítricos, cremosidade e, essencialmente, seu tremendo balanço de tudo isso com enorme finesse bem diferente daquele estilo mais rústico e gritante dos pinot grigios italianos. Frutos do mar, salmão grelhado, queijinho de cabra fresco, salada cesar, comida asiática, me deu uma água na boca! Uma surpresa muito agradável e apetecível.

Isabel Estate Pinot Noir – apenas 6000 garrafas produzidas, uma planta por garrafa, um belo exemplo de Pinot Noir com boa tipicidade da casta, suave floral no nariz sobre uma base de fruta (ameixa), boa textura, delicado mas bem estruturado, taninos aveludados, madeira muito bem aplicada ressaltando a fruta , um vinho que, novamente, seduz pelo enorme equilíbrio. Bom para tomar já e que deve seguir evoluindo pelos próximos 4 a 5 anos, gostei muito!

Enfim, com a Nova Zelândia, país que preciso conhecer pois os amigos que por lá andaram falaram maravilhas, e os vinhos da Isabel Estates me retiro para o fim de semana. Amanhã é dia da criança (não sempre?!), mas abrirei a loja das 11 ás 16 para tentar garantir o leite do netinho, espero você lá! Semana que vem falo dos tintos do TOP 50 dos Vinhos de Portugal e outras cositas más, salute e kanimambo. Ótimo fim de semana para todos.

ps. Clique nas fotos para aumentar.